Este documento discute a importância do estudo do meio e atividades de campo na educação, como uma abordagem interdisciplinar que envolve os alunos de forma ativa. Ele fornece exemplos de sequências didáticas utilizando essas estratégias e destaca os benefícios de desenvolver o conhecimento fora da sala de aula, com entrevistas com especialistas discutindo os aspectos positivos e limitações dessas abordagens.
2. "Queremos atividades escolares vivas,
associadas ao interesse e ao profundo
devir das crianças, que sejam muito mais
do que um jogo ou um passatempo, que
sejam um trabalho autêntico, fruto de
uma necessidade, que se veja que é útil,
ao qual uma pessoa se entrega de todo o
coração e que, por todos esses motivos,
se torna um poderoso gerador de
dinamismo e de proveito pedagógico".
Célestin Freinet
4. A Atividade de Campo
A Atividade de Campo de acordo com
KRASILCHIK, (2008) e MARANDINO (2009)
“As excursões apresentam uma importante
dimensão cognitiva [...] As relações de alunos e
professores fora do formalismo da sala de aula
acabam sofrendo modificações que perduram
[...]” (KRASILCHIK, 2008 P. 88)
5. Estudo do Meio
O Estudo do Meio, De acordo com PONTUSCHKA e
BITTENCUORT, (2004) e BOSCOLO, (2007)
O Estudo do Meio começa a ser utilizado nas escolas
públicas do estado de São Paulo a partir de 1960.
Surgimento das “Escolas Livres”
6. “O estudo do meio não é um “papa-moscas” para
melhor veicular o programa e nem uma tentativa de
recuperar a curiosidade para fazer passar o resto de um
discurso. Ele não é nem pretexto, nem comodidade para
o docente. Ele é uma etapa fundamental para permitir
aos jovens consolidar seu envolvimento no tempo e no
espaço, apropriar-se de uma história e geografia
pertencente à sua realidade, para a formação de sua
personalidade. ” (I.C.E.M- Pédagogie Freinet, Ed. Syros,
Paris, 1984)
Fragmento retirado da Revista ORIENTAÇÃO – Instituto de Geografia, USP. Traduzido por: Circe Bittencourt
7. Como organizar uma Excursão/Atividade
de Campo/Estudo do Meio
1º Momento – a
articulação começa
...
2º momento - O
encontro dos
sujeitos sociais:
dissonâncias e
concordâncias.
3º momento - Visita
preliminar e a
opção pelo
percurso
4º momento – O
Planejamento
5º Momento – o
caderno de campo
6º momento - A
pesquisa de campo
reveladora da vida
6º Momento -
Retorno para a sala
de aula.
7º Momento-
Processo de criação
PONTUSCHKA, PAGANELLI e CACETE. PARA ENSINAR E APRENDER GEOGRAFIA. SÃO
PAULO: Cortez, p.173-212.
8. 6º momento - A pesquisa de
campo reveladora da vida
Atividades IN LOCO
Entrevistas com os frequentadores do Meio.
Identificação e registro da Biodiversidade
Fauna
Flora
Avaliação do Espaço Físico
9. Analise dos atrativos do Local
Analise da Divulgação Cientifica no espaço
físico do meio
Avaliação da Interação Antrópica
Segundo Duarte et al., 2013
10. Exemplo de uma Sequência Didática
utilizando Estudo do Meio (EM) / Atividade de
Campo (AC) 001
Anexo 01
12. Entrevistas
Bacharelado e Licenciatura
em Geografia pela Usp.
Mestrado em Ciências pela
Usp, Professora da UNIP
Licenciatura pela
em Biologia pelo
Unasp. Mestrado
em Ciências pela
Usp.
13. Interdisciplinaridade e Estudo do Meio
Quanto a capacidade de interdisciplinaridade os benéficos do estudo do meio
“...Proporciona uma aprendizagem significativa... um conhecimento que faça
sentido para ele, que ele perceba uma relação entre o conhecimento que já
está sistematizado com a realidade... se você for por um caminho apenas
disciplinar, muito fragmentado, ao passo que se você trabalhar com outros
professores de outras disciplinas você vai ter uma riqueza...No caso
disciplinar deve-se ter uma postura Interdisciplinar...” Dulcineia Boscolo
14. Por que você utiliza o Estudo do Meio?
“primeira vez que eu fiz a atividade e vi o resultado da atividade e o
envolvimento dos alunos e a maturidade lidam com isso, e pensando na
proposta de formar cidadãos com determinadas responsabilidades
ambientais...” Enios Carlos
15. Quais as Limitações?
“Acho que a limitação principal e que você assume uma responsabilidade,
você tira do ambiente escolar alunos, se tem custos, de você conseguir
agregar outros colegas dentro da atividade.” Enios Carlos
“Falta de interesse dos educadores em geral da escola, gestão e seus
envolvidos e professores...Formação continuada dos professores, neste
sentido, muitas vezes deixa a desejar, nas escolas em geral, tanto em
particulares quanto publicas, no sentido de que se houvesse um trabalho
maior voltado a formação continuada, naquela própria escola, se valorizasse
mais a integração o dialogo maior entre as disciplinas, neste sentido
favoreceria...” Dulcineia Boscolo
16. Benefícios do Estudo do Meio
Está de acordo com as propostas de Piaget e
Vygotsky
Corrobora a argumentação
È uma método que corrobora a ação ativa do
aluno
Possibilita construção de conhecimento fora dos
“Muros da Escola”
17. Referências Bibliográficas
BOSCOLO, D. Projetos de estudo do meio em escolas públicas em Santana De
Parnaíba-SP. São Paulo, USP 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências. Brasília: MEC/SEF, 1997
FAZENDA, I.C.A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro:
efetividade ou ideologia ?. São Paulo, Loyola, 1979.
PONTUSCHKA, N. N. O conceito de Estudo do Meio transforma-se... em tempos
diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes. In: Vesentini, J.
REVISTA ORIENTAÇÃO. I.C.E.M- Pédagogie Freinet, Ed. Syros, Paris, 1984 – Instituto de Geografia, USP.
Traduzido por: Circe Bittencourt
SANTANA R.S PONTUSCHKA N.N. SCHUNEMAN H.E.S O ESTUDO DO MEIO COMO MÉTODO INTERDISCIPLINAR
NA EDUCAÇÃO BÁSICA. UNASP-SP. SÃO PAULO. 2013
W. (Org.). O ensino de geografia no século XXI. Campinas, SP: Papirus, 2004a, p.
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