SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  6
Télécharger pour lire hors ligne
Disciplina: Ciclo Vital II

Professor: Rodrigo Abreu

Aula 05


                               SAÚDE DO ADOLESCENTE

A primeira obra de grande importância dedicada ao adolescente foi “Adolescência” de Stanley
Hall (1904).
As observações da antropologia relativas ao conceito de adolescência aparecem como um
desafio às teorias de Freud, Hall e outros, que postulavam que “o perfil da conduta humana
estava indelevelmente ligado à natureza”.

         O primeiro programa das Américas voltado à medicina de adolescente havia surgido
          nos EUA, em 1961.
         As primeiras propostas voltadas especificamente à saúde do adolescente no Brasil
          apareceram em São Paulo e no Rio de Janeiro no início de 1970.
         O projeto de São Paulo surgiu em 1974 ligado ao Departamento de Pediatria da
          Faculdade de Medicina da USP.

    1- Adolescência e Família:
Crises de identidade que os próprios pais passaram;
Ferida narcísica – a competição da mãe com a filha e do pai com o filho;
Medo da independência do filho reforçando os laços familiares;
Reações de desagrado frente ao comportamento do filho;
Insegurança e ansiedade dos pais frente a suas próprias vidas reforçando inseguranças e
ansiedades nos adolescentes.

    2- Problemas comuns da adolescência:
Mortes por acidente de carro;
Depressão;
Uso de drogas;
Suicídio e tentativa de suicídio;
Fuga de casa;
Delinquência juvenil;
Anorexia nervosa e bulimia.

    3- LEGISLAÇÃO AO ADOLESCENTE NO BRASIL
     Constituição 1988
    Artigo 227 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
    adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, saúde, alimentação, educação, ao
    lazer, à profissionalização, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e à convivência
    familiar e comunitária. Além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
    discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

    4- PROGRAMA SAÚDE DO ADOLESCENTE(PROSAD)
Foi criado por meio da Portaria do Ministério da Saúde nº 980/GM de 21/12/1989.
O PROSAD se fundamenta, numa política de Promoção de Saúde, de identificação de grupos de
risco, detecção precoce dos agravos, com tratamento adequado e reabilitação, respeitadas as
diretrizes do Sistema Único de Saúde, garantidas pela Constituição Brasileira de 1988. Jovens
de ambos os sexos de 10 a 19 anos de idade.

    5- O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Representa um grande avanço da legislação brasileira iniciado com a promulgação da
Constituição de 1988.
O ECA dá cumprimento aos compromissos internacionais assumidos na Convenção
Internacional dos Direitos da Criança das Nações Unidas e regulamenta o art. 227 da
Constituição Federal de 1988.
O ECA especifica a adequação da legislação infraconstitucional ao texto da Constituição
Federal de 1988.
O ECA formalizado pela Lei nº 8.069, de 13/07/1990, é uma lei ordinária federal que dispõe
sobre a proteção integral à criança (pessoa até 12 anos incompletos) e ao adolescente (pessoa
com idade compreendida entre 12 e 18 anos incompletos).

   6- NOTIFICAÇÃO DAS VIOLÊNCIAS
PORTARIA Nº 1968/GM EM 25 DE OUTUBRO DE 2001 . PUBLICADO NO DOU Nº 206 DE
26/10/01

Seção 1
Dispõe sobre a notificação, às autoridades competentes, de casos de suspeita ou de
confirmação de maus-tratos contra crianças e adolescentes atendidos nas entidades do
Sistema Único de Saúde.
O Ministro de Estado da Saúde, com apoio Art. 87, inciso II, da Constituição Federal,
considerando - o disposto no Capítulo I do Título II da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990; - os
termos da Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violências,
publicada pela Portaria GM/MS nº 737, de 16 de maio de 2001, no Diário Oficial da União de
18 de maio de 2001, resolve:
Art. 1º Estabelecer que os responsáveis técnicos de todas as entidades de saúde integrantes
ou participantes...
Art. 2° Definir que a notificação de que trata o Artigo 1° deverá ser feita...
Parágrafo único. O formulário objeto deste Artigo deverá ser preenchido em 02 (duas) vias,
sendo a primeira encaminhada ao Conselho Tutelar ou Juizado de Menores e a segunda
anexada à Ficha de Atendimento ou Prontuário do paciente atendido, para os
encaminhamentos necessários ao serviço.


                     Tráfego de Seres Humanos


                                     Trabalho Infantil

                   Tortura

                                      Psicológica

                 Negligente

                                        Sexual

            Financeiro/Econômico
FICHA DE NOTIFICAÇÃO/ INVESTIGAÇÃO INDIVIDUAL VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E/OU
OUTRAS VIOLÊNCIAS
Objetivo Geral
Contribuir para interromper o ciclo das violências.
Objetivos Específicos
Registrar dados por meio eletrônico;
Gerar informações e indicadores;
Apoiar o desenvolvimento de políticas que reduzam os riscos e danos associados a estes tipos
de violência.

NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
“uma informação emitida pelo Setor Saúde, Educação, Assistência Social ou por qualquer
outro órgão ou pessoa, para o Conselho Tutelar ou outro órgão, com a finalidade de
promover cuidados voltados para a proteção da criança e do adolescente vítima de violência
doméstica e de exploração sexual comercial, e para proteção da criança, adolescente ou
adulto vítima de violência sexual”.


    7- DESIGUALDADE SOCIAL
A atual desigualdade social e a ausências de políticas consistentes e persistentes de
atendimento a população infantil e jovens de baixa renda contribuem para que crianças e
adolescentes vivam em situações de risco crônicas para um desenvolvimento saudável.
Aumenta a vulnerabilidade dos adolescentes, deixando-os expostos a mais pesquisas em
saúde. Havendo a necessidade de proteção e limites, minimizando os riscos de agressões às
pessoas com autonomia reduzida.


    8- VULNERABILIDADE
O adolescente é alguém naturalmente vulnerável. Isso implica necessariamente em uma
responsabilidade maior por parte dos adultos responsáveis. Porém, é difícil para os adultos
exercerem esta responsabilidade, porque o adolescente, também, naturalmente resiste aos
pais, responsáveis e autoridades em geral.


                               CONSULTA DO ADOLESCENTE

 1ª Etapa da Consulta – adolescente e família
       Antecedentes familiares;
       Antecedentes individuais;
       Interrogatório sobre os vários aparelhos;
       Alimentação;
       Sono/repouso;
       Educação;
       Lazer;
       Trabalho;
       Puberdade.

 2ª Etapa da Consulta
       O adolescente fica na sala de espera.
        O Hebiatra conversa com pai ou mãe ou responsável.

 3ª Etapa da Consulta – apenas o adolescente
       Garantir e reafirmar o sigilo profissional;
       O sigilo pode ser quebrado em situações especiais;
Em tempo hábil e oportuno:
               Sexualidade;
               Afeto;
               Drogas;
               Suicídio,
               Ambições.
 3ª Etapa da Consulta – exame físico
       Na presença de um acompanhante < 18 anos;
       Respeitar o pudor;
       Explicar o exame;
       Usar descrição e não fazer comentários durante o exame;
       Uso de roupões ao adolescente e luvas para profissionais diminuindo constrangimento
       ao contato com a pele;
       Prontuário com todos os dados.


Adolescentes –Particularidades

As meninas crescem dois anos mais cedo que os meninos;
Estirão da puberdade ( sexo F-11 e 12 anos) (sexo M – 13 e 14anos)
1ª manifestação puberdade:
      Menina- broto mamário- menino ( volume testicular) Ganho de 50% do peso ideal do
        adulto;
      Meninos (massa muscular) Meninas(ganho tecido adiposo)
      Crescimento começa membros inferiores
      Desaceleração – Meninas (15-16 anos)
      Meninos ( 17-18 anos)

Adolescente – Maturação Sexual
    Pubarca –Aparecimento de pelos pubianos;
    Espermarca- Idade da 1ª ejaculação;
    Telarca – Surgimento broto mamário (1ª Manifestação da puberdade)
    Gonadarca- O aumento do volume testicular(1ªManifestação da puberdade)
    Menarca –A primeira mesntruação(2 anos após telarca
    Ginecomastia 1/3 meninos

Ações Hormonais:Testosterona – crescimento do pênis/bolsa escrotal/pêlos axilares e faciais e
aparecimento de acne;cartilagens da laringe mudança timbre voz.
Ação androgênica – Ambos os sexos- pêlos/glândulas sebáceas/sudoríparas.
Saude adolescente

Contenu connexe

Tendances

Fundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagemFundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagemJardiel7
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaCarla Couto
 
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER Karen Lira
 
Consulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericulturaConsulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericulturaAmanda Thaysa
 
Crescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCrescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCamila Oliveira
 
Saúde do Adolescente
Saúde do AdolescenteSaúde do Adolescente
Saúde do Adolescenteyolandasergia
 
Hospitalização infantil
Hospitalização infantilHospitalização infantil
Hospitalização infantilWAGNER OLIVEIRA
 
0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas
0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas
0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticasbibliotecasaude
 
AULA 1 - Neonatologia aplicada a Enfermagem
AULA 1 - Neonatologia aplicada a EnfermagemAULA 1 - Neonatologia aplicada a Enfermagem
AULA 1 - Neonatologia aplicada a EnfermagemBeatriz Cordeiro
 
Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal
Enfermagem em UTI Pediátrica e NeonatalEnfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal
Enfermagem em UTI Pediátrica e NeonatalRegiane Ribeiro
 
Aidpi modulo 1
Aidpi modulo 1Aidpi modulo 1
Aidpi modulo 1pryloock
 

Tendances (20)

Paisc
PaiscPaisc
Paisc
 
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no período neo...
 
Puericultura
PuericulturaPuericultura
Puericultura
 
Fundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagemFundamentos de enfermagem
Fundamentos de enfermagem
 
Apresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletivaApresentação saude do idoso coletiva
Apresentação saude do idoso coletiva
 
Saúde da Mulher na APS
Saúde da Mulher na APSSaúde da Mulher na APS
Saúde da Mulher na APS
 
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
PAISM - PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER
 
Consulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericulturaConsulta de enfermagem na puericultura
Consulta de enfermagem na puericultura
 
Atenção à Saúde do Idoso
Atenção à Saúde do Idoso Atenção à Saúde do Idoso
Atenção à Saúde do Idoso
 
Crescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantilCrescimento e desenvolvimento infantil
Crescimento e desenvolvimento infantil
 
Saúde do Adolescente
Saúde do AdolescenteSaúde do Adolescente
Saúde do Adolescente
 
Hospitalização infantil
Hospitalização infantilHospitalização infantil
Hospitalização infantil
 
0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas
0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas
0762-L - PROSAD - Programa saúde do adolescente - Bases programáticas
 
AULA 1 - Neonatologia aplicada a Enfermagem
AULA 1 - Neonatologia aplicada a EnfermagemAULA 1 - Neonatologia aplicada a Enfermagem
AULA 1 - Neonatologia aplicada a Enfermagem
 
Doenças frequentes da infancia - pediatria
Doenças frequentes da infancia - pediatriaDoenças frequentes da infancia - pediatria
Doenças frequentes da infancia - pediatria
 
Doenças comuns em crianças.
Doenças comuns em crianças.Doenças comuns em crianças.
Doenças comuns em crianças.
 
Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal
Enfermagem em UTI Pediátrica e NeonatalEnfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal
Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal
 
Aidpi modulo 1
Aidpi modulo 1Aidpi modulo 1
Aidpi modulo 1
 
Saude da mulher
Saude da mulherSaude da mulher
Saude da mulher
 
Paism slider
Paism sliderPaism slider
Paism slider
 

Similaire à Saude adolescente

Violência Contra A Criança
Violência Contra A CriançaViolência Contra A Criança
Violência Contra A CriançaRenato Bach
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.pptRosaDEMatos
 
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder? Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder? Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.pptAlefyLima2
 
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adoleViol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adolejorge luiz dos santos de souza
 
Prevenção a Única Solução
Prevenção a Única SoluçãoPrevenção a Única Solução
Prevenção a Única SoluçãoCharlies Ponciano
 
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodosDireitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodosTharas On Line
 
Adriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexualAdriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexualana311982
 
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptxNathalialvares1
 
Adole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexualAdole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexualOnésimo Remígio
 
Sexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptx
Sexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptxSexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptx
Sexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptxPatriciaDaSilvaMunho
 
Apostila2012 140409201855-phpapp02
Apostila2012 140409201855-phpapp02Apostila2012 140409201855-phpapp02
Apostila2012 140409201855-phpapp02Flavia Oliveira
 
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da CriançaApostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da CriançaCândida Mirna
 

Similaire à Saude adolescente (20)

Violência Contra A Criança
Violência Contra A CriançaViolência Contra A Criança
Violência Contra A Criança
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.ppt
 
adolescencia (1).ppt
adolescencia (1).pptadolescencia (1).ppt
adolescencia (1).ppt
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.ppt
 
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder? Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
Violência e Saúde de Adolescentes e Jovens - Como o Pediatra dever proceder?
 
adolescencia.ppt
adolescencia.pptadolescencia.ppt
adolescencia.ppt
 
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adoleViol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
 
Plano de acao_turma_29_versao_final
Plano de acao_turma_29_versao_finalPlano de acao_turma_29_versao_final
Plano de acao_turma_29_versao_final
 
Prevenção a Única Solução
Prevenção a Única SoluçãoPrevenção a Única Solução
Prevenção a Única Solução
 
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodosDireitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos
Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos
 
Adriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexualAdriananunancom abuso sexual
Adriananunancom abuso sexual
 
Gravidez na adolescencia out 2004
Gravidez na adolescencia out 2004Gravidez na adolescencia out 2004
Gravidez na adolescencia out 2004
 
abuso sexxual
abuso sexxualabuso sexxual
abuso sexxual
 
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptx
 
Adole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexualAdole sc entes - prevenção à violência sexual
Adole sc entes - prevenção à violência sexual
 
Sexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptx
Sexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptxSexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptx
Sexualidade infantil_ como abordar o tema na escola.pptx
 
Apostila2012 140409201855-phpapp02
Apostila2012 140409201855-phpapp02Apostila2012 140409201855-phpapp02
Apostila2012 140409201855-phpapp02
 
Apostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da CriançaApostila Saúde da Criança
Apostila Saúde da Criança
 
Projeto da Prof: Eliane de Moraes
Projeto da Prof: Eliane de MoraesProjeto da Prof: Eliane de Moraes
Projeto da Prof: Eliane de Moraes
 
Texto sobre a saude
Texto sobre a saudeTexto sobre a saude
Texto sobre a saude
 

Plus de Rodrigo Abreu

Aula 3 pesquisas eletrônicas
Aula 3   pesquisas eletrônicasAula 3   pesquisas eletrônicas
Aula 3 pesquisas eletrônicasRodrigo Abreu
 
Aula 2 elaboração trabalhos científicos
Aula 2   elaboração trabalhos científicosAula 2   elaboração trabalhos científicos
Aula 2 elaboração trabalhos científicosRodrigo Abreu
 
Aula 1 elaboração de trabalhos científicos
Aula 1   elaboração de trabalhos científicosAula 1   elaboração de trabalhos científicos
Aula 1 elaboração de trabalhos científicosRodrigo Abreu
 
Aula 10 termoterapia e crioterapia
Aula 10  termoterapia e crioterapiaAula 10  termoterapia e crioterapia
Aula 10 termoterapia e crioterapiaRodrigo Abreu
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapiaRodrigo Abreu
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraquealRodrigo Abreu
 
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31Rodrigo Abreu
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentesRodrigo Abreu
 

Plus de Rodrigo Abreu (20)

Aula 3 pesquisas eletrônicas
Aula 3   pesquisas eletrônicasAula 3   pesquisas eletrônicas
Aula 3 pesquisas eletrônicas
 
Aula 2 elaboração trabalhos científicos
Aula 2   elaboração trabalhos científicosAula 2   elaboração trabalhos científicos
Aula 2 elaboração trabalhos científicos
 
Aula 1 elaboração de trabalhos científicos
Aula 1   elaboração de trabalhos científicosAula 1   elaboração de trabalhos científicos
Aula 1 elaboração de trabalhos científicos
 
Ciclo iii 04
Ciclo iii 04Ciclo iii 04
Ciclo iii 04
 
Ciclo iii 03
Ciclo iii 03Ciclo iii 03
Ciclo iii 03
 
Ciclo iii 02
Ciclo iii 02Ciclo iii 02
Ciclo iii 02
 
Ciclo iii 01
Ciclo iii 01Ciclo iii 01
Ciclo iii 01
 
Aula 10 termoterapia e crioterapia
Aula 10  termoterapia e crioterapiaAula 10  termoterapia e crioterapia
Aula 10 termoterapia e crioterapia
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapia
 
Aula 08 aspiração endotraqueal
Aula 08   aspiração endotraquealAula 08   aspiração endotraqueal
Aula 08 aspiração endotraqueal
 
Genero 08
Genero 08Genero 08
Genero 08
 
Genero 07
Genero 07Genero 07
Genero 07
 
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
Praticas integrativas complementares_plantas_medicinais_cab31
 
Genero 06
Genero 06Genero 06
Genero 06
 
Genero 05
Genero 05Genero 05
Genero 05
 
Saude mental
Saude mentalSaude mental
Saude mental
 
Ciclo i 03
Ciclo i 03Ciclo i 03
Ciclo i 03
 
Ciclo i 04
Ciclo i 04Ciclo i 04
Ciclo i 04
 
Doenças prevalentes
Doenças prevalentesDoenças prevalentes
Doenças prevalentes
 
Genero 04
Genero 04Genero 04
Genero 04
 

Saude adolescente

  • 1. Disciplina: Ciclo Vital II Professor: Rodrigo Abreu Aula 05 SAÚDE DO ADOLESCENTE A primeira obra de grande importância dedicada ao adolescente foi “Adolescência” de Stanley Hall (1904). As observações da antropologia relativas ao conceito de adolescência aparecem como um desafio às teorias de Freud, Hall e outros, que postulavam que “o perfil da conduta humana estava indelevelmente ligado à natureza”.  O primeiro programa das Américas voltado à medicina de adolescente havia surgido nos EUA, em 1961.  As primeiras propostas voltadas especificamente à saúde do adolescente no Brasil apareceram em São Paulo e no Rio de Janeiro no início de 1970.  O projeto de São Paulo surgiu em 1974 ligado ao Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP. 1- Adolescência e Família: Crises de identidade que os próprios pais passaram; Ferida narcísica – a competição da mãe com a filha e do pai com o filho; Medo da independência do filho reforçando os laços familiares; Reações de desagrado frente ao comportamento do filho; Insegurança e ansiedade dos pais frente a suas próprias vidas reforçando inseguranças e ansiedades nos adolescentes. 2- Problemas comuns da adolescência: Mortes por acidente de carro; Depressão; Uso de drogas; Suicídio e tentativa de suicídio; Fuga de casa; Delinquência juvenil; Anorexia nervosa e bulimia. 3- LEGISLAÇÃO AO ADOLESCENTE NO BRASIL  Constituição 1988 Artigo 227 – É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, saúde, alimentação, educação, ao lazer, à profissionalização, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e à convivência familiar e comunitária. Além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 4- PROGRAMA SAÚDE DO ADOLESCENTE(PROSAD) Foi criado por meio da Portaria do Ministério da Saúde nº 980/GM de 21/12/1989. O PROSAD se fundamenta, numa política de Promoção de Saúde, de identificação de grupos de risco, detecção precoce dos agravos, com tratamento adequado e reabilitação, respeitadas as
  • 2. diretrizes do Sistema Único de Saúde, garantidas pela Constituição Brasileira de 1988. Jovens de ambos os sexos de 10 a 19 anos de idade. 5- O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Representa um grande avanço da legislação brasileira iniciado com a promulgação da Constituição de 1988. O ECA dá cumprimento aos compromissos internacionais assumidos na Convenção Internacional dos Direitos da Criança das Nações Unidas e regulamenta o art. 227 da Constituição Federal de 1988. O ECA especifica a adequação da legislação infraconstitucional ao texto da Constituição Federal de 1988. O ECA formalizado pela Lei nº 8.069, de 13/07/1990, é uma lei ordinária federal que dispõe sobre a proteção integral à criança (pessoa até 12 anos incompletos) e ao adolescente (pessoa com idade compreendida entre 12 e 18 anos incompletos). 6- NOTIFICAÇÃO DAS VIOLÊNCIAS PORTARIA Nº 1968/GM EM 25 DE OUTUBRO DE 2001 . PUBLICADO NO DOU Nº 206 DE 26/10/01 Seção 1 Dispõe sobre a notificação, às autoridades competentes, de casos de suspeita ou de confirmação de maus-tratos contra crianças e adolescentes atendidos nas entidades do Sistema Único de Saúde. O Ministro de Estado da Saúde, com apoio Art. 87, inciso II, da Constituição Federal, considerando - o disposto no Capítulo I do Título II da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990; - os termos da Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violências, publicada pela Portaria GM/MS nº 737, de 16 de maio de 2001, no Diário Oficial da União de 18 de maio de 2001, resolve: Art. 1º Estabelecer que os responsáveis técnicos de todas as entidades de saúde integrantes ou participantes... Art. 2° Definir que a notificação de que trata o Artigo 1° deverá ser feita... Parágrafo único. O formulário objeto deste Artigo deverá ser preenchido em 02 (duas) vias, sendo a primeira encaminhada ao Conselho Tutelar ou Juizado de Menores e a segunda anexada à Ficha de Atendimento ou Prontuário do paciente atendido, para os encaminhamentos necessários ao serviço. Tráfego de Seres Humanos Trabalho Infantil Tortura Psicológica Negligente Sexual Financeiro/Econômico
  • 3. FICHA DE NOTIFICAÇÃO/ INVESTIGAÇÃO INDIVIDUAL VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E/OU OUTRAS VIOLÊNCIAS
  • 4. Objetivo Geral Contribuir para interromper o ciclo das violências. Objetivos Específicos Registrar dados por meio eletrônico; Gerar informações e indicadores; Apoiar o desenvolvimento de políticas que reduzam os riscos e danos associados a estes tipos de violência. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA “uma informação emitida pelo Setor Saúde, Educação, Assistência Social ou por qualquer outro órgão ou pessoa, para o Conselho Tutelar ou outro órgão, com a finalidade de promover cuidados voltados para a proteção da criança e do adolescente vítima de violência doméstica e de exploração sexual comercial, e para proteção da criança, adolescente ou adulto vítima de violência sexual”. 7- DESIGUALDADE SOCIAL A atual desigualdade social e a ausências de políticas consistentes e persistentes de atendimento a população infantil e jovens de baixa renda contribuem para que crianças e adolescentes vivam em situações de risco crônicas para um desenvolvimento saudável. Aumenta a vulnerabilidade dos adolescentes, deixando-os expostos a mais pesquisas em saúde. Havendo a necessidade de proteção e limites, minimizando os riscos de agressões às pessoas com autonomia reduzida. 8- VULNERABILIDADE O adolescente é alguém naturalmente vulnerável. Isso implica necessariamente em uma responsabilidade maior por parte dos adultos responsáveis. Porém, é difícil para os adultos exercerem esta responsabilidade, porque o adolescente, também, naturalmente resiste aos pais, responsáveis e autoridades em geral. CONSULTA DO ADOLESCENTE 1ª Etapa da Consulta – adolescente e família Antecedentes familiares; Antecedentes individuais; Interrogatório sobre os vários aparelhos; Alimentação; Sono/repouso; Educação; Lazer; Trabalho; Puberdade. 2ª Etapa da Consulta O adolescente fica na sala de espera. O Hebiatra conversa com pai ou mãe ou responsável. 3ª Etapa da Consulta – apenas o adolescente Garantir e reafirmar o sigilo profissional; O sigilo pode ser quebrado em situações especiais;
  • 5. Em tempo hábil e oportuno: Sexualidade; Afeto; Drogas; Suicídio, Ambições. 3ª Etapa da Consulta – exame físico Na presença de um acompanhante < 18 anos; Respeitar o pudor; Explicar o exame; Usar descrição e não fazer comentários durante o exame; Uso de roupões ao adolescente e luvas para profissionais diminuindo constrangimento ao contato com a pele; Prontuário com todos os dados. Adolescentes –Particularidades As meninas crescem dois anos mais cedo que os meninos; Estirão da puberdade ( sexo F-11 e 12 anos) (sexo M – 13 e 14anos) 1ª manifestação puberdade:  Menina- broto mamário- menino ( volume testicular) Ganho de 50% do peso ideal do adulto;  Meninos (massa muscular) Meninas(ganho tecido adiposo)  Crescimento começa membros inferiores  Desaceleração – Meninas (15-16 anos)  Meninos ( 17-18 anos) Adolescente – Maturação Sexual  Pubarca –Aparecimento de pelos pubianos;  Espermarca- Idade da 1ª ejaculação;  Telarca – Surgimento broto mamário (1ª Manifestação da puberdade)  Gonadarca- O aumento do volume testicular(1ªManifestação da puberdade)  Menarca –A primeira mesntruação(2 anos após telarca  Ginecomastia 1/3 meninos Ações Hormonais:Testosterona – crescimento do pênis/bolsa escrotal/pêlos axilares e faciais e aparecimento de acne;cartilagens da laringe mudança timbre voz. Ação androgênica – Ambos os sexos- pêlos/glândulas sebáceas/sudoríparas.