SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  9
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL

DISCIPLINA CONTEXTOS SOCIAIS E O HOMEM
Módulo II - Sociologia
Profa. Larissa Dall’Agnol da Silva

O MOVIMENTO SOCIAL DOS TRABALHADORES

GRUPO:
Andréa Gonçalves Brandão
Ernanda Oliveira Garcia
Hortência Garcia Fernandes
Jocarli Silveira Soares

PELOTAS
2013
Greve:
Greve é a cessação coletiva e
voluntária do trabalho realizada por
trabalhadores com o propósito de obter
benefícios, como aumento de salário,
melhoria de condições de trabalho ou
direitos trabalhistas, ou para evitar a
perda de benefícios. Por extensão, pode
referir-se à cessação coletiva e voluntária
de quaisquer atividades, remuneradas ou
não, para protestar contra algo (CLT,
1943).
Originalmente, as greves não eram
regulamentadas, eram resolvidas quando
vencia a parte mais forte. O trabalho
ficava paralisado até que ocorresse uma
das seguintes situações: ou os operários
retornavam ao trabalho nas mesmas ou
em piores condições, por temor ao
desemprego, ou o empresário atendia
total ou parcialmente as reivindicações
para que pudessem evitar maiores
prejuízos devidos à ociosidade.
A
greve
é
um
dispositivo
democrático assegurado pelo artigo 9º da
Constituição Federal Brasileira de 1988:
"Art. 9º É assegurado o direito de
greve, competindo aos trabalhadores
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo
e sobre os interesses que devam por
meio dele defender. § 1º A lei definirá os
serviços ou atividades essenciais e
disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os
responsáveis às penas da lei."
Outras leis regulamentam a greve
em setores de extrema importância social
como, saúde, educação, segurança
pública, entre outros.
Greve no Brasil:
Nas primeiras décadas do século
XX o Brasil aumentou suas exportações.
Em decorrência especialmente da
Primeira Grande Guerra Mundial, o país
passou a exportar grande parte dos
alimentos. A partir de 1915 a ocorrência
dessas
exportações
afetou
o
abastecimento interno de alimentos,
causando elevação dos preços da
pequena
quantidade
de
produtos
disponíveis no mercado. Embora o
salário subisse, o custo de vida
aumentava de forma desproporcional,
deixando os trabalhadores em más
condições para sustentar suas famílias e
fazendo
com
que
as
crianças
precisassem
trabalhar
para
complementar as rendas domésticas.
O movimento operário começou a
surgir ainda no final do século XIX, mas
foi com a industrialização provocada pela
Primeira Guerra Mundial em nosso país,
que ele rapidamente se transformou em
uma das principais forças políticas de sua
época.
O primeiro movimento grevista
sindical no Brasil paralisou a cidade de
São Paulo no ano de 1917. Nesta época,
as greves eram feitas nas fábricas
têxteis, nos bairros da Mooca e do
Ipiranga. Eram feitas as reivindicações
pelos líderes grevistas pelos melhores
salários e melhores condições de
trabalho e vida, além da exigirem a
supressão da contribuição "pró-pátria"
(campanha de apoio financeiro à Itália,
desenvolvida pela burguesia imigrante de
São Paulo, chegando até a fazer
descontos
dos
salários
dos
trabalhadores).
As manifestações de rua foram
duramente reprimidas pela polícia, e
também
com
a
repressão
das
autoridades políticas. Aproximadamente
por um mês, a cidade de São Paulo viveu
a agitação dos grevistas, que apesar de
mostrar uma considerável capacidade de
mobilização do operariado, não serviram
para sensibilizar o Estado.
Durante a República Velha (18891930) os governos oligárquicos tratavam
a questão social como "caso de
polícia",adotando medidas arbitrárias,
como espancamento e prisão das
lideranças grevistas e expulsão dos
estrangeiros do país.
Com a repressão, o movimento
grevista liderado pelo sindicalismo,se
estendeu até 1919.
No ano de 1922 foi fundado o PCB
(Partido Comunista do Brasil) pondo um
ponto final aos preconceitos anarquistas,
os sindicatos passaram a se organizar
melhor, mobilizando um grande numero
de trabalhadores pertencentes a um
mesmo ramo da economia industrial.
Se por um lado as greves não
alcançaram
seus
objetivos
mais
imediatos, certamente contribuíram para
promover debates no meio operário
sobre os rumos do movimento sindical.

São Paulo, 1917: A Primeira
grande greve brasileira
A Greve Geral de 1917 é o nome
pela qual ficou conhecida a paralisação
geral da indústria e do comércio do
Brasil, em Julho de 1917, como resultado
da
constituição
de
organizações
operárias
de
inspiração
anarcosindicalista aliada à imprensa
libertária. Esta mobilização operária foi
uma das mais abrangentes e longas da
história do Brasil. O movimento operário

mostrou
como
suas organizações
(Sindicatos e Federações) podiam lutar e
defender seus direitos de forma
descentralizada e livre, mas de forte
impacto na sociedade. Esta greve
mostrou não só a capacidade de
organização dos trabalhadores, mas
também que uma greve geral era
possível.
A questão é como este movimento
cresceu tão rápido e se fortaleceu tanto
apesar de uma industrialização recente e
incipiente.
A resposta pode
ser
encontrada no violento regime de
trabalho imposto aos operários na época,
comparável somente ao do início da
industrialização inglesa cem anos antes.
Além disso temos que nos lembrar que a
maioria dos operários eram imigrantes
italianos e espanhóis com um histórico de
organização política anterior. Eram estes,
na sua maior parte, anarquistas.
Essa greve marcou um dos
momentos em que a força do movimento
operário anarquista se demonstrou.
Nunca na história deste país uma greve
geral provocou um impacto tão grande.
Apesar
de
limitada
às
regiões
industrializadas, nos locais em que se
efetivou, teve um impressionante grau de
adesão por parte da sociedade. A
resposta do Estado, controlado pelas
elites, também foi impressionante. A
legislação culpava de crime a ação
anarquista. Estrangeiros envolvidos com
a ideologia eram extraditados. Brasileiros
eram presos e em ambos os casos eram
comumente humilhados em público.
Durante esse período a repressão
se tornou aberta. Censura à imprensa,
torturas, e assassinatos se tornaram
condutas frequentes do Estado aos
anarquistas. Ao final de seu governo o
movimento estava todo desorganizado.
As lideranças políticas comunistas - o
Partido Comunista Brasileiro havia sido
fundado ilegalmente em 1922 - passaram
a comandar o enfraquecido movimento
que, na década de 1930, foi praticamente
extinto
pela
ditadura
do Estado
Novo (1937-1945).
"São Paulo é uma cidade morta: sua
população está alarmada, os rostos denotam
apreensão e pânico, porque tudo está fechado,
sem o menor movimento. Pelas ruas, afora
alguns transeuntes apressados, só circulavam
veículos militares, requisitados pela Cia. Antártica
e demais indústrias, com tropas armadas de fuzis
e metralhadoras. Há ordem de atirar para quem
fique parado na rua. Nos bairros fabris do Brás,
Moóca, Barra Funda, Lapa, sucederam-se
tiroteios com grupos de populares; em certas ruas
já começaram fazer barricadas com pedras,
madeiras velhas, carroças viradas e a polícia não
se atreve a passar por lá, porque dos telhados e
cantos partem tiros certeiros. Os jornais saem
cheios de notícias sem comentários quase, mas o
que se sabe é sumamente grave, prenunciando
dramáticos
acontecimentos"
Dias,Everardo."História das Lutas Sociais no
Brasil".

O texto acima, descrito pelo
operário e historiador Everardo Dias,
caracteriza o cotidiano da cidade de São
Paulo em julho de 1917, marcada pela
greve geral que paralisou completamente
a capital paulista, explicitando o choque
entre
o
operariado
liderado
principalmente
pelo
movimento
anarquista - e o Estado oligárquico através de um forte aparato repressivo.
Se por um lado as greves não
alcançaram
seus
objetivos
mais
imediatos, certamente contribuíram para
promover debates no meio operário
sobre os rumos do movimento sindical.
Colocando em crise a ideologia
anarquista, as greves de 1917 foram
decisivas para o crescente avanço dos
ideais socialistas, e para formação do
Centro Comunista do Rio de Janeiro em

1921, que antecedeu a fundação do
Partido Comunista Brasileiro no ano
seguinte.
O Surgimento da CUT:
A Central Única dos Trabalhadores
(CUT) é uma organização sindical
brasileira de massas, em nível máximo,
de caráter classista, autônomo e
democrático, cujo compromisso é a
defesa dos interesses imediatos e
históricos da classe trabalhadora.
Foi fundada em 28 de agosto de
1983, na cidade de São Bernardo do
Campo, em São Paulo, durante o 1º
Congresso
Nacional
da
Classe
Trabalhadora
(CONCLAT).
Naquele
momento, mais de cinco mil homens e
mulheres, vindos de todas as regiões do
país, lotavam o galpão da extinta
companhia cinematográfica Vera Cruz e
imprimiam um capítulo importante da
história.
De 1964 a 1985 perdurava no Brasil
o regime militar, caracterizado pela falta
de democracia, supressão dos direitos
constitucionais, perseguição política,
repressão, censura e tortura. Porém, no
final da década de 1970 e meados dos
anos 1980 inicia-se no país um amplo
processo
de
reestruturação
da
sociedade. Este período registra, ao
mesmo tempo, o enfraquecimento da
ditadura e a reorganização de inúmeros
setores da sociedade civil, que voltam
aos poucos a se expressar e a se
manifestar publicamente, dando início ao
processo de redemocratização.
Neste
cenário
de
profundas
transformações políticas, econômicas e
culturais, protagonizadas essencialmente
pelos movimentos sociais, surge o
chamado “novo sindicalismo”, a partir da
retomada do processo de mobilização da
classe
trabalhadora.
Estas
lutas,
lideradas
pelas
direções
sindicais
contrárias
ao
sindicalismo
oficial

corporativo, há muito estagnado, deram
origem
à
Central
Única
dos
Trabalhadores, resultado da luta de
décadas
de
trabalhadores
e
trabalhadoras do campo e da cidade pela
criação de uma entidade única que os
representasse.
O nascimento da CUT como
organização sindical brasileira representa
mais do que um instrumento de luta e de
representação
real
da
classe
trabalhadora, um desafio de dar um
caráter
permanente
à
presença
organizada
de
trabalhadores
e
trabalhadoras na política nacional.
Presente em todos os ramos de
atividade econômica do país, a CUT se
consolida como a maior central sindical
do Brasil, da América Latina e a 5ª maior
do mundo, com 3. 806 entidades filiadas,
7.847.077 trabalhadoras e trabalhadores
associados e 23.981.044 trabalhadoras e
trabalhadores na base.

As Greves Atuais:
A
greve
é
uma
garantia
constitucional do servidor público civil,
devendo ser exercida em sua plenitude,
sem punições ou restrições quando
exercida dentro da legalidade, sendo
necessário que haja coerência e boa-fé
nas negociações, preservando sempre o
princípio da dignidade da pessoa humana
em
relação
aos
vencimentos
e
respectivos aumentos remuneratórios, de
forma a capacitar o servidor a sustentar
sua família, e ter boas condições de
saúde,
educação
e
lazer,
acompanhando-se
a
inflação
e,
consequentemente, viabilizando sua
participação ativa no mercado de
consumo, levando-se em conta ainda a
enorme carga tributária brasileira que
consome, e muito, os rendimentos de
qualquer cidadão.
Oportuno registrar que muitas das
pessoas que hoje abominam a greve não
se recordam que as garantias jurídicas
de natureza social que possuem
aposentadoria, auxílio-doença, licenças,
férias, limitação da jornada de trabalho
etc., além de direitos políticos como o
voto e a representação democrática das
instituições
públicas
advieram
da
organização e da reivindicação dos
movimentos operários.
“Sou professora do município de Pelotas há
quase 10 anos, e desde que entrei na rede, a
classe luta por plano de carreira, melhores
salários,
aumento
do
vale
alimentação,
valorização profissional da categoria, enfim são
muitas as reivindicações por qual lutamos. O
Sindicato que nos representa é o SIMP (Sindicato
dos Municipários de Pelotas).São diversas as
manifestações sociais por quais já passei,
assembleias, passeadas, panfletagem, apitasso,
acampamento na câmara de vereadores, greves,
(e o resultado de algumas greves foi o corte do
ponto e ameaças), marchas, reuniões. A luta é
constante, todo início de ano é a mesma coisa,
mas o tempo vai passando e parece que a
energia e vontade de lutar vai acabando, pois os
resultados não são visíveis, parece que vamos
cansando de tentar mudar, ficamos esmorecidos
com tamanho descaso com a educação e com a
política má administrada que presenciamos aos
nossos olhos.” Relato de uma professora sobre
as greves e seus contextos. Sindicato dos
Municipários de Pelotas/RS. 2013.

Greve causa sérios transtornos à
população, falta de segurança, aulas
suspensas,
serviços
básicos
comprometidos, gera desconforto em
governantes e patrões, cria um ambiente
de caos total e insustentável, a imprensa
cobre o evento muitas vezes vorazmente,
os oponentes trocam farpas, terceiros
ajudam a acirrar os ânimos já exaltados
com o intuito de lucro e o povo, assiste
tudo de camarote.

A maioria das greves está
relacionada com o setor público por
razões simples. No setor privado muitos
temem represarias evitando bater de
frente com o patrão, sem contar que uma
greve no setor privado é algo péssimo
para a empresa que para de produzir, o
patrão é o prejudicado, sem produção
não há lucro, mas é ele quem negocia o
fim da greve. No setor público é diferente,
o prejudicado com a greve é o povo e ele
pouco pode fazer na negociação, pois
quem decide são os governantes, eles
não sofrem as consequencias, possuem
segurança particular, plano de saúde de
boa qualidade, seus filhos estudam em
escola particular entre outros.
Não se pode negar jamais como a
greve é benéfica aos trabalhadores,
direito constitucional que deve ser usado
com coerência, uma das poucas formas
de se reivindicar direitos e serem ouvidos
pela sociedade que até então fecha os
olhos e ouvidos aos seus lamentos até
chegar o ponto extremo, onde a única
forma é cruzar os braços, com a cara e a
coragem lutar pelos seus escassos
direitos.
Referências Bibliográficas:
Biblioteca Pública Pelotense. Acervo de
fotos e jornais, 2013.
http://www.projetomemoria.art.br/RuiBarb
osa/glossario/a/greve-1917.htm - Página
"Projeto Memória" - Greve de 1917.
http://www.historiabrasileira.com/brasilrepublica/greve-geral-de-1917/ - Página
"História Brasileira" - Greve geral de
1917.
http://www.libertaria.pro.br/brasil/capitulo
15_index.htm - Página "Libertária" - A
Crise das Oligarquias.
http://www.cut.org.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decre
to-lei/del5452.htm
Santiago, E. Greve Geral de 1917.
InfoEscola, 2013.

Contenu connexe

Tendances

O movimento operário brasileiro
O movimento operário brasileiroO movimento operário brasileiro
O movimento operário brasileiroEdenilson Morais
 
A organização dos trabalhadores na inglaterra século xix
A organização dos trabalhadores na inglaterra século xixA organização dos trabalhadores na inglaterra século xix
A organização dos trabalhadores na inglaterra século xixmarcelo lima
 
As lutas dos trabalhadores no brasil
As lutas dos trabalhadores no brasilAs lutas dos trabalhadores no brasil
As lutas dos trabalhadores no brasilMarcia Santiago
 
Movimento operário do século XIX
Movimento operário do século XIXMovimento operário do século XIX
Movimento operário do século XIXEdvaldo S. Júnior
 
Movimento operário e as ideias socialistas
Movimento operário e as ideias socialistasMovimento operário e as ideias socialistas
Movimento operário e as ideias socialistasEdilene Ruth Pereira
 
Resistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasil
Resistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasilResistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasil
Resistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasilprofdu
 
A história do sindicalismo no brasil
A história do sindicalismo no brasilA história do sindicalismo no brasil
A história do sindicalismo no brasilVinícius Soares
 
Trabalho final -RP - Sindicalismo
Trabalho final -RP - SindicalismoTrabalho final -RP - Sindicalismo
Trabalho final -RP - SindicalismoSamara Brochado
 
Surgimento dos Sindicatos na Revolução Industrial
Surgimento dos Sindicatos na Revolução IndustrialSurgimento dos Sindicatos na Revolução Industrial
Surgimento dos Sindicatos na Revolução IndustrialJeferson Romão
 
SemináRio De Sociologia
SemináRio De SociologiaSemináRio De Sociologia
SemináRio De Sociologiaguest87d07e
 
Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)
Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)
Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)Wilton Moretto
 
Séc xix o mundo em transformação - socialismo - liberalismo
Séc xix   o mundo em transformação - socialismo - liberalismoSéc xix   o mundo em transformação - socialismo - liberalismo
Séc xix o mundo em transformação - socialismo - liberalismoDouglas Barraqui
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoPré Master
 
Movimento Operário e Doutrinas Sociais
Movimento Operário e Doutrinas SociaisMovimento Operário e Doutrinas Sociais
Movimento Operário e Doutrinas Sociaiseiprofessor
 
Movimentos sociais e politicos da europa no século
Movimentos sociais e politicos da europa no séculoMovimentos sociais e politicos da europa no século
Movimentos sociais e politicos da europa no séculoVagner Roberto
 

Tendances (20)

Tcc
TccTcc
Tcc
 
O movimento operário brasileiro
O movimento operário brasileiroO movimento operário brasileiro
O movimento operário brasileiro
 
A organização dos trabalhadores na inglaterra século xix
A organização dos trabalhadores na inglaterra século xixA organização dos trabalhadores na inglaterra século xix
A organização dos trabalhadores na inglaterra século xix
 
As lutas dos trabalhadores no brasil
As lutas dos trabalhadores no brasilAs lutas dos trabalhadores no brasil
As lutas dos trabalhadores no brasil
 
Movimento operário do século XIX
Movimento operário do século XIXMovimento operário do século XIX
Movimento operário do século XIX
 
Movimento operário e as ideias socialistas
Movimento operário e as ideias socialistasMovimento operário e as ideias socialistas
Movimento operário e as ideias socialistas
 
Resistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasil
Resistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasilResistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasil
Resistência dos trabalhadores a exploração e opressão no brasil
 
A história do sindicalismo no brasil
A história do sindicalismo no brasilA história do sindicalismo no brasil
A história do sindicalismo no brasil
 
Trabalho final -RP - Sindicalismo
Trabalho final -RP - SindicalismoTrabalho final -RP - Sindicalismo
Trabalho final -RP - Sindicalismo
 
Fundamentos do sindicalismo 1858 1930
Fundamentos do sindicalismo 1858 1930Fundamentos do sindicalismo 1858 1930
Fundamentos do sindicalismo 1858 1930
 
Surgimento dos Sindicatos na Revolução Industrial
Surgimento dos Sindicatos na Revolução IndustrialSurgimento dos Sindicatos na Revolução Industrial
Surgimento dos Sindicatos na Revolução Industrial
 
SemináRio De Sociologia
SemináRio De SociologiaSemináRio De Sociologia
SemináRio De Sociologia
 
A sociedade industrial_e_urbana,_ppt[1]
A sociedade industrial_e_urbana,_ppt[1]A sociedade industrial_e_urbana,_ppt[1]
A sociedade industrial_e_urbana,_ppt[1]
 
Socialismo
SocialismoSocialismo
Socialismo
 
Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)
Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)
Trabalhador urbano durante a república (capítulo 16)
 
Séc xix o mundo em transformação - socialismo - liberalismo
Séc xix   o mundo em transformação - socialismo - liberalismoSéc xix   o mundo em transformação - socialismo - liberalismo
Séc xix o mundo em transformação - socialismo - liberalismo
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismo
 
Socialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismoSocialismos e anarquismo
Socialismos e anarquismo
 
Movimento Operário e Doutrinas Sociais
Movimento Operário e Doutrinas SociaisMovimento Operário e Doutrinas Sociais
Movimento Operário e Doutrinas Sociais
 
Movimentos sociais e politicos da europa no século
Movimentos sociais e politicos da europa no séculoMovimentos sociais e politicos da europa no século
Movimentos sociais e politicos da europa no século
 

En vedette

Movimento operário
Movimento operárioMovimento operário
Movimento operárioMaria Gomes
 
Trabalhador demitido por incitar greve será indenizado
Trabalhador demitido por incitar greve será indenizadoTrabalhador demitido por incitar greve será indenizado
Trabalhador demitido por incitar greve será indenizadoallaymer
 
Greve um direito antipatico-francisco_gerson
Greve um direito antipatico-francisco_gersonGreve um direito antipatico-francisco_gerson
Greve um direito antipatico-francisco_gersonDaniel Reis Duarte Pousa
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisJoemille Leal
 
Trabalho formal e informal Sociologia
Trabalho formal e informal  SociologiaTrabalho formal e informal  Sociologia
Trabalho formal e informal SociologiaUiles Martins
 
História dos Direitos Civis
História dos Direitos Civis História dos Direitos Civis
História dos Direitos Civis Doug Caesar
 
Aula 1 O trabalho informal no Brasil - 2º Sociologia
Aula 1   O trabalho informal no Brasil - 2º SociologiaAula 1   O trabalho informal no Brasil - 2º Sociologia
Aula 1 O trabalho informal no Brasil - 2º SociologiaProf. Noe Assunção
 
Surgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasilSurgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasilCarla Moraes
 
Terceirização
TerceirizaçãoTerceirização
Terceirizaçãofsma
 
Pierre Bourdieu - O Poder Simbólico
Pierre Bourdieu - O Poder SimbólicoPierre Bourdieu - O Poder Simbólico
Pierre Bourdieu - O Poder SimbólicoZeca B.
 
Pierre bourdieu – uma introdução
Pierre bourdieu – uma introduçãoPierre bourdieu – uma introdução
Pierre bourdieu – uma introduçãoMarcio Neske
 
Crise da República Velha - Os anos 20
Crise da República Velha - Os anos 20Crise da República Velha - Os anos 20
Crise da República Velha - Os anos 20Valéria Shoujofan
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Jorge Marcos Oliveira
 

En vedette (19)

Movimento operário
Movimento operárioMovimento operário
Movimento operário
 
Trabalhador demitido por incitar greve será indenizado
Trabalhador demitido por incitar greve será indenizadoTrabalhador demitido por incitar greve será indenizado
Trabalhador demitido por incitar greve será indenizado
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Greve
GreveGreve
Greve
 
Greve um direito antipatico-francisco_gerson
Greve um direito antipatico-francisco_gersonGreve um direito antipatico-francisco_gerson
Greve um direito antipatico-francisco_gerson
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
 
Trabalho formal e informal Sociologia
Trabalho formal e informal  SociologiaTrabalho formal e informal  Sociologia
Trabalho formal e informal Sociologia
 
História dos Direitos Civis
História dos Direitos Civis História dos Direitos Civis
História dos Direitos Civis
 
Aula 1 O trabalho informal no Brasil - 2º Sociologia
Aula 1   O trabalho informal no Brasil - 2º SociologiaAula 1   O trabalho informal no Brasil - 2º Sociologia
Aula 1 O trabalho informal no Brasil - 2º Sociologia
 
Surgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasilSurgimento das leis trabalhistas no brasil
Surgimento das leis trabalhistas no brasil
 
Terceirização
TerceirizaçãoTerceirização
Terceirização
 
Pierre Bourdieu - O Poder Simbólico
Pierre Bourdieu - O Poder SimbólicoPierre Bourdieu - O Poder Simbólico
Pierre Bourdieu - O Poder Simbólico
 
República Oligárquica
República OligárquicaRepública Oligárquica
República Oligárquica
 
Pierre bourdieu
Pierre bourdieuPierre bourdieu
Pierre bourdieu
 
A Revolta da Chibata
A Revolta da ChibataA Revolta da Chibata
A Revolta da Chibata
 
Pierre bourdieu – uma introdução
Pierre bourdieu – uma introduçãoPierre bourdieu – uma introdução
Pierre bourdieu – uma introdução
 
Crise da República Velha - Os anos 20
Crise da República Velha - Os anos 20Crise da República Velha - Os anos 20
Crise da República Velha - Os anos 20
 
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
Movimentos sociais na república velha (1889 1930)
 
Projeto gelo
Projeto geloProjeto gelo
Projeto gelo
 

Similaire à A Primeira Greve Geral do Brasil em 1917

Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016
Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016
Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016Vinícius Soares
 
Sugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º Núcleo
Sugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º NúcleoSugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º Núcleo
Sugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º NúcleoVinícius Soares
 
Relações sindicais e trabalhistas formatação
 Relações sindicais e trabalhistas formatação  Relações sindicais e trabalhistas formatação
Relações sindicais e trabalhistas formatação Janaína Dos Anjos
 
Ligas camponesas
Ligas camponesasLigas camponesas
Ligas camponesasEvelin T.
 
Roteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo Dilma
Roteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo DilmaRoteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo Dilma
Roteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo Dilmajosafaslima
 
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do TomaziSlide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do Tomazipascoalnaib
 
Sociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no Brasil
Sociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no BrasilSociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no Brasil
Sociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no BrasilMiro Santos
 
Movimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdf
Movimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdfMovimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdf
Movimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdfRebecaLima77
 
O Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusão
O Declínio Das Oligarquias (1914 30) ConclusãoO Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusão
O Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusãodayanbotelho2
 
Slide sobre ditadura
Slide sobre ditaduraSlide sobre ditadura
Slide sobre ditaduraMaria Eduarda
 
41 brasil-modernizacaoe conflito
41 brasil-modernizacaoe conflito41 brasil-modernizacaoe conflito
41 brasil-modernizacaoe conflitoAlunos Alunos
 
Brasil-modernizacaoe conflito
Brasil-modernizacaoe conflitoBrasil-modernizacaoe conflito
Brasil-modernizacaoe conflitoAlunos Alunos
 
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptxTaylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptxHitaloSantos7
 

Similaire à A Primeira Greve Geral do Brasil em 1917 (20)

Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016
Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016
Sugestões para aula cidadã do dia 29 de fevereiro de 2016
 
Sugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º Núcleo
Sugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º NúcleoSugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º Núcleo
Sugestões para aula cidadã - CPERS Sindicato - 31º Núcleo
 
Relações sindicais e trabalhistas formatação
 Relações sindicais e trabalhistas formatação  Relações sindicais e trabalhistas formatação
Relações sindicais e trabalhistas formatação
 
ABC PAULISTA
ABC PAULISTAABC PAULISTA
ABC PAULISTA
 
Ligas camponesas
Ligas camponesasLigas camponesas
Ligas camponesas
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Roteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo Dilma
Roteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo DilmaRoteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo Dilma
Roteiro de Aula - Da Era Vargas ao Governo Dilma
 
era_vargas.pdf
era_vargas.pdfera_vargas.pdf
era_vargas.pdf
 
Capítulo 6 - A Era Vargas
Capítulo 6 - A Era VargasCapítulo 6 - A Era Vargas
Capítulo 6 - A Era Vargas
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Movimentos sociais
Movimentos sociaisMovimentos sociais
Movimentos sociais
 
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do TomaziSlide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 17 do Tomazi
 
Sociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no Brasil
Sociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no BrasilSociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no Brasil
Sociologia Capítulo 17-os movimentos sociais no Brasil
 
Movimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdf
Movimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdfMovimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdf
Movimentos-sociais, como acontecem na sociedade-2.pdf
 
O Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusão
O Declínio Das Oligarquias (1914 30) ConclusãoO Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusão
O Declínio Das Oligarquias (1914 30) Conclusão
 
Slide sobre ditadura
Slide sobre ditaduraSlide sobre ditadura
Slide sobre ditadura
 
41 brasil-modernizacaoe conflito
41 brasil-modernizacaoe conflito41 brasil-modernizacaoe conflito
41 brasil-modernizacaoe conflito
 
Brasil-modernizacaoe conflito
Brasil-modernizacaoe conflitoBrasil-modernizacaoe conflito
Brasil-modernizacaoe conflito
 
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptxTaylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
Taylorismo e Fordismo _ Movimento operário brasileiro.pptx
 
A era vargas
A era vargasA era vargas
A era vargas
 

Dernier

Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 

Dernier (20)

Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 

A Primeira Greve Geral do Brasil em 1917

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE MEDICINA CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL DISCIPLINA CONTEXTOS SOCIAIS E O HOMEM Módulo II - Sociologia Profa. Larissa Dall’Agnol da Silva O MOVIMENTO SOCIAL DOS TRABALHADORES GRUPO: Andréa Gonçalves Brandão Ernanda Oliveira Garcia Hortência Garcia Fernandes Jocarli Silveira Soares PELOTAS 2013
  • 2.
  • 3. Greve: Greve é a cessação coletiva e voluntária do trabalho realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Por extensão, pode referir-se à cessação coletiva e voluntária de quaisquer atividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo (CLT, 1943). Originalmente, as greves não eram regulamentadas, eram resolvidas quando vencia a parte mais forte. O trabalho ficava paralisado até que ocorresse uma das seguintes situações: ou os operários retornavam ao trabalho nas mesmas ou em piores condições, por temor ao desemprego, ou o empresário atendia total ou parcialmente as reivindicações para que pudessem evitar maiores prejuízos devidos à ociosidade. A greve é um dispositivo democrático assegurado pelo artigo 9º da Constituição Federal Brasileira de 1988: "Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei." Outras leis regulamentam a greve em setores de extrema importância social como, saúde, educação, segurança pública, entre outros.
  • 4. Greve no Brasil: Nas primeiras décadas do século XX o Brasil aumentou suas exportações. Em decorrência especialmente da Primeira Grande Guerra Mundial, o país passou a exportar grande parte dos alimentos. A partir de 1915 a ocorrência dessas exportações afetou o abastecimento interno de alimentos, causando elevação dos preços da pequena quantidade de produtos disponíveis no mercado. Embora o salário subisse, o custo de vida aumentava de forma desproporcional, deixando os trabalhadores em más condições para sustentar suas famílias e fazendo com que as crianças precisassem trabalhar para complementar as rendas domésticas. O movimento operário começou a surgir ainda no final do século XIX, mas foi com a industrialização provocada pela Primeira Guerra Mundial em nosso país, que ele rapidamente se transformou em uma das principais forças políticas de sua época. O primeiro movimento grevista sindical no Brasil paralisou a cidade de São Paulo no ano de 1917. Nesta época, as greves eram feitas nas fábricas têxteis, nos bairros da Mooca e do Ipiranga. Eram feitas as reivindicações pelos líderes grevistas pelos melhores salários e melhores condições de trabalho e vida, além da exigirem a supressão da contribuição "pró-pátria" (campanha de apoio financeiro à Itália, desenvolvida pela burguesia imigrante de São Paulo, chegando até a fazer descontos dos salários dos trabalhadores). As manifestações de rua foram duramente reprimidas pela polícia, e
  • 5. também com a repressão das autoridades políticas. Aproximadamente por um mês, a cidade de São Paulo viveu a agitação dos grevistas, que apesar de mostrar uma considerável capacidade de mobilização do operariado, não serviram para sensibilizar o Estado. Durante a República Velha (18891930) os governos oligárquicos tratavam a questão social como "caso de polícia",adotando medidas arbitrárias, como espancamento e prisão das lideranças grevistas e expulsão dos estrangeiros do país. Com a repressão, o movimento grevista liderado pelo sindicalismo,se estendeu até 1919. No ano de 1922 foi fundado o PCB (Partido Comunista do Brasil) pondo um ponto final aos preconceitos anarquistas, os sindicatos passaram a se organizar melhor, mobilizando um grande numero de trabalhadores pertencentes a um mesmo ramo da economia industrial. Se por um lado as greves não alcançaram seus objetivos mais imediatos, certamente contribuíram para promover debates no meio operário sobre os rumos do movimento sindical. São Paulo, 1917: A Primeira grande greve brasileira A Greve Geral de 1917 é o nome pela qual ficou conhecida a paralisação geral da indústria e do comércio do Brasil, em Julho de 1917, como resultado da constituição de organizações operárias de inspiração anarcosindicalista aliada à imprensa libertária. Esta mobilização operária foi uma das mais abrangentes e longas da história do Brasil. O movimento operário mostrou como suas organizações (Sindicatos e Federações) podiam lutar e defender seus direitos de forma descentralizada e livre, mas de forte impacto na sociedade. Esta greve mostrou não só a capacidade de organização dos trabalhadores, mas também que uma greve geral era possível. A questão é como este movimento cresceu tão rápido e se fortaleceu tanto apesar de uma industrialização recente e incipiente. A resposta pode ser encontrada no violento regime de trabalho imposto aos operários na época, comparável somente ao do início da industrialização inglesa cem anos antes. Além disso temos que nos lembrar que a maioria dos operários eram imigrantes italianos e espanhóis com um histórico de organização política anterior. Eram estes, na sua maior parte, anarquistas. Essa greve marcou um dos momentos em que a força do movimento operário anarquista se demonstrou. Nunca na história deste país uma greve geral provocou um impacto tão grande. Apesar de limitada às regiões industrializadas, nos locais em que se efetivou, teve um impressionante grau de adesão por parte da sociedade. A resposta do Estado, controlado pelas elites, também foi impressionante. A legislação culpava de crime a ação anarquista. Estrangeiros envolvidos com a ideologia eram extraditados. Brasileiros eram presos e em ambos os casos eram comumente humilhados em público. Durante esse período a repressão se tornou aberta. Censura à imprensa, torturas, e assassinatos se tornaram condutas frequentes do Estado aos anarquistas. Ao final de seu governo o movimento estava todo desorganizado.
  • 6. As lideranças políticas comunistas - o Partido Comunista Brasileiro havia sido fundado ilegalmente em 1922 - passaram a comandar o enfraquecido movimento que, na década de 1930, foi praticamente extinto pela ditadura do Estado Novo (1937-1945). "São Paulo é uma cidade morta: sua população está alarmada, os rostos denotam apreensão e pânico, porque tudo está fechado, sem o menor movimento. Pelas ruas, afora alguns transeuntes apressados, só circulavam veículos militares, requisitados pela Cia. Antártica e demais indústrias, com tropas armadas de fuzis e metralhadoras. Há ordem de atirar para quem fique parado na rua. Nos bairros fabris do Brás, Moóca, Barra Funda, Lapa, sucederam-se tiroteios com grupos de populares; em certas ruas já começaram fazer barricadas com pedras, madeiras velhas, carroças viradas e a polícia não se atreve a passar por lá, porque dos telhados e cantos partem tiros certeiros. Os jornais saem cheios de notícias sem comentários quase, mas o que se sabe é sumamente grave, prenunciando dramáticos acontecimentos" Dias,Everardo."História das Lutas Sociais no Brasil". O texto acima, descrito pelo operário e historiador Everardo Dias, caracteriza o cotidiano da cidade de São Paulo em julho de 1917, marcada pela greve geral que paralisou completamente a capital paulista, explicitando o choque entre o operariado liderado principalmente pelo movimento anarquista - e o Estado oligárquico através de um forte aparato repressivo. Se por um lado as greves não alcançaram seus objetivos mais imediatos, certamente contribuíram para promover debates no meio operário sobre os rumos do movimento sindical. Colocando em crise a ideologia anarquista, as greves de 1917 foram decisivas para o crescente avanço dos ideais socialistas, e para formação do Centro Comunista do Rio de Janeiro em 1921, que antecedeu a fundação do Partido Comunista Brasileiro no ano seguinte.
  • 7. O Surgimento da CUT: A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma organização sindical brasileira de massas, em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora. Foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Naquele momento, mais de cinco mil homens e mulheres, vindos de todas as regiões do país, lotavam o galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz e imprimiam um capítulo importante da história. De 1964 a 1985 perdurava no Brasil o regime militar, caracterizado pela falta de democracia, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política, repressão, censura e tortura. Porém, no final da década de 1970 e meados dos anos 1980 inicia-se no país um amplo processo de reestruturação da sociedade. Este período registra, ao mesmo tempo, o enfraquecimento da ditadura e a reorganização de inúmeros setores da sociedade civil, que voltam aos poucos a se expressar e a se manifestar publicamente, dando início ao processo de redemocratização. Neste cenário de profundas transformações políticas, econômicas e culturais, protagonizadas essencialmente pelos movimentos sociais, surge o chamado “novo sindicalismo”, a partir da retomada do processo de mobilização da classe trabalhadora. Estas lutas, lideradas pelas direções sindicais contrárias ao sindicalismo oficial corporativo, há muito estagnado, deram origem à Central Única dos Trabalhadores, resultado da luta de décadas de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade pela criação de uma entidade única que os representasse. O nascimento da CUT como organização sindical brasileira representa mais do que um instrumento de luta e de representação real da classe trabalhadora, um desafio de dar um caráter permanente à presença organizada de trabalhadores e trabalhadoras na política nacional. Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3. 806 entidades filiadas, 7.847.077 trabalhadoras e trabalhadores associados e 23.981.044 trabalhadoras e trabalhadores na base. As Greves Atuais: A greve é uma garantia constitucional do servidor público civil, devendo ser exercida em sua plenitude, sem punições ou restrições quando exercida dentro da legalidade, sendo necessário que haja coerência e boa-fé nas negociações, preservando sempre o princípio da dignidade da pessoa humana em relação aos vencimentos e respectivos aumentos remuneratórios, de forma a capacitar o servidor a sustentar sua família, e ter boas condições de saúde, educação e lazer, acompanhando-se a inflação e, consequentemente, viabilizando sua participação ativa no mercado de consumo, levando-se em conta ainda a enorme carga tributária brasileira que
  • 8. consome, e muito, os rendimentos de qualquer cidadão. Oportuno registrar que muitas das pessoas que hoje abominam a greve não se recordam que as garantias jurídicas de natureza social que possuem aposentadoria, auxílio-doença, licenças, férias, limitação da jornada de trabalho etc., além de direitos políticos como o voto e a representação democrática das instituições públicas advieram da organização e da reivindicação dos movimentos operários. “Sou professora do município de Pelotas há quase 10 anos, e desde que entrei na rede, a classe luta por plano de carreira, melhores salários, aumento do vale alimentação, valorização profissional da categoria, enfim são muitas as reivindicações por qual lutamos. O Sindicato que nos representa é o SIMP (Sindicato dos Municipários de Pelotas).São diversas as manifestações sociais por quais já passei, assembleias, passeadas, panfletagem, apitasso, acampamento na câmara de vereadores, greves, (e o resultado de algumas greves foi o corte do ponto e ameaças), marchas, reuniões. A luta é constante, todo início de ano é a mesma coisa, mas o tempo vai passando e parece que a energia e vontade de lutar vai acabando, pois os resultados não são visíveis, parece que vamos cansando de tentar mudar, ficamos esmorecidos com tamanho descaso com a educação e com a política má administrada que presenciamos aos nossos olhos.” Relato de uma professora sobre as greves e seus contextos. Sindicato dos Municipários de Pelotas/RS. 2013. Greve causa sérios transtornos à população, falta de segurança, aulas suspensas, serviços básicos comprometidos, gera desconforto em governantes e patrões, cria um ambiente de caos total e insustentável, a imprensa cobre o evento muitas vezes vorazmente, os oponentes trocam farpas, terceiros ajudam a acirrar os ânimos já exaltados com o intuito de lucro e o povo, assiste tudo de camarote. A maioria das greves está relacionada com o setor público por razões simples. No setor privado muitos temem represarias evitando bater de frente com o patrão, sem contar que uma greve no setor privado é algo péssimo para a empresa que para de produzir, o patrão é o prejudicado, sem produção não há lucro, mas é ele quem negocia o fim da greve. No setor público é diferente, o prejudicado com a greve é o povo e ele pouco pode fazer na negociação, pois quem decide são os governantes, eles não sofrem as consequencias, possuem segurança particular, plano de saúde de boa qualidade, seus filhos estudam em escola particular entre outros. Não se pode negar jamais como a greve é benéfica aos trabalhadores, direito constitucional que deve ser usado com coerência, uma das poucas formas de se reivindicar direitos e serem ouvidos pela sociedade que até então fecha os olhos e ouvidos aos seus lamentos até chegar o ponto extremo, onde a única forma é cruzar os braços, com a cara e a coragem lutar pelos seus escassos direitos.
  • 9. Referências Bibliográficas: Biblioteca Pública Pelotense. Acervo de fotos e jornais, 2013. http://www.projetomemoria.art.br/RuiBarb osa/glossario/a/greve-1917.htm - Página "Projeto Memória" - Greve de 1917. http://www.historiabrasileira.com/brasilrepublica/greve-geral-de-1917/ - Página "História Brasileira" - Greve geral de 1917. http://www.libertaria.pro.br/brasil/capitulo 15_index.htm - Página "Libertária" - A Crise das Oligarquias. http://www.cut.org.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decre to-lei/del5452.htm Santiago, E. Greve Geral de 1917. InfoEscola, 2013.