O documento discute a importância do jogo e da brincadeira na educação infantil em 3 frases:
1. Defini o jogo, brinquedo e brincadeira e discute suas especificidades e como se relacionam com a criança e a educação.
2. Apresenta diferentes teorias sobre o jogo, sua natureza e características, e como ele é importante para a aquisição de conhecimento e desenvolvimento infantil.
3. Discutem diferentes tipos de brinquedos e brincadeiras, como faz-de-conta
2. resumo
Apresentação
O jogo e a Educação Infantil
Metáfora e pensamento:considerações sobre a importância do jogo na
aquisição do conhecimento e implicações para a educação pré-escolar
A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do
imaginário
A séria busca no jogo: do lúdico na matemática
O jogo e o fracasso escolar
O uso de brinquedos e jogos na intervenção psicopedagógica de crianças
com necessidades especiais
O jogo na organização curricular para deficientes mentais
Brincadeiras e brinquedos na tv para crianças: mobilizando opiniões de
professores em formação inicial
Jogo e formação de professores: videopsicodrama pedagógico
3. apresentação
A incorporação de artigos no livro
Estudos datados entre 1993 e 1994
Pesquisas conjuntas, análises de paradigmas teóricos que
explicitam o jogo, discussão de pesquisas, publicação e
divulgação
4. Passagem pelos capítulos...
PRIMEIRO ARTIGO: JOGO NA EDUCAÇÃO E A
EDUCAÇÃO INFANTIL
Apresentado em 1994 – Encontro Anual da Anped (MG)
Estudo de natureza conceitual
Significado do jogo ao longo da história, sobretudo em diferentes
culturas
O artigo busca apontar especificidade de termos como brinquedos e
brincadeiras, como material pedagógico
Todo jogo só tem existência dentro de um processo metafórico que
permita a tomada de decisões pelo jogador
Exemplifica as brincadeiras de faz-de-conta tradicioanais, de
construção e de regras.
Pág. 07
5. Segundo artigo: metáfora e pensamento
Importância do jogo na aquisição de conhecimento
O papel da metáfora na construção do pensamento
TERCEIRO ARTIGO: A BRINCADEIRA DE
FAZ-DE-CONTA
•O papel da brincadeira de faz-de-conta
• Relação com as concepções literárias do romantismo
• Apresenta relatos de pesquisa sobre super-heróis
6. Quarto artigo: A séria busca no
jogo: do lúdico na matemática
Publicado em 1994
O jogo enquanto elemento cultural que integra a
formação de conceitos
O jogo como conhecimento e produtor de
conhecimento
7. Quinto artigo: O jogo e o
fracasso escolar
Apresentado em 1992
Analisa a utilização do jogo como recurso metodológico no
trabalho com grupos de crianças em situações de risco
Rotular indevidamente crianças de deficientes mentais leves,
em decorrência de erros de avaliação da capacidade de
inteligência
Necessidade de melhorar os parâmetros mínimos de avaliação
do potencial de aprendizagem e investigações cognitivas sobre
o modo de aumentar este potencial, por meio de intervenções
cognitivas adequadas.
8. Sexto artigo: O uso de brinquedos e jogos
na intervenção psicopedagógica de crianças
com necessidades especiais
Atender necessidades específicas do aluno, por uma concepção pluricausal
do processo de ensino-aprendizagem, em que as estruturas de alienação do
saber desempenham um papel nuclear na produção do fracasso
As estruturas de alienação são os clichês do cotidiano escolar que surgem
antes do contato com o professor e aluno
É fundamental que o professor quebre estes estereótipos para que o aluno
não paralise seu processo de ensino-aprendizagem
9. Sétimo artigo: o jogo na organização
curricular para deficientes mentais
Possibilidades de utilização do jogo com deficientes mentais
Inicialmente discute concepções e práticas tradicionais
arraigadas e inadequadas que geram formas estereotipadas de
trabalhar com portadores de deficiência, menosprezando seu
potencial
Analisa alternativas de mudança nos procedimentos de ensino,
que priorize aspectos lúdicos na organização curricular
10. Oitavo artigo: brincadeiras e
brinquedos na tv para crianças,
minimizando opiniões de professores
em formação inicial Pesquisa entre 1987 e 1990 junto a 235 estudantes de
magistério e de pedagogia na capital de SP
Houve um registro e discussão por parte dos sujeitos da
pesquisa sobre os conteúdos de um programa em que
um grande número de crianças assistiam, o “Xou da
Xuxa”.
A análise das brincadeiras e brinquedos contidos no
programa ajudam professores a pensarem sobre os reflexos
do modo de pensar
11. Nono artigo: Jogo e formação de
professores: videopsicodrama
pedagógico
O jogo como libertador da espontaneidade e do imaginário, ou
seja, importante no ato de criar
Utilizar situações de jogo e brincadeira na formação pedagógica
remete para o uso metafórico das propriedades do jogo, de
liberação do imaginário
12. I. JOGO NA EDUCA E A
EDUCAÇÃO INFANTIL
# Definir o jogo não é uma tarefa fácil, pode-se estar se referindo a
jogos políticos, de adultos, crianças, adivinhas, xadrez entre
outros. Embora recebam a mesma denominação têm suas
especificidades.
• Faz-de-conta: presença da situação imaginária
• Xadrez: regras padronizadas
• Ações do jogo de basquete
# Distintos objetivos, estratégias, funções...
# Quais as diferenças entre jogo, brinquedo ?
(BROUGÈRE;1993, HENRIOT; 1989, WITTGENSTEIN; 1975)
pág. 16
13. AUTORES QUE COMEÇAM A DESATAR O
NÓ DO CONGLOMERADO DE
SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS AO TERMO
Estes autores apontam três níveis de diferenciação, o jogo pode
ser visto como:
1. O resultado de um sistema linguístico dentro de um contexto
social
2. Um sistema de regras
3. Um objeto
E o brinquedo?
Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação com a
criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a
ausência de regras que organizam sua utilização. Estimulante
material para fluir o imaginário infantil (pag. 21)
14. E a brincadeira?
É a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao
mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Brinquedo
e brincadeira relaciona-se diretamente com a criança e não se confundem
com o jogo. (pág. 21)
A FAMÍLIA DO JOGO
WITTGENSTEIN – 1975
Este autor apresenta o jogo como um termo
impreciso, com contornos vagos, por assumir múltiplos
significados. Em sua obra ele destaca espécies de jogo, a
saber: tabuleiro, cartas, bola, enfim a muitos jogos.
15. Características dos jogos
Autores que discutem a natureza do jogo, características ou
semelhanças de família nesta obra são: Caillois (1958),
Huizinga (1951), Henriot (1989), Fromberg (1987) e Christie
(1991).
HUIZINGA
Descreve o jogo com um elemento da cultura, analise
apenas os jogos produzidos pelo meio social, apontando as
seguintes características: prazer, caráter “não sério”, liberdade,
separação do fenômenos do cotidiano, regras, caráter fictício e
sua limitação entre tempo e espaço
Pág. 26
17. As relações entre o jogo infantil e
a educação: paradigmas
Ao longo do tempo o jogo foi limitado a recreação, durante a
idade média foi considerado como “não-sério” por sua
associação ao jogo de azar.
Os jogos destacados na antiguidade são os jogos de carta, par
ou ímpar...
Essa concepção mantém o jogo a margem da atividade
educativa. A mudança de concepção do jogo surge
concomitantemente a uma nova percepção da infância, onde o
jogo passaria a ser considerado como um meio de reflexão.
18. O romantismo constrói no pensamento da época um novo lugar para a
criança e seu jogo, tendo como representantes filósofos e educadores
Richter, Hoffman e Froebel, consideram o jogo como instrumento de
educação.
19. Tipos de brinquedo e brincadeira
Apenas ressaltar algumas modalidades de brincadeiras
presentes na educação infantil
O uso do brinquedo para fins pedagógicos remete-nos a
relevância deste instrumento para situações de ensino e
aprendizagem e desenvolvimento infantil
O brinquedo permite uma ação intencional, construção de
representações mentais, manipulação de objetos e operações
sensório motoras, e as trocas nas interações...
SOCIALFÍSICOAFETIVIDADE COGNIÇÃO
20. Algumas considerações sobre
os brinquedos...
Função lúdica
Função educativa
Lúdico & Educativo.. Se a criança está diferenciando cores, ao
manipular livre e prazerosamente um quebra-cabeça disponível na sala
de aula, a função educativa e lúdica estão presentes. No entanto, se a
criança prefere empilhar peças do quebra-cabeça, fazendo de conta que
ele está construindo um castelo, certamente estão contemplados o
lúdico, a situação imaginária, a habilidade para construção do castelo, a
criatividade na disposição das cartas, mas não se garante a
diferenciação das cores. Essa é a especificidade do brinquedo
educativo. Apesar da riqueza de situações de aprendizagem que
propicia, nunca se tem a certeza de que a construção do conhecimento
efetuado pela criança será exatamente a mesma desejada pelo
professor. (pág. 38)
21. As categorias de brincadeiras
(pág.38,39 e 40)
Brincadeiras tradicionais infantis
Brincadeiras de faz-de-conta
Brincadeiras de construção
22. metáfora e pensamento: considerações sobre a importância do
jogo na aquisição do conhecimento e implicações para a
educação pré-escolar
Marina Célia Moraes Dias
Acreditamos que é preciso exercitar o jogo simbólico e as
linguagens não-verbais, para que a própria linguagem verbal,
socializada e ideologizada, possa transformar-se em
verdadeiro instrumento de pensamento
Resgatar o trabalho com a imaginação material que alimenta
e dá vida a imaginação formal, que é uma abstração
simplificada da realidade
Discutir o papel-chave da metáfora na construção da
linguagem e do pensamento, enfatizando a importância do
jogo como gênese
Apontamos o trabalho com o jogo e as linguagens artísticas
na formação do educador pré-escolar como caminho de uma
pedagogia da criança
23. Metáfora e símbolo como chaves
da natureza do homem
Metáfora: Emprego de uma palavra em sentido diferente do
próprio pela relação de semelhança
O ser humano é um ser sensível que, diante do mundo, busca
significações, o que torna seu pensamento dinâmico por
excelência, e é a metáfora, com suas múltiplas possibilidades
de combinação que possibilita a mediação entre a realidade e
pensamento
Pensamento metafórico: formado por uma rede de relações
simbólicas apropriadas culturalmente, mas elaboradas e
recriadas pelo sujeito a partir de condições internas próprias
24. A brincadeira de faz-de-conta: lugar
do simbolismo, da representação, do
imaginário
edda bomtempo Referências literárias e teóricas
Piaget (1971): quando brinca, a criança assimila o mundo à sua
maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação
com o objeto não depende da natureza do objeto mas da função
que a criança atribui. É o que Piaget chama de jogo simbólico, o
qual se apresenta inicialmente solitário, evoluindo para o estágio
de jogo sociodramático, isto é, para a representação de papéis,
como brincar de médico, de casinha, de mãe. (Pág. 59)
Singer (1973): a maior parte dos jogos de faz-de-conta também
tem qualidade social no sentido simbólico. Envolve transações
interpessoais, acontece com pares ou grupos de crianças que
introduzem objetos animados, pessoas e animais que não estão
presentes no momento
25. Vygotsky (1984): O que define o brincar é a situação imaginária criada
pela criança. Além disso, devemos levar em conta que brincar preenche
necessidades que mudam de acordo com a idade. Exemplo: um brinquedo
que interessa a um bebê deixa de interessar a uma criança mais velha (pág.
60)
26. A brincadeira, os brinquedos e a
realidade
Manoel Oriosvaldo de moura
No jogo simbólico as crianças constroem uma ponte entre a
fantasia e a realidade
Ex: Crianças que vivem em ambientes perigosos (favela) onde
predomina luta entre policiais e bandidos têm como tema
preferido suas brincadeiras e conflitos
A criança assumir um papel de quem teme, a personificação é
determinada por ansiedade ou frustração, Freud relata o caso
da criança vencer o medo de atravessar o corredor escuro
fingindo ser o fantasma que teme encontrar
27. O brinquedo aparece como um pedaço da cultura colocado ao alcance da
criança, é seu parceiro na brincadeira, sua manipulação leva a criança à
ação e à representação, a agir e a imaginar
Brougère (1990): A brincadeira aparece como um meio de sair do mundo
real para descobrir outros mundos, para se projetar num universo
inexistente
É através dos brinquedos e brincadeiras que a criança tem oportunidade de
desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o
mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle interior, sua auto-
estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros
(Garbarino e col 1992)
Pág. 69
28. A séria busca no jogo: do
lúdico na matemática
As evidências parecem justificar a importância que vem
assumindo o jogo nas propostas de ensino de matemática. Torna-se
relevante a análise desta tendência para que possamos assumir
conscientemente o nosso papel de educadores
O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material
de ensino quando considerado promotor de aprendizagem. A
criança colocada diante de situações lúdicas
O jogo é visto como conhecimento feito e também se fazendo, é
educativo
Nesta perspectiva o jogo será assumido com a finalidade de
desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando
ao aluno o estabelecimento ou criação de planos de ação para
atingir determinados objetivos, executar jogadas segundo este
plano e avaliar sua eficácia nos resultados obtidos
Pág. 86
29. A matemática deve buscar no jogo a ludicidade das soluções construídas
para as situações-problema seriamente vividas pelo homem
Pág. 87
30. O jogo e o fracasso escolar
sahda marta ide
A avaliação da capacidade de inteligência e a questão do
fracasso escolar
Apesar de alguns avanços nos estudos sobre a capacidade de
estabelecer parâmetros de avaliação de qualidade ainda há uma
avaliação por métodos tradicionais
A busca pela análise das causas destes fracassos deve ser feita
A leitura do mundo físico e social é excluída dos quadros
interpretativos do sujeito, essa “verdade” é apreendida pelos
sentidos a partir do que é observado
Pág. 89
31. A reversão do fracasso
Se o objetivo for desenvolver capacidades cognitivas dessas
crianças, tornando-as capazes de pensar, refletir e construir o
conhecimento de forma significativa, dois aspectos bastante
relevantes devem ser satisfeitos
A presença de um mediador (pais, professor, companheiros),
pessoas que estimulam o indivíduo a se desenvolver
Os recursos e instrumentos pedagógicos devem ser adequados a
essas crianças, possibilitando a construção do conhecimento de
forma pensante
Pág. 90
32. O jogo como instrumento...
O jogo não visto apenas como divertimento ou
brincadeira
Ele (jogo) favorece o desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo, social e moral. Para Piaget (1967) o jogo é a
construção do conhecimento
As crianças querem jogar bem, e se esforçam para
superar obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais,
se motivam mais durante o jogo, mais ativas
mentalmente
O jogo possibilita a criança deficiente mental aprender
de acordo com o seu ritmo e suas capacidades
Pág. 95
33. Jogos e sua interações...
Nível mais elevado: ocorre entre indivíduos em posições assimétricas do
ponto de vista da competência, prestígio e poder. A tem efeito sobre B, que
a devolve para A.
A B
A
D
C
B
34. Nível menos elaborado: a interação desencadeada pelo jogo situa-se na
troca ou na relação, cujo retorno da ação não é assegurado
A
C
B
Construção/imitação/co-construção/modelo
A
O
O
B
35. (...)
Os jogos educativos ou didáticos estão orientados para
estimular o desenvolvimento cognitivo e são importantes para
o desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado –
calcular, ler e escrever.
Destaque para os jogos de construção, com materiais de
encaixe, que trabalhem o corpo
36. O uso de brinquedos e jogos na intervenção
psicopedagógica de crianças com necessidades
especiais
Leny Magalhães Mrech
Os brinquedos, jogos e materiais pedagógicos desempenham
neste momento um papel nuclear
A construção do conhecimento e do saber por parte da criança
através do uso de brinquedos e jogos
A intervenção pedagógica veio introduzir uma contribuição
mais rica no enfoque pedagógico
É preciso que o professor ou psicopedagogo também altere sua
forma de conceber o processo de ensino-aprendizagem. Ele
não é um processo linear e contínuo que se encaminha numa
única direção, mas sim, multifacetado, apresentando paradas,
saltos, transformações bruscas e etc.
Pág. 112
37. É importante que o professor perceba que a forma como a
criança reage ao objeto não é simplesmente um produto do
processo da sua interação como o objeto no momento, mas
um produto de sua história pessoal e social (pág. 119)
O professor pode acreditar que o aluno está querendo chamar
a sua atenção. No entanto, o problema é bem mais sério, o
aluno foi captado em uma estrutura de alienação no saber que
comanda seu processo de aprendizagem, paralisando-o em
um determinado ponto, ele precisa ser trabalhado mais
aprofundadamente com o material anterior. O professor
precisa atender a esta necessidade especial do aluno (pág.
120)
Percebe-se que, no ensino, o professor não introduz um
objeto qualquer. Necessita da percepção do contexto em que
se encontram inseridos. É preciso que o professor identifique
a matriz simbólica anterior do objeto, para entender melhor as
necessidades e dificuldades mais imediatas dos alunos. (pág.
121)
38. O uso de brinquedos, jogos e
materiais pedagógicos e as
estruturas de alienação no saber
# Estruturas de alienação no saber mais comuns, tradicionalmente
usadas pelos professores e alunos:
Um professor que não gosta de brincar dificilmente
desenvolverá a capacidade lúdica de seus alunos
Diante de um material novo, é bastante comum o professor
estabelecer um atitude distanciadas em relação a este objeto,
colocando-se como especialista e não como quem brinca com
o material
A forma estereotipada do professor ver o aluno. A imagem que
o professor tem do aluno, não é o aluno. É o próprio aluno que
tem de dizer quem ele é, do que gosta, com quem quer brincar
e etc
Pág. 122 e 123
39. As formas estereotipadas que o aluno concebe o professor, a instituição e o
material proposto. Elas podem impedir ou atrapalhar seu contato com a
aprendizagem. A imagem de bom ou mau professor também se antecipam
a atuação docente.
As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado
na comunidade em geral. As grandes indústrias de brinquedos e materiais
pedagógicos estabelecem alguns parâmetros para o uso do material. Estes
indicadores podem constituir imagens tão impactante que podem desviar o
professor de um trabalho mais aprofundado, é a criança que deve se
pronunciar a respeito do material, não as indicações vagas do fabricante
Pág. 124
40. As formas estereotipadas que envolvem o uso do material a ser empregado.
Muitas vezes o professor utiliza brinquedos, jogos e materiais pedagógicos
de uma maneira redutora e rotineira. O material a ser dado pelo aluno deve
ser farto e variado. A criança poderá escolher livremente o que fazer
O aluno poderá fazer coisas totalmente imprevistas com o material, ainda
que o professor julgue inadequada, isto deve ser julgado na perspectiva da
criança, levando em consideração sua história.
Adaptação de materiais às crianças com necessidades especiais
Pág. 125
41. O jogo na organização curricular para
deficientes mentais
maria luisa sproveri ribeiro
A prática pedagógica com deficientes mentais tem sido
marcada por forte e arraigado tradicionalismo e posições hoje
ultrapassadas
A discussão de mudanças no desenvolvimento curricular
ocorre com frequência, mas ainda não surtiu efeitos desejados
Até agora, temos encontrado esforços isolados por parte de
alguns autores que realizam alterações em seu modo de
trabalhar
Pág. 134
42. O professor, muitas vezes, não se reconhece como capaz de transformar a
realidade em que atua, porque coloca a fonte de todos os problemas fora do
seu âmbito de atuação (pág. 138)
Em Educação Especial, há situações diferenciadas. O professor geralmente
se reserva o direito e a autoridade de estabelecer o currículo de suas classes
e, de modo geral, recebe esta tarefa também como delegação do diretor ou
coordenador, que raramente têm conhecimento das especificidades da
clientela da Educação Especial, não é raro encontrarmos leigos atuando na
área (pág. 139)
43. Brincadeiras e brinquedos na tv para crianças:
mobilizando opiniões de professores em formação
inicial
maria felisminda de Rezende e Fusari
Uma pesquisa realizada com um grupo de professorandos
telespectadores sobre um programa televisivo para crianças
Elaboração de conceitos e concepções com base no discurso
midiático (a mesma justificativa de Betti)
Xou da Xuxa
Pág. 154
44. O que os professorandos gostaram ou não do programa, o que foi levado
em consideração...
Comunicadora no programa de TV
Crianças presentes no programa
Objetivos do programa de TV
Forma de comunicação do programa
Pág. 155
45. Trecho do programa
Xuxa vestida de cor de rosa, rodeada do personagem
Praga e de crianças em movimento
Uma garrafa de guaraná Antártica (pouco menor do que
a apresentadora)
Ênfase em imagens que mostravam apenas em close o
rosto e ombro da apresentadora e a marca do guaraná
46. O que os alunos
(professorandos) analisaram?
Seu conhecimento anterior sobre o segmento do programa
Quem gostaram e quem não gostaram no trecho
Por que mudariam o segmento analisado
(...) – Resposta dos professorandos...
• Os professorandos informaram não conhecer o trecho do programa
• A maior parte dos telespectadores são do sexo feminino
• Idades entre 4 e 8 anos
• Nível socioeconômico médio e quase baixo
• A pesquisa não foi confirmada junto às crianças
47. O que os professorandos gostaram no
trecho assistido e por quê
Foram favoráveis a presença de brincadeiras, sendo estas de boa qualidade
técnica, sonora e visual
Alguns gostaram da voz da Xuxa e o seu modo de fazer perguntas a platéia
Brincadeira competitiva
Anúncio do refrigerante
Brindes apenas aos vencedores
Crítica ao merchandising
O QUE NÃO GOSTARAM ?
48. Sugestões de melhora
Substituir os programas de anúncios comerciais
Garantir a participação de todas as crianças presentes no
estúdio
Diversificar brincadeiras, valorizar mais a nossa cultura de
brincadeiras, volume do som, melhorar a linguagem e
comunicação com as crianças
A escola para refletir e discutir sobre as constatações
Pensar no que conservar ou transformar por meio da discussão
e organização de um trabalho que contemple as mídias
CONSIDERAÇÕES
Pág. 162
49. Jogo e formação de professores:
videopsicodrama pedagógico
heloísa dupas penteado
Jogo além do entretenimento
Participação ativa do educando no seu processo de formação
Na vida do adulto o jogo destaca-se na posição de lazer (pág. 167)
50. Videopsicodrama pedagógico
É um desdobramento do psicodrama pedagógico, possibilitado
pelo avanço tecnológico, que colocou câmeras gravadoras e
aparelhos projetores ao alcance de um maior número de
profissionais das diferentes áreas do conhecimento
O psicodrama é um método que utiliza a improvisação
dramática no desenvolvimento da espontaneidade do indivíduo
51. Entendo o que foi feito...
O “campo tenso” do contexto social, de onde provém o
material da dramatização, transforma-se num “campo
relaxado”, essa situação oferece uma visão mais ampla e
flexível em relação as possibilidades de ação
A aquisição de um clima favorável para realização da
dramatização requer algumas etapas, veja:
Aquecimento: preparação dos elementos do contexto grupal para
que ele se encontre em condições de jogo, tendo dois momentos...
Inespecífico: regras, procedimentos, cenário
Específico: preparação do protagonista para que alcance as melhores
condições para dramatizar o material ou conteúdo que focaliza
“exercício da profissão”
Pág. 170
52. (...)
Comentários: leitura da dramatização, organização do material pelo diretor
juntamente com os atores
Leitura do vídeo: exposição ao contexto grupal, registro de leituras,
participações e trocas possíveis sobre o tema dramatizado
Seis sessões de videopsicodrama pedagógico (VP) em uma turma de Ciencias
Sociais (1983)
Verificou-se que o VP é um importante recurso pedagógico para a formação e
incorporação de condutas profissionais adequadas a serem desenvolvidas em
cursos de formação de professores.
UMA EXPERIÊNCIA EM UMA DISCIPLINA DE PRÁTICA DE ENSINO
Pág. 174
53. Exemplo...
Foi montada uma imagem que representava um professor
descrito como “não-autoritário”, representado por uma mulher
que dava uma aula de História do Brasil, expondo sobre a
Inconfidência Mineira. Circulava entre os alunos, conversava
com eles, indagava sobre seus procedimentos; os alunos foram
representados por colegas de ambos os sexos, sendo que alguns
representavam alunos atentos e interessados no que o professor
fazia, outros representavam alunos desinteressados e não-
participantes
O professor ao conversar com os alunos para entender o problema,
nada conseguindo, virava-se para a classe e dizia “Assim não é
possível; vocês querem que eu seja autoritária”.
54. Finalizando...
Utilizar situações de jogo e brincadeira na formação pedagógica remete
para o uso metafórico das propriedades do jogo, de liberação do imaginário
Uuuufa!
55. De acordo com Kishimoto o brinquedo se difere do jogo, isto
porque...
(A)o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação
quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização
(B) o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma determinação
quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que organizam sua utilização
(C) o brinquedo supõe uma relação com a criança e uma indeterminação
quanto ao uso, ou seja, a presença de regras que organizam sua utilização
(D) o brinquedo supõe uma pequena relação com a criança e uma
indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que
organizam sua utilização
(E)o brinquedo supõe uma relação indireta com a criança e uma
indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de regras que
organizam sua utilização
56. Kishimoto destaca em seu livro três categorias de brincadeiras, a
saber:
(A)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de cooperação e
brincadeiras de construção
(B)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de faz-de-conta e
brincadeiras de construção
(C)Brincadeiras populares, brincadeiras de cooperação e brincadeiras
de construção
(D)Brincadeiras regionais infantis, brincadeiras de cooperação e
brincadeiras de construção
(E)Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de emancipação e
brincadeiras de construção
Notes de l'éditeur
pág. 16
Kishimoto destaca em seu livro três categorias de brincadeiras, a saber: Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de faz-de-conta e brincadeiras de construção Brincadeiras populares, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção Brincadeiras regionais infantis, brincadeiras de cooperação e brincadeiras de construção Brincadeiras tradicionais infantis, brincadeiras de emancipação e brincadeiras de construção