SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  4
Télécharger pour lire hors ligne
ARTIGO DE REVISÃO 71Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
Hipertrofia ventricular esquerda:
o caminho para a insuficiência cardíaca
Left ventricular hypertrophy: pathway to heart failure
José Roberto Matos-Souza1
, Kleber Gomes Franchini1
, Wilson Nadruz Junior1
RESUMO
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma
resposta adaptativa do coração à hipertensão arterial.
Embora considerada compensatória, a HVE é um preditor
independentedemaiormorbimortalidadecardiovascular.Em
concordância com essas observações, diversas evidências
clínicas e epidemiológicas demonstraram que a HVE é
um importante fator de risco para o desenvolvimento de
insuficiência cardíaca (IC) sistólica e diastólica. Além da
massa miocárdica, a geometria ventricular também influen-
cia o desenvolvimento de IC. Nesse contexto, a hipertrofia
concêntrica corresponde ao padrão geométrico que tem
sido mais associado à progressão para IC. Diversos meca-
nismos têm sido propostos para explicar a transição de HVE
paraIC.Entreeles,destacam-seasalteraçõesnamicroena
macrocirculação coronária e a fibrose intersticial, as quais
comprometem o suprimento de oxigênio e nutrientes para
osmiócitoscardíacoseimpedemumdesempenhomecânico
satisfatório dessas células. Esses fatores modificam tanto a
contratilidade quanto o relaxamento miocárdico, sugerindo
que as disfunções sistólica e diastólica relacionadas à HVE
podem representar um continuum. Por outro lado, eventos
isquêmicos também podem precipitar o desenvolvimento
de IC, demonstrando que a progressão de HVE para IC tem
origemmultifatorialeéresultantedeumacomplexainteração
entre fatores intrínsecos e extrínsecos ao miocárdio.
PALAVRAS-CHAVE
Hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca,
ecocardiografia, disfunção ventricular esquerda.
1 Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp).
Correspondência para: Wilson Nadruz Junior. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – 13081-970 –
Campinas, SP. Fone/Fax: (19) 3521-7836. E-mail: wilnj@fcm.unicamp.br
Recebido: 23/2/2008 Aceito: 4/3/2008
ABSTRACT
Left ventricular hypertrophy (LVH) is an adaptive respon-
se to systemic hypertension. Nevertheless, it has been
extensively demonstrated that LVH is an independent
predictor of increased cardiovascular risk and heart failure
(HF) development. In this regard, not only myocardial
mass but also left ventricular geometric pattern have
been shown to influence left ventricular performance.
For instance, concentric hypertrophy displays the major
risk to HF progression, especially to its diastolic form.
Conversely, several mechanisms have been proposed to
explain the transition from LVH to overt HF. They include
coronary micro and macrovascular changes and myo-
cardial interstitial fibrosis, which may lead to a reduced
supply of oxygen and nutritional factors to myocytes
and to a mechanical impairment of myocyte function.
These alterations impair either contractile or relaxing
performance, thus suggesting that LVH-related systolic
and diastolic dysfunction may represent a continuum. On
the other hand, coronary atherothrombotic events may
also precipitate left ventricular dysfunction, demonstra-
ting that transition from LVH to HF is a complex process
that results from the interaction between extrinsic and
intrinsic myocardial factors.
KEYWORDS
Left ventricular hypertrophy, heart failure, echocardiogra-
phy, left ventricular dysfunction.
Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca
Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W
72 Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
Introdução
A insuficiência cardíaca (IC) tem-se tornado um dos maiores
problemas de saúde pública no mundo. Estima-se que 1% a 2%
da população ocidental sofra de IC, com prevalência média de
10% nos indivíduos idosos1
. Apesar dos recentes avanços na
terapia da IC, sua morbidade e sua mortalidade permanecem
elevadas2
.
A hipertensão arterial se acompanha freqüentemente de
hipertrofia ventricular esquerda (HVE), a qual é considerada uma
resposta compensatória, cujo objetivo seria normalizar a tensão
na parede ventricular3
. Entretanto, a HVE é também um fator de
risco independente para IC e mortalidade cardiovascular4
. Essas
observações fazem que a HVE seja considerada atualmente uma
doença pré-clínica5
.
DEFINIÇÕES
A hipertrofia cardíaca fisiológica ocorre durante o crescimento
natural do indivíduo, durante a gravidez e em resposta ao
exercício físico. Na hipertrofia fisiológica, a função cardíaca
está normal e não há associação com o desenvolvimento sub-
seqüente de IC3,6
. Diferentemente da hipertrofia fisiológica, a
hipertrofia cardíaca patológica (definida neste artigo como HVE)
resulta de diversos estímulos, especialmente biomecânicos
e neuro-humorais7
. A HVE está diretamente relacionada aos
níveis de pressão arterial, embora outros fatores, como sexo,
raça, obesidade, diabetes, consumo de sal e estimulação pelo
sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e nervoso
simpático, também possam desempenhar um papel importante
em sua gênese8
. Ela se caracteriza por alterações estruturais,
funcionais e metabólicas do coração, as quais incluem aumento
no volume dos miócitos cardíacos, aumento na espessura da
parede das artérias coronárias, rarefação relativa de capilares,
fibrose extracelular, além de modificações no metabolismo
energético, no manuseio do cálcio intracelular e na contratilidade
e no relaxamento do miocárdio9-11
.
Classicamente, as alterações morfológicas do ventrículo
esquerdo (VE) induzidas pela hipertensão arterial são divididas
em três padrões geométricos12
: 1. Remodelamento concêntrico
(aumento da espessura relativa da parede ventricular, porém,
com massa cardíaca normal); 2. Hipertrofia concêntrica (au-
mento da espessura relativa da parede ventricular e da massa
cardíaca); 3. Hipertrofia excêntrica (aumento da massa cardíaca
com elevação do volume da cavidade ventricular).
A IC pode ser classificada como sistólica ou diastólica, de
acordo com a presença ou não de rebaixamento na fração de
ejeção13
. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que pelo
menos metade dos pacientes com IC apresenta IC diastólica
ou com fração de ejeção preservada14
. Em geral, a IC diastólica
é caracterizada por alta prevalência de aumento na espessura
relativa da parede do VE, além de anormalidades no relaxamento
ativo e na rigidez passiva ventricular13,14
.
HVE E IC: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E
EPIDEMIOLÓGICAS
Relatos do século XIX já descreviam que a HVE é uma resposta
adaptativa à sobrecarga hemodinâmica, mas que podia evoluir
para a disfunção ventricular. Austin Flint15
notou que “a sobrecar-
ga hemodinâmica estimula uma ação ventricular mais vigorosa,
a qual permite aos ventrículos expelir seus conteúdos por um
tempo. Posteriormente uma hipernutrição ocorre e a hipertrofia
é produzida. O aumento da massa muscular protege contra o
desenvolvimento de dilatação por um período de tempo”, en-
tretanto, na primeira edição de seu clássico livro, The Principles
and Practice of Medicine, Sir William Osler16
observou que a
desadaptação habitualmente se desenvolve, ao notar que a
hipertrofia é acompanhada por “um período de descompensação
que em geral ocorre lentamente e resulta da degeneração e do
enfraquecimento do músculo cardíaco”.
Em concordância com esses relatos seculares, diversas
evidências clínicas descritas nas últimas décadas também docu-
mentaram uma associação entre HVE e disfunção sistólica. Por
exemplo, estudos transversais incluindo pacientes hipertensos
revelaram uma relação inversa entre massa ventricular esquerda
e função sistólica17-19
, e ensaios clínicos documentaram melhora
na função sistólica em paralelo à regressão da HVE20-22
.
Entretanto, o tipo de IC relacionada à HVE inclui não apenas
aquela com “enfraquecimento” do músculo cardíaco, conforme
descrita por Osler, mas também com outro aspecto de “dege-
neração” miocárdica – a disfunção diastólica. Também nesse
contexto, a HVE está associada à presença de IC com função sis-
tólica preservada, apontando-se para uma relação inversa entre
massa ventricular esquerda e desempenho diastólico14,23,24
.
O Framingham Heart Study foi o primeiro grande estudo
prospectivo que comprovou a associação entre HVE e posterior
desenvolvimento de IC clínica. Em 1987, Kannel et al.25
relataram
que indivíduos com HVE ao eletrocardiograma (ECG) apresenta-
ram risco de duas a cinco vezes aumentado de desenvolvimento
de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Posteriormente,
a presença de HVE ao ECG também se mostrou um fator de
risco independente para o aparecimento de IC26
, entretanto, o
diagnóstico de IC nesses estudos foi estabelecido por critérios
clínicos, não sendo possível dizer se a HVE foi precursora de
disfunção sistólica ou diastólica. Mais recentemente, dados
do Cardiovascular Health Study confirmaram que a HVE é um
fator independente para o desenvolvimento de IC tanto sistólica
quanto diastólica ao acompanhar por sete anos uma população
de indivíduos idosos sem história de infarto do miocárdio4
.
Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca
Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W
73Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
O padrão geométrico do VE também pode influenciar o
desenvolvimento de IC. Várias evidências demonstraram que
a hipertrofia concêntrica é o padrão geométrico ventricular
mais associado à progressão para IC, e em especial, para sua
forma diastólica1,4,24
. É importante ressaltar que a relação entre
hipertrofia concêntrica e IC parece se dever não só a alterações
intrínsecas do miocárdio mas também à maior associação entre
doença arterial coronária e esse padrão geométrico ventricu-
lar12
. Não obstante, estudos mais recentes têm questionado o
paradigma prévio27
de que hipertrofia concêntrica é preditora
independente de IC sistólica. Por exemplo, em uma coorte de
idosos predominantemente brancos seguida por cinco anos, a
presença de hipertrofia excêntrica, mas não concêntrica, mos-
trou ser um fator de risco para desenvolvimento de baixa fração
de ejeção28
. Já outro estudo envolvendo 159 afro-americanos
com hipertrofia concêntrica observou progressão para IC sis-
tólica em 18% dos indivíduos estudados após quatro anos de
seguimento29
, entretanto, a ocorrência de infarto do miocárdio
durante o seguimento foi um importante fator de risco para o
rebaixamento da fração de ejeção29
, sugerindo que a hipertrofia
concêntrica na ausência de doença arterial coronária pode não
ser um importante marcador de progressão para IC sistólica.
Portanto, aguardam-se os resultados de novos estudos para
que essas dúvidas sejam sanadas.
MECANISMOS ENVOLVIDOS NA
PROGRESSÃO DA HVE PARA A IC
Diversos mecanismos têm sido propostos para explicar a pro-
gressão para IC em indivíduos portadores de HVE. Em primeiro
lugar, estima-se que a HVE induza à disfunção miocárdica por
apresentar redução no suprimento de oxigênio e nutrientes para
os miócitos cardíacos12
. A explicação para esse fenômeno se
deve a vários fatores, tais como9,10,30
: 1. Redução na densidade
de arteríolas e capilares coronários, resultante de um aumento
desproporcional dos miócitos cardíacos e do interstício; 2. Au-
mento da espessura parietal das artérias coronárias e presença
de fibrose perivascular, com conseqüente redução da reserva
coronária; 3. Aumento do tecido conjuntivo intersticial, o qual
pode atuar como obstáculo à chegada de oxigênio e outros
nutrientes aos miócitos cardíacos.
Em segundo lugar, o desenvolvimento desordenado de fibro-
se ao redor dos miócitos cardíacos pode provocar uma oposição
mecânica a essas células, comprometendo o desempenho
miocárdico11,12,31
. Por outro lado, é possível que alterações na
degradação da matriz extracelular também exerçam um papel
na transição de HVE para IC. Nesse contexto, destacam-se
as metaloproteinases, as quais são enzimas que quebram o
colágeno e têm sua ação restringida por inibidores tissulares
endógenos, conhecidos pela sigla TIMPs (tissue inhibitors of
matrix metalloproteinases)32
. Hipoteticamente, há um dese-
quilíbrio a favor da atividade de metaloproteinases que pode
ser acompanhado de aumento da degradação do colágeno e
conseqüente dilatação ventricular, e um aumento desproporcio-
nal da atividade de TIMPs pode se associar à maior deposição
de colágeno e fibrose11
. Esses dois mecanismos, apesar de
antagônicos, poderiam culminar com piora da função cardíaca,
entretanto, os dados disponíveis a respeito do tema têm sido
conflitantes, pois revelaram um desequilíbrio tanto a favor de
metaloproteinases33
quanto de TIMPs34
no miocárdio de indiví-
duos com HVE e disfunção ventricular.
Em geral, os mecanismos descritos anteriormente podem
comprometer tanto a função contrátil quanto de relaxamento
do VE. Essas observações dão suporte ao conceito de que as
disfunções sistólica e diastólica relacionadas à HVE representam
um continuum e não devem ser consideradas como entidades
distintas1
. De fato, essa hipótese tem sido respaldada por evi-
dências ecocardiográficas recentes que revelaram relação direta
entre função sistólica e diastólica mesmo em indivíduos com
HVE e fração de ejeção normal35,36
. Além disso, condições que
levam à HVE (como hipertensão arterial) também predispõem a
outras doenças (como doença arterial coronária), que, por sua
vez, podem levar à IC37
. Sob essa perspectiva, destacam-se os
eventos coronários de origem aterotrombótica, os quais levam
especialmente à disfunção ventricular sistólica12,29
.
CONCLUSÃO
A HVE é um fator de risco independente para o desenvolvimento
de IC sistólica e diastólica, sendo a hipertrofia concêntrica o pa-
drão geométrico mais associado à progressão para IC. Por outro
lado, as alterações na micro e na macrovasculatura coronária, o
aumento da fibrose intersticial e os eventos coronários de origem
aterotrombótica parecem ser os fatores mais importantes para
o desenvolvimento de disfunção ventricular, assim, a progressão
de HVE para IC parece ter origem multifatorial e é resultante de
uma complexa interação entre fatores intrínsecos e extrínsecos
ao miocárdio (Figura 1).
Figura 1. Mecanismos potenciais envolvidos na transição da HVE para IC.
Disfunção sistólica
Hipertensão
Obesidade
Diabetes
Infarto do
miocárdio
Hipertrofia ventricular
↓ Oferta de O2
e nutrientes
↑ Fibrose intersticial
Disfunção diastólica
Insuficiência
cardíaca
Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca
Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W
74 Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008.
REFERÊNCIAS
1.	 Brunner-La Rocca HP. Do we understand why the heart fails? European Heart
Journal 2008;29:698-700.
2.	 Roger VL, Weston SA, Redfield MM, et al. Trends in heart failure incidence and
survival in a community-based population. JAMA 2004;292:344-50.
3.	 Lorell BH, Carabello BA. Left ventricular hypertrophy: pathogenesis, detection,
and prognosis. Circulation 2000;102:470-9.
4.	 de Simone G, Gottdiener JS, Chinali M, Maurer MS. Left ventricular mass predicts
heart failure not related to previous myocardial infarction: the Cardiovascular
Health Study. Eur Heart J 2008;29:741-7.
5.	 Agabiti-Rosei E, Muiesan ML, Salvetti M. Evaluation of subclinical target organ
damage for risk assessment and treatment in the hypertensive patients: left
ventricular hypertrophy. J Am Soc Nephrol 2006;17:S104-8.
6.	 Dorn GW II, Robbins J, and Sugden PH. Phenotyping hypertrophy: eschew
obfuscation. Circ Res 2003;92:1171-5.
7.	 Gradman AH, Alfayoumi F. From left ventricular hypertrophy to congestive
heart failure: management of hypertensive heart disease. Prog Cardiovasc Dis
2006;48:326-41.
8.	 Nadruz W Jr, Franchini KG. Influência de fatores ambientais e genéticos na hi-
pertrofia e remodelamento cardíacos na hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens
2001;8:414-24.
9.	 Isoyama S. Coronary vasculature in hypertrophy. In: Sheridan DJ (ed.). Left
ventricular hypertrophy. London: Churchill, 1998. p.29-36.
10.	 Weber KT, Brilla CG. Pathological hypertrophy and cardiac interstitium: fibrosis
and renin–angiotensin–aldosterone system. Circulation 1991;83:1849-65.
11.	 Opie LH, Commerford PJ, Gersh BJ, Pfeffer MA. Controversies in ventricular
remodelling. Lancet 2006;367:356-67.
12.	 Verdecchia P, Angeli F, Achilli P, et al. Echocardiographic left ventricular hyper-
trophy in hypertension: marker for future events or mediator of events? Curr
Opin Cardiol 2007;22:329-34.
13.	 Hogg K, McMurray J. The treatment of heart failure with preserved ejection
fraction (“diastolic heart failure”). Heart Fail Rev 2006;11:141-6.
14.	 Susic D, Frohlich ED. Optimal treatment of hypertension with diastolic heart
failure. Heart Fail Clin 2008;4:117-24.
15.	 Flint A. A Practical Treatise on the Diagnosis, Pathology, and Treatment of
Diseases of the Heart. 2.ed. Philadelphia: Lea, 1870. p.33.
16.	 Osler W. The Principles and Practice of Medicine. New York: Appleton, 1892.
17.	 Devereux RB, Bella JN, Palmieri V, et al. Left ventricular systolic dysfunction
in a biracial sample of hypertensive adults: the HyperGEN study. Hypertension
2001;38:417-23.
18.	 Devereux RB, Roman MJ, Paranicas M, et al. A population-based assessment of
left ventricular systolic dysfunction in middle-aged and older adults: the Strong
Heart Study. Am Heart J 2001;141:439-46.
19.	 Wachtell K, Rokkedal J, Bella JN, et al. Effect of electrocardiographic left ventri-
cular hypertrophy on left ventricular systolic function in systemic hypertension
(the LIFE study). Am J Cardiol 2001;87:54-60.
20.	 ArnoldJMO,YusufS,YoungJ,etal.PreventionofheartfailureinpatientsintheHeart
Outcomes Prevention Evaluation (HOPE) study. Circulation 2003;107:1284-90.
21.	 Perlini S, Muiesan ML, Cuspidi C, et al. Midwall mechanics are improved after
regression of hypertensive left ventricular hypertrophy and normalization of
chamber geometry. Circulation 2001;103:678-83.
22.	 Wachtell K, Palmieri V, Olsen MH, et al. Change in systolic left ventricular per-
formance after 3 years of antihypertensive treatment: the Losartan Intervention
for Endpoint (LIFE) study. Circulation 2002;106:227-32.
23.	 Devereux RB, Roman MJ, Liu JE, et al. Congestive heart failure despite normal
left ventricular systolic function in a population-based sample: the Strong Heart
Study. Am J Cardiol 2000;86:1090-6.
24.	 Melenovsky V, Borlaug BA, Rosen B, et al. Cardiovascular features of heart failure
with preserved ejection fraction versus nonfailing hypertensive left ventricular
hypertrophy in the urban Baltimore community: the role of atrial remodeling/
dysfunction. J Am Coll Cardiol 2007;49:198-207.
25.	 Kannel WB, Levy D, Cupples LA. Left ventricular hypertrophy and risk of
cardiac failure: insights from the Framingham Study. J Cardiovasc Pharmacol
1987;10:S135-40.
26.	 Levy D, Garrison RJ, Savage DD, Kannel WB, Castelli WP. Prognostic implications
of echocardiographically determined left ventricular mass in the Framingham
Heart Study. N Engl J Med 1990;322:1561-6.
27.	 Frohlich ED, Apstein C, Chobanian AV, et al. The heart in hypertension. N Engl J
Med 1992;327:998-1008.
28.	 Drazner MH, Rame JE, Marino EK, et al. Increased left ventricular mass is a risk
factor for the development of a depressed left ventricular ejection fraction: the
Cardiovascular Health Study. J Am Coll Cardiol 2004;43:2207-15.
29.	 Rame JE, Ramilo M, Spencer N, et al. Development of a depressed left ventri-
cular ejection fraction in patients with left ventricular hypertrophy and a normal
ejection fraction. Am J Cardiol 2004;93:234-7.
30.	 Galderisi M, de Simone G, Cicala S, et al. Coronary flow reserve in hypertensive
patients with appropriate and inappropriate left ventricular mass. J Hypertens
2003;21:1-6.
31	 Huysman JA, Vliegen HW, Van Der Laarse A, Eulderink F. Changes in nonmyocyte
tissue composition associated with pressure overload of hypertrophic human
hearts. Pathol Res Pract 1989;184:577-81.
32.	 Wright JW, Mizutani S, Harding JW. Pathways involved in the transition from
hypertension to hypertrophy to heart failure. Treatment strategies. Heart Fail
Rev 2008;13:367-75.
33.	 Polyakova V, Hein S, Kostin S, Ziegelhoeffer T, Schaper J. Matrix metallopro-
teinases and their tissue inhibitors in pressure-overloaded human myocardium
during heart failure progression. J Am Coll Cardiol 2004;44:1609-18.
34.	 Heymans S, Schroen B, Vermeersch P, et al. Increased cardiac expression of
tissue inhibitor of metalloproteinase-1 and tissue inhibitor of metalloproteinase-2
is related to cardiac fibrosis and dysfunction in the chronic pressure-overloaded
human heart. Circulation 2005;112:1136-44.
35.	 Tanaka H, Oki T, Tabata T, et al. Losartan improves regional left ventricular systolic
and diastolic function in patients with hypertension: accurate evaluation using
a newly developed color-coded tissue doppler imaging technique. J Card Fail
2004;10:412-20.
36.	 Borges MC, Colombo RC, Gonçalves JG, Ferreira JO, Franchini KG. Longitudinal
mitral annulus velocities are reduced in hypertensive subjects with or without
left ventricle hypertrophy. Hypertension 2006;47:854-60.
37.	 Berenji K, Drazner MH, Rothermel BA, Hill JA. Does load-induced ventricular
hypertrophy progress to systolic heart failure? Am J Physiol Heart Circ Physiol
2005;289:H8-16.

Contenu connexe

Tendances

Hp idiopática 2015
Hp idiopática 2015Hp idiopática 2015
Hp idiopática 2015gisa_legal
 
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015gisa_legal
 
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismo
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismoCardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismo
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismoadrianomedico
 
Aneurisma dissecante da aorta
Aneurisma dissecante da aortaAneurisma dissecante da aorta
Aneurisma dissecante da aortasebastiaomoises
 
Investigação hemodinâmica da hp 2015
Investigação hemodinâmica da hp 2015Investigação hemodinâmica da hp 2015
Investigação hemodinâmica da hp 2015gisa_legal
 
Doenças cardiovasculares autoimunes
Doenças cardiovasculares autoimunesDoenças cardiovasculares autoimunes
Doenças cardiovasculares autoimunesgisa_legal
 
Doenca Das Arterias Coronarianas
Doenca Das Arterias CoronarianasDoenca Das Arterias Coronarianas
Doenca Das Arterias CoronarianasJoao Bruno Oliveira
 
Hp devido à doença cardíaca esquerda
Hp devido à doença cardíaca esquerdaHp devido à doença cardíaca esquerda
Hp devido à doença cardíaca esquerdagisa_legal
 
Avaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciaAvaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciagisa_legal
 
Senning paliativo no tto de cc com hp grave
Senning paliativo no tto de cc com hp graveSenning paliativo no tto de cc com hp grave
Senning paliativo no tto de cc com hp gravegisa_legal
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalMel Medina
 
Cardiopatia Isquêmica
Cardiopatia IsquêmicaCardiopatia Isquêmica
Cardiopatia IsquêmicaCBPortfolio
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalMel Medina
 
Anemia de doença crônica
Anemia de doença crônicaAnemia de doença crônica
Anemia de doença crônicaISCTEM
 
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardioMarcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardioDaniela Noleto
 
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertrófica
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertróficaCintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertrófica
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertróficaJoao Bruno Oliveira
 
Aula cardio icc anemia
Aula cardio icc anemiaAula cardio icc anemia
Aula cardio icc anemiadimaslacerda
 
Hipertensão pulmonar pupc 2014
Hipertensão pulmonar   pupc 2014Hipertensão pulmonar   pupc 2014
Hipertensão pulmonar pupc 2014gisa_legal
 

Tendances (20)

Hp idiopática 2015
Hp idiopática 2015Hp idiopática 2015
Hp idiopática 2015
 
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015
Definição e classificação da hipertensão pulmonar 2015
 
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismo
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismoCardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismo
Cardiomiopatia dilatada reversível relacionada a hipertireoidismo
 
Aneurisma dissecante da aorta
Aneurisma dissecante da aortaAneurisma dissecante da aorta
Aneurisma dissecante da aorta
 
Investigação hemodinâmica da hp 2015
Investigação hemodinâmica da hp 2015Investigação hemodinâmica da hp 2015
Investigação hemodinâmica da hp 2015
 
Hipertensão
HipertensãoHipertensão
Hipertensão
 
Doenças cardiovasculares autoimunes
Doenças cardiovasculares autoimunesDoenças cardiovasculares autoimunes
Doenças cardiovasculares autoimunes
 
Doenca Das Arterias Coronarianas
Doenca Das Arterias CoronarianasDoenca Das Arterias Coronarianas
Doenca Das Arterias Coronarianas
 
Hp devido à doença cardíaca esquerda
Hp devido à doença cardíaca esquerdaHp devido à doença cardíaca esquerda
Hp devido à doença cardíaca esquerda
 
Avaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciaAvaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infância
 
Senning paliativo no tto de cc com hp grave
Senning paliativo no tto de cc com hp graveSenning paliativo no tto de cc com hp grave
Senning paliativo no tto de cc com hp grave
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia Neonatal
 
Cardiopatia Isquêmica
Cardiopatia IsquêmicaCardiopatia Isquêmica
Cardiopatia Isquêmica
 
Fisioterapia Neonatal
Fisioterapia NeonatalFisioterapia Neonatal
Fisioterapia Neonatal
 
Anemia de doença crônica
Anemia de doença crônicaAnemia de doença crônica
Anemia de doença crônica
 
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardioMarcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
 
Correlação entre pressão intra abdominal elevada e a reexpansão pulmonar
Correlação entre pressão intra abdominal elevada e a reexpansão pulmonarCorrelação entre pressão intra abdominal elevada e a reexpansão pulmonar
Correlação entre pressão intra abdominal elevada e a reexpansão pulmonar
 
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertrófica
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertróficaCintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertrófica
Cintilografia de perfusão do miocárdio na miocardiopatia hipertrófica
 
Aula cardio icc anemia
Aula cardio icc anemiaAula cardio icc anemia
Aula cardio icc anemia
 
Hipertensão pulmonar pupc 2014
Hipertensão pulmonar   pupc 2014Hipertensão pulmonar   pupc 2014
Hipertensão pulmonar pupc 2014
 

Similaire à 07 hipertrofia

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016Maycon Silva
 
Síndrome Metabólica podem levar a óbito
Síndrome Metabólica podem levar a óbitoSíndrome Metabólica podem levar a óbito
Síndrome Metabólica podem levar a óbitoVan Der Häägen Brazil
 
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...Van Der Häägen Brazil
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Danilo Alves
 
Obesidade abdominal exige solução radical
Obesidade abdominal exige solução radicalObesidade abdominal exige solução radical
Obesidade abdominal exige solução radicalVan Der Häägen Brazil
 
Semiologia do aparelho cardiovascular
Semiologia do aparelho cardiovascularSemiologia do aparelho cardiovascular
Semiologia do aparelho cardiovascularDaniela Aidar
 
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Van Der Häägen Brazil
 
Anais cbep sm na infancia
Anais cbep   sm na infanciaAnais cbep   sm na infancia
Anais cbep sm na infanciagisa_legal
 
Aterosclerose
AteroscleroseAterosclerose
AteroscleroseJumooca
 
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica história natural. dr. caio ...
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica   história natural. dr. caio ...Frequência da ocorrência da síndrome metabólica   história natural. dr. caio ...
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica história natural. dr. caio ...Van Der Häägen Brazil
 
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...Van Der Häägen Brazil
 
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...Dra. Mônica Lapa
 
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rechNádia Elizabeth Barbosa Villas Bôas
 
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...Van Der Häägen Brazil
 
Aferição de pressão arterial
Aferição de pressão arterialAferição de pressão arterial
Aferição de pressão arterialMariana Remiro
 
Gordura intra abdominal um grande passo para diabetes tipo 2
Gordura intra   abdominal um grande passo para diabetes tipo 2Gordura intra   abdominal um grande passo para diabetes tipo 2
Gordura intra abdominal um grande passo para diabetes tipo 2Van Der Häägen Brazil
 

Similaire à 07 hipertrofia (20)

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - 2016
 
Síndrome Metabólica podem levar a óbito
Síndrome Metabólica podem levar a óbitoSíndrome Metabólica podem levar a óbito
Síndrome Metabólica podem levar a óbito
 
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...
Obesidade periférica e intra abdominal o paradoxo do risco em pacientes com e...
 
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
Seminário integrado - Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
 
Obesidade abdominal exige solução radical
Obesidade abdominal exige solução radicalObesidade abdominal exige solução radical
Obesidade abdominal exige solução radical
 
Semiologia do aparelho cardiovascular
Semiologia do aparelho cardiovascularSemiologia do aparelho cardiovascular
Semiologia do aparelho cardiovascular
 
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
Doença hepática gordurosa não alcoólica e síndrome metabólica problema de saú...
 
Anais cbep sm na infancia
Anais cbep   sm na infanciaAnais cbep   sm na infancia
Anais cbep sm na infancia
 
Sc jped 2003
Sc jped 2003Sc jped 2003
Sc jped 2003
 
Aterosclerose
AteroscleroseAterosclerose
Aterosclerose
 
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica história natural. dr. caio ...
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica   história natural. dr. caio ...Frequência da ocorrência da síndrome metabólica   história natural. dr. caio ...
Frequência da ocorrência da síndrome metabólica história natural. dr. caio ...
 
6 cerebral vasospasm after aneurysmal subarachnoid hemorrhage
6 cerebral vasospasm after aneurysmal subarachnoid hemorrhage6 cerebral vasospasm after aneurysmal subarachnoid hemorrhage
6 cerebral vasospasm after aneurysmal subarachnoid hemorrhage
 
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...
Os comprometimentos da saúde da mulher que apresenta síndrome dos ovários mic...
 
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS CLÍNICAS DOS PACIENTES ACIENTES COM ...
 
008
008008
008
 
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
 
Cbep hf
Cbep   hfCbep   hf
Cbep hf
 
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...
Obesidade abdominal comprometida por estresse obesidade periférica pode evolu...
 
Aferição de pressão arterial
Aferição de pressão arterialAferição de pressão arterial
Aferição de pressão arterial
 
Gordura intra abdominal um grande passo para diabetes tipo 2
Gordura intra   abdominal um grande passo para diabetes tipo 2Gordura intra   abdominal um grande passo para diabetes tipo 2
Gordura intra abdominal um grande passo para diabetes tipo 2
 

07 hipertrofia

  • 1. ARTIGO DE REVISÃO 71Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca Left ventricular hypertrophy: pathway to heart failure José Roberto Matos-Souza1 , Kleber Gomes Franchini1 , Wilson Nadruz Junior1 RESUMO A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma resposta adaptativa do coração à hipertensão arterial. Embora considerada compensatória, a HVE é um preditor independentedemaiormorbimortalidadecardiovascular.Em concordância com essas observações, diversas evidências clínicas e epidemiológicas demonstraram que a HVE é um importante fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC) sistólica e diastólica. Além da massa miocárdica, a geometria ventricular também influen- cia o desenvolvimento de IC. Nesse contexto, a hipertrofia concêntrica corresponde ao padrão geométrico que tem sido mais associado à progressão para IC. Diversos meca- nismos têm sido propostos para explicar a transição de HVE paraIC.Entreeles,destacam-seasalteraçõesnamicroena macrocirculação coronária e a fibrose intersticial, as quais comprometem o suprimento de oxigênio e nutrientes para osmiócitoscardíacoseimpedemumdesempenhomecânico satisfatório dessas células. Esses fatores modificam tanto a contratilidade quanto o relaxamento miocárdico, sugerindo que as disfunções sistólica e diastólica relacionadas à HVE podem representar um continuum. Por outro lado, eventos isquêmicos também podem precipitar o desenvolvimento de IC, demonstrando que a progressão de HVE para IC tem origemmultifatorialeéresultantedeumacomplexainteração entre fatores intrínsecos e extrínsecos ao miocárdio. PALAVRAS-CHAVE Hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca, ecocardiografia, disfunção ventricular esquerda. 1 Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-Unicamp). Correspondência para: Wilson Nadruz Junior. Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas – 13081-970 – Campinas, SP. Fone/Fax: (19) 3521-7836. E-mail: wilnj@fcm.unicamp.br Recebido: 23/2/2008 Aceito: 4/3/2008 ABSTRACT Left ventricular hypertrophy (LVH) is an adaptive respon- se to systemic hypertension. Nevertheless, it has been extensively demonstrated that LVH is an independent predictor of increased cardiovascular risk and heart failure (HF) development. In this regard, not only myocardial mass but also left ventricular geometric pattern have been shown to influence left ventricular performance. For instance, concentric hypertrophy displays the major risk to HF progression, especially to its diastolic form. Conversely, several mechanisms have been proposed to explain the transition from LVH to overt HF. They include coronary micro and macrovascular changes and myo- cardial interstitial fibrosis, which may lead to a reduced supply of oxygen and nutritional factors to myocytes and to a mechanical impairment of myocyte function. These alterations impair either contractile or relaxing performance, thus suggesting that LVH-related systolic and diastolic dysfunction may represent a continuum. On the other hand, coronary atherothrombotic events may also precipitate left ventricular dysfunction, demonstra- ting that transition from LVH to HF is a complex process that results from the interaction between extrinsic and intrinsic myocardial factors. KEYWORDS Left ventricular hypertrophy, heart failure, echocardiogra- phy, left ventricular dysfunction.
  • 2. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W 72 Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008. Introdução A insuficiência cardíaca (IC) tem-se tornado um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Estima-se que 1% a 2% da população ocidental sofra de IC, com prevalência média de 10% nos indivíduos idosos1 . Apesar dos recentes avanços na terapia da IC, sua morbidade e sua mortalidade permanecem elevadas2 . A hipertensão arterial se acompanha freqüentemente de hipertrofia ventricular esquerda (HVE), a qual é considerada uma resposta compensatória, cujo objetivo seria normalizar a tensão na parede ventricular3 . Entretanto, a HVE é também um fator de risco independente para IC e mortalidade cardiovascular4 . Essas observações fazem que a HVE seja considerada atualmente uma doença pré-clínica5 . DEFINIÇÕES A hipertrofia cardíaca fisiológica ocorre durante o crescimento natural do indivíduo, durante a gravidez e em resposta ao exercício físico. Na hipertrofia fisiológica, a função cardíaca está normal e não há associação com o desenvolvimento sub- seqüente de IC3,6 . Diferentemente da hipertrofia fisiológica, a hipertrofia cardíaca patológica (definida neste artigo como HVE) resulta de diversos estímulos, especialmente biomecânicos e neuro-humorais7 . A HVE está diretamente relacionada aos níveis de pressão arterial, embora outros fatores, como sexo, raça, obesidade, diabetes, consumo de sal e estimulação pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e nervoso simpático, também possam desempenhar um papel importante em sua gênese8 . Ela se caracteriza por alterações estruturais, funcionais e metabólicas do coração, as quais incluem aumento no volume dos miócitos cardíacos, aumento na espessura da parede das artérias coronárias, rarefação relativa de capilares, fibrose extracelular, além de modificações no metabolismo energético, no manuseio do cálcio intracelular e na contratilidade e no relaxamento do miocárdio9-11 . Classicamente, as alterações morfológicas do ventrículo esquerdo (VE) induzidas pela hipertensão arterial são divididas em três padrões geométricos12 : 1. Remodelamento concêntrico (aumento da espessura relativa da parede ventricular, porém, com massa cardíaca normal); 2. Hipertrofia concêntrica (au- mento da espessura relativa da parede ventricular e da massa cardíaca); 3. Hipertrofia excêntrica (aumento da massa cardíaca com elevação do volume da cavidade ventricular). A IC pode ser classificada como sistólica ou diastólica, de acordo com a presença ou não de rebaixamento na fração de ejeção13 . Estudos epidemiológicos têm demonstrado que pelo menos metade dos pacientes com IC apresenta IC diastólica ou com fração de ejeção preservada14 . Em geral, a IC diastólica é caracterizada por alta prevalência de aumento na espessura relativa da parede do VE, além de anormalidades no relaxamento ativo e na rigidez passiva ventricular13,14 . HVE E IC: EVIDÊNCIAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS Relatos do século XIX já descreviam que a HVE é uma resposta adaptativa à sobrecarga hemodinâmica, mas que podia evoluir para a disfunção ventricular. Austin Flint15 notou que “a sobrecar- ga hemodinâmica estimula uma ação ventricular mais vigorosa, a qual permite aos ventrículos expelir seus conteúdos por um tempo. Posteriormente uma hipernutrição ocorre e a hipertrofia é produzida. O aumento da massa muscular protege contra o desenvolvimento de dilatação por um período de tempo”, en- tretanto, na primeira edição de seu clássico livro, The Principles and Practice of Medicine, Sir William Osler16 observou que a desadaptação habitualmente se desenvolve, ao notar que a hipertrofia é acompanhada por “um período de descompensação que em geral ocorre lentamente e resulta da degeneração e do enfraquecimento do músculo cardíaco”. Em concordância com esses relatos seculares, diversas evidências clínicas descritas nas últimas décadas também docu- mentaram uma associação entre HVE e disfunção sistólica. Por exemplo, estudos transversais incluindo pacientes hipertensos revelaram uma relação inversa entre massa ventricular esquerda e função sistólica17-19 , e ensaios clínicos documentaram melhora na função sistólica em paralelo à regressão da HVE20-22 . Entretanto, o tipo de IC relacionada à HVE inclui não apenas aquela com “enfraquecimento” do músculo cardíaco, conforme descrita por Osler, mas também com outro aspecto de “dege- neração” miocárdica – a disfunção diastólica. Também nesse contexto, a HVE está associada à presença de IC com função sis- tólica preservada, apontando-se para uma relação inversa entre massa ventricular esquerda e desempenho diastólico14,23,24 . O Framingham Heart Study foi o primeiro grande estudo prospectivo que comprovou a associação entre HVE e posterior desenvolvimento de IC clínica. Em 1987, Kannel et al.25 relataram que indivíduos com HVE ao eletrocardiograma (ECG) apresenta- ram risco de duas a cinco vezes aumentado de desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Posteriormente, a presença de HVE ao ECG também se mostrou um fator de risco independente para o aparecimento de IC26 , entretanto, o diagnóstico de IC nesses estudos foi estabelecido por critérios clínicos, não sendo possível dizer se a HVE foi precursora de disfunção sistólica ou diastólica. Mais recentemente, dados do Cardiovascular Health Study confirmaram que a HVE é um fator independente para o desenvolvimento de IC tanto sistólica quanto diastólica ao acompanhar por sete anos uma população de indivíduos idosos sem história de infarto do miocárdio4 .
  • 3. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W 73Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008. O padrão geométrico do VE também pode influenciar o desenvolvimento de IC. Várias evidências demonstraram que a hipertrofia concêntrica é o padrão geométrico ventricular mais associado à progressão para IC, e em especial, para sua forma diastólica1,4,24 . É importante ressaltar que a relação entre hipertrofia concêntrica e IC parece se dever não só a alterações intrínsecas do miocárdio mas também à maior associação entre doença arterial coronária e esse padrão geométrico ventricu- lar12 . Não obstante, estudos mais recentes têm questionado o paradigma prévio27 de que hipertrofia concêntrica é preditora independente de IC sistólica. Por exemplo, em uma coorte de idosos predominantemente brancos seguida por cinco anos, a presença de hipertrofia excêntrica, mas não concêntrica, mos- trou ser um fator de risco para desenvolvimento de baixa fração de ejeção28 . Já outro estudo envolvendo 159 afro-americanos com hipertrofia concêntrica observou progressão para IC sis- tólica em 18% dos indivíduos estudados após quatro anos de seguimento29 , entretanto, a ocorrência de infarto do miocárdio durante o seguimento foi um importante fator de risco para o rebaixamento da fração de ejeção29 , sugerindo que a hipertrofia concêntrica na ausência de doença arterial coronária pode não ser um importante marcador de progressão para IC sistólica. Portanto, aguardam-se os resultados de novos estudos para que essas dúvidas sejam sanadas. MECANISMOS ENVOLVIDOS NA PROGRESSÃO DA HVE PARA A IC Diversos mecanismos têm sido propostos para explicar a pro- gressão para IC em indivíduos portadores de HVE. Em primeiro lugar, estima-se que a HVE induza à disfunção miocárdica por apresentar redução no suprimento de oxigênio e nutrientes para os miócitos cardíacos12 . A explicação para esse fenômeno se deve a vários fatores, tais como9,10,30 : 1. Redução na densidade de arteríolas e capilares coronários, resultante de um aumento desproporcional dos miócitos cardíacos e do interstício; 2. Au- mento da espessura parietal das artérias coronárias e presença de fibrose perivascular, com conseqüente redução da reserva coronária; 3. Aumento do tecido conjuntivo intersticial, o qual pode atuar como obstáculo à chegada de oxigênio e outros nutrientes aos miócitos cardíacos. Em segundo lugar, o desenvolvimento desordenado de fibro- se ao redor dos miócitos cardíacos pode provocar uma oposição mecânica a essas células, comprometendo o desempenho miocárdico11,12,31 . Por outro lado, é possível que alterações na degradação da matriz extracelular também exerçam um papel na transição de HVE para IC. Nesse contexto, destacam-se as metaloproteinases, as quais são enzimas que quebram o colágeno e têm sua ação restringida por inibidores tissulares endógenos, conhecidos pela sigla TIMPs (tissue inhibitors of matrix metalloproteinases)32 . Hipoteticamente, há um dese- quilíbrio a favor da atividade de metaloproteinases que pode ser acompanhado de aumento da degradação do colágeno e conseqüente dilatação ventricular, e um aumento desproporcio- nal da atividade de TIMPs pode se associar à maior deposição de colágeno e fibrose11 . Esses dois mecanismos, apesar de antagônicos, poderiam culminar com piora da função cardíaca, entretanto, os dados disponíveis a respeito do tema têm sido conflitantes, pois revelaram um desequilíbrio tanto a favor de metaloproteinases33 quanto de TIMPs34 no miocárdio de indiví- duos com HVE e disfunção ventricular. Em geral, os mecanismos descritos anteriormente podem comprometer tanto a função contrátil quanto de relaxamento do VE. Essas observações dão suporte ao conceito de que as disfunções sistólica e diastólica relacionadas à HVE representam um continuum e não devem ser consideradas como entidades distintas1 . De fato, essa hipótese tem sido respaldada por evi- dências ecocardiográficas recentes que revelaram relação direta entre função sistólica e diastólica mesmo em indivíduos com HVE e fração de ejeção normal35,36 . Além disso, condições que levam à HVE (como hipertensão arterial) também predispõem a outras doenças (como doença arterial coronária), que, por sua vez, podem levar à IC37 . Sob essa perspectiva, destacam-se os eventos coronários de origem aterotrombótica, os quais levam especialmente à disfunção ventricular sistólica12,29 . CONCLUSÃO A HVE é um fator de risco independente para o desenvolvimento de IC sistólica e diastólica, sendo a hipertrofia concêntrica o pa- drão geométrico mais associado à progressão para IC. Por outro lado, as alterações na micro e na macrovasculatura coronária, o aumento da fibrose intersticial e os eventos coronários de origem aterotrombótica parecem ser os fatores mais importantes para o desenvolvimento de disfunção ventricular, assim, a progressão de HVE para IC parece ter origem multifatorial e é resultante de uma complexa interação entre fatores intrínsecos e extrínsecos ao miocárdio (Figura 1). Figura 1. Mecanismos potenciais envolvidos na transição da HVE para IC. Disfunção sistólica Hipertensão Obesidade Diabetes Infarto do miocárdio Hipertrofia ventricular ↓ Oferta de O2 e nutrientes ↑ Fibrose intersticial Disfunção diastólica Insuficiência cardíaca
  • 4. Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência cardíaca Matos-Souza JR, Franchini KG, Nadruz Junior W 74 Rev Bras Hipertens vol.15(2):71-74, 2008. REFERÊNCIAS 1. Brunner-La Rocca HP. Do we understand why the heart fails? European Heart Journal 2008;29:698-700. 2. Roger VL, Weston SA, Redfield MM, et al. Trends in heart failure incidence and survival in a community-based population. JAMA 2004;292:344-50. 3. Lorell BH, Carabello BA. Left ventricular hypertrophy: pathogenesis, detection, and prognosis. Circulation 2000;102:470-9. 4. de Simone G, Gottdiener JS, Chinali M, Maurer MS. Left ventricular mass predicts heart failure not related to previous myocardial infarction: the Cardiovascular Health Study. Eur Heart J 2008;29:741-7. 5. Agabiti-Rosei E, Muiesan ML, Salvetti M. Evaluation of subclinical target organ damage for risk assessment and treatment in the hypertensive patients: left ventricular hypertrophy. J Am Soc Nephrol 2006;17:S104-8. 6. Dorn GW II, Robbins J, and Sugden PH. Phenotyping hypertrophy: eschew obfuscation. Circ Res 2003;92:1171-5. 7. Gradman AH, Alfayoumi F. From left ventricular hypertrophy to congestive heart failure: management of hypertensive heart disease. Prog Cardiovasc Dis 2006;48:326-41. 8. Nadruz W Jr, Franchini KG. Influência de fatores ambientais e genéticos na hi- pertrofia e remodelamento cardíacos na hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens 2001;8:414-24. 9. Isoyama S. Coronary vasculature in hypertrophy. In: Sheridan DJ (ed.). Left ventricular hypertrophy. London: Churchill, 1998. p.29-36. 10. Weber KT, Brilla CG. Pathological hypertrophy and cardiac interstitium: fibrosis and renin–angiotensin–aldosterone system. Circulation 1991;83:1849-65. 11. Opie LH, Commerford PJ, Gersh BJ, Pfeffer MA. Controversies in ventricular remodelling. Lancet 2006;367:356-67. 12. Verdecchia P, Angeli F, Achilli P, et al. Echocardiographic left ventricular hyper- trophy in hypertension: marker for future events or mediator of events? Curr Opin Cardiol 2007;22:329-34. 13. Hogg K, McMurray J. The treatment of heart failure with preserved ejection fraction (“diastolic heart failure”). Heart Fail Rev 2006;11:141-6. 14. Susic D, Frohlich ED. Optimal treatment of hypertension with diastolic heart failure. Heart Fail Clin 2008;4:117-24. 15. Flint A. A Practical Treatise on the Diagnosis, Pathology, and Treatment of Diseases of the Heart. 2.ed. Philadelphia: Lea, 1870. p.33. 16. Osler W. The Principles and Practice of Medicine. New York: Appleton, 1892. 17. Devereux RB, Bella JN, Palmieri V, et al. Left ventricular systolic dysfunction in a biracial sample of hypertensive adults: the HyperGEN study. Hypertension 2001;38:417-23. 18. Devereux RB, Roman MJ, Paranicas M, et al. A population-based assessment of left ventricular systolic dysfunction in middle-aged and older adults: the Strong Heart Study. Am Heart J 2001;141:439-46. 19. Wachtell K, Rokkedal J, Bella JN, et al. Effect of electrocardiographic left ventri- cular hypertrophy on left ventricular systolic function in systemic hypertension (the LIFE study). Am J Cardiol 2001;87:54-60. 20. ArnoldJMO,YusufS,YoungJ,etal.PreventionofheartfailureinpatientsintheHeart Outcomes Prevention Evaluation (HOPE) study. Circulation 2003;107:1284-90. 21. Perlini S, Muiesan ML, Cuspidi C, et al. Midwall mechanics are improved after regression of hypertensive left ventricular hypertrophy and normalization of chamber geometry. Circulation 2001;103:678-83. 22. Wachtell K, Palmieri V, Olsen MH, et al. Change in systolic left ventricular per- formance after 3 years of antihypertensive treatment: the Losartan Intervention for Endpoint (LIFE) study. Circulation 2002;106:227-32. 23. Devereux RB, Roman MJ, Liu JE, et al. Congestive heart failure despite normal left ventricular systolic function in a population-based sample: the Strong Heart Study. Am J Cardiol 2000;86:1090-6. 24. Melenovsky V, Borlaug BA, Rosen B, et al. Cardiovascular features of heart failure with preserved ejection fraction versus nonfailing hypertensive left ventricular hypertrophy in the urban Baltimore community: the role of atrial remodeling/ dysfunction. J Am Coll Cardiol 2007;49:198-207. 25. Kannel WB, Levy D, Cupples LA. Left ventricular hypertrophy and risk of cardiac failure: insights from the Framingham Study. J Cardiovasc Pharmacol 1987;10:S135-40. 26. Levy D, Garrison RJ, Savage DD, Kannel WB, Castelli WP. Prognostic implications of echocardiographically determined left ventricular mass in the Framingham Heart Study. N Engl J Med 1990;322:1561-6. 27. Frohlich ED, Apstein C, Chobanian AV, et al. The heart in hypertension. N Engl J Med 1992;327:998-1008. 28. Drazner MH, Rame JE, Marino EK, et al. Increased left ventricular mass is a risk factor for the development of a depressed left ventricular ejection fraction: the Cardiovascular Health Study. J Am Coll Cardiol 2004;43:2207-15. 29. Rame JE, Ramilo M, Spencer N, et al. Development of a depressed left ventri- cular ejection fraction in patients with left ventricular hypertrophy and a normal ejection fraction. Am J Cardiol 2004;93:234-7. 30. Galderisi M, de Simone G, Cicala S, et al. Coronary flow reserve in hypertensive patients with appropriate and inappropriate left ventricular mass. J Hypertens 2003;21:1-6. 31 Huysman JA, Vliegen HW, Van Der Laarse A, Eulderink F. Changes in nonmyocyte tissue composition associated with pressure overload of hypertrophic human hearts. Pathol Res Pract 1989;184:577-81. 32. Wright JW, Mizutani S, Harding JW. Pathways involved in the transition from hypertension to hypertrophy to heart failure. Treatment strategies. Heart Fail Rev 2008;13:367-75. 33. Polyakova V, Hein S, Kostin S, Ziegelhoeffer T, Schaper J. Matrix metallopro- teinases and their tissue inhibitors in pressure-overloaded human myocardium during heart failure progression. J Am Coll Cardiol 2004;44:1609-18. 34. Heymans S, Schroen B, Vermeersch P, et al. Increased cardiac expression of tissue inhibitor of metalloproteinase-1 and tissue inhibitor of metalloproteinase-2 is related to cardiac fibrosis and dysfunction in the chronic pressure-overloaded human heart. Circulation 2005;112:1136-44. 35. Tanaka H, Oki T, Tabata T, et al. Losartan improves regional left ventricular systolic and diastolic function in patients with hypertension: accurate evaluation using a newly developed color-coded tissue doppler imaging technique. J Card Fail 2004;10:412-20. 36. Borges MC, Colombo RC, Gonçalves JG, Ferreira JO, Franchini KG. Longitudinal mitral annulus velocities are reduced in hypertensive subjects with or without left ventricle hypertrophy. Hypertension 2006;47:854-60. 37. Berenji K, Drazner MH, Rothermel BA, Hill JA. Does load-induced ventricular hypertrophy progress to systolic heart failure? Am J Physiol Heart Circ Physiol 2005;289:H8-16.