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Normas braziellas 2010
Universidade Gama Filho




  Normas para Apresentação de
Trabalho de Conclusão de Curso,
 Monografia, Dissertação e Tese



       Maria de Lourdes Motta Braziellas
         Nelza Maria Moutinho Ançã
© Editora Gama Filho




(Catalogado na fonte pela Biblioteca Central da Universidade Gama Filho)

    Braziellas, Maria de Lourdes Motta
       Normas para apresentação de trabalho de conclusão de curso,
    monografia, dissertação e tese / Maria de Lourdes Motta Braziellas
    e Nelza Maria Moutinho Ançã – 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Editora
    Gama Filho, 2010.
       103p. : il. gráf.

       ISBN 978-85-7444-078-1
       Disponível em versão online.
       Modo de acesso: http://www.ugf.br
       Inclui bibliografia.

       1. Pesquisa científica – Metodologia. 2. Monografias – Redação.
    3. Metodologia científica. 4. Trabalhos Científicos – Redação. I.
    Ançã, Nelza Maria Moutinho. II. Título.

                                                          CDD – 001.42




                                EDITOR
                             Dante Gastaldoni

                         CAPA E DIAGRAMAÇÃO
                            André Luiz Santos
CHANCELER
         Paulo Cesar Prado Ferreira da Gama


                      REITORA
   Maria José Mesquita Cavalleiro de Macedo Wehling


 PRÓ-REITOR DE HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS
                 Arno Wehling


               PRÓ-REITOR DE SAÚDE
                  Gilberto Chaves


  PRÓ-REITOR DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
             Paulo César Dahia Ducos


PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
                  Sergio Norbert
À Universidade Gama Filho, representada por diversas instâncias acadêmicas, na pessoa
de seus gestores, com os quais tivemos o privilégio de trabalhar direta ou indiretamente, pela
confiança em nós depositada e pelo reconhecimento da qualidade desta produção acadêmica,
ora apresentada como parâmetro para toda a Universidade.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES



Figura 1 − Configuração de página (margens)                           36

Figura 2 − Configuração de página (tamanho do papel)                  36

Figura 3 − Fonte (tipo, estilo e tamanho)                             37

Figura 4 − Fonte (espaçamento de caracteres)                          38

Figura 5 − Parágrafo (recuos e afastamento)                           39

Figura 6 − Quebra (página e seção)                                    40

Figura 7 − Numeração de página (posição e alinhamento)                40

Figura 8 − Formatação do número de página                             41

Quadro 1 − Correspondência: tipos de gráficos e séries estatísticas   81
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 10

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 12

3. TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO SEGUNDO A NBR 14724:2005 ............ 13

4. MODALIDADES DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO NA UGF ............ 14
   4.1. Monografia .................................................................................................................. 14
   4.2. Artigo ........................................................................................................................... 18
         4.2.1. Concepções e características .............................................................................. 18
         4.2.2. Estrutura do artigo .............................................................................................. 18
         4.2.3. Apresentação gráfica........................................................................................... 20
   4.3. Estudo de caso ............................................................................................................ 21
         4.3.1. Concepção e características ................................................................................ 21
         4.3.2. Planejamento ...................................................................................................... 22
         4.3.3. Coleta de dados .................................................................................................. 23
         4.3.4. Análise dos dados ............................................................................................... 23
         4.3.5. Redação do relatório .......................................................................................... 23
         4.3.6. Estrutura do relatório .......................................................................................... 24
   4.4. Projeto ......................................................................................................................... 25
   4.5. Etapas do processo de elaboração do TCC .............................................................. 25


5. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS ....................................................... 28
   5.1. Elementos pré-textuais ............................................................................................... 28
   5.2. Partes textuais ............................................................................................................ 30
         5.2.1. Introdução .......................................................................................................... 31
         5.2.2. Tópicos do desenvolvimento ............................................................................. 31
         5.2.3. Conclusão ........................................................................................................... 31
   5.3. Partes pós-textuais ..................................................................................................... 32


6. PADRONIZAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................... 33
   6.1. Padrões para digitação de trabalhos acadêmicos .................................................... 33
   6.2. Orientação para formatação do documento ............................................................ 35
         6.2.1. Configuração de página ...................................................................................... 35
         6.2.2. Formatação da fonte ........................................................................................... 36
         6.2.3. Formatação de parágrafo .................................................................................... 38
6.2.4. Inserção de quebra de seção ............................................................................... 39
       6.2.5. Numeração de página ......................................................................................... 40
       6.2.6. Equações e fórmulas .......................................................................................... 41
 6.3. Sistematização das seções estruturais do trabalho acadêmico ............................... 42
 6.4. Figuras de realce ......................................................................................................... 43

7. NORMAS PARA A REFERENCIAÇÃO DAS FONTES CONSULTADAS ............... 45
 7.1. Conceito ....................................................................................................................... 45
       7.1.1. Documentos referenciáveis ................................................................................ 45
       7.1.2. Elementos essenciais da referência .................................................................... 45
       7.1.2.1. autoria ............................................................................................................. 45
       7.1.2.2. título e edição .................................................................................................. 46
       7.1.2.3. local ................................................................................................................. 46
       7.1.2.4. editora .............................................................................................................. 46
       7.1.2.5. data .................................................................................................................. 47
 7.2. Referenciação de materiais de uso mais frequente .................................................. 47
       7.2.1. Livros usados como um todo ............................................................................. 47
       7.2.2. Livros usados em parte ou capítulo destacado ................................................... 49
       7.2.3. Obras de referência (dicionário, enciclopédia) .................................................. 49
       7.2.4. Artigos de revista, boletim, periódico ................................................................ 50
       7.2.5. Matéria de jornal ................................................................................................ 51
       7.2.6. Artigo ou matéria de revista, boletim, jornal em meio eletrônico ...................... 51
       7.2.7. Evento científico como um todo ........................................................................ 52
       7.2.8. Trabalho apresentado em evento científico ........................................................ 52
       7.2.9. Teses, dissertações e outros trabalhos acadêmicos ............................................. 52
       7.2.10. Patente .............................................................................................................. 53
       7.2.11. Documento jurídico .......................................................................................... 53
                  7.2.11.1. legislação ........................................................................................... 53
                  7.2.11.2. jurisprudência .................................................................................... 54
                  7.2.11.3. doutrina .............................................................................................. 54
                  7.2.11.4. consulta a publicação comercial de documento jurídico ................... 54
                  7.2.11.5. consulta a documento jurídico em meio eletrônico ........................... 54
       7.2.12. Imagem em movimento .................................................................................... 55
       7.2.13. Documento iconográfico .................................................................................. 55
       7.2.14. Documento cartográfico ................................................................................... 55
       7.2.15. Documento sonoro ........................................................................................... 56
       7.2.16. Partitura ............................................................................................................ 56
       7.2.17. Documento tridimensional ............................................................................... 56
7.2.18. Materiais não previstos na NBR 6023:2002 .................................................... 57
         7.2.19. Autoria repetida ................................................................................................ 57


8. REDAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS .................................................................... 59
   8.1. Características da linguagem .................................................................................... 59
   8.2. Uso de citações e notas de rodapé ............................................................................. 60


9. APRESENTAÇÃO DE TABELAS E ILUSTRAÇÕES ................................................. 65
   9.1. Concepções .................................................................................................................. 65
   9.2. Elaboração geral da tabela ........................................................................................ 65
         9.2.1. Número ............................................................................................................... 65
         9.2.2. Título .................................................................................................................. 66
         9.2.3. Apresentação de tempo ...................................................................................... 67
         9.2.4. Moldura .............................................................................................................. 68
         9.2.5. Cabeçalho ........................................................................................................... 68
         9.2.6. Coluna indicadora .............................................................................................. 68
         9.2.7. Totalização ......................................................................................................... 69
         9.2.8. Rubrica ............................................................................................................... 69
         9.2.9. Indicação de intervalos parciais ......................................................................... 70
         9.2.10. Corpo ................................................................................................................ 70
         9.2.11. Unidade de medida ........................................................................................... 71
         9.2.12. Dado numérico ................................................................................................. 71
         9.2.13. Arredondamento de dado numérico ................................................................. 72
         9.2.14. Sinal convencional ........................................................................................... 73
         9.2.15. Chamada ........................................................................................................... 73
         9.2.16. Fonte ................................................................................................................. 73
         9.2.17. Nota geral ......................................................................................................... 74
         9.2.18. Nota específica ................................................................................................. 74
   9.3. Apresentação de tabela .............................................................................................. 75
         9.3.1. Localização ........................................................................................................ 75
         9.3.2. Tabela com excessiva altura ............................................................................... 75
         9.3.3. Tabela com excessiva largura ............................................................................. 75
         9.3.4. Tabela com excessiva altura e largura ................................................................ 76
   9.4. Aspectos gerais da representação gráfica ................................................................. 76
   9.5. Tipos de gráficos estatísticos ...................................................................................... 79

10. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 82
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 83

APÊNDICE A¹ - CAPA PARA A GRADUAÇÃO ............................................................. 86

APÊNDICE A² - CAPA PARA A PÓS-GRADUAÇÃO ..................................................... 87

APÊNDICE B¹ - FOLHA DE ROSTO DA GRADUAÇÃO .............................................. 88

APÊNDICE B² - FOLHA DE ROSTO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO ............................ 89

APÊNDICE C¹ - FOLHA DE APROVAÇÃO DA GRADUAÇÃO ................................. 90

APÊNDICE C² - FOLHA DE APROVAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO ......................... 91

APÊNDICE D - FICHA CATALOGRÁFICA (graduação e pós-graduação) ................. 92

APÊNDICE E - RESUMO (graduação e pós-graduação) ................................................ 93

APÊNDICE F - ESPELHO PARA CONFIGURAÇÃO DE PÁGINA ............................ 94

APÊNDICE G - EXPRESSÕES LATINAS EM TEXTOS CIENTÍFICOS .................. 95

ANEXO A - EXEMPLOS DE GRÁFICOS ....................................................................... 97


ANEXO B - TABELA MODELO ....................................................................................... 99

ANEXO C - RESOLUÇÃO Nº 748 DE 22 DE SETEMBRO DE 2009 ......................... 100
1. APRESENTAÇÃO



         A produção deste documento é resultado da experiência das autoras trabalhando com
disciplinas ligadas a técnicas de estudo e pesquisa com turmas dos períodos iniciais de diferentes
cursos e com projetos de pesquisa e orientação de monografia no Curso de Pedagogia, além
da experiência com metodologia da pesquisa e orientação de monografia em cursos de pós-
graduação em várias instituições que promovem tais cursos.

         A elaboração do trabalho de conclusão de curso, seja na graduação ou na pós-graduação,
tem como resultado a consolidação das aprendizagens realizadas pelo aluno ao longo do curso,
cuja experiência, na maioria das vezes, desencadeia forte motivação para prosseguimento da
vida acadêmica.

         Recomenda-se a aplicação dos aspectos normativos tratados nesta publicação em
momentos especiais no decorrer do curso como aprendizado, o que facilitará a elaboração e
apresentação do trabalho de conclusão do curso.

         O primeiro capítulo trata da normalização dos trabalhos de conclusão de curso segundo
a NBR 14724:2005 que conceitua dissertação e tese sem menção alguma à monografia;
depois enumera modalidades de trabalho de conclusão de curso e os caracteriza de um modo
genérico.

         O segundo capítulo é novidade neste documento por solicitação da Universidade Gama
Filho com o objetivo de esclarecer a comunidade acadêmica a respeito dos tipos de trabalhos
de conclusão de curso que serão aceitos pela universidade: monografia, artigo, estudo de caso e
projeto, caracterizando cada um deles.

         A seguir vem o capítulo que trata dos aspectos normativos em relação à: estrutura do
trabalho acadêmico com base na NBR 14724:2005, com apresentação de apêndices ilustrativos
da formatação e diagramação das partes pré-textuais obrigatórias. As partes textuais (introdução,
desenvolvimento e conclusão) são ilustradas pela composição deste documento, bem como as
partes pós-textuais.

         O sexto capítulo destaca-se pelo alcance da abordagem técnica: apresenta uma orientação
detalhada para a digitação e formatação do trabalho de conclusão de curso, com ilustrações que
Universidade Gama Filho   |     11




facilitam o uso do Microsoft Word para a apresentação do TCC. Para a elaboração deste capítulo
as autoras contaram com o assessoramento do analista de sistemas Luciano Mota Coelho.

         A NBR 6023:2002, que define a apresentação e a organização das referências
(fontes consultadas para a elaboração dos trabalhos acadêmicos), é o conteúdo do capítulo 7:
apresentação dos aspectos normativos com orientação e exemplificação de todo o conteúdo da
Norma, acrescentando-se, ainda, casos não previstos na referida NBR e que comumente são
usados em trabalhos acadêmicos.

         Menor em extensão, mas não menos importante, o capítulo 8 trata de aspectos da redação
de textos acadêmicos: características da linguagem e uso de citações e notas de rodapé.

         O último tópico trata da orientação para o uso de tabelas e ilustrações no sentido de
também normalizar o uso e apresentação desses elementos, com orientação e ilustrações no
próprio texto.

         Estão colocados apêndices com modelos de partes pré-textuais, espelho para
configuração de página, expressões latinas em textos científicos, exemplos de gráficos e uma
tabela como anexo.

         Com a publicação deste documento pretende-se não apenas facilitar a elaboração e
apresentação de trabalhos de conclusão de curso, mas que os alunos utilizem esse aprendizado
em outras circunstâncias de aprendizado semelhante, procurando alcançar um padrão de
qualidade textual e estética na apresentação dos mesmos.

         Certamente a questão do conteúdo dos trabalhos é fundamental e se sobrepõe ao padrão
da forma, mas o ideal está na conjugação de ambos os aspectos.

         Foram significativas para a revisão e ampliação deste material para nova publicação as
contribuições das professoras Regina Lucia Brandão Alencar e Adriana Moutinho de Amorim,
professoras em cursos de pós-graduação da UGF.
2. JUSTIFICATIVA



         A Universidade Gama Filho chega aos setenta anos de existência fiel à missão de
“Educar com excelência e produzir conhecimento, formar profissionais competentes e
comprometidos com valores éticos e com a construção de uma sociedade justa e democrática”,
legado do seu fundador. Nasceu com a criação do Colégio em 1939, no subúrbio da Piedade,
Rio de Janeiro. Dez anos depois começou a funcionar uma turma de Direito. Em 1972 foi
transforma em Universidade, a primeira instituição particular de ensino superior da região a
galgar tal categoria.

         Atualmente a UGF tem como visão prospectiva de mundo “ser reconhecida regional,
nacional e internacionalmente pela formação de profissionais competentes, em sintonia com as
necessidades da sociedade e pela produção de conhecimento.”

         A competência desejada do concluinte de um curso universitário depende de muita
dedicação e esforços pessoais associados à qualidade das práticas pedagógicas curriculares.
Entretanto, grande parte do alunado tem dificuldades para conciliar estudo e trabalho, situação
que requer disponibilização de material produzido pelo professor como forma de ampliar as
fontes de consulta para estudo em horários alternativos.

         Embora inicialmente tivesse como foco de abordagem os aspectos normativos
relacionadas à forma de apresentação dos trabalhos de conclusão de curso, a inclusão de
um novo capítulo apresentando e até discutindo as modalidades de TCC, a partir da NBR
14724:2005, despertará interesse em alunos e até em professores para uma leitura mais atenta,
com possibilidades de provocar mudanças no processo de elaboração e apresentação de TCC,
resultado de outro tipo de aprendizagem que agrega valor no produto, no caso o TCC.
3. TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO SEGUNDO A NBR 14724:2005



         A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) “[...] especifica os princípios
gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) visando sua
apresentação à instituição (banca, comissão examinadora e professores, especialistas designados
e/ou outros).” (NBR 14724, 2005, p.1) Estabelece, também, que o conteúdo desta norma seja
aplicado a trabalhos intra e extraclasse, no que couber.

         Essa extensão de aplicabilidade sugere que tais regras constituem conteúdo de ensino/
aprendizagem cujo domínio depende da sua compreensão por parte de professores e alunos e da
frequência com que forem utilizados no cotidiano acadêmico.

         A NBR 14724:2005 especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos
acadêmicos de conclusão de curso em três categorias: teses, dissertações e outros.

         Na categoria trabalhos acadêmicos a norma especifica e nomeia a dissertação e a tese
respectivamente como
                        Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um
                        conteúdo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com
                        o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento
                        de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do cotidiano.
                        É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de
                        mestre. (NBR 14724, 2005, p. 2).
                        Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de
                        um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base
                        em investigação original, constituindo-se em real contribuição o para a especialidade
                        em questão. É feito sob coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do
                        título de doutor, ou similar. (NBR 14724, 2005, p. 3).

         A categoria trabalhos acadêmicos similares inclui: trabalho de conclusão de curso de
graduação (TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de cursos
de especialização e/ou aperfeiçoamento.

         Ao especificá-los, a norma os considera em conjunto como
                        Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do
                        assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
                        independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação
                        de um orientador. (NBR 14724, 2005, p. 3).

         A partir do estabelecido pela NBR 14724:2005 cabe às universidades e instituições
similares determinar os tipos de trabalhos de conclusão de curso que serão aceitos.
4. MODALIDADES DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NA UGF



         A Universidade Gama Filho estabelece no Art. 2º, do Anexo à Resolução nº 748, de 22
de setembro de 2009 que “A critério do Regulamento de cada curso o Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC) poderá ser aceito sob a forma de artigo, projeto, monografia ou estudo de caso
com apresentação de relatório.”

  4.1. Monografia

         A não inclusão da monografia como tipo de trabalho de conclusão de curso pela NBR
14724:2005 causa estranheza, uma vez que a literatura de metodologia da pesquisa, ao tratar
da elaboração de trabalhos acadêmicos, sempre apresenta as três modalidades de produção:
monografia, dissertação e tese.

         Esse fato motivou uma breve consulta bibliográfica no sentido de compreender a posição
da ABNT. Constatou-se que alguns autores apenas conceituam monografia; associam a dissertação
ao curso de mestrado para a obtenção do título de mestre; e a tese ao curso de doutorado para
obtenção do título de doutor.

         Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 237),
                        Alguns autores, apesar de darem o nome genérico de monografia a todos os trabalhos
                        científicos, diferenciam uns dos outros de acordo com o nível da pesquisa, a profundidade
                        e a finalidade do estudo, a metodologia utilizada e a originalidade das conclusões.
                        Dessa maneira, podem-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tese, que
                        obedecem a esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à
                        extensão.

         A seguir estas autoras apresentam outra tendência para a classificação das monografias:
escolares ou trabalhos de caráter didático, elaborados por iniciantes, e apresentados ao final de
curso específico; científicas: trabalhos científicos apresentados ao final do curso de mestrado
para obter o título de mestre (LAKATOS; MARCONI, 2001).

         Observa-se que nesta classificação a dissertação está contida na categoria monografia
e a tese não entra. Permanece a pergunta: por que a NBR 14724:2005 não inclui a monografia
como tipo de trabalho de conclusão de curso?

         A leitura de outras fontes para dar mais consistência a esta parte do trabalho provocou
mais uma observação: boa parte dos autores consultados comumente remete-se a publicações
contemporâneas e, também, às mais antigas, estas certamente pelo seu valor como referência. No
Universidade Gama Filho      |       15




caso específico observou-se a frequência com que Ângelo Domingos Salvador é referenciado de
forma indireta em publicações da área de metodologia científica e de pesquisa. Tal constatação
motivou uma nova leitura do livro Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica, publicado pela
editora Sulina, de Porto Alegre, em 1970, com nove edições até 1981. O conteúdo apresentado
na literatura atual, por exemplo, por Lakatos e Marconi (2001), é muito semelhante ao texto
de Salvador (1981), quando ambos tratam de monografia (conceito, características, tipos),
dissertação e tese.

         Esse exercício forneceu elementos para, talvez, esclarecer a não inclusão da monografia
como categoria de trabalho de conclusão de curso pela NBR 14725:2005.

         Lakatos e Marconi (2001, p. 235) conceituam monografia como:
                        Descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer, dissertação
                        ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da ciência, da
                        arte, da história etc ou ‘trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular,
                        usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance (American
                        Library Association)’. Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema específico ou
                        particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia.
                        Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus
                        ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.

         A seguir, estas autoras listam características da monografia.
                        a) trabalho escrito, sistemático e completo;
                        b) tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela;
                        c) estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso;
                        d) tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (neste caso é limitado);
                        e) metodologia específica;
                        f) contribuição importante, original e pessoal para a ciência. (LAKATOS; MARCONI,
                           2001, p. 235).

         No tópico destinado ao conceito de monografia Salvador (1981, p. 32) remete-se a
conceitos de outros autores, a partir dos quais faz uma listagem de características dos trabalhos
monográficos:
                        a) [...] redução da abordagem a um único assunto, a um único problema particular.
                           Mantém-se assim o sentido etimológico do termo: monos (um só) e graphein
                           (escrever): estudo por escrito de um único tema específico. As monografias
                           contrapõem-se às obras gerais;
                        b) É estudo pormenorizado no tratamento: trata exclusivamente de um único assunto,
                           desenvolvendo-o exaustivamente em todos os seus aspectos e ângulos. É um estudo
                           limitado em extensão, mas exaustivo e completo na compreensão e profundidade;
                        c) Resulta de uma investigação científica, feita em documentação escrita ou por
                           observação e experimentação, seguindo rigorosamente a metodologia de cada
                           ciência;
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese          |   16




                                d) Apresenta uma contribuição original ao progresso da ciência, quer em termos de
                                   sistematização de conhecimento, quer em termos de novas descobertas ou de novos
                                   inventos;
                                e) É também uma contribuição pessoal à ciência, e não uma compilação de obras alheias
                                   ou uma mera divulgação de conhecimentos.

             Com base nestas características acrescenta:
                                Convém, porém, distinguir as monografias escolares das monografias científicas.
                                Aquelas são usadas nos cursos de graduação como uma iniciação à pesquisa e como
                                preparação de seminários; estas são resultado do estudo original e pessoal de um
                                tema bem delimitado, seguindo rigorosamente a metodologia própria de cada ciência.
                                Distinguem-se basicamente pela qualidade da tarefa, pelo nível da pesquisa e pela
                                originalidade das conclusões. (SALVADOR, 1981, p. 33).

             A seguir Salvador (1981) propõe que o leitor compare ensaio, dissertação, monografia
e tese usando como critério as características originalidade e profundidade.

             Com esta proposta fez-se necessário apresentar ao leitor a concepção de ensaio:
                                Ensaio é o texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor a respeito de
                                um determinado assunto. Embora encerre o pressuposto de conhecimentos adquiridos
                                no meio científico comum, o ensaio pretende expressar a visão do autor até mesmo de
                                forma independente em relação ao pensamento científico expresso e comum a respeito
                                do assunto. (SANTOS, 2002, p. 44).1

             O ensaio teórico como trabalho científico consiste “[...] em exposição lógica e reflexiva
e em argumentação rigorosa com alto nível de interpretação.” (SEVERINO, 2002, p. 153).

             Partindo do ensaio, o critério de comparação é a originalidade; no sentido inverso,
partindo da tese, o critério de comparação é a profundidade.

          ENSAIO                 DISSERTAÇÃO                          MONOGRAFIA                                TESE

                 Síntese: o ensaio é o mais original e a tese o de maior profundidade.

             Salvador (1981, p. 33) chama a atenção para o seguinte: “[...] embora a tese seja uma
monografia, comumente confunde-se dissertação monográfica com monografia simplesmente.
Nesta sequência, a monografia está no meio [como ponto de equilíbrio].” O autor conclui, então,
que o termo monografia se sobrepõe aos outros tipos e deveria ser considerado um gênero de
trabalho científico e, consequentemente, as demais espécies ou tipos de trabalhos monográficos.
Severino (1993, p. 144) reforça este ponto de vista quando afirma que “A tese de doutoramento e
a dissertação de mestrado, no contexto da vida acadêmica, e os trabalhos resultantes de pesquisas
rigorosas são exemplos de monografias científicas.”


1
    As ideias deste autor sintetizam as de Salvador (1981).
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         Com essa defesa, Salvador (1981) dá uma pista que pode esclarecer a não inclusão da
monografia como um tipo de trabalho de conclusão na NBR 14724:2005.

         Segundo Medeiros (2000, p. 183),
                        Embora haja confusão quanto ao uso do termo monografia, devido a seu largo uso no
                        meio acadêmico como trabalho apresentado, ao final de cursos de graduação, ou como
                        texto escrito relativo a seminário apresentado em cursos de pós-graduação, a expressão
                        diz respeito a trabalhos escritos que versam sobre um assunto. [...] O que diferencia
                        um texto de outro é o nível da pesquisa. [...] Assim, para o estudante de graduação, é
                        suficiente uma pesquisa bibliográfica restrita a uma dezena de livros ou mais; de um
                        estudante de pós-graduação se exige pesquisa bibliográfica mais elástica, reflexão
                        demorada sobre os fatos relatados, criatividade em relacionar fatos e observações.

         Na categoria trabalhos acadêmicos similares a NBR 14724:2005 normaliza os
seguintes tipos de trabalho de conclusão de curso: trabalho de conclusão de curso (TCC);
trabalho de graduação interdisciplinar (TGI); trabalho de conclusão de curso de especialização
e/ou aperfeiçoamento e os especifica genericamente como resultado de um estudo, cuja temática
obrigatoriamente deve estar ligada aos objetivos do curso.

         Pelo exposto é pertinente incluir a monografia como um dos tipos de Trabalho de
Conclusão de Curso de graduação na UGF porque esse tipo de abordagem dá oportunidade
ao aluno de aprofundar o estudo de algum tema cujo conteúdo lhe tenha despertado interesse
durante o curso, pela oportunidade de aprofundar o conhecimento a respeito do mesmo e procurar
aplicá-lo no exercício profissional.

         O conceito de monografia traz em si a sua característica fundamental: “[...] abordagem
de um único assunto, ou problema, sob tratamento metodológico de investigação. Exige, portanto,
que lhe seja dada uma especificação, um tratamento aprofundado e exaustivo, que não deve ser
confundido com extensão [do texto monográfico].” (MARCANTONIO, 2004, p. 67).

         Como nos demais tipos de TCC, a escolha do tema da monografia, além de necessariamente
estar vinculada ao currículo do curso, há de considerar também a familiaridade do autor com
referências que abordam o assunto no sentido de facilitar-lhe o levantamento bibliográfico para
fundamentar o trabalho.

         A organização, digitação e apresentação da monografia seguem integralmente as normas
constantes neste documento.
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   18




  4.2. Artigo

      4.2.1. Concepção e caracaterísticas

         “Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma
questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de livro.”(LAKATOS;
MARCONI, 2001, p. 259).

         Geralmente são publicados após a conclusão de pesquisa (documental, bibliográfica ou
de campo) em periódicos ou revistas especializadas como forma de divulgação dos resultados
de estudos e descobertas científicas (MARCANTONIO, 2004).

         O artigo, enquanto trabalho de conclusão de curso, difere do artigo científico, embora
ambos divulguem resultado de pesquisa. A diferença está no nível de complexidade da abordagem
do objeto da pesquisa: a base referencial que sustenta a problematização do tema e a metodologia
utilizada para coleta e tratamento dos dados.

      4.2.2. Estrutura do artigo

         A composição do artigo tem padrão diferenciado dos demais TCC.

         Na folha inicial são colocados os elementos pré-textuais:

         a) título do artigo: centralizado, digitado em caixa alta e em negrito, fonte tamanho
           12; indicação, em nota de rodapé, por meio de chamada numérica, o Curso do qual
           o artigo é requisito parcial para a sua conclusão, por meio de chamada numérica;

         b) autoria: nome completo do autor digitado em caixa alta, com alinhamento à direita
           e indicação, em nota de rodapé por meio de chamada numérica, de breve currículo
           do autor e seus contatos;

         c) resumo: de presença obrigatória, constituído de uma sequência de frases objetivas
           e concisas, preferencialmente articuladas; a primeira frase do resumo deve ser
           significativa explicando o tema do trabalho e a(s) justificativas(s); a seguir deve
           ressaltar o(s) objetivo(s), o tipo de pesquisa, os principais resultados, levando em
           conta os objetivos e as conclusões; o texto deve ser digitado com espaço 1,5cm entre
           linhas, sem recuo de parágrafo, com o total palavras variando de 100 a 250; quando
           se tratar de artigo para publicação em revista ou periódico recomenda-se o espaço
           simples;
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         d) palavras-chave ou descritores: são palavras ou termos representativos do assunto
              tratado no artigo, preferencialmente em vocabulário controlado e devem aparecer logo
              após o resumo (até quatro palavras ou termos, separadas e terminadas por ponto).

         O artigo isoladamente não apresenta ficha catalográfica.

         A organização do artigo é semelhante a dos demais trabalhos acadêmicos: o texto
divide-se em introdução, desenvolvimento e conclusão, mas não existe sumário. A apresentação
do conteúdo tem inicio na segunda folha, com os elementos que compõem o texto colocados em
sequência, sem quebra de seção.

INTRODUÇÃO

         Refere-se à apresentação do trabalho com o seguinte conteúdo: as justificativas para a
escolha do tema/problema, os objetivos geral e específicos e abordagem sucinta da metodologia
adotada para o estudo (pesquisa bibliográfica, documental, de campo, experimental, pesquisa-
ação).

DESENVOLVIMENTO

         Constitui-se na fundamentação lógica do trabalho. No caso de pesquisas bibliográficas
e documentais são admitidas subdivisões do texto referente ao desenvolvimento do conteúdo,
em títulos orientados pelos objetivos específicos da pesquisa, desde que estes proporcionem
maior clareza quanto à organização do texto.

         No caso de pesquisa de campo o texto segue a mesma estrutura-padrão de relatório de
pesquisa exemplificada a seguir.

REVISÃO DE LITERATURA

         Retrata o contexto atual de conhecimento sobre o tema/problema de forma argumentada
e comprovada com a indicação das fontes de consulta.

METODOLOGIA

         Apresenta a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos
utilizados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

         Prevê a comparação/confrontação com os dados e informações colhidas na literatura.
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   20




A apresentação dos resultados pode ser ilustrada com a inclusão de tabelas, quadros, gráficos,
fotografias e outros recursos, se necessários.

CONCLUSÃO

         É a parte final do artigo na qual o autor toma posição em relação ao alcance dos objetivos:
compara os resultados esperados (objetivos) com resultados alcançados e/ou evidenciados na
discussão anterior.

         Os elementos pós-textuais são constituídos de: título e subtítulo (se houver), resumo
e palavras-chave em língua estrangeira, para publicação em periódico de divulgação
internacional; nota(s) explicativa(s), quando necessário, em numeração única e consecutiva
para cada artigo, em algarismos arábicos. A seguir, vêm as referências.

REFERÊNCIAS

         De caráter obrigatório, são constituídas pelas obras citadas no texto, por ordem
alfabética do sobrenome dos autores ou seus substitutos, de acordo com a NBR 6023:2002. Não
se relacionam obras que não foram referidas no decorrer do texto.

         Essa norma ainda relaciona como elementos pós-textuais opcionais: glossário,
apêndice(s) e anexo(s) que seguem a mesma apresentação gráfica dos demais trabalhos
acadêmicos.

AGRADECIMENTO

         É um elemento que se refere a menções que o autor faz a pessoas ou instituições das
quais eventualmente recebeu apoio relevante para o desenvolvimento do trabalho.

FOLHA DE APROVAÇÃO

         É semelhante à folha de avaliação usada para a monografia e colocada após o término
do artigo (diagramação no apêndice C2).

      4.2.3. Apresentação gráfica

         O texto do artigo é redigido de forma contínua, sem quebra de seção ao final de cada
parte do texto. Os demais padrões para apresentação gráfica deverão estar em consonância com
o conteúdo do capítulo 6 deste documento. Quando se tratar de artigo para a publicação, não se
numeram as páginas.
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         A norma NBR 6022 (2003, p. 5) estabelece que “O indicativo de seção precede o título
[...]”, porém como se observa a ausência desse indicativo na publicação dos periódicos, optou-
se por não usá-lo.

  4.3. Estudo de caso

       4.3.1. Concepção e características

         O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa que consiste no estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos. É uma investigação empírica que aborda um fenômeno
contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, quando as fronteiras não são claramente
evidentes e é possível usar múltiplas formas de identificar evidências. É a estratégia adequada
quando a questão de pesquisa é do tipo Como? Por quê?

         Tem como objetivos principais: explicar ligações causais em intervenções ou situações
da vida real; descrever um contexto de vida real onde ocorreu uma intervenção; avaliar uma
intervenção em curso e modificá-la com base em Estudo de Caso ilustrativo; replicar estudos para
alcançar mais consistência de resultados; explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem
clareza do conjunto de resultados. Tem aplicabilidade como estratégia de pesquisa em psicologia,
sociologia, ciência política, antropologia, história, administração, economia, trabalho social e,
na atualidade, em todas as áreas acadêmicas, incluindo as ciências naturais (YIN, 2005).

         Nas ciências biomédicas o estudo de caso costuma ser aplicado, tanto como estudo-
-piloto para esclarecimento do campo de pesquisa em seus múltiplos aspectos, quanto para a
descrição de síndromes raras, cujos resultados, de modo geral, são apresentados em aberto, ou
seja, na condição de hipóteses, não de conclusões (GIL, 2002).

         “No Estudo de Caso algumas características são fundamentais, como: visar à descoberta,
enfatizar a interpretação do contexto, retratar a realidade de forma ampla, valer-se de diversas fontes
de informação.” (LÜDKE; ANDRÉ, 1986 apud MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 274).

          Considerado por muito tempo como procedimento pouco rigoroso que servia apenas
para estudos de natureza exploratória, atualmente é reconhecido como o delineamento mais
adequado para a investigação de um fenômeno dentro do seu contexto real, especialmente quando
os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos.

         “Usar os estudos de caso para fins de pesquisa permanece sendo um dos mais desafiadores
de todos os esforços das ciências sociais.” (YIN, 2005, p. 19, grifo do autor).
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   22




         Entretanto,
                           Para fins de ensino, um estudo de caso não precisa conter uma interpretação completa
                           ou acurada de eventos reais; em vez disso, seu propósito é estabelecer uma estrutura
                           de discussão e debate entre os estudantes. Os critérios para desenvolver bons casos
                           para o ensino – cuja variedade, em geral, é de caso único e não de casos múltiplos -
                           são bem diferentes dos critérios para realizar pesquisa. [...] Os estudos de caso que
                           se destinam ao ensino não precisam se preocupar com a apresentação justa e rigorosa
                           dos dados empíricos; os que se destinam à pesquisa precisam fazer exatamente isso.
                           (YIN, 2005, p. 20).

       4.3.2. Planejamento

         É indispensável que o pesquisador já tenha uma base teórica que lhe dê sustentação
para projetar as diferentes etapas do estudo de caso. Pela sua complexidade este tipo de pesquisa
requer do pesquisador cuidados especiais em todo o processo, tanto no planejamento quanto na
coleta e análise dos dados e interpretação dos resultados.

         Segundo Yin (2005) não existe consenso quanto às etapas do estudo de caso; mas
podem-se relacionar as seguintes para serem seguidas:

         a) etapa preparatória:

           • formulação do problema: pode-se pensar um esquema de pesquisa que envolve,
             pelo menos, quatro problemas: quais questões a estudar, quais dados são relevantes,
             quais dados coletar e como analisar os resultados; cada questão formulada deve ser
             seguida de uma lista de prováveis fontes de evidências;

           • definição da unidade caso: significa considerar a totalidade do objeto em todas
             as suas dimensões (por ex.: um paciente transplantado de coração antes, durante e
             depois de seis meses da cirurgia);

           • determinação do número de casos: pode-se trabalhar com caso único e/ou
             múltiplos casos (não mais que quatro, pelas dificuldades que um número maior
             provocaria em todas as etapas do estudo);

         b) elaboração do protocolo de pesquisa

            Nesta etapa o pesquisador registra o conjunto das primeiras decisões em relação à
            pesquisa:

            • visão global do projeto: informa acerca dos propósitos e cenário no qual será
             desenvolvido o estudo de caso;
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           • procedimentos de campo: envolvem formas de acesso às organizações ou informantes,
             material e informações gerais sobre procedimentos a serem desenvolvidos;

           • determinação das questões: não são formuladas diretamente ao cliente, mas
             ao próprio pesquisador como lembretes acerca das informações que devem ser
             coletadas e das prováveis fontes a serem acionadas;

           • guia para elaboração do relatório: item muito importante pois com frequência
             o relatório é elaborado paralelamente à coleta de dados.

      4.3.3. Coleta de dados

         a) uso de mais de uma técnica: é fundamental obter dados por procedimentos
            diversificados para maior consistência dos resultados; é necessário criar uma caixa
            de dados para registrar as informações coletadas com a aplicação das diferentes
            técnicas; este material será utilizado para a produção do relatório;

         b) os resultados obtidos devem ser provenientes da análise da convergência ou
            divergência das observações obtidas nos diferentes procedimentos;

         c) tipos de procedimentos: análise de documentos, entrevistas, depoimentos pessoais
            observações espontâneas, observação participante, analise de artefatos físicos
            (objetos).

      4.3.4. Análise dos dados

        A análise de dados representa o estágio mais difícil de ser atingido nas diferentes
modalidades de pesquisa porque não existe uma receita para ser aplicada mecanicamente.

        Segundo Gil (2002, p. 141),
                         Como o estudo de caso vale-se de procedimentos de coleta de dados os mais variados,
                         o processo de análise e interpretação pode, naturalmente, envolver diferentes modelos
                         de análise. Todavia, é natural [e lógico] admitir que a análise dos dados seja de natureza
                         predominantemente qualitativa.

        Pela complexidade desta etapa não é pertinente fornecer pistas alguma sobre como
operacionalizá-la.

      4.3.5. Redação do relatório

        O relatório tem a finalidade de divulgar os resultados da pesquisa, por isso precisa levar
em conta o público-alvo: banca de avaliação, quando se trata de trabalho de conclusão de curso;
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participantes de eventos acadêmico; revistas e periódicos de divulgação científica. Como trabalho
de conclusão de curso a apresentação deverá seguir as orientações indicadas a seguir.

         Os relatórios de caso único geralmente são elaborados sob a forma de narrativas
simples para descrever e analisar o material, incluindo ilustrações com tabelas, gráficos, figuras,
imagens.

         Quando se trata de casos múltiplos o relatório “[...] deverá conter várias narrativas,
geralmente apresentadas em capítulos ou seções separadas, sobre cada um dos casos
individualmente. Também constará no relatório um capítulo ou uma seção que apresente a análise
e os resultados de casos cruzados.” (YIN, 2005, p. 176).

         Um terceiro tipo de relatório pode ser usado tanto quando se trata de caso único quanto
de múltiplos casos, sem uso da narrativa tradicional. O texto do relatório segue uma série de
perguntas e respostas buscadas nas perguntas e respostas constantes do banco de dados para o
estudo de caso.

         Yin (2005) aponta quatro aspectos que o relatório deve abranger: apresentação do
problema ao qual se destina o estudo; os processos de pesquisa (plano de estudo, método de
manipulação da variável independente, se o estudo assumir a forma de experiência), natureza da
amostra, técnicas de coleta de dados, método de análise estatística; os resultados; consequências
deduzidas dos resultados.

           “O sucesso de um Estudo de Caso em muito depende da perseverança, criatividade e
raciocínio crítico do investigador para construir descrições, interpretações, enfim, explicações
originais que possibilitem a extração cuidadosa de conclusões.” (MARTINS, 2008, p. 3).

       4.3.6. Estrutura do relatório

         O relatório de um estudo de caso como Trabalho de Conclusão Curso na UGF deverá
seguir o padrão apresentado neste livro. Na parte pré-textual são obrigatórios: capa, folha de
rosto, folha de avaliação, resumo e ficha catalográfica. A estrutura da parte textual deverá
contemplar as indicações colocadas no tópico anterior e ainda considerar a elaboração do
texto sob a forma de narrativa. Os elementos pós-textuais também deverão estar presentes: as
referências, apêndices e anexos

         Apesar da complexidade dos estudos de caso, esta é uma modalidade de pesquisa
que deveria ter lugar destacado no processo de iniciação à pesquisa, paralelamente à pesquisa
Universidade Gama Filho    |      25




bibliográfica e documental no sentido de o aluno compreender que o ato de pesquisar não significa
copiar, reproduzir simplesmente o que já lhe é disponível.

  4.4. Projeto

         A modalidade projeto como TCC é uma categoria cuja produção final se materializa
através de maquetes, filmes, ensaios fotográficos, produtos gráficos e similares, material didático-
-pedagógico e outros cuja execução passa pelas mesmas etapas das outras modalidades de TCC:
elaboração do projeto do trabalho seguindo a orientação metodológica do curso. É necessário
que todo o processo seja registrado passo a passo, incluindo observações que sejam significativas
para a elaboração do documento final.

         A apresentação desse tipo de TCC segue orientação diferenciada dos demais, mas
precisa contemplar o mesmo conteúdo estrutural previsto pela Norma 14724:2005 que define
como partes do documento: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

         O documento final escrito de apresentação do Projeto como modalidade de TCC terá
a seguinte estrutura:

         a) elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, folha de avaliação, resumo e ficha
               catalográfica;

         b) elementos textuais: introdução, desenvolvimento, conclusão;

         c) elementos pós-textuais: referências;

         d) apêndices e anexos: se necessários.

         A parte textual diz respeito ao conteúdo do projeto e deverá ser produzida na forma de
relato ou memorial descritivo do processo de criação fase por fase.

         A apresentação, digitação e formatação do documento seguirão as normas indicadas
neste livro.

  4.5. Etapas do processo de elaboração do TCC

         Os trabalhos de conclusão de curso na graduação geralmente provocam ansiedade
nos alunos por se sentirem diante da tarefa-síntese do aprendizado, cuja realização lhes exigirá
capacidade de pensar a realidade tendo como referência os conhecimentos construídos no decorrer
do curso, em constante relação teoria/prática.
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   26




         Chega o momento em que o aluno é chamado a se pronunciar sobre a escolha do tema que
pretende abordar: estará dando início ao processo de elaboração do trabalho de conclusão de curso. Será
proveitoso fazer uma retrospectiva do aprendizado até aquele momento, principalmente pensando a
respeito do próprio desempenho acadêmico, das questões ou perguntas que permaneceram, das lacunas
na sua formação. Também será proveitoso conversar com um professor com o qual tenha afinidades para
trocarem ideias a respeito das próprias expectativas e dúvidas iniciais a respeito do TCC. Uma retomada
da literatura relacionada ao tema pode funcionar como ponto de apoio para as primeiras decisões. “O
mais importante, porém, é identificar fontes [de consulta] fidedignas, confiáveis, de autores renomados
e considerados autoridades no assunto que se vai estudar.” (ANDRADE, 2006, p. 44)

         A elaboração do TCC, enquanto prática acadêmica, segue as mesmas etapas da pesquisa,
exercício que todo estudante universitário faz inúmeras vezes durante o curso, com maior ou
menor detalhamento. Enquanto prática de pesquisa o projeto do TCC segue as mesmas etapas:

         a) preparação ou elaboração de um pré-projeto: primeiras decisões a respeito de
            tema e tipo de pesquisa; levantamento de material bibliográfico, leitura das fontes
            selecionadas; formulação preliminar de perguntas para pesquisa e objetivos ou
            resultados esperados;

         b) elaboração do projeto de pesquisa: de acordo com estrutura indicada em disciplina
            específica do curso: o projeto de pesquisa é o documento que apresenta o conjunto
            das decisões tomadas pelo universitário em relação à realização da pesquisa, com
            previsão das tarefas a serem executadas.

         Aprovado o projeto, certamente o aluno não estará tranquilo porque existe a cultura do
medo em relação a esse tipo de trabalho, até que seja iniciado o processo de elaboração do TCC.
Para isto é necessário que o estudante retome o projeto.

         A entrada na fase seguinte já deverá ser mais tranquila e ele mais confiante após os
primeiros encontros:

         c) realização da pesquisa: coleta e organização dos dados; análise, discussão e
            interpretação dos resultados;

         d) elaboração da parte textual do documento, de acordo com o tipo de TCC
            (monografia, relatório, projeto de trabalho na respectiva área de formação, artigo,
            estudo de caso);
Universidade Gama Filho   |    27




e) organização do documento final: partes pré-textuais, o texto propriamente dito,
  partes pós-textuais; digitação, formatação do trabalho de acordo com o conteúdo do
  capítulo 4 deste livro; revisão do trabalho considerando texto e formatação;

f) entrega do TCC ao professor-orientador: marcada a data para apresentação do
  trabalho cabe ao aluno retomar o conteúdo e fazer um esquema para se orientar em
  relação à sua fala.
5. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS



        Através da NBR14724 (2005, p. 3) a ABNT estabelece que “A estrutura de tese,
dissertação ou de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-textuais, elementos
textuais e elementos pós-textuais.”

  5.1. Elementos pré-textuais

        São elementos obrigatórios: capa, folha de rosto, folha de aprovação e resumo. São
opcionais: errata, dedicatória(s), agradecimento(s), epígrafe. Listas de ilustrações, tabelas,
símbolos, abreviaturas também são opcionais cuja presença depende do tipo de pesquisa
feita. Os elementos pré-textuais são colocados no trabalho na ordem em que se seguem neste
documento.

        a) capa: contém as informações institucionais hierarquicamente apresentadas,
             considerando a estrutura acadêmica da universidade correspondente ao curso (com
             o uso de todas as letras maiúsculas); o título principal do trabalho, redigido de forma
             clara e precisa indicando o seu conteúdo (todas as letras maiúsculas) e o subtítulo se
             houver (colocado na linha abaixo do título, com todas as letras minúsculas); o nome
             do autor (apenas as iniciais maiúsculas); a cidade (apenas as iniciais maiúsculas) e o
             ano (diagramação no apêndice A); as monografias dos cursos de pós-graduação no
             âmbito da Central de Cursos de Extensão e Pós-Graduação Lato Sensu (CEPLA)
             são encadernadas usando a cor azul-rei para a capa. Em trabalhos acadêmicos
             disciplinares a capa pode ser dispensada, a critério do professor;

        b) folha de rosto: elemento obrigatório com as seguintes informações nesta ordem:
             nome do autor: responsável intelectual do trabalho; título principal do trabalho:
             redigido de forma clara e precisa, identificando o seu conteúdo; subtítulo, se
             houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, como na
             capa; natureza e objetivo do trabalho (dissertação, monografia, trabalho, projeto
             de conclusão do curso X), nome do orientador (e coorientador, se houver), cidade
             e ano (diagramação no apêndice B);

        c) folha de aprovação: elemento obrigatório colocado logo após a folha de rosto; é
             constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho negritado e subtítulo
Universidade Gama Filho   |      29




   precedido de dois pontos, se houver, natureza, objetivo, nome da instituição
   a que é submetido, nome, titulação e assinatura dos membros componentes da
   banca examinadora; a data é colocada após a aprovação do trabalho seguindo-se
   a assinatura dos membros componentes da banca examinadora (diagramação no
   apêndice C); no caso de o TCC ser realizado em grupo, a folha de avaliação será
   única, relacionando-se os nomes dos componentes em coluna e a seguir o registro
   da respectiva nota; o critério para a atribuição de nota, se individual ou única para
   todo o grupo, deve ser definido na regulamentação do TCC do respectivo curso;

d) errata: elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha de rosto,
   constituído pela referência do trabalho e pelo texto da errata e disposto da
   seguinte maneira:
                                 ERRATA
      Folha         Linha             Onde se lê              Leia-se

        32             3              publicacao            publicação

e) edicatória(s): elemento de caráter opcional, colocado logo após a folha de
   aprovação, constitui espaço para o autor homenagear alguém e se caracteriza,
   geralmente, por forte componente afetivo (diagramação livre, com título
   centralizado na altura da margem superior);

f) agradecimento(s): elemento também opcional, colocado após a dedicatória, é
   dirigido a pessoas ou instituições que, de alguma forma, facilitaram o trabalho
   (diagramação livre e título centralizado na altura da margem superior);

g) epígrafe: elemento opcional colocado após o agradecimento; geralmente é usada
   uma citação que sintetiza a mensagem central do trabalho, sendo indispensável a
   identificação da fonte (diagramação livre e título colocado na altura da margem
   superior); também podem constar epígrafes nas folhas de abertura das seções
   primárias do documento seguindo igual orientação;

h) ficha catalográfica: a ABNT, através, da mesma norma, recomenda que seja parte
   do trabalho, colocada no verso da folha de rosto (contendo os dados referenciais
   de acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente) (apêndice
   D); a produção da ficha catalográfica é de responsabilidade da Biblioteca da
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   30




           Instituição, mas é responsabilidade do aluno solicitá-la em tempo hábil fornecendo
           as informações necessárias para a bibliotecária criá-la;

        i) resumo: elemento de presença obrigatória, com apresentação concisa dos pontos
           relevantes da abordagem, fornecendo uma visão clara do conteúdo, objetivo e
           método e conclusões ressaltando, ainda, a indispensável articulação: problema,
           objetivo, método e resultado; o resumo de trabalho acadêmico (tese, dissertação,
           monografia, relatório) deve conter de 150 a 500 palavras, de acordo com a categoria
           de trabalho (apêndice E);

        j) lista de ilustrações: elemento opcional que deve ser elaborada de acordo com
           a ordem em que aparecem no texto, com cada item designado por seu nome
           específico, acompanhado do respectivo número da página;

        k) lista de tabelas: elemento opcional que deve ser elaborada de acordo com a ordem
           em que aparecem no texto, com cada item designado por seu nome específico,
           acompanhado do respectivo número da página;

        l) lista de abreviaturas e siglas: elemento opcional que consiste na relação
           alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou
           expressões correspondentes grafadas por extenso; recomenda-se a elaboração
           de lista própria para cada tipo;

        m) lista de símbolos: elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a
           ordem apresentada no texto, com o devido significado;

        n) glossário: relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
           obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições;

        o) sumário: elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas dos respectivos
           números de página. “Os elementos pré-textuais não devem constar do sumário.”
           (NBR 6027, 2003, p. 2). Título centralizado na altura da margem superior.

  5.2. Partes textuais

        Correspondem às três partes principais do trabalho acadêmico: introdução
desenvolvimento e conclusão.
Universidade Gama Filho   |    31




      5.2.1. Introdução

        Tem a função de situar o leitor em relação ao contexto do trabalho e despertar-lhe o
interesse pelo conteúdo. Formulada em linguagem simples, deve conter informações suficientes
para que ele perceba o norteamento da abordagem: explicitação dos motivos da escolha do
assunto, acompanhada da indicação do problema ou da questão básica da pesquisa, identificação
dos aspectos teóricos que fundamentaram seu conteúdo, as técnicas de coleta dos dados e
indicação dos objetivos pretendidos. Estas informações são retiradas do projeto de pesquisa
cuja elaboração precedeu, necessariamente, a realização do trabalho.

        Em termos metodológicos, recomenda-se que a introdução seja o último tópico do
texto a ser elaborado. Entretanto, tem-se observado, na orientação de monografias, que alguns
alunos sentem-se mais seguros quando escrevem uma introdução provisória que é revista ao
final do processo, com a ampliação do conteúdo.

      5.2.2. Tópicos do desenvolvimento

        Também denominado corpo do trabalho, constitui uma demonstração, de forma
logicamente articulada, do conteúdo da produção acadêmica. “É a parte principal do texto que
contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções,
que variam em função da abordagem do tema e do método.” (NBR 14724, 2005, p. 6).

      5.2.3. Conclusão

        Nesta parte o autor apresenta as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses
e os resultados alcançados. Neste tópico do trabalho não cabem novas argumentações e nem
o uso de citações, mas um posicionamento consistente tendo por base o que foi explanado no
desenvolvimento.

        Na prática, o autor deve fazer uma releitura do conteúdo dos capítulos, identificando
a evolução da sua linha de pensamento para uma tomada de posição coerente e crítica; com
esta recomendação pretende-se chamar a atenção para que construa um texto próprio que não
tenha características de mero resumo das idéias defendidas. É facultado o encaminhamento de
questões para novas pesquisas, sugestões e/ou recomendações, a partir dos resultados obtidos,
procedimento este que valoriza a produção acadêmica porque indica a presença de pensamento
prospectivo do autor em relação à problemática tratada no seu trabalho.
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   32




  5.3. Partes pós-textuais

         São elementos colocados a seguir do texto. As referências organizadas de acordo com
a NBR 6023:2002 da ABNT são de presença obrigatória, com apresentação na ordem alfabética
dos sobrenomes dos autores e dos elementos que os substituem.

         Também são elementos pós-textuais, porém opcionais: glossário, apêndice(s), anexo(s),
e índices.

         a) glossário: “Relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
             obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.” (NBR
             14724, 2005, p. 2); é elaborado em ordem alfabética;

         b) apêndice: “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar sua
             argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.” (NBR 14724, 2005,
             p. 2);

         c) anexo: “Texto ou documento não elaborado pelo autor que serve de fundamentação,
             comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2005, p. 1);

         d) índice: “Lista de palavras ou frases ordenadas segundo determinado critério, que
             focaliza e remete para as informações contidas no texto.” (NBR 14724, 2005, p. 2);
             de acordo com essa norma sua organização segue os critérios constantes de NBR
             6024:1989.

         Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e
respectivos títulos. Neste documento foi usado, ainda, um índice numérico como recurso para
distinguir, numa mesma categoria de apêndice, os modelos indicados para a graduação e a pós-
graduação.

         Exemplos:

         APÊNDICE A¹ - MODELO DE CAPA PARA A GRADUAÇÃO

         APÊNDICE A²- MODELO DE CAPA PARA A PÓS-GRADUAÇÃO

         APÊNDICE B¹ - MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA A GRADUAÇÃO

         APÊNDICE B²- MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO

         A identificação dos anexos segue a mesma orientação usada para os apêndices.
6. PADRONIZAÇÃO GRÁFICA



         O cumprimento dos requisitos de padronização gráfica pelos alunos da graduação e da
pós-graduação lato sensu da UGF garantirá unidade na apresentação dos respectivos trabalhos.
Segundo a NBR 14724 (2005, p. 8),
                         Todo o texto deve ser digitado ou datilografado com espaço 1,5 [entrelinhas],
                         executando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas
                         das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome
                         da instituição a que é submetida e área de concentração [texto da folha de rosto], que
                         devem ser digitados ou datilografados em espaço simples. As referências ao final do
                         trabalho devem ser separadas entre si por dois espaços simples.

        Em relação à estrutura dos trabalhos a mesma norma estabelece que “Os títulos das
seções devem começar na parte superior da mancha e ser separados do texto que os sucede por
dois espaços 1,5 entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do
texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5.” (NBR 14724, 2005, p. 8). O aluno
dispõe de recursos para visualizar a formatação das páginas consultando o apêndice F deste
documento.

        Começando pelos respectivos indicativos numéricos, os títulos das seções primárias
(numeral inteiro) devem ser alinhados junto à margem esquerda do texto. Para ampliar o espaço
entre os títulos de seção e o início do texto, ou entre títulos de diferentes níveis sugere-se o
uso de recursos de formatação abordados no tópico 6.2 deste tópico, no sentido de obter uma
estética equilibrada em termos de espacejamento.

        Indica-se como fonte o tipo de letra Times New Roman por considerá-la mais próxima
da utilizada nas publicações, por tornar mais claros os destaques em negrito, ter caracteres
uniformes em termos de espaço ocupado e, além disto, ser mais econômica em termos de
impressão.

  6.1. Padrões para digitação de trabalhos acadêmicos

         A ABNT define padrões mínimos para a digitação e apresentação de trabalhos
acadêmicos (tipo de papel, tamanho de fonte, margens e paginação), os quais foram ampliados
nesta norma conforme indicado a seguir:

        a) tipo de papel: formato A4, de 21cmx29,7cm, branco, opaco, com textura 75g/m2 e
             impressão na cor preta;
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   34




            b) linguagem: MS XP, utilizando a fonte Times New Roman tamanho 12 para todo
               o texto e 10 para: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, legendas das
               ilustrações e tabelas, numeração das páginas;

            c) espacejamento: 1,5 linha para todo o texto, incluindo o cabeçalho da capa e da
               folha de rosto; espaço simples para as citações com mais de três linhas, as notas de
               rodapé, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a parte da folha
               de rosto onde são registrados a natureza e o objetivo do trabalho ou grau pretendido,
               titulação correspondente; espaço simples, ainda, para as referências, com ampliação
               desse espaço entre uma e outra referência com recurso da formatação de parágrafo
               (orientação apresentada no tópico 6.2); no caso de equações e fórmulas, dentro do
               texto, também é permitido ampliar a entrelinha de modo a comportar os diferentes
               elementos das mesmas (NBR 14724, 2005);

            d) margens: superior e esquerda: 3cm; direita e inferior: 2cm (tópico 6.2.1); as
               páginas pré-textuais e as capitulares visualmente terão maior margem superior em
               decorrência de formatação específica de títulos que é feita, na prática, colocando-se
               o cursor à esquerda do título e, em seguida, vai-se ao menu formatar parágrafo
               marcando no espaçamento 6 pt antes;2

            e) parágrafo: recuo de 1,5cm para o corpo do texto; no caso de citações destacadas
               (com mais de três linhas) o recuo indicado é de 4cm também marcados a partir da
               margem do texto;

            f) nota de rodapé: separada do corpo do texto por um filete de 3cm, fonte 10 com o
               número em sobrescrito (tópico 6.2 deste documento);

            g) paginação: a ABNT (NBR 14724, 2005, p. 8) normalizou a numeração das páginas
               de trabalhos acadêmicos indicando que
                               [...] numeradas de maneira contínua sua paginação deve dar seguimento à do texto
                               principal. Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas
                               sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira
                               folha da parte textual [introdução], em algarismos arábicos, no canto superior direito
                               da folha, a 2 cm da borda direita superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda
                               direita da folha. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser
                               mantida uma única seqüência [sic] de numeração das folhas, do primeiro ao último
                               volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas [...]


2
    Recomenda-se correção da margem inferior para 1,5 caso a impressão apresente espaço maior que o indicado
    (figura 1, p. 42).
Universidade Gama Filho   |      35




         Nesta norma, recomenda-se que as páginas capitulares não sejam numeradas, a exemplo
da paginação de livros praticada pelas editoras que registram os números na parte superior da
folha. A marcação das margens e parágrafos está ilustrada no apêndice F.

  6.2. Orientação para formatação do documento

         A ABNT define padrões mínimos para a apresentação de trabalhos acadêmicos
indicando: margens, espaço entre linhas, fonte, recuo para citações de mais de três linhas,
contagem e numeração de páginas. Entretanto, observa-se que estes padrões não são suficientes
para garantir uma boa estética na editoração do texto como um todo.

         Neste documento procurou-se ampliar estes padrões apresentando indicações
suficientes para que o aluno possa usar mais recursos disponibilizados pelo aplicativo Word e,
assim, digitar, formatar e editar o texto da sua produção acadêmica com um padrão estético de
qualidade.

         A configuração de página e a formatação do documento dependem do uso adequado
de ferramentas disponíveis no programa Word, o que implica definição prévia de diversos itens
que as compõem. Com as ilustrações que se seguem pretende-se facilitar a realização da tarefa
sem a pretensão de esgotar os recursos deste aplicativo. Cada caixa de configuração apresenta
duas ou mais fichas que também deverão ser configuradas e que estão sendo identificadas (com
números) pela sua localização na caixa principal.

         6.2.1. Configuração de página

         Ao iniciar o trabalho, a primeira tarefa do digitador é fazer a configuração de página,
seguindo os seguintes passos (figura 1):

         a) Menu arquivo Þ configurar página Þ marcar as margens (1) Þ OK

         Caso seja necessário configurar outras fichas da caixa, o digitador passa para a seguinte
e, ao final, volta clicando OK nas fichas até chegar à primeira ficha.

         A marcação a partir da margem > cabeçalho define a colocação correta do número
da página e das notas de rodapé.
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   36




                               Figura 1 - Configuração de página (margens)




b) Menu arquivo Þ configurar página Þ definir tamanho e orientação do papel (2) Þ OK



                         Figura 2 - Configuração de página (tamanho do papel)




      6.2.2. Formatação da fonte

      a) Menu formatar fonte na ficha de fonte (1) marcar: tipo de letra: Times New
      Roman; estilo: normal; tamanho: 12 para o texto comum OK
Universidade Gama Filho   |   37




                          Figura 3 - Fonte (tipo, estilo e tamanho)




b) Menu formatar Þ fonte Þ clicar na ficha caracteres (2) Þ marcar somente dimensão:
                      100; espaçamento: expandido: 0,2 Þ OK
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   38




                                 Figura 4 - Fonte (espaçamento de caracteres)




        6.2.3. Formatação de parágrafo

        Menu formatar Þ parágrafo Þ marcar na ficha (1): recuo e espaçamento

                alinhamento: justificado                    nível do tópico: corpo do texto

                  Recuo esquerdo: 0 cm                      especial: primeira linha 1,5 cm

                espaçamento: depois 6 pt                     entrelinhas: 1,5 linha            OK

        Quando for necessário, flexibilizar os espaços entre linhas usar a pontuação antes ou
depois na caixa espaçamento (figura 5, p. 45).
Universidade Gama Filho   |   39




                           Figura 5 - Parágrafo (recuos e espaçamento)




        6.2.4. Inserção de quebra de seção

       Menu inserir Þ quebra Þ quebra de seção próxima página Þ OK

       Usado em caso de término de capítulo, porque a primeira página do capítulo seguinte
não recebe numeração.
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   40




                                         Figura 6 - Quebra (página e seção)




         6.2.5. Numeração de página

         Menu inserir número de páginas: marcar: posição início da página, alinhamento:
direita; desmarcar: mostrar número na primeira página clicar em formatar (abre-se outra
janela - figura 8).



                            Figura 7 - Numeração de página (posição e alinhamento)
Universidade Gama Filho   |   41




(Janela na figura 8) marcar em: iniciar em: (inserir o número da página) ou em continuar da
seção anterior fechar a janela.

                              Figura 8 - Formatação do número de página




           Ao dar OK nas duas janelas (figura 8 e 7), as folhas serão numeradas corretamente se
o digitador tiver feito as quebras de seção de forma adequada.

           6.2.6. Equações e fórmulas

           Em meio a um texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte os seus
expoentes, índices e outros elementos.

           “Para facilitar a leitura, devem ser destacadas do texto e, se necessário, numeradas
com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita.” (NBR 14724, 2005, p. 9).

           Caso elas sejam extensas, devem ser fragmentadas em mais de uma linha, interrompidas
antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação ou
divisão.

                                         (x2 + y2)/z = n (1)

       Para facilitar a formatação de equações e fórmulas pode-se usar o programa Microsoft
Word Equation seguindo os seguintes passos:

       Menu inserir Þ objeto Þ Microsoft Word Equation Þ OK
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   42




  6.3. Sistematização das seções estruturais do trabalho acadêmico

         A organização do trabalho acadêmico deve obedecer a uma ordem lógica na sua
organização, no sentido de facilitar a compreensão da sua estrutura e visualização da hierarquia
dos tópicos e subtópicos dando, ao leitor, uma visão global da forma de abordagem do assunto.
Segundo a NBR 14724 (2005, p. 9), “Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho,
deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto.” Este sistema é de fácil
aplicação, mas exige que o aluno conceba essa estruturação seguindo os desdobramentos de
forma coerente e discuta com o professor orientador do trabalho.

         Na prática, essa estrutura constitui o conteúdo do sumário (cf. o tópico 5.1) e, ao
elaborá-lo, é indispensável que o aluno esteja atento para o uso das subdivisões porque somente
se justifica desdobrar um tópico se a estrutura do trabalho nele comportar, pelo menos, dois
subtópicos.

         “Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem
iniciar em folha distinta.” (NBR 14724, 2005, p. 9). A seguir, a mesma norma recomenda o
uso de algum recurso (negrito, itálico, redondo, caixa alta, versal, grifo ou outro) para destacar,
gradativamente, a hierarquização dos títulos nos desdobramentos das seções.

         Na estrutura do trabalho acadêmico apenas os elementos textuais recebem indicativos
numéricos, da introdução à conclusão e são hierarquizados de acordo com a orientação que
se segue. Os elementos pré-textuais e pós-textuais, que não recebem indicativos numéricos,
devem ser centralizados e grafados com todas as letras maiúsculas.

         Os indicativos numéricos de todas as seções deverão ser alinhados junto à margem
esquerda do texto, seguidos dos respectivos títulos. Recomenda-se que os desdobramentos
sejam usados, no máximo, até a seção terciária, pois a experiência tem demonstrado que, a
partir da quarta subdivisão, o conteúdo do trabalho geralmente é constituído de enumerações.
No caso das enumerações com letras minúsculas e/ou marcadores, recomenda-se afastamento
no alinhamento do parágrafo (1,5cm) destacando com negrito apenas os títulos das mesmas,
como praticado neste documento.
Universidade Gama Filho    |   43




2. TÍTULO DE SEÇÃO PRIMÁRIA NEGRITADO COM TODAS AS LETRAS
   MAIÚSCULAS

   2.1. Título de seção secundária negritado com apenas a letra inicial maiúscula

       2.1.1. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula

             2.1.1.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

             2.1.1.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

     2.1.2. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula

           2.1.2.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

           2.1.2.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

   2.2. Título de seção secundária negritado com apenas a letra inicial maiúscula

       2.2.1. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula

             2.2.1.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

             2.2.1.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

       2.2.2. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula

             2.2.2.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas

             2.2.2.2. título da seção quaternária com todas as letras minúsculas

  6.4. Figuras de realce

        É indispensável que haja unidade no uso de figuras de realce na redação de trabalhos
acadêmicos. Para efeito desta norma destacam-se, a seguir, os recursos mais comuns:

        a) aspas: uso somente em citação direta ou cópia de parte de texto lido com até três
           linhas, uma vez que as mais extensas serão registradas como indicado no tópico 8.2
           deste documento, o que já as identifica como tal, dispensando-se as aspas;

        b) negrito: indicado pela NBR 6023/2002, entre outros, para destacar título (mas
           não subtítulo) de livro, monografia, dissertação, tese, nome de revista, jornal, as
           palavras-chave de uma enumeração (cf. uso neste tópico); é recomendado, ainda,
           como recurso para destaque na hierarquização das seções do trabalho acadêmico
           como indicado no tópico 6.3 deste documento;
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   44




        c) itálico: utilizado para grafar palavras em língua estrangeira que não tenham sido
           incorporadas pelo Vocabulário da Língua Portuguesa (2009) ou que estejam sendo
           usadas em sentido figurado;

        d) grifo (sublinhado): recurso reservado para algum outro tipo de destaque que não
           se encaixe nessas categorias e cujo uso deve ser moderado para não sobrecarregar
           o texto.

        O uso criterioso dos recursos de destaque exige, do autor do trabalho, clareza na
estruturação do pensamento e, consequentemente, facilita a compreensão do conteúdo da
mensagem, por parte do leitor.
7. NORMAS PARA A REFERENCIAÇÃO DAS FONTES CONSULTADAS



         Os dados correspondentes à referência de um material consultado devem ser coletados
na própria obra: na ficha catalográfica do livro ou, na sua falta, no verso da folha de rosto; no caso
de revistas, na página onde se localizam as informações técnicas sobre a publicação e nas demais
fontes pesquisadas no próprio material.

   7.1. Conceito

         Referência é o conjunto de elementos descritivos definidos e padronizados pela ABNT
que, retirados de um documento disponibilizado para consulta (monografias, dissertações, teses,
relatórios de pesquisa) é suficiente para sua localização individual em bibliotecas, livrarias.

         A referência é constituída por elementos essenciais, obrigatoriamente presentes: autoria,
título e subtítulo, se houver, edição quando se tratar de livro, dados da imprenta (nome da cidade
da publicação, editora e data). Os elementos complementares são: número total de páginas em
livros e similares, descrição física e, quando se tratar de material traduzido, indicação de tradutor
e título original.

         Esta norma não se aplica às descrições usadas em bibliotecas na catalogação das obras
do acervo e nem as substitui.

         7.1.1. Documentos referenciáveis

         A NBR 6023/2002 normaliza a referenciação de livros, artigos de revista, matérias
publicadas em jornal, produções acadêmicas (monografias, dissertações, teses, relatórios de
pesquisa), comunicações em eventos acadêmicos, científicos e culturais, legislação, patentes,
materiais apresentados através de meios eletrônicos (disponibilizados na internet), imagem
em movimento, documentos iconográficos (gravuras, fotografias, pinturas), cartográficos,
sonoros, partituras musicais, documentos tridimensionais (esculturas, maquetes, objetos e suas
representações como ossos, fósseis).

         7.1.2. Elementos essenciais da referência

                7.1.2.1. autoria

         a) pessoa física: a obra pode ter um, dois, três ou mais autores e, ainda, coordenador
              ou organizador;
Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese   |   46




           b) pessoa jurídica: a produção é de responsabilidade de entidades governamentais,
                  empresas, associações;

           c) sem autoria: obras sem autoria definida que, geralmente, são folclóricas.

                    7.1.2.2. título e edição

           Título abrangente ou geral é separado do subtítulo por dois pontos (:). A edição é indicada
somente a partir da segunda e registrada com numeral cardinal, seguido de ponto e da abreviatura
da palavra edição (exemplo: 2. ed.); não cabe o uso da letra a em sobrescrito (2ª). Indicam-se,
ainda, emendas e acréscimos à edição de forma abreviada (exemplo: 2. ed. rev. e ampl.). No caso
de publicações em língua estrangeira estes registros são feitos no respectivo idioma.

                    7.1.2.3. local

           É representado pelo nome, por extenso, da cidade onde se situa a editora. Nos casos
de cidades homônimas, o nome é acompanhado da sigla do respectivo estado, para definir a sua
localização; se a editora tiver indicação de duas cidades, registra-se o nome da primeira ou da
mais destacada. Se a cidade não estiver registrada na obra, mas puder ser identificada, registra-
se o nome entre colchetes [ ]; caso contrário, usa-se a expressão Sine loco (que significa sem
local) entre colchetes [S. l.].

                    7.1.2.4. editora

           Registra-se o nome da editora como aparece no documento, suprimindo-se a palavra
editora e as indicações de natureza jurídica ou comercial (Ltda, S/A); quando o nome da editora
corresponde ao de uma pessoa física, abreviam-se os prenomes (exemplo: J. Olympio e não
Livraria José Olympio Editora). Admite-se o uso da abreviatura da palavra editora quando se
tratar de editoras das universidades (Ed. da UGF, Ed. da UFPR, Ed. da UnB).

           Quando houver duas editoras indicam-se ambas, com os respectivos locais, separando-
as por (;). Se forem três, registra-se a primeira ou a que estiver em destaque. Quando a editora
não puder ser identificada, usa-se a expressão sine nomine abreviada entre colchetes [s. n.]. No
caso de a cidade e a editora não constarem da obra, estes registros são feitos de forma associada
[S. l.: s. n.].

           Quando a editora é a mesma instituição ou pessoa responsável pela autoria e já tiver
sido mencionada no início da referência, não aparece na posição da editora, respeitando-se a
pontuação entre os elementos.
Universidade Gama Filho    |      47




               7.1.2.5. data

         A data da publicação é registrada em algarismos arábicos sem separação entre eles.
Como se trata de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja
da publicação, distribuição, impressão, apresentação ou do copyright.

         Se nenhuma data puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes:
um ano ou outro [1945 ou 1946]; provável [1950 ?]; intervalos menores de vinte anos [entre
1932 e 1938]; data aproximada [ca 1920]; década certa [195_ ]; década provável [193_ ?]; século
certo [18_ _]; século provável [18 _ _ ?].

         No caso de data completa usada para referenciar artigos de revista, documentos coletados
na internet, matéria de jornal, com exigência de informações relacionadas a dia, mês, ano, registra-
se o nome do mês abreviado, com a letra inicial minúscula seguida de ponto (jan. abr. dez.), com
exceção de maio que é usado por extenso, no idioma original da publicação.


  7.2. Referenciação de materiais de uso mais frequente

         Como parte pós-textual obrigatória em todo trabalho acadêmico, as referências são
relacionadas na ordem alfabética dos sobrenomes dos autores e equivalentes, quando se tratar
de autoria de pessoa jurídica ou de materiais sem autoria. Cada elemento da referência tem a sua
apresentação normalizada pela NBR 6023/2002, da ABNT, dentro de uma sequência própria a
cada tipo de material.

         7.2.1. Livros usados como um todo

         a) autor único

SOBRENOME, Nome do Autor. Título do livro: subtítulo (se houver). Número da edição.
Cidade: Editora, ano.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São
Paulo: Cortez, 2002.

         b) dois ou três autores

BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de
metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. ampl. São Paulo: Makron
Books, 2000.
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        c) mais de três autores

LUCKESI, Cipriano Carlos et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 13. ed. São
Paulo: Cortez, 2003.

        d) autor organizador ou coordenador

GOULART, Íris Barbosa (Org.). A educação na perspectiva construtivista. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 1995.

        e) autor com partícula de parentesco no sobrenome

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da Informática. São Paulo:
Saraiva, 2002.

        f) autor de nome espanhol

BLANCO COSSIO, Fernando Andrés. Disparidades econômicas internacionais, capacidades
de recursos tributários, esforço fiscal e gasto público no federalismo brasileiro. Rio de
Janeiro: BNDES, 1998.

        g) sobrenome composto

CASTELLO BRANCO, Renato. Pátria amada: o Brasil em poemas. São Paulo: T. Queiroz, 1994.

SANTA ROSA, Eliza. Quando o brincar é dizer não: a experiência psicanalítica na infância.
Rio de Janeiro: Reluma-Dumará, 1993.

        h) sobrenomes ligados por hífen

PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do vínculo. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

        i) sem autoria

CONTROLE interno das empresas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

        j) obra publicada sob pseudônimo

ATHAYDE, Tristão de. O jornalismo como gênero literário. São Paulo: EDUSP, 1990.

        l) livro editado pelo autor (pessoa física ou instituição)

HRYNIEWICZ, Severo. Filosofia da linguagem. Rio de Janeiro, 1999.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação: 1994-1995. Viçosa,
MG, 1996.
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  • 2. Universidade Gama Filho Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese Maria de Lourdes Motta Braziellas Nelza Maria Moutinho Ançã
  • 3. © Editora Gama Filho (Catalogado na fonte pela Biblioteca Central da Universidade Gama Filho) Braziellas, Maria de Lourdes Motta Normas para apresentação de trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertação e tese / Maria de Lourdes Motta Braziellas e Nelza Maria Moutinho Ançã – 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Editora Gama Filho, 2010. 103p. : il. gráf. ISBN 978-85-7444-078-1 Disponível em versão online. Modo de acesso: http://www.ugf.br Inclui bibliografia. 1. Pesquisa científica – Metodologia. 2. Monografias – Redação. 3. Metodologia científica. 4. Trabalhos Científicos – Redação. I. Ançã, Nelza Maria Moutinho. II. Título. CDD – 001.42 EDITOR Dante Gastaldoni CAPA E DIAGRAMAÇÃO André Luiz Santos
  • 4. CHANCELER Paulo Cesar Prado Ferreira da Gama REITORA Maria José Mesquita Cavalleiro de Macedo Wehling PRÓ-REITOR DE HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS Arno Wehling PRÓ-REITOR DE SAÚDE Gilberto Chaves PRÓ-REITOR DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA Paulo César Dahia Ducos PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Sergio Norbert
  • 5. À Universidade Gama Filho, representada por diversas instâncias acadêmicas, na pessoa de seus gestores, com os quais tivemos o privilégio de trabalhar direta ou indiretamente, pela confiança em nós depositada e pelo reconhecimento da qualidade desta produção acadêmica, ora apresentada como parâmetro para toda a Universidade.
  • 6. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 − Configuração de página (margens) 36 Figura 2 − Configuração de página (tamanho do papel) 36 Figura 3 − Fonte (tipo, estilo e tamanho) 37 Figura 4 − Fonte (espaçamento de caracteres) 38 Figura 5 − Parágrafo (recuos e afastamento) 39 Figura 6 − Quebra (página e seção) 40 Figura 7 − Numeração de página (posição e alinhamento) 40 Figura 8 − Formatação do número de página 41 Quadro 1 − Correspondência: tipos de gráficos e séries estatísticas 81
  • 7. SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 10 2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 12 3. TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO SEGUNDO A NBR 14724:2005 ............ 13 4. MODALIDADES DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO NA UGF ............ 14 4.1. Monografia .................................................................................................................. 14 4.2. Artigo ........................................................................................................................... 18 4.2.1. Concepções e características .............................................................................. 18 4.2.2. Estrutura do artigo .............................................................................................. 18 4.2.3. Apresentação gráfica........................................................................................... 20 4.3. Estudo de caso ............................................................................................................ 21 4.3.1. Concepção e características ................................................................................ 21 4.3.2. Planejamento ...................................................................................................... 22 4.3.3. Coleta de dados .................................................................................................. 23 4.3.4. Análise dos dados ............................................................................................... 23 4.3.5. Redação do relatório .......................................................................................... 23 4.3.6. Estrutura do relatório .......................................................................................... 24 4.4. Projeto ......................................................................................................................... 25 4.5. Etapas do processo de elaboração do TCC .............................................................. 25 5. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS ....................................................... 28 5.1. Elementos pré-textuais ............................................................................................... 28 5.2. Partes textuais ............................................................................................................ 30 5.2.1. Introdução .......................................................................................................... 31 5.2.2. Tópicos do desenvolvimento ............................................................................. 31 5.2.3. Conclusão ........................................................................................................... 31 5.3. Partes pós-textuais ..................................................................................................... 32 6. PADRONIZAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................... 33 6.1. Padrões para digitação de trabalhos acadêmicos .................................................... 33 6.2. Orientação para formatação do documento ............................................................ 35 6.2.1. Configuração de página ...................................................................................... 35 6.2.2. Formatação da fonte ........................................................................................... 36 6.2.3. Formatação de parágrafo .................................................................................... 38
  • 8. 6.2.4. Inserção de quebra de seção ............................................................................... 39 6.2.5. Numeração de página ......................................................................................... 40 6.2.6. Equações e fórmulas .......................................................................................... 41 6.3. Sistematização das seções estruturais do trabalho acadêmico ............................... 42 6.4. Figuras de realce ......................................................................................................... 43 7. NORMAS PARA A REFERENCIAÇÃO DAS FONTES CONSULTADAS ............... 45 7.1. Conceito ....................................................................................................................... 45 7.1.1. Documentos referenciáveis ................................................................................ 45 7.1.2. Elementos essenciais da referência .................................................................... 45 7.1.2.1. autoria ............................................................................................................. 45 7.1.2.2. título e edição .................................................................................................. 46 7.1.2.3. local ................................................................................................................. 46 7.1.2.4. editora .............................................................................................................. 46 7.1.2.5. data .................................................................................................................. 47 7.2. Referenciação de materiais de uso mais frequente .................................................. 47 7.2.1. Livros usados como um todo ............................................................................. 47 7.2.2. Livros usados em parte ou capítulo destacado ................................................... 49 7.2.3. Obras de referência (dicionário, enciclopédia) .................................................. 49 7.2.4. Artigos de revista, boletim, periódico ................................................................ 50 7.2.5. Matéria de jornal ................................................................................................ 51 7.2.6. Artigo ou matéria de revista, boletim, jornal em meio eletrônico ...................... 51 7.2.7. Evento científico como um todo ........................................................................ 52 7.2.8. Trabalho apresentado em evento científico ........................................................ 52 7.2.9. Teses, dissertações e outros trabalhos acadêmicos ............................................. 52 7.2.10. Patente .............................................................................................................. 53 7.2.11. Documento jurídico .......................................................................................... 53 7.2.11.1. legislação ........................................................................................... 53 7.2.11.2. jurisprudência .................................................................................... 54 7.2.11.3. doutrina .............................................................................................. 54 7.2.11.4. consulta a publicação comercial de documento jurídico ................... 54 7.2.11.5. consulta a documento jurídico em meio eletrônico ........................... 54 7.2.12. Imagem em movimento .................................................................................... 55 7.2.13. Documento iconográfico .................................................................................. 55 7.2.14. Documento cartográfico ................................................................................... 55 7.2.15. Documento sonoro ........................................................................................... 56 7.2.16. Partitura ............................................................................................................ 56 7.2.17. Documento tridimensional ............................................................................... 56
  • 9. 7.2.18. Materiais não previstos na NBR 6023:2002 .................................................... 57 7.2.19. Autoria repetida ................................................................................................ 57 8. REDAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS .................................................................... 59 8.1. Características da linguagem .................................................................................... 59 8.2. Uso de citações e notas de rodapé ............................................................................. 60 9. APRESENTAÇÃO DE TABELAS E ILUSTRAÇÕES ................................................. 65 9.1. Concepções .................................................................................................................. 65 9.2. Elaboração geral da tabela ........................................................................................ 65 9.2.1. Número ............................................................................................................... 65 9.2.2. Título .................................................................................................................. 66 9.2.3. Apresentação de tempo ...................................................................................... 67 9.2.4. Moldura .............................................................................................................. 68 9.2.5. Cabeçalho ........................................................................................................... 68 9.2.6. Coluna indicadora .............................................................................................. 68 9.2.7. Totalização ......................................................................................................... 69 9.2.8. Rubrica ............................................................................................................... 69 9.2.9. Indicação de intervalos parciais ......................................................................... 70 9.2.10. Corpo ................................................................................................................ 70 9.2.11. Unidade de medida ........................................................................................... 71 9.2.12. Dado numérico ................................................................................................. 71 9.2.13. Arredondamento de dado numérico ................................................................. 72 9.2.14. Sinal convencional ........................................................................................... 73 9.2.15. Chamada ........................................................................................................... 73 9.2.16. Fonte ................................................................................................................. 73 9.2.17. Nota geral ......................................................................................................... 74 9.2.18. Nota específica ................................................................................................. 74 9.3. Apresentação de tabela .............................................................................................. 75 9.3.1. Localização ........................................................................................................ 75 9.3.2. Tabela com excessiva altura ............................................................................... 75 9.3.3. Tabela com excessiva largura ............................................................................. 75 9.3.4. Tabela com excessiva altura e largura ................................................................ 76 9.4. Aspectos gerais da representação gráfica ................................................................. 76 9.5. Tipos de gráficos estatísticos ...................................................................................... 79 10. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 82
  • 10. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 83 APÊNDICE A¹ - CAPA PARA A GRADUAÇÃO ............................................................. 86 APÊNDICE A² - CAPA PARA A PÓS-GRADUAÇÃO ..................................................... 87 APÊNDICE B¹ - FOLHA DE ROSTO DA GRADUAÇÃO .............................................. 88 APÊNDICE B² - FOLHA DE ROSTO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO ............................ 89 APÊNDICE C¹ - FOLHA DE APROVAÇÃO DA GRADUAÇÃO ................................. 90 APÊNDICE C² - FOLHA DE APROVAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO ......................... 91 APÊNDICE D - FICHA CATALOGRÁFICA (graduação e pós-graduação) ................. 92 APÊNDICE E - RESUMO (graduação e pós-graduação) ................................................ 93 APÊNDICE F - ESPELHO PARA CONFIGURAÇÃO DE PÁGINA ............................ 94 APÊNDICE G - EXPRESSÕES LATINAS EM TEXTOS CIENTÍFICOS .................. 95 ANEXO A - EXEMPLOS DE GRÁFICOS ....................................................................... 97 ANEXO B - TABELA MODELO ....................................................................................... 99 ANEXO C - RESOLUÇÃO Nº 748 DE 22 DE SETEMBRO DE 2009 ......................... 100
  • 11. 1. APRESENTAÇÃO A produção deste documento é resultado da experiência das autoras trabalhando com disciplinas ligadas a técnicas de estudo e pesquisa com turmas dos períodos iniciais de diferentes cursos e com projetos de pesquisa e orientação de monografia no Curso de Pedagogia, além da experiência com metodologia da pesquisa e orientação de monografia em cursos de pós- graduação em várias instituições que promovem tais cursos. A elaboração do trabalho de conclusão de curso, seja na graduação ou na pós-graduação, tem como resultado a consolidação das aprendizagens realizadas pelo aluno ao longo do curso, cuja experiência, na maioria das vezes, desencadeia forte motivação para prosseguimento da vida acadêmica. Recomenda-se a aplicação dos aspectos normativos tratados nesta publicação em momentos especiais no decorrer do curso como aprendizado, o que facilitará a elaboração e apresentação do trabalho de conclusão do curso. O primeiro capítulo trata da normalização dos trabalhos de conclusão de curso segundo a NBR 14724:2005 que conceitua dissertação e tese sem menção alguma à monografia; depois enumera modalidades de trabalho de conclusão de curso e os caracteriza de um modo genérico. O segundo capítulo é novidade neste documento por solicitação da Universidade Gama Filho com o objetivo de esclarecer a comunidade acadêmica a respeito dos tipos de trabalhos de conclusão de curso que serão aceitos pela universidade: monografia, artigo, estudo de caso e projeto, caracterizando cada um deles. A seguir vem o capítulo que trata dos aspectos normativos em relação à: estrutura do trabalho acadêmico com base na NBR 14724:2005, com apresentação de apêndices ilustrativos da formatação e diagramação das partes pré-textuais obrigatórias. As partes textuais (introdução, desenvolvimento e conclusão) são ilustradas pela composição deste documento, bem como as partes pós-textuais. O sexto capítulo destaca-se pelo alcance da abordagem técnica: apresenta uma orientação detalhada para a digitação e formatação do trabalho de conclusão de curso, com ilustrações que
  • 12. Universidade Gama Filho | 11 facilitam o uso do Microsoft Word para a apresentação do TCC. Para a elaboração deste capítulo as autoras contaram com o assessoramento do analista de sistemas Luciano Mota Coelho. A NBR 6023:2002, que define a apresentação e a organização das referências (fontes consultadas para a elaboração dos trabalhos acadêmicos), é o conteúdo do capítulo 7: apresentação dos aspectos normativos com orientação e exemplificação de todo o conteúdo da Norma, acrescentando-se, ainda, casos não previstos na referida NBR e que comumente são usados em trabalhos acadêmicos. Menor em extensão, mas não menos importante, o capítulo 8 trata de aspectos da redação de textos acadêmicos: características da linguagem e uso de citações e notas de rodapé. O último tópico trata da orientação para o uso de tabelas e ilustrações no sentido de também normalizar o uso e apresentação desses elementos, com orientação e ilustrações no próprio texto. Estão colocados apêndices com modelos de partes pré-textuais, espelho para configuração de página, expressões latinas em textos científicos, exemplos de gráficos e uma tabela como anexo. Com a publicação deste documento pretende-se não apenas facilitar a elaboração e apresentação de trabalhos de conclusão de curso, mas que os alunos utilizem esse aprendizado em outras circunstâncias de aprendizado semelhante, procurando alcançar um padrão de qualidade textual e estética na apresentação dos mesmos. Certamente a questão do conteúdo dos trabalhos é fundamental e se sobrepõe ao padrão da forma, mas o ideal está na conjugação de ambos os aspectos. Foram significativas para a revisão e ampliação deste material para nova publicação as contribuições das professoras Regina Lucia Brandão Alencar e Adriana Moutinho de Amorim, professoras em cursos de pós-graduação da UGF.
  • 13. 2. JUSTIFICATIVA A Universidade Gama Filho chega aos setenta anos de existência fiel à missão de “Educar com excelência e produzir conhecimento, formar profissionais competentes e comprometidos com valores éticos e com a construção de uma sociedade justa e democrática”, legado do seu fundador. Nasceu com a criação do Colégio em 1939, no subúrbio da Piedade, Rio de Janeiro. Dez anos depois começou a funcionar uma turma de Direito. Em 1972 foi transforma em Universidade, a primeira instituição particular de ensino superior da região a galgar tal categoria. Atualmente a UGF tem como visão prospectiva de mundo “ser reconhecida regional, nacional e internacionalmente pela formação de profissionais competentes, em sintonia com as necessidades da sociedade e pela produção de conhecimento.” A competência desejada do concluinte de um curso universitário depende de muita dedicação e esforços pessoais associados à qualidade das práticas pedagógicas curriculares. Entretanto, grande parte do alunado tem dificuldades para conciliar estudo e trabalho, situação que requer disponibilização de material produzido pelo professor como forma de ampliar as fontes de consulta para estudo em horários alternativos. Embora inicialmente tivesse como foco de abordagem os aspectos normativos relacionadas à forma de apresentação dos trabalhos de conclusão de curso, a inclusão de um novo capítulo apresentando e até discutindo as modalidades de TCC, a partir da NBR 14724:2005, despertará interesse em alunos e até em professores para uma leitura mais atenta, com possibilidades de provocar mudanças no processo de elaboração e apresentação de TCC, resultado de outro tipo de aprendizagem que agrega valor no produto, no caso o TCC.
  • 14. 3. TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO SEGUNDO A NBR 14724:2005 A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) “[...] especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora e professores, especialistas designados e/ou outros).” (NBR 14724, 2005, p.1) Estabelece, também, que o conteúdo desta norma seja aplicado a trabalhos intra e extraclasse, no que couber. Essa extensão de aplicabilidade sugere que tais regras constituem conteúdo de ensino/ aprendizagem cujo domínio depende da sua compreensão por parte de professores e alunos e da frequência com que forem utilizados no cotidiano acadêmico. A NBR 14724:2005 especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos de conclusão de curso em três categorias: teses, dissertações e outros. Na categoria trabalhos acadêmicos a norma especifica e nomeia a dissertação e a tese respectivamente como Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um conteúdo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do cotidiano. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre. (NBR 14724, 2005, p. 2). Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição o para a especialidade em questão. É feito sob coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor, ou similar. (NBR 14724, 2005, p. 3). A categoria trabalhos acadêmicos similares inclui: trabalho de conclusão de curso de graduação (TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de cursos de especialização e/ou aperfeiçoamento. Ao especificá-los, a norma os considera em conjunto como Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. (NBR 14724, 2005, p. 3). A partir do estabelecido pela NBR 14724:2005 cabe às universidades e instituições similares determinar os tipos de trabalhos de conclusão de curso que serão aceitos.
  • 15. 4. MODALIDADES DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NA UGF A Universidade Gama Filho estabelece no Art. 2º, do Anexo à Resolução nº 748, de 22 de setembro de 2009 que “A critério do Regulamento de cada curso o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) poderá ser aceito sob a forma de artigo, projeto, monografia ou estudo de caso com apresentação de relatório.” 4.1. Monografia A não inclusão da monografia como tipo de trabalho de conclusão de curso pela NBR 14724:2005 causa estranheza, uma vez que a literatura de metodologia da pesquisa, ao tratar da elaboração de trabalhos acadêmicos, sempre apresenta as três modalidades de produção: monografia, dissertação e tese. Esse fato motivou uma breve consulta bibliográfica no sentido de compreender a posição da ABNT. Constatou-se que alguns autores apenas conceituam monografia; associam a dissertação ao curso de mestrado para a obtenção do título de mestre; e a tese ao curso de doutorado para obtenção do título de doutor. Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 237), Alguns autores, apesar de darem o nome genérico de monografia a todos os trabalhos científicos, diferenciam uns dos outros de acordo com o nível da pesquisa, a profundidade e a finalidade do estudo, a metodologia utilizada e a originalidade das conclusões. Dessa maneira, podem-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tese, que obedecem a esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão. A seguir estas autoras apresentam outra tendência para a classificação das monografias: escolares ou trabalhos de caráter didático, elaborados por iniciantes, e apresentados ao final de curso específico; científicas: trabalhos científicos apresentados ao final do curso de mestrado para obter o título de mestre (LAKATOS; MARCONI, 2001). Observa-se que nesta classificação a dissertação está contida na categoria monografia e a tese não entra. Permanece a pergunta: por que a NBR 14724:2005 não inclui a monografia como tipo de trabalho de conclusão de curso? A leitura de outras fontes para dar mais consistência a esta parte do trabalho provocou mais uma observação: boa parte dos autores consultados comumente remete-se a publicações contemporâneas e, também, às mais antigas, estas certamente pelo seu valor como referência. No
  • 16. Universidade Gama Filho | 15 caso específico observou-se a frequência com que Ângelo Domingos Salvador é referenciado de forma indireta em publicações da área de metodologia científica e de pesquisa. Tal constatação motivou uma nova leitura do livro Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica, publicado pela editora Sulina, de Porto Alegre, em 1970, com nove edições até 1981. O conteúdo apresentado na literatura atual, por exemplo, por Lakatos e Marconi (2001), é muito semelhante ao texto de Salvador (1981), quando ambos tratam de monografia (conceito, características, tipos), dissertação e tese. Esse exercício forneceu elementos para, talvez, esclarecer a não inclusão da monografia como categoria de trabalho de conclusão de curso pela NBR 14725:2005. Lakatos e Marconi (2001, p. 235) conceituam monografia como: Descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer, dissertação ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da ciência, da arte, da história etc ou ‘trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance (American Library Association)’. Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina. A seguir, estas autoras listam características da monografia. a) trabalho escrito, sistemático e completo; b) tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela; c) estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso; d) tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (neste caso é limitado); e) metodologia específica; f) contribuição importante, original e pessoal para a ciência. (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 235). No tópico destinado ao conceito de monografia Salvador (1981, p. 32) remete-se a conceitos de outros autores, a partir dos quais faz uma listagem de características dos trabalhos monográficos: a) [...] redução da abordagem a um único assunto, a um único problema particular. Mantém-se assim o sentido etimológico do termo: monos (um só) e graphein (escrever): estudo por escrito de um único tema específico. As monografias contrapõem-se às obras gerais; b) É estudo pormenorizado no tratamento: trata exclusivamente de um único assunto, desenvolvendo-o exaustivamente em todos os seus aspectos e ângulos. É um estudo limitado em extensão, mas exaustivo e completo na compreensão e profundidade; c) Resulta de uma investigação científica, feita em documentação escrita ou por observação e experimentação, seguindo rigorosamente a metodologia de cada ciência;
  • 17. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 16 d) Apresenta uma contribuição original ao progresso da ciência, quer em termos de sistematização de conhecimento, quer em termos de novas descobertas ou de novos inventos; e) É também uma contribuição pessoal à ciência, e não uma compilação de obras alheias ou uma mera divulgação de conhecimentos. Com base nestas características acrescenta: Convém, porém, distinguir as monografias escolares das monografias científicas. Aquelas são usadas nos cursos de graduação como uma iniciação à pesquisa e como preparação de seminários; estas são resultado do estudo original e pessoal de um tema bem delimitado, seguindo rigorosamente a metodologia própria de cada ciência. Distinguem-se basicamente pela qualidade da tarefa, pelo nível da pesquisa e pela originalidade das conclusões. (SALVADOR, 1981, p. 33). A seguir Salvador (1981) propõe que o leitor compare ensaio, dissertação, monografia e tese usando como critério as características originalidade e profundidade. Com esta proposta fez-se necessário apresentar ao leitor a concepção de ensaio: Ensaio é o texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor a respeito de um determinado assunto. Embora encerre o pressuposto de conhecimentos adquiridos no meio científico comum, o ensaio pretende expressar a visão do autor até mesmo de forma independente em relação ao pensamento científico expresso e comum a respeito do assunto. (SANTOS, 2002, p. 44).1 O ensaio teórico como trabalho científico consiste “[...] em exposição lógica e reflexiva e em argumentação rigorosa com alto nível de interpretação.” (SEVERINO, 2002, p. 153). Partindo do ensaio, o critério de comparação é a originalidade; no sentido inverso, partindo da tese, o critério de comparação é a profundidade. ENSAIO DISSERTAÇÃO MONOGRAFIA TESE Síntese: o ensaio é o mais original e a tese o de maior profundidade. Salvador (1981, p. 33) chama a atenção para o seguinte: “[...] embora a tese seja uma monografia, comumente confunde-se dissertação monográfica com monografia simplesmente. Nesta sequência, a monografia está no meio [como ponto de equilíbrio].” O autor conclui, então, que o termo monografia se sobrepõe aos outros tipos e deveria ser considerado um gênero de trabalho científico e, consequentemente, as demais espécies ou tipos de trabalhos monográficos. Severino (1993, p. 144) reforça este ponto de vista quando afirma que “A tese de doutoramento e a dissertação de mestrado, no contexto da vida acadêmica, e os trabalhos resultantes de pesquisas rigorosas são exemplos de monografias científicas.” 1 As ideias deste autor sintetizam as de Salvador (1981).
  • 18. Universidade Gama Filho | 17 Com essa defesa, Salvador (1981) dá uma pista que pode esclarecer a não inclusão da monografia como um tipo de trabalho de conclusão na NBR 14724:2005. Segundo Medeiros (2000, p. 183), Embora haja confusão quanto ao uso do termo monografia, devido a seu largo uso no meio acadêmico como trabalho apresentado, ao final de cursos de graduação, ou como texto escrito relativo a seminário apresentado em cursos de pós-graduação, a expressão diz respeito a trabalhos escritos que versam sobre um assunto. [...] O que diferencia um texto de outro é o nível da pesquisa. [...] Assim, para o estudante de graduação, é suficiente uma pesquisa bibliográfica restrita a uma dezena de livros ou mais; de um estudante de pós-graduação se exige pesquisa bibliográfica mais elástica, reflexão demorada sobre os fatos relatados, criatividade em relacionar fatos e observações. Na categoria trabalhos acadêmicos similares a NBR 14724:2005 normaliza os seguintes tipos de trabalho de conclusão de curso: trabalho de conclusão de curso (TCC); trabalho de graduação interdisciplinar (TGI); trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento e os especifica genericamente como resultado de um estudo, cuja temática obrigatoriamente deve estar ligada aos objetivos do curso. Pelo exposto é pertinente incluir a monografia como um dos tipos de Trabalho de Conclusão de Curso de graduação na UGF porque esse tipo de abordagem dá oportunidade ao aluno de aprofundar o estudo de algum tema cujo conteúdo lhe tenha despertado interesse durante o curso, pela oportunidade de aprofundar o conhecimento a respeito do mesmo e procurar aplicá-lo no exercício profissional. O conceito de monografia traz em si a sua característica fundamental: “[...] abordagem de um único assunto, ou problema, sob tratamento metodológico de investigação. Exige, portanto, que lhe seja dada uma especificação, um tratamento aprofundado e exaustivo, que não deve ser confundido com extensão [do texto monográfico].” (MARCANTONIO, 2004, p. 67). Como nos demais tipos de TCC, a escolha do tema da monografia, além de necessariamente estar vinculada ao currículo do curso, há de considerar também a familiaridade do autor com referências que abordam o assunto no sentido de facilitar-lhe o levantamento bibliográfico para fundamentar o trabalho. A organização, digitação e apresentação da monografia seguem integralmente as normas constantes neste documento.
  • 19. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 18 4.2. Artigo 4.2.1. Concepção e caracaterísticas “Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de livro.”(LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 259). Geralmente são publicados após a conclusão de pesquisa (documental, bibliográfica ou de campo) em periódicos ou revistas especializadas como forma de divulgação dos resultados de estudos e descobertas científicas (MARCANTONIO, 2004). O artigo, enquanto trabalho de conclusão de curso, difere do artigo científico, embora ambos divulguem resultado de pesquisa. A diferença está no nível de complexidade da abordagem do objeto da pesquisa: a base referencial que sustenta a problematização do tema e a metodologia utilizada para coleta e tratamento dos dados. 4.2.2. Estrutura do artigo A composição do artigo tem padrão diferenciado dos demais TCC. Na folha inicial são colocados os elementos pré-textuais: a) título do artigo: centralizado, digitado em caixa alta e em negrito, fonte tamanho 12; indicação, em nota de rodapé, por meio de chamada numérica, o Curso do qual o artigo é requisito parcial para a sua conclusão, por meio de chamada numérica; b) autoria: nome completo do autor digitado em caixa alta, com alinhamento à direita e indicação, em nota de rodapé por meio de chamada numérica, de breve currículo do autor e seus contatos; c) resumo: de presença obrigatória, constituído de uma sequência de frases objetivas e concisas, preferencialmente articuladas; a primeira frase do resumo deve ser significativa explicando o tema do trabalho e a(s) justificativas(s); a seguir deve ressaltar o(s) objetivo(s), o tipo de pesquisa, os principais resultados, levando em conta os objetivos e as conclusões; o texto deve ser digitado com espaço 1,5cm entre linhas, sem recuo de parágrafo, com o total palavras variando de 100 a 250; quando se tratar de artigo para publicação em revista ou periódico recomenda-se o espaço simples;
  • 20. Universidade Gama Filho | 19 d) palavras-chave ou descritores: são palavras ou termos representativos do assunto tratado no artigo, preferencialmente em vocabulário controlado e devem aparecer logo após o resumo (até quatro palavras ou termos, separadas e terminadas por ponto). O artigo isoladamente não apresenta ficha catalográfica. A organização do artigo é semelhante a dos demais trabalhos acadêmicos: o texto divide-se em introdução, desenvolvimento e conclusão, mas não existe sumário. A apresentação do conteúdo tem inicio na segunda folha, com os elementos que compõem o texto colocados em sequência, sem quebra de seção. INTRODUÇÃO Refere-se à apresentação do trabalho com o seguinte conteúdo: as justificativas para a escolha do tema/problema, os objetivos geral e específicos e abordagem sucinta da metodologia adotada para o estudo (pesquisa bibliográfica, documental, de campo, experimental, pesquisa- ação). DESENVOLVIMENTO Constitui-se na fundamentação lógica do trabalho. No caso de pesquisas bibliográficas e documentais são admitidas subdivisões do texto referente ao desenvolvimento do conteúdo, em títulos orientados pelos objetivos específicos da pesquisa, desde que estes proporcionem maior clareza quanto à organização do texto. No caso de pesquisa de campo o texto segue a mesma estrutura-padrão de relatório de pesquisa exemplificada a seguir. REVISÃO DE LITERATURA Retrata o contexto atual de conhecimento sobre o tema/problema de forma argumentada e comprovada com a indicação das fontes de consulta. METODOLOGIA Apresenta a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Prevê a comparação/confrontação com os dados e informações colhidas na literatura.
  • 21. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 20 A apresentação dos resultados pode ser ilustrada com a inclusão de tabelas, quadros, gráficos, fotografias e outros recursos, se necessários. CONCLUSÃO É a parte final do artigo na qual o autor toma posição em relação ao alcance dos objetivos: compara os resultados esperados (objetivos) com resultados alcançados e/ou evidenciados na discussão anterior. Os elementos pós-textuais são constituídos de: título e subtítulo (se houver), resumo e palavras-chave em língua estrangeira, para publicação em periódico de divulgação internacional; nota(s) explicativa(s), quando necessário, em numeração única e consecutiva para cada artigo, em algarismos arábicos. A seguir, vêm as referências. REFERÊNCIAS De caráter obrigatório, são constituídas pelas obras citadas no texto, por ordem alfabética do sobrenome dos autores ou seus substitutos, de acordo com a NBR 6023:2002. Não se relacionam obras que não foram referidas no decorrer do texto. Essa norma ainda relaciona como elementos pós-textuais opcionais: glossário, apêndice(s) e anexo(s) que seguem a mesma apresentação gráfica dos demais trabalhos acadêmicos. AGRADECIMENTO É um elemento que se refere a menções que o autor faz a pessoas ou instituições das quais eventualmente recebeu apoio relevante para o desenvolvimento do trabalho. FOLHA DE APROVAÇÃO É semelhante à folha de avaliação usada para a monografia e colocada após o término do artigo (diagramação no apêndice C2). 4.2.3. Apresentação gráfica O texto do artigo é redigido de forma contínua, sem quebra de seção ao final de cada parte do texto. Os demais padrões para apresentação gráfica deverão estar em consonância com o conteúdo do capítulo 6 deste documento. Quando se tratar de artigo para a publicação, não se numeram as páginas.
  • 22. Universidade Gama Filho | 21 A norma NBR 6022 (2003, p. 5) estabelece que “O indicativo de seção precede o título [...]”, porém como se observa a ausência desse indicativo na publicação dos periódicos, optou- se por não usá-lo. 4.3. Estudo de caso 4.3.1. Concepção e características O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa que consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos. É uma investigação empírica que aborda um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, quando as fronteiras não são claramente evidentes e é possível usar múltiplas formas de identificar evidências. É a estratégia adequada quando a questão de pesquisa é do tipo Como? Por quê? Tem como objetivos principais: explicar ligações causais em intervenções ou situações da vida real; descrever um contexto de vida real onde ocorreu uma intervenção; avaliar uma intervenção em curso e modificá-la com base em Estudo de Caso ilustrativo; replicar estudos para alcançar mais consistência de resultados; explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem clareza do conjunto de resultados. Tem aplicabilidade como estratégia de pesquisa em psicologia, sociologia, ciência política, antropologia, história, administração, economia, trabalho social e, na atualidade, em todas as áreas acadêmicas, incluindo as ciências naturais (YIN, 2005). Nas ciências biomédicas o estudo de caso costuma ser aplicado, tanto como estudo- -piloto para esclarecimento do campo de pesquisa em seus múltiplos aspectos, quanto para a descrição de síndromes raras, cujos resultados, de modo geral, são apresentados em aberto, ou seja, na condição de hipóteses, não de conclusões (GIL, 2002). “No Estudo de Caso algumas características são fundamentais, como: visar à descoberta, enfatizar a interpretação do contexto, retratar a realidade de forma ampla, valer-se de diversas fontes de informação.” (LÜDKE; ANDRÉ, 1986 apud MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 274). Considerado por muito tempo como procedimento pouco rigoroso que servia apenas para estudos de natureza exploratória, atualmente é reconhecido como o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno dentro do seu contexto real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos. “Usar os estudos de caso para fins de pesquisa permanece sendo um dos mais desafiadores de todos os esforços das ciências sociais.” (YIN, 2005, p. 19, grifo do autor).
  • 23. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 22 Entretanto, Para fins de ensino, um estudo de caso não precisa conter uma interpretação completa ou acurada de eventos reais; em vez disso, seu propósito é estabelecer uma estrutura de discussão e debate entre os estudantes. Os critérios para desenvolver bons casos para o ensino – cuja variedade, em geral, é de caso único e não de casos múltiplos - são bem diferentes dos critérios para realizar pesquisa. [...] Os estudos de caso que se destinam ao ensino não precisam se preocupar com a apresentação justa e rigorosa dos dados empíricos; os que se destinam à pesquisa precisam fazer exatamente isso. (YIN, 2005, p. 20). 4.3.2. Planejamento É indispensável que o pesquisador já tenha uma base teórica que lhe dê sustentação para projetar as diferentes etapas do estudo de caso. Pela sua complexidade este tipo de pesquisa requer do pesquisador cuidados especiais em todo o processo, tanto no planejamento quanto na coleta e análise dos dados e interpretação dos resultados. Segundo Yin (2005) não existe consenso quanto às etapas do estudo de caso; mas podem-se relacionar as seguintes para serem seguidas: a) etapa preparatória: • formulação do problema: pode-se pensar um esquema de pesquisa que envolve, pelo menos, quatro problemas: quais questões a estudar, quais dados são relevantes, quais dados coletar e como analisar os resultados; cada questão formulada deve ser seguida de uma lista de prováveis fontes de evidências; • definição da unidade caso: significa considerar a totalidade do objeto em todas as suas dimensões (por ex.: um paciente transplantado de coração antes, durante e depois de seis meses da cirurgia); • determinação do número de casos: pode-se trabalhar com caso único e/ou múltiplos casos (não mais que quatro, pelas dificuldades que um número maior provocaria em todas as etapas do estudo); b) elaboração do protocolo de pesquisa Nesta etapa o pesquisador registra o conjunto das primeiras decisões em relação à pesquisa: • visão global do projeto: informa acerca dos propósitos e cenário no qual será desenvolvido o estudo de caso;
  • 24. Universidade Gama Filho | 23 • procedimentos de campo: envolvem formas de acesso às organizações ou informantes, material e informações gerais sobre procedimentos a serem desenvolvidos; • determinação das questões: não são formuladas diretamente ao cliente, mas ao próprio pesquisador como lembretes acerca das informações que devem ser coletadas e das prováveis fontes a serem acionadas; • guia para elaboração do relatório: item muito importante pois com frequência o relatório é elaborado paralelamente à coleta de dados. 4.3.3. Coleta de dados a) uso de mais de uma técnica: é fundamental obter dados por procedimentos diversificados para maior consistência dos resultados; é necessário criar uma caixa de dados para registrar as informações coletadas com a aplicação das diferentes técnicas; este material será utilizado para a produção do relatório; b) os resultados obtidos devem ser provenientes da análise da convergência ou divergência das observações obtidas nos diferentes procedimentos; c) tipos de procedimentos: análise de documentos, entrevistas, depoimentos pessoais observações espontâneas, observação participante, analise de artefatos físicos (objetos). 4.3.4. Análise dos dados A análise de dados representa o estágio mais difícil de ser atingido nas diferentes modalidades de pesquisa porque não existe uma receita para ser aplicada mecanicamente. Segundo Gil (2002, p. 141), Como o estudo de caso vale-se de procedimentos de coleta de dados os mais variados, o processo de análise e interpretação pode, naturalmente, envolver diferentes modelos de análise. Todavia, é natural [e lógico] admitir que a análise dos dados seja de natureza predominantemente qualitativa. Pela complexidade desta etapa não é pertinente fornecer pistas alguma sobre como operacionalizá-la. 4.3.5. Redação do relatório O relatório tem a finalidade de divulgar os resultados da pesquisa, por isso precisa levar em conta o público-alvo: banca de avaliação, quando se trata de trabalho de conclusão de curso;
  • 25. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 24 participantes de eventos acadêmico; revistas e periódicos de divulgação científica. Como trabalho de conclusão de curso a apresentação deverá seguir as orientações indicadas a seguir. Os relatórios de caso único geralmente são elaborados sob a forma de narrativas simples para descrever e analisar o material, incluindo ilustrações com tabelas, gráficos, figuras, imagens. Quando se trata de casos múltiplos o relatório “[...] deverá conter várias narrativas, geralmente apresentadas em capítulos ou seções separadas, sobre cada um dos casos individualmente. Também constará no relatório um capítulo ou uma seção que apresente a análise e os resultados de casos cruzados.” (YIN, 2005, p. 176). Um terceiro tipo de relatório pode ser usado tanto quando se trata de caso único quanto de múltiplos casos, sem uso da narrativa tradicional. O texto do relatório segue uma série de perguntas e respostas buscadas nas perguntas e respostas constantes do banco de dados para o estudo de caso. Yin (2005) aponta quatro aspectos que o relatório deve abranger: apresentação do problema ao qual se destina o estudo; os processos de pesquisa (plano de estudo, método de manipulação da variável independente, se o estudo assumir a forma de experiência), natureza da amostra, técnicas de coleta de dados, método de análise estatística; os resultados; consequências deduzidas dos resultados. “O sucesso de um Estudo de Caso em muito depende da perseverança, criatividade e raciocínio crítico do investigador para construir descrições, interpretações, enfim, explicações originais que possibilitem a extração cuidadosa de conclusões.” (MARTINS, 2008, p. 3). 4.3.6. Estrutura do relatório O relatório de um estudo de caso como Trabalho de Conclusão Curso na UGF deverá seguir o padrão apresentado neste livro. Na parte pré-textual são obrigatórios: capa, folha de rosto, folha de avaliação, resumo e ficha catalográfica. A estrutura da parte textual deverá contemplar as indicações colocadas no tópico anterior e ainda considerar a elaboração do texto sob a forma de narrativa. Os elementos pós-textuais também deverão estar presentes: as referências, apêndices e anexos Apesar da complexidade dos estudos de caso, esta é uma modalidade de pesquisa que deveria ter lugar destacado no processo de iniciação à pesquisa, paralelamente à pesquisa
  • 26. Universidade Gama Filho | 25 bibliográfica e documental no sentido de o aluno compreender que o ato de pesquisar não significa copiar, reproduzir simplesmente o que já lhe é disponível. 4.4. Projeto A modalidade projeto como TCC é uma categoria cuja produção final se materializa através de maquetes, filmes, ensaios fotográficos, produtos gráficos e similares, material didático- -pedagógico e outros cuja execução passa pelas mesmas etapas das outras modalidades de TCC: elaboração do projeto do trabalho seguindo a orientação metodológica do curso. É necessário que todo o processo seja registrado passo a passo, incluindo observações que sejam significativas para a elaboração do documento final. A apresentação desse tipo de TCC segue orientação diferenciada dos demais, mas precisa contemplar o mesmo conteúdo estrutural previsto pela Norma 14724:2005 que define como partes do documento: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. O documento final escrito de apresentação do Projeto como modalidade de TCC terá a seguinte estrutura: a) elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, folha de avaliação, resumo e ficha catalográfica; b) elementos textuais: introdução, desenvolvimento, conclusão; c) elementos pós-textuais: referências; d) apêndices e anexos: se necessários. A parte textual diz respeito ao conteúdo do projeto e deverá ser produzida na forma de relato ou memorial descritivo do processo de criação fase por fase. A apresentação, digitação e formatação do documento seguirão as normas indicadas neste livro. 4.5. Etapas do processo de elaboração do TCC Os trabalhos de conclusão de curso na graduação geralmente provocam ansiedade nos alunos por se sentirem diante da tarefa-síntese do aprendizado, cuja realização lhes exigirá capacidade de pensar a realidade tendo como referência os conhecimentos construídos no decorrer do curso, em constante relação teoria/prática.
  • 27. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 26 Chega o momento em que o aluno é chamado a se pronunciar sobre a escolha do tema que pretende abordar: estará dando início ao processo de elaboração do trabalho de conclusão de curso. Será proveitoso fazer uma retrospectiva do aprendizado até aquele momento, principalmente pensando a respeito do próprio desempenho acadêmico, das questões ou perguntas que permaneceram, das lacunas na sua formação. Também será proveitoso conversar com um professor com o qual tenha afinidades para trocarem ideias a respeito das próprias expectativas e dúvidas iniciais a respeito do TCC. Uma retomada da literatura relacionada ao tema pode funcionar como ponto de apoio para as primeiras decisões. “O mais importante, porém, é identificar fontes [de consulta] fidedignas, confiáveis, de autores renomados e considerados autoridades no assunto que se vai estudar.” (ANDRADE, 2006, p. 44) A elaboração do TCC, enquanto prática acadêmica, segue as mesmas etapas da pesquisa, exercício que todo estudante universitário faz inúmeras vezes durante o curso, com maior ou menor detalhamento. Enquanto prática de pesquisa o projeto do TCC segue as mesmas etapas: a) preparação ou elaboração de um pré-projeto: primeiras decisões a respeito de tema e tipo de pesquisa; levantamento de material bibliográfico, leitura das fontes selecionadas; formulação preliminar de perguntas para pesquisa e objetivos ou resultados esperados; b) elaboração do projeto de pesquisa: de acordo com estrutura indicada em disciplina específica do curso: o projeto de pesquisa é o documento que apresenta o conjunto das decisões tomadas pelo universitário em relação à realização da pesquisa, com previsão das tarefas a serem executadas. Aprovado o projeto, certamente o aluno não estará tranquilo porque existe a cultura do medo em relação a esse tipo de trabalho, até que seja iniciado o processo de elaboração do TCC. Para isto é necessário que o estudante retome o projeto. A entrada na fase seguinte já deverá ser mais tranquila e ele mais confiante após os primeiros encontros: c) realização da pesquisa: coleta e organização dos dados; análise, discussão e interpretação dos resultados; d) elaboração da parte textual do documento, de acordo com o tipo de TCC (monografia, relatório, projeto de trabalho na respectiva área de formação, artigo, estudo de caso);
  • 28. Universidade Gama Filho | 27 e) organização do documento final: partes pré-textuais, o texto propriamente dito, partes pós-textuais; digitação, formatação do trabalho de acordo com o conteúdo do capítulo 4 deste livro; revisão do trabalho considerando texto e formatação; f) entrega do TCC ao professor-orientador: marcada a data para apresentação do trabalho cabe ao aluno retomar o conteúdo e fazer um esquema para se orientar em relação à sua fala.
  • 29. 5. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS Através da NBR14724 (2005, p. 3) a ABNT estabelece que “A estrutura de tese, dissertação ou de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais.” 5.1. Elementos pré-textuais São elementos obrigatórios: capa, folha de rosto, folha de aprovação e resumo. São opcionais: errata, dedicatória(s), agradecimento(s), epígrafe. Listas de ilustrações, tabelas, símbolos, abreviaturas também são opcionais cuja presença depende do tipo de pesquisa feita. Os elementos pré-textuais são colocados no trabalho na ordem em que se seguem neste documento. a) capa: contém as informações institucionais hierarquicamente apresentadas, considerando a estrutura acadêmica da universidade correspondente ao curso (com o uso de todas as letras maiúsculas); o título principal do trabalho, redigido de forma clara e precisa indicando o seu conteúdo (todas as letras maiúsculas) e o subtítulo se houver (colocado na linha abaixo do título, com todas as letras minúsculas); o nome do autor (apenas as iniciais maiúsculas); a cidade (apenas as iniciais maiúsculas) e o ano (diagramação no apêndice A); as monografias dos cursos de pós-graduação no âmbito da Central de Cursos de Extensão e Pós-Graduação Lato Sensu (CEPLA) são encadernadas usando a cor azul-rei para a capa. Em trabalhos acadêmicos disciplinares a capa pode ser dispensada, a critério do professor; b) folha de rosto: elemento obrigatório com as seguintes informações nesta ordem: nome do autor: responsável intelectual do trabalho; título principal do trabalho: redigido de forma clara e precisa, identificando o seu conteúdo; subtítulo, se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, como na capa; natureza e objetivo do trabalho (dissertação, monografia, trabalho, projeto de conclusão do curso X), nome do orientador (e coorientador, se houver), cidade e ano (diagramação no apêndice B); c) folha de aprovação: elemento obrigatório colocado logo após a folha de rosto; é constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho negritado e subtítulo
  • 30. Universidade Gama Filho | 29 precedido de dois pontos, se houver, natureza, objetivo, nome da instituição a que é submetido, nome, titulação e assinatura dos membros componentes da banca examinadora; a data é colocada após a aprovação do trabalho seguindo-se a assinatura dos membros componentes da banca examinadora (diagramação no apêndice C); no caso de o TCC ser realizado em grupo, a folha de avaliação será única, relacionando-se os nomes dos componentes em coluna e a seguir o registro da respectiva nota; o critério para a atribuição de nota, se individual ou única para todo o grupo, deve ser definido na regulamentação do TCC do respectivo curso; d) errata: elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha de rosto, constituído pela referência do trabalho e pelo texto da errata e disposto da seguinte maneira: ERRATA Folha Linha Onde se lê Leia-se 32 3 publicacao publicação e) edicatória(s): elemento de caráter opcional, colocado logo após a folha de aprovação, constitui espaço para o autor homenagear alguém e se caracteriza, geralmente, por forte componente afetivo (diagramação livre, com título centralizado na altura da margem superior); f) agradecimento(s): elemento também opcional, colocado após a dedicatória, é dirigido a pessoas ou instituições que, de alguma forma, facilitaram o trabalho (diagramação livre e título centralizado na altura da margem superior); g) epígrafe: elemento opcional colocado após o agradecimento; geralmente é usada uma citação que sintetiza a mensagem central do trabalho, sendo indispensável a identificação da fonte (diagramação livre e título colocado na altura da margem superior); também podem constar epígrafes nas folhas de abertura das seções primárias do documento seguindo igual orientação; h) ficha catalográfica: a ABNT, através, da mesma norma, recomenda que seja parte do trabalho, colocada no verso da folha de rosto (contendo os dados referenciais de acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente) (apêndice D); a produção da ficha catalográfica é de responsabilidade da Biblioteca da
  • 31. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 30 Instituição, mas é responsabilidade do aluno solicitá-la em tempo hábil fornecendo as informações necessárias para a bibliotecária criá-la; i) resumo: elemento de presença obrigatória, com apresentação concisa dos pontos relevantes da abordagem, fornecendo uma visão clara do conteúdo, objetivo e método e conclusões ressaltando, ainda, a indispensável articulação: problema, objetivo, método e resultado; o resumo de trabalho acadêmico (tese, dissertação, monografia, relatório) deve conter de 150 a 500 palavras, de acordo com a categoria de trabalho (apêndice E); j) lista de ilustrações: elemento opcional que deve ser elaborada de acordo com a ordem em que aparecem no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página; k) lista de tabelas: elemento opcional que deve ser elaborada de acordo com a ordem em que aparecem no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página; l) lista de abreviaturas e siglas: elemento opcional que consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por extenso; recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo; m) lista de símbolos: elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado; n) glossário: relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições; o) sumário: elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas dos respectivos números de página. “Os elementos pré-textuais não devem constar do sumário.” (NBR 6027, 2003, p. 2). Título centralizado na altura da margem superior. 5.2. Partes textuais Correspondem às três partes principais do trabalho acadêmico: introdução desenvolvimento e conclusão.
  • 32. Universidade Gama Filho | 31 5.2.1. Introdução Tem a função de situar o leitor em relação ao contexto do trabalho e despertar-lhe o interesse pelo conteúdo. Formulada em linguagem simples, deve conter informações suficientes para que ele perceba o norteamento da abordagem: explicitação dos motivos da escolha do assunto, acompanhada da indicação do problema ou da questão básica da pesquisa, identificação dos aspectos teóricos que fundamentaram seu conteúdo, as técnicas de coleta dos dados e indicação dos objetivos pretendidos. Estas informações são retiradas do projeto de pesquisa cuja elaboração precedeu, necessariamente, a realização do trabalho. Em termos metodológicos, recomenda-se que a introdução seja o último tópico do texto a ser elaborado. Entretanto, tem-se observado, na orientação de monografias, que alguns alunos sentem-se mais seguros quando escrevem uma introdução provisória que é revista ao final do processo, com a ampliação do conteúdo. 5.2.2. Tópicos do desenvolvimento Também denominado corpo do trabalho, constitui uma demonstração, de forma logicamente articulada, do conteúdo da produção acadêmica. “É a parte principal do texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.” (NBR 14724, 2005, p. 6). 5.2.3. Conclusão Nesta parte o autor apresenta as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses e os resultados alcançados. Neste tópico do trabalho não cabem novas argumentações e nem o uso de citações, mas um posicionamento consistente tendo por base o que foi explanado no desenvolvimento. Na prática, o autor deve fazer uma releitura do conteúdo dos capítulos, identificando a evolução da sua linha de pensamento para uma tomada de posição coerente e crítica; com esta recomendação pretende-se chamar a atenção para que construa um texto próprio que não tenha características de mero resumo das idéias defendidas. É facultado o encaminhamento de questões para novas pesquisas, sugestões e/ou recomendações, a partir dos resultados obtidos, procedimento este que valoriza a produção acadêmica porque indica a presença de pensamento prospectivo do autor em relação à problemática tratada no seu trabalho.
  • 33. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 32 5.3. Partes pós-textuais São elementos colocados a seguir do texto. As referências organizadas de acordo com a NBR 6023:2002 da ABNT são de presença obrigatória, com apresentação na ordem alfabética dos sobrenomes dos autores e dos elementos que os substituem. Também são elementos pós-textuais, porém opcionais: glossário, apêndice(s), anexo(s), e índices. a) glossário: “Relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.” (NBR 14724, 2005, p. 2); é elaborado em ordem alfabética; b) apêndice: “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.” (NBR 14724, 2005, p. 2); c) anexo: “Texto ou documento não elaborado pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2005, p. 1); d) índice: “Lista de palavras ou frases ordenadas segundo determinado critério, que focaliza e remete para as informações contidas no texto.” (NBR 14724, 2005, p. 2); de acordo com essa norma sua organização segue os critérios constantes de NBR 6024:1989. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos. Neste documento foi usado, ainda, um índice numérico como recurso para distinguir, numa mesma categoria de apêndice, os modelos indicados para a graduação e a pós- graduação. Exemplos: APÊNDICE A¹ - MODELO DE CAPA PARA A GRADUAÇÃO APÊNDICE A²- MODELO DE CAPA PARA A PÓS-GRADUAÇÃO APÊNDICE B¹ - MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA A GRADUAÇÃO APÊNDICE B²- MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO A identificação dos anexos segue a mesma orientação usada para os apêndices.
  • 34. 6. PADRONIZAÇÃO GRÁFICA O cumprimento dos requisitos de padronização gráfica pelos alunos da graduação e da pós-graduação lato sensu da UGF garantirá unidade na apresentação dos respectivos trabalhos. Segundo a NBR 14724 (2005, p. 8), Todo o texto deve ser digitado ou datilografado com espaço 1,5 [entrelinhas], executando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetida e área de concentração [texto da folha de rosto], que devem ser digitados ou datilografados em espaço simples. As referências ao final do trabalho devem ser separadas entre si por dois espaços simples. Em relação à estrutura dos trabalhos a mesma norma estabelece que “Os títulos das seções devem começar na parte superior da mancha e ser separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5 entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5.” (NBR 14724, 2005, p. 8). O aluno dispõe de recursos para visualizar a formatação das páginas consultando o apêndice F deste documento. Começando pelos respectivos indicativos numéricos, os títulos das seções primárias (numeral inteiro) devem ser alinhados junto à margem esquerda do texto. Para ampliar o espaço entre os títulos de seção e o início do texto, ou entre títulos de diferentes níveis sugere-se o uso de recursos de formatação abordados no tópico 6.2 deste tópico, no sentido de obter uma estética equilibrada em termos de espacejamento. Indica-se como fonte o tipo de letra Times New Roman por considerá-la mais próxima da utilizada nas publicações, por tornar mais claros os destaques em negrito, ter caracteres uniformes em termos de espaço ocupado e, além disto, ser mais econômica em termos de impressão. 6.1. Padrões para digitação de trabalhos acadêmicos A ABNT define padrões mínimos para a digitação e apresentação de trabalhos acadêmicos (tipo de papel, tamanho de fonte, margens e paginação), os quais foram ampliados nesta norma conforme indicado a seguir: a) tipo de papel: formato A4, de 21cmx29,7cm, branco, opaco, com textura 75g/m2 e impressão na cor preta;
  • 35. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 34 b) linguagem: MS XP, utilizando a fonte Times New Roman tamanho 12 para todo o texto e 10 para: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, legendas das ilustrações e tabelas, numeração das páginas; c) espacejamento: 1,5 linha para todo o texto, incluindo o cabeçalho da capa e da folha de rosto; espaço simples para as citações com mais de três linhas, as notas de rodapé, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a parte da folha de rosto onde são registrados a natureza e o objetivo do trabalho ou grau pretendido, titulação correspondente; espaço simples, ainda, para as referências, com ampliação desse espaço entre uma e outra referência com recurso da formatação de parágrafo (orientação apresentada no tópico 6.2); no caso de equações e fórmulas, dentro do texto, também é permitido ampliar a entrelinha de modo a comportar os diferentes elementos das mesmas (NBR 14724, 2005); d) margens: superior e esquerda: 3cm; direita e inferior: 2cm (tópico 6.2.1); as páginas pré-textuais e as capitulares visualmente terão maior margem superior em decorrência de formatação específica de títulos que é feita, na prática, colocando-se o cursor à esquerda do título e, em seguida, vai-se ao menu formatar parágrafo marcando no espaçamento 6 pt antes;2 e) parágrafo: recuo de 1,5cm para o corpo do texto; no caso de citações destacadas (com mais de três linhas) o recuo indicado é de 4cm também marcados a partir da margem do texto; f) nota de rodapé: separada do corpo do texto por um filete de 3cm, fonte 10 com o número em sobrescrito (tópico 6.2 deste documento); g) paginação: a ABNT (NBR 14724, 2005, p. 8) normalizou a numeração das páginas de trabalhos acadêmicos indicando que [...] numeradas de maneira contínua sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira folha da parte textual [introdução], em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda direita superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única seqüência [sic] de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas [...] 2 Recomenda-se correção da margem inferior para 1,5 caso a impressão apresente espaço maior que o indicado (figura 1, p. 42).
  • 36. Universidade Gama Filho | 35 Nesta norma, recomenda-se que as páginas capitulares não sejam numeradas, a exemplo da paginação de livros praticada pelas editoras que registram os números na parte superior da folha. A marcação das margens e parágrafos está ilustrada no apêndice F. 6.2. Orientação para formatação do documento A ABNT define padrões mínimos para a apresentação de trabalhos acadêmicos indicando: margens, espaço entre linhas, fonte, recuo para citações de mais de três linhas, contagem e numeração de páginas. Entretanto, observa-se que estes padrões não são suficientes para garantir uma boa estética na editoração do texto como um todo. Neste documento procurou-se ampliar estes padrões apresentando indicações suficientes para que o aluno possa usar mais recursos disponibilizados pelo aplicativo Word e, assim, digitar, formatar e editar o texto da sua produção acadêmica com um padrão estético de qualidade. A configuração de página e a formatação do documento dependem do uso adequado de ferramentas disponíveis no programa Word, o que implica definição prévia de diversos itens que as compõem. Com as ilustrações que se seguem pretende-se facilitar a realização da tarefa sem a pretensão de esgotar os recursos deste aplicativo. Cada caixa de configuração apresenta duas ou mais fichas que também deverão ser configuradas e que estão sendo identificadas (com números) pela sua localização na caixa principal. 6.2.1. Configuração de página Ao iniciar o trabalho, a primeira tarefa do digitador é fazer a configuração de página, seguindo os seguintes passos (figura 1): a) Menu arquivo Þ configurar página Þ marcar as margens (1) Þ OK Caso seja necessário configurar outras fichas da caixa, o digitador passa para a seguinte e, ao final, volta clicando OK nas fichas até chegar à primeira ficha. A marcação a partir da margem > cabeçalho define a colocação correta do número da página e das notas de rodapé.
  • 37. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 36 Figura 1 - Configuração de página (margens) b) Menu arquivo Þ configurar página Þ definir tamanho e orientação do papel (2) Þ OK Figura 2 - Configuração de página (tamanho do papel) 6.2.2. Formatação da fonte a) Menu formatar fonte na ficha de fonte (1) marcar: tipo de letra: Times New Roman; estilo: normal; tamanho: 12 para o texto comum OK
  • 38. Universidade Gama Filho | 37 Figura 3 - Fonte (tipo, estilo e tamanho) b) Menu formatar Þ fonte Þ clicar na ficha caracteres (2) Þ marcar somente dimensão: 100; espaçamento: expandido: 0,2 Þ OK
  • 39. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 38 Figura 4 - Fonte (espaçamento de caracteres) 6.2.3. Formatação de parágrafo Menu formatar Þ parágrafo Þ marcar na ficha (1): recuo e espaçamento alinhamento: justificado nível do tópico: corpo do texto Recuo esquerdo: 0 cm especial: primeira linha 1,5 cm espaçamento: depois 6 pt entrelinhas: 1,5 linha OK Quando for necessário, flexibilizar os espaços entre linhas usar a pontuação antes ou depois na caixa espaçamento (figura 5, p. 45).
  • 40. Universidade Gama Filho | 39 Figura 5 - Parágrafo (recuos e espaçamento) 6.2.4. Inserção de quebra de seção Menu inserir Þ quebra Þ quebra de seção próxima página Þ OK Usado em caso de término de capítulo, porque a primeira página do capítulo seguinte não recebe numeração.
  • 41. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 40 Figura 6 - Quebra (página e seção) 6.2.5. Numeração de página Menu inserir número de páginas: marcar: posição início da página, alinhamento: direita; desmarcar: mostrar número na primeira página clicar em formatar (abre-se outra janela - figura 8). Figura 7 - Numeração de página (posição e alinhamento)
  • 42. Universidade Gama Filho | 41 (Janela na figura 8) marcar em: iniciar em: (inserir o número da página) ou em continuar da seção anterior fechar a janela. Figura 8 - Formatação do número de página Ao dar OK nas duas janelas (figura 8 e 7), as folhas serão numeradas corretamente se o digitador tiver feito as quebras de seção de forma adequada. 6.2.6. Equações e fórmulas Em meio a um texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte os seus expoentes, índices e outros elementos. “Para facilitar a leitura, devem ser destacadas do texto e, se necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita.” (NBR 14724, 2005, p. 9). Caso elas sejam extensas, devem ser fragmentadas em mais de uma linha, interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação ou divisão. (x2 + y2)/z = n (1) Para facilitar a formatação de equações e fórmulas pode-se usar o programa Microsoft Word Equation seguindo os seguintes passos: Menu inserir Þ objeto Þ Microsoft Word Equation Þ OK
  • 43. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 42 6.3. Sistematização das seções estruturais do trabalho acadêmico A organização do trabalho acadêmico deve obedecer a uma ordem lógica na sua organização, no sentido de facilitar a compreensão da sua estrutura e visualização da hierarquia dos tópicos e subtópicos dando, ao leitor, uma visão global da forma de abordagem do assunto. Segundo a NBR 14724 (2005, p. 9), “Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto.” Este sistema é de fácil aplicação, mas exige que o aluno conceba essa estruturação seguindo os desdobramentos de forma coerente e discuta com o professor orientador do trabalho. Na prática, essa estrutura constitui o conteúdo do sumário (cf. o tópico 5.1) e, ao elaborá-lo, é indispensável que o aluno esteja atento para o uso das subdivisões porque somente se justifica desdobrar um tópico se a estrutura do trabalho nele comportar, pelo menos, dois subtópicos. “Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta.” (NBR 14724, 2005, p. 9). A seguir, a mesma norma recomenda o uso de algum recurso (negrito, itálico, redondo, caixa alta, versal, grifo ou outro) para destacar, gradativamente, a hierarquização dos títulos nos desdobramentos das seções. Na estrutura do trabalho acadêmico apenas os elementos textuais recebem indicativos numéricos, da introdução à conclusão e são hierarquizados de acordo com a orientação que se segue. Os elementos pré-textuais e pós-textuais, que não recebem indicativos numéricos, devem ser centralizados e grafados com todas as letras maiúsculas. Os indicativos numéricos de todas as seções deverão ser alinhados junto à margem esquerda do texto, seguidos dos respectivos títulos. Recomenda-se que os desdobramentos sejam usados, no máximo, até a seção terciária, pois a experiência tem demonstrado que, a partir da quarta subdivisão, o conteúdo do trabalho geralmente é constituído de enumerações. No caso das enumerações com letras minúsculas e/ou marcadores, recomenda-se afastamento no alinhamento do parágrafo (1,5cm) destacando com negrito apenas os títulos das mesmas, como praticado neste documento.
  • 44. Universidade Gama Filho | 43 2. TÍTULO DE SEÇÃO PRIMÁRIA NEGRITADO COM TODAS AS LETRAS MAIÚSCULAS 2.1. Título de seção secundária negritado com apenas a letra inicial maiúscula 2.1.1. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula 2.1.1.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.1.1.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.1.2. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula 2.1.2.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.1.2.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.2. Título de seção secundária negritado com apenas a letra inicial maiúscula 2.2.1. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula 2.2.1.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.2.1.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.2.2. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula 2.2.2.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas 2.2.2.2. título da seção quaternária com todas as letras minúsculas 6.4. Figuras de realce É indispensável que haja unidade no uso de figuras de realce na redação de trabalhos acadêmicos. Para efeito desta norma destacam-se, a seguir, os recursos mais comuns: a) aspas: uso somente em citação direta ou cópia de parte de texto lido com até três linhas, uma vez que as mais extensas serão registradas como indicado no tópico 8.2 deste documento, o que já as identifica como tal, dispensando-se as aspas; b) negrito: indicado pela NBR 6023/2002, entre outros, para destacar título (mas não subtítulo) de livro, monografia, dissertação, tese, nome de revista, jornal, as palavras-chave de uma enumeração (cf. uso neste tópico); é recomendado, ainda, como recurso para destaque na hierarquização das seções do trabalho acadêmico como indicado no tópico 6.3 deste documento;
  • 45. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 44 c) itálico: utilizado para grafar palavras em língua estrangeira que não tenham sido incorporadas pelo Vocabulário da Língua Portuguesa (2009) ou que estejam sendo usadas em sentido figurado; d) grifo (sublinhado): recurso reservado para algum outro tipo de destaque que não se encaixe nessas categorias e cujo uso deve ser moderado para não sobrecarregar o texto. O uso criterioso dos recursos de destaque exige, do autor do trabalho, clareza na estruturação do pensamento e, consequentemente, facilita a compreensão do conteúdo da mensagem, por parte do leitor.
  • 46. 7. NORMAS PARA A REFERENCIAÇÃO DAS FONTES CONSULTADAS Os dados correspondentes à referência de um material consultado devem ser coletados na própria obra: na ficha catalográfica do livro ou, na sua falta, no verso da folha de rosto; no caso de revistas, na página onde se localizam as informações técnicas sobre a publicação e nas demais fontes pesquisadas no próprio material. 7.1. Conceito Referência é o conjunto de elementos descritivos definidos e padronizados pela ABNT que, retirados de um documento disponibilizado para consulta (monografias, dissertações, teses, relatórios de pesquisa) é suficiente para sua localização individual em bibliotecas, livrarias. A referência é constituída por elementos essenciais, obrigatoriamente presentes: autoria, título e subtítulo, se houver, edição quando se tratar de livro, dados da imprenta (nome da cidade da publicação, editora e data). Os elementos complementares são: número total de páginas em livros e similares, descrição física e, quando se tratar de material traduzido, indicação de tradutor e título original. Esta norma não se aplica às descrições usadas em bibliotecas na catalogação das obras do acervo e nem as substitui. 7.1.1. Documentos referenciáveis A NBR 6023/2002 normaliza a referenciação de livros, artigos de revista, matérias publicadas em jornal, produções acadêmicas (monografias, dissertações, teses, relatórios de pesquisa), comunicações em eventos acadêmicos, científicos e culturais, legislação, patentes, materiais apresentados através de meios eletrônicos (disponibilizados na internet), imagem em movimento, documentos iconográficos (gravuras, fotografias, pinturas), cartográficos, sonoros, partituras musicais, documentos tridimensionais (esculturas, maquetes, objetos e suas representações como ossos, fósseis). 7.1.2. Elementos essenciais da referência 7.1.2.1. autoria a) pessoa física: a obra pode ter um, dois, três ou mais autores e, ainda, coordenador ou organizador;
  • 47. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 46 b) pessoa jurídica: a produção é de responsabilidade de entidades governamentais, empresas, associações; c) sem autoria: obras sem autoria definida que, geralmente, são folclóricas. 7.1.2.2. título e edição Título abrangente ou geral é separado do subtítulo por dois pontos (:). A edição é indicada somente a partir da segunda e registrada com numeral cardinal, seguido de ponto e da abreviatura da palavra edição (exemplo: 2. ed.); não cabe o uso da letra a em sobrescrito (2ª). Indicam-se, ainda, emendas e acréscimos à edição de forma abreviada (exemplo: 2. ed. rev. e ampl.). No caso de publicações em língua estrangeira estes registros são feitos no respectivo idioma. 7.1.2.3. local É representado pelo nome, por extenso, da cidade onde se situa a editora. Nos casos de cidades homônimas, o nome é acompanhado da sigla do respectivo estado, para definir a sua localização; se a editora tiver indicação de duas cidades, registra-se o nome da primeira ou da mais destacada. Se a cidade não estiver registrada na obra, mas puder ser identificada, registra- se o nome entre colchetes [ ]; caso contrário, usa-se a expressão Sine loco (que significa sem local) entre colchetes [S. l.]. 7.1.2.4. editora Registra-se o nome da editora como aparece no documento, suprimindo-se a palavra editora e as indicações de natureza jurídica ou comercial (Ltda, S/A); quando o nome da editora corresponde ao de uma pessoa física, abreviam-se os prenomes (exemplo: J. Olympio e não Livraria José Olympio Editora). Admite-se o uso da abreviatura da palavra editora quando se tratar de editoras das universidades (Ed. da UGF, Ed. da UFPR, Ed. da UnB). Quando houver duas editoras indicam-se ambas, com os respectivos locais, separando- as por (;). Se forem três, registra-se a primeira ou a que estiver em destaque. Quando a editora não puder ser identificada, usa-se a expressão sine nomine abreviada entre colchetes [s. n.]. No caso de a cidade e a editora não constarem da obra, estes registros são feitos de forma associada [S. l.: s. n.]. Quando a editora é a mesma instituição ou pessoa responsável pela autoria e já tiver sido mencionada no início da referência, não aparece na posição da editora, respeitando-se a pontuação entre os elementos.
  • 48. Universidade Gama Filho | 47 7.1.2.5. data A data da publicação é registrada em algarismos arábicos sem separação entre eles. Como se trata de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja da publicação, distribuição, impressão, apresentação ou do copyright. Se nenhuma data puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes: um ano ou outro [1945 ou 1946]; provável [1950 ?]; intervalos menores de vinte anos [entre 1932 e 1938]; data aproximada [ca 1920]; década certa [195_ ]; década provável [193_ ?]; século certo [18_ _]; século provável [18 _ _ ?]. No caso de data completa usada para referenciar artigos de revista, documentos coletados na internet, matéria de jornal, com exigência de informações relacionadas a dia, mês, ano, registra- se o nome do mês abreviado, com a letra inicial minúscula seguida de ponto (jan. abr. dez.), com exceção de maio que é usado por extenso, no idioma original da publicação. 7.2. Referenciação de materiais de uso mais frequente Como parte pós-textual obrigatória em todo trabalho acadêmico, as referências são relacionadas na ordem alfabética dos sobrenomes dos autores e equivalentes, quando se tratar de autoria de pessoa jurídica ou de materiais sem autoria. Cada elemento da referência tem a sua apresentação normalizada pela NBR 6023/2002, da ABNT, dentro de uma sequência própria a cada tipo de material. 7.2.1. Livros usados como um todo a) autor único SOBRENOME, Nome do Autor. Título do livro: subtítulo (se houver). Número da edição. Cidade: Editora, ano. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. b) dois ou três autores BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. ampl. São Paulo: Makron Books, 2000.
  • 49. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 48 c) mais de três autores LUCKESI, Cipriano Carlos et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2003. d) autor organizador ou coordenador GOULART, Íris Barbosa (Org.). A educação na perspectiva construtivista. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1995. e) autor com partícula de parentesco no sobrenome MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da Informática. São Paulo: Saraiva, 2002. f) autor de nome espanhol BLANCO COSSIO, Fernando Andrés. Disparidades econômicas internacionais, capacidades de recursos tributários, esforço fiscal e gasto público no federalismo brasileiro. Rio de Janeiro: BNDES, 1998. g) sobrenome composto CASTELLO BRANCO, Renato. Pátria amada: o Brasil em poemas. São Paulo: T. Queiroz, 1994. SANTA ROSA, Eliza. Quando o brincar é dizer não: a experiência psicanalítica na infância. Rio de Janeiro: Reluma-Dumará, 1993. h) sobrenomes ligados por hífen PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do vínculo. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. i) sem autoria CONTROLE interno das empresas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1998. j) obra publicada sob pseudônimo ATHAYDE, Tristão de. O jornalismo como gênero literário. São Paulo: EDUSP, 1990. l) livro editado pelo autor (pessoa física ou instituição) HRYNIEWICZ, Severo. Filosofia da linguagem. Rio de Janeiro, 1999. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação: 1994-1995. Viçosa, MG, 1996.