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078 Executive Digest SETEMBRO 2014
Pode um MBA ou uma Pós-graduação ser uma boa
opção para quem deseja levar a cabo uma mudança de
carreira? A resposta será afirmativa, sobretudo se
levarmos em linha de conta todas as mais-valias que
deles advêm, sobretudo ao nível do auto-conhecimento
e da melhor percepção do que é a liderança.
enquadramento
PapeldosMBA
edasPós-graduações
namudançada
carreiraprofissional
A
base será saber de onde se
parte e qual o objectivo que
se pretende atingir, de forma a
que a mudança seja sustentada
e coroada de êxito.
Mudar significa sair da zona
de conforto, envolve riscos,
assusta. Mas uma mudança
também traz novos desafios e
maior motivação, abrindo novas portas
para o crescimento. A escolha de um
novo rumo na carreira deve levar o auto-
-conhecimento em consideração, pois o
novo caminho deve encaixar-se melhor
no perfil do profissional.
«Acredito que é fundamental investir no auto-
-conhecimento antes de se tomar uma decisão de
mudança de carreira», afirma Tiago Forjaz, chief
dream officer da MighT. «Penso que hoje em dia
o factor predominante ainda é a percepção sobre
as oportunidades e o potencial de mercado.»
Antes de tomar a decisão de enveredar por uma
actividade profissional diferente daquela em que
se encontra, o profissional deve realizar uma
avaliação. «Esta é uma acção fundamental para
perceber se a razão pela qual o fazemos não é
mais profunda e se não está simplesmente em
causa uma combinação de aspectos que não
permitem a realização pessoal e profissional
como a função, a missão, as pessoas ou mesmo
a cultura da empresa ou desafios do sector»,
defende Tiago Forjaz.
Com a escolha feita, deve procurar-se formas
de actualização constante, realizando especia-
lizações na nova área com vista a um aumento
de conhecimento. Os MBA e as Pós-graduações
funcionam como uma excelente base de apoio
rumo à mudança e na concretização das novas
expectativas profissionais. Valquíria Dias, co-
ordenadora executiva do Strategic Leadership
Hub da Católica Porto Business School, defende
que «o mercado tem necessidade de absorver
profissionais capazes de responder aos desafios
globais, como por exemplo, de internacionali-
zação de empresas em mercados abrangentes»,
referindo que «para um gestor, tirar um MBA é
claramente um benefício, não só pelo enriqueci-
mento curricular e de desenvolvimento pessoal
que acarreta, mas também pela oportunidade
única de networking e troca de experiências
com outros profissionais».
Mas será que uma mudança sustentada de
carreira profissional pode funcionar como uma
Executive Digest.pt 079
alavanca, por exemplo, para quem deseja reentrar no competitivo
mercado de trabalho? Na opinião de Tiago Forjaz tal «depende,
sobretudo do que se entende por "sustentada"». O especialista
acredita «que cada vez mais nos distinguimos pelo mix de
experiências, saberes, paixões, expertises que misturamos. Se
o mix for interessante penso que pode ser enriquecedora. Para
isso acontecer acredito que tenham que existir externalidades
positivas ou sinergias entre as várias áreas e pessoas com quem
nos cruzamos ou a quem temos acesso». Defende Tiago Forjaz
que «só assim é que o valor que acrescentamos pode suplantar
a especialização. O que é mesmo importante é mantermos a
capacidade de Aprender (sim com A maiúsculo). No final do
dia penso que o que mais importa são as pessoas (professores,
mentores e colegas) que conhecemos, que nos enriquecem e nos
permitem acesso a novas realidades, mercados e oportunidades.
Só elas poderão, conhecendo e confiando no nosso carácter,
proporcionar novas oportunidades».
Já Anabela Possidónio, directora executiva do The Lisbon MBA,
afirma que «no actual contexto, com um mercado global e sempre
dinâmico, há uma necessidade de as pessoas estarem constan-
temente a atualizarem-se». Hoje não só é necessário as pessoas
adaptarem-se à mudança, como é necessário prevê-la, podendo
Na minha perspectiva, os MBA's são uma fórmula ainda
bastante limitada e básica para resolver o problema essencial
de quem decide estudar no seu percurso profissional. Penso
que a oferta para quem quer abrir um capítulo ainda é bastante
mono-produto. Há cada vez mais inovação nos conteúdos que
se incluem nos MBA's, mas muitas vezes não há mais intenção
do que diferenciar um produto. Um exemplo dessa inovação é
a oferta de MBA's específicos para o Vinho, mas acima de tudo
penso que ainda há que abrir perspectivas e ter outros produtos
na estante de oferta, como os MFA's (Master in Fine Arts).
Daniel Pink fala desta tendência no seu livro A Nova Inteligên-
cia e mostra como é mais difícil entrar num MFA, e como é mais
distintivo e valorizado (até por consultoras de estratégia como a
Mckinsey) ter programas que desafiem "o hemisfério direito".
Tiago Forjaz
Chief Dream
Officer · MighT
Luís Paulo Salvado
47 anos, CEO da Novabase, Licenciado em Engenharia
Electrotécnica – Ramos Sistemas e Computadores
pelo Instituto Superior Técnico e MBA em Gestão de
Informação pela Universidade Católica Portuguesa
O que o levou a enveredar por um MBA ou Pós-
graduação diferente da sua área base de formação?
A minha formação de base em engenharia deu-me as ferramen-
tas que precisava para construir “boas” soluções do ponto de vista
tecnológico. Quando assumi funções de gestor, precisei também
de ferramentas que me permitissem desenvolver as soluções
“certas” para cada um dos negócios dos clientes. Além disso, o
MBA sensibilizou-me muito para a temática da gestão de pesso-
as, fundamental para quem assume papéis de liderança.
Que mais-valias vê serem assim acrescentadas à
sua preparação académica?
Com o MBA juntei ao meu portfólio de especialista todo um leque
de novas capacidades relacionadas com o funcionamento dos
negócios e das empresas e também sobre liderança.
Numa sociedade competitiva como é a actual,
é importante alargar as nossas competências
profissionais?
Não só é importante, como vital. A crescente complexidade do
mundo dos negócios obriga-nos a dominar competências muito
diversas não só nas vertentes mais técnicas, mas também nos
chamados soft skills e competências de liderança, como a inteli-
gência emocional e a capacidade de comunicação.
Hoje mudar de profissão já não é um tabu, mas an-
tes uma adaptação ou mesmo um enriquecimento?
Não penso que seja obrigatório mudarmos de profissão para ser-
mos bem-sucedidos. Mas, se tal acontecer, devemos encará-lo
como uma boa oportunidade de nos desenvolvermos. Por exem-
plo, na Novabase já trabalhei em quase todas as áreas, desde a
produção à parte comercial. Como administrador, tive o pelouro
do marketing, dos recursos humanos, jurídico, o financeiro, etc.
Encarei todas estas missões como bons desafios para aprender e
hoje sinto-me muito bem por ter passado por elas.
M b a -p ó s g a a ç õ e sr d u&
080 Executive Digest SETEMBRO 2014
Rui Miguel Labaredas da Cruz
mesmo essa mudança ser vista como uma oportunidade de
transformar o seu potencial em resultados e felicidade. O que
nem sempre é fácil de acontecer, como refere Tiago Forjaz:
«Penso que é vital termos auto-consciência e sabermos o que
nos estimula, como acrescentamos valor e como colaborar
com pessoas que nos sejam complementares». Para este
especialista, além da diversidade «temos de ser capazes de
avaliar a nossa complementaridade com as pessoas e retirar
gratificação pelo que se alcança em equipa».
Vista durante muitos anos como um tabu, mudar de
profissão é, actualmente, encarada como uma adaptação
ou mesmo um enriquecimento, o que leva Jorge Farinha,
vice-Dean Porto Business School, a relembrar que «as
mudanças na nossa sociedade e ao nível económico são
hoje tão rápidas que as competências adquiridas numa
formação inicial tornam-se insuficientes, senão mesmo
obsoletas cada vez com maior rapidez». Por sua vez, Tiago
Forjaz não acredita que esse tabu esteja ultrapassado, pelo
menos integralmente. «Para quem recruta, muitas vezes
a diversidade de experiências pode ser sinónimo de falta
de convicção sobre o que quer fazer, ou algum sintoma
de falta de capacidade de integração», afirma, «mas para
mim, tenho que quem muda de profissão por curiosidade
e paixão acaba sempre por enriquecer (ainda que tempo-
rariamente) uma organização».
Questionado sobre se o percurso académico diferente
do profissional pode eventualmente gerar carreiras mais
sólidas independentemente das áreas em que estas se
desenvolvem, Tiago Forjaz refere que isso depende
sempre das pessoas: «Recordo-me de inúmeros exem-
plos de pessoas que poderiam sustentar essa ideia, mas
penso que o que têm em comum não é simplesmente
um background diferente do que seria expectável para
a sua profissão, mas sim a sua resiliência: a capacidade
de voltarem sempre ao seu estado natural, o de grande
curiosidade». Para Nadim Habib, CEO da Formação de
Executivos da Nova SBE, «uma formação de excelência
é sempre um ponto de partida fundamental para uma
mudança de carreira ou para uma nova oportunidade
de trabalho», concluindo que «um desafio diferente
funciona, na maior parte das vezes, como um factor
impulsionador e alarga o mercado de possibilidades e
o nível de competências de quem procura reingressar
na atividade laboral».
33 Anos, Controller Financeiro em diversas
empresas em Angola e Co-fundador da
Plataforma95, Licenciado em Matemática, Mestre
em Estatística de Sistemas e MBA Atlântico
O que o levou a enveredar por um MBA ou Pós-
graduação diferente da sua área base de formação?
A minha formação de base, licenciatura em Matemática e posterior-
mente o mestrado em Estatística de Sistemas, dirigiu o meu percurso
profissional, essencialmente, para a actividade docente. Contudo,
contactos pontuais com projectos empresariais tornaram o admirável
mundo novo dos negócios, cada vez mais sedutor. A determinada altura,
o apelo da Gestão falou mais alto e decidi mudar de área profissional.
Nesse sentido, considerei o MBA a opção formativa ideal para adquirir
novos conhecimentos e fortalecer a minha rede de net working.
Que mais-valias vê serem assim acrescentadas à sua
preparação académica?
A opção pelo MBA proporcionou-me a imersão numa estrutura
curricular sólida, aplicada aos mais diversos case studies, num contexto
global. Hoje, reconheço que todas as minhas experienciais formativas
(Matemática – Estatística - MBA) se revelaram importantes para o
desenvolvimento de competências profissionais, capazes de criar valor
no contexto empresarial.
Numa sociedade competitiva como é a actual, é impor-
tante alargar as nossas competências profissionais?
Com um mercado global, dinâmico e extremamente competitivo, ape-
nas a vontade e o querer não chegam. A Globalização veio impor novos
desafios e novas oportunidades aos trabalhadores e às empresas. De
facto, hoje, as exigências são maiores. Para qualquer profissional alargar
as competências profissionais deixou de ser uma opção e passou a ser
um imperativo.
Hoje mudar de profissão já não é um tabu, mas antes
uma adaptação ou mesmo um enriquecimento?
A minha geração assistiu à democratização dos 99 canais de televisão,
da internet, do avião e dos interails. Para mim, mudar de cidade, de país,
de continente ou de trabalho não representa tabu algum. Sou orgulhosa-
mente português, mas sinto-me um cidadão do mundo. São os desafios
profissionais que ditam a cidade onde vivo e não o contrário. Sem
dúvida, a exposição a contextos sociais e profissionais diversos contribui
para o desenvolvimento de uma maior latitude de pensamento.
O mercado tem necessidade
de absorver profissionais
capazesderesponderaosdesafiosglobais,
comoporexemplo,deinternacionalização
deempresasemmercadosabrangentes

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Executive Digest

  • 2. M b a -p ó s g a a ç õ e sr d u& 078 Executive Digest SETEMBRO 2014 Pode um MBA ou uma Pós-graduação ser uma boa opção para quem deseja levar a cabo uma mudança de carreira? A resposta será afirmativa, sobretudo se levarmos em linha de conta todas as mais-valias que deles advêm, sobretudo ao nível do auto-conhecimento e da melhor percepção do que é a liderança. enquadramento PapeldosMBA edasPós-graduações namudançada carreiraprofissional A base será saber de onde se parte e qual o objectivo que se pretende atingir, de forma a que a mudança seja sustentada e coroada de êxito. Mudar significa sair da zona de conforto, envolve riscos, assusta. Mas uma mudança também traz novos desafios e maior motivação, abrindo novas portas para o crescimento. A escolha de um novo rumo na carreira deve levar o auto- -conhecimento em consideração, pois o novo caminho deve encaixar-se melhor no perfil do profissional. «Acredito que é fundamental investir no auto- -conhecimento antes de se tomar uma decisão de mudança de carreira», afirma Tiago Forjaz, chief dream officer da MighT. «Penso que hoje em dia o factor predominante ainda é a percepção sobre as oportunidades e o potencial de mercado.» Antes de tomar a decisão de enveredar por uma actividade profissional diferente daquela em que se encontra, o profissional deve realizar uma avaliação. «Esta é uma acção fundamental para perceber se a razão pela qual o fazemos não é mais profunda e se não está simplesmente em causa uma combinação de aspectos que não permitem a realização pessoal e profissional como a função, a missão, as pessoas ou mesmo a cultura da empresa ou desafios do sector», defende Tiago Forjaz. Com a escolha feita, deve procurar-se formas de actualização constante, realizando especia- lizações na nova área com vista a um aumento de conhecimento. Os MBA e as Pós-graduações funcionam como uma excelente base de apoio rumo à mudança e na concretização das novas expectativas profissionais. Valquíria Dias, co- ordenadora executiva do Strategic Leadership Hub da Católica Porto Business School, defende que «o mercado tem necessidade de absorver profissionais capazes de responder aos desafios globais, como por exemplo, de internacionali- zação de empresas em mercados abrangentes», referindo que «para um gestor, tirar um MBA é claramente um benefício, não só pelo enriqueci- mento curricular e de desenvolvimento pessoal que acarreta, mas também pela oportunidade única de networking e troca de experiências com outros profissionais». Mas será que uma mudança sustentada de carreira profissional pode funcionar como uma
  • 3. Executive Digest.pt 079 alavanca, por exemplo, para quem deseja reentrar no competitivo mercado de trabalho? Na opinião de Tiago Forjaz tal «depende, sobretudo do que se entende por "sustentada"». O especialista acredita «que cada vez mais nos distinguimos pelo mix de experiências, saberes, paixões, expertises que misturamos. Se o mix for interessante penso que pode ser enriquecedora. Para isso acontecer acredito que tenham que existir externalidades positivas ou sinergias entre as várias áreas e pessoas com quem nos cruzamos ou a quem temos acesso». Defende Tiago Forjaz que «só assim é que o valor que acrescentamos pode suplantar a especialização. O que é mesmo importante é mantermos a capacidade de Aprender (sim com A maiúsculo). No final do dia penso que o que mais importa são as pessoas (professores, mentores e colegas) que conhecemos, que nos enriquecem e nos permitem acesso a novas realidades, mercados e oportunidades. Só elas poderão, conhecendo e confiando no nosso carácter, proporcionar novas oportunidades». Já Anabela Possidónio, directora executiva do The Lisbon MBA, afirma que «no actual contexto, com um mercado global e sempre dinâmico, há uma necessidade de as pessoas estarem constan- temente a atualizarem-se». Hoje não só é necessário as pessoas adaptarem-se à mudança, como é necessário prevê-la, podendo Na minha perspectiva, os MBA's são uma fórmula ainda bastante limitada e básica para resolver o problema essencial de quem decide estudar no seu percurso profissional. Penso que a oferta para quem quer abrir um capítulo ainda é bastante mono-produto. Há cada vez mais inovação nos conteúdos que se incluem nos MBA's, mas muitas vezes não há mais intenção do que diferenciar um produto. Um exemplo dessa inovação é a oferta de MBA's específicos para o Vinho, mas acima de tudo penso que ainda há que abrir perspectivas e ter outros produtos na estante de oferta, como os MFA's (Master in Fine Arts). Daniel Pink fala desta tendência no seu livro A Nova Inteligên- cia e mostra como é mais difícil entrar num MFA, e como é mais distintivo e valorizado (até por consultoras de estratégia como a Mckinsey) ter programas que desafiem "o hemisfério direito". Tiago Forjaz Chief Dream Officer · MighT Luís Paulo Salvado 47 anos, CEO da Novabase, Licenciado em Engenharia Electrotécnica – Ramos Sistemas e Computadores pelo Instituto Superior Técnico e MBA em Gestão de Informação pela Universidade Católica Portuguesa O que o levou a enveredar por um MBA ou Pós- graduação diferente da sua área base de formação? A minha formação de base em engenharia deu-me as ferramen- tas que precisava para construir “boas” soluções do ponto de vista tecnológico. Quando assumi funções de gestor, precisei também de ferramentas que me permitissem desenvolver as soluções “certas” para cada um dos negócios dos clientes. Além disso, o MBA sensibilizou-me muito para a temática da gestão de pesso- as, fundamental para quem assume papéis de liderança. Que mais-valias vê serem assim acrescentadas à sua preparação académica? Com o MBA juntei ao meu portfólio de especialista todo um leque de novas capacidades relacionadas com o funcionamento dos negócios e das empresas e também sobre liderança. Numa sociedade competitiva como é a actual, é importante alargar as nossas competências profissionais? Não só é importante, como vital. A crescente complexidade do mundo dos negócios obriga-nos a dominar competências muito diversas não só nas vertentes mais técnicas, mas também nos chamados soft skills e competências de liderança, como a inteli- gência emocional e a capacidade de comunicação. Hoje mudar de profissão já não é um tabu, mas an- tes uma adaptação ou mesmo um enriquecimento? Não penso que seja obrigatório mudarmos de profissão para ser- mos bem-sucedidos. Mas, se tal acontecer, devemos encará-lo como uma boa oportunidade de nos desenvolvermos. Por exem- plo, na Novabase já trabalhei em quase todas as áreas, desde a produção à parte comercial. Como administrador, tive o pelouro do marketing, dos recursos humanos, jurídico, o financeiro, etc. Encarei todas estas missões como bons desafios para aprender e hoje sinto-me muito bem por ter passado por elas.
  • 4. M b a -p ó s g a a ç õ e sr d u& 080 Executive Digest SETEMBRO 2014 Rui Miguel Labaredas da Cruz mesmo essa mudança ser vista como uma oportunidade de transformar o seu potencial em resultados e felicidade. O que nem sempre é fácil de acontecer, como refere Tiago Forjaz: «Penso que é vital termos auto-consciência e sabermos o que nos estimula, como acrescentamos valor e como colaborar com pessoas que nos sejam complementares». Para este especialista, além da diversidade «temos de ser capazes de avaliar a nossa complementaridade com as pessoas e retirar gratificação pelo que se alcança em equipa». Vista durante muitos anos como um tabu, mudar de profissão é, actualmente, encarada como uma adaptação ou mesmo um enriquecimento, o que leva Jorge Farinha, vice-Dean Porto Business School, a relembrar que «as mudanças na nossa sociedade e ao nível económico são hoje tão rápidas que as competências adquiridas numa formação inicial tornam-se insuficientes, senão mesmo obsoletas cada vez com maior rapidez». Por sua vez, Tiago Forjaz não acredita que esse tabu esteja ultrapassado, pelo menos integralmente. «Para quem recruta, muitas vezes a diversidade de experiências pode ser sinónimo de falta de convicção sobre o que quer fazer, ou algum sintoma de falta de capacidade de integração», afirma, «mas para mim, tenho que quem muda de profissão por curiosidade e paixão acaba sempre por enriquecer (ainda que tempo- rariamente) uma organização». Questionado sobre se o percurso académico diferente do profissional pode eventualmente gerar carreiras mais sólidas independentemente das áreas em que estas se desenvolvem, Tiago Forjaz refere que isso depende sempre das pessoas: «Recordo-me de inúmeros exem- plos de pessoas que poderiam sustentar essa ideia, mas penso que o que têm em comum não é simplesmente um background diferente do que seria expectável para a sua profissão, mas sim a sua resiliência: a capacidade de voltarem sempre ao seu estado natural, o de grande curiosidade». Para Nadim Habib, CEO da Formação de Executivos da Nova SBE, «uma formação de excelência é sempre um ponto de partida fundamental para uma mudança de carreira ou para uma nova oportunidade de trabalho», concluindo que «um desafio diferente funciona, na maior parte das vezes, como um factor impulsionador e alarga o mercado de possibilidades e o nível de competências de quem procura reingressar na atividade laboral». 33 Anos, Controller Financeiro em diversas empresas em Angola e Co-fundador da Plataforma95, Licenciado em Matemática, Mestre em Estatística de Sistemas e MBA Atlântico O que o levou a enveredar por um MBA ou Pós- graduação diferente da sua área base de formação? A minha formação de base, licenciatura em Matemática e posterior- mente o mestrado em Estatística de Sistemas, dirigiu o meu percurso profissional, essencialmente, para a actividade docente. Contudo, contactos pontuais com projectos empresariais tornaram o admirável mundo novo dos negócios, cada vez mais sedutor. A determinada altura, o apelo da Gestão falou mais alto e decidi mudar de área profissional. Nesse sentido, considerei o MBA a opção formativa ideal para adquirir novos conhecimentos e fortalecer a minha rede de net working. Que mais-valias vê serem assim acrescentadas à sua preparação académica? A opção pelo MBA proporcionou-me a imersão numa estrutura curricular sólida, aplicada aos mais diversos case studies, num contexto global. Hoje, reconheço que todas as minhas experienciais formativas (Matemática – Estatística - MBA) se revelaram importantes para o desenvolvimento de competências profissionais, capazes de criar valor no contexto empresarial. Numa sociedade competitiva como é a actual, é impor- tante alargar as nossas competências profissionais? Com um mercado global, dinâmico e extremamente competitivo, ape- nas a vontade e o querer não chegam. A Globalização veio impor novos desafios e novas oportunidades aos trabalhadores e às empresas. De facto, hoje, as exigências são maiores. Para qualquer profissional alargar as competências profissionais deixou de ser uma opção e passou a ser um imperativo. Hoje mudar de profissão já não é um tabu, mas antes uma adaptação ou mesmo um enriquecimento? A minha geração assistiu à democratização dos 99 canais de televisão, da internet, do avião e dos interails. Para mim, mudar de cidade, de país, de continente ou de trabalho não representa tabu algum. Sou orgulhosa- mente português, mas sinto-me um cidadão do mundo. São os desafios profissionais que ditam a cidade onde vivo e não o contrário. Sem dúvida, a exposição a contextos sociais e profissionais diversos contribui para o desenvolvimento de uma maior latitude de pensamento. O mercado tem necessidade de absorver profissionais capazesderesponderaosdesafiosglobais, comoporexemplo,deinternacionalização deempresasemmercadosabrangentes