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Jogo, brinquedo,
brincadeira e a
Educação
Tizuko Morchida Kishimoto
Roberto de moura mendonça
Patrick machado
resumo
 Apresentação
 O jogo e a Educação Infantil
 Metáfora e pensamento:considerações sobre a importância do jogo na
aquisição do conhecimento e implicações para a educação pré-escolar
 A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do
imaginário
 A séria busca no jogo: do lúdico na matemática
 O jogo e o fracasso escolar
 O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças
com necessidades especiais
 O jogo na organização curricular para deficientes mentais
 Brincadeiras e brinquedos na tv para crianças: mobilizando opiniões de
professores em formação inicial
 Jogo e formação de professores: videopsicodrama pedagógico
apresentação
 A incorporação de artigos no livro
 Estudos datados entre 1993 e 1994
 Pesquisas conjuntas, análises de paradigmas teóricos que
explicitam o jogo, discussão de pesquisas, publicação e
divulgação
Passagem pelos capítulos...
PRIMEIRO ARTIGO: JOGO NA EDUCAÇÃO E A
EDUCAÇÃO INFANTIL
 Apresentado em 1994 – Encontro Anual da Anped (MG)
 Estudo de natureza conceitual
 Significado do jogo ao longo da história, sobretudo em diferentes
culturas
 O artigo busca apontar especificidade de termos como brinquedos e
brincadeiras, como material pedagógico
 Todo jogo só tem existência dentro de um processo metafórico que
permita a tomada de decisões pelo jogador
 Exemplifica as brincadeiras de faz-de-conta tradicioanais, de
construção e de regras.
Pág. 07
Segundo artigo: metáfora e pensamento
 Importância do jogo na aquisição de conhecimento
 O papel da metáfora na construção do pensamento
TERCEIRO ARTIGO: A BRINCADEIRA DE
FAZ-DE-CONTA
•O papel da brincadeira de faz-de-conta
• Relação com as concepções literárias do romantismo
• Apresenta relatos de pesquisa sobre super-heróis
Quarto artigo: A séria busca no
jogo: do lúdico na matemática
 Publicado em 1994
 O jogo enquanto elemento cultural que integra a
formação de conceitos
 O jogo como conhecimento e produtor de
conhecimento
Quinto artigo: O jogo e o
fracasso escolar
 Apresentado em 1992
 Analisa a utilização do jogo como recurso metodológico no
trabalho com grupos de crianças em situações de risco
 Rotular indevidamente crianças de deficientes mentais leves,
em decorrência de erros de avaliação da capacidade de
inteligência
 Necessidade de melhorar os parâmetros mínimos de avaliação
do potencial de aprendizagem e investigações cognitivas sobre
o modo de aumentar este potencial, por meio de intervenções
cognitivas adequadas.
Sexto artigo: O uso de brinquedos e jogos
na intervenção psicopedagógica de crianças
com necessidades especiais
 Atender necessidades específicas do aluno, por uma concepção pluricausal
do processo de ensino-aprendizagem, em que as estruturas de alienação do
saber desempenham um papel nuclear na produção do fracasso
 As estruturas de alienação são os clichês do cotidiano escolar que surgem
antes do contato com o professor e aluno
 É fundamental que o professor quebre estes estereótipos para que o aluno
não paralise seu processo de ensino-aprendizagem
Sétimo artigo: o jogo na organização
curricular para deficientes mentais
 Possibilidades de utilização do jogo com deficientes mentais
 Inicialmente discute concepções e práticas tradicionais
arraigadas e inadequadas que geram formas estereotipadas de
trabalhar com portadores de deficiência, menosprezando seu
potencial
 Analisa alternativas de mudança nos procedimentos de ensino,
que priorize aspectos lúdicos na organização curricular
Oitavo artigo: brincadeiras e
brinquedos na tv para crianças,
minimizando opiniões de professores
em formação inicial Pesquisa entre 1987 e 1990 junto a 235 estudantes de
magistério e de pedagogia na capital de SP
 Houve um registro e discussão por parte dos sujeitos da
pesquisa sobre os conteúdos de um programa em que
um grande número de crianças assistiam, o “Xou da
Xuxa”.
 A análise das brincadeiras e brinquedos contidos no
programa ajudam professores a pensarem sobre os reflexos
do modo de pensar
Nono artigo: Jogo e formação de
professores: videopsicodrama
pedagógico
 O jogo como libertador da espontaneidade e do imaginário, ou
seja, importante no ato de criar
 Utilizar situações de jogo e brincadeira na formação pedagógica
remete para o uso metafórico das propriedades do jogo, de
liberação do imaginário
I. JOGO NA EDUCA E A
EDUCAÇÃO INFANTIL
# Definir o jogo não é uma tarefa fácil, pode-se estar se referindo a
jogos políticos, de adultos, crianças, adivinhas, xadrez entre
outros. Embora recebam a mesma denominação têm suas
especificidades.
• Faz-de-conta: presença da situação imaginária
• Xadrez: regras padronizadas
• Ações do jogo de basquete
# Distintos objetivos, estratégias, funções...
# Quais as diferenças entre jogo, brinquedo ?
(BROUGÈRE;1993, HENRIOT; 1989, WITTGENSTEIN; 1975)
pág. 16
AUTORES QUE COMEÇAM A DESATAR O
NÓ DO CONGLOMERADO DE
SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS AO TERMO
 Estes autores apontam três níveis de diferenciação, o jogo pode
ser visto como:
1. O resultado de um sistema linguístico dentro de um contexto
social
2. Um sistema de regras
3. Um objeto
E o brinquedo?
Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação com a
criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a
ausência de regras que organizam sua utilização. Estimulante
material para fluir o imaginário infantil (pag. 21)
E a brincadeira?
É a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao
mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Brinquedo
e brincadeira relaciona-se diretamente com a criança e não se confundem
com o jogo. (pág. 21)
A FAMÍLIA DO JOGO
WITTGENSTEIN – 1975
Este autor apresenta o jogo como um termo
impreciso, com contornos vagos, por assumir múltiplos
significados. Em sua obra ele destaca espécies de jogo, a
saber: tabuleiro, cartas, bola, enfim a muitos jogos.
Características dos jogos
 Autores que discutem a natureza do jogo, características ou
semelhanças de família nesta obra são: Caillois (1958),
Huizinga (1951), Henriot (1989), Fromberg (1987) e Christie
(1991).
HUIZINGA
Descreve o jogo com um elemento da cultura, analise
apenas os jogos produzidos pelo meio social, apontando as
seguintes características: prazer, caráter “não sério”, liberdade,
separação do fenômenos do cotidiano, regras, caráter fictício e
sua limitação entre tempo e espaço
Pág. 26
CHRISTIE (1991)
Não literalidade
Flexibilidade
Efeito positivo
Prioridade do processo do brincar
Livre escolha
Controle interno
Pág. 27
As relações entre o jogo infantil e
a educação: paradigmas
 Ao longo do tempo o jogo foi limitado a recreação, durante a
idade média foi considerado como “não-sério” por sua
associação ao jogo de azar.
 Os jogos destacados na antiguidade são os jogos de carta, par
ou ímpar...
 Essa concepção mantém o jogo a margem da atividade
educativa. A mudança de concepção do jogo surge
concomitantemente a uma nova percepção da infância, onde o
jogo passaria a ser considerado como um meio de reflexão.
 O romantismo constrói no pensamento da época um novo lugar para a
criança e seu jogo, tendo como representantes filósofos e educadores
Richter, Hoffman e Froebel, consideram o jogo como instrumento de
educação.
Tipos de brinquedo e brincadeira
 Apenas ressaltar algumas modalidades de brincadeiras
presentes na educação infantil
 O uso do brinquedo para fins pedagógicos remete-nos a
relevância deste instrumento para situações de ensino e
aprendizagem e desenvolvimento infantil
 O brinquedo permite uma ação intencional, construção de
representações mentais, manipulação de objetos e operações
sensório motoras, e as trocas nas interações...
SOCIALFÍSICOAFETIVIDADE COGNIÇÃO
Algumas considerações sobre
os brinquedos...
 Função lúdica
 Função educativa
Lúdico & Educativo.. Se a criança está diferenciando cores, ao
manipular livre e prazerosamente um quebra-cabeça disponível na sala
de aula, a função educativa e lúdica estão presentes. No entanto, se a
criança prefere empilhar peças do quebra-cabeça, fazendo de conta que
ele está construindo um castelo, certamente estão contemplados o
lúdico, a situação imaginária, a habilidade para construção do castelo, a
criatividade na disposição das cartas, mas não se garante a
diferenciação das cores. Essa é a especificidade do brinquedo
educativo. Apesar da riqueza de situações de aprendizagem que
propicia, nunca se tem a certeza de que a construção do conhecimento
efetuado pela criança será exatamente a mesma desejada pelo
professor. (pág. 38)
As categorias de brincadeiras
(pág.38,39 e 40)
 Brincadeiras tradicionais infantis
 Brincadeiras de faz-de-conta
 Brincadeiras de construção
metáfora e pensamento: considerações sobre a importância do
jogo na aquisição do conhecimento e implicações para a
educação pré-escolar
Marina Célia Moraes Dias
 Acreditamos que é preciso exercitar o jogo simbólico e as
linguagens não-verbais, para que a própria linguagem verbal,
socializada e ideologizada, possa transformar-se em
verdadeiro instrumento de pensamento
 Resgatar o trabalho com a imaginação material que alimenta
e dá vida a imaginação formal, que é uma abstração
simplificada da realidade
 Discutir o papel-chave da metáfora na construção da
linguagem e do pensamento, enfatizando a importância do
jogo como gênese
 Apontamos o trabalho com o jogo e as linguagens artísticas
na formação do educador pré-escolar como caminho de uma
pedagogia da criança
Metáfora e símbolo como chaves
da natureza do homem
 Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido diferente do
próprio pela relação de semelhança
 O ser humano é um ser sensível que, diante do mundo, busca
significações, o que torna seu pensamento dinâmico por
excelência, e é a metáfora, com suas múltiplas possibilidades
de combinação que possibilita a mediação entre a realidade e
pensamento
 Pensamento metafórico: formado por uma rede de relações
simbólicas apropriadas culturalmente, mas elaboradas e
recriadas pelo sujeito a partir de condições internas próprias
A brincadeira de faz-de-conta: lugar
do simbolismo, da representação, do
imaginário
edda bomtempo Referências literárias e teóricas
 Piaget (1971): quando brinca, a criança assimila o mundo à sua
maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação
com o objeto não depende da natureza do objeto mas da função
que a criança atribui. É o que Piaget chama de jogo simbólico, o
qual se apresenta inicialmente solitário, evoluindo para o estágio
de jogo sociodramático, isto é, para a representação de papéis,
como brincar de médico, de casinha, de mãe. (Pág. 59)
 Singer (1973): a maior parte dos jogos de faz-de-conta também
tem qualidade social no sentido simbólico. Envolve transações
interpessoais, acontece com pares ou grupos de crianças que
introduzem objetos animados, pessoas e animais que não estão
presentes no momento
 Vygotsky (1984): O que define o brincar é a situação imaginária criada
pela criança. Além disso, devemos levar em conta que brincar preenche
necessidades que mudam de acordo com a idade. Exemplo: um brinquedo
que interessa a um bebê deixa de interessar a uma criança mais velha (pág.
60)
A brincadeira, os brinquedos e a
realidade
Manoel Oriosvaldo de moura
 No jogo simbólico as crianças constroem uma ponte entre a
fantasia e a realidade
 Ex: Crianças que vivem em ambientes perigosos (favela) onde
predomina luta entre policiais e bandidos têm como tema
preferido suas brincadeiras e conflitos
 A criança assumir um papel de quem teme, a personificação é
determinada por ansiedade ou frustração, Freud relata o caso
da criança vencer o medo de atravessar o corredor escuro
fingindo ser o fantasma que teme encontrar
 O brinquedo aparece como um pedaço da cultura colocado ao alcance da
criança, é seu parceiro na brincadeira, sua manipulação leva a criança à
ação e à representação, a agir e a imaginar
 Brougère (1990): A brincadeira aparece como um meio de sair do mundo
real para descobrir outros mundos, para se projetar num universo
inexistente
 É através dos brinquedos e brincadeiras que a criança tem oportunidade de
desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o
mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle interior, sua auto-
estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros
(Garbarino e col 1992)
Pág. 69
A séria busca no jogo: do
lúdico na matemática
 As evidências parecem justificar a importância que vem
assumindo o jogo nas propostas de ensino de matemática. Torna-se
relevante a análise desta tendência para que possamos assumir
conscientemente o nosso papel de educadores
 O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material
de ensino quando considerado promotor de aprendizagem. A
criança colocada diante de situações lúdicas
 O jogo é visto como conhecimento feito e também se fazendo, é
educativo
 Nesta perspectiva o jogo será assumido com a finalidade de
desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando
ao aluno o estabelecimento ou criação de planos de ação para
atingir determinados objetivos, executar jogadas segundo este
plano e avaliar sua eficácia nos resultados obtidos
Pág. 86
 A matemática deve buscar no jogo a ludicidade das soluções construídas
para as situações-problema seriamente vividas pelo homem
Pág. 87
O jogo e o fracasso escolar
sahda marta ide
 A avaliação da capacidade de inteligência e a questão do
fracasso escolar
 Apesar de alguns avanços nos estudos sobre a capacidade de
estabelecer parâmetros de avaliação de qualidade ainda há uma
avaliação por métodos tradicionais
 A busca pela análise das causas destes fracassos deve ser feita
 A leitura do mundo físico e social é excluída dos quadros
interpretativos do sujeito, essa “verdade” é apreendida pelos
sentidos a partir do que é observado
Pág. 89
A reversão do fracasso
 Se o objetivo for desenvolver capacidades cognitivas dessas
crianças, tornando-as capazes de pensar, refletir e construir o
conhecimento de forma significativa, dois aspectos bastante
relevantes devem ser satisfeitos
 A presença de um mediador (pais, professor, companheiros),
pessoas que estimulam o indivíduo a se desenvolver
 Os recursos e instrumentos pedagógicos devem ser adequados a
essas crianças, possibilitando a construção do conhecimento de
forma pensante
Pág. 90
O jogo como instrumento...
 O jogo não visto apenas como divertimento ou
brincadeira
 Ele (jogo) favorece o desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo, social e moral. Para Piaget (1967) o jogo é a
construção do conhecimento
 As crianças querem jogar bem, e se esforçam para
superar obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais,
se motivam mais durante o jogo, mais ativas
mentalmente
 O jogo possibilita a criança deficiente mental aprender
de acordo com o seu ritmo e suas capacidades
Pág. 95
Jogos e sua interações...
 Nível mais elevado: ocorre entre indivíduos em posições assimétricas do
ponto de vista da competência, prestígio e poder. A tem efeito sobre B, que
a devolve para A.
A B
A
D
C
B
 Nível menos elaborado: a interação desencadeada pelo jogo situa-se na
troca ou na relação, cujo retorno da ação não é assegurado
A
C
B
Construção/imitação/co-construção/modelo
A
O
O
B
(...)
 Os jogos educativos ou didáticos estão orientados para
estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para
o desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado –
calcular, ler e escrever.
 Destaque para os jogos de construção, com materiais de
encaixe, que trabalhem o corpo
O uso de brinquedos e jogos na intervenção
psicopedagógica de crianças com necessidades
especiais
Leny Magalhães Mrech
 Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham
neste momento um papel nuclear
 A construção do conhecimento e do saber por parte da criança
através do uso de brinquedos e jogos
 A intervenção pedagógica veio introduzir uma contribuição
mais rica no enfoque pedagógico
 É preciso que o professor ou psicopedagogo também altere sua
forma de conceber o processo de ensino-aprendizagem. Ele
não é um processo linear e contínuo que se encaminha numa
única direção, mas sim, multifacetado, apresentando paradas,
saltos, transformações bruscas e etc.
Pág. 112
 É importante que o professor perceba que a forma como a
criança reage ao objeto não é simplesmente um produto do
processo da sua interação como o objeto no momento, mas
um produto de sua história pessoal e social (pág. 119)
 O professor pode acreditar que o aluno está querendo chamar
a sua atenção. No entanto, o problema é bem mais sério, o
aluno foi captado em uma estrutura de alienação no saber que
comanda seu processo de aprendizagem, paralisando-o em
um determinado ponto, ele precisa ser trabalhado mais
aprofundadamente com o material anterior. O professor
precisa atender a esta necessidade especial do aluno (pág.
120)
 Percebe-se que, no ensino, o professor não introduz um
objeto qualquer. Necessita da percepção do contexto em que
se encontram inseridos. É preciso que o professor identifique
a matriz simbólica anterior do objeto, para entender melhor as
necessidades e dificuldades mais imediatas dos alunos. (pág.
121)
O uso de brinquedos, jogos e
materiais pedagógicos e as
estruturas de alienação no saber
# Estruturas de alienação no saber mais comuns, tradicionalmente
usadas pelos professores e alunos:
 Um professor que não gosta de brincar dificilmente
desenvolverá a capacidade lúdica de seus alunos
 Diante de um material novo, é bastante comum o professor
estabelecer um atitude distanciadas em relação a este objeto,
colocando-se como especialista e não como quem brinca com
o material
 A forma estereotipada do professor ver o aluno. A imagem que
o professor tem do aluno, não é o aluno. É o próprio aluno que
tem de dizer quem ele é, do que gosta, com quem quer brincar
e etc
Pág. 122 e 123
 As formas estereotipadas que o aluno concebe o professor, a instituição e o
material proposto. Elas podem impedir ou atrapalhar seu contato com a
aprendizagem. A imagem de bom ou mau professor também se antecipam
a atuação docente.
 As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado
na comunidade em geral. As grandes indústrias de brinquedos e materiais
pedagógicos estabelecem alguns parâmetros para o uso do material. Estes
indicadores podem constituir imagens tão impactante que podem desviar o
professor de um trabalho mais aprofundado, é a criança que deve se
pronunciar a respeito do material, não as indicações vagas do fabricante
Pág. 124
 As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado.
Muitas vezes o professor utiliza brinquedos, jogos e materiais pedagógicos
de uma maneira redutora e rotineira. O material a ser dado pelo aluno deve
ser farto e variado. A criança poderá escolher livremente o que fazer
 O aluno poderá fazer coisas totalmente imprevistas com o material, ainda
que o professor julgue inadequada, isto deve ser julgado na perspectiva da
criança, levando em consideração sua história.
 Adaptação de materiais às crianças com necessidades especiais
Pág. 125
O jogo na organização curricular para
deficientes mentais
maria luisa sproveri ribeiro
 A prática pedagógica com deficientes mentais tem sido
marcada por forte e arraigado tradicionalismo e posições hoje
ultrapassadas
 A discussão de mudanças no desenvolvimento curricular
ocorre com frequência, mas ainda não surtiu efeitos desejados
 Até agora, temos encontrado esforços isolados por parte de
alguns autores que realizam alterações em seu modo de
trabalhar
Pág. 134
 O professor, muitas vezes, não se reconhece como capaz de transformar a
realidade em que atua, porque coloca a fonte de todos os problemas fora do
seu âmbito de atuação (pág. 138)
 Em Educação Especial, há situações diferenciadas. O professor geralmente
se reserva o direito e a autoridade de estabelecer o currículo de suas classes
e, de modo geral, recebe esta tarefa também como delegação do diretor ou
coordenador, que raramente têm conhecimento das especificidades da
clientela da Educação Especial, não é raro encontrarmos leigos atuando na
área (pág. 139)
Brincadeiras e brinquedos na tv para crianças:
mobilizando opiniões de professores em formação
inicial
maria felisminda de Rezende e Fusari
 Uma pesquisa realizada com um grupo de professorandos
telespectadores sobre um programa televisivo para crianças
 Elaboração de conceitos e concepções com base no discurso
midiático (a mesma justificativa de Betti)
 Xou da Xuxa
Pág. 154
 O que os professorandos gostaram ou não do programa, o que foi levado
em consideração...
 Comunicadora no programa de TV
 Crianças presentes no programa
 Objetivos do programa de TV
 Forma de comunicação do programa
Pág. 155
Trecho do programa
 Xuxa vestida de cor de rosa, rodeada do personagem
Praga e de crianças em movimento
 Uma garrafa de guaraná Antártica (pouco menor do que
a apresentadora)
 Ênfase em imagens que mostravam apenas em close o
rosto e ombro da apresentadora e a marca do guaraná
O que os alunos
(professorandos) analisaram?
 Seu conhecimento anterior sobre o segmento do programa
 Quem gostaram e quem não gostaram no trecho
 Por que mudariam o segmento analisado
(...) – Resposta dos professorandos...
• Os professorandos informaram não conhecer o trecho do programa
• A maior parte dos telespectadores são do sexo feminino
• Idades entre 4 e 8 anos
• Nível socioeconômico médio e quase baixo
• A pesquisa não foi confirmada junto às crianças
O que os professorandos gostaram no
trecho assistido e por quê
 Foram favoráveis a presença de brincadeiras, sendo estas de boa qualidade
técnica, sonora e visual
 Alguns gostaram da voz da Xuxa e o seu modo de fazer perguntas a platéia
 Brincadeira competitiva
 Anúncio do refrigerante
 Brindes apenas aos vencedores
 Crítica ao merchandising
O QUE NÃO GOSTARAM ?
Sugestões de melhora
 Substituir os programas de anúncios comerciais
 Garantir a participação de todas as crianças presentes no
estúdio
 Diversificar brincadeiras, valorizar mais a nossa cultura de
brincadeiras, volume do som, melhorar a linguagem e
comunicação com as crianças
 A escola para refletir e discutir sobre as constatações
 Pensar no que conservar ou transformar por meio da discussão
e organização de um trabalho que contemple as mídias
CONSIDERAÇÕES
Pág. 162
Jogo e formação de professores:
videopsicodrama pedagógico
heloísa dupas penteado
 Jogo além do entretenimento
 Participação ativa do educando no seu processo de formação
 Na vida do adulto o jogo destaca-se na posição de lazer (pág. 167)
Videopsicodrama pedagógico
 É um desdobramento do psicodrama pedagógico, possibilitado
pelo avanço tecnológico, que colocou câmeras gravadoras e
aparelhos projetores ao alcance de um maior número de
profissionais das diferentes áreas do conhecimento
 O psicodrama é um método que utiliza a improvisação
dramática no desenvolvimento da espontaneidade do indivíduo
Entendo o que foi feito...
 O “campo tenso” do contexto social, de onde provém o
material da dramatização, transforma-se num “campo
relaxado”, essa situação oferece uma visão mais ampla e
flexível em relação as possibilidades de ação
 A aquisição de um clima favorável para realização da
dramatização requer algumas etapas, veja:
 Aquecimento: preparação dos elementos do contexto grupal para
que ele se encontre em condições de jogo, tendo dois momentos...
 Inespecífico: regras, procedimentos, cenário
 Específico: preparação do protagonista para que alcance as melhores
condições para dramatizar o material ou conteúdo que focaliza
“exercício da profissão”
Pág. 170
 (...)
 Comentários: leitura da dramatização, organização do material pelo diretor
juntamente com os atores
 Leitura do vídeo: exposição ao contexto grupal, registro de leituras,
participações e trocas possíveis sobre o tema dramatizado
 Seis sessões de videopsicodrama pedagógico (VP) em uma turma de Ciencias
Sociais (1983)
 Verificou-se que o VP é um importante recurso pedagógico para a formação e
incorporação de condutas profissionais adequadas a serem desenvolvidas em
cursos de formação de professores.
UMA EXPERIÊNCIA EM UMA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE ENSINO
Pág. 174
Exemplo...
 Foi montada uma imagem que representava um professor
descrito como “não-autoritário”, representado por uma mulher
que dava uma aula de História do Brasil, expondo sobre a
Inconfidência Mineira. Circulava entre os alunos, conversava
com eles, indagava sobre seus procedimentos; os alunos foram
representados por colegas de ambos os sexos, sendo que alguns
representavam alunos atentos e interessados no que o professor
fazia, outros representavam alunos desinteressados e não-
participantes
 O professor ao conversar com os alunos para entender o problema,
nada conseguindo, virava-se para a classe e dizia “Assim não é
possível; vocês querem que eu seja autoritária”.
Finalizando...
 Utilizar situações de jogo e brincadeira na formação pedagógica remete
para o uso metafórico das propriedades do jogo, de liberação do imaginário
Uuuufa!
De acordo com Kishimoto o brinquedo se difere do jogo, isto
porque...
(A)o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação
quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização
(B) o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma determinação
quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização
(C) o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação
quanto ao uso, ou seja, a presença de regras que organizam sua utilização
(D) o brinquedo supõe uma pequena relação com a criança e uma
indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que
organizam sua utilização
(E)o brinquedo supõe uma relação indireta com a criança e uma
indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que
organizam sua utilização
Kishimoto destaca em seu livro três categorias de brincadeiras, a
saber:
(A)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de cooperação e
brincadeiras de construção
(B)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de faz-de-conta e
brincadeiras de construção
(C)Brincadeiras populares, brincadeiras de cooperação e brincadeiras
de construção
(D)Brincadeiras regionais infantis, brincadeiras de cooperação e
brincadeiras de construção
(E)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de emancipação e
brincadeiras de construção

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  • 1. Jogo, brinquedo, brincadeira e a Educação Tizuko Morchida Kishimoto Roberto de moura mendonça Patrick machado
  • 2. resumo  Apresentação  O jogo e a Educação Infantil  Metáfora e pensamento:considerações sobre a importância do jogo na aquisição do conhecimento e implicações para a educação pré-escolar  A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário  A séria busca no jogo: do lúdico na matemática  O jogo e o fracasso escolar  O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças com necessidades especiais  O jogo na organização curricular para deficientes mentais  Brincadeiras e brinquedos na tv para crianças: mobilizando opiniões de professores em formação inicial  Jogo e formação de professores: videopsicodrama pedagógico
  • 3. apresentação  A incorporação de artigos no livro  Estudos datados entre 1993 e 1994  Pesquisas conjuntas, análises de paradigmas teóricos que explicitam o jogo, discussão de pesquisas, publicação e divulgação
  • 4. Passagem pelos capítulos... PRIMEIRO ARTIGO: JOGO NA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO INFANTIL  Apresentado em 1994 – Encontro Anual da Anped (MG)  Estudo de natureza conceitual  Significado do jogo ao longo da história, sobretudo em diferentes culturas  O artigo busca apontar especificidade de termos como brinquedos e brincadeiras, como material pedagógico  Todo jogo só tem existência dentro de um processo metafórico que permita a tomada de decisões pelo jogador  Exemplifica as brincadeiras de faz-de-conta tradicioanais, de construção e de regras. Pág. 07
  • 5. Segundo artigo: metáfora e pensamento  Importância do jogo na aquisição de conhecimento  O papel da metáfora na construção do pensamento TERCEIRO ARTIGO: A BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA •O papel da brincadeira de faz-de-conta • Relação com as concepções literárias do romantismo • Apresenta relatos de pesquisa sobre super-heróis
  • 6. Quarto artigo: A séria busca no jogo: do lúdico na matemática  Publicado em 1994  O jogo enquanto elemento cultural que integra a formação de conceitos  O jogo como conhecimento e produtor de conhecimento
  • 7. Quinto artigo: O jogo e o fracasso escolar  Apresentado em 1992  Analisa a utilização do jogo como recurso metodológico no trabalho com grupos de crianças em situações de risco  Rotular indevidamente crianças de deficientes mentais leves, em decorrência de erros de avaliação da capacidade de inteligência  Necessidade de melhorar os parâmetros mínimos de avaliação do potencial de aprendizagem e investigações cognitivas sobre o modo de aumentar este potencial, por meio de intervenções cognitivas adequadas.
  • 8. Sexto artigo: O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças com necessidades especiais  Atender necessidades específicas do aluno, por uma concepção pluricausal do processo de ensino-aprendizagem, em que as estruturas de alienação do saber desempenham um papel nuclear na produção do fracasso  As estruturas de alienação são os clichês do cotidiano escolar que surgem antes do contato com o professor e aluno  É fundamental que o professor quebre estes estereótipos para que o aluno não paralise seu processo de ensino-aprendizagem
  • 9. Sétimo artigo: o jogo na organização curricular para deficientes mentais  Possibilidades de utilização do jogo com deficientes mentais  Inicialmente discute concepções e práticas tradicionais arraigadas e inadequadas que geram formas estereotipadas de trabalhar com portadores de deficiência, menosprezando seu potencial  Analisa alternativas de mudança nos procedimentos de ensino, que priorize aspectos lúdicos na organização curricular
  • 10. Oitavo artigo: brincadeiras e brinquedos na tv para crianças, minimizando opiniões de professores em formação inicial Pesquisa entre 1987 e 1990 junto a 235 estudantes de magistério e de pedagogia na capital de SP  Houve um registro e discussão por parte dos sujeitos da pesquisa sobre os conteúdos de um programa em que um grande número de crianças assistiam, o “Xou da Xuxa”.  A análise das brincadeiras e brinquedos contidos no programa ajudam professores a pensarem sobre os reflexos do modo de pensar
  • 11. Nono artigo: Jogo e formação de professores: videopsicodrama pedagógico  O jogo como libertador da espontaneidade e do imaginário, ou seja, importante no ato de criar  Utilizar situações de jogo e brincadeira na formação pedagógica remete para o uso metafórico das propriedades do jogo, de liberação do imaginário
  • 12. I. JOGO NA EDUCA E A EDUCAÇÃO INFANTIL # Definir o jogo não é uma tarefa fácil, pode-se estar se referindo a jogos políticos, de adultos, crianças, adivinhas, xadrez entre outros. Embora recebam a mesma denominação têm suas especificidades. • Faz-de-conta: presença da situação imaginária • Xadrez: regras padronizadas • Ações do jogo de basquete # Distintos objetivos, estratégias, funções... # Quais as diferenças entre jogo, brinquedo ? (BROUGÈRE;1993, HENRIOT; 1989, WITTGENSTEIN; 1975) pág. 16
  • 13. AUTORES QUE COMEÇAM A DESATAR O NÓ DO CONGLOMERADO DE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS AO TERMO  Estes autores apontam três níveis de diferenciação, o jogo pode ser visto como: 1. O resultado de um sistema linguístico dentro de um contexto social 2. Um sistema de regras 3. Um objeto E o brinquedo? Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização. Estimulante material para fluir o imaginário infantil (pag. 21)
  • 14. E a brincadeira? É a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Brinquedo e brincadeira relaciona-se diretamente com a criança e não se confundem com o jogo. (pág. 21) A FAMÍLIA DO JOGO WITTGENSTEIN – 1975 Este autor apresenta o jogo como um termo impreciso, com contornos vagos, por assumir múltiplos significados. Em sua obra ele destaca espécies de jogo, a saber: tabuleiro, cartas, bola, enfim a muitos jogos.
  • 15. Características dos jogos  Autores que discutem a natureza do jogo, características ou semelhanças de família nesta obra são: Caillois (1958), Huizinga (1951), Henriot (1989), Fromberg (1987) e Christie (1991). HUIZINGA Descreve o jogo com um elemento da cultura, analise apenas os jogos produzidos pelo meio social, apontando as seguintes características: prazer, caráter “não sério”, liberdade, separação do fenômenos do cotidiano, regras, caráter fictício e sua limitação entre tempo e espaço Pág. 26
  • 16. CHRISTIE (1991) Não literalidade Flexibilidade Efeito positivo Prioridade do processo do brincar Livre escolha Controle interno Pág. 27
  • 17. As relações entre o jogo infantil e a educação: paradigmas  Ao longo do tempo o jogo foi limitado a recreação, durante a idade média foi considerado como “não-sério” por sua associação ao jogo de azar.  Os jogos destacados na antiguidade são os jogos de carta, par ou ímpar...  Essa concepção mantém o jogo a margem da atividade educativa. A mudança de concepção do jogo surge concomitantemente a uma nova percepção da infância, onde o jogo passaria a ser considerado como um meio de reflexão.
  • 18.  O romantismo constrói no pensamento da época um novo lugar para a criança e seu jogo, tendo como representantes filósofos e educadores Richter, Hoffman e Froebel, consideram o jogo como instrumento de educação.
  • 19. Tipos de brinquedo e brincadeira  Apenas ressaltar algumas modalidades de brincadeiras presentes na educação infantil  O uso do brinquedo para fins pedagógicos remete-nos a relevância deste instrumento para situações de ensino e aprendizagem e desenvolvimento infantil  O brinquedo permite uma ação intencional, construção de representações mentais, manipulação de objetos e operações sensório motoras, e as trocas nas interações... SOCIALFÍSICOAFETIVIDADE COGNIÇÃO
  • 20. Algumas considerações sobre os brinquedos...  Função lúdica  Função educativa Lúdico & Educativo.. Se a criança está diferenciando cores, ao manipular livre e prazerosamente um quebra-cabeça disponível na sala de aula, a função educativa e lúdica estão presentes. No entanto, se a criança prefere empilhar peças do quebra-cabeça, fazendo de conta que ele está construindo um castelo, certamente estão contemplados o lúdico, a situação imaginária, a habilidade para construção do castelo, a criatividade na disposição das cartas, mas não se garante a diferenciação das cores. Essa é a especificidade do brinquedo educativo. Apesar da riqueza de situações de aprendizagem que propicia, nunca se tem a certeza de que a construção do conhecimento efetuado pela criança será exatamente a mesma desejada pelo professor. (pág. 38)
  • 21. As categorias de brincadeiras (pág.38,39 e 40)  Brincadeiras tradicionais infantis  Brincadeiras de faz-de-conta  Brincadeiras de construção
  • 22. metáfora e pensamento: considerações sobre a importância do jogo na aquisição do conhecimento e implicações para a educação pré-escolar Marina Célia Moraes Dias  Acreditamos que é preciso exercitar o jogo simbólico e as linguagens não-verbais, para que a própria linguagem verbal, socializada e ideologizada, possa transformar-se em verdadeiro instrumento de pensamento  Resgatar o trabalho com a imaginação material que alimenta e dá vida a imaginação formal, que é uma abstração simplificada da realidade  Discutir o papel-chave da metáfora na construção da linguagem e do pensamento, enfatizando a importância do jogo como gênese  Apontamos o trabalho com o jogo e as linguagens artísticas na formação do educador pré-escolar como caminho de uma pedagogia da criança
  • 23. Metáfora e símbolo como chaves da natureza do homem  Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido diferente do próprio pela relação de semelhança  O ser humano é um ser sensível que, diante do mundo, busca significações, o que torna seu pensamento dinâmico por excelência, e é a metáfora, com suas múltiplas possibilidades de combinação que possibilita a mediação entre a realidade e pensamento  Pensamento metafórico: formado por uma rede de relações simbólicas apropriadas culturalmente, mas elaboradas e recriadas pelo sujeito a partir de condições internas próprias
  • 24. A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário edda bomtempo Referências literárias e teóricas  Piaget (1971): quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto mas da função que a criança atribui. É o que Piaget chama de jogo simbólico, o qual se apresenta inicialmente solitário, evoluindo para o estágio de jogo sociodramático, isto é, para a representação de papéis, como brincar de médico, de casinha, de mãe. (Pág. 59)  Singer (1973): a maior parte dos jogos de faz-de-conta também tem qualidade social no sentido simbólico. Envolve transações interpessoais, acontece com pares ou grupos de crianças que introduzem objetos animados, pessoas e animais que não estão presentes no momento
  • 25.  Vygotsky (1984): O que define o brincar é a situação imaginária criada pela criança. Além disso, devemos levar em conta que brincar preenche necessidades que mudam de acordo com a idade. Exemplo: um brinquedo que interessa a um bebê deixa de interessar a uma criança mais velha (pág. 60)
  • 26. A brincadeira, os brinquedos e a realidade Manoel Oriosvaldo de moura  No jogo simbólico as crianças constroem uma ponte entre a fantasia e a realidade  Ex: Crianças que vivem em ambientes perigosos (favela) onde predomina luta entre policiais e bandidos têm como tema preferido suas brincadeiras e conflitos  A criança assumir um papel de quem teme, a personificação é determinada por ansiedade ou frustração, Freud relata o caso da criança vencer o medo de atravessar o corredor escuro fingindo ser o fantasma que teme encontrar
  • 27.  O brinquedo aparece como um pedaço da cultura colocado ao alcance da criança, é seu parceiro na brincadeira, sua manipulação leva a criança à ação e à representação, a agir e a imaginar  Brougère (1990): A brincadeira aparece como um meio de sair do mundo real para descobrir outros mundos, para se projetar num universo inexistente  É através dos brinquedos e brincadeiras que a criança tem oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle interior, sua auto- estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros (Garbarino e col 1992) Pág. 69
  • 28. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática  As evidências parecem justificar a importância que vem assumindo o jogo nas propostas de ensino de matemática. Torna-se relevante a análise desta tendência para que possamos assumir conscientemente o nosso papel de educadores  O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado promotor de aprendizagem. A criança colocada diante de situações lúdicas  O jogo é visto como conhecimento feito e também se fazendo, é educativo  Nesta perspectiva o jogo será assumido com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando ao aluno o estabelecimento ou criação de planos de ação para atingir determinados objetivos, executar jogadas segundo este plano e avaliar sua eficácia nos resultados obtidos Pág. 86
  • 29.  A matemática deve buscar no jogo a ludicidade das soluções construídas para as situações-problema seriamente vividas pelo homem Pág. 87
  • 30. O jogo e o fracasso escolar sahda marta ide  A avaliação da capacidade de inteligência e a questão do fracasso escolar  Apesar de alguns avanços nos estudos sobre a capacidade de estabelecer parâmetros de avaliação de qualidade ainda há uma avaliação por métodos tradicionais  A busca pela análise das causas destes fracassos deve ser feita  A leitura do mundo físico e social é excluída dos quadros interpretativos do sujeito, essa “verdade” é apreendida pelos sentidos a partir do que é observado Pág. 89
  • 31. A reversão do fracasso  Se o objetivo for desenvolver capacidades cognitivas dessas crianças, tornando-as capazes de pensar, refletir e construir o conhecimento de forma significativa, dois aspectos bastante relevantes devem ser satisfeitos  A presença de um mediador (pais, professor, companheiros), pessoas que estimulam o indivíduo a se desenvolver  Os recursos e instrumentos pedagógicos devem ser adequados a essas crianças, possibilitando a construção do conhecimento de forma pensante Pág. 90
  • 32. O jogo como instrumento...  O jogo não visto apenas como divertimento ou brincadeira  Ele (jogo) favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral. Para Piaget (1967) o jogo é a construção do conhecimento  As crianças querem jogar bem, e se esforçam para superar obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais, se motivam mais durante o jogo, mais ativas mentalmente  O jogo possibilita a criança deficiente mental aprender de acordo com o seu ritmo e suas capacidades Pág. 95
  • 33. Jogos e sua interações...  Nível mais elevado: ocorre entre indivíduos em posições assimétricas do ponto de vista da competência, prestígio e poder. A tem efeito sobre B, que a devolve para A. A B A D C B
  • 34.  Nível menos elaborado: a interação desencadeada pelo jogo situa-se na troca ou na relação, cujo retorno da ação não é assegurado A C B Construção/imitação/co-construção/modelo A O O B
  • 35. (...)  Os jogos educativos ou didáticos estão orientados para estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para o desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado – calcular, ler e escrever.  Destaque para os jogos de construção, com materiais de encaixe, que trabalhem o corpo
  • 36. O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças com necessidades especiais Leny Magalhães Mrech  Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham neste momento um papel nuclear  A construção do conhecimento e do saber por parte da criança através do uso de brinquedos e jogos  A intervenção pedagógica veio introduzir uma contribuição mais rica no enfoque pedagógico  É preciso que o professor ou psicopedagogo também altere sua forma de conceber o processo de ensino-aprendizagem. Ele não é um processo linear e contínuo que se encaminha numa única direção, mas sim, multifacetado, apresentando paradas, saltos, transformações bruscas e etc. Pág. 112
  • 37.  É importante que o professor perceba que a forma como a criança reage ao objeto não é simplesmente um produto do processo da sua interação como o objeto no momento, mas um produto de sua história pessoal e social (pág. 119)  O professor pode acreditar que o aluno está querendo chamar a sua atenção. No entanto, o problema é bem mais sério, o aluno foi captado em uma estrutura de alienação no saber que comanda seu processo de aprendizagem, paralisando-o em um determinado ponto, ele precisa ser trabalhado mais aprofundadamente com o material anterior. O professor precisa atender a esta necessidade especial do aluno (pág. 120)  Percebe-se que, no ensino, o professor não introduz um objeto qualquer. Necessita da percepção do contexto em que se encontram inseridos. É preciso que o professor identifique a matriz simbólica anterior do objeto, para entender melhor as necessidades e dificuldades mais imediatas dos alunos. (pág. 121)
  • 38. O uso de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos e as estruturas de alienação no saber # Estruturas de alienação no saber mais comuns, tradicionalmente usadas pelos professores e alunos:  Um professor que não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica de seus alunos  Diante de um material novo, é bastante comum o professor estabelecer um atitude distanciadas em relação a este objeto, colocando-se como especialista e não como quem brinca com o material  A forma estereotipada do professor ver o aluno. A imagem que o professor tem do aluno, não é o aluno. É o próprio aluno que tem de dizer quem ele é, do que gosta, com quem quer brincar e etc Pág. 122 e 123
  • 39.  As formas estereotipadas que o aluno concebe o professor, a instituição e o material proposto. Elas podem impedir ou atrapalhar seu contato com a aprendizagem. A imagem de bom ou mau professor também se antecipam a atuação docente.  As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado na comunidade em geral. As grandes indústrias de brinquedos e materiais pedagógicos estabelecem alguns parâmetros para o uso do material. Estes indicadores podem constituir imagens tão impactante que podem desviar o professor de um trabalho mais aprofundado, é a criança que deve se pronunciar a respeito do material, não as indicações vagas do fabricante Pág. 124
  • 40.  As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado. Muitas vezes o professor utiliza brinquedos, jogos e materiais pedagógicos de uma maneira redutora e rotineira. O material a ser dado pelo aluno deve ser farto e variado. A criança poderá escolher livremente o que fazer  O aluno poderá fazer coisas totalmente imprevistas com o material, ainda que o professor julgue inadequada, isto deve ser julgado na perspectiva da criança, levando em consideração sua história.  Adaptação de materiais às crianças com necessidades especiais Pág. 125
  • 41. O jogo na organização curricular para deficientes mentais maria luisa sproveri ribeiro  A prática pedagógica com deficientes mentais tem sido marcada por forte e arraigado tradicionalismo e posições hoje ultrapassadas  A discussão de mudanças no desenvolvimento curricular ocorre com frequência, mas ainda não surtiu efeitos desejados  Até agora, temos encontrado esforços isolados por parte de alguns autores que realizam alterações em seu modo de trabalhar Pág. 134
  • 42.  O professor, muitas vezes, não se reconhece como capaz de transformar a realidade em que atua, porque coloca a fonte de todos os problemas fora do seu âmbito de atuação (pág. 138)  Em Educação Especial, há situações diferenciadas. O professor geralmente se reserva o direito e a autoridade de estabelecer o currículo de suas classes e, de modo geral, recebe esta tarefa também como delegação do diretor ou coordenador, que raramente têm conhecimento das especificidades da clientela da Educação Especial, não é raro encontrarmos leigos atuando na área (pág. 139)
  • 43. Brincadeiras e brinquedos na tv para crianças: mobilizando opiniões de professores em formação inicial maria felisminda de Rezende e Fusari  Uma pesquisa realizada com um grupo de professorandos telespectadores sobre um programa televisivo para crianças  Elaboração de conceitos e concepções com base no discurso midiático (a mesma justificativa de Betti)  Xou da Xuxa Pág. 154
  • 44.  O que os professorandos gostaram ou não do programa, o que foi levado em consideração...  Comunicadora no programa de TV  Crianças presentes no programa  Objetivos do programa de TV  Forma de comunicação do programa Pág. 155
  • 45. Trecho do programa  Xuxa vestida de cor de rosa, rodeada do personagem Praga e de crianças em movimento  Uma garrafa de guaraná Antártica (pouco menor do que a apresentadora)  Ênfase em imagens que mostravam apenas em close o rosto e ombro da apresentadora e a marca do guaraná
  • 46. O que os alunos (professorandos) analisaram?  Seu conhecimento anterior sobre o segmento do programa  Quem gostaram e quem não gostaram no trecho  Por que mudariam o segmento analisado (...) – Resposta dos professorandos... • Os professorandos informaram não conhecer o trecho do programa • A maior parte dos telespectadores são do sexo feminino • Idades entre 4 e 8 anos • Nível socioeconômico médio e quase baixo • A pesquisa não foi confirmada junto às crianças
  • 47. O que os professorandos gostaram no trecho assistido e por quê  Foram favoráveis a presença de brincadeiras, sendo estas de boa qualidade técnica, sonora e visual  Alguns gostaram da voz da Xuxa e o seu modo de fazer perguntas a platéia  Brincadeira competitiva  Anúncio do refrigerante  Brindes apenas aos vencedores  Crítica ao merchandising O QUE NÃO GOSTARAM ?
  • 48. Sugestões de melhora  Substituir os programas de anúncios comerciais  Garantir a participação de todas as crianças presentes no estúdio  Diversificar brincadeiras, valorizar mais a nossa cultura de brincadeiras, volume do som, melhorar a linguagem e comunicação com as crianças  A escola para refletir e discutir sobre as constatações  Pensar no que conservar ou transformar por meio da discussão e organização de um trabalho que contemple as mídias CONSIDERAÇÕES Pág. 162
  • 49. Jogo e formação de professores: videopsicodrama pedagógico heloísa dupas penteado  Jogo além do entretenimento  Participação ativa do educando no seu processo de formação  Na vida do adulto o jogo destaca-se na posição de lazer (pág. 167)
  • 50. Videopsicodrama pedagógico  É um desdobramento do psicodrama pedagógico, possibilitado pelo avanço tecnológico, que colocou câmeras gravadoras e aparelhos projetores ao alcance de um maior número de profissionais das diferentes áreas do conhecimento  O psicodrama é um método que utiliza a improvisação dramática no desenvolvimento da espontaneidade do indivíduo
  • 51. Entendo o que foi feito...  O “campo tenso” do contexto social, de onde provém o material da dramatização, transforma-se num “campo relaxado”, essa situação oferece uma visão mais ampla e flexível em relação as possibilidades de ação  A aquisição de um clima favorável para realização da dramatização requer algumas etapas, veja:  Aquecimento: preparação dos elementos do contexto grupal para que ele se encontre em condições de jogo, tendo dois momentos...  Inespecífico: regras, procedimentos, cenário  Específico: preparação do protagonista para que alcance as melhores condições para dramatizar o material ou conteúdo que focaliza “exercício da profissão” Pág. 170
  • 52.  (...)  Comentários: leitura da dramatização, organização do material pelo diretor juntamente com os atores  Leitura do vídeo: exposição ao contexto grupal, registro de leituras, participações e trocas possíveis sobre o tema dramatizado  Seis sessões de videopsicodrama pedagógico (VP) em uma turma de Ciencias Sociais (1983)  Verificou-se que o VP é um importante recurso pedagógico para a formação e incorporação de condutas profissionais adequadas a serem desenvolvidas em cursos de formação de professores. UMA EXPERIÊNCIA EM UMA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE ENSINO Pág. 174
  • 53. Exemplo...  Foi montada uma imagem que representava um professor descrito como “não-autoritário”, representado por uma mulher que dava uma aula de História do Brasil, expondo sobre a Inconfidência Mineira. Circulava entre os alunos, conversava com eles, indagava sobre seus procedimentos; os alunos foram representados por colegas de ambos os sexos, sendo que alguns representavam alunos atentos e interessados no que o professor fazia, outros representavam alunos desinteressados e não- participantes  O professor ao conversar com os alunos para entender o problema, nada conseguindo, virava-se para a classe e dizia “Assim não é possível; vocês querem que eu seja autoritária”.
  • 54. Finalizando...  Utilizar situações de jogo e brincadeira na formação pedagógica remete para o uso metafórico das propriedades do jogo, de liberação do imaginário Uuuufa!
  • 55. De acordo com Kishimoto o brinquedo se difere do jogo, isto porque... (A)o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização (B) o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma determinação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização (C) o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a presença de regras que organizam sua utilização (D) o brinquedo supõe uma pequena relação com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização (E)o brinquedo supõe uma relação indireta com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização
  • 56. Kishimoto destaca em seu livro três categorias de brincadeiras, a saber: (A)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção (B)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de faz-de-conta e brincadeiras de construção (C)Brincadeiras populares, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção (D)Brincadeiras regionais infantis, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção (E)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de emancipação e brincadeiras de construção

Notes de l'éditeur

  1. pág. 16
  2. Kishimoto destaca em seu livro três categorias de brincadeiras, a saber: Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de faz-de-conta e brincadeiras de construção Brincadeiras populares, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção Brincadeiras regionais infantis, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de emancipação e brincadeiras de construção
  3. A
  4. Construção/imitação/co-construção/modelo
  5. O que não gostaram ?
  6. Pág. 170
  7. A
  8. B