SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  7
Télécharger pour lire hors ligne
Cultivando o Saber                                                                                  179

     Avaliação da produtividade da soja utilizando-se diferentes culturas de inverno na
                                 região oeste do Paraná

       Leandro Zatta1, Marlon Luciel Frey, João Paulo Primo e Clair Aparecida Viecelli1
 1
  Faculdade Assis Gurgacz – FAG, Curso de Agronomia. Avenida das Torres n. 500, CEP: 85.806-095, Bairro
                                       Santa Cruz, Cascavel, PR.

                              leandro_zatta@hotmail.com e clair@fag.edu.br

Resumo: A soja (Glycine max) é uma planta da família Fabaceae, sendo a planta de maior
produção mundial de grãos. O Brasil é o segundo maior produtor desse grão, porém algumas
formas de manejo estão degradando os solos, prejudicando essa produtividade, com o caso da
sucessão de culturas. Este experimento objetiva avaliar a produtividade de soja, em um
sistema de rotação de culturas. O delineamento experimental utilizado foi blocos
casualizados, onde utilizou-se de aveia; nabo; nabo+aveia, trigo e testemunha. Após a
dessecação desses adubos verdes, realizou-se a semeadura da soja. Avaliou-se quantidade de
massa verde, produtividade da soja, e propriedades químicas do solo. Pode-se observar que a
quantidade de massa verde produzida pelo nabo foi baixa, devido à baixa ocorrência de
chuvas para seu desenvolvimento, prejudicando a ciclagem de nutrientes. Também houve
diminuição na quantidade de P e K, porém comprovou-se o efeito do nabo em reciclar K. Não
houve diferenças estatísticas na produtividade da soja, devido à alta taxa de decomposição da
matéria orgânica, não havendo mineralização da mesma. Portanto um sistema de rotação de
culturas ocasiona resultados a longos prazos, sendo necessária sua adição por completo
tornando-se rotinas nas propriedades.

Palavras-chave: Fabaceae, adubo verde, Glycine max.

 Evaluation of soybean yield in a system of crop rotation
                   in western Paraná.
Abstract: Soy is a plant family Fabaceae, and the largest plant of world grain production.
Brazil is the second largest producer of grain, but some forms of management are degrading
the soil, damaging the productivity and the succession of cultures. This experiment aims to
evaluate soybean yield in a crop rotation system. The experimental design was randomized
blocks was used oats, turnip, radish oats, wheat and witness. After desiccation of green
manures was held before soybean. We evaluated the amount of green mass, soybean yield and
soil properties. It can be observed that the amount of green mass produced by the turnip was
low due to low rainfall for its development, affecting nutrient cycling. There was also a
decrease in the amount of P and K, but it proved the effect of recycling in turnip K. There
were no statistical differences in soybean yield due to the high rate of decomposition of
organic matter, no mineralization of the same. Therefore a system of crop rotation causes
long-term results, necessitating their addition to becoming full routines on the properties.

Key words: Fabaceae, green manure, Glycine max.




Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
Cultivando o Saber                                                                          180

                                         Introdução
       A soja (Glycine max L.) é uma planta da família Fabaceae, onde nos atuais dias, é a
planta com maior produção mundial de grãos, onde participa com cerca de 57%, de todos os
grãos produzidos no mundo, sendo que ela obteve uma grande evolução da sua produtividade,
desde 1964/65, onde se produzia 19,1 milhões de toneladas, para 237,1 milhões na safra de
2006/07, onde se estima que essa produtividade tende a aumentar com o passar dos anos.
Pode-se observar que o Brasil é o segundo maior produtor mundial desse grão, sendo que nos
anos de 2007/08 tiveram uma colheita em torno de 60,1 milhões de toneladas, e na safra de
2008/09, tiveram uma queda na produção, devido à estiagem ocorrida nos estados do sul,
colhendo com isso 57,1 milhões de toneladas (Hubner, 2009). No ano de 2009/2010 acarretou
um aumento de área plantada e tecnologia, aumentando a produção do grão para 67,39
milhões de toneladas (Conab, 2010). Sendo assim se o Brasil continuar aumentando a colheita
desse grão, poderá chegar a primeiro maior produtor mundial nos próximos anos
       Porém a monocultura, ou processos como a sucessão de culturas, podem provocar
mudanças nas condições naturais, químicas, físicas e biológicas dos solos, acarretando perdas
de produtividade nas culturas de interesse, podendo proporcionar condições ideais de
desenvolvimento de patógenos, pragas e plantas daninhas na propriedade. Com isso necessita-
se a introdução de outras espécies de plantas, que tem por objetivo a preservação ambiental,
recuperando e mantendo a melhoria dos recursos naturais. Esse sistema consiste em alternar
espécies de plantas no decorrer do tempo em uma mesma área agrícola (Embrapa, 2008).
       Um sistema de rotação de culturas eficiente pode assegura ao solo controle de erosão,
conservação da umidade do solo, redução na utilização de fertilizantes e defensivos,
contribuindo então para a redução dos custos de produção, sem prejudicar na produtividade,
maximizando com isso os lucros dos produtores (Fancelli, 2004).
       Segundo Broch (2009) para a safra 2009/2010 de soja, quando se considerado uma
produtividade média de 55sc ha-1 e comercializada a um valor de R$ 40,00, o custo de
produção, contabilizando todas as operações necessárias para a produção, chega a 27sc ha -1,
onde que desse valor 31,5% (8,9 sc ha-1), é responsável pela adubação de base da cultura.
       Como o solo é um sistema aberto, ocorrem perdas de nutrientes naturalmente,
normalmente em solos não protegidos devido escoamentos superficiais, porém quando
utilizadas plantas para cobertura de solos, pode-se preservar os nutrientes pela utilização dos
mesmos pelas plantas, e após a senescência, ocorre à disponibilização desses nutrientes para
as culturas sucessoras, devido a sua decomposição. Com isso algumas plantas podem ser
destacadas nessa ciclagem de nutrientes, com o nabo forrageiro que pode ciclar 100 Kg ha-1


Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
Cultivando o Saber                                                                          181

de nitrogênio, 14,3 Kg ha-1 de fósforo e 83 Kg ha-1 de potássio; aveia preta 61 Kg ha-1 de
nitrogênio, 10,6 Kg ha-1 de fósforo e 86 Kg ha-1 de potássio e o pousio, devido plantas
invasoras 25 Kg ha-1 de nitrogênio, 5,1 Kg ha-1 de fósforo e 32 Kg ha-1 de potássio (Fontoura,
2009).
         Porém um sistema adequado de rotação deve atender tantos aspectos técnicos, como a
conservação dos solos, tendo uma grande quantia de biomassa, como também aspectos
econômicos, devendo trazer renda aos produtores, sendo compatíveis com a produção
regional (Gastal, 2006).
         Devido ao exposto, realizou-se esse experimento utilizando plantas de cobertura de
solo sendo elas, as mesmas utilizadas por alguns produtores na região, para avaliar
posteriormente a quantidade de massa verde, produtividade da soja e as características
químicas do solo.


                                       Material e Métodos
         O experimento foi conduzido na propriedade de Domingos Zatta na cidade de São
Miguel do Iguaçu-Pr, onde contém um solo caracterizado como LATOSSOLO VERMELHO
Distrófico típico, e clima caracterizado como subtropical úmido, com média anual de
temperatura de 22ºC, com verões quentes e poucas geadas no inverno, onde se tem uma
tendência de concentração de chuvas nos messes do verão, e pouca no inverno, tendo média
anual de precipitação de 2.000mm. A propriedade está localizada á uma altitude de 280 m,
com latitude 25°24'14.93"S, e longitude 54°13'49.51"O.
         Realizou-se coleta de amostras de solo antes do plantio das culturas de cobertura, e
após a colheita da soja, com o propósito de avaliar se as culturas de cobertura de solo
acarretaram alguma mudança na fertilidade do mesmo.
         Para o delineamento experimental foi utilizado blocos casualizados com cinco
repetições sendo: A=Aveia; N=Nabo; NB+A=Nabo+Aveia; TR=Trigo; T=Testemunha, onde
cada tratamento constituiu-se de 5 parcelas de 11m² cada.
         O plantio das culturas de cobertura de solo foi realizado de forma manual utilizando-se
de 100 kg ha-1 de aveia; 20 kg ha-1 de nabo; 14 kg ha-1 de nabo e 30 kg ha-1 de aveia quando
consorciado; e 160 kg ha-1 de trigo.
         Após 90 dias foi realizada a retirada de 1m2 de cada parcela para avaliação da
produtividade da massa verde, avaliando assim a cobertura vegetal que cada planta
proporcionou ao solo, seguindo de dessecação de todas as parcelas com Glifosato,
permanecendo o mesmo um período de pousio de 30 dias.


Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
Cultivando o Saber                                                                       182

       A semeadura da soja procedeu após os 30 dias, com a mesma população e a mesma
adubação em todas as parcelas, onde essa adubação foi de 170 kg ha-1do formulado (0-20-10),
e após 30 dias adição de 100 Kg ha-1 de KCl.
       Também foi realizada a aplicação de todos os tratamentos fitossanitários necessários
para essa cultura, como aplicações de herbicidas, inseticidas e fungicidas.
       No final do experimento foi realizada a colheita manual das parcelas de soja, e
avaliado a produtividade do mesmo.
       Para a avaliação, foi observada a produtividade de cada parcela, separadamente,
verificado a quantidade de massa verde produzida, onde se foi testado pela análise de Tukey a
5%.


                                     Resultados e Discussão
       Como se pode observar na tabela 1, onde retrata a analise do solo antes e depois do
experimento, revela-se que houve diminuição da quantidade de fósforo (P) disponível no solo
em todos os tratamentos, sendo que esse resultado foi diferente do resultado obtido por
Muzilli (2002) onde que em cinco anos estudando o manejo da matéria orgânica observou que
ocorreu um aumento na disponibilidade de P-lábil para as plantas, onde ocorreu devido à
reciclagem desse nutriente pelas plantas de rotação de cultura, e pela mineralização do
nutriente pela biota do solo, responsável pela decomposição desse material.


Tabela 1: Resultado das análises do solo, antes e depois do experimento

Tratamento                                       Elementos
                                             Antes
                   P           C          pH      Al     H+Al           Ca    Mg       K
   Média         22,10       16,36       6,00    0,00    2,54          5,85   2,18    0,90
                                            Depois
   Trigo         13,00       18,70       4,90    0,10    5,34          4,05   0,80    0,38
Nabo+Aveia       12,00       19,48       5,30    0,00    4,60          5,59   1,80    0,42
   Aveia         10,40       17,14       5,00    0,00    5,34          6,63   1,82    0,45
   Nabo          11,10       15,58       5,30    0,00    4,27          5,47   1,77    0,72
Testemunha       12,90       17,92       5,20    0,00    4,60          6,16   1,89    0,42

       Essa divergência pode ter ocorrido devido à escassez de chuva no período de
desenvolvimento dos adubos verdes, onde lhes conferiu um desenvolvimento abaixo do
esperado, não ocorrendo assim desenvolvimento radicular suficiente para reciclar os
nutrientes das camadas mais profundas, onde se pode observar na tabela 2, e devido as


Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
Cultivando o Saber                                                                              183

 grandes quantidades de chuvas ocorridas na região no período de desenvolvimento da soja,
 sendo a adubação utilizada, de acordo com a análise de solo para uma produtividade de 2 t ha-
 1
     ineficiente para suprir a demanda de nutrientes para a produtividade obtida que foi de 4 t ha-
 1
     , ocorrendo então maior extração desse nutriente das reservas contidas no solo. Outro aspecto
 também, é que o P é um nutriente pouco móvel no solo (Novais, 2007) sendo assim para que
 aja sua disponibilidade, perante a adição de matéria orgânica são necessários mais que um
 ano, pois a biota do solo tem de mineralizar a massa adicionada, para então ocorrer uma maior
 disponibilidade desse nutriente para as planta.

           Tabela 2: Efeito da rotação de culturas na produtividade de soja, no primeiro ano

        Tratamento          Massa verde (Kg ha-1)             Produtividade (sacas ha-1)ns
       Testemunha                   765,1 a                                78,7
          Trigo                    2034,0 b                                79,2
          Aveia                    2464,4 b                                 67
          Nabo                     6636,0 c                                 66
       Nabo + Aveia                6108,8 c                                72,6
Nota: letras diferentes na coluna indicam diferença estatística pelo teste de Tukey em nível de 5% de
probabilidade. ns: não significativo.


           Pode-se observar também que a disponibilidade do potássio (K) foi diminuída, isso
 por causa da grande produção de grãos obtida nessa faze, sendo que no tratamento com nabo,
 a disponibilidade de K, foi maior que nos outros tratamentos no final do experimento, onde
 esse resultado comprova o efeito que o nabo tem de reciclar K, conforme observado por
 Fontoura (2009).
           No caso do carbono (C), as mudanças são pequenas, onde se pode observar, que a
 região na qual foi implantado o experimento, é caracterizada por temperaturas elevadas, e alta
 umidade, sendo que isto acelera o processo de decomposição da matéria orgânica, diminuindo
 a taxa de mineralização, e disponibilidade para a estrutura do solo, portanto como a matéria
 verde anexada foi ineficiente, ocorreu uma maior degradação da matéria, do que sua própria
 adição. Também conforme Sá (2008), para que o solo se recupere dos sistemas de sucessão de
 cultura, ou plantio convencional, são necessários até 20 anos, para que ocorra o rearranjo dos
 macroagregados, que foram degradados devido os vários anos do sistema de sucessão de
 culturas.

           Como se pode observar na tabela 2 houve diferenças estatísticas na quantidade de
 massa verde adicionada no solo, pois esta é uma característica de cada cultura, onde que o
 nabo forrageiro, tanto sozinho quanto consorciado, obteve quantidades de massa, semelhante,


 Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
Cultivando o Saber                                                                       184

em torno de 6 t ha-1, sendo esse resultado difere dos resultados de Penteado (2010), que
afirma que o nabo produz massa seca em torno de 10 t ha-1 em condições normais. O trigo e
aveia, adicionaram quantidade semelhantes sendo em torno de 2 t ha-1. Outro aspecto
importante, é que o pousio também adicionou massa no solo, devido ervas daninha que se
desenvolveram nesse período, adicionando 765,1 kg ha-1 sendo que esse tratamento se
diferenciou estatisticamente dos demais.
       Porém quando se observa a produtividade de ambos os tratamentos, não houve
diferenças estatísticas, onde isto se deve pela alta taxa de decomposição dessa matéria
orgânica, sem a mineralização da mesma, ocorrendo deficiência na disponibilidade de
nutrientes para as planta, sendo que esse experimento foi semelhante ao experimento de
Mancin (2009), onde testou diferentes plantas de cobertura do solo, antecedendo a soja, onde
não observou diferenças estatísticas entre os tratamentos, quando avaliado a produtividade da
soja, sendo que quando ocorreu foi influenciada pelo fator clima, preconizado pela escassez
de água, durante o desenvolvimento da cultura.


                                           Conclusão
       Não houve diferenças estatísticas na produtividade da soja, devido à alta taxa de
decomposição da matéria orgânica, não havendo mineralização da mesma. Portanto um
sistema de rotação de culturas ocasiona resultados a longos prazos, sendo necessária sua
adição por completo tornando-se rotinas nas propriedades.


                                           Referências
BROCH D. L.; PEDROSO R. S. Tecnologia e Produção: Soja e Milho 2009/2010. Custo de
Produção da Cultura da Soja. Fundação MS, 2009.

CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira.
Grãos safra 2009/2010. Sétimo Levantamento. Abril, 2010.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias de Soja. Tecnologia de
Produção de Soja – Região Central do Brasil 2009 e 2010. Londrina, PR, 2008, 262p.

FANCELLI A. L.; NETO D. D. Produção de Milho. Piracicaba, SP, , 2008, 360p.

FONTOURA S. M. V.; Bayer C. Manejo e Fertilidade de Solos em Plantio Direto. ed 2
Guarapuava, Pr, 2009, 223p.

GASTAL, M. F. C. REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL. Indicações
técnicas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2006/2007.
Embrapa Clima Temperado. p.237 Pelotas, RS, 2006.


Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
Cultivando o Saber                                                                   185



HUBNER O. Análise da Conjuntura Agropecuária Safra 2009/10. SEAB -Secretaria da
Agricultura e do Abastecimento . Outubro 2009.

MANCIN C. R. SOUZA L. C. F.; NOVELINO J. O.; MARCHETTI M. E.; GONÇALVES
M. G. Desempenho agronômico da soja sob diferentes rotações e sucessões de culturas
em sistema plantio direto. Maringá 2009.

MUZILLI O. Manejo da matéria orgânica no sistema de plantio direto: A experiência no
estado do Paraná. IAPAR, Londrina-PR, 2002.

NOVAIS, R. F.; ALVAREZ, V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI R.
B.; NEVES, J. C. L. Sociedade Brasileira de Ciência do solo. Fertilidade do solo. Viçosa-
MG, 2007.

PENTEADO S. R. Adubos verdes e produção de biomassa. Melhoria e recuperação dos
solos. Campinas-SP, 2007.

SA J. C. M; SA M. F. M.; SANTOS J. B; FERREIRA A. O. Dinâmica da Matéria Orgânica
nos campos gerais. Porto Alegre, RS, 2008.




Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011

Contenu connexe

Tendances

cultura do arroz slide simplificado
cultura do arroz slide simplificadocultura do arroz slide simplificado
cultura do arroz slide simplificadoAndre Vinicius
 
Rotação de Culturas
Rotação de CulturasRotação de Culturas
Rotação de CulturasGETA - UFG
 
Agroecologia (2)
Agroecologia (2)Agroecologia (2)
Agroecologia (2)Heber Mello
 
Aula extensão rural planejamento
Aula extensão rural planejamentoAula extensão rural planejamento
Aula extensão rural planejamentofabio schwab
 
Aula 6 (slides) primeira revolução agrícola moderna
Aula 6 (slides)   primeira revolução agrícola modernaAula 6 (slides)   primeira revolução agrícola moderna
Aula 6 (slides) primeira revolução agrícola modernaLarissa Santos
 
Tratos culturais: Sorgo
Tratos culturais: SorgoTratos culturais: Sorgo
Tratos culturais: SorgoGeagra UFG
 
Manejo da Materia Orgânica
Manejo da Materia OrgânicaManejo da Materia Orgânica
Manejo da Materia OrgânicaBruno Anacleto
 
Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...
Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...
Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...Elvio Giasson
 
Unidade 06 vigor em sementes
Unidade 06 vigor em sementesUnidade 06 vigor em sementes
Unidade 06 vigor em sementesBruno Rodrigues
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoRodrigo Pavesi
 
Características físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solosCaracterísticas físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solosJadson Belem de Moura
 
Amostragem de Solo
Amostragem de SoloAmostragem de Solo
Amostragem de SoloJaque A.
 
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesUnidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesBruno Rodrigues
 

Tendances (20)

cultura do arroz slide simplificado
cultura do arroz slide simplificadocultura do arroz slide simplificado
cultura do arroz slide simplificado
 
Rotação de Culturas
Rotação de CulturasRotação de Culturas
Rotação de Culturas
 
Agroecologia (2)
Agroecologia (2)Agroecologia (2)
Agroecologia (2)
 
Olericultura 1
Olericultura 1Olericultura 1
Olericultura 1
 
Agroecologia hoje
Agroecologia hojeAgroecologia hoje
Agroecologia hoje
 
Aula extensão rural planejamento
Aula extensão rural planejamentoAula extensão rural planejamento
Aula extensão rural planejamento
 
Aula 6 (slides) primeira revolução agrícola moderna
Aula 6 (slides)   primeira revolução agrícola modernaAula 6 (slides)   primeira revolução agrícola moderna
Aula 6 (slides) primeira revolução agrícola moderna
 
Tratos culturais: Sorgo
Tratos culturais: SorgoTratos culturais: Sorgo
Tratos culturais: Sorgo
 
Manejo da Materia Orgânica
Manejo da Materia OrgânicaManejo da Materia Orgânica
Manejo da Materia Orgânica
 
Tomate
TomateTomate
Tomate
 
Irrigação e drenagem
Irrigação e drenagemIrrigação e drenagem
Irrigação e drenagem
 
Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...
Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...
Aula sobre classificações de aptidão de uso das terras, preparada para o Curs...
 
Morfologia do solo
Morfologia do soloMorfologia do solo
Morfologia do solo
 
Unidade 06 vigor em sementes
Unidade 06 vigor em sementesUnidade 06 vigor em sementes
Unidade 06 vigor em sementes
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
 
Características físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solosCaracterísticas físicas gerais dos solos
Características físicas gerais dos solos
 
Nutrição vegetal
Nutrição vegetalNutrição vegetal
Nutrição vegetal
 
Amostragem de Solo
Amostragem de SoloAmostragem de Solo
Amostragem de Solo
 
Manejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solosManejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solos
 
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesUnidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
 

Similaire à Avaliação da produtividade da soja em rotação de culturas

2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porcoSergioAlvesSousa
 
Esterco no milho
Esterco no milhoEsterco no milho
Esterco no milhomvezzone
 
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com LeguminosasCultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com LeguminosasRural Pecuária
 
Artigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completoArtigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completoEuvaldo Junior
 
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoFontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoarturbonilha mendes
 
CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...
CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...
CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...Luciana Ramos
 
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verdeAplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verdearturbonilha mendes
 
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verdeAplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verdearturbonilha mendes
 
Rotacao feijao
Rotacao feijaoRotacao feijao
Rotacao feijaomvezzone
 
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisImportância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisGilberto Fugimoto
 
Rotacao de culturas
Rotacao de culturasRotacao de culturas
Rotacao de culturasmvezzone
 

Similaire à Avaliação da produtividade da soja em rotação de culturas (20)

2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
2011 consórcio e sucessão de milho e feijão de-porco
 
Esterco no milho
Esterco no milhoEsterco no milho
Esterco no milho
 
Cnpc 2017-cot-165
Cnpc 2017-cot-165Cnpc 2017-cot-165
Cnpc 2017-cot-165
 
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com LeguminosasCultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
Cultivo orgânico de milho verde consorciado com Leguminosas
 
Artigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completoArtigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completo
 
Artigo bioterra v1_n1_2019_09
Artigo bioterra v1_n1_2019_09Artigo bioterra v1_n1_2019_09
Artigo bioterra v1_n1_2019_09
 
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoFontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
 
4987 27155-1-pb
4987 27155-1-pb4987 27155-1-pb
4987 27155-1-pb
 
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforoFontes e doses de nitrogênio e fósforo
Fontes e doses de nitrogênio e fósforo
 
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08Artigo bioterra v1_n1_2019_08
Artigo bioterra v1_n1_2019_08
 
CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...
CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...
CRESCIMENTO INICIAL E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELO ALGODOEIRO CULTIVADO SOBRE ...
 
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verdeAplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
 
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verdeAplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
Aplicação de fósforo via solo e foliar na cultura do milho verde
 
Adubação feijão
Adubação feijãoAdubação feijão
Adubação feijão
 
Rotacao feijao
Rotacao feijaoRotacao feijao
Rotacao feijao
 
Trabalhos científicos
Trabalhos científicosTrabalhos científicos
Trabalhos científicos
 
Romano 2007 milho
Romano 2007 milhoRomano 2007 milho
Romano 2007 milho
 
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisImportância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
 
artigo
artigoartigo
artigo
 
Rotacao de culturas
Rotacao de culturasRotacao de culturas
Rotacao de culturas
 

Plus de Rogger Wins

Relatório de estágio
Relatório de estágioRelatório de estágio
Relatório de estágioRogger Wins
 
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacaoTensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacaoRogger Wins
 
Roteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produo
Roteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produoRoteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produo
Roteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produoRogger Wins
 
Química e fertilidade do solo unidades
Química e fertilidade do solo  unidadesQuímica e fertilidade do solo  unidades
Química e fertilidade do solo unidadesRogger Wins
 
Parecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinoculturaParecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinoculturaRogger Wins
 
Padrao respostas discursivas_agronomia_2010
Padrao respostas discursivas_agronomia_2010Padrao respostas discursivas_agronomia_2010
Padrao respostas discursivas_agronomia_2010Rogger Wins
 
Normalizacao monografia bib_iel_122008
Normalizacao monografia bib_iel_122008Normalizacao monografia bib_iel_122008
Normalizacao monografia bib_iel_122008Rogger Wins
 
Manual de adubacao_2004_versao_internet
Manual de adubacao_2004_versao_internetManual de adubacao_2004_versao_internet
Manual de adubacao_2004_versao_internetRogger Wins
 
Parecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinoculturaParecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinoculturaRogger Wins
 
Virus como agentes de doencas de plantas em pdf
Virus como agentes de doencas de plantas em pdfVirus como agentes de doencas de plantas em pdf
Virus como agentes de doencas de plantas em pdfRogger Wins
 
Variabilidade fenotipica soja
Variabilidade fenotipica sojaVariabilidade fenotipica soja
Variabilidade fenotipica sojaRogger Wins
 
Soja artigo insetos
Soja artigo insetosSoja artigo insetos
Soja artigo insetosRogger Wins
 
Seminário aditivos ftpa pronto
Seminário aditivos ftpa prontoSeminário aditivos ftpa pronto
Seminário aditivos ftpa prontoRogger Wins
 
Reprodução das bactérias
Reprodução das bactériasReprodução das bactérias
Reprodução das bactériasRogger Wins
 
Referencias bibliograficas
Referencias bibliograficasReferencias bibliograficas
Referencias bibliograficasRogger Wins
 

Plus de Rogger Wins (20)

Relatório de estágio
Relatório de estágioRelatório de estágio
Relatório de estágio
 
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacaoTensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
Tensiometro dispositivo-pratico-para-controle-da-irrigacao
 
Roteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produo
Roteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produoRoteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produo
Roteiro de diagnstico_e_avaliao_de_produo
 
Química e fertilidade do solo unidades
Química e fertilidade do solo  unidadesQuímica e fertilidade do solo  unidades
Química e fertilidade do solo unidades
 
Prova n2
Prova n2Prova n2
Prova n2
 
Parecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinoculturaParecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinocultura
 
Padrao respostas discursivas_agronomia_2010
Padrao respostas discursivas_agronomia_2010Padrao respostas discursivas_agronomia_2010
Padrao respostas discursivas_agronomia_2010
 
Normalizacao monografia bib_iel_122008
Normalizacao monografia bib_iel_122008Normalizacao monografia bib_iel_122008
Normalizacao monografia bib_iel_122008
 
Manual de adubacao_2004_versao_internet
Manual de adubacao_2004_versao_internetManual de adubacao_2004_versao_internet
Manual de adubacao_2004_versao_internet
 
Parecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinoculturaParecer técnico suinocultura
Parecer técnico suinocultura
 
Agronomia 2010
Agronomia 2010Agronomia 2010
Agronomia 2010
 
Virus como agentes de doencas de plantas em pdf
Virus como agentes de doencas de plantas em pdfVirus como agentes de doencas de plantas em pdf
Virus como agentes de doencas de plantas em pdf
 
Variabilidade fenotipica soja
Variabilidade fenotipica sojaVariabilidade fenotipica soja
Variabilidade fenotipica soja
 
V53n4a16
V53n4a16V53n4a16
V53n4a16
 
V31n4a15
V31n4a15V31n4a15
V31n4a15
 
Soja artigo insetos
Soja artigo insetosSoja artigo insetos
Soja artigo insetos
 
Seminário aditivos ftpa pronto
Seminário aditivos ftpa prontoSeminário aditivos ftpa pronto
Seminário aditivos ftpa pronto
 
Rt60001
Rt60001Rt60001
Rt60001
 
Reprodução das bactérias
Reprodução das bactériasReprodução das bactérias
Reprodução das bactérias
 
Referencias bibliograficas
Referencias bibliograficasReferencias bibliograficas
Referencias bibliograficas
 

Avaliação da produtividade da soja em rotação de culturas

  • 1. Cultivando o Saber 179 Avaliação da produtividade da soja utilizando-se diferentes culturas de inverno na região oeste do Paraná Leandro Zatta1, Marlon Luciel Frey, João Paulo Primo e Clair Aparecida Viecelli1 1 Faculdade Assis Gurgacz – FAG, Curso de Agronomia. Avenida das Torres n. 500, CEP: 85.806-095, Bairro Santa Cruz, Cascavel, PR. leandro_zatta@hotmail.com e clair@fag.edu.br Resumo: A soja (Glycine max) é uma planta da família Fabaceae, sendo a planta de maior produção mundial de grãos. O Brasil é o segundo maior produtor desse grão, porém algumas formas de manejo estão degradando os solos, prejudicando essa produtividade, com o caso da sucessão de culturas. Este experimento objetiva avaliar a produtividade de soja, em um sistema de rotação de culturas. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, onde utilizou-se de aveia; nabo; nabo+aveia, trigo e testemunha. Após a dessecação desses adubos verdes, realizou-se a semeadura da soja. Avaliou-se quantidade de massa verde, produtividade da soja, e propriedades químicas do solo. Pode-se observar que a quantidade de massa verde produzida pelo nabo foi baixa, devido à baixa ocorrência de chuvas para seu desenvolvimento, prejudicando a ciclagem de nutrientes. Também houve diminuição na quantidade de P e K, porém comprovou-se o efeito do nabo em reciclar K. Não houve diferenças estatísticas na produtividade da soja, devido à alta taxa de decomposição da matéria orgânica, não havendo mineralização da mesma. Portanto um sistema de rotação de culturas ocasiona resultados a longos prazos, sendo necessária sua adição por completo tornando-se rotinas nas propriedades. Palavras-chave: Fabaceae, adubo verde, Glycine max. Evaluation of soybean yield in a system of crop rotation in western Paraná. Abstract: Soy is a plant family Fabaceae, and the largest plant of world grain production. Brazil is the second largest producer of grain, but some forms of management are degrading the soil, damaging the productivity and the succession of cultures. This experiment aims to evaluate soybean yield in a crop rotation system. The experimental design was randomized blocks was used oats, turnip, radish oats, wheat and witness. After desiccation of green manures was held before soybean. We evaluated the amount of green mass, soybean yield and soil properties. It can be observed that the amount of green mass produced by the turnip was low due to low rainfall for its development, affecting nutrient cycling. There was also a decrease in the amount of P and K, but it proved the effect of recycling in turnip K. There were no statistical differences in soybean yield due to the high rate of decomposition of organic matter, no mineralization of the same. Therefore a system of crop rotation causes long-term results, necessitating their addition to becoming full routines on the properties. Key words: Fabaceae, green manure, Glycine max. Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
  • 2. Cultivando o Saber 180 Introdução A soja (Glycine max L.) é uma planta da família Fabaceae, onde nos atuais dias, é a planta com maior produção mundial de grãos, onde participa com cerca de 57%, de todos os grãos produzidos no mundo, sendo que ela obteve uma grande evolução da sua produtividade, desde 1964/65, onde se produzia 19,1 milhões de toneladas, para 237,1 milhões na safra de 2006/07, onde se estima que essa produtividade tende a aumentar com o passar dos anos. Pode-se observar que o Brasil é o segundo maior produtor mundial desse grão, sendo que nos anos de 2007/08 tiveram uma colheita em torno de 60,1 milhões de toneladas, e na safra de 2008/09, tiveram uma queda na produção, devido à estiagem ocorrida nos estados do sul, colhendo com isso 57,1 milhões de toneladas (Hubner, 2009). No ano de 2009/2010 acarretou um aumento de área plantada e tecnologia, aumentando a produção do grão para 67,39 milhões de toneladas (Conab, 2010). Sendo assim se o Brasil continuar aumentando a colheita desse grão, poderá chegar a primeiro maior produtor mundial nos próximos anos Porém a monocultura, ou processos como a sucessão de culturas, podem provocar mudanças nas condições naturais, químicas, físicas e biológicas dos solos, acarretando perdas de produtividade nas culturas de interesse, podendo proporcionar condições ideais de desenvolvimento de patógenos, pragas e plantas daninhas na propriedade. Com isso necessita- se a introdução de outras espécies de plantas, que tem por objetivo a preservação ambiental, recuperando e mantendo a melhoria dos recursos naturais. Esse sistema consiste em alternar espécies de plantas no decorrer do tempo em uma mesma área agrícola (Embrapa, 2008). Um sistema de rotação de culturas eficiente pode assegura ao solo controle de erosão, conservação da umidade do solo, redução na utilização de fertilizantes e defensivos, contribuindo então para a redução dos custos de produção, sem prejudicar na produtividade, maximizando com isso os lucros dos produtores (Fancelli, 2004). Segundo Broch (2009) para a safra 2009/2010 de soja, quando se considerado uma produtividade média de 55sc ha-1 e comercializada a um valor de R$ 40,00, o custo de produção, contabilizando todas as operações necessárias para a produção, chega a 27sc ha -1, onde que desse valor 31,5% (8,9 sc ha-1), é responsável pela adubação de base da cultura. Como o solo é um sistema aberto, ocorrem perdas de nutrientes naturalmente, normalmente em solos não protegidos devido escoamentos superficiais, porém quando utilizadas plantas para cobertura de solos, pode-se preservar os nutrientes pela utilização dos mesmos pelas plantas, e após a senescência, ocorre à disponibilização desses nutrientes para as culturas sucessoras, devido a sua decomposição. Com isso algumas plantas podem ser destacadas nessa ciclagem de nutrientes, com o nabo forrageiro que pode ciclar 100 Kg ha-1 Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
  • 3. Cultivando o Saber 181 de nitrogênio, 14,3 Kg ha-1 de fósforo e 83 Kg ha-1 de potássio; aveia preta 61 Kg ha-1 de nitrogênio, 10,6 Kg ha-1 de fósforo e 86 Kg ha-1 de potássio e o pousio, devido plantas invasoras 25 Kg ha-1 de nitrogênio, 5,1 Kg ha-1 de fósforo e 32 Kg ha-1 de potássio (Fontoura, 2009). Porém um sistema adequado de rotação deve atender tantos aspectos técnicos, como a conservação dos solos, tendo uma grande quantia de biomassa, como também aspectos econômicos, devendo trazer renda aos produtores, sendo compatíveis com a produção regional (Gastal, 2006). Devido ao exposto, realizou-se esse experimento utilizando plantas de cobertura de solo sendo elas, as mesmas utilizadas por alguns produtores na região, para avaliar posteriormente a quantidade de massa verde, produtividade da soja e as características químicas do solo. Material e Métodos O experimento foi conduzido na propriedade de Domingos Zatta na cidade de São Miguel do Iguaçu-Pr, onde contém um solo caracterizado como LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, e clima caracterizado como subtropical úmido, com média anual de temperatura de 22ºC, com verões quentes e poucas geadas no inverno, onde se tem uma tendência de concentração de chuvas nos messes do verão, e pouca no inverno, tendo média anual de precipitação de 2.000mm. A propriedade está localizada á uma altitude de 280 m, com latitude 25°24'14.93"S, e longitude 54°13'49.51"O. Realizou-se coleta de amostras de solo antes do plantio das culturas de cobertura, e após a colheita da soja, com o propósito de avaliar se as culturas de cobertura de solo acarretaram alguma mudança na fertilidade do mesmo. Para o delineamento experimental foi utilizado blocos casualizados com cinco repetições sendo: A=Aveia; N=Nabo; NB+A=Nabo+Aveia; TR=Trigo; T=Testemunha, onde cada tratamento constituiu-se de 5 parcelas de 11m² cada. O plantio das culturas de cobertura de solo foi realizado de forma manual utilizando-se de 100 kg ha-1 de aveia; 20 kg ha-1 de nabo; 14 kg ha-1 de nabo e 30 kg ha-1 de aveia quando consorciado; e 160 kg ha-1 de trigo. Após 90 dias foi realizada a retirada de 1m2 de cada parcela para avaliação da produtividade da massa verde, avaliando assim a cobertura vegetal que cada planta proporcionou ao solo, seguindo de dessecação de todas as parcelas com Glifosato, permanecendo o mesmo um período de pousio de 30 dias. Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
  • 4. Cultivando o Saber 182 A semeadura da soja procedeu após os 30 dias, com a mesma população e a mesma adubação em todas as parcelas, onde essa adubação foi de 170 kg ha-1do formulado (0-20-10), e após 30 dias adição de 100 Kg ha-1 de KCl. Também foi realizada a aplicação de todos os tratamentos fitossanitários necessários para essa cultura, como aplicações de herbicidas, inseticidas e fungicidas. No final do experimento foi realizada a colheita manual das parcelas de soja, e avaliado a produtividade do mesmo. Para a avaliação, foi observada a produtividade de cada parcela, separadamente, verificado a quantidade de massa verde produzida, onde se foi testado pela análise de Tukey a 5%. Resultados e Discussão Como se pode observar na tabela 1, onde retrata a analise do solo antes e depois do experimento, revela-se que houve diminuição da quantidade de fósforo (P) disponível no solo em todos os tratamentos, sendo que esse resultado foi diferente do resultado obtido por Muzilli (2002) onde que em cinco anos estudando o manejo da matéria orgânica observou que ocorreu um aumento na disponibilidade de P-lábil para as plantas, onde ocorreu devido à reciclagem desse nutriente pelas plantas de rotação de cultura, e pela mineralização do nutriente pela biota do solo, responsável pela decomposição desse material. Tabela 1: Resultado das análises do solo, antes e depois do experimento Tratamento Elementos Antes P C pH Al H+Al Ca Mg K Média 22,10 16,36 6,00 0,00 2,54 5,85 2,18 0,90 Depois Trigo 13,00 18,70 4,90 0,10 5,34 4,05 0,80 0,38 Nabo+Aveia 12,00 19,48 5,30 0,00 4,60 5,59 1,80 0,42 Aveia 10,40 17,14 5,00 0,00 5,34 6,63 1,82 0,45 Nabo 11,10 15,58 5,30 0,00 4,27 5,47 1,77 0,72 Testemunha 12,90 17,92 5,20 0,00 4,60 6,16 1,89 0,42 Essa divergência pode ter ocorrido devido à escassez de chuva no período de desenvolvimento dos adubos verdes, onde lhes conferiu um desenvolvimento abaixo do esperado, não ocorrendo assim desenvolvimento radicular suficiente para reciclar os nutrientes das camadas mais profundas, onde se pode observar na tabela 2, e devido as Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
  • 5. Cultivando o Saber 183 grandes quantidades de chuvas ocorridas na região no período de desenvolvimento da soja, sendo a adubação utilizada, de acordo com a análise de solo para uma produtividade de 2 t ha- 1 ineficiente para suprir a demanda de nutrientes para a produtividade obtida que foi de 4 t ha- 1 , ocorrendo então maior extração desse nutriente das reservas contidas no solo. Outro aspecto também, é que o P é um nutriente pouco móvel no solo (Novais, 2007) sendo assim para que aja sua disponibilidade, perante a adição de matéria orgânica são necessários mais que um ano, pois a biota do solo tem de mineralizar a massa adicionada, para então ocorrer uma maior disponibilidade desse nutriente para as planta. Tabela 2: Efeito da rotação de culturas na produtividade de soja, no primeiro ano Tratamento Massa verde (Kg ha-1) Produtividade (sacas ha-1)ns Testemunha 765,1 a 78,7 Trigo 2034,0 b 79,2 Aveia 2464,4 b 67 Nabo 6636,0 c 66 Nabo + Aveia 6108,8 c 72,6 Nota: letras diferentes na coluna indicam diferença estatística pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade. ns: não significativo. Pode-se observar também que a disponibilidade do potássio (K) foi diminuída, isso por causa da grande produção de grãos obtida nessa faze, sendo que no tratamento com nabo, a disponibilidade de K, foi maior que nos outros tratamentos no final do experimento, onde esse resultado comprova o efeito que o nabo tem de reciclar K, conforme observado por Fontoura (2009). No caso do carbono (C), as mudanças são pequenas, onde se pode observar, que a região na qual foi implantado o experimento, é caracterizada por temperaturas elevadas, e alta umidade, sendo que isto acelera o processo de decomposição da matéria orgânica, diminuindo a taxa de mineralização, e disponibilidade para a estrutura do solo, portanto como a matéria verde anexada foi ineficiente, ocorreu uma maior degradação da matéria, do que sua própria adição. Também conforme Sá (2008), para que o solo se recupere dos sistemas de sucessão de cultura, ou plantio convencional, são necessários até 20 anos, para que ocorra o rearranjo dos macroagregados, que foram degradados devido os vários anos do sistema de sucessão de culturas. Como se pode observar na tabela 2 houve diferenças estatísticas na quantidade de massa verde adicionada no solo, pois esta é uma característica de cada cultura, onde que o nabo forrageiro, tanto sozinho quanto consorciado, obteve quantidades de massa, semelhante, Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
  • 6. Cultivando o Saber 184 em torno de 6 t ha-1, sendo esse resultado difere dos resultados de Penteado (2010), que afirma que o nabo produz massa seca em torno de 10 t ha-1 em condições normais. O trigo e aveia, adicionaram quantidade semelhantes sendo em torno de 2 t ha-1. Outro aspecto importante, é que o pousio também adicionou massa no solo, devido ervas daninha que se desenvolveram nesse período, adicionando 765,1 kg ha-1 sendo que esse tratamento se diferenciou estatisticamente dos demais. Porém quando se observa a produtividade de ambos os tratamentos, não houve diferenças estatísticas, onde isto se deve pela alta taxa de decomposição dessa matéria orgânica, sem a mineralização da mesma, ocorrendo deficiência na disponibilidade de nutrientes para as planta, sendo que esse experimento foi semelhante ao experimento de Mancin (2009), onde testou diferentes plantas de cobertura do solo, antecedendo a soja, onde não observou diferenças estatísticas entre os tratamentos, quando avaliado a produtividade da soja, sendo que quando ocorreu foi influenciada pelo fator clima, preconizado pela escassez de água, durante o desenvolvimento da cultura. Conclusão Não houve diferenças estatísticas na produtividade da soja, devido à alta taxa de decomposição da matéria orgânica, não havendo mineralização da mesma. Portanto um sistema de rotação de culturas ocasiona resultados a longos prazos, sendo necessária sua adição por completo tornando-se rotinas nas propriedades. Referências BROCH D. L.; PEDROSO R. S. Tecnologia e Produção: Soja e Milho 2009/2010. Custo de Produção da Cultura da Soja. Fundação MS, 2009. CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira. Grãos safra 2009/2010. Sétimo Levantamento. Abril, 2010. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias de Soja. Tecnologia de Produção de Soja – Região Central do Brasil 2009 e 2010. Londrina, PR, 2008, 262p. FANCELLI A. L.; NETO D. D. Produção de Milho. Piracicaba, SP, , 2008, 360p. FONTOURA S. M. V.; Bayer C. Manejo e Fertilidade de Solos em Plantio Direto. ed 2 Guarapuava, Pr, 2009, 223p. GASTAL, M. F. C. REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO SUL. Indicações técnicas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina 2006/2007. Embrapa Clima Temperado. p.237 Pelotas, RS, 2006. Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011
  • 7. Cultivando o Saber 185 HUBNER O. Análise da Conjuntura Agropecuária Safra 2009/10. SEAB -Secretaria da Agricultura e do Abastecimento . Outubro 2009. MANCIN C. R. SOUZA L. C. F.; NOVELINO J. O.; MARCHETTI M. E.; GONÇALVES M. G. Desempenho agronômico da soja sob diferentes rotações e sucessões de culturas em sistema plantio direto. Maringá 2009. MUZILLI O. Manejo da matéria orgânica no sistema de plantio direto: A experiência no estado do Paraná. IAPAR, Londrina-PR, 2002. NOVAIS, R. F.; ALVAREZ, V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI R. B.; NEVES, J. C. L. Sociedade Brasileira de Ciência do solo. Fertilidade do solo. Viçosa- MG, 2007. PENTEADO S. R. Adubos verdes e produção de biomassa. Melhoria e recuperação dos solos. Campinas-SP, 2007. SA J. C. M; SA M. F. M.; SANTOS J. B; FERREIRA A. O. Dinâmica da Matéria Orgânica nos campos gerais. Porto Alegre, RS, 2008. Cascavel, v.4, n.4, p.179-185, 2011