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Segurança do Trabalho




   HIGIENE
 OCUPACIONAL



          Prof. Iolanda Alonso
 Curso Técnico de Segurança do Trabalho
  Capítulo 1: Introdução a Higiene Ocupacional
HIGIENE OCUPACIONAL – DEFINIÇÃO

É a ciência e arte do RECONHECIMENTO, da AVALIAÇÃO e do CONTROLE de
fatores ou tensões ambientais originados do ou no local de trabalho e que podem causar
doenças, prejuízos para a saúde e o bem-estar, desconforto e ineficiência significativos
entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade.

PILARES DA HIGIENE OCUPACIONAL:

 Antecipação:

Necessidade de identificar os potenciais de riscos e perigos à saúde, antes que um
determinado processo industrial seja implantado ou modificado, ou que novos agentes
geradores de riscos sejam introduzidos no ambiente de trabalho.

    Fase de Projeto: Modificações e/ou novas instalações.

               Análise de Risco, HAZOP, FMEA, APP.

    Aquisição de novos equipamentos e/ou materiais (inclusive substâncias
         químicas).

    Instalações Atuais: Implementação dos planos de manutenção preventiva.

    Processos de Trabalho: Processos/Ferramentas de identificação dos perigos e
         riscos. (Ex.: Permissão para Trabalho).

 Reconhecimento:

Refere-se a toda análise e observação do ambiente do trabalho a fim de identificarmos
os agentes existentes, os potenciais de risco a eles associados, e qual prioridade de
avaliação ou controle existente nesse ambiente de trabalho.

Qual ?

Onde ?

O que ?

Como ?




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                             2
Itens de A -> H (NR-9)

 Avaliação:

Designa principalmente as medições e monitorações que serão conduzidas no ambiente
de trabalho.

Exemplos:

    Determinação da intensidade dos agentes físicos;

    A concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamento da exposição
       dos trabalhadores;

    A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para
       comprovar o controle da exposição ou inexistência dos riscos identificados na
       etapa de reconhecimento.

A avaliação deverá considerar as seguintes atividades:

    Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos
       dados e informações coletadas na etapa anterior ;

    Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e
       instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas de
       avaliação dos agentes ;

    Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os limites de
       tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores ;

    Verificar se as medidas de controle implantadas são suficientes.

 Controle:

Está associado à eliminação ou minimização dos potenciais de exposição, antecipados,
reconhecidos e avaliados, no ambiente de trabalho considerado.

Exemplos de medidas de controle a serem considerados:

    Quando possível, realizar a substituição do agente agressivo; mudança ou
       alteração do processo ou operação;




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 Enclausuramento da fonte; segregação do processo ou operação; modificação de
       projetos; limitação do tempo de exposição; utilização de equipamento de
       proteção individual;

As medidas de controle a serem implantadas devem obedecer a seguinte ordem
hierárquica:

1. Medidas de Controle Coletivo: Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou
formação dos agentes prejudiciais à saúde (Ex.: Controle na fonte, Capelas – Utilizada
para exaustão de gases).

2. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho:

Ex.: Controles Médicos, PPRA, Redução na Jornada de Trabalho, Treinamentos, etc.

3. Utilização de EPI:

Ex.: Seleção adequada conforme atividade a ser executada; Treinamento dos
trabalhadores; Uso, guarda, higienização, conservação, manutenção e reposição.




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Resumo das fases da Higiene Ocupacional (H.O.):

ANTECIPAÇÃO: (FASE DE PREVENÇÃO DE RISCOS);

RECONHECIMENTO: (IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS);

AVALIAÇÃO:       (CONSTATAÇÃO         DA    PRESENÇA    DO   AGENTE   COM
QUANTIFICAÇÃO, OU SEJA, MEDIÇÕES REALIZADAS); COMPARAÇÃO COM
O LIMITE DE TOLERÂNCIA;

CONTROLE: (MEDIDAS A SEREM ADOTADAS APÓS A COMPARAÇÃO);




GHE (GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO):

Os trabalhadores de um mesmo GHE devem:

ATIVIDADES: EXECUTAR AS MESMAS ATIVIDADES.

LOCAIS DE TRABALHO: DEVE SER O MESMO PARA TODOS.

AGENTES DE RISCOS: “ESTAR EXPOSTOS” AO MESMO AGENTE DE RISCO.
UTILIZAR OS MESMOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.

HORÁRIO DE TRABALHO: CUMPRIR A MESMA JORNADA DE TRABALHO.




EMR (EXPOSIÇÃO DE MAIOR RISCO):

É A ATIVIDADE DE MAIOR POTENCIAL E/OU COM MAIOR EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES DE RISCOS.

EXPOSTO DE MAIOR RISCO DO GHE:

PESSOA DE MAIOR POTENCIAL DE EXPOSIÇÃO É AQUELA QUE CUJA A
FORMA DE EXECUTAR A(S) ATIVIDADE(S) FAZ COM QUE SEJA A PESSOA
DE MAIOR EXPOSIÇÃO DO GRUPO.




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Capítulo 2: Riscos Ocupacionais

Riscos Ocupacionais:

Os riscos ocupacionais estão classificados da seguinte forma:

    Riscos Físicos;

    Riscos Químicos;

    Riscos Biológicos;

    Riscos Ergonômicos;

    Riscos de Acidentes (Equipamentos / Materiais)




                 Grupo 1       Grupo 2 Grupo 3           Grupo 4          Grupo 5

Tipos de Risco   Físico        Químico Biológico         Ergonômico       Acidentes

Cor              Verde

                                                                          Iluminação
                                                         Levantamento Inadequada,
                 Ruído,
                                                         e    transporte Eletricidade,
                 Temperaturas Poeira, Vírus,
                                                         manual        de máquinas       e
                 Extremas,     Fumos, Bactérias,
                                                         peso,            equipamentos
                 Pressões      Névoas, Fungos,
Exemplo                                                  Repetitividade, sem proteção,
                 Anormais,     Neblina, Protozoários,
                                                         Posturas         incêndio       e
                 Umidade,      Gases,    Parasitas   e
                                                         inadequadas      exlosão,
                 Radiações,    Vapores. Bacilos
                                                         de      trabalho, arranjo físico
                 Vibrações
                                                         monotonia, etc inadequado,
                                                                          etc




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NR-15 PORTARIA Nº 3214/78 DO MT:

PERCENTUAIS DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:

 ANEXO                     DESCRIÇÃO                      PERCENTUAL

    1       RUÍDO CONTÍNUO E INTERMITENTE                      20 %

    2       RUÍDO DE IMPACTO                                   20 %

    3       CALOR                                              20 %

    4       REVOGADO (ILUMINAÇÃO)                              XXX

    5       RADIAÇÕES IONIZANTES                               40 %

    6       CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS (AR                         40 %
            COMPRIMIDO)

    7       RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES                           20 %

    8       VIBRAÇÕES                                          20 %

    9       FRIO                                               20 %

   10       UMIDADE                                            20 %

   11       QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUANTITATIVA)            10%, 20% ou 40%

   12       POEIRAS MINERAIS                                   40 %

 13 e 13A   QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUALITATIVA)             10%, 20% ou 40%

   14       AGENTES BIOLÓGICOS                               20% e 40%




Nota: No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vetada a
percepção cumulativa.

Por exemplo, o empregado trabalha em contato com dois agentes agressivos insalubres:
ruído e radiação ionizante. O adicional de insalubridade correspondente para os agentes
ruído e radiação ionizante é de 20% e 40% respectivamente.

O empregado, nessa situação, receberá apenas o adicional de insalubridade de 40%. Não
receberá os dois cumulativamente. Não receberá 20% + 40%.



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Riscos Físicos
   São considerados riscos físicos as diversas formas de energia a que possam estar
   expostos os trabalhadores:

    Ruídos ;

    Vibrações ;

    Radiações Ionizantes ;

    Radiações Não-Ionizantes ;

    Pressões Anormais ;

    Umidade ;

    Calor excessivo ;

    Frio Excessivo ;

   RUÍDOS (NR-15 Anexos 1 e 2)

   É todo som indesejável.

   As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem
   atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios
   prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da
   sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente
   ou gradualmente.

   Obs.: QUANTO MAIOR O NÍVEL DE RUÍDO, MENOR DEVERÁ SER O
   TEMPO DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL.

    Ruído Contínuo ou intermitente

    Ruído de Impacto




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RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE:

   A NR-15 Anexo 1 define que é todo aquele que não é de Impacto.

   Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB)
   com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação
   "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao
   ouvido do trabalhador.

   Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos
   que não estejam adequadamente protegidos.

   As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído,
   contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada,
   oferecerão risco GRAVE e IMINENTE.




      Serra circular elétrica de bancada                  Britadeira




   Limite de Tolerância:

   É a concentração ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e
   o tempo de exposição ao agente, que NÃO causará dano à saúde do trabalhador
   durante sua vida laboral.

   Abaixo,   veremos    duas   tabelas     sendo   uma   criada   pelo   MTE   (Norma
   Regulamentadora 15), e a segunda criada pela FUNDACENTRO (NHO).




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HORAS          TEMPO DE
                 EXPOSIÇÃO

     8h            85 dB(A)              Criada pelo
                                         MTE
     4h            90 dB(A)

      2h           95 dB(A)

     1h            100 dB(A)
                                           Q → Taxa de duplicidade = 5
    30 min         105 dB(A)

    15 min         110 dB(A)

    7 min          115 dB(A)




   HORAS          TEMPO DE
                 EXPOSIÇÃO

     8h            85 dB(A)              Criada pela
                                         FUNDACENTRO
     4h            88 dB(A)

      2h           91 dB(A)

     1h            94 dB(A)

    30 min         97 dB(A)

    15 min         100 dB(A)
                                           Q → Taxa de duplicidade = 3

    7 min          103 dB(A)




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso           10
RUÍDO DE IMPACTO:

   Segundo a NR-15 Anexo 2, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta
   picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos
   superiores a 1 (um) segundo.

   Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível
   de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As
   leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância
   para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído
   existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.

   As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada,
   a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de
   resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta
   rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.




              Bate estaca




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                            11
Ruído Contínuo


dB                          Variação menor
                               que 3 dB
 90

 80

 70

 60




                                              Tempo




Ruído de Impacto


                                 Som de alta
dB                               intensidade
                                com duração
 90                             menor que 1 s.

 80

 70

 60




                                             Tempo




EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÕES DE RUÍDOS:

DECIBELÍMETROS




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso   12
DOSÍMETROS




O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando:

- Fadiga nervosa;

- Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias;

- Hipertensão;

- Modificação do ritmo cardíaco;

- Modificação do calibre dos vasos sanguíneos;

- Modificação do ritmo respiratório;

- Perturbações gastrointestinais;

- Diminuição da visão noturna;

- Dificuldade na percepção de cores.

Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a
perda temporária ou definitiva da audição.

Fatores que influenciam na Perda Auditiva:

    Nível de Intensidade (NIS) → NR-15 anexos 1 e 2
    Tempo de Exposição ao Ruído
    Frequência do Ruído
    Suscetibilidade Individual




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                             13
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem
   ser adotadas as seguintes medidas:

   -   Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído;
       isolamento de ruído.

   -   Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção
       individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na
       impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar.

   -   Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de
       trabalho, revezamento.

   -   Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de
       conscientização.

   -   Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso.




              Enclausuramento da máquina produtora de ruído




   Protetor auricular de silicone          Protetor auricular tipo concha




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                             14
Exame audiométrico                      Medição do canal auditivo




   Super ou Subproteção:

A fórmula para o cálculo do ruído que chega a uma orelha protegida tem a função de
selecionar a atenuação mais adequada para cada nível de exposição.

A tabela a seguir, extraída de uma norma européia EN 458, sugere os níveis de
intensidade de ruído que devem chegar à orelha protegida.




Obs.: A superatenuação não oferece o risco direto de perda auditiva, mas sim o risco de
limitar demasiadamente a audição do usuário a ponto de impedí-lo na identificação de
sinais sonoros importantes para a sua segurança, tais como alarmes, máquinas em
movimento etc., gerando um enorme potencial de acidentes.




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                           15
Protetor de Espuma          Protetor de Espuma          Protetor de Silicone
Atenuação: 12 dB            Atenuação: 15 dB            Atenuação: 15 dB
(NRRsf). CA12198            (NRRsf). CA5674             (NRRsf). CA11882



VIBRAÇÕES (NR-15 Anexo 8)

Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as
quais podem ser nocivas ao trabalhador.

A vibração é um movimento oscilatório de um corpo devido a forças desequilibradas de
componentes rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou um equipamento.
Se o corpo vibra, descreve um movimento oscilatório e periódico, envolvendo
deslocamento em um certo tempo. Teremos, então, envolvidas no movimento, uma
velocidade, uma aceleração e uma freqüência (número de ciclos completos por minuto).




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                         16
Unidades de Medida:

Como a vibração é um movimento oscilatório, para sua quantificação pode-se utilizar os
parâmetros deslocamento, velocidade e aceleração. Para efeito de higiene ocupacional, a
avaliação da vibração será feita por meio de aceleração em m/s2 ou em dB. Para
aceleração de vibração, o decibel será obtido conforme a fórmula abaixo:

dB = 20 log a
            a0
Onde: a = aceleração avaliada (m/s2) e a0 = aceleração de referência (10-6 m/s2)




Classificação das Vibrações:

As vibrações podem ser:

    Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas
       manuais elétricas e pneumáticas.

   Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações
   das mãos e braços;osteoporose (perda de substância óssea).

    Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de
       grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores.

   Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.




       Lixadeira                  Furadeira         parafusadeira pneumática




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                           17
Motorista de ônibus                           Motorista de trator




   MEDIDORES DE VIBRAÇÕES




Critério Legal - Segundo a NR-15 – Anexo 8

1. As atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada,
às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres,
através de perícia realizada no local de trabalho.

2. A perícia, visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os
limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização –
ISO, em suas normas ISO 2631(avaliação de vibração de corpo inteiro) e ISO/DIS 5349
(avaliação de vibração de mão e braço) ou suas substitutas.




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                        18
2.1. Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia:

a. O critério adotado;

b. O instrumental utilizado;

c. A metodologia de avaliação;

d. A descrição das condições de trabalho e o tempo de exposição às vibrações;

e. O resultado da avaliação quantitativa;

f. As medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade, quando houver.

3. A insalubridade, quando constatada, será de grau médio.

Critério da Comunidade Européia – Vibração de Corpo Inteiro

A diretiva 2002/44/EC estabelece os seguintes níveis de exposição para vibração de
corpo inteiro:

0,5 m/s2 ou 9,1 VDV** - Nível de ação

1,15 m/s2 ou 21,0 VDV** - Limite de Exposição para jornada de 8 (oito) horas*

* A avaliação da exposição à vibração do corpo inteiro baseia-se na determinação da
exposição diária A(8) expressa pela aceleração equivalente para um período
normalizado de 8 horas, obtida a partir da maior parcela dos valores eficazes ou a
parcela mais elevada do valor de dose da vibração (VDV), das acelerações ponderadas
em frequência segundo os três eixos ortogonais para trabalhadores sentados ou em pé,
conforme capítulos 5, 6 e 7 e Anexos A e B da ISO 2631-1(1997).

** Valor de dose da vibração, parâmetro a ser utilizado conforme ISO 2631-1(1997),
quando houver presença de picos ou choques significativos.




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Equipamento/local de medição:

Os equipamentos de medição de vibração geralmente são compostos das seguintes
partes: um transdutor ou pick-up, um dispositivo amplificador (elétrico, mecânico ou
óptico) e um indicador ou registrador de amplitude. O equipamento fornecerá a
magnitude de uma vibração, isto é, a aceleração deve ser expressa por um valor médio
de raiz quadrada (rms) em cada eixo x, y e z, pelos valores de pico bem como pela
aceleração resultante nos três eixos.

A vibração deverá ser avaliada no seu ponto de entrada no corpo humano (ou seja, na
superfície do corpo), e não na estrutura (por exemplo, na estrutura de um assento
almofadado), o que pode transformar a vibração antes de atingir o corpo humano. As
medições da vibração devem ser executadas tão próximo quanto possível do ponto ou
da área em que a vibração é transmitida ao corpo.

Se um homem está em pé em um piso, sobre uma plataforma, sem qualquer matéria
amortecedora entre o corpo e a estrutura suporte, então o transdutor de medição deverá
ser preso a esta estrutura. Se houver um material amortecedor entre o corpo e a estrutura
vibratória, é permissível a colocação de um transdutor rígido (por exemplo, uma folha
de metal fina adequadamente perfilada) entre o sujeito e a almofada. Se não for possível
se medir a vibração no ponto de entrada no ser humano dessa forma, então as
características de transmissão do elemento amortecedor devem ser determinadas e
levadas em consideração no cálculo real da vibração transmitida ao corpo.

Critério da Comunidade Européia – Vibração de Mãos e Braços

A diretiva n. 2002/44/EC estabelece os seguintes níveis de exposição para vibração de
mãos e braços:

2,5 m/s2 - Nível de ação

5,0 m/s2 - Limite de Exposição para jornada de 8 (oito) horas

Nota: Valor normalizado para oito horas, expresso pela raiz quadrada da soma dos
quadrados dos valores da aceleração ponderada em freqüência, rms, segundo os eixos x,
y, z, conforme procedimentos e metodologias definidos pela ISO 5349:2001, partes 1 e
2.




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Equipamento/local de medição:

O equipamento de medição de vibração geralmente consiste em um transdutor, um
dispositivo amplificador e um indicador de registrador de amplitude ou nível. As
medições nos três eixos devem ser feitas na superfície das mãos, nas áreas claramente
relatadas, onde a energia entra no corpo. Se a mão do indivíduo está em contato direto
com a superfície vibrante do punho do cabo, o transdutor deve ser fixado na estrutura
vibratória. Se a magnitude de vibração varia significativamente entre diferentes partes
do cabo, então o valor máximo de um ponto que esteja em contato com a mão deve ser
registrado. Se um elemento elástico está sendo usado entre a mão e a estrutura vibratória
(por exemplo, punho almofadado) é permitido o uso de um suporte adequado entre a
mão e a superfície do material elástico.

A medição de vibração deve ser realizada de acordo com os procedimentos e a
instrumentação especificados na norma ISO 5349. Esse instrumento deve ser capaz de
determinar a aceleração “rms” ponderada nos eixos x, y e z em m/s2, sendo a aceleração
de maior magnitude a base da avaliação ocupacional. O acelerômetro deverá ser
posicionado no ponto em que a vibração entra na mão (ponto de acoplamento).

RADIAÇÕES (NR-15 Anexos 5 e 7)

São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões.

O espectro eletromagnético engloba desde a radiação ionizante de grande energia, com
freqüências elevadas e comprimentos de onda menores, a radiações não ionizantes, com
baixas freqüências e comprimentos de onda maiores.

A região não ionizante do espectro eletromagnético é aquela em que a energia das
partículas incidentes é insuficiente para desalojar elétrons dos tecidos do corpo humano.
À medida que diminui o nível de energia das partículas incidentes, cessa a ionização.

Conforme informado acima, as radiações podem ser classificadas em dois grupos:

    Radiações ionizantes – As radiações ionizantes englobam: raios-X, raios-Y,
       partículas α, β e Nêutrons. Ex.: Os operadores de raios-X e radioterapia estão
       freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou
       se manifestar nos descendentes das pessoas expostas.




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 Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação
        infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica,
        radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda
        raios laser, micro-ondas.

Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na
pele, etc.

Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:

     Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo
        protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex:
        pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).

     Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex:
        avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores
        de forno).

Ocorrências:

As radiações ionizantes são amplamente utilizadas na medicina para diagnóstico médico
e odontológico e tratamento de doenças, e em atividades industriais para medição de
nível de silos, análises laboratoriais, radiografia industrial, entre outros.

Quanto as radiações não ionizantes a principal fonte natural é o sol, e as artificiais são:
lâmpadas de vapor de mercúrio, de hidrogênio e deutério, arcos de soldagem, lâmpadas
incandescentes, fluorescentes e mistas.

Outras radiações não ionizantes, como micro-ondas e radiofrequências se produzem de
forma natural, principalmente pela eletricidade atmosférica, que é estática, embora de
intensidade muito baixa. As fontes de M.O. e RF artificiais podem estar presentes nas
estações de rádio e televisão, nos radares e nos sistemas de telecomunicações, além de
nos fornos de micro-ondas e nos equipamentos utilizados em processos de soldagem,
fusão e esterilização.




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biombo protetor para                 Sala de RX                     EPI para soldador
operação em solda



MEDIDORES DE RADIAÇÕES




Detector de fontes            Dosímetro e detector          Dosímetro pessoal –
radiação Alfa, Beta           de radiação Gama e            Monitora e mede a dose
e gama                        doses de raio-x               pessoal equivalente de
                                                            raio-x e raio gama
PM 5000 – Detector do tipo Portal




Baseado em monitores de radiação fixos para monitorar pedestres. São usualmente
instaladas em empresas que produzem materiais radiativos e nucleares, na alfândega, e
zonas de fronteira, para monitorar transporte de materiais radioativos em áreas restritas.




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Conpass – Scanner de Corpo Inteiro




Detector para inspeção pessoal onde as pessoas não percam tempo é um grande
diferencial de segurança que está sendo amplamente empregado em aeroportos, portos e
estações ferroviárias.

Principais características do produto:

- O Conpass possui uma tecnologia inovadora que permite um scanneamento completo
do corpo usando doses mínimas ( próximas de zero ) de Raios-X não afetando a saúde.

- Proporciona um aumento considerável na velocidade do processo de segurança devido
à eficiência do seu funcionamento.

- Torna possível enxergar o que está escondido embaixo de roupas e de peças protéticas
(próteses de pernas, braço, etc).

MEDIDAS DE CONTROLE DAS RADIAÇÕES:

Para as radiações ionizantes:

    Controle da distância entre o trabalhador e a fonte;

    Blindagem;

    Limitação de tempo de exposição;

    Impedir que fontes radioativas atinjam vias de absorção do organismo;

    Sinalização;

    Controle Médico;




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 Uso de barreiras;

    Limpeza adequada do ambiente de trabalho.

Para as radiações não ionizantes (Micro-ondas, Laser e Ultravioleta):

    Micro-ondas:

            Enclausuramento das fontes;

            Uso de barreiras;

            Sinalização;

            Exames médicos;

    Laser:

            EPI: protetores para os olhos, luvas protetoras, roupas;

            Blindagem;

            Sinalização;

            Treinamento;

    Ultravioleta:

            Uso de barreiras;

            Exames Médicos;

            EPI´s, tais como óculos com lentes filtrantes, roupas apropriadas para
              proteção do braço, tórax, mãos e outros.




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TEMPERATURAS EXTREMAS

CALOR EXCESSIVO (NR-15 Anexo 3):

Forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma
diferença de temperatura entre os mesmos.

Quando o trabalhador está exposto a uma ou várias fontes de calor, ocorrem as
seguintes trocas térmicas entre o ambiente e o organismo:

- Condução/Convecção – C

- Radiação – R

- Evaporação – E

- Metabolismo – M

a) Condução: É o processo de transferência de calor que ocorre quando dois corpos
sólidos ou fluidos que não estão em movimento, em diferentes temperaturas, são
colocadas em contato. O calor do corpo de maior temperatura se transfere para o de
menor até que ocorra um equilíbrio térmico, isto é, quando as temperaturas dos corpos
se igualam.

Ex.: Aquecimento de uma barra de ferro.

b) Convecção: É o processo de transferência de calor idêntico ao anterior, só que, neste
caso, a transferência de calor se realiza através de fluido em movimento.

Ex.: Aquecimento de um becker com água.

c) Radiação: Quando há transferência de calor sem suporte material algum, o processo é
denominado radiação. A energia radiante passa através do ar sem aquecê-lo
apreciavelmente e aquecerá a superfície atingida. A energia radiante passa através do
vácuo ou de outros meios a uma velocidade que depende do meio.

Ex.: Radiação emitida por um forno elétrico.

d) Evaporação: É o processo de passagem de um líquido, a determinada temperatura,
para a fase gasosa, passando, portanto, para o meio ambiente. Não é necessário
diferença de temperatura para desenvolvimento do processo. O calor transferido desta
forma é denominado calor latente, diferenciando-se assim do que se transmite através de


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variação de temperatura, que é chamado calor sensível. No fenômeno de evaporação, o
líquido retira o calor do sólido para passar o vapor, podendo-se portanto, afirmar que o
sólido perdera calor para o meio ambiente por evaporação.

Ex.: Suor emanado após uma atividade física (jogar voleibol)

Equilíbrio Homeotérmico

Os mecanismos de termorregulação do organismo tem como finalidade manter a
temperatura interna do corpo constante, e é evidente que haja um equilíbrio entre a
quantidade de calor gerado no corpo e sua transmissão para o meio ambiente. A
equação que descreve o estado de equilíbrio se denomina balanço térmico:

              S=M+C+R–E

Onde:

S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica)

M = Calor produzido pelo metabolismo

C = Calor ganho ou perdido por condução – Convecção

R = Calor ganho ou perdido por radiação

E = Calor perdido por evaporação

Fatores que influenciam nas trocas térmicas entre o ambiente e o organismo:

Entre os inúmeros fatores que influenciam nas trocas térmicas, cinco principais devem
ser considerados na quantificação da sobrecarga térmica:

    Temperatura do ar;

    Umidade relativa do ar;

    Velocidade do ar;

    Calor radiante;

    Tipo de atividade.

Atividades nas quais o calor é encontrado:




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 Siderurgias ;

         Fundição ;

         Indústria do Vidro ;

         Indústria Têxtil ;

         Padarias ;

Efeitos do calor no organismo:

Altas Temperaturas podem provocar:

         Desidratação ;

         Ativação das glândulas sudoríparas ;

         Câimbras ;

         Fadiga Física ;

         Insolação ;

         Choque térmico ;

         Problemas cardiocirculatórios ;

Limites de Tolerância para exposição ao Calor:

O anexo 3 da NR-15, Portaria n. 3.214, estabelece os limites de tolerância para
exposição ao calor para o IBUTG (Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo)
definido pelas equações que se seguem:

    Ambientes internos ou externos sem carga solar:

               IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg

    Ambientes externos com carga solar:

               IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg




Onde:



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Tbn = temperatura de bulbo úmido natural

Tg = temperatura de globo

Tbs = temperatura de bulbo seco

Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido
natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum.

As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da
região do corpo mais atingida.

Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos
legais.

Quadro 1 – Valores aceitáveis de IBUTG (º C):

    Atividade             Leve             Moderada            Pesada

Trabalho Contínuo      Até 30,0 ºC        Até 26,7 ºC        Até 25,0 ºC

 45 min Trabalho
                      30,1 a 30,6 ºC     26,8 a 28,0 ºC     25,1 a 25,9 ºC
 15 min Descanso

 30 min Trabalho
                      30,7 a 31,4 ºC     28,1 a 29,4 ºC     26,0 a 27,9 ºC
 30 min Descanso

 15 min Trabalho
                      31,5 a 32,2 ºC     29,5 a 31,1 ºC     28,0 a 30,0 ºC
 45 min Descanso

 Não é permitido

  Trabalho sem       Acima de 32,2 ºC   Acima de 31,1 ºC   Acima de 30,0 ºC

Medida de Controle




Quadro 2 – Taxa de Metabolismo x Máximo de IBUTG:




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M (Kcal/h)   Máximo IBUTG

   175               30,5

   200               30,0

   250               28,5

   300               27,5

   350               26,5

   400               26,0

   450               25,5

   500               25,0




Quadro 3 – Taxas de Metabolismo por tipo de atividade:

                                  Tipo de Atividade                                   Kcal/h

Sentado em Repouso                                                                     100

Trabalho Leve

Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia)                  125

Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir)                       150

De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços              150

Trabalho Moderado

Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.                                     180

De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação.                   175

De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação.               220

Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar.                               300

Trabalho Pesado

Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá)    440

Trabalho Fatigante                                                                     550




M: É a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte
fórmula:




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M = Mt x Tt + Md x Td
                                             60

Mt: taxa de metabolismo no local de trabalho.

Tt: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.

Md: taxa de metabolismo no local de descanso.

Td: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.




Medidas de Controle relativas ao homem:

    Aclimatização: Constitui na adaptação fisiológica do organismo a um ambiente
       quente. A perda de cloreto de sódio pela sudorese será menor no indivíduo
       aclimatizado, ou seja, quando ocorre o equilíbrio dos sais minerais nas células
       do corpo.

    Limite do Tempo de Exposição: Consiste em adotar um período de descanso,
       visando a reduzir a sobrecarga térmica a níveis compatíveis com o organismo
       humano.

    Exames Médicos: Recomenda-se a realização de exames médicos pré-
       admissionais com a finalidade de detectar possíveis problemas de saúde que
       possam ser agravados com a exposição ao calor, tais como: problemas
       cardiocirculatórios,   deficiências   glandulares   (principalmente   glândulas
       sudoríparas), problemas de pele, hipertensão, etc. Exames periódicos também
       devem ser realizados com a finalidade de promover um contínuo
       acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, a fim de identificar
       estados patológicos em estágios iniciais.

    Equipamentos de proteção individual: Existe no mercado uma grande variedade
       de EPI´s para os mais diversos usos e finalidades. As vestimentas dos
       trabalhadores devem ser confeccionadas com tecido leve e de cor clara. Para
       situações de exposições críticas, existem diversos tipos de vestimentas para o
       corpo inteiro, sendo que algumas possuem sistema de ventilação acoplado.




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 Educação e treinamento: A orientação quanto à prática correta de suas tarefas
        pode, por exemplo, evitar esforços físicos desnecessários ou longos tempos de
        permanência próximos à fonte. Deve-se conscientizar o trabalhador sobre o risco
        que representa a exposição ao calor intenso, educando-o quanto ao uso correto
        dos equipamentos de proteção individual, alertando-o sobre a importância de
        asseio pessoal e promovendo a utilização e a manutenção correta das medidas de
        proteção no ambiente.




FRIO EXCESSIVO (NR-15 Anexo 9):

As atividades ou operações executadas no interior de câmeras frigoríficas, ou em locais
que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a
proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.

Fatores que influenciam nas trocas térmicas entre o ambiente e o organismo:

Conforme demonstrado anteriormente no item calor, as trocas térmicas entre o
organismo e o ambiente dependem da:

    Temperatura do ar;

    Velocidade do ar;

    Variação do calor radiante;

Estes fatores influenciam no equilíbrio homeotérmico do corpo segundo a seguinte
equação:

               S=M+C+R–E

Onde:

S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica)

M = Calor produzido pelo metabolismo

C = Calor ganho ou perdido por condução – Convecção

R = Calor ganho ou perdido por radiação



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E = Calor perdido por evaporação

O desequilíbrio térmico (exposição ao frio), segundo a equação anterior, se apresentará
quando o valor de S for inferior a zero, ou seja, quando o corpo estiver perdendo calor
para o ambiente, podendo ocorrer a hipotermia.

O aspecto mais importante na hipotermia, que poderá trazer a morte é a queda da
temperatura profunda do corpo. Deve-se proteger os trabalhadores da exposição ao frio,
de modo que a temperatura profunda do corpo não caia a menos de 36,0 ºC.

A exposição ao frio intenso é ainda encontrada em diversos tipos de indústrias que
possuem e utilizam câmaras frigoríficas. Entre essas, incluem-se a indústria alimentícia
e de enlatados, a de beneficiamento de pescados, fábricas de sorvetes, etc.

Efeitos do frio no organismo:

Além da hipotermia, vários outros estados patológicos, conhecidos como lesões do frio,
podem afetar o trabalhador. Entre eles, destacam-se:

    Feridas ;

    Enregelamento: ficar congelado ;

    Agravamento de doenças reumáticas ;

    Predisposição para doenças das vias respiratórias.

    Rachaduras e necrose na pele ;

    Predisposição para acidentes ;

Medidas de Controle relativas ao homem:

    Aclimatização: É uma medida que, para a exposição ao frio, não foi ainda muito
       estudada,   mas    sabe-se    que   alguns   indivíduos    conseguem   respostas
       termorreguladoras satisfatórias, quando gradualmente são expostos a ambientes
       frios, ou seja, segundo determinados gradientes térmicos e sob controle de
       velocidade do ar, alguns indivíduos têm boa adaptação.

    Vestimentas de trabalho: É necessário que o isolamento do corpo pela
       vestimenta de trabalho seja satisfatório e que a camada de ar compreendida entre




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a pele e a roupa elimine parcialmente a transpiração para que haja uma troca
      regular de temperatura.

    Regime de trabalho: Quando a exposição ao frio é intensa, o trabalhador deve ter
      em mente que será necessário intercalar períodos de descanso em local
      termicamente superior ao frio, de forma a manter uma resposta termorreguladora
      satisfatória do corpo humano.

    Exames Médicos: Na seleção de pessoal para execução de trabalhos em locais de
      frio intenso deve-se realizar exames médicos pré-admissionais para se conhecer
      o histórico ocupacional do indivíduo e saber se ele é portador de diabetes,
      epilepsia, se é fumante, alcoólatra, ou se já sofreu lesões por exposição ao frio,
      ou se apresentam problema no sistema circulatório, etc. Rotineiramente, deverão
      ser realizados exames médicos periódicos para controle e verificação com
      antecedência de problemas ou ruídos da exposição ao frio.

    Educação e treinamento: Todo trabalhador que for executar atividades sob frio
      intenso deverá ser instruído sobre o risco de atividades nessas condições, bem
      como ser treinado quanto ao uso de proteções adequadas (vestimentas, luvas,
      etc.) e a rotinas de trabalho (tempo/local de trabalho x tempo/local de descanso).




MEDIDORES DE TEMPERATURAS




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PRESSÕES ANORMAIS (NR-15 Anexo 6)

São pressões ambientais, que podem estar acima ou abaixo das pressões normais, ou
seja, da pressão atmosférica a qual estamos expostos.

Podem ser classificadas em dois grupos:

Baixas Pressões – São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem
com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os
trabalhadores expostos a este risco.




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Altas Pressões - São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem
em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração,
caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores.

A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento
de pressão for brusco, e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos e
morte.

Tubulão de ar comprimido: em escavações abaixo do lençol freático. A pressão acima
do normal é para evitar infiltração de água e instabilidade da escavação.




Construção Civil – Tubulão, camisa de concreto armado em ambiente hiperbárico
Caixão pneumático: compartimentos estanques para realizar trabalhos submersos: fundo
dos mares, rios e represas. Usado na construção de pontes e barragens.




Mergulhador realizando corte e solda submarina




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UMIDADE (NR-15 Anexo 10)
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com
umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são
situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações
realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle.
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório,
quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de
proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação
de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como
o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em
galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc).


MEDIDORES DE UMIDADE: TERMO-HIGRÔMETRO




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Riscos Químicos
Riscos Químicos (NR-15 Anexos 11, 12 e 13):

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória (inalação), pelo
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele (absorção cutânea) ou por
ingestão.

    Gases (Ex.: Hidrogênio, Nitrogênio e Oxigênio) ;

    Vapores (Ex.: Vapor de gasolina, Vapor de água) ;

    Poeiras (Ex.: Poeira de Sílica, Carvão e asbesto) ;

    Fumos (Ex.: Fumos de Pb – Solda);

    Névoas e Neblinas (Ex.: Névoa de tinta – resultante de pintura à pistola ;

    Fibras (Animal – Lã, seda, pelo de cabra e camelo / Vegetal – Algodão e linho /
       Mineral – Vidros e Cerâmica).

Inalação:

Constitui a principal via de ingresso de tóxicos, já que a superfície dos alvéolos
pulmonares representa, no homem adulto, uma grande superfície.

Esta grande superfície facilita a absorção de gases e vapores, os quais podem passar ao
sangue, para serem distribuídos a outras regiões do organismo.

Alguns sólidos e líquidos ficam retidos nestes tecidos, podendo produzir uma ação
localizada, ou dissolvem-se para serem distribuídos através do aparelho circulatório.

Sendo o consumo de ar de 10 a 20 Kg diários, dependendo do esforço físico realizado é
fácil chegar a conclusão que mais de 90% das intoxicações generalizadas tenham esta
origem.




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Absorção Cutânea:

Quando uma substância de uso industrial entra em contato com a pele, podem acontecer
as seguintes situações:

    A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetora efetiva.

    O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária.

    A substância química pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma
         sensibilização.

    O agente pode penetrar através dela, atingir o sangue e atuar como um tóxico
         generalizado.

Apesar destas considerações, normalmente a pele é uma barreira bastante efetiva para os
diferentes tóxicos, e são poucas as substâncias que conseguem ser absorvidas em
quantidades perigosas.

Ingestão:

Representa apenas uma via secundária de ingresso de tóxicos no organismo, já que
nenhum trabalhador ingere, conscientemente, produtos tóxicos.

Isto pode acontecer de forma acidental ou ao engolir partículas que podem ficar retidas
na parte superior do trato respiratório ou ainda ao inalar substâncias em forma de pós ou
fumos.

Efeito produzido no organismo por um tóxico

A intoxicação pode ser dividida em:

    Aguda: Exposição curta em altas concentrações produzidas por substâncias
         rapidamente absorvida pelo organismo.

    Crônica: Exposição repetida a pequenas concentrações. Tem efeito acumulativo
         no organismo.




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                             39
Classificação dos Agentes Químicos:

Podem ser classificados pela forma com que se apresentam e pelos efeitos no
organismo.

    Pela forma: Tomar como referência a forma na qual o agente químico se
       apresenta no ambiente. Esta classificação inclui somente agentes químicos
       ambientais, isto é, aqueles que estão em suspensão ou dispersos no ar.

    Pelos efeitos no organismo: É baseada nos efeitos produzidos no organismo, isto
       é, uma ação fisiopatológica.

Classificação pela forma: Aerodispersóides, gases e vapores.

    Aerodispersóides: É uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas, de tamanho
       máximo entre 100 µm e 200 µm.

              Névoa ; (particulado líquido)

              Neblina ; (particulado líquido)

              Poeira ; (particulado sólido)

              Fumos metálicos; (particulado sólido)

              Fibras; (particulado sólido)

Névoas e Neblinas: São partículas líquidas, produzidas por ruptura mecânica de líquido
ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente.

Ex.: Névoa de tinta – Resultante de pintura à pistola

Poeiras: São partículas sólidas produzidas pela ruptura mecânica de um sólido, seja pelo
simples manuseio (limpeza de bancadas) ou em consequência de uma operação
mecânica (trituração, moagem, peneiramento, polimento, entre outras).

Ex.: Poeira de Sílica, asbesto e carvão.

Fumos: São partículas sólidas resultantes da condensação de vapores ou de uma reação
química, geralmente após a volatilização de metais fundidos.

Ex.: Fumos de Pb – ponteamento de arames / Fumos de Zn - Galvanoplastia




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Fibras: São partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de sólidos, que
diferenciam-se das poeiras por que tem forma alongada, com um comprimento de três a
cinco vezes superior a seu diâmetro.

Ex.: Animal (seda), Vegetal (Algodão) e Mineral (Asbesto)

    Gases: É a denominação dada a uma substância que, em condições normais de
       temperatura e pressão (25 ºC e 760 mmHg), está no estado gasoso.

   Ex.: Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio

    Vapor: É a fase gasosa de uma substância que, a 25 ºC e 760 mmHg, é líquida
       ou sólida.

   Ex.: Vapor de água, vapor de gasolina




Classificação pelos efeitos no organismo:

    Irritantes ;

    Pneumoconióticos ;

    Tóxicos sistêmicos ;

    Anestésicos ou narcóticos;

    Cancerígenos;

Alguns símbolos de Riscos Químicos




  Inflamável             Tóxicos            Corrosivos           Oxidantes




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Nocivos                   Explosivos




 DIAMANTE DE HOMMEL – ROTULAGEM DE RISCO




  Risco de Vida                   Risco de Fogo
                                 (temperatura de inflamação)
                                                 inflamaç
 4 Mortal                                4 Abaixo de 22º C
                                                     22º
 3 Extremamente Perigoso                 3 Abaixo de 38º C
                                                     38º
 2 Perigoso                              2 Abaixo de 94º C
                                                     94º
 1 Pequeno Risco
 0 Material Normal
                           2             1 Acima de 94º C
                                                     94º
                                         0 Não Inflamável
                                                Inflamá

                                                 Reação
Risco
Específico
Oxidante       OXY
                      0          3           4 Pode explodir
                                             3 Choque e calor
                                               podem detonar
Ácido
Álcalis
               ACID
               ALK
                          ACID               2 Reação química
                                               Reaç quí
                                               violenta
Corrosivo      COR                           1 Instável com
                                               Instá
Não use água    W                              caloria
Radioativo                                   0 Estável
                                               Está


 Estas informações normalmente são apresentadas nas FISPQs.




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4 - Mortal (ex: Cloro gás)

3 - Extremamente Perigoso (ex: Ácido Clorídrico)

2 - Perigoso (ex: Hidróxido de Sódio (Soda Cáustica))

1 - Pequeno Risco (ex: Óleo Lubrificante)

0 - Material Normal (ex: Parafina)


  Risco de Vida
 4 Mortal
 3 Extremamente Perigoso
 2 Perigoso
 1 Pequeno Risco
 0 Material Normal




                  0
Ex.: Material Normal




4 - Abaixo de 22ºC (ex: Gasolina, Álcoois)

3 - Abaixo de 38ºC (ex: Solvente, Querosene)

2 - Abaixo de 94ºC (ex: Óleo Mineral)

1 - Acima de 94ºC (ex: Glicerina)

0 - Não inflamável (ex: Perlita)

                            Risco de Fogo
                           (temperatura de inflamação)
                                           inflamaç
                                   4 Abaixo de 22º C
                                               22º
                                   3 Abaixo de 38º C
                                               38º
                                   2 Abaixo de 94º C
                                               94º


                       2
                                   1 Acima de 94º C
                                               94º
                                   0 Não Inflamável
                                          Inflamá




                              Ex.: Abaixo de 94º C
                                             94º




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4 - Pode explodir (ex: Fluxo 5-89*)

3-Choque e calor podem detonar (ex: Eloxy 17*)

2 - Reação Química violenta (ex: Ácido Sulfúrico com Soda Cáustica)

1 - Instável com caloria (ex: Abrilhantador*)

0 - Estável (ex: Areia tratada)



                             Ex.: Choque e calor
                             podem detonar




                                      Reação
                                      Reaç
                         3        4 Pode explodir
                                  3 Choque e calor
                                    podem detonar
                                  2 Reação química
                                    Reaç quí
                                    violenta
                                  1 Instável com
                                    Instá
                                    caloria
                                  0 Estável
                                    Está


OXY - Oxidante: Armazenar longe de produtos inflamáveis e combustíveis

Ex: Cloro gás, Peróxido de Hidrogênio (Água oxigenada).




ACID - Ácido: pH < 7                        ALK - Alcalino: pH > 7

Ex: Ácido Clorídrico                        Ex: Barrilha (Hidróxido de Cálcio)

pH

Definição: É uma escala que varia de 0 à 14 e que define a basicidade e acidez de um
produto químico.

COR - Corrosivo: Cuidado ao manusear

Ex: Soda Cáustica, Ácidos




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Riscos Biológicos
Riscos Biológicos (NR-15 Anexo 14):

Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o
homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem
o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza


Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                         45
pública (coleta de lixo), laboratórios, esgoto, ambulatórios, IML, etc.. A avaliação
realizada para este tipo de insalubridade é a qualitativa.

    Vírus ;

    Bactérias ;

    Parasitas ;

    Protozoários ;

    Fungos ;

    Bacilos.

Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se:
tuberculose, malária, febre amarela.

Insalubridade de Grau Máximo:

Trabalho ou operações, em contato permanente com:

    Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de
       seu uso, não previamente esterilizados ;

    Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais
       portadores       de   doenças   infecto-contagiosas   (carbunculose,   brucelose,
       tuberculose) ;

    Esgotos (galerias e tanques); e

    Lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de Grau Médio:

Trabalho e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material
infecto-contagiante, em:

    Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de
       vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana
       (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como
       aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não esterilizados) ;




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                            46
 Hospitais ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos
       destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal
       que tenha contato com tais animais) ;

    Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e
       outros produtos ;

    Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só ao pessoal
       técnico) ;

    Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente
       ao pessoal técnico) ;

    Cemitérios (exumação de corpos) ;

    Estábulos e cavalariças; e

    Resíduos de animais deteriorados.




Medidas Preventivas de Controle:

Nem sempre as medidas de controle são totalmente eficientes no controle da exposição.
Contudo, a adoção de medidas pode minimizar os riscos. Entre as quais, destacam-se:

    Uso de luvas ao manipular objetos contaminados, secreções, excreções, sejam
       humanas, sejam animais ;

    Lavar as mãos após o contato com todo e qualquer paciente ou animal ;

    Usar botas nos serviços em cemitérios, cavalarias e estábulos ;

    Instruir o empregado quanto ao melhor manuseio de um animal ;

    Usar máscaras faciais no contato com pacientes com doenças transmissíveis por
       gotículas de saliva ;

    Uso de material sempre descartável ou esterilizado ;

    Observar sempre as normas de Vigilância Sanitária.




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Riscos Ergonômicos
Ergonomia (Conceitos):

    É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de
      trabalho as capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do
      homem, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
      desempenho eficiente.




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 É o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e
       ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia,
       fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do
posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

A Ergonomia se preocupa com a saúde dos trabalhadores.

Segundo a NR-17, a ergonomia consiste em adaptar o ambiente de trabalho às
condições psicofisiológicas dos trabalhadores.

Para se falar em ergonomia, primeiramente é necessário entender alguns conceitos como
biomecânica, psicologia e fisiologia.

    Biomecânica: Estuda os movimentos corporais e envolve geralmente a parte
       óssea, muscular e os nervos pertinentes tais como altura dos postos de trabalho,
       flexão muscular, levantamento de peso e outros.

    Psicologia: Ciência que estuda a saúde mental das pessoas.

As dificuldades de lidar com as pressões do dia-a-dia como por exemplo, problemas
financeiros, familiares, no trânsito, além da violência urbana, mau relacionamento com
colegas de trabalho ou chefes possibilitam o aparecimento do estresse, gerando a
redução da qualidade de vida com reflexos altamente negativos para seu desempenho no
trabalho.

    Fisiologia: Se preocupa com o correto funcionamento dos órgãos vitais.

É possível perceber claramente que quando se fala em fisiologia, alguns aspectos muito
importantes não podem ser deixados de lado como por exemplo, os níveis de
iluminamento.

Apesar de muitas vezes a importância desse aspecto não ser facilmente discernível, os
níveis de iluminamento tanto no ambiente de trabalho quanto nas áreas comuns de
vivência influenciam diretamente no cansaço precoce dos trabalhadores, podendo ser
um dos principais fatores de riscos de acidentes.




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A NBR 5413 define níveis mínimos de iluminamento a serem aplicados a diversos
ambientes internos e externos. Um projetista deverá aplicar os limites desta norma nos
vestiários, áreas de lazer, alojamentos, cozinha, sanitários, entre outros locais.

Riscos Ergonômicos (NR-17):

    Levantamento, Transporte e Descarga Industrial de Peso;

    Mobiliário dos postos de trabalho;

    Equipamentos dos postos de trabalho;

    Organização do trabalho;

    Condições ambientais de trabalho;




                Riscos de Acidentes
São todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade
física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico
deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou
defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento
inadequado.




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Arranjo físico deficiente - É resultante de prédios com área insuficiente; localização
imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta
ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares.

Máquinas e equipamentos sem proteção - Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção
em pontos de transmissão e de operação; comando de liga/desliga fora do alcance do
operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou
não fornecido.

Ferramentas inadequadas ou defeituosas - Ferramentas usadas de forma incorreta; falta
de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção.

Eletricidade - Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados;
falta de aterramento elétrico; falta de manutenção.

Incêndio ou explosão - Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases;
manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga
em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ou
equipamentos defeituosos.




                     Mapas de Riscos
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos
locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial),
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de
trabalho.

Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais,
equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização
do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho,
jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.).



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PARA QUE SERVE?

    Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil
     visualização dos riscos existentes na empresa.

    Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de
     segurança e saúde no trabalho na empresa.

    Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre
     os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de
     prevenção.

COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS?

    Conhecer o processo de trabalho no local analisado:

os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e
saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o
ambiente.

    Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação
     específica dos riscos ambientais.

    Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção
     coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual;
     medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,
     bebedouro, refeitório, área de lazer.

    Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os
     trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos,
     doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao
     trabalho.

    Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

    Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de
     círculos:

    O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.

    O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do
     círculo.

    A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido
     clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada
     também dentro do círculo.

    A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve
     ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

    Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual
     gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a
     cor correspondente ao risco.



Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                           52
 Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial,
     deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de
     fácil acesso para os trabalhadores.

Tabela de Gravidade

     Símbolo             Proporção      Tipos de Risco


                              4             Grande


                              2             Médio


                              1            Pequeno



Exemplo de Mapa de Riscos:




Referências Bibliográficas:

Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al.
Brasília. Ministério da Saúde, 1998.

SALIBA,Tuffi Messias. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA – Avaliação e
controle dos riscos ambientais. São Paulo: LTr, 2005.

SALIBA,Tuffi Messias. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 3.ed. São
Paulo: LTr, 2010.

SALIBA,Tuffi Messias. Legislação de segurança, acidente do trabalho e saúde do
trabalhador. 6.ed. São Paulo: LTr, 2009.

_______. Norma ISO 5349-1:2001 e Norma ISO 2631-1:1997.




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso                     53
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Introdução à higiene ocupacional. São
Paulo: Fundacentro, 2001.

http://www.fundeci.com.br/
http://www.btu.unesp.br/mapaderisco.htm




Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso            54

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Apostila de higiene ocupacional

  • 1. Segurança do Trabalho HIGIENE OCUPACIONAL Prof. Iolanda Alonso Curso Técnico de Segurança do Trabalho Capítulo 1: Introdução a Higiene Ocupacional
  • 2. HIGIENE OCUPACIONAL – DEFINIÇÃO É a ciência e arte do RECONHECIMENTO, da AVALIAÇÃO e do CONTROLE de fatores ou tensões ambientais originados do ou no local de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e o bem-estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade. PILARES DA HIGIENE OCUPACIONAL:  Antecipação: Necessidade de identificar os potenciais de riscos e perigos à saúde, antes que um determinado processo industrial seja implantado ou modificado, ou que novos agentes geradores de riscos sejam introduzidos no ambiente de trabalho.  Fase de Projeto: Modificações e/ou novas instalações.  Análise de Risco, HAZOP, FMEA, APP.  Aquisição de novos equipamentos e/ou materiais (inclusive substâncias químicas).  Instalações Atuais: Implementação dos planos de manutenção preventiva.  Processos de Trabalho: Processos/Ferramentas de identificação dos perigos e riscos. (Ex.: Permissão para Trabalho).  Reconhecimento: Refere-se a toda análise e observação do ambiente do trabalho a fim de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de risco a eles associados, e qual prioridade de avaliação ou controle existente nesse ambiente de trabalho. Qual ? Onde ? O que ? Como ? Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 2
  • 3. Itens de A -> H (NR-9)  Avaliação: Designa principalmente as medições e monitorações que serão conduzidas no ambiente de trabalho. Exemplos:  Determinação da intensidade dos agentes físicos;  A concentração dos agentes químicos, visando o dimensionamento da exposição dos trabalhadores;  A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da exposição ou inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento. A avaliação deverá considerar as seguintes atividades:  Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos dados e informações coletadas na etapa anterior ;  Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas de avaliação dos agentes ;  Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os limites de tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores ;  Verificar se as medidas de controle implantadas são suficientes.  Controle: Está associado à eliminação ou minimização dos potenciais de exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados, no ambiente de trabalho considerado. Exemplos de medidas de controle a serem considerados:  Quando possível, realizar a substituição do agente agressivo; mudança ou alteração do processo ou operação; Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 3
  • 4.  Enclausuramento da fonte; segregação do processo ou operação; modificação de projetos; limitação do tempo de exposição; utilização de equipamento de proteção individual; As medidas de controle a serem implantadas devem obedecer a seguinte ordem hierárquica: 1. Medidas de Controle Coletivo: Medidas que eliminem ou reduzam a utilização ou formação dos agentes prejudiciais à saúde (Ex.: Controle na fonte, Capelas – Utilizada para exaustão de gases). 2. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho: Ex.: Controles Médicos, PPRA, Redução na Jornada de Trabalho, Treinamentos, etc. 3. Utilização de EPI: Ex.: Seleção adequada conforme atividade a ser executada; Treinamento dos trabalhadores; Uso, guarda, higienização, conservação, manutenção e reposição. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 4
  • 5. Resumo das fases da Higiene Ocupacional (H.O.): ANTECIPAÇÃO: (FASE DE PREVENÇÃO DE RISCOS); RECONHECIMENTO: (IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS); AVALIAÇÃO: (CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA DO AGENTE COM QUANTIFICAÇÃO, OU SEJA, MEDIÇÕES REALIZADAS); COMPARAÇÃO COM O LIMITE DE TOLERÂNCIA; CONTROLE: (MEDIDAS A SEREM ADOTADAS APÓS A COMPARAÇÃO); GHE (GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO): Os trabalhadores de um mesmo GHE devem: ATIVIDADES: EXECUTAR AS MESMAS ATIVIDADES. LOCAIS DE TRABALHO: DEVE SER O MESMO PARA TODOS. AGENTES DE RISCOS: “ESTAR EXPOSTOS” AO MESMO AGENTE DE RISCO. UTILIZAR OS MESMOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO. HORÁRIO DE TRABALHO: CUMPRIR A MESMA JORNADA DE TRABALHO. EMR (EXPOSIÇÃO DE MAIOR RISCO): É A ATIVIDADE DE MAIOR POTENCIAL E/OU COM MAIOR EXPOSIÇÃO AOS AGENTES DE RISCOS. EXPOSTO DE MAIOR RISCO DO GHE: PESSOA DE MAIOR POTENCIAL DE EXPOSIÇÃO É AQUELA QUE CUJA A FORMA DE EXECUTAR A(S) ATIVIDADE(S) FAZ COM QUE SEJA A PESSOA DE MAIOR EXPOSIÇÃO DO GRUPO. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 5
  • 6. Capítulo 2: Riscos Ocupacionais Riscos Ocupacionais: Os riscos ocupacionais estão classificados da seguinte forma:  Riscos Físicos;  Riscos Químicos;  Riscos Biológicos;  Riscos Ergonômicos;  Riscos de Acidentes (Equipamentos / Materiais) Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Tipos de Risco Físico Químico Biológico Ergonômico Acidentes Cor Verde Iluminação Levantamento Inadequada, Ruído, e transporte Eletricidade, Temperaturas Poeira, Vírus, manual de máquinas e Extremas, Fumos, Bactérias, peso, equipamentos Pressões Névoas, Fungos, Exemplo Repetitividade, sem proteção, Anormais, Neblina, Protozoários, Posturas incêndio e Umidade, Gases, Parasitas e inadequadas exlosão, Radiações, Vapores. Bacilos de trabalho, arranjo físico Vibrações monotonia, etc inadequado, etc Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 6
  • 7. NR-15 PORTARIA Nº 3214/78 DO MT: PERCENTUAIS DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE: ANEXO DESCRIÇÃO PERCENTUAL 1 RUÍDO CONTÍNUO E INTERMITENTE 20 % 2 RUÍDO DE IMPACTO 20 % 3 CALOR 20 % 4 REVOGADO (ILUMINAÇÃO) XXX 5 RADIAÇÕES IONIZANTES 40 % 6 CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS (AR 40 % COMPRIMIDO) 7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 20 % 8 VIBRAÇÕES 20 % 9 FRIO 20 % 10 UMIDADE 20 % 11 QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUANTITATIVA) 10%, 20% ou 40% 12 POEIRAS MINERAIS 40 % 13 e 13A QUÍMICOS (AVALIAÇÃO QUALITATIVA) 10%, 20% ou 40% 14 AGENTES BIOLÓGICOS 20% e 40% Nota: No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vetada a percepção cumulativa. Por exemplo, o empregado trabalha em contato com dois agentes agressivos insalubres: ruído e radiação ionizante. O adicional de insalubridade correspondente para os agentes ruído e radiação ionizante é de 20% e 40% respectivamente. O empregado, nessa situação, receberá apenas o adicional de insalubridade de 40%. Não receberá os dois cumulativamente. Não receberá 20% + 40%. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 7
  • 8. Riscos Físicos São considerados riscos físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores:  Ruídos ;  Vibrações ;  Radiações Ionizantes ;  Radiações Não-Ionizantes ;  Pressões Anormais ;  Umidade ;  Calor excessivo ;  Frio Excessivo ; RUÍDOS (NR-15 Anexos 1 e 2) É todo som indesejável. As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente. Obs.: QUANTO MAIOR O NÍVEL DE RUÍDO, MENOR DEVERÁ SER O TEMPO DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL.  Ruído Contínuo ou intermitente  Ruído de Impacto Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 8
  • 9. RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE: A NR-15 Anexo 1 define que é todo aquele que não é de Impacto. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco GRAVE e IMINENTE. Serra circular elétrica de bancada Britadeira Limite de Tolerância: É a concentração ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que NÃO causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida laboral. Abaixo, veremos duas tabelas sendo uma criada pelo MTE (Norma Regulamentadora 15), e a segunda criada pela FUNDACENTRO (NHO). Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 9
  • 10. HORAS TEMPO DE EXPOSIÇÃO 8h 85 dB(A) Criada pelo MTE 4h 90 dB(A) 2h 95 dB(A) 1h 100 dB(A) Q → Taxa de duplicidade = 5 30 min 105 dB(A) 15 min 110 dB(A) 7 min 115 dB(A) HORAS TEMPO DE EXPOSIÇÃO 8h 85 dB(A) Criada pela FUNDACENTRO 4h 88 dB(A) 2h 91 dB(A) 1h 94 dB(A) 30 min 97 dB(A) 15 min 100 dB(A) Q → Taxa de duplicidade = 3 7 min 103 dB(A) Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 10
  • 11. RUÍDO DE IMPACTO: Segundo a NR-15 Anexo 2, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. Bate estaca Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 11
  • 12. Ruído Contínuo dB Variação menor que 3 dB 90 80 70 60 Tempo Ruído de Impacto Som de alta dB intensidade com duração 90 menor que 1 s. 80 70 60 Tempo EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÕES DE RUÍDOS: DECIBELÍMETROS Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 12
  • 13. DOSÍMETROS O ruído age diretamente sobre o sistema nervoso, ocasionando: - Fadiga nervosa; - Alterações mentais: perda de memória, irritabilidade, dificuldade em coordenar idéias; - Hipertensão; - Modificação do ritmo cardíaco; - Modificação do calibre dos vasos sanguíneos; - Modificação do ritmo respiratório; - Perturbações gastrointestinais; - Diminuição da visão noturna; - Dificuldade na percepção de cores. Além destas consequências, o ruído atinge também o aparelho auditivo causando a perda temporária ou definitiva da audição. Fatores que influenciam na Perda Auditiva:  Nível de Intensidade (NIS) → NR-15 anexos 1 e 2  Tempo de Exposição ao Ruído  Frequência do Ruído  Suscetibilidade Individual Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 13
  • 14. Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas: - Medidas de proteção coletiva: enclausuramento da máquina produtora de ruído; isolamento de ruído. - Medida de proteção individual: fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) (no caso, protetor auricular). O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida complementar. - Medidas médicas: exames audiométricos periódicos, afastamento do local de trabalho, revezamento. - Medidas educacionais: orientação para o uso correto do EPI, campanha de conscientização. - Medidas administrativas: tornar obrigatório o uso do EPI: controlar seu uso. Enclausuramento da máquina produtora de ruído Protetor auricular de silicone Protetor auricular tipo concha Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 14
  • 15. Exame audiométrico Medição do canal auditivo Super ou Subproteção: A fórmula para o cálculo do ruído que chega a uma orelha protegida tem a função de selecionar a atenuação mais adequada para cada nível de exposição. A tabela a seguir, extraída de uma norma européia EN 458, sugere os níveis de intensidade de ruído que devem chegar à orelha protegida. Obs.: A superatenuação não oferece o risco direto de perda auditiva, mas sim o risco de limitar demasiadamente a audição do usuário a ponto de impedí-lo na identificação de sinais sonoros importantes para a sua segurança, tais como alarmes, máquinas em movimento etc., gerando um enorme potencial de acidentes. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 15
  • 16. Protetor de Espuma Protetor de Espuma Protetor de Silicone Atenuação: 12 dB Atenuação: 15 dB Atenuação: 15 dB (NRRsf). CA12198 (NRRsf). CA5674 (NRRsf). CA11882 VIBRAÇÕES (NR-15 Anexo 8) Na indústria é comum o uso de máquinas e equipamentos que produzem vibrações, as quais podem ser nocivas ao trabalhador. A vibração é um movimento oscilatório de um corpo devido a forças desequilibradas de componentes rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou um equipamento. Se o corpo vibra, descreve um movimento oscilatório e periódico, envolvendo deslocamento em um certo tempo. Teremos, então, envolvidas no movimento, uma velocidade, uma aceleração e uma freqüência (número de ciclos completos por minuto). Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 16
  • 17. Unidades de Medida: Como a vibração é um movimento oscilatório, para sua quantificação pode-se utilizar os parâmetros deslocamento, velocidade e aceleração. Para efeito de higiene ocupacional, a avaliação da vibração será feita por meio de aceleração em m/s2 ou em dB. Para aceleração de vibração, o decibel será obtido conforme a fórmula abaixo: dB = 20 log a a0 Onde: a = aceleração avaliada (m/s2) e a0 = aceleração de referência (10-6 m/s2) Classificação das Vibrações: As vibrações podem ser:  Localizadas - (em certas partes do corpo). São provocadas por ferramentas manuais elétricas e pneumáticas. Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços;osteoporose (perda de substância óssea).  Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como os motoristas de caminhões, ônibus e tratores. Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares. Lixadeira Furadeira parafusadeira pneumática Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 17
  • 18. Motorista de ônibus Motorista de trator MEDIDORES DE VIBRAÇÕES Critério Legal - Segundo a NR-15 – Anexo 8 1. As atividades e operações que exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho. 2. A perícia, visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização – ISO, em suas normas ISO 2631(avaliação de vibração de corpo inteiro) e ISO/DIS 5349 (avaliação de vibração de mão e braço) ou suas substitutas. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 18
  • 19. 2.1. Constarão obrigatoriamente do laudo da perícia: a. O critério adotado; b. O instrumental utilizado; c. A metodologia de avaliação; d. A descrição das condições de trabalho e o tempo de exposição às vibrações; e. O resultado da avaliação quantitativa; f. As medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade, quando houver. 3. A insalubridade, quando constatada, será de grau médio. Critério da Comunidade Européia – Vibração de Corpo Inteiro A diretiva 2002/44/EC estabelece os seguintes níveis de exposição para vibração de corpo inteiro: 0,5 m/s2 ou 9,1 VDV** - Nível de ação 1,15 m/s2 ou 21,0 VDV** - Limite de Exposição para jornada de 8 (oito) horas* * A avaliação da exposição à vibração do corpo inteiro baseia-se na determinação da exposição diária A(8) expressa pela aceleração equivalente para um período normalizado de 8 horas, obtida a partir da maior parcela dos valores eficazes ou a parcela mais elevada do valor de dose da vibração (VDV), das acelerações ponderadas em frequência segundo os três eixos ortogonais para trabalhadores sentados ou em pé, conforme capítulos 5, 6 e 7 e Anexos A e B da ISO 2631-1(1997). ** Valor de dose da vibração, parâmetro a ser utilizado conforme ISO 2631-1(1997), quando houver presença de picos ou choques significativos. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 19
  • 20. Equipamento/local de medição: Os equipamentos de medição de vibração geralmente são compostos das seguintes partes: um transdutor ou pick-up, um dispositivo amplificador (elétrico, mecânico ou óptico) e um indicador ou registrador de amplitude. O equipamento fornecerá a magnitude de uma vibração, isto é, a aceleração deve ser expressa por um valor médio de raiz quadrada (rms) em cada eixo x, y e z, pelos valores de pico bem como pela aceleração resultante nos três eixos. A vibração deverá ser avaliada no seu ponto de entrada no corpo humano (ou seja, na superfície do corpo), e não na estrutura (por exemplo, na estrutura de um assento almofadado), o que pode transformar a vibração antes de atingir o corpo humano. As medições da vibração devem ser executadas tão próximo quanto possível do ponto ou da área em que a vibração é transmitida ao corpo. Se um homem está em pé em um piso, sobre uma plataforma, sem qualquer matéria amortecedora entre o corpo e a estrutura suporte, então o transdutor de medição deverá ser preso a esta estrutura. Se houver um material amortecedor entre o corpo e a estrutura vibratória, é permissível a colocação de um transdutor rígido (por exemplo, uma folha de metal fina adequadamente perfilada) entre o sujeito e a almofada. Se não for possível se medir a vibração no ponto de entrada no ser humano dessa forma, então as características de transmissão do elemento amortecedor devem ser determinadas e levadas em consideração no cálculo real da vibração transmitida ao corpo. Critério da Comunidade Européia – Vibração de Mãos e Braços A diretiva n. 2002/44/EC estabelece os seguintes níveis de exposição para vibração de mãos e braços: 2,5 m/s2 - Nível de ação 5,0 m/s2 - Limite de Exposição para jornada de 8 (oito) horas Nota: Valor normalizado para oito horas, expresso pela raiz quadrada da soma dos quadrados dos valores da aceleração ponderada em freqüência, rms, segundo os eixos x, y, z, conforme procedimentos e metodologias definidos pela ISO 5349:2001, partes 1 e 2. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 20
  • 21. Equipamento/local de medição: O equipamento de medição de vibração geralmente consiste em um transdutor, um dispositivo amplificador e um indicador de registrador de amplitude ou nível. As medições nos três eixos devem ser feitas na superfície das mãos, nas áreas claramente relatadas, onde a energia entra no corpo. Se a mão do indivíduo está em contato direto com a superfície vibrante do punho do cabo, o transdutor deve ser fixado na estrutura vibratória. Se a magnitude de vibração varia significativamente entre diferentes partes do cabo, então o valor máximo de um ponto que esteja em contato com a mão deve ser registrado. Se um elemento elástico está sendo usado entre a mão e a estrutura vibratória (por exemplo, punho almofadado) é permitido o uso de um suporte adequado entre a mão e a superfície do material elástico. A medição de vibração deve ser realizada de acordo com os procedimentos e a instrumentação especificados na norma ISO 5349. Esse instrumento deve ser capaz de determinar a aceleração “rms” ponderada nos eixos x, y e z em m/s2, sendo a aceleração de maior magnitude a base da avaliação ocupacional. O acelerômetro deverá ser posicionado no ponto em que a vibração entra na mão (ponto de acoplamento). RADIAÇÕES (NR-15 Anexos 5 e 7) São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões. O espectro eletromagnético engloba desde a radiação ionizante de grande energia, com freqüências elevadas e comprimentos de onda menores, a radiações não ionizantes, com baixas freqüências e comprimentos de onda maiores. A região não ionizante do espectro eletromagnético é aquela em que a energia das partículas incidentes é insuficiente para desalojar elétrons dos tecidos do corpo humano. À medida que diminui o nível de energia das partículas incidentes, cessa a ionização. Conforme informado acima, as radiações podem ser classificadas em dois grupos:  Radiações ionizantes – As radiações ionizantes englobam: raios-X, raios-Y, partículas α, β e Nêutrons. Ex.: Os operadores de raios-X e radioterapia estão freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das pessoas expostas. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 21
  • 22.  Radiações não ionizantes - São radiações não ionizantes a radiação infravermelha, proveniente de operação em fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda raios laser, micro-ondas. Seus efeitos são perturbações visuais (conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, etc. Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tome:  Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex: biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raio-x).  Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno). Ocorrências: As radiações ionizantes são amplamente utilizadas na medicina para diagnóstico médico e odontológico e tratamento de doenças, e em atividades industriais para medição de nível de silos, análises laboratoriais, radiografia industrial, entre outros. Quanto as radiações não ionizantes a principal fonte natural é o sol, e as artificiais são: lâmpadas de vapor de mercúrio, de hidrogênio e deutério, arcos de soldagem, lâmpadas incandescentes, fluorescentes e mistas. Outras radiações não ionizantes, como micro-ondas e radiofrequências se produzem de forma natural, principalmente pela eletricidade atmosférica, que é estática, embora de intensidade muito baixa. As fontes de M.O. e RF artificiais podem estar presentes nas estações de rádio e televisão, nos radares e nos sistemas de telecomunicações, além de nos fornos de micro-ondas e nos equipamentos utilizados em processos de soldagem, fusão e esterilização. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 22
  • 23. biombo protetor para Sala de RX EPI para soldador operação em solda MEDIDORES DE RADIAÇÕES Detector de fontes Dosímetro e detector Dosímetro pessoal – radiação Alfa, Beta de radiação Gama e Monitora e mede a dose e gama doses de raio-x pessoal equivalente de raio-x e raio gama PM 5000 – Detector do tipo Portal Baseado em monitores de radiação fixos para monitorar pedestres. São usualmente instaladas em empresas que produzem materiais radiativos e nucleares, na alfândega, e zonas de fronteira, para monitorar transporte de materiais radioativos em áreas restritas. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 23
  • 24. Conpass – Scanner de Corpo Inteiro Detector para inspeção pessoal onde as pessoas não percam tempo é um grande diferencial de segurança que está sendo amplamente empregado em aeroportos, portos e estações ferroviárias. Principais características do produto: - O Conpass possui uma tecnologia inovadora que permite um scanneamento completo do corpo usando doses mínimas ( próximas de zero ) de Raios-X não afetando a saúde. - Proporciona um aumento considerável na velocidade do processo de segurança devido à eficiência do seu funcionamento. - Torna possível enxergar o que está escondido embaixo de roupas e de peças protéticas (próteses de pernas, braço, etc). MEDIDAS DE CONTROLE DAS RADIAÇÕES: Para as radiações ionizantes:  Controle da distância entre o trabalhador e a fonte;  Blindagem;  Limitação de tempo de exposição;  Impedir que fontes radioativas atinjam vias de absorção do organismo;  Sinalização;  Controle Médico; Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 24
  • 25.  Uso de barreiras;  Limpeza adequada do ambiente de trabalho. Para as radiações não ionizantes (Micro-ondas, Laser e Ultravioleta):  Micro-ondas:  Enclausuramento das fontes;  Uso de barreiras;  Sinalização;  Exames médicos;  Laser:  EPI: protetores para os olhos, luvas protetoras, roupas;  Blindagem;  Sinalização;  Treinamento;  Ultravioleta:  Uso de barreiras;  Exames Médicos;  EPI´s, tais como óculos com lentes filtrantes, roupas apropriadas para proteção do braço, tórax, mãos e outros. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 25
  • 26. TEMPERATURAS EXTREMAS CALOR EXCESSIVO (NR-15 Anexo 3): Forma de energia que se transfere de um sistema para outro em virtude de uma diferença de temperatura entre os mesmos. Quando o trabalhador está exposto a uma ou várias fontes de calor, ocorrem as seguintes trocas térmicas entre o ambiente e o organismo: - Condução/Convecção – C - Radiação – R - Evaporação – E - Metabolismo – M a) Condução: É o processo de transferência de calor que ocorre quando dois corpos sólidos ou fluidos que não estão em movimento, em diferentes temperaturas, são colocadas em contato. O calor do corpo de maior temperatura se transfere para o de menor até que ocorra um equilíbrio térmico, isto é, quando as temperaturas dos corpos se igualam. Ex.: Aquecimento de uma barra de ferro. b) Convecção: É o processo de transferência de calor idêntico ao anterior, só que, neste caso, a transferência de calor se realiza através de fluido em movimento. Ex.: Aquecimento de um becker com água. c) Radiação: Quando há transferência de calor sem suporte material algum, o processo é denominado radiação. A energia radiante passa através do ar sem aquecê-lo apreciavelmente e aquecerá a superfície atingida. A energia radiante passa através do vácuo ou de outros meios a uma velocidade que depende do meio. Ex.: Radiação emitida por um forno elétrico. d) Evaporação: É o processo de passagem de um líquido, a determinada temperatura, para a fase gasosa, passando, portanto, para o meio ambiente. Não é necessário diferença de temperatura para desenvolvimento do processo. O calor transferido desta forma é denominado calor latente, diferenciando-se assim do que se transmite através de Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 26
  • 27. variação de temperatura, que é chamado calor sensível. No fenômeno de evaporação, o líquido retira o calor do sólido para passar o vapor, podendo-se portanto, afirmar que o sólido perdera calor para o meio ambiente por evaporação. Ex.: Suor emanado após uma atividade física (jogar voleibol) Equilíbrio Homeotérmico Os mecanismos de termorregulação do organismo tem como finalidade manter a temperatura interna do corpo constante, e é evidente que haja um equilíbrio entre a quantidade de calor gerado no corpo e sua transmissão para o meio ambiente. A equação que descreve o estado de equilíbrio se denomina balanço térmico: S=M+C+R–E Onde: S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica) M = Calor produzido pelo metabolismo C = Calor ganho ou perdido por condução – Convecção R = Calor ganho ou perdido por radiação E = Calor perdido por evaporação Fatores que influenciam nas trocas térmicas entre o ambiente e o organismo: Entre os inúmeros fatores que influenciam nas trocas térmicas, cinco principais devem ser considerados na quantificação da sobrecarga térmica:  Temperatura do ar;  Umidade relativa do ar;  Velocidade do ar;  Calor radiante;  Tipo de atividade. Atividades nas quais o calor é encontrado: Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 27
  • 28.  Siderurgias ;  Fundição ;  Indústria do Vidro ;  Indústria Têxtil ;  Padarias ; Efeitos do calor no organismo: Altas Temperaturas podem provocar:  Desidratação ;  Ativação das glândulas sudoríparas ;  Câimbras ;  Fadiga Física ;  Insolação ;  Choque térmico ;  Problemas cardiocirculatórios ; Limites de Tolerância para exposição ao Calor: O anexo 3 da NR-15, Portaria n. 3.214, estabelece os limites de tolerância para exposição ao calor para o IBUTG (Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo) definido pelas equações que se seguem:  Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg  Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 Tbn + 0,1 Tbs + 0,2 Tg Onde: Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 28
  • 29. Tbn = temperatura de bulbo úmido natural Tg = temperatura de globo Tbs = temperatura de bulbo seco Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. Quadro 1 – Valores aceitáveis de IBUTG (º C): Atividade Leve Moderada Pesada Trabalho Contínuo Até 30,0 ºC Até 26,7 ºC Até 25,0 ºC 45 min Trabalho 30,1 a 30,6 ºC 26,8 a 28,0 ºC 25,1 a 25,9 ºC 15 min Descanso 30 min Trabalho 30,7 a 31,4 ºC 28,1 a 29,4 ºC 26,0 a 27,9 ºC 30 min Descanso 15 min Trabalho 31,5 a 32,2 ºC 29,5 a 31,1 ºC 28,0 a 30,0 ºC 45 min Descanso Não é permitido Trabalho sem Acima de 32,2 ºC Acima de 31,1 ºC Acima de 30,0 ºC Medida de Controle Quadro 2 – Taxa de Metabolismo x Máximo de IBUTG: Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 29
  • 30. M (Kcal/h) Máximo IBUTG 175 30,5 200 30,0 250 28,5 300 27,5 350 26,5 400 26,0 450 25,5 500 25,0 Quadro 3 – Taxas de Metabolismo por tipo de atividade: Tipo de Atividade Kcal/h Sentado em Repouso 100 Trabalho Leve Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia) 125 Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir) 150 De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços 150 Trabalho Moderado Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180 De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 175 De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 220 Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300 Trabalho Pesado Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá) 440 Trabalho Fatigante 550 M: É a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula: Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 30
  • 31. M = Mt x Tt + Md x Td 60 Mt: taxa de metabolismo no local de trabalho. Tt: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md: taxa de metabolismo no local de descanso. Td: soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. Medidas de Controle relativas ao homem:  Aclimatização: Constitui na adaptação fisiológica do organismo a um ambiente quente. A perda de cloreto de sódio pela sudorese será menor no indivíduo aclimatizado, ou seja, quando ocorre o equilíbrio dos sais minerais nas células do corpo.  Limite do Tempo de Exposição: Consiste em adotar um período de descanso, visando a reduzir a sobrecarga térmica a níveis compatíveis com o organismo humano.  Exames Médicos: Recomenda-se a realização de exames médicos pré- admissionais com a finalidade de detectar possíveis problemas de saúde que possam ser agravados com a exposição ao calor, tais como: problemas cardiocirculatórios, deficiências glandulares (principalmente glândulas sudoríparas), problemas de pele, hipertensão, etc. Exames periódicos também devem ser realizados com a finalidade de promover um contínuo acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, a fim de identificar estados patológicos em estágios iniciais.  Equipamentos de proteção individual: Existe no mercado uma grande variedade de EPI´s para os mais diversos usos e finalidades. As vestimentas dos trabalhadores devem ser confeccionadas com tecido leve e de cor clara. Para situações de exposições críticas, existem diversos tipos de vestimentas para o corpo inteiro, sendo que algumas possuem sistema de ventilação acoplado. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 31
  • 32.  Educação e treinamento: A orientação quanto à prática correta de suas tarefas pode, por exemplo, evitar esforços físicos desnecessários ou longos tempos de permanência próximos à fonte. Deve-se conscientizar o trabalhador sobre o risco que representa a exposição ao calor intenso, educando-o quanto ao uso correto dos equipamentos de proteção individual, alertando-o sobre a importância de asseio pessoal e promovendo a utilização e a manutenção correta das medidas de proteção no ambiente. FRIO EXCESSIVO (NR-15 Anexo 9): As atividades ou operações executadas no interior de câmeras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Fatores que influenciam nas trocas térmicas entre o ambiente e o organismo: Conforme demonstrado anteriormente no item calor, as trocas térmicas entre o organismo e o ambiente dependem da:  Temperatura do ar;  Velocidade do ar;  Variação do calor radiante; Estes fatores influenciam no equilíbrio homeotérmico do corpo segundo a seguinte equação: S=M+C+R–E Onde: S = Calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica) M = Calor produzido pelo metabolismo C = Calor ganho ou perdido por condução – Convecção R = Calor ganho ou perdido por radiação Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 32
  • 33. E = Calor perdido por evaporação O desequilíbrio térmico (exposição ao frio), segundo a equação anterior, se apresentará quando o valor de S for inferior a zero, ou seja, quando o corpo estiver perdendo calor para o ambiente, podendo ocorrer a hipotermia. O aspecto mais importante na hipotermia, que poderá trazer a morte é a queda da temperatura profunda do corpo. Deve-se proteger os trabalhadores da exposição ao frio, de modo que a temperatura profunda do corpo não caia a menos de 36,0 ºC. A exposição ao frio intenso é ainda encontrada em diversos tipos de indústrias que possuem e utilizam câmaras frigoríficas. Entre essas, incluem-se a indústria alimentícia e de enlatados, a de beneficiamento de pescados, fábricas de sorvetes, etc. Efeitos do frio no organismo: Além da hipotermia, vários outros estados patológicos, conhecidos como lesões do frio, podem afetar o trabalhador. Entre eles, destacam-se:  Feridas ;  Enregelamento: ficar congelado ;  Agravamento de doenças reumáticas ;  Predisposição para doenças das vias respiratórias.  Rachaduras e necrose na pele ;  Predisposição para acidentes ; Medidas de Controle relativas ao homem:  Aclimatização: É uma medida que, para a exposição ao frio, não foi ainda muito estudada, mas sabe-se que alguns indivíduos conseguem respostas termorreguladoras satisfatórias, quando gradualmente são expostos a ambientes frios, ou seja, segundo determinados gradientes térmicos e sob controle de velocidade do ar, alguns indivíduos têm boa adaptação.  Vestimentas de trabalho: É necessário que o isolamento do corpo pela vestimenta de trabalho seja satisfatório e que a camada de ar compreendida entre Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 33
  • 34. a pele e a roupa elimine parcialmente a transpiração para que haja uma troca regular de temperatura.  Regime de trabalho: Quando a exposição ao frio é intensa, o trabalhador deve ter em mente que será necessário intercalar períodos de descanso em local termicamente superior ao frio, de forma a manter uma resposta termorreguladora satisfatória do corpo humano.  Exames Médicos: Na seleção de pessoal para execução de trabalhos em locais de frio intenso deve-se realizar exames médicos pré-admissionais para se conhecer o histórico ocupacional do indivíduo e saber se ele é portador de diabetes, epilepsia, se é fumante, alcoólatra, ou se já sofreu lesões por exposição ao frio, ou se apresentam problema no sistema circulatório, etc. Rotineiramente, deverão ser realizados exames médicos periódicos para controle e verificação com antecedência de problemas ou ruídos da exposição ao frio.  Educação e treinamento: Todo trabalhador que for executar atividades sob frio intenso deverá ser instruído sobre o risco de atividades nessas condições, bem como ser treinado quanto ao uso de proteções adequadas (vestimentas, luvas, etc.) e a rotinas de trabalho (tempo/local de trabalho x tempo/local de descanso). MEDIDORES DE TEMPERATURAS Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 34
  • 35. PRESSÕES ANORMAIS (NR-15 Anexo 6) São pressões ambientais, que podem estar acima ou abaixo das pressões normais, ou seja, da pressão atmosférica a qual estamos expostos. Podem ser classificadas em dois grupos: Baixas Pressões – São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este risco. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 35
  • 36. Altas Pressões - São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de pressão for brusco, e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos e morte. Tubulão de ar comprimido: em escavações abaixo do lençol freático. A pressão acima do normal é para evitar infiltração de água e instabilidade da escavação. Construção Civil – Tubulão, camisa de concreto armado em ambiente hiperbárico Caixão pneumático: compartimentos estanques para realizar trabalhos submersos: fundo dos mares, rios e represas. Usado na construção de pontes e barragens. Mergulhador realizando corte e solda submarina Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 36
  • 37. UMIDADE (NR-15 Anexo 10) As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de controle. A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras. Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza, etc). MEDIDORES DE UMIDADE: TERMO-HIGRÔMETRO Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 37
  • 38. Riscos Químicos Riscos Químicos (NR-15 Anexos 11, 12 e 13): Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória (inalação), pelo contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele (absorção cutânea) ou por ingestão.  Gases (Ex.: Hidrogênio, Nitrogênio e Oxigênio) ;  Vapores (Ex.: Vapor de gasolina, Vapor de água) ;  Poeiras (Ex.: Poeira de Sílica, Carvão e asbesto) ;  Fumos (Ex.: Fumos de Pb – Solda);  Névoas e Neblinas (Ex.: Névoa de tinta – resultante de pintura à pistola ;  Fibras (Animal – Lã, seda, pelo de cabra e camelo / Vegetal – Algodão e linho / Mineral – Vidros e Cerâmica). Inalação: Constitui a principal via de ingresso de tóxicos, já que a superfície dos alvéolos pulmonares representa, no homem adulto, uma grande superfície. Esta grande superfície facilita a absorção de gases e vapores, os quais podem passar ao sangue, para serem distribuídos a outras regiões do organismo. Alguns sólidos e líquidos ficam retidos nestes tecidos, podendo produzir uma ação localizada, ou dissolvem-se para serem distribuídos através do aparelho circulatório. Sendo o consumo de ar de 10 a 20 Kg diários, dependendo do esforço físico realizado é fácil chegar a conclusão que mais de 90% das intoxicações generalizadas tenham esta origem. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 38
  • 39. Absorção Cutânea: Quando uma substância de uso industrial entra em contato com a pele, podem acontecer as seguintes situações:  A pele e a gordura protetora podem atuar como uma barreira protetora efetiva.  O agente pode agir na superfície da pele, provocando uma irritação primária.  A substância química pode combinar com as proteínas da pele e provocar uma sensibilização.  O agente pode penetrar através dela, atingir o sangue e atuar como um tóxico generalizado. Apesar destas considerações, normalmente a pele é uma barreira bastante efetiva para os diferentes tóxicos, e são poucas as substâncias que conseguem ser absorvidas em quantidades perigosas. Ingestão: Representa apenas uma via secundária de ingresso de tóxicos no organismo, já que nenhum trabalhador ingere, conscientemente, produtos tóxicos. Isto pode acontecer de forma acidental ou ao engolir partículas que podem ficar retidas na parte superior do trato respiratório ou ainda ao inalar substâncias em forma de pós ou fumos. Efeito produzido no organismo por um tóxico A intoxicação pode ser dividida em:  Aguda: Exposição curta em altas concentrações produzidas por substâncias rapidamente absorvida pelo organismo.  Crônica: Exposição repetida a pequenas concentrações. Tem efeito acumulativo no organismo. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 39
  • 40. Classificação dos Agentes Químicos: Podem ser classificados pela forma com que se apresentam e pelos efeitos no organismo.  Pela forma: Tomar como referência a forma na qual o agente químico se apresenta no ambiente. Esta classificação inclui somente agentes químicos ambientais, isto é, aqueles que estão em suspensão ou dispersos no ar.  Pelos efeitos no organismo: É baseada nos efeitos produzidos no organismo, isto é, uma ação fisiopatológica. Classificação pela forma: Aerodispersóides, gases e vapores.  Aerodispersóides: É uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas, de tamanho máximo entre 100 µm e 200 µm.  Névoa ; (particulado líquido)  Neblina ; (particulado líquido)  Poeira ; (particulado sólido)  Fumos metálicos; (particulado sólido)  Fibras; (particulado sólido) Névoas e Neblinas: São partículas líquidas, produzidas por ruptura mecânica de líquido ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente. Ex.: Névoa de tinta – Resultante de pintura à pistola Poeiras: São partículas sólidas produzidas pela ruptura mecânica de um sólido, seja pelo simples manuseio (limpeza de bancadas) ou em consequência de uma operação mecânica (trituração, moagem, peneiramento, polimento, entre outras). Ex.: Poeira de Sílica, asbesto e carvão. Fumos: São partículas sólidas resultantes da condensação de vapores ou de uma reação química, geralmente após a volatilização de metais fundidos. Ex.: Fumos de Pb – ponteamento de arames / Fumos de Zn - Galvanoplastia Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 40
  • 41. Fibras: São partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de sólidos, que diferenciam-se das poeiras por que tem forma alongada, com um comprimento de três a cinco vezes superior a seu diâmetro. Ex.: Animal (seda), Vegetal (Algodão) e Mineral (Asbesto)  Gases: É a denominação dada a uma substância que, em condições normais de temperatura e pressão (25 ºC e 760 mmHg), está no estado gasoso. Ex.: Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio  Vapor: É a fase gasosa de uma substância que, a 25 ºC e 760 mmHg, é líquida ou sólida. Ex.: Vapor de água, vapor de gasolina Classificação pelos efeitos no organismo:  Irritantes ;  Pneumoconióticos ;  Tóxicos sistêmicos ;  Anestésicos ou narcóticos;  Cancerígenos; Alguns símbolos de Riscos Químicos Inflamável Tóxicos Corrosivos Oxidantes Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 41
  • 42. Nocivos Explosivos DIAMANTE DE HOMMEL – ROTULAGEM DE RISCO Risco de Vida Risco de Fogo (temperatura de inflamação) inflamaç 4 Mortal 4 Abaixo de 22º C 22º 3 Extremamente Perigoso 3 Abaixo de 38º C 38º 2 Perigoso 2 Abaixo de 94º C 94º 1 Pequeno Risco 0 Material Normal 2 1 Acima de 94º C 94º 0 Não Inflamável Inflamá Reação Risco Específico Oxidante OXY 0 3 4 Pode explodir 3 Choque e calor podem detonar Ácido Álcalis ACID ALK ACID 2 Reação química Reaç quí violenta Corrosivo COR 1 Instável com Instá Não use água W caloria Radioativo 0 Estável Está Estas informações normalmente são apresentadas nas FISPQs. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 42
  • 43. 4 - Mortal (ex: Cloro gás) 3 - Extremamente Perigoso (ex: Ácido Clorídrico) 2 - Perigoso (ex: Hidróxido de Sódio (Soda Cáustica)) 1 - Pequeno Risco (ex: Óleo Lubrificante) 0 - Material Normal (ex: Parafina) Risco de Vida 4 Mortal 3 Extremamente Perigoso 2 Perigoso 1 Pequeno Risco 0 Material Normal 0 Ex.: Material Normal 4 - Abaixo de 22ºC (ex: Gasolina, Álcoois) 3 - Abaixo de 38ºC (ex: Solvente, Querosene) 2 - Abaixo de 94ºC (ex: Óleo Mineral) 1 - Acima de 94ºC (ex: Glicerina) 0 - Não inflamável (ex: Perlita) Risco de Fogo (temperatura de inflamação) inflamaç 4 Abaixo de 22º C 22º 3 Abaixo de 38º C 38º 2 Abaixo de 94º C 94º 2 1 Acima de 94º C 94º 0 Não Inflamável Inflamá Ex.: Abaixo de 94º C 94º Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 43
  • 44. 4 - Pode explodir (ex: Fluxo 5-89*) 3-Choque e calor podem detonar (ex: Eloxy 17*) 2 - Reação Química violenta (ex: Ácido Sulfúrico com Soda Cáustica) 1 - Instável com caloria (ex: Abrilhantador*) 0 - Estável (ex: Areia tratada) Ex.: Choque e calor podem detonar Reação Reaç 3 4 Pode explodir 3 Choque e calor podem detonar 2 Reação química Reaç quí violenta 1 Instável com Instá caloria 0 Estável Está OXY - Oxidante: Armazenar longe de produtos inflamáveis e combustíveis Ex: Cloro gás, Peróxido de Hidrogênio (Água oxigenada). ACID - Ácido: pH < 7 ALK - Alcalino: pH > 7 Ex: Ácido Clorídrico Ex: Barrilha (Hidróxido de Cálcio) pH Definição: É uma escala que varia de 0 à 14 e que define a basicidade e acidez de um produto químico. COR - Corrosivo: Cuidado ao manusear Ex: Soda Cáustica, Ácidos Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 44
  • 45. Riscos Biológicos Riscos Biológicos (NR-15 Anexo 14): Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 45
  • 46. pública (coleta de lixo), laboratórios, esgoto, ambulatórios, IML, etc.. A avaliação realizada para este tipo de insalubridade é a qualitativa.  Vírus ;  Bactérias ;  Parasitas ;  Protozoários ;  Fungos ;  Bacilos. Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: tuberculose, malária, febre amarela. Insalubridade de Grau Máximo: Trabalho ou operações, em contato permanente com:  Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados ;  Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose) ;  Esgotos (galerias e tanques); e  Lixo urbano (coleta e industrialização). Insalubridade de Grau Médio: Trabalho e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em:  Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não esterilizados) ; Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 46
  • 47.  Hospitais ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais) ;  Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos ;  Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão só ao pessoal técnico) ;  Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico) ;  Cemitérios (exumação de corpos) ;  Estábulos e cavalariças; e  Resíduos de animais deteriorados. Medidas Preventivas de Controle: Nem sempre as medidas de controle são totalmente eficientes no controle da exposição. Contudo, a adoção de medidas pode minimizar os riscos. Entre as quais, destacam-se:  Uso de luvas ao manipular objetos contaminados, secreções, excreções, sejam humanas, sejam animais ;  Lavar as mãos após o contato com todo e qualquer paciente ou animal ;  Usar botas nos serviços em cemitérios, cavalarias e estábulos ;  Instruir o empregado quanto ao melhor manuseio de um animal ;  Usar máscaras faciais no contato com pacientes com doenças transmissíveis por gotículas de saliva ;  Uso de material sempre descartável ou esterilizado ;  Observar sempre as normas de Vigilância Sanitária. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 47
  • 48. Riscos Ergonômicos Ergonomia (Conceitos):  É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho as capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 48
  • 49.  É o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. A Ergonomia se preocupa com a saúde dos trabalhadores. Segundo a NR-17, a ergonomia consiste em adaptar o ambiente de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores. Para se falar em ergonomia, primeiramente é necessário entender alguns conceitos como biomecânica, psicologia e fisiologia.  Biomecânica: Estuda os movimentos corporais e envolve geralmente a parte óssea, muscular e os nervos pertinentes tais como altura dos postos de trabalho, flexão muscular, levantamento de peso e outros.  Psicologia: Ciência que estuda a saúde mental das pessoas. As dificuldades de lidar com as pressões do dia-a-dia como por exemplo, problemas financeiros, familiares, no trânsito, além da violência urbana, mau relacionamento com colegas de trabalho ou chefes possibilitam o aparecimento do estresse, gerando a redução da qualidade de vida com reflexos altamente negativos para seu desempenho no trabalho.  Fisiologia: Se preocupa com o correto funcionamento dos órgãos vitais. É possível perceber claramente que quando se fala em fisiologia, alguns aspectos muito importantes não podem ser deixados de lado como por exemplo, os níveis de iluminamento. Apesar de muitas vezes a importância desse aspecto não ser facilmente discernível, os níveis de iluminamento tanto no ambiente de trabalho quanto nas áreas comuns de vivência influenciam diretamente no cansaço precoce dos trabalhadores, podendo ser um dos principais fatores de riscos de acidentes. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 49
  • 50. A NBR 5413 define níveis mínimos de iluminamento a serem aplicados a diversos ambientes internos e externos. Um projetista deverá aplicar os limites desta norma nos vestiários, áreas de lazer, alojamentos, cozinha, sanitários, entre outros locais. Riscos Ergonômicos (NR-17):  Levantamento, Transporte e Descarga Industrial de Peso;  Mobiliário dos postos de trabalho;  Equipamentos dos postos de trabalho;  Organização do trabalho;  Condições ambientais de trabalho; Riscos de Acidentes São todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 50
  • 51. Arranjo físico deficiente - É resultante de prédios com área insuficiente; localização imprópria de máquinas e equipamentos; má arrumação e limpeza; sinalização incorreta ou inexistente; pisos fracos e/ou irregulares. Máquinas e equipamentos sem proteção - Máquinas obsoletas; máquinas sem proteção em pontos de transmissão e de operação; comando de liga/desliga fora do alcance do operador; máquinas e equipamentos com defeitos ou inadequados; EPI inadequado ou não fornecido. Ferramentas inadequadas ou defeituosas - Ferramentas usadas de forma incorreta; falta de fornecimento de ferramentas adequadas; falta de manutenção. Eletricidade - Instalação elétrica imprópria, com defeito ou exposta; fios desencapados; falta de aterramento elétrico; falta de manutenção. Incêndio ou explosão - Armazenamento inadequado de inflamáveis e/ou gases; manipulação e transporte inadequado de produtos inflamáveis e perigosos; sobrecarga em rede elétrica; falta de sinalização; falta de equipamentos de combate ou equipamentos defeituosos. Mapas de Riscos Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.). Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 51
  • 52. PARA QUE SERVE?  Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos riscos existentes na empresa.  Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.  Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS?  Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.  Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos ambientais.  Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.  Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao trabalho.  Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.  Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:  O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.  O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo.  A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo.  A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.  Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente ao risco. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 52
  • 53.  Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores. Tabela de Gravidade Símbolo Proporção Tipos de Risco 4 Grande 2 Médio 1 Pequeno Exemplo de Mapa de Riscos: Referências Bibliográficas: Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al. Brasília. Ministério da Saúde, 1998. SALIBA,Tuffi Messias. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA – Avaliação e controle dos riscos ambientais. São Paulo: LTr, 2005. SALIBA,Tuffi Messias. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 3.ed. São Paulo: LTr, 2010. SALIBA,Tuffi Messias. Legislação de segurança, acidente do trabalho e saúde do trabalhador. 6.ed. São Paulo: LTr, 2009. _______. Norma ISO 5349-1:2001 e Norma ISO 2631-1:1997. Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 53
  • 54. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Introdução à higiene ocupacional. São Paulo: Fundacentro, 2001. http://www.fundeci.com.br/ http://www.btu.unesp.br/mapaderisco.htm Tecnóloga em Segurança do Trabalho – Iolanda Ramos Alonso 54