1. DOPING – De quem é a
culpa?
Marya Fernanda Neves do Carmo
Roullien da Silva Moreira
Saimon Pinheiro Soares
Viviane Azevedo Porto
2. CONCEITOS
>É qualquer substância que ministrada ao organismo
aumente artificialmente o seu rendimento ou performance
em competições.
>Administração ou uso de substâncias estranhas ao corpo,
ou substâncias fisiológicas em doses anormais e com
metodologias anormais em pessoas saudáveis com
intenção de melhorar a performance em competições de
maneira artificial e injusta.
>Uso de medicamentos com fins terapêuticos que
promovam capacidade além do nível normal.
4. > Csaky menciona que o primeiro caso de doping ocorreu no Paraíso
"Relatos oficiais, mesmo não sendo pesquisas mais sérias,
indicam que o problema de doping no esporte é um problema
quase tão antigo como o próprio esporte".
Prof. Elenor Kunz
> Em 1896, foi organizado os primeiros Jogos Olímpicos da Idade
Moderna, na cidade de Atenas, onde os atletas já conheciam a
COCAINA, EFEDRINA, e a ESTRIQUININA.
Surge assim o termo “usar bola”.
> 1896 a 1932: Nesse período ainda se pregava a participação, e não
a competição.
> 1936: Adolf Hitler – inclusão dos
ideais políticos
Jesse Owens – promove a “Coca-Cola”,
incluindo o comercialismo.
5. “Dessa maneira, os Jogos
Olímpicos estavam
irremediavelmente
contaminados.”
Comitê Olímpico – “Informações sobre o uso de medicamentos no esporte – 2010”
6. > Após a Segunda Guerra Mundial:
Prisioneiros de Guerra X Soldados Combatentes
ANABOLICOS ESTEROIDE X ANFETAMINA
> Primeiro Caso Detectado em Laboratório:
-1960: Jogos Olímpicos de Roma - Morre o Ciclista Kurt Jansen
por overdose de ANFETAMINA
> 1964: Uso massivo de ESTEROIDES ANABOLIZANTES em Tóquio
> 1967: Comitê Olímpico Internacional estabelece uma Comissão
Médica
> 1968: Primeiro Controle Anti-Doping, na cidade do México
8. DOPAGEM FISICA:
Estimulação muscular por eletrodos, muito dificil de provar
Riscos: ruptura muscular.
DOPAGEM BIOQUIMICA:
Retira-se de 0,5 e 1L de sangue cerca de 30 dias antes da
competição e o reinjeta na véspera.
Riscos: Mau armazenamento do sangue pode gerar
contaminações, além do risco de embolia.
DOPAGEM QUIMICA:
Uso de substâncias sintetizadas, pré - existentes ou não no
corpo humano, com objetivo de otimizar uma função
específica.
Riscos: Inúmeros.
9. DOPAGEM GENÉTICA:
Ainda em fase de estudo, prevê a manipulação do DNA
afim de aumentar as secreções hormonais normais do ser
humano com objetivo de melhorar o rendimento do atleta.
GESTAÇÃO PROGRAMADA:
Inoculação de espermatozódeis em mulheres tres meses
antes da prova principal, fazendo com que a atleta
competisse ao terceiro mes de gestação, aproveitando-se
do fato de que ela teria uma maior quantidade de glóbulos
vermelhos no sangue.
Após a competição era realizado o aborto.
11. Estimulantes:
Efeitos: diminuição da sensação de fadiga, aumento do estado de
alerta e euforia;
Utilizados em esportes coletivos, tais como futebol, volei e basquete e
em provas de longa duração, como maratonas;
Efeitos colaterais: hipertensão, taquicardia, hepatopatias, alterações
renais, dependência física, convulsões, ansiedade e alterações na
termorregulação.
Substâncias e concentrações proibidas:
Efedrina – Maior que 10 μg/mL
Cafeína - Maior que 12 μg/mL = 36 COPOS DE CAFÉ
Fenilpropanolamina – Maior que 25 μg/mL
12. Narcóticos Analgésicos:
Efeitos: Alívio da dor
Utilizados em quase todos os esportes
Exemplos de Substâncias proibidas:
Morfina – Maior que 0,1 micrograma/mL
Heroína;
Metadona.
13. Diuréticos:
Usados para perder peso ou mascarar o doping, aumentando o volume
da urina
Utilizados, na maioria, em esportes onde há divisão de peso ( boxe,
judô, levantamento de peso)
Exemplos de substâncias proibidas encontradas em remédios
específicos:
Hidroclorotiazida;
Clortalidona;
Bumetanida.
Efeitos colaterais : Fadiga, Cefaléia, fraqueza, mal estar, vomitos.
14. Esteróides Anabolizantes
Grupo de hormônios ja existentes no corpo humano, como
Testosterona, Estradiol, Progesterona
Exemplos: Nandrolona, Stanozolol
Usados com o objetivo de aumentar a massa muscular do
atleta
Esportes que são mais utilizados: Esportes que exigem
força, velocidade e explosão.
Efeitos colaterais: Hipertensão, infertilidade, maior
probabilidade de ataque cardíaco, disfunção hepática,
câncer, disfunção nos sitemas reprodutor masculino e
feminino, entre outros.
15. Hôrmonios Peptídicos:
São substâncias naturais cuja molécula é formada por dois
aminoácidos ligados (um peptídeo).
Sua função principal é a fixação de proteínas no organismo
Objetivo de aumentar a massa muscular
Usados em esportes de potência e força pura, como arremesso de
disco, levantamento de peso, ciclismo.
Exemplos de substâncias:
Gonadotrofina coriônica humana (HCG),
Hormônio de Crescimento (HGH, somatotrofina).
Efeitos Colaterais: Diabetes, reações alérgicas, falta de ÉTICA.
18. >Álcool - Seu controle pode ser solicitado por Federações
Internacionais e os resultados sujeitos a sanções;
>Maconha – está formalmente proibida uma concentração
maior de 15 nanogramas/mL de 11-nor-delta 9-
tetrahydrocannabinol-9-carboxylic acid (carboxy-THC) a urina do
atleta;
>Anestésicos locais – uso apenas com justificação médica
>Glicocorticóides – classe de hormônios esteróidicos que
bloqueiam o processo de inflamação e inibem o processo de
crescimento
>Betabloqueadores – os principais efeitos são a diminuição da
ansiedade, bradicardia e redução do tremor. Proibido em
esportes de tiro e arco e flecha.
20. Este controle pode ser realizado através de
exames de sangue ou de urina e é dividido
em:
a) em competição, controle realizado
imediatamente após o término de uma
competição esportiva; e,
b) fora de competição, efetuado a qualquer
momento, durante um treinamento, na
residência do atleta ou até mesmo antes ou
depois de uma competição.
21. O material colhido é separado em prova e
contraprova e numerado, sendo encaminhado
para análise.
O resultado é enviado lacrado para o Comitê
Antidopagem, único conhecedor da relação de
atletas por numeração.
Em caso de resultado positivo, é feita a análise da
contraprova, que confirmando o resultado positivo
culmina na divulgação do nome do atleta pelo
próprio réu.
22. No Brasil, muitos são os exemplos de caso de
dopagem.
# Salviano Domingues – 1986, o velocista foi
acusado quando disputava o Meeting
Internacional de Atletismo de São Paulo;
# Sueli Pereira dos Santos – 1994, quando se
posiciona entra as 10 melhores lançadoras de
dardo;
# Hugo Duppré – 1997, 100m borboleta, alegou
não ter sido informado por seu médico que as
infiltrações no joelho continham a substância;
...entre outros.
23. “O halterofilista russo Kaarlo Kangasniemi,
medalha de ouro, na Olimpíada de 1968,
sofreu um grave acidente. Ao erguer uma barra
de 160 quilos, um dos músculos de suas
costas, inchado por uso de anabolizantes,
rompeu pelo uso dos alteres. A barra caiu
sobre a sua nuca, quebrou uma das vértebras
e ele ficou paralisado pelo resto da vida”.
24. “A nadadora Kristiane Knacke, medalha de bronze
nos 100 metros borboleta, levou oito anos para
perder quinze quilos de musculatura geradas por
anabolizantes. Sua filha nascida dois anos depois
que ela deixou as piscinas, apresenta graves
problemas hormonais”.
25. Afinal, de quem é a culpa?
Atletas
Comitês Organizadores
Mídia
Profissionais Envolvidos
Todos Nós?
Governos Federais
26. Para a sociedade grega
helênica,
os vitoriosos seriam todos
aqueles que superassem
seus limites físicos e morais.
27. Hoje, a superação de marcas é
um feito grandioso,
merecedor de ampla divulgação
pelos meios de
comunicação de massa para
todo o mundo.
28. Some-se a isso a retribuição financeira,
em forma de bonificações dos clubes e
patrocínios, aumentando a sua
condição econômica, favorecendo a
inserção e manutenção em espaços
sociais desejados desde muito, o que
para alguns atletas se constitui como
real sentido de vida.
29. Calderon afirma que o motivo da prática do
doping ter-se generalizado entre os atletas se
deve a
que no esporte-espetáculo somente há
vencedores e vencidos,
o que produz uma grande tensão. Ninguém quer
pertencer à
segunda categoria, ninguém quer ser um
perdedor, pois a
sociedade somente valoriza os ganhadores.
30. Nos dias atuais, tem se visto uma intensa
proposta de controle nacional e
internacional.
O objetivo dessa atuação visa evitar uma
vantagem desleal de um competidor sobre
os demais, além de preservar os aspectos
éticos e morais do esporte, sobretudo, a
SAÚDE DOS ATLETAS.
Comitê Olímpico
31. Medalhas Sujas
Revista Veja: 21/01/98
Durante duas décadas, a antiga Alemanha
Oriental foi uma potência esportiva com força
desproporcional ao tamanho de sua
população e ao poderio de sua economia.
Depois da queda do Muro de Berlim, em
1989, descobriu-se que tanto vigor estava
baseado mais em fórmulas químicas do que
em destreza física.
Na natação, por exemplo, o Brasil teria uma medalha de bronze transformada em
prata e um quarto lugar viraria bronze.
Estão sob suspeita antigos fenômenos do esporte, como a corredora Marita Koch,
ainda hoje recordista mundial dos 400 metros rasos, e a nadadora Kristin Otto,
ganhadora de seis medalhas de ouro nas Olimpíadas de Seul, em 1988, a última
com participação da Alemanha Oriental.
32. “A impunidade em casos de
doping, como o da Alemanha
Oriental, tem contribuído para
que o mal continue fora de
controle.”