SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
2
Guerra Colonial
   Portugal:
      Pluricontinental;
      Multiracial.




                           3
Guerra Colonial
   Década de 50
     A União Indiana pretende a integração
      das cidades de Goa, Damão e Diu no seu
      território;
     Portugal recusa-se a discutir o tema;
     Surgem os primeiros movimentos
      independentistas.




                                               4
Guerra Colonial
   Década de 60
     Dezembro de 1961 – A União Indiana
      invade as cidades de Goa, Damão e Diu
     1961 – Ataques às fazendas do norte de
      Angola e às prisões de Luanda
     1963 – Alastramento das insurreições à
      Guiné-Bissau…
     1964 – e a Moçambique.


     A guerra só terminaria em 1974 com a
      revolução de 25 de Abril.


                                               5
6
Guerra Colonial




Amílcar Cabral   Holden Roberto   Agostinho Neto   Jonas Savimbi   Samora Machel   7
 1924-1973         1923-2007        1922-1979        1934-2002       1933-1986
8
Portugal: Do Autoritarismo à Democracia




                               AS IDADES DE SALAZAR,
                                   João Abel Manta.




                                                       9
A Liberalização fracassada
   1968
      Salazar sofre um acidente e fica incapacitado para dirigir o governo;
      É substituído por Marcello Caetano.




             António Oliveira Salazar        Marcello Caetano                  10
                   1889-1970                   1906-1980
Primavera Marcelista
   Política no sentido de uma maior liberdade e
    democratização;
   Política marcada por grandes hesitações e contradições;
   Recusa de discutir a questão da Guerra colonial;
   Governação segundo o princípio da continuidade.




                                                              11
Acção governativa
   Área política – Maquilhagem das instituições
     PIDE             DGS
     Censura                 Exame prévio
     União Nacional          Acção Nacional Popular

     E ainda…
     autorização do regresso de exilados políticos como Mário
       Soares (mais tarde regressa ao exílio)




                                                                 12
Acção governativa
   Área Social – Maquilhagem das instituições
     Criação da ADSE – Assistência na Doença dos Servidores do
      Estado;
     Instituição do subsídio de Férias e de Natal;
     Atribuição de pensões aos trabalhadores rurais e de
      profissões mais modestas;
     Criação de nova legislação sindical.




                                                                  13
Acção governativa
   Área Educativa
     Maior acesso ao ensino;
     Renovação dos conteúdos;
     Escolaridade Obrigatória.




                                  14
Eleições Legislativas de 1969

     participação da oposição nas eleições após 44 anos

         demonstração de abertura política, porém…

     eleições marcadas por limitações à liberdade de voto

  aumento da contestação nos meios universitários, fabris e
                         militares

                                                              15
Contestação ao regime
   Abril de 1973
      Reuniu-se o 3º Congresso da Oposição
       Democrática.
      Defende-se os 3 D’s: Descolonização;
       Desenvolvimento e Democratização

   Fevereiro de 1974
      O General Spínola publica o livro Portugal e o
       futuro;
      Defendia uma solução política para resolver a
       Guerra Colonial e a liberalização do País
                                                        16
17
Causas para a Revolta Militar
   Insistência na Guerra Colonial;
   Equiparação dos oficiais milicianos
  aos oficiais do quadro;
                                            Levam à criação do MFA
   Falta de Liberdade;
                                          Movimento das Forças Armadas
   Dificuldades económicas.


Revolta das Caldas (Março de 1974)
   Primeira tentativa para depor o regime;
   Falhou.


                                                                 18
Revolta das Caldas
   Primeira tentativa para depor o
    regime;
   Reacção à demissão do General
    Spínola e Costa Gomes;
   Falhou.




                                      19
25 de Abril de 1974
   Na noite de 24 para 25 de Abril dá-
    se início ao golpe militar;
   Apoio da população de Lisboa;
   Os pontos chave da cidade de Lisboa
    são ocupados pelos revoltosos;
   Só a PIDE oferece resistência;
   Marcello Caetano rende-se no
    Convento do Carmo.


                                          20
21
Junta de Salvação Nacional
   Presidida pelo General Spínola.
   Objectivos:
      Zelar que o Governo Provisório cumprisse o Programa do MFA.
   António de Spínola acaba por ser nomeado Presidente da
    República.




                                                                     22
Pinheiro de Azevedo   Costa Gomes     António de Spínola

                                                                       Silvério Marques

Rosa Coutinho



                                                                       Galvão de Melo




                                                                                  23
       Falta: General Diogo Neto ausente em Moçambique
Objectivos do MFA
   Destituição das suas funções o Presidente da República e o governo;
   Fim da Pide, Censura, Legião Portuguesa, Mocidade Portuguesa, Acção
    Nacional Popular, Assembleia Nacional, Câmara Corporativa;
   Libertação dos presos políticos;
   Regresso dos exilados (Mário Soares e Álvaro Cunhal);
   Autorização de criação de Partidos Políticos;
   Criação de Sindicatos para a função pública;
   Independência das colónias;
   Eleições livres para a formação de uma
  Assembleia Constituinte;
   Nova Constituição da República.


                                                                          24
Criação de partidos políticos




Mário Soares   Francisco Sá Carneiro   Álvaro Cunhal   Freitas do Amaral 25
   1924             1934-1980           1913-2005             1941
26
Verão Quente de 1975
   11 Março de 1975
     Face ao aumento da influência do Partido Comunista no MFA e receio
                             da tomada de poder

           tentativa de golpe militar, liderado pelo General Spínola

                           Fuga para o estrangeiro




                                                                          27
28
Governo de Vasco Gonçalves
   Segue uma tendência marxista;
   Promove:
      Nacionalização dos seguros, bancos,
       grandes empresas ligadas à siderurgia,
       electricidade, cimentos, transportes,
       adubos, tabacos…
      Reforma Agrária – expropriação dos
       latifúndios do Alentejo e do Ribatejo e
       criação das Unidades Colectivas de
       Produção (UCP’s).


                                                 29
Instabilidade política e social
   O PS e o PPD abandonam o governo;
   Aumento do número de greves;
   Ocupação de campos e fábricas;
   Ataques às sedes de partidos e sindicatos;
   Cerco à Assembleia da República.


   25 de Novembro de 1975 – golpe militar de esquerda
    neutralizado pelo Tenente-coronel Ramalho Eanes


                                                         30
Constituição de 1976
   Consignou uma nova organização
    democrática:
      Permitiu eleições livres;
      Independência dos órgãos de
       soberania;
      Descentralização e autonomia regional;
      Reforço do poder autárquico.




                                                31
32
Independência das Colónias
   Do programa do MFA:
      A solução para as colónias não era militar mas sim política;
      Lançamento de uma política que conduzisse à paz.


   Início de conversações:
      Junho de 74 – Conferência de Lusaca;
      Agosto de 74 – Acordo entre Portugal e a ONU;
      Setembro de 74 – Encontro da ilha do Sal;
      Novembro de 74 – Declaração de Argel;
      Janeiro de 75 – Cimeira do Algarve.



                                                                      33
Cinco Novos Países




Guiné-Bissau      Moçambique         Cabo Verde       S. Tomé e Príncipe      Angola
23 Agosto de 74   26 Junho de 75     05 Julho de 75    12 de Julho de 75   11 Novembro 75




  Ainda faltavam Macau e Timor
                                                                                       34
O regresso a casa


            Macau foi entregue à China em 1999




             Timor Leste foi ocupado, em 1975, pela Indonésia;
             Tornou-se independente em 2002.




                                                                 35
Retornados
   O fim da guerra e a independência levou a situações de
    violência;
   Cerca de 500 mil pessoas foram obrigadas a “regressar” a
    Portugal;
   Abandono dos bens;
   Difícil integração na sociedade
  portuguesa



                                                               36
37
38
Integração na CEE
   Março de 1977 – Pedido de Adesão;
   1985 – Pedido é aceite;


   1 de Janeiro de 1986 – Portugal passa a ser membro de
    pleno Direito




                                                            39
Tratado de Maastricht
   Assinado em 1992;
   A CEE passa a designar-se por UE – União Europeia;


   Objectivos:
      Maior participação dos cidadãos na vida comunitária;
      Cidadania europeia;
      Maior solidariedade entre os Estados-membros;
      Meios para garantir a paz e a segurança;
      Criação de uma moeda única - euro




                                                              40
Ramalho Eanes
                                      1936
                                    1976-1986
                  Costa Gomes                         Mário Soares
                   1914-2001                              1924
                   1974-1976                            1986-1996




António Spínola                                                      Jorge Sampaio
   1910-1996                                                             1939
     1974                                                              1996-2006



                                Aníbal Cavaco Silva                             41
                                       1939
                                       2006

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Revoluções liberais (1) - História 8º ano
Revoluções liberais (1) - História 8º anoRevoluções liberais (1) - História 8º ano
Revoluções liberais (1) - História 8º anoGabriel Lima
 
Portugal: da 1º republica a ditadura militar
Portugal: da 1º republica a ditadura militarPortugal: da 1º republica a ditadura militar
Portugal: da 1º republica a ditadura militarJoao Bernardo Santos
 
Revolução liberal portuguesa - História 8ºano
Revolução liberal portuguesa - História 8ºanoRevolução liberal portuguesa - História 8ºano
Revolução liberal portuguesa - História 8ºanoLuisMagina
 
Revoluções liberais
Revoluções liberaisRevoluções liberais
Revoluções liberaisTeresa Maia
 
35 revolução liberal de 1820
35   revolução liberal de 182035   revolução liberal de 1820
35 revolução liberal de 1820Carla Freitas
 
5 04 a implantação do liberalismo em portugal
5 04 a implantação do liberalismo em portugal5 04 a implantação do liberalismo em portugal
5 04 a implantação do liberalismo em portugalVítor Santos
 
A revoluções liberais
A revoluções liberaisA revoluções liberais
A revoluções liberaisEduardo Sousa
 
82095 transformacoes do_apos_guerra
82095 transformacoes do_apos_guerra82095 transformacoes do_apos_guerra
82095 transformacoes do_apos_guerraceufaias
 
Revolução francesa - Prof. Elvis John
Revolução francesa - Prof. Elvis JohnRevolução francesa - Prof. Elvis John
Revolução francesa - Prof. Elvis JohnElvisJohnR
 
Apresentação Revolução Russa
Apresentação Revolução RussaApresentação Revolução Russa
Apresentação Revolução Russamarcosfm32
 
Aula 10 revoluções burguesas
Aula 10   revoluções burguesasAula 10   revoluções burguesas
Aula 10 revoluções burguesasJonatas Carlos
 
Regicídio de 1908
Regicídio de 1908Regicídio de 1908
Regicídio de 1908berenvaz
 
G2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberaisG2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberaisVítor Santos
 
A difícil implantação do liberalismo em portugal
A difícil implantação do liberalismo em portugalA difícil implantação do liberalismo em portugal
A difícil implantação do liberalismo em portugalEduardo Sousa
 

Mais procurados (19)

Revoluções liberais (1) - História 8º ano
Revoluções liberais (1) - História 8º anoRevoluções liberais (1) - História 8º ano
Revoluções liberais (1) - História 8º ano
 
Portugal: da 1º republica a ditadura militar
Portugal: da 1º republica a ditadura militarPortugal: da 1º republica a ditadura militar
Portugal: da 1º republica a ditadura militar
 
Revolução liberal portuguesa - História 8ºano
Revolução liberal portuguesa - História 8ºanoRevolução liberal portuguesa - História 8ºano
Revolução liberal portuguesa - História 8ºano
 
Revoluções liberais
Revoluções liberaisRevoluções liberais
Revoluções liberais
 
35 revolução liberal de 1820
35   revolução liberal de 182035   revolução liberal de 1820
35 revolução liberal de 1820
 
5 04 a implantação do liberalismo em portugal
5 04 a implantação do liberalismo em portugal5 04 a implantação do liberalismo em portugal
5 04 a implantação do liberalismo em portugal
 
Revolução francesa 2016
Revolução francesa 2016Revolução francesa 2016
Revolução francesa 2016
 
A revoluções liberais
A revoluções liberaisA revoluções liberais
A revoluções liberais
 
82095 transformacoes do_apos_guerra
82095 transformacoes do_apos_guerra82095 transformacoes do_apos_guerra
82095 transformacoes do_apos_guerra
 
Revoluções de 1830 e 1848 2020
Revoluções de 1830 e 1848 2020Revoluções de 1830 e 1848 2020
Revoluções de 1830 e 1848 2020
 
Revolução francesa - Prof. Elvis John
Revolução francesa - Prof. Elvis JohnRevolução francesa - Prof. Elvis John
Revolução francesa - Prof. Elvis John
 
Apresentação Revolução Russa
Apresentação Revolução RussaApresentação Revolução Russa
Apresentação Revolução Russa
 
3ºano - Revoluções na França
3ºano - Revoluções na França3ºano - Revoluções na França
3ºano - Revoluções na França
 
Aula 10 revoluções burguesas
Aula 10   revoluções burguesasAula 10   revoluções burguesas
Aula 10 revoluções burguesas
 
Regicídio de 1908
Regicídio de 1908Regicídio de 1908
Regicídio de 1908
 
G2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberaisG2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberais
 
3ºano slide - da crise à guerra
3ºano   slide - da crise à guerra3ºano   slide - da crise à guerra
3ºano slide - da crise à guerra
 
Revoluções Burguesas - Inglaterra
Revoluções Burguesas - InglaterraRevoluções Burguesas - Inglaterra
Revoluções Burguesas - Inglaterra
 
A difícil implantação do liberalismo em portugal
A difícil implantação do liberalismo em portugalA difícil implantação do liberalismo em portugal
A difícil implantação do liberalismo em portugal
 

Destaque

Crise Do Capitalismo
Crise Do CapitalismoCrise Do Capitalismo
Crise Do CapitalismoCarlos Vieira
 
Caracteristicas Do Fascismo
Caracteristicas Do FascismoCaracteristicas Do Fascismo
Caracteristicas Do FascismoCarlos Vieira
 
Renascimento
Renascimento Renascimento
Renascimento caty1998
 
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á EuropaA cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europafabiopombo
 
Revolução soviética
Revolução soviéticaRevolução soviética
Revolução soviéticaCarlos Vieira
 
Expansionismo Europeu
Expansionismo EuropeuExpansionismo Europeu
Expansionismo EuropeuCarlos Vieira
 
Portugal no contexto europeu do Século XII a XIV
Portugal no contexto europeu do Século XII a XIVPortugal no contexto europeu do Século XII a XIV
Portugal no contexto europeu do Século XII a XIVCarlos Vieira
 
Revolução Agrícola
Revolução AgrícolaRevolução Agrícola
Revolução AgrícolaCarlos Vieira
 
Revoluções Liberais
Revoluções LiberaisRevoluções Liberais
Revoluções LiberaisCarlos Vieira
 
A Crise Do Império Português
A Crise Do Império PortuguêsA Crise Do Império Português
A Crise Do Império PortuguêsCarlos Vieira
 
Colonialismo E Imperialismo
Colonialismo E ImperialismoColonialismo E Imperialismo
Colonialismo E ImperialismoCarlos Vieira
 

Destaque (20)

Crise Do Capitalismo
Crise Do CapitalismoCrise Do Capitalismo
Crise Do Capitalismo
 
Caracteristicas Do Fascismo
Caracteristicas Do FascismoCaracteristicas Do Fascismo
Caracteristicas Do Fascismo
 
Mundo Bipolar
Mundo BipolarMundo Bipolar
Mundo Bipolar
 
A 2ª Guerra Mundial
A 2ª Guerra MundialA 2ª Guerra Mundial
A 2ª Guerra Mundial
 
Renascimento
Renascimento Renascimento
Renascimento
 
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á EuropaA cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
A cultura e o iluminismo em portugal face á Europa
 
Europa Cristã
Europa CristãEuropa Cristã
Europa Cristã
 
Revolução soviética
Revolução soviéticaRevolução soviética
Revolução soviética
 
1ª Republica
1ª Republica1ª Republica
1ª Republica
 
I Guerra Mundial
I Guerra MundialI Guerra Mundial
I Guerra Mundial
 
Expansionismo Europeu
Expansionismo EuropeuExpansionismo Europeu
Expansionismo Europeu
 
Hebreus e Fenicios
Hebreus e  FeniciosHebreus e  Fenicios
Hebreus e Fenicios
 
Egipto
EgiptoEgipto
Egipto
 
Portugal no contexto europeu do Século XII a XIV
Portugal no contexto europeu do Século XII a XIVPortugal no contexto europeu do Século XII a XIV
Portugal no contexto europeu do Século XII a XIV
 
Revolução Agrícola
Revolução AgrícolaRevolução Agrícola
Revolução Agrícola
 
Cristianismo
CristianismoCristianismo
Cristianismo
 
Revoluções Liberais
Revoluções LiberaisRevoluções Liberais
Revoluções Liberais
 
A Crise Do Império Português
A Crise Do Império PortuguêsA Crise Do Império Português
A Crise Do Império Português
 
Colonialismo E Imperialismo
Colonialismo E ImperialismoColonialismo E Imperialismo
Colonialismo E Imperialismo
 
Arte Século XX
Arte Século XXArte Século XX
Arte Século XX
 

Semelhante a A Guerra Colonial Portuguesa e a Revolução de 1974

O Fim do Estado Novo
O Fim do Estado NovoO Fim do Estado Novo
O Fim do Estado NovoCarlos Vieira
 
Do autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciaDo autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciacattonia
 
Do autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à DemocraciaDo autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à DemocraciaCarlos Vieira
 
Revolução 25 de abril
Revolução 25 de abrilRevolução 25 de abril
Revolução 25 de abrilCarla Teixeira
 
Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaJoão Costa
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abriliosi2012
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abriliosi2012
 
Revolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaRevolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaAnaGomes40
 
Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512
Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512
Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512sergiocastroae6349
 
portugal - do autoritarismo à democracia
portugal - do autoritarismo à democracia portugal - do autoritarismo à democracia
portugal - do autoritarismo à democracia Vanessa Jorge
 
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e RedemocratizaçãoDaniel Alves Bronstrup
 
3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasil3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasilDaniel Alves Bronstrup
 
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.Daniel Alves Bronstrup
 

Semelhante a A Guerra Colonial Portuguesa e a Revolução de 1974 (20)

O Fim do Estado Novo
O Fim do Estado NovoO Fim do Estado Novo
O Fim do Estado Novo
 
Do autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciaDo autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democracia
 
25 De A Bril
25 De A Bril25 De A Bril
25 De A Bril
 
Do autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à DemocraciaDo autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à Democracia
 
25 de Abril de 1974
25 de Abril de 197425 de Abril de 1974
25 de Abril de 1974
 
Revolução 25 de abril
Revolução 25 de abrilRevolução 25 de abril
Revolução 25 de abril
 
Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democracia
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abril
 
Renato 25 de abril
Renato 25 de abrilRenato 25 de abril
Renato 25 de abril
 
Trabalho 25 de abril 2
Trabalho 25 de abril   2 Trabalho 25 de abril   2
Trabalho 25 de abril 2
 
Revolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesaRevolução democrática portuguesa
Revolução democrática portuguesa
 
Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512
Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512
Apresentação do trabalho ponto 4.pptx4512
 
portugal - do autoritarismo à democracia
portugal - do autoritarismo à democracia portugal - do autoritarismo à democracia
portugal - do autoritarismo à democracia
 
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
3º ano - Ditadura Militar e Redemocratização
 
25 De Abril
25 De Abril25 De Abril
25 De Abril
 
3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasil3ºano ditadura e democracia no brasil
3ºano ditadura e democracia no brasil
 
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
3º ano - Ditadura Militar e República Nova.
 
Mihaela e bernardo
Mihaela e bernardoMihaela e bernardo
Mihaela e bernardo
 
25 de abril de 1974
25 de abril de 197425 de abril de 1974
25 de abril de 1974
 
25 De Abril De 1974
25 De Abril De 197425 De Abril De 1974
25 De Abril De 1974
 

Mais de R C

Ortomolecular em esteticismo1
Ortomolecular em esteticismo1Ortomolecular em esteticismo1
Ortomolecular em esteticismo1R C
 
Higiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismoHigiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismoR C
 
Organizações da sociedade civil que prestam apoio a
Organizações da sociedade civil que prestam apoio aOrganizações da sociedade civil que prestam apoio a
Organizações da sociedade civil que prestam apoio aR C
 
Trabalho dsp doenças sexualmente transmissíveis
Trabalho  dsp doenças sexualmente transmissíveisTrabalho  dsp doenças sexualmente transmissíveis
Trabalho dsp doenças sexualmente transmissíveisR C
 
Toxicodep..
Toxicodep..Toxicodep..
Toxicodep..R C
 
Planeamento familiar
Planeamento familiarPlaneamento familiar
Planeamento familiarR C
 
Atividade fisica e repouso clarisse e catia
Atividade fisica e repouso clarisse e catiaAtividade fisica e repouso clarisse e catia
Atividade fisica e repouso clarisse e catiaR C
 
Dsp alimentação racional e desvios alimentares
Dsp alimentação racional e desvios alimentaresDsp alimentação racional e desvios alimentares
Dsp alimentação racional e desvios alimentaresR C
 
14 estadonovo
14 estadonovo14 estadonovo
14 estadonovoR C
 
13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode
13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode
13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaodeR C
 
11 daindependnciadobrasilslutasliberaise
11 daindependnciadobrasilslutasliberaise11 daindependnciadobrasilslutasliberaise
11 daindependnciadobrasilslutasliberaiseR C
 
10 revliberal1820
10 revliberal182010 revliberal1820
10 revliberal1820R C
 
9 dauniãoibérica
9 dauniãoibérica9 dauniãoibérica
9 dauniãoibéricaR C
 
12 portugalnasegundametadedoseculoxix
12 portugalnasegundametadedoseculoxix12 portugalnasegundametadedoseculoxix
12 portugalnasegundametadedoseculoxixR C
 
7 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-857 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-85R C
 
6 portugalsecx ii-igrupossociais
6 portugalsecx ii-igrupossociais6 portugalsecx ii-igrupossociais
6 portugalsecx ii-igrupossociaisR C
 
8 aexpansaoportuguesa
8 aexpansaoportuguesa8 aexpansaoportuguesa
8 aexpansaoportuguesaR C
 
5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiii5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiiiR C
 
4 aformaodoreinodeportugal
4 aformaodoreinodeportugal4 aformaodoreinodeportugal
4 aformaodoreinodeportugalR C
 
3 osmuçulmanos na pi
3 osmuçulmanos na pi3 osmuçulmanos na pi
3 osmuçulmanos na piR C
 

Mais de R C (20)

Ortomolecular em esteticismo1
Ortomolecular em esteticismo1Ortomolecular em esteticismo1
Ortomolecular em esteticismo1
 
Higiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismoHigiene na profissão de esteticismo
Higiene na profissão de esteticismo
 
Organizações da sociedade civil que prestam apoio a
Organizações da sociedade civil que prestam apoio aOrganizações da sociedade civil que prestam apoio a
Organizações da sociedade civil que prestam apoio a
 
Trabalho dsp doenças sexualmente transmissíveis
Trabalho  dsp doenças sexualmente transmissíveisTrabalho  dsp doenças sexualmente transmissíveis
Trabalho dsp doenças sexualmente transmissíveis
 
Toxicodep..
Toxicodep..Toxicodep..
Toxicodep..
 
Planeamento familiar
Planeamento familiarPlaneamento familiar
Planeamento familiar
 
Atividade fisica e repouso clarisse e catia
Atividade fisica e repouso clarisse e catiaAtividade fisica e repouso clarisse e catia
Atividade fisica e repouso clarisse e catia
 
Dsp alimentação racional e desvios alimentares
Dsp alimentação racional e desvios alimentaresDsp alimentação racional e desvios alimentares
Dsp alimentação racional e desvios alimentares
 
14 estadonovo
14 estadonovo14 estadonovo
14 estadonovo
 
13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode
13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode
13 daquedadamonarquiaimplantaodarepblicaapresentaode
 
11 daindependnciadobrasilslutasliberaise
11 daindependnciadobrasilslutasliberaise11 daindependnciadobrasilslutasliberaise
11 daindependnciadobrasilslutasliberaise
 
10 revliberal1820
10 revliberal182010 revliberal1820
10 revliberal1820
 
9 dauniãoibérica
9 dauniãoibérica9 dauniãoibérica
9 dauniãoibérica
 
12 portugalnasegundametadedoseculoxix
12 portugalnasegundametadedoseculoxix12 portugalnasegundametadedoseculoxix
12 portugalnasegundametadedoseculoxix
 
7 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-857 arevoluode1383-85
7 arevoluode1383-85
 
6 portugalsecx ii-igrupossociais
6 portugalsecx ii-igrupossociais6 portugalsecx ii-igrupossociais
6 portugalsecx ii-igrupossociais
 
8 aexpansaoportuguesa
8 aexpansaoportuguesa8 aexpansaoportuguesa
8 aexpansaoportuguesa
 
5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiii5 portugalnoséculo xiii
5 portugalnoséculo xiii
 
4 aformaodoreinodeportugal
4 aformaodoreinodeportugal4 aformaodoreinodeportugal
4 aformaodoreinodeportugal
 
3 osmuçulmanos na pi
3 osmuçulmanos na pi3 osmuçulmanos na pi
3 osmuçulmanos na pi
 

A Guerra Colonial Portuguesa e a Revolução de 1974

  • 1.
  • 2. 2
  • 3. Guerra Colonial  Portugal:  Pluricontinental;  Multiracial. 3
  • 4. Guerra Colonial  Década de 50  A União Indiana pretende a integração das cidades de Goa, Damão e Diu no seu território;  Portugal recusa-se a discutir o tema;  Surgem os primeiros movimentos independentistas. 4
  • 5. Guerra Colonial  Década de 60  Dezembro de 1961 – A União Indiana invade as cidades de Goa, Damão e Diu  1961 – Ataques às fazendas do norte de Angola e às prisões de Luanda  1963 – Alastramento das insurreições à Guiné-Bissau…  1964 – e a Moçambique.  A guerra só terminaria em 1974 com a revolução de 25 de Abril. 5
  • 6. 6
  • 7. Guerra Colonial Amílcar Cabral Holden Roberto Agostinho Neto Jonas Savimbi Samora Machel 7 1924-1973 1923-2007 1922-1979 1934-2002 1933-1986
  • 8. 8
  • 9. Portugal: Do Autoritarismo à Democracia AS IDADES DE SALAZAR, João Abel Manta. 9
  • 10. A Liberalização fracassada  1968  Salazar sofre um acidente e fica incapacitado para dirigir o governo;  É substituído por Marcello Caetano. António Oliveira Salazar Marcello Caetano 10 1889-1970 1906-1980
  • 11. Primavera Marcelista  Política no sentido de uma maior liberdade e democratização;  Política marcada por grandes hesitações e contradições;  Recusa de discutir a questão da Guerra colonial;  Governação segundo o princípio da continuidade. 11
  • 12. Acção governativa  Área política – Maquilhagem das instituições PIDE DGS Censura Exame prévio União Nacional Acção Nacional Popular E ainda… autorização do regresso de exilados políticos como Mário Soares (mais tarde regressa ao exílio) 12
  • 13. Acção governativa  Área Social – Maquilhagem das instituições Criação da ADSE – Assistência na Doença dos Servidores do Estado; Instituição do subsídio de Férias e de Natal; Atribuição de pensões aos trabalhadores rurais e de profissões mais modestas; Criação de nova legislação sindical. 13
  • 14. Acção governativa  Área Educativa Maior acesso ao ensino; Renovação dos conteúdos; Escolaridade Obrigatória. 14
  • 15. Eleições Legislativas de 1969 participação da oposição nas eleições após 44 anos demonstração de abertura política, porém… eleições marcadas por limitações à liberdade de voto aumento da contestação nos meios universitários, fabris e militares 15
  • 16. Contestação ao regime  Abril de 1973  Reuniu-se o 3º Congresso da Oposição Democrática.  Defende-se os 3 D’s: Descolonização; Desenvolvimento e Democratização  Fevereiro de 1974  O General Spínola publica o livro Portugal e o futuro;  Defendia uma solução política para resolver a Guerra Colonial e a liberalização do País 16
  • 17. 17
  • 18. Causas para a Revolta Militar  Insistência na Guerra Colonial;  Equiparação dos oficiais milicianos aos oficiais do quadro; Levam à criação do MFA  Falta de Liberdade; Movimento das Forças Armadas  Dificuldades económicas. Revolta das Caldas (Março de 1974)  Primeira tentativa para depor o regime;  Falhou. 18
  • 19. Revolta das Caldas  Primeira tentativa para depor o regime;  Reacção à demissão do General Spínola e Costa Gomes;  Falhou. 19
  • 20. 25 de Abril de 1974  Na noite de 24 para 25 de Abril dá- se início ao golpe militar;  Apoio da população de Lisboa;  Os pontos chave da cidade de Lisboa são ocupados pelos revoltosos;  Só a PIDE oferece resistência;  Marcello Caetano rende-se no Convento do Carmo. 20
  • 21. 21
  • 22. Junta de Salvação Nacional  Presidida pelo General Spínola.  Objectivos:  Zelar que o Governo Provisório cumprisse o Programa do MFA.  António de Spínola acaba por ser nomeado Presidente da República. 22
  • 23. Pinheiro de Azevedo Costa Gomes António de Spínola Silvério Marques Rosa Coutinho Galvão de Melo 23 Falta: General Diogo Neto ausente em Moçambique
  • 24. Objectivos do MFA  Destituição das suas funções o Presidente da República e o governo;  Fim da Pide, Censura, Legião Portuguesa, Mocidade Portuguesa, Acção Nacional Popular, Assembleia Nacional, Câmara Corporativa;  Libertação dos presos políticos;  Regresso dos exilados (Mário Soares e Álvaro Cunhal);  Autorização de criação de Partidos Políticos;  Criação de Sindicatos para a função pública;  Independência das colónias;  Eleições livres para a formação de uma Assembleia Constituinte;  Nova Constituição da República. 24
  • 25. Criação de partidos políticos Mário Soares Francisco Sá Carneiro Álvaro Cunhal Freitas do Amaral 25 1924 1934-1980 1913-2005 1941
  • 26. 26
  • 27. Verão Quente de 1975  11 Março de 1975 Face ao aumento da influência do Partido Comunista no MFA e receio da tomada de poder tentativa de golpe militar, liderado pelo General Spínola Fuga para o estrangeiro 27
  • 28. 28
  • 29. Governo de Vasco Gonçalves  Segue uma tendência marxista;  Promove:  Nacionalização dos seguros, bancos, grandes empresas ligadas à siderurgia, electricidade, cimentos, transportes, adubos, tabacos…  Reforma Agrária – expropriação dos latifúndios do Alentejo e do Ribatejo e criação das Unidades Colectivas de Produção (UCP’s). 29
  • 30. Instabilidade política e social  O PS e o PPD abandonam o governo;  Aumento do número de greves;  Ocupação de campos e fábricas;  Ataques às sedes de partidos e sindicatos;  Cerco à Assembleia da República.  25 de Novembro de 1975 – golpe militar de esquerda neutralizado pelo Tenente-coronel Ramalho Eanes 30
  • 31. Constituição de 1976  Consignou uma nova organização democrática:  Permitiu eleições livres;  Independência dos órgãos de soberania;  Descentralização e autonomia regional;  Reforço do poder autárquico. 31
  • 32. 32
  • 33. Independência das Colónias  Do programa do MFA:  A solução para as colónias não era militar mas sim política;  Lançamento de uma política que conduzisse à paz.  Início de conversações:  Junho de 74 – Conferência de Lusaca;  Agosto de 74 – Acordo entre Portugal e a ONU;  Setembro de 74 – Encontro da ilha do Sal;  Novembro de 74 – Declaração de Argel;  Janeiro de 75 – Cimeira do Algarve. 33
  • 34. Cinco Novos Países Guiné-Bissau Moçambique Cabo Verde S. Tomé e Príncipe Angola 23 Agosto de 74 26 Junho de 75 05 Julho de 75 12 de Julho de 75 11 Novembro 75 Ainda faltavam Macau e Timor 34
  • 35. O regresso a casa Macau foi entregue à China em 1999 Timor Leste foi ocupado, em 1975, pela Indonésia; Tornou-se independente em 2002. 35
  • 36. Retornados  O fim da guerra e a independência levou a situações de violência;  Cerca de 500 mil pessoas foram obrigadas a “regressar” a Portugal;  Abandono dos bens;  Difícil integração na sociedade portuguesa 36
  • 37. 37
  • 38. 38
  • 39. Integração na CEE  Março de 1977 – Pedido de Adesão;  1985 – Pedido é aceite;  1 de Janeiro de 1986 – Portugal passa a ser membro de pleno Direito 39
  • 40. Tratado de Maastricht  Assinado em 1992;  A CEE passa a designar-se por UE – União Europeia;  Objectivos:  Maior participação dos cidadãos na vida comunitária;  Cidadania europeia;  Maior solidariedade entre os Estados-membros;  Meios para garantir a paz e a segurança;  Criação de uma moeda única - euro 40
  • 41. Ramalho Eanes 1936 1976-1986 Costa Gomes Mário Soares 1914-2001 1924 1974-1976 1986-1996 António Spínola Jorge Sampaio 1910-1996 1939 1974 1996-2006 Aníbal Cavaco Silva 41 1939 2006