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O Exemplo de 
Competitividade 
Inovativa dos EUA 
ROBERTA MACHADO DIAS
“ A história deve ser nosso guia. Os Estados Unidos lideraram 
a economia mundial no século XX porque estiveram à frente 
no campo da inovação. Hoje, a competição é mais acirrada, 
os desafios, mais difíceis. Por isso, a inovação é mais 
importante do que nunca e representa o caminho para novos 
e bons empregos no século XXI. Somente assim 
garantiremos a qualidade de vida desta geração e das 
vindouras”. 
Presidente Barack Obama
Visão Histórica 
Em março de 1776, quatro meses antes da declaração de independência dos Estados Unidos, o 
filósofo escocês Adam Smith publicava em Edimburgo uma investigação sobre a natureza e as 
causas da riqueza das nações, obra em que formula a famosa teoria segundo a qual cada 
indivíduo, conduzido por uma “mão invisível”, contribui, ainda que de modo inconsciente, para o 
crescimento econômico do país: “Com efeito, em geral o indivíduo nem tenciona promover o 
interesse público, nem sabe o quanto o faz [...] ele tem em vista apenas seu próprio ganho; e 
nisso, como em tantas outras situações, guia-o uma mão invisível que promove um fim que 
nunca fez parte de suas intenções.”
FORMAÇÃO DO 
ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO 
DOS ESTADOS UNIDOS
FORMAÇÃO DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DOS 
ESTADO S UNIDOS 
No século XIX, a inovação já era uma questão privativa dos agentes econômicos 
particulares, totalmente alheia ao Estado: 
*Década de 50 e 60 - Início da corrida espacial – Crescimento da inovação 
* Década de 70 – crise inflacionária – crise do petróleo- aumento das importações. 
*Década de 80 – Decadência do processo da inovação – Pouco investimento em P&D. 
**Essa mudança deveu-se em parte a políticas públicas como a que originou a lei 
Stevenson-Wydler, em 1980, que objetivava “promover a inovação tecnológica nos 
Estados Unidos com vistas a atingir objetivos sociais, ambientais e econômicos, dentre 
outros” e permitia ao governo transferir para a indústria tecnologias geradas em seus 
mais de 700 laboratórios.
P&D 
Lei Steverson – Wydler - Lei de Bayh-Dole 
Incubadoras - Uma Incubadora de Base Tecnológica é um local especialmente criado 
para abrigar empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de 
resultados de pesquisas aplicadas, e nos quais a tecnologia representa alto valor 
agregado. Em 1959 deu-se a origem da incubadora como entidade organizada 
remontam aos esforços de Thomas Edson para sistematizar a invenção e a 
comercialização de tecnologia. Edson reunia os melhores cientistas e pesquisadores 
com pessoal administrativo numa organização única, para desenhar e patentear 
tecnologias em série e, com base nelas, criar empresas que as levassem ao mercado. 
Desde o início, portanto, não se tratava apenas de uma estrutura de apoio, mas de uma 
forma de organização completa, que visava explicitamente e de modo sistemático a 
montar novos negócios, ainda que baseada na iniciativa individual do grande inventor.
Incubadoras 
No Brasil, as primeiras incubadoras surgiram a partir da década de 80, quando por 
iniciativa do Professor Lynaldo Cavalcanti, cinco fundações tecnológicas foram criadas: 
em Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e 
Florianópolis (SC) 
Apesar da inauguração das primeiras incubadoras brasileiras, elas somente se 
consolidaram, como meio de incentivo para atividades e produção tecnológica, a partir 
da realização do Seminário Internacional de Parques tecnológicos, em 1987, no Rio de 
Janeiro. Nesse mesmo ano, surgia Associação Nacional de Entidades Promotoras de 
Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC), que passou a representar 
não só as incubadoras de empresas, mas todo e qualquer empreendimento que 
utilizasse o processo de incubação para gerar inovação no Brasil. 
De acordo com pesquisa datada de 2013, existem no Brasil cerca de 400 incubadoras 
de empresas e 50 projetos de parques tecnológicos (10 em operação)
Vale do Silício 
O Vale do Silício, na Califórnia, EUA, é uma região na qual está situado um conjunto de 
empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de gerar inovações 
científicas e tecnológicas, destacando-se na produção de circuitos eletrônicos, 
na eletrônica e informática. O vale abrange várias cidades do estado da Califórnia, ao sul 
de São Francisco. 
A industrialização dessa região teve início nos anos 1990, mas o impulso para o 
desenvolvimento se deu com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra 
Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram as indústrias eletrônicas do Vale 
do Silício que forneceram transistores para mísseis e circuitos integrados para os 
computadores que guiaram as naves Apollo. 
Muitas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo nasceram e estão presentes 
nesta região: Apple Inc.,Google, Facebook, NVIDIA Corporation, 
eBay, Maxtor, Yahoo!,Hewlett-Packard (HP), Intel, Foursys, Microsoft ,entre muitas outras. 
Fora dos Estados Unidos, destaca-se em Israel o Silicon Wadi, a segunda maior 
aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta, atrás apenas do Vale do Silício da 
Califórnia.
Vale do Silício 
Segundo Paul Graham : As pessoas brilhantes vão aonde quer que outras pessoas 
como eles estejam. Particularmente, para grandes universidades. Na teoria, deveria 
haver outras formas de atraí-los, mas até agora as universidades parecem 
indispensáveis. Nos EUA, não há centros tecnológicos sem universidades de primeira 
categoria – ou pelo menos sem departamentos de informática de primeira categoria. 
Portanto, para fazer um Vale do Silício, é preciso não apenas uma universidade, mas 
uma das melhores do mundo. Ela tem de ser suficientemente boa para funcionar como 
ímã, atraindo os melhores profissionais, mesmo que eles estejam a milhares de 
quilômetros de distância. Isto significa que ela tem de se equiparar aos ímãs já 
existentes, como Stanford.
Governo Bush (2001-2008) 
Geração Inovadora: 
• Garantir um futuro mais seguro e mais limpo em termos energéticos, mediante a 
adoção de tecnologias de hidrogênio combustível; 
• Aperfeiçoar a assistência à saúde, por meio das TCIs; 
• Promover a inovação e a segurança econômica, com as tecnologias de banda larga. 
Além disso, a Casa Branca propôs destinar US$ 250 milhões para que as universidades 
públicas treinassem cem mil trabalhadores, a fim de capacitá-los a assumir novas 
funções nas indústrias que estivessem criando o maior número de novos empregos ; 
dobrar o número de trabalhadores que recebem auxílio federal para capacitação 
aumentar os fundos federais para P&D; elevar os fundos para P&D em nanotecnologia 
e TCI; e elevar os recursos destinados à saúde.
Governo Bush (2001-2008) 
Iniciativa da Competitividade da América 
Com orçamento total de US$5,9 bilhões em 2007, dos quais US$1,3 bilhões em 
recursos diretos e US$4,6 bilhões em incentivos fiscais à pesquisa e desenvolvimento. 
• Duplicar, em dez anos, os fundos para pesquisas inovadoras em ciências físicas e 
engenharia , no departamento de ciências do Ministério da Energia ; 
• Modernizar e tornar permanente o sistema de créditos fiscais à pesquisa; 
• Reforçar o ensino de ciências e matemática nos níveis básico e médio; 
• Reformar o sistema de treinamento da força de trabalho e aumentar sua capacidade 
para 800 mil trabalhadores/ano (mais do que o triplo da capacidade então vigente); 
• Aperfeiçoar os mecanismos de atração e retenção de profissionais altamente 
qualificados de todas as partes do mundo, mediante reforma das leis de imigração
Governo Obama (2009-) 
A Estratégia de Inovação : 
• Investir nas bases da inovação, a fim de garantir que todos os instrumentos 
necessários estejam presentes, desde investimentos em pesquisa até o 
desenvolvimento de capital humano, físico e tecnológico: 
A- Restaurar a liderança dos EUA em pesquisa básica; 
B- Educar a próxima geração com o conhecimento e as habilidades do século XXI, 
criando uma força de trabalho de alta qualificação; melhorar o ensino e a aprendizagem 
em todos os níveis, expandir o acesso à educação superior e os programas de 
treinamento e incentivar as carreiras STEM (ciências, tecnologia, engenharia e 
matemática); e 
C- Construir infraestrutura de excelência: efetuar investimentos sem precedentes em 
rodovias, pontes, controle de tráfego e redes de transporte aéreo
Governo Obama (2009-) 
• Promover mercados competitivos e fomentar o empreendedorismo: criar ambiente 
maduro para o empreendedorismo e a tomada de risco, de modo que as empresas 
norte-americanas possam ser internacionalmente competitivas e contem com 
intercâmbio global de ideias e inovações: 
A- Impulsionar as exportações, que desempenharão papel cada vez mais crítico no 
futuro, assegurando mercados abertos e justos para os exportadores estadunidenses; 
B- Apoiar os mercados de capital que fornecem recursos para ideias promissoras, um 
dos grandes trunfos dos EUA; e 
C- Melhorar a inovação no setor público e nas comunidades em todo o país: a inovação 
deve ocorrer em todos os níveis da sociedade, incluindo o próprio governo, que deve 
operar de forma mais eficiente e transparente, em benefício dos cidadãos.
Governo Obama (2009-) 
• Canalizar as invenções revolucionárias para as prioridades nacionais: há alguns 
setores de excepcional importância nos quais é pouco provável que o mercado venha a 
atuar, tais como busca de fontes alternativas de energia, melhora da qualidade de vida 
dos cidadãos, por meio da utilização de TCIs na área da saúde, e fabricação de 
veículos avançados. Nesses setores, o governo deve ser “parte da solução”. 
A- Iniciar uma revolução no campo das energias limpas: investimentos elevados em 
redes inteligentes, eficiência energética e tecnologias renováveis como eólica, solar e 
biocombustíveis devem desencadear uma onda de criatividade e progresso que crie 
empregos e fomente o crescimento da economia, diminuindo, ao mesmo tempo, a 
dependência em relação ao petróleo; 
B- Apoiar o desenvolvimento de tecnologias avançadas para veículos, incluindo 
baterias, carros elétricos e motores de combustão que fazem uso de biocombustíveis;
Governo Obama (2009-) 
C- Estimular inovações na área da saúde: a iniciativa de utilizar TCIs para a saúde 
pretende diminuir o número de erros médicos, melhorar a qualidade do atendimento, 
reduzir custos e consolidar a liderança dos EUA nessa indústria emergente; 
D- Canalizar os esforços da comunidade científica e tecnológica para os grandes 
desafios do século XXI, a fim de atingir metas ambiciosas, tais como softwares 
educacionais que funcionam como tutores presenciais e terapias inteligentes anticâncer.
Curiosidades 
O canal norte-americano CNBC elaborou uma lista com as 10 pequenas empresas mais inovadoras 
deste ano: 
1. Yardarm Technologies - Permite que o proprietário de armas possa desabilitar uma arma 
remotamente por meio de uma tecnologia sem fio; 
2. Systems and Materials Research Consultancy – A empresa está pesquisando maneiras de utilizar 
a primeira arma impressa por uma impressora 3-D para fabricar alimentos. 
3. AMP Americas – Baseada em Chicago, a companhia é especializada em gás natural. Mas, a sua 
inovação está na capacidade de produzir combustível a partir de estrume de vaca. 
4. Able Plane– A empresa fabrica um dispositivo que cancela os ruídos do ambiente. A inovação está 
justamente no tamanho da tecnologia, que equivale a uma moeda de dez centavos de dólar
5. SnuggWugg – A empreendedora Lisa Cash Hanson criou um travesseiro interativo 
para distrair bebês e auxiliar os pais no momento da troca de fraldas. 
6. Bullet Designs – A empresa descobriu uma maneira de reciclar cartuchos de bala e 
transforma-os em joias e acessórios. 
7. AquaStorage – Em casos de emergência, como furacões e terremotos, ter água 
potável em casa pode ser crucial. A empresa criou o AquaPodKit, que permite o 
armazenamento de 65 litros de água com a ajuda de uma banheira. 
8. VisionQuest 20/20 – A organização sem fins lucrativos desenvolveu um produto 
chamado EyeSpy 20/20, um programa de computador que avalia a visão de crianças 
enquanto elas jogam um vídeo game. 
9. uAttend – A empresa vende uma espécie de ponto eletrônico baseado em nuvem. 
Um funcionário pode marcar presença por meio de um celular ou tablet. 
10. Hallettco – O produto inovador da empresa é o Squat Monkey, uma cinta que 
permite um maior equilíbrio para pessoas que gostam de escalar ou acampar
O Brasil é o 43º país mais inovador do mundo, em um ranking de 73 participantes. O dado é resultado 
do estudo chamado de QuISI (Índice Qualcomm da Sociedade da Inovação), realizado pela Qualcomm 
Brasil em parceira com a Convergência. A pesquisa tem como objetivo avaliar o grau de adoção e uso 
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na sociedade como matéria-prima para a 
inovação. 
No geral, o resultado do Brasil foi alarmante: 29,04 pontos em uma base de 100. Para se ter uma ideia, 
os Estados Unidos, líderes do ranking, obtiveram 61,58 pontos. Ou seja, o Brasil é um país com 
capacidade de inovação três vezes menor que a dos EUA. Se ficarmos apenas na América Latina, com 
20 países, o Brasil ocupa um modesto terceiro lugar, atrás de Chile e Panamá. 
A pesquisa analisa os fatores principais que levam a inovação. Entende-se como inovação a realização 
de um produto novo ou melhorado. Para alcançar o resultado, a Convergência cruzou três etapas de 
pesquisas: QuISI Pessoas e Conectividade, QuISI Empresas e Internet das Coisas e QuISI Governo e 
Inovação. Essas etapas foram estudadas em três âmbitos diferentes: pessoas, empresas e governo. É 
importante ressaltar que o QuISI inovação analisa 73 países por meio de fontes secundárias, como 
Banco Mundial, Aipo, UNESCO, OCDE e entidades estatísticas nacionais: INEGI (México) e IBGE 
(Brasil).
Obrigado !!!
Referência Bibliográficas 
MARZANO, FABIO MENDES: Política de Inovação Brasil e Estados Unidos: a busca da 
competitividade – oportunidades para a ação diplomática. Fundação Alexandre de 
Gusmão, Brasília 2011. 
Revista Exame: ed. Julho 2013

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O Exemplo de Competitividade Inovativa dos EUA

  • 1. O Exemplo de Competitividade Inovativa dos EUA ROBERTA MACHADO DIAS
  • 2. “ A história deve ser nosso guia. Os Estados Unidos lideraram a economia mundial no século XX porque estiveram à frente no campo da inovação. Hoje, a competição é mais acirrada, os desafios, mais difíceis. Por isso, a inovação é mais importante do que nunca e representa o caminho para novos e bons empregos no século XXI. Somente assim garantiremos a qualidade de vida desta geração e das vindouras”. Presidente Barack Obama
  • 3. Visão Histórica Em março de 1776, quatro meses antes da declaração de independência dos Estados Unidos, o filósofo escocês Adam Smith publicava em Edimburgo uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, obra em que formula a famosa teoria segundo a qual cada indivíduo, conduzido por uma “mão invisível”, contribui, ainda que de modo inconsciente, para o crescimento econômico do país: “Com efeito, em geral o indivíduo nem tenciona promover o interesse público, nem sabe o quanto o faz [...] ele tem em vista apenas seu próprio ganho; e nisso, como em tantas outras situações, guia-o uma mão invisível que promove um fim que nunca fez parte de suas intenções.”
  • 4. FORMAÇÃO DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS
  • 5. FORMAÇÃO DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DOS ESTADO S UNIDOS No século XIX, a inovação já era uma questão privativa dos agentes econômicos particulares, totalmente alheia ao Estado: *Década de 50 e 60 - Início da corrida espacial – Crescimento da inovação * Década de 70 – crise inflacionária – crise do petróleo- aumento das importações. *Década de 80 – Decadência do processo da inovação – Pouco investimento em P&D. **Essa mudança deveu-se em parte a políticas públicas como a que originou a lei Stevenson-Wydler, em 1980, que objetivava “promover a inovação tecnológica nos Estados Unidos com vistas a atingir objetivos sociais, ambientais e econômicos, dentre outros” e permitia ao governo transferir para a indústria tecnologias geradas em seus mais de 700 laboratórios.
  • 6. P&D Lei Steverson – Wydler - Lei de Bayh-Dole Incubadoras - Uma Incubadora de Base Tecnológica é um local especialmente criado para abrigar empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, e nos quais a tecnologia representa alto valor agregado. Em 1959 deu-se a origem da incubadora como entidade organizada remontam aos esforços de Thomas Edson para sistematizar a invenção e a comercialização de tecnologia. Edson reunia os melhores cientistas e pesquisadores com pessoal administrativo numa organização única, para desenhar e patentear tecnologias em série e, com base nelas, criar empresas que as levassem ao mercado. Desde o início, portanto, não se tratava apenas de uma estrutura de apoio, mas de uma forma de organização completa, que visava explicitamente e de modo sistemático a montar novos negócios, ainda que baseada na iniciativa individual do grande inventor.
  • 7. Incubadoras No Brasil, as primeiras incubadoras surgiram a partir da década de 80, quando por iniciativa do Professor Lynaldo Cavalcanti, cinco fundações tecnológicas foram criadas: em Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) Apesar da inauguração das primeiras incubadoras brasileiras, elas somente se consolidaram, como meio de incentivo para atividades e produção tecnológica, a partir da realização do Seminário Internacional de Parques tecnológicos, em 1987, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, surgia Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC), que passou a representar não só as incubadoras de empresas, mas todo e qualquer empreendimento que utilizasse o processo de incubação para gerar inovação no Brasil. De acordo com pesquisa datada de 2013, existem no Brasil cerca de 400 incubadoras de empresas e 50 projetos de parques tecnológicos (10 em operação)
  • 8. Vale do Silício O Vale do Silício, na Califórnia, EUA, é uma região na qual está situado um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de gerar inovações científicas e tecnológicas, destacando-se na produção de circuitos eletrônicos, na eletrônica e informática. O vale abrange várias cidades do estado da Califórnia, ao sul de São Francisco. A industrialização dessa região teve início nos anos 1990, mas o impulso para o desenvolvimento se deu com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram as indústrias eletrônicas do Vale do Silício que forneceram transistores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo. Muitas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo nasceram e estão presentes nesta região: Apple Inc.,Google, Facebook, NVIDIA Corporation, eBay, Maxtor, Yahoo!,Hewlett-Packard (HP), Intel, Foursys, Microsoft ,entre muitas outras. Fora dos Estados Unidos, destaca-se em Israel o Silicon Wadi, a segunda maior aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta, atrás apenas do Vale do Silício da Califórnia.
  • 9. Vale do Silício Segundo Paul Graham : As pessoas brilhantes vão aonde quer que outras pessoas como eles estejam. Particularmente, para grandes universidades. Na teoria, deveria haver outras formas de atraí-los, mas até agora as universidades parecem indispensáveis. Nos EUA, não há centros tecnológicos sem universidades de primeira categoria – ou pelo menos sem departamentos de informática de primeira categoria. Portanto, para fazer um Vale do Silício, é preciso não apenas uma universidade, mas uma das melhores do mundo. Ela tem de ser suficientemente boa para funcionar como ímã, atraindo os melhores profissionais, mesmo que eles estejam a milhares de quilômetros de distância. Isto significa que ela tem de se equiparar aos ímãs já existentes, como Stanford.
  • 10. Governo Bush (2001-2008) Geração Inovadora: • Garantir um futuro mais seguro e mais limpo em termos energéticos, mediante a adoção de tecnologias de hidrogênio combustível; • Aperfeiçoar a assistência à saúde, por meio das TCIs; • Promover a inovação e a segurança econômica, com as tecnologias de banda larga. Além disso, a Casa Branca propôs destinar US$ 250 milhões para que as universidades públicas treinassem cem mil trabalhadores, a fim de capacitá-los a assumir novas funções nas indústrias que estivessem criando o maior número de novos empregos ; dobrar o número de trabalhadores que recebem auxílio federal para capacitação aumentar os fundos federais para P&D; elevar os fundos para P&D em nanotecnologia e TCI; e elevar os recursos destinados à saúde.
  • 11. Governo Bush (2001-2008) Iniciativa da Competitividade da América Com orçamento total de US$5,9 bilhões em 2007, dos quais US$1,3 bilhões em recursos diretos e US$4,6 bilhões em incentivos fiscais à pesquisa e desenvolvimento. • Duplicar, em dez anos, os fundos para pesquisas inovadoras em ciências físicas e engenharia , no departamento de ciências do Ministério da Energia ; • Modernizar e tornar permanente o sistema de créditos fiscais à pesquisa; • Reforçar o ensino de ciências e matemática nos níveis básico e médio; • Reformar o sistema de treinamento da força de trabalho e aumentar sua capacidade para 800 mil trabalhadores/ano (mais do que o triplo da capacidade então vigente); • Aperfeiçoar os mecanismos de atração e retenção de profissionais altamente qualificados de todas as partes do mundo, mediante reforma das leis de imigração
  • 12. Governo Obama (2009-) A Estratégia de Inovação : • Investir nas bases da inovação, a fim de garantir que todos os instrumentos necessários estejam presentes, desde investimentos em pesquisa até o desenvolvimento de capital humano, físico e tecnológico: A- Restaurar a liderança dos EUA em pesquisa básica; B- Educar a próxima geração com o conhecimento e as habilidades do século XXI, criando uma força de trabalho de alta qualificação; melhorar o ensino e a aprendizagem em todos os níveis, expandir o acesso à educação superior e os programas de treinamento e incentivar as carreiras STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática); e C- Construir infraestrutura de excelência: efetuar investimentos sem precedentes em rodovias, pontes, controle de tráfego e redes de transporte aéreo
  • 13. Governo Obama (2009-) • Promover mercados competitivos e fomentar o empreendedorismo: criar ambiente maduro para o empreendedorismo e a tomada de risco, de modo que as empresas norte-americanas possam ser internacionalmente competitivas e contem com intercâmbio global de ideias e inovações: A- Impulsionar as exportações, que desempenharão papel cada vez mais crítico no futuro, assegurando mercados abertos e justos para os exportadores estadunidenses; B- Apoiar os mercados de capital que fornecem recursos para ideias promissoras, um dos grandes trunfos dos EUA; e C- Melhorar a inovação no setor público e nas comunidades em todo o país: a inovação deve ocorrer em todos os níveis da sociedade, incluindo o próprio governo, que deve operar de forma mais eficiente e transparente, em benefício dos cidadãos.
  • 14. Governo Obama (2009-) • Canalizar as invenções revolucionárias para as prioridades nacionais: há alguns setores de excepcional importância nos quais é pouco provável que o mercado venha a atuar, tais como busca de fontes alternativas de energia, melhora da qualidade de vida dos cidadãos, por meio da utilização de TCIs na área da saúde, e fabricação de veículos avançados. Nesses setores, o governo deve ser “parte da solução”. A- Iniciar uma revolução no campo das energias limpas: investimentos elevados em redes inteligentes, eficiência energética e tecnologias renováveis como eólica, solar e biocombustíveis devem desencadear uma onda de criatividade e progresso que crie empregos e fomente o crescimento da economia, diminuindo, ao mesmo tempo, a dependência em relação ao petróleo; B- Apoiar o desenvolvimento de tecnologias avançadas para veículos, incluindo baterias, carros elétricos e motores de combustão que fazem uso de biocombustíveis;
  • 15. Governo Obama (2009-) C- Estimular inovações na área da saúde: a iniciativa de utilizar TCIs para a saúde pretende diminuir o número de erros médicos, melhorar a qualidade do atendimento, reduzir custos e consolidar a liderança dos EUA nessa indústria emergente; D- Canalizar os esforços da comunidade científica e tecnológica para os grandes desafios do século XXI, a fim de atingir metas ambiciosas, tais como softwares educacionais que funcionam como tutores presenciais e terapias inteligentes anticâncer.
  • 16. Curiosidades O canal norte-americano CNBC elaborou uma lista com as 10 pequenas empresas mais inovadoras deste ano: 1. Yardarm Technologies - Permite que o proprietário de armas possa desabilitar uma arma remotamente por meio de uma tecnologia sem fio; 2. Systems and Materials Research Consultancy – A empresa está pesquisando maneiras de utilizar a primeira arma impressa por uma impressora 3-D para fabricar alimentos. 3. AMP Americas – Baseada em Chicago, a companhia é especializada em gás natural. Mas, a sua inovação está na capacidade de produzir combustível a partir de estrume de vaca. 4. Able Plane– A empresa fabrica um dispositivo que cancela os ruídos do ambiente. A inovação está justamente no tamanho da tecnologia, que equivale a uma moeda de dez centavos de dólar
  • 17. 5. SnuggWugg – A empreendedora Lisa Cash Hanson criou um travesseiro interativo para distrair bebês e auxiliar os pais no momento da troca de fraldas. 6. Bullet Designs – A empresa descobriu uma maneira de reciclar cartuchos de bala e transforma-os em joias e acessórios. 7. AquaStorage – Em casos de emergência, como furacões e terremotos, ter água potável em casa pode ser crucial. A empresa criou o AquaPodKit, que permite o armazenamento de 65 litros de água com a ajuda de uma banheira. 8. VisionQuest 20/20 – A organização sem fins lucrativos desenvolveu um produto chamado EyeSpy 20/20, um programa de computador que avalia a visão de crianças enquanto elas jogam um vídeo game. 9. uAttend – A empresa vende uma espécie de ponto eletrônico baseado em nuvem. Um funcionário pode marcar presença por meio de um celular ou tablet. 10. Hallettco – O produto inovador da empresa é o Squat Monkey, uma cinta que permite um maior equilíbrio para pessoas que gostam de escalar ou acampar
  • 18. O Brasil é o 43º país mais inovador do mundo, em um ranking de 73 participantes. O dado é resultado do estudo chamado de QuISI (Índice Qualcomm da Sociedade da Inovação), realizado pela Qualcomm Brasil em parceira com a Convergência. A pesquisa tem como objetivo avaliar o grau de adoção e uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na sociedade como matéria-prima para a inovação. No geral, o resultado do Brasil foi alarmante: 29,04 pontos em uma base de 100. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos, líderes do ranking, obtiveram 61,58 pontos. Ou seja, o Brasil é um país com capacidade de inovação três vezes menor que a dos EUA. Se ficarmos apenas na América Latina, com 20 países, o Brasil ocupa um modesto terceiro lugar, atrás de Chile e Panamá. A pesquisa analisa os fatores principais que levam a inovação. Entende-se como inovação a realização de um produto novo ou melhorado. Para alcançar o resultado, a Convergência cruzou três etapas de pesquisas: QuISI Pessoas e Conectividade, QuISI Empresas e Internet das Coisas e QuISI Governo e Inovação. Essas etapas foram estudadas em três âmbitos diferentes: pessoas, empresas e governo. É importante ressaltar que o QuISI inovação analisa 73 países por meio de fontes secundárias, como Banco Mundial, Aipo, UNESCO, OCDE e entidades estatísticas nacionais: INEGI (México) e IBGE (Brasil).
  • 20. Referência Bibliográficas MARZANO, FABIO MENDES: Política de Inovação Brasil e Estados Unidos: a busca da competitividade – oportunidades para a ação diplomática. Fundação Alexandre de Gusmão, Brasília 2011. Revista Exame: ed. Julho 2013