O documento discute as doenças sexualmente transmissíveis (DST) no Brasil, fornecendo estatísticas, definições, sintomas, diagnóstico e tratamento das principais DST, incluindo gonorreia, sífilis e doenças associadas.
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 25
DST-AIDS Prof. Robson
1. Francisco Robson da Costa Lima Infectologista pediatra do Hospital Giselda Trigueiro – Natal Professor colaborador da disciplina de infectologia pediátrica da UFRN Professor da disciplina de atenção básica da UnP DST ∙ AIDS Hepatites virais
2. DST - EM NÚMEROS Em números, no Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são: . Sífilis: 937.000 . Gonorréia: 1.541.800 . Clamídia: 1.967.200 . Herpes genital: 640.900 . HPV: 685.400 FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE – BRASIL 2009
5. DST - PRINCÍPIOS PARA O CONTROLE INTERROMPER A CADEIA DE TRANSMISSÃO - DIAGNOSTICAR PRECOCEMENTE - TRATAR RAPIDAMENTE - DETECTAR ASSINTOMÁTICOS (ELO) PREVENÇÃO - ACONSELHAMENTO ESPECÍFICO - USO DE PRESERVATIVOS
6. D S T - SECREÇÕES (CORRIMENTOS) - LESÕES CUTÂNEAS / MUCOSAS SINAIS E SINTOMAS:
7. D S T 1. ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO 2 . FREQUENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO 3 . EVENTUALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO
8. D S T - GONORRÉIA - SÍFILIS - CANCRO MOLE - LINFOGRANULOMA VENÉREO - GRANULONA INGUINAL (DONOVANOSE) ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO
9. D S T - SÍFILIS - CANCRO MOLE - LINFOGRANULOMA VENÉREO - GRANULONA INGUINAL (DONOVANOSE) - GONORRÉIA ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO
10. D S T GONORRÉIA SINONÍMIA : Blenorragia, esquentamento, pingadeira, gota militar, estrela matutina, etc. ETIOLOGIA : Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram NEGATIVO intracelular) INCUBAÇÃO : 2 a 8 dias DST essencialmente transmitida pelo sexo Mais freqüente das uretrites Maior incidência nos jovens sem parceiras fixas
11. GONORRÉIA QUADRO CLÍNICO : - Prurido (fossa navicular), estendendo posteriormente em toda uretra. - Disúria (2 a 3 dias após) - Corrimento mucoso > purulento - Tratamento não adequado: propagação para uretra posterior e outros órgãos (prostatite, epididimite, orquite, artrite, meningite, faringite, miocardite, pericardite, conjuntivite, pielonefrite) - 70% das mulheres são “ASSINTOMÁTICAS”
12. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - Secreção: swab / alça de platina - coloração GRAM : diplococos GRAM (-) intracelular 95% homens / 30% mulheres - Cultura em meio específico Thayer-Martin (indicada para mulheres ou homens quando coloração GRAM duvidosa) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Outras U N G GONORRÉIA
13. GONORRÉIA TRATAMENTO - OFLOXACINA * 400 mg VO (dose única) ou - CEFIXIMA 400 mg VO (dose única) ou - CIPROFLOXACINA * 500 mg VO (dose única) ou - CEFTRIAXONA 250 mg IM (dose única) ou - TIANFENICOL 2,5 g VO (dose única) (*) contra-indicado para menores 18 anos)
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15. D S T ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - GONORRÉIA - CANCRO MOLE - LINFOGRANULOMA VENÉREO - GRANULONA INGUINAL (DONOVANOSE) - SÍFILIS
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17. SÍFILIS CONCEITO : doença sistêmica, evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência ETIOLOGIA : Treponema pallidum (espiroqueta) TRANSMISSÃO : predominantemente sexual e/ou materno-infantil FORMAS : Adquirida ou Congênita
18. SÍFILIS CLASSIFICAÇÃO SÍFILIS ADQUIRIDA RECENTE (menos 1 ano de evolução) - Primária - Secundária - Latente recente SÍFILIS ADQUIRIDA TARDIA (mais 1 ano de evolução) - Latente tardia - Terciária SÍFILIS CONGÊNITA RECENTE (diagnosticado até 2° ano de vida) SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA
19. Lesão rosada ou ulcerada, geralmente única , base endurecida , fundo liso, secreção serosa escassa, POUCO DOLOROSA INCUBAÇÃO : 10 a 90 dias (média 21 d ) Adenopatia regional não supurativa , móvel, múltipla, não dolorosa Homem: glande e sulco balanoprepucial Mulher: pequenos lábios, parede vaginal, colo uterino Lesões em outras áreas SÍFILIS PRIMÁRIA CANCRO DURO
20. Sífilis Primária CANCRO DURO Surge em média até 3 semanas após o contágio. Indolor, de consistência cartilaginosa, é acompanhado de adenomegalia regional não supurativa e também indolor. Cancros fora do alcance da visão podem passar desapercebidos.
24. Lesão no lábio Lesão na língua SÍFILIS PRIMÁRIA CANCRO DURO
25. Sífilis Primária sífilis & imunodeficiência Variante rara de cancro duro, que atualmente retoma importância com o advento da AIDS. Clinicamente caracterizada por lesões destrutivas, úlcero-necróticas, fagedênicas.
26. SÍFILIS SECUNDÁRIA Lesões cutâneo-mucosas , não ulceradas Após 6 a 8 semanas do cancro duro Microadenopatias, artralgia, febrícula, cefaléia, adnamia Manchas eritematosas ( roséolas ) Pápulas (lesões palmo-plantares) Alopécias (couro cabeludo) Placas mucosas Pápulas hipertróficas ( condiloma lata )
27. Máculas eritematosas de tonalidade cúprica, iniciando-se no tronco e se disseminando; são em geral acompanhadas de poliadenomegalia e também acometem palmas e plantas. São lesões efêmeras. Sífilis Secundária Sifílides secundárias : a roséola
28. Sífilis Secundária Sifílides secundárias pápulo-escamosas Foto:Jorge Fagundes Podem surgir lesões pápulo-eritematosas, disseminadas, atingindo também regiões palmo-plantares.
30. SINAIS E SINTOMAS : Após 3 a 12 anos LESÕES : Cutâneo-mucosas (TUBÉRCULOS ou GOMAS ) Neurológicas ( TABES DORSALIS , DEMÊNCIA) Cardiovasculares (ANEURISMA AÓRTICO) Articulares (ARTROPATIA DE CHARCOT) SÍFILIS TERCIÁRIA
31. SÍFILIS LATENTE (RECENTE / TARDIA) Sífilis adquirida sem sinais ou sintomas DIAGNÓSTICO : testes sorológicos DURAÇÃO : variável; seu curso poderá ser interrompido por sinais e sintomas da sífilis secundária ou terciária
32. SÍFILIS CONGÊNITA (Notificação Compulsória) Causada por disseminação hematogênica da gestante infectada pelo Treponema pallidum para o concepto transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação taxa de transmissão (não tratadas) 70% a 100% nas fases latentes ou terciárias 30% Morte perinatal ocorre em 40% das crianças infectadas
33. SÍFILIS CONGÊNITA (Notificação Compulsória) MULHER QUE ADQUIRIR SÍFILIS DURANTE A GRAVIDEZ: aborto espontâneo, morte fetal, prematuridade, feto hidrópico, RN sintomático ou assintomático SÍFILIS CONGÊNITA RECENTE (até 2 anos): :Baixo peso, rinite sanguinolenta, patologias ósseas, hepatoesplenomegalia, alt.resp/pulmonares, etc SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA(após 2 anos): Fronte olímpica, tíbia em sabre, nariz em sela, dentes de Hutchinson, arco palatino elevado etc NATIMORTO SIFILÍTICO
35. SÍFILIS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL PESQUISA DIRETA (CAMPO ESCURO) Técnica específica de coleta para microscopia em campo escuro INDICADO : - pesquisa em material da lesão ulcerada suspeita - material do condiloma lata - material das placas mucosas da fase secundária
36. SÍFILIS BACTERIOSCOPIA O único critério absoluto no diagnóstico da sífilis primária é o achado do Treponema pallidum , em campo escuro, obtido do cancro duro ou da adenopatia satélite.
39. SÍFILIS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL SOROLOGIA NÃO TREPONÊMICA - VDRL Exame qualitativo e quantitativo Importante : para diagnóstico e seguimento pós- terapêutica Solicitar sempre : suspeita (em qualquer fase), todos pacientes com DST, rotina PRÉ-NATAL É REATIVO após 2 semanas do aparecimento do cancro duro Tratamento correto: NEGATIVO após 9 a 12 m
40. SÍFILIS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL VDRL 3 títulos sucessivamente baixos (< 1/4) sugere “memória” sorológica (colhidos intervalos 30 dias) títulos baixos sugerem: doença muito recente ou muito antiga (tratada ou não) NA DÚVIDA SOLICITAR TESTE SOROLÓGICO TREPONÊMICO
41. SÍFILIS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL TESTE SOROLÓGICO TREPONÊMICO FTA - Abs (Fluorescent Treponema Antigen Absorvent) Exame QUALITATIVO Importante para CONFIRMAÇÃO da doença REATIVO após 15 dias do cancro duro NÃO servem para seguimento da doença FALSO POSITIVO : hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose, lúpus
42. SÍFILIS TRATAMENTO SÍFILIS PRIMÁRIA Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI (IM) dose única SÍFILIS RECENTE SECUNDÁRIA E LATENTE Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI (IM) repetir após 1 semana (total 4,8 milhões) SÍFILIS TARDIA (LATENTE E TERCIÁRIA) Penicilina G Benzatina 2,4 milhões UI (IM) semanal, por 3 semanas (total 7,2 milhões)
43. SÍFILIS TRATAMENTO Após dose inicial: reação febril de Jarisch-Herxheimer (exacerbação das lesões) com involução em 12 a 48 h ALERGIA À PENICILINA - Dessensibilização ou - Eritromicina 500 mg 6/6 h (VO)* - Doxicilina 100 mg 12/12 h (VO)* (*) 15 d = sífilis recente / 30 d = sífilis tardia
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45. CANCRO MOLE SINONÍMIA : cancróide, cancro venéreo, cavalo , cancro de Ducreyi ETIOLOGIA : Haemophilus ducreyi QUADRO CLÍNICO : Lesões ( ulceradas ), múltiplas (ou únicas), dolorosas , bordas irregulares, contornos eritemato-adenomatosos, fundo irregular com exsudato necrótico amarelado, de odor fétido, que removido, revela fundo granuloso e sanguinolento
46. CANCRO MOLE INCUBAÇÃO : 3 a 5 dias (até 2 semanas) QUADRO CLÍNICO Homem : sulco bálano-prepucial / frênulo Mulher : fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios Linfoadenopatia inguino-crural (30 a 50%) = BUBÃO unilateral (2/3 casos), inicialmente tumefação sólida e dolorosa , evoluindo para liquefação/fistulização (50%) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL cancro duro , herpes simples, linfogranuloma venéreo, donovanose, erosões traumáticas infectadas
48. CANCRO MOLE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Pesquisa coloração GRAM em esfregaço da secreção base da lesão ou aspiração bubão: bacilos GRAM (-) intracelulares, em cadeia paralelas , geralmente acompanhadas por bacilos GRAM (+) = “fenômeno de satelitismo” CULTURA : mais sensível, difícil realização BIÓPSIA : Não recomendada
49. CANCRO MOLE TRATAMENTO - Azitromicina 1 g VO (dose única) ou - Ceftriaxona 250 mg IM (dose única) ou - Tianfenicol 5 g VO (dose única) ou - Ciprofloxacina 500 mg VO 12/12 h (3 dias) ou - Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h (10 dias) ou - Tetraciclina 500 mg VO 6/6 h (15 dias) ou - Sulfametoxazol/trimetropin (160mg/800mg) VO 12/12h (10 dias ou até a cura) ou - Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6 h (7 dias) OBSERVAÇÃO: antissepsia da lesão
50. D S T ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - GONORRÉIA - SÍFILIS - CANCRO MOLE - GRANULONA INGUINAL (DONOVANOSE) - LINFOGRANULOMA VENÉREO
51. LINFOGRANULOMA VENÉREO SINONÍMIA : Mula CARACTERÍSTICA : bubão inguinal ETIOLOGIA : Chlamydia trachomatis (sorotipos L1, L2 e L3) INCUBAÇÃO : 3 a 30 dias QUADRO CLÍNICO : 3 FASES
52. 2. DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA REGIONAL Homem: linfadenopatia inguinal (1 a 6 semanas após lesão inicial) unilateral (70%) Mulher: adenopatia depende do local da inoculação genitália externa (inguinal) , 1/3 inferior vagina (linfonodos pélvicos) , etc Ganglios afetados: supuração/fistulização Febre, adnamia, anorexia, artralgia sudorese etc LINFOGRANULOMA VENÉREO QUADRO CLÍNICO: 3 FASES 1. LESÃO DE INOCULAÇÃO Pápula, pústula ou exulceração indolor imperceptível 3. SEQÜELA Obstrução linfática: elefantíase genital Fístulas retais, vaginais etc
54. LINFOGRANULOMA VENÉREO DIAGNÓSTICO Deve ser considerado em todos os casos de linfadenite inguinal, elefantíase genital, estenose uretral ou retal. Maioria dos casos: diagnóstico base clínica TESTE DE FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO É grupo específico: identifica todas infecções por Chlamydia POSITIVO após 4 semanas da infecção Títulos > 1:64 indica infecção atual Positivo 80 a 90% dos casos
55. EXAME HISTOPATOLÓGICO Exames do material retirado linfonodos ou biópsia retal: não específico, apenas sugestivo LINFOGRANULOMA VENÉREO TESTE DE MICROIMUNOFLUORESCÊNCIA Utiliza-se imunoglobulinas anti- IgG e anti-IgM PRESENÇA IgM : resposta imune primária CULTURA Isolamento Chlamydia obtido da aspiração do linfonodo ou aspiração material uretral/cérvix Positividade BAIXA
56. LINFOGRANULOMA VENÉREO TRATAMENTO - Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h (21 dias) ou - Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6 h (21 d) ou - Sulfametoxazol/trimetropim VO 12/12 h (21 d) ou - Tianfenicol 500 mg VO 12/12 h (14 dias) Obs.: bubões flutuantes ASPIRADOS com agulha NÃO devem ser incisados
57. D S T - GONORRÉIA - SÍFILIS - CANCRO MOLE - LINFOGRANULOMA VENÉREO ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - GRANULONA INGUINAL (DONOVANOSE)
58. GRANULOMA INGUINAL (DONOVANOSE) Doença crônica progressiva, acomete pele e mucosa das regiões genitais, perianais e inguinal INCUBAÇÃO : 30 dias a 6 meses (climas tropicais/subtropicais) ETIOLOGIA : Calymmatobacterium granulomatis (Aragão & Vieira, 1913)
59. QUADRO CLÍNICO - Inicia-se: ulceração de borda plana ou hipertrófica bem delimitada, fundo granuloso, vermelho, fácil sangramento - ulceração evolui lenta e progressiva: VEGETANTE ou úlcero-vegetante - predileção: dobras e perianal - não há adenite - mulher: obstrução linfática elefantíase GRANULOMA INGUINAL (DONOVANOSE)
63. - Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h (até cura/3 sem) ou - Sulfametoxazol/Trimetropim VO 12/12 h (cura) ou - Ciprofloxacina 750 mg VO 12/12 h (cura) ou - Tianfenicol 2,5 g VO (1 d), 500 mg 12/12 h (cura) ou - Estearato de eritromicina 500 mg VO 6/6 h (cura) Não havendo regressão: associar AMINOGLICOSÍDEO ( gentamicina 1mg/kg/d EV 8/8 h) TRATAMENTO GRANULOMA VENÉREO (DONOVANOSE)
64. D S T 1. ESSENCIALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO 3 . EVENTUALMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO 2. FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO
65. D S T - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS - HERPES GENITAIS - CONDILOMA ACUMINADO - CANDIDÍASE GENITAL - TRICOMONAS GENITAIS - AIDS - FITIRÍASE - HEPATITE FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO
66. D S T FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - HERPES GENITAIS - CONDILOMA ACUMINADO - CANDIDÍASE GENITAL - TRICOMONAS GENITAIS - AIDS - FITIRÍASE - HEPATITE - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS
67. URETRITE NÃO GONOCÓCICA (UNG) Uretrites sintomáticas, bacterioscopia GRAM e/ou cultura SÃO NEGATIVAS para gonococo ETIOLOGIA: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, etc Mais comum: Chlamydia trachomatis ( Bactéria intracelular) INCUBAÇÃO : 14 a 21 dias QUADRO CLÍNICO : corrimento mucóide disúria leve e discreta
71. URETRITES NÃO GONOCÓCICAS DIAGNÓSTICO - Cultura celular - Imunofluorescência direta - Elisa - PCR (Polimerase Chain Reaction) - LCR (Ligase Chain Reaction) TÉCNICA SIMPLES - esfregaço uretral GRAM > 4 ou 5 piócitos/campo - >20 piócitos do sedimento do primeiro jato urinário (grande aumento) JUSTIFICA TRATAMENTO
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73. D S T FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS - CONDILOMA ACUMINADO - CANDIDÍASE GENITAL - TRICOMONAS GENITAIS - AIDS - FITIRÍASE - HEPATITE - HERPES GENITAIS
74. TRANSMISSÃO : predominantemente sexual (inclusive oro-genital) INCUBAÇÃO : 3 a 14 dias QUADRO CLÍNICO : lesões vesiculares, que em poucos dias transformam-se em úlceras. ETIOLOGIA: Herpes simplex virus (HSV) - tipos 1 e 2 DNA vírus (tipo 1: lesões periorais) (tipo 2: lesões genitais) TRATAMENTO - Aciclovir 400 mg VO 8/8 h (7-10d) ou - Valaciclovir 1 g VO 12/12 h (7-10d) ou - Famciclovir 350 mg VO 8/8 h (7-10d) HERPES GENITAL
76. D S T FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS - HERPES GENITAIS - CANDIDÍASE GENITAL - TRICOMONAS GENITAIS - AIDS - FITIRÍASE - HEPATITE - CONDILOMA ACUMINADO
77. HPV Papillomavirus humano = Condiloma acuminado (grego kondulo = côndilo) (latim acuminare = tornar pontudo) VÍRUS de DNA epiteliotrófico, de dupla hélice com 8.000 pares bases nitrogenadas Open Reading Frames (ORF) regiões do genoma viral com potencial de codificar as proteínas (= genes) Early (E) porção do genoma primeira a se expressar Late (L) transcrição tardia que codificam as proteínas do capsídeo viral + 25 tipos de HPV infectam a região anogenital nos seres humanos
78. HPV Urogenital, anal, ororespiratório Urogenital, anal Cavidade oral Laringe Condiloma acuminado Displasia e câncer invasivo Hiperplasia Câncer 6 e 11 16, 18, 30, 35, 39, 41-45, 51-59, 61, 62, 64, 68 13, 32 30, 40 Tipo Local Tipo de Lesão
94. HPV TRATAMENTO CIRÚRGICO Lesões no prepúcio Aspecto após exérese Lesões na glande após “redução”
95. D S T FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS - HERPES GENITAIS - CONDILOMA ACUMINADO - TRICOMONAS GENITAIS - AIDS - FITIRÍASE - HEPATITE - CANDIDÍASE GENITAL
96. CANDIDÍASE / MONILÍASE Infecção causada por FUNGO COMENSAL que habita mucosa vaginal e mucosa digestiva, aparece quando o meio torna-se favorável ao desenvolvimento 80 a 90% causada Candida albicans 10 a 20% Não albicans: C. tropicalis. C. grablata, C. krusei, C. parapsitosis RELAÇÃO SEXUAL NÃO É CONSIDERADA PRINCIPAL CAUSA DE TRANSMISSÃO
100. CANDIDÍASE TRATAMENTO - Fluconazol 150 mg VO (dose única) - Cetoconazol 400 mg VO / dia (5 dias) - Itraconazol 200 mg VO 12/12 h (2 doses) CREMES / ÓVULOS - Miconazol - Tioconazol - Isoconazol
101. D S T FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS - HERPES GENITAIS - CONDILOMA ACUMINADO - CANDIDÍASE GENITAL - AIDS - FITIRÍASE - HEPATITE - TRICOMONAS GENITAIS
102. CONCEITO Infecção causada por protozoário flagelado, tendo como reservatório a uretra, a cérvice uterina e a vagina. Pode permanecer assintomática tanto no homem como na mulher. ETIOLOGIA Trichomonas vaginalis QUADRO CLÍNICO Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso e mal cheiro; prurido, disúria, hiperemia da mucosa, dor pélvica (ocasional), etc. TRICOMONÍASE GENITAL
103. TRICOMONÍASE GENITAL EXAME LABORATORIAL Exame direto, a fresco, com uma gota da secreção e uma gota de solução fisiológica, no microscópio com condensador baixo. Observam-se, parasitas flagelados movimentando-se entre células epiteliais e leucócitos. OBSERVAÇÕES: . A presença de Trichomonas vaginalis na colpocitologia de rotina, já impõe tratamento também do parceiro. . Trichomonas vaginalis pode alterar a classe citológica oncótica, portanto deve ser tratada e repetir a citologia oncótica após 2 a 3 meses.
107. D S T FREQÜENTEMENTE TRANSMITIDAS PELO SEXO - URETRITES NÃO GONOCÓCICAS - HERPES GENITAIS - CONDILOMA ACUMINADO - CANDIDÍASE GENITAL - TRICOMONAS GENITAIS - FITIRÍASE - HEPATITE - AIDS
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109. A I D S INTRODUÇÃO Reconhecida meados de 1981 (EEUU) e no Brasil os primeiros casos foram descritos em 1982. Apresentavam sarcoma de Kaposi, pneunomia por Pneumocystis carinii e compromentimento do sistema imunológico. ETIOLOGIA HIV-1: Isolado (1983) - Luc Montagner, França (LAV) - Robert Gallo, EEUU (HIV-III) HIV-2: Isolado (1986)
110. A I D S TESTES DIAGNÓSTICOS Anticorpos contra o HIV aparecem no soro ou plasma de indivíduos infectados , em média , 3 a 12 semanas após a infecção. TESTES DE DETECÇÃO DA INFECÇÃO: - Testes de detecção de anticorpos : ELISA (ensaio imunoenzimático) ; Testes rápidos e simples (partículas de gelatina, hemácias ou micropartículas) ; Imunofluorescência indireta; Western-bloot - Testes de detecção de antígeno viral - Testes de cultura viral - Testes de amplificação do genoma do vírus
111. A I D S ASPECTOS CLÍNICOS (dividida em 4 fases) 1. Infecção aguda 2. Fase assintomática (latência clínica) 3. Fase sintomática inicial (ou precoce) 4. A I D S FORMAS DE TRANSMISSÃO - Sexual - Sangüínea - Perinatal - Ocupacional
117. Manual de Controle das DST, M.Saúde, 1999. DST: intervenção tempestiva? “ O atendimento aos pacientes com DST deve tentar prover, numa única consulta : 1) diagnóstico, 2) tratamento e 3) aconselhamento, visando interromper a cadeia de transmissão de forma mais efetiva e imediata possível.”
131. Pioderma gangrenoso Doença de Crohn Síndrome de Behcet Hidradenite supurativa Doença de Reiter 5) Úlceras Associadas a Diversos Processos Inflamatórios
133. 7) Úlceras Idiopáticas Úlceras vulvares ou vaginais. Presença de fístulas retro-vaginais. Associadas às lesões aftosas de orofaringe, esôfago e reto.