ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
Análise e comentário crítico
1. Agrupamento de Escolas da Pontinha
Análise e comentário crítico aos relatórios da avaliação externa
Baseei a minha análise e comentário numa amostra que se restringiu a três Agrupamentos, dois do concelho de Odivelas e um do
concelho de Loures, por se situarem em concelhos com realidades sócio-económicas e culturais semelhantes:
• Agrupamento de Escolas da Pontinha (concelho de Odivelas);
• Agrupamento de Escolas Avelar Brotero (concelho de Odivelas);
• Agrupamento de Escolas do Catojal-Unhos (concelho e Loures).
Domínios
Agrupamen Agrupamen Agrupamento
Quadro de to de to de de Escolas do
Referência Escolas da Referências à BE Escolas Referências à BE Catojal- Referências à BE
Pontinha Avelar Unhos
para a
(Odivelas) Factores de Avaliação Brotero Factores de Avaliação (Loures) Factores de Avaliação
Avaliação de 2007/2008 (Odivelas) 2007/2008
Escolas e 2008/2009
Agrupamen-
tos
1.1.Sucesso académico
“Ao nível da Língua Portuguesa
Suficiente Suficiente Bom as estratégias implementadas
1.Resultados nos vários ciclos, como sejam o
incentivo à frequência da
2. Biblioteca (…) contribuíram
para os resultados obtidos nesta
disciplina.”
2.4.Abrangência do currículo
e valorização dos saberes e da
aprendizagem
“Verificou-se a participação do
Agrupamento em diversos
2.Prestação programas e projectos
do serviço Suficiente Suficiente Bom nacionais, como o Plano de
Acção para a Matemática ou as
educativo Bibliotecas Escolares.”
“O acesso dos alunos às
ferramentas informáticas está
limitado a situações de sala de
aula e à utilização do reduzido
número de computadores
existentes na Biblioteca.”
3.3.Gestão dos recursos materiais e 3.3.Gestão dos recursos 3.3.Gestão dos recursos
financeiros materiais e financeiros materiais e financeiros
“Os recursos disponíveis (…) são “O Centro de Recursos “…o caso da EB1 nº 1 de
escassos e nem sempre com a Educativos é um espaço Unhos, onde as condições
3.Organiza- qualidade necessária para uma adequado que possibilita o apresentam maior precariedade,
ção e gestão Suficiente aprendizagem adequada, não Suficiente acesso à leitura, a Bom sendo que a sala de refeições, o
escolar permitindo, assim, as condições ideais computadores e ao estudo, Centro de Recursos e as
para o desenvolvimento do espírito registando-se uma elevada instalações sanitárias funcionam
científico e artístico. A escassez de frequência.” num pré-fabricado.”
materiais estende-se à BE/CRE,
embora aqui ainda se desenvolvam “Na escola sede e na EB1/JI a
3. algumas actividades de carácter biblioteca constitui um espaço
recreativo/educativo.” agradável, recentemente
renovado e apetrechado …”
“… o acesso às TIC, está
condicionado pela quantidade
de equipamento disponíveis e
pelos espaços e tempos muito
delimitados, como a sala de aula
ou a Biblioteca.”
4.4.Parcerias, protocolos e
4.Liderança Insuficiente Suficiente Muito bom projectos
“O Agrupamento participa
nalguns projectos nacionais
como a Rede Nacional de
Bibliotecas ,…”
5.Capacida-
de de auto-
Insuficiente Suficiente Bom
-regulação e
melhoria da
escola
4. Nestes três relatórios de avaliação externa, elaborados pela IGE, as referências às Bibliotecas Escolares são escassas e, em dois deles,
limitadas ao Domínio 3- Organização e Gestão Escolar, Factor 3.3 – Gestão de recursos materiais e financeiros.
No relatório referente ao Agrupamento de Escolas do Catojal-Unhos surgem algumas referências à BE, no entanto, só uma delas –
inserida no Factor 1.1. Sucesso académico - aponta para a BE como um recurso básico para a promoção do sucesso educativo.
A natureza das referências existentes nestes relatórios revela que ainda perdura a imagem da biblioteca ligada unicamente a um espaço
bem ou mal “apetrechado”, agradável ou degradado, situado num canto qualquer da escola e onde se vão realizando umas actividades de carácter
“recreativo/educativo”.
Assim, se passou com a BE do Agrupamento de Escolas da Pontinha da qual era coordenadora havia pouco mais de um ano, quando foi
feita a avaliação externa, e a quem nada me foi perguntado. A BE teve, contudo, o privilégio de uma visita relâmpago da equipa de avaliação cuja
única preocupação estava relacionada com o seu horário e o número de computadores existentes.
Constituindo a BE um factor determinante do sucesso educativo dos estudantes e do desenvolvimento das literacias imprescindíveis na
nossa sociedade, a análise e reconhecimento do seu papel “ a nível da auto-avaliação da escola, para a qual tenta contribuir o Modelo de Auto-
Avaliação das BE proposto pela RBE, e a inclusão da BE na informação prestada às equipas de avaliação externa, tendo em vista a sua
valorização, desenvolvimento e melhoria, é fundamental”. (Guia da sessão)
Só com a avaliação do desempenho da BE a sua valorização pela comunidade educativa e o reconhecimento do seu contributo para o
sucesso educativo será, efectivamente, uma realidade.
Rosário Duarte