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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPÍRITAS
COLETÂNEA DE MATERIAL DE APOIO
PARA USO NA APLICAÇÃO DO CURRÍCULO NOS
GRUPOS DE EXERCÍCIO MEDIÚNICO
Outubro de 2010
Versão 1.2
Nosso maior inimigo é o desconhecimento de quem somos.
Espírito Leocádio José Correia
O Centro Espírita deve trabalhar para alcançar
o padrão de Universidade aberta.
Espírito Antonio Grimm
Currículo é vida; é, portanto, a totalidade das experiências do ser humano que são dirigidas,
conotadas, para os fins de educação. O exercício mediúnico deve refletir no seu currículo a conduta
de todos, permitindo uma linha processual educativa com continuidade e seqüência.
Espírito Marina Fidélis
SUMÁRIO
Proposta desta coletânea ......................................................................................................1
Filosofia e objetivo do exercício mediúnico...............................................................................2
Planejamento do semestre de reuniões do GEM .......................................................................2
Fase preparatória - antecede o início do semestre ....................................................................2
Leitura básica ......................................................................................................................2
Sugestões de releitura ..........................................................................................................2
Livro Espiritismo e Currículo ..................................................................................................2
Sugestões de leitura complementar ........................................................................................3
Material de apoio..................................................................................................................3
Programa de atividades do Semestre ......................................................................................4
Plano de reunião semanal do GEM ..........................................................................................4
Exemplo de um plano reunião: (aplicável ao Módulo 4):............................................................4
Avaliação ............................................................................................................................5
Coordenando a reunião de exercício mediúnico ........................................................................5
Recursos da primeira reunião.................................................................................................6
Técnicas de reunião..............................................................................................................6
Rede de Contatos.................................................................................................................7
Informativo da fase pré-curricular ..........................................................................................8
Natureza e significado do convite para participação do GEM - Grupo de Exercício Mediúnico ..........9
Currículo .............................................................................................................................9
Fichamento de leitura do livro ―O Médium e o Exercício Mediúnico‖ da irmã Marina Fidélis ...........10
Espiritismo e Espiritualismo .................................................................................................12
Reencarnação, Livre Arbítrio e Mediunidade...........................................................................12
Espiritualização..................................................................................................................13
Preâmbulo do livro ―O Que é o Espiritismo‖ ...........................................................................14
O que é o Espiritismo? – Alguns conceitos .............................................................................15
Evangelho no Lar ...............................................................................................................16
Como fazer o Evangelho no Lar............................................................................................16
Exemplo de texto do Evangelho para leitura de debate - Morte Prematura.................................17
Se fosse um homem de bem, teria morrido ...........................................................................18
A Força Da Prece................................................................................................................19
Prece de Francisco de Assis .................................................................................................21
A ignorância também mata. - Alumínio: útil e mortal ..............................................................22
Alimentação Natural ...........................................................................................................23
O Caso da Ponte ................................................................................................................24
Dinâmica de Grupo - O Caso da Ponte - Instruções para o Coordenador:...................................25
O Dilema da Vacina ............................................................................................................27
O Dilema da Vacina (Parte 2)...............................................................................................28
Regras para viver no planeta terra .......................................................................................29
Carta do Chefe Seatle .........................................................................................................30
SBEE - Exercício Mediúnico – Módulo 2 (2/2002)....................................................................32
Deus.................................................................................................................................32
Comentários ......................................................................................................................33
DEUS - A evolução de um conceito .......................................................................................34
Calvin – Tirinhas ................................................................................................................35
Deuses Egípcios .................................................................................................................36
Deuses Gregos...................................................................................................................37
Jesus e a Moral Cristã .........................................................................................................38
Um Homem Chamado Jesus ................................................................................................40
O Livro da Vida ..................................................................................................................44
Da Pluralidade das Existências - A Reencarnação – O Livro dos Espíritos .................................45
Reencarnação ....................................................................................................................47
Um Novo Fim.....................................................................................................................49
Ecografia...........................................................................................................................50
A eficiência da 'lei seca'.......................................................................................................51
Um pequeno serviço ...........................................................................................................52
Livre-arbítrio .....................................................................................................................53
A Resposta da Gratidão.......................................................................................................54
Competência e Humildade ...................................................................................................55
O Eco ...............................................................................................................................56
Só Não Erra Quem Não Faz – Erro é acerto em processo .........................................................57
Festival do Vinho................................................................................................................58
Vôo Tam 3054 – Acaso, Destino ou Livre Arbítrio?..................................................................59
Cultura e Mediunidade ........................................................................................................62
Mediunidade – SBEE – Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas – Maio/2000 ...........................63
Hagar – Recrutador de Tripulações – Sintonia e frequência......................................................65
Exercício da Amnésia:.........................................................................................................66
Consoada ..........................................................................................................................67
Trajetória de Vida...............................................................................................................68
Darwin e - o que é evolução? (Coleção Caminhos da Ciência – Scipione)...................................70
O que dificulta nossa reforma espiritual? ...............................................................................71
Breve História do Espiritismo ...............................................................................................72
Allan Kardec ( 1804 - 1869) ................................................................................................73
Breve história da SBEE .......................................................................................................74
Inventário da Estrutura e Atividades da SBEE – Junho de 2006 - (Sumário) .............................75
Introdução à Filosofia .........................................................................................................83
Para que serve a filosofia?...................................................................................................85
Ciência Espírita ..................................................................................................................88
Carbono-14 uma testemunha do tempo ................................................................................89
Caminhante.......................................................................................................................91
Religião do Eldorado ...........................................................................................................92
Doutrina dos Espíritos.........................................................................................................93
Cercas ou Pontes? ..............................................................................................................94
Autoavaliação:...................................................................................................................95
Duas Histórias, Dois Destinos ..............................................................................................96
Trecho do Evangelho ..........................................................................................................97
Filmes............................................................................................................................. 100
1
Proposta desta coletânea
A proposta deste trabalho é reunir um conjunto de documentos que possam servir de apoio
para a leitura, estudo e debate nos grupos de exercício mediúnico.
O livro ESPIRITISMO E CURRÍCULO; sugere os temas a serem trabalhados nos grupos; este
trabalho sugere alguns artigos, recortes, reproduções e dinâmicas que podem facilitar a abordagem
ao conhecimento que se pretende explorar.
O conteúdo deste trabalho tem caráter exemplificativo e não deve ser visto como modelo,
mas como padrão da diversidade de meios que o coordenador pode lançar mão para alcançar os
objetivos do exercício mediúnico.
Os recursos aqui disponibilizados podem servir tanto aos núcleos que já possuem módulos
seqüenciais estruturados, como aos núcleos que por razões diversas ainda não tem como seguir o
currículo proposto no livro Espiritismo e Currículo editado pela SBEE.
As fontes utilizadas são várias e incluem as obras da codificação espírita; os livros editados
pela SBEE; os conteúdos do site www.sbee.org.br; o jornal Documentos SBEE; as edições da
revista SER Espírita; as matérias e artigos do site www.serespírita.com.br; artigos de jornais e
revistas; notícias do cotidiano; artigos espíritas; dinâmicas de grupo e outras técnicas de apoio à
condução das reuniões.
Cada tema sugerido pelo currículo pode ser trabalhado com profundidade variável
dependendo do módulo, prontidão ou experiência dos coordenadores e coordenandos. Para tanto o
coordenador pode fazer uso de um documento base que facilite a abertura do debate e sirva de
referencial para o coordenando.
Tipicamente, a reunião do grupo de exercício mediúnico é um debate em torno de uma
questão onde o coordenador convida a opinião dos participantes; expressa sua opinião sobre o
assunto; apresenta um material que sirva de referencia e conduz para uma conclusão antes da
prece de encerramento da atividade do dia. A proposta não é convencer pessoas, mas ajudá-las a
repensar o pensado, expondo idéias sem impor convicções.
Sempre que um grupo, por alguma razão, recebe novos integrantes é importante relembrar
os princípios básicos da Doutrina dos Espíritos para facilitar aos novos o entendimento e
encadeamento das idéias que se está debatendo.
2
Filosofia e objetivo do exercício mediúnico
A filosofia do Grupo Exercício Mediúnico é alcançar o princípio básico da vida que é o
espiritual e o planejamento das reuniões de grupos visa a aplicação do currículo dentro de uma
pedagogia construtivista.
O objetivo é promover em cada pessoa o autoconhecimento e o desenvolvimento de uma
consciência crítica e ativa de seu próprio processo de vida, trazendo instrumentos e instruções
fundamentais ao gerenciamento das oportunidades, desafios e contradições do cotidiano.
Planejamento do semestre de reuniões do GEM
Fase preparatória - antecede o início do semestre
Antes do início do semestre é importante organizar o conteúdo e o material de apoio para o
desenvolvimento das reuniões.
Leitura básica
A leitura mínima; recomendada ao coordenador e seu grupo pode ser encontrada nas
páginas 39 e 63 do Livro Espiritismo e Currículo.
Um método que o Coordenador pode utilizar no planejamento das 15 a 18 reuniões do
semestre é o de definir um tema para cada reunião e selecionar um texto ou outro recurso que
represente o exemplo ou o apoio lógico do que se está debatendo ou estudando.
Sugestões de releitura
Como preparação para o início de cada semestre, recomenda-se a releitura periódica de
textos, mensagens e livros de apoio, que permite a ampliação e o enriquecimento da interpretação
alcançada em leituras anteriores.
1- Textos de apoio e glossário do livro ―Espiritismo e Currículo‖
2 - Espiritismo e Exercício Mediúnico da Irmã Marina Fidélis
3 - O Médium e o Exercício Mediúnico pelo espírito Leocádio José Correia
4 - Cadernos de Psicofonias pelo espírito Antonio Grimm
5- Textos do jornal Documentos SBEE
6 - A espiritualidade ilumina a vida do homem, entre outros livros pelo espírito Leocádio José
Correia
Livro Espiritismo e Currículo
O livro que orienta a aplicação do currículo dos Grupos de Exercício Mediúnico apresenta o seguinte
conteúdo:
Sugestões para o Ciclo Básico
3
Sugestões para o Ciclo Complementar
Glossário
Textos de Apoio:
Deus
Jesus e a Moral Cristã
Livre Arbítrio
Mediunidade
Reencarnação
Espírito
Evolução
Trajetória de Vida
Mediunato Espírita
Homem Integral
Auto atualização permanente
Avaliação no Exercício Mediúnico
Sugestões de leitura complementar
 Filosofia para não filósofos. Albert Jacquard
 Iniciação à História da Filosofia. Danilo Marcondes
 Introdução à Filosofia Espírita – Herculano Pires
 Sementes da descoberta científica. W.I.B. Beveridge
 Ética para meu filho. Fernando Savater
 As Perguntas da Vida. Fernando Savater
 Sociologia básica. Machado Neto, A.L.
 Cultura - Um Conceito Antropológico. Roque Laraya
 Coleção Caminhos da Ciência. Steve Parker
o Einstein e a Relatividade
o Franklin e a Eletrostática
o Edison e a Lâmpada Elétrica
o Galileu e o Universo
o Darwin e a Evolução
o Newton e a Gravitação
o Pasteur e os Microorganismos
o Marie Curie e a Radioatividade
Material de apoio
Seleção de materiais que permitam fazer o cruzamento do cotidiano com os princípios
doutrinários e que possam ajudar a enriquecer as reuniões:
 editoriais de jornais
 artigos de revistas e jornais
 textos de apoio do livro Espiritismo e Currículo
 quadrinhos de jornais e revistas
 imagens e outros recursos.
4
Programa de atividades do Semestre
Definição dos temas, estratégias e técnicas que poderão ser aplicadas para as reuniões do
semestre.
Trata-se de um programa genérico, suscetível a mudanças no decorrer do semestre de
acordo com o emergente do grupo.
Plano de reunião semanal do GEM
. Abertura:
. Tema:
. Assunto:
. Objetivo:
. Conteúdo:
. Técnica:
. Recursos:
. Encerramento:
Exemplo de um plano reunião: (aplicável ao Módulo 4):
. Abertura: Prece
Conversa dois a dois por cinco minutos
. Tema: Autoconhecimento
. Assunto: Objetivos de vida
. Objetivo: Promover reflexão sobre história e trajetória de vida.
. Conteúdo:
. Construção do significado de história de vida;
. Entendimento do que é trajetória de vida e o impacto das escolhas;
. A importância do estabelecimento de objetivos de vida;
. Técnica:
. Primeiro momento: solicitar ao grupo que elabore um cartaz através de recorte e
colagem, respondendo a questão:
―Quais são os meus objetivos (2 ou 3) de vida?‖
. Segundo momento: breves apresentações individuais.
. Terceiro momento: fechamento.
. Recursos: Cartolina, cola, tesouras, revistas velhas.
. Encerramento: Relaxamento rápido e prece final.
5
Avaliação
A avaliação das reuniões de grupo de exercício mediúnico é processo e como tal deve ser
contínua, ampla e permanente.
Deve permitir o diagnóstico para manutenção ou correção de rota, assim como a auto-avaliação
(do coordenador).
No processo de avaliação cabe alguns questionamentos, entre outros:
. Como coordenador(a), tenho procurado conhecer cada integrante do meu grupo?
. Tenho sabido lidar com o emergente do grupo?
. Tenho conseguido perceber o perfil dominante do grupo? (Mais científico. Mais afetivo. Mais
preocupado com fenômenos.)
. Conhecendo o perfil do grupo, tenho conseguido adaptar métodos, linguagem e conteúdo às suas
necessidades?
. Tenho procurado ampliar meu conhecimento através da boa leitura?
. Tenho alcançado os objetivos planejados?
. O grupo vem participando de forma ativa nas reuniões? Tem feito comentários e/ou perguntas?
. Estou alcançando o que o grupo quer e o que ele precisa?
. Os coordenandos vem compreendendo os conceitos trabalhados?
. Os coordenandos conseguem entender os desdobramentos dos conceitos e princípios
trabalhados?
. Os coordenandos tem conseguido aplicar os conceitos no seu cotidiano?
Coordenando a reunião de exercício mediúnico
O Coordenador do Grupo de Exercício Mediúnico – GEM é misto de estudante e facilitador de
aprendizado. Entre as ferramentas que dispõe está a leitura da natureza, do mundo, dos textos,
das pessoas e das coisas. Uma de suas grandes contribuições é o exemplo.
A reunião é aberta com uma prece por parte do coordenador, segue com a leitura de um
trecho do Evangelho que pode ou não ter relação com o tema a ser tratado.
As técnicas devem se alternar de modo a não cansar os participantes. Se em uma semana a
atividade foi uma palestra expositiva, a atividade da semana seguinte deve propiciar o debate que
aprofunde o tema anterior esclarecendo dúvidas que possam ter ficado.
6
Recursos da primeira reunião
- Lista coletando nomes, fones e e-mails
- Crachás com nome legível
- Regras de horário
- Orientação sobre água fluída
- Apresente o colega do lado.
Técnicas de reunião
São inúmeras as técnicas que podem ser adotadas de modo a enriquecer a prática das
reuniões. Alguns exemplos abaixo:
. Apresentação expositiva e interativa. Após o ―aquecimento‖ o apresentador coloca uma ou várias
perguntas para incentivar a participação do grupo;
. Discussão em grande grupo.
Colocado o assunto em questão o coordenador vai estimulando o grupo e construindo os
conceitos a partir da colaboração do grupo.
. Discussão em sub-grupos utilizando textos com mesmo conteúdo ou com conteúdos diferentes de
modo a permitir o cruzamento no momento da discussão em grande grupo.
. Debate entre dois sub-grupos que defendem posições opostas.
Dependendo da maturidade do grupo em um primeiro momento o coordenador solicita aos sub-
grupos que discutam o assunto assumindo uma posição e no momento do debate inverte as
posições.
7
Rede de Contatos
REDE DE CONTATOS DO GRUPO DE EXERCÍCIO MEDIÚNICO
Fone Fone Fone
Nome e-mail Comercial Residencial Celular
1
2
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4
5
6
7
8
9
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25
8
Informativo da fase pré-curricular
A filosofia do Exercício Mediúnico é a promoção, preservação e valorização da vida. Tem como
objetivo maior promover em cada pessoa o desenvolvimento de uma consciência crítica e ativa de
seu próprio processo de vida, trazendo instrumentos e instruções fundamentais ao gerenciamento
de seu cotidiano.
A Educação Espírita é libertadora. Procura, através do conhecimento, conscientizar e
desenvolver em cada indivíduo o sentido universal da vida que é a evolução.
A Educação Espírita quer revelar a cada um o que cada um realmente é. Entendemos que
todas as potencialidades, todos os recursos, todas as ferramentas para a vida, existem e subsistem
no interior da pessoa. O espiritismo é a vida e o caminho da vida.
O Espiritismo, através da pedagogia da cultura, demonstra, permanentemente, que a
consciência do homem representa a sua liberdade. Temos consciência de que o homem alcançará
uma maior e melhor constituição do exterior pela força de seu interior.
Alcançando-se é que o homem alcança o Universo; é sendo que ele é a vida. O Exercício
Mediúnico é encontro, fraternidade, caridade e diálogo, troca de experiências e informações, é
estudo e pesquisa, é construção do conhecimento.
O grupo de Exercício Mediúnico busca, continuamente, na própria vida, a descoberta de
novos caminhos, para a aprendizagem da vida. Trabalha permanentemente na abertura de
horizontes mais amplos, mais claros, que permitam a cada um se renovar e crescer no sentido do
seu viver.
Secretaria do Exercício Mediúnico
9
Natureza e significado do convite para participação do GEM - Grupo de Exercício
Mediúnico
A escassez de pessoas, tempo e recursos nos obriga a concentrar esforços com pessoas
realmente interessadas em ampliar o seu conhecimento dos princípios espíritas.
O fato de vir até a casa espírita é um indicador da busca por um entendimento maior sobre
o sentido e o significado da vida.
O centro espírita é um laboratório que busca a verdade e deve trabalhar no sentido de
alcançar e manter o foro de universidade aberta.
Através do estudo da filosofia, da ciência e da religião, o Espiritismo busca oferecer os
instrumentos e as instruções para que cada pessoa se revele a si mesma, alcance a identidade
creatura-Creador e exerça seu livre arbítrio de maneira mais consciente.
Currículo
Seguimos um currículo que procura auxiliar cada um a fazer um melhor entendimento dos
princípios da Doutrina Espírita:
Deus
Jesus e a moral cristã
Reencarnação
Livre arbítrio
Mediunidade
Imortalidade
Espírito
Evolução
À medida que o estudioso espírita amplia seu conhecimento do significado de Deus, Jesus e
seu exemplo, reencarnação, livre arbítrio, mediunidade, e outros princípios que vão se revelando à
medida que seu entendimento se amplia, a visão de mundo se altera. Mudando a visão, mudam os
valores e com isso o comportamento vai entrando em sintonia com as leis naturais.
A assiduidade às reuniões do grupo de exercício mediúnico tem real importância, pois os
temas se interligam uns com os outros e com o tempo o exercitando vai percebendo, não só a
ligação entre os temas, com também o impacto do conhecimento adquirido no seu comportamento
diário. Outro aspecto a considerar é o respeito aos espíritos que se acompanhanham cada
exercitando durante o exercício mediúnico.
10
Fichamento de leitura do livro “O Médium e o Exercício Mediúnico” da irmã Marina
Fidélis
O objetivo do exercício mediúnico é alcançar ―o princípio básico da vida, que é o espiritual‖.
pg 14 - "O exercício mediúnico, através da teoria e da prática, deve redimensionar a visão crítica
do exercitando sobre a vida, a evolução e todos os comportamentos humanos."
pg 19 - "O aprendizado no exercício mediúnico deve sensibilizar o médium para as grandes
responsabilidades doutrinárias, sociais, espirituais."
pg 19 - "Devem os orientadores, continuamente, procurar novas técnicas que permitam maior
equilíbrio, satisfação e espiritualidade para os orientandos."
pg 23 - "O médium, inserido no processo civilizatório materialista, deve estar atento a não se
comprometer com os princípios materialistas que negam o princípio básico da vida, que é o
espiritual."
pg 23 – ―A mensagem espírita fortalece a busca de novos elementos, pois procura afiançar que só
há liberdade no espírito quando ele se conhece, sabe quem é, o que quer, o que faz, por que
faz;...‖
pg 24 – ―O médium, agente do bem, da fraternidade, não pode cultivar uma bondade aparente.
Sua transformação deve ser integral, atingindo, portanto, toda a extensão da sua vida.‖
Pg 30 – ―Devemos associar o ensino da Doutrina dos Espíritos ao momento presente...‖
Pg 31 – ―A educação espírita é libertadora, procura conscientizar e desenvolver em cada indivíduo
o sentido universal da vida que é a evolução.‖
Pg 33 – ―O médium deve descobrir, na Doutrina dos Espíritos, respostas, suporte para todos os
momentos da existência.‖
Pg 34 – ―O facilitador mediúnico precisa sensibilizar o médium espírita a fazer reflexão sobre a
realidade em que vive, para alcançar o conceitual de sua origem, da significação do espiritual, da
natureza, do semelhante, da finalidade evolutiva da vida, do exemplo sublime e benevolente de
Cristo, da grandeza, da bondade e da justiça de Deus.‖
Pgs 38 e 39 – Ver questões sugeridas para avaliação do andamento do exercício mediúnico...
Pg 47 – ―A vida em qualquer estágio é sempre um processo para alcançar a plenitude do ser.‖
Pg 47 – ―Não basta cuidar do corpo, é preciso, é fundamental, cuidar do espírito na plenitude de
todo seu ser. Toda educação sem fundamentação filosófica é estéril.‖
Pg 51 – ―Não somos mais fortes do que a nossa convicção. Não aprendemos senão pela força
inspiradora da nossa convicção.‖
11
Pg 52 – ―O homem é sempre o seu pensamento, limitado pelo seu ideal; o homem vive a força da
sua convicção.‖
Pg 56 – ―A comunhão com Deus traz ao espírito humano a saúde, a paz, o poder, a felicidade, a
harmonia.‖
Pg 60 – ―O importante é a transformação íntima, a reforma moral, a consciência do que faz, por
que faz, por que deixa de fazer, não perdendo nunca a identidade com o livre-arbítrio.‖
Pg 60 – ― O Espiritismo explica que não há milagres, tudo se explica racionalmente no Universo.‖
Pg 61 – ―Não há médiuns desenvolvidos na escalada da evolução. Todos caminham em todos os
momentos para aprender, modificar comportamentos, melhor operar o sistema universal da vida.‖
Pg 61 – ―O médium deve ter consciência crítica da alta responsabilidade de orientar o próximo sem
tirar-lhe a liberdade, de educar sem constranger, de falar em amor exemplificando, de ajudar e
agenciar a caridade sem humilhar, de ensinar a liberdade com responsabilidade, se aconselhar sem
anular o livre arbítrio, de ser útil sem se sentir indispensável, de participar dos padrões materiais
sem descurar dos princípios espirituais, de ser humilde sem servilismo, de acreditar sem imaginar
que é dono da verdade, de crer em Deus, no Evangelho de Cristo e na Doutrina dos Espíritos sem
perder o raciocínio crítico‖.
Pg 65 – ―Método é um caminho para se alcançar um fim; não há Espiritismo sem Ciência‖.
12
Espiritismo e Espiritualismo
Todas as religiões que acreditam na sobrevivência do espírito são espiritualistas, mas isto
não quer dizer que são espíritas.
O Espiritismo é a interpretação e a prática dos princípios da Doutrina Espírita.
De uma forma ou de outra, os religiosos buscam entender a vida além da vida e cada um
faz a sua interpretação possível.
A comunicação com os espíritos tem propiciado aos espíritas o acesso a informações que
permitem olhar a vida sob uma nova perspectiva.
Reencarnação, Livre Arbítrio e Mediunidade
Grande parte dos religiosos do mundo crê na sobrevivência do espírito, contudo, muitas
religiões pregam que só se encarna uma vez. Em outras palavras é como se fosse proibido voltar
para aprender o que não foi possível aprender em uma encarnação.
Há outras correntes de pensamento religioso que acreditam na eterna recorrência, ou seja,
que o ser nunca se livra da reencarnação.
O Espiritismo entende que o processo reencarnatório é uma das fases da evolução do
espírito.
O livre arbítrio é uma das conseqüências da evolução do espírito, mas essa liberdade é
equilibrada por outra lei conhecida como causa e efeito ou ação e reação. Na mesma medida que
somos livres, somos também responsáveis pelas conseqüências do nosso, pensar, falar e agir.
Um dos recursos que a vida disponibiliza como meio de orientação e crescimento é a
mediunidade. Este é um recurso que todos temos em potencial e que usamos em maior ou menor
grau e cujo aperfeiçoamento depende do exercício.
Mediunidade é um instrumento que auxilia cada pessoa a alcançar novos referenciais na
construção do novo, pelo rompimento de seus limites, pela ampliando da visão de si mesmo, dos
outros, da natureza, de Deus. Mediunidade é expressão de identidade, é sintonia e troca de
experiências. Mediunidade é interação entre os polissistemas material e espiritual.
13
Espiritualização
Ao olharmos a espiritualização como processo, podemos começar com a frase de Leon
Denis: - ―A consciência dorme no mineral, desperta no vegetal, se move no animal e pensa no ser
humano‖.
Processo pressupõe sequência de eventos e no que diz respeito à espiritualização ainda não
entendemos seu princípio ou seu fim.
Voltando no tempo, encontramos evidências que nos permitem imaginar uma época em que os
humanos primitivos não tinham qualquer consciência do espiritual. No início os humanos
concebiam apenas o mundo material.
Achados arqueológicos parecem sugerir o surgimento da consciência do espiritual quando as
pessoas passaram a enterrar seus pares com alguns dos seus pertences. Há registros de pessoas
enterradas com armas, jóias, símbolos de nobreza, alimentos, etc.
Os egípcios chegaram a desenvolver a técnica da mumificação, na esperança de usar seu
próprio corpo na vida após a vida. Ao contrário deles, os rituais gregos incluíam a cremação do
corpo com uma moeda em cada olho. As moedas deveriam servir para pagar Caronte, o barqueiro
que os levaria ao Hades. São evidências como estas que comprovam que a crença na existência do
mundo espiritual é muito antiga.
Com o passar do tempo começam as comunicações entre o mundo material e o mundo espiritual.
. Moisés edita os 10 mandamentos
. A Pitonisa de Delphos responde aos questionamentos de pessoas que a procuram
demonstrando um crescente reconhecimento da possibilidade da comunicação entre o mundo
material e o espiritual.
No século XIX as comunicações se intensificam e ganham caráter científico com a presença
de várias pessoas, em torno do fenômeno das mesas girantes e a anotação de perguntas e
respostas, que acabaram desaguando na psicografia e psicofonia.
O processo começou a ocorrer em vários países com a participação de homens e mulheres
de várias áreas do conhecimento.
Surge a consciência de que a comunicação entre o polissistema material e o polissistema
espiritual é uma das características do espírito encarnado ou não.
A descoberta é maravilhosa, pois através destas comunicações o Homem finalmente se dá
conta de que é realmente um espírito.
Como conseqüência descobrimos que não somos seres materiais vivendo uma experiência
espiritual; somos seres espirituais vivendo mais uma experiência material.
Neste estágio compreendemos que o mundo material é apenas uma parte do universo
natural que inclui o polissistema espiritual e o polissistema material.
À medida que o homem descobre que é um espírito sujeito às leis naturais, estando entre
elas a reencarnação, ele alcança a compreensão da imortalidade e o sentido da reencarnação. Com
isso sua visão da vida, do mundo, do ser e das coisas, se altera por inteiro e suas atitudes antes
despreocupadas, mudam para atitudes cada vez mais conseqüentes.
Neste estágio o homem encarnado alcança o sentido da reespiritualização onde sua atitude
para ser a de buscar a harmonização entre o mundo natural e o mundo cultural em que vive.
14
Preâmbulo do livro “O Que é o Espiritismo”
As pessoas que não têm do Espiritismo senão um conhecimento superficial, são
naturalmente levadas a fazer certas indagações, às quais um estudo completo lhes daria, sem
dúvida, a solução. Mas o tempo e, freqüentemente, a vontade, lhes faltam para se consagrarem às
observações continuadas. Quereriam, antes de empreender essa tarefa, saber ao menos do que se
trata e se vale a pena dela se ocuparem. Pareceu-nos útil, pois, apresentar, em um quadro
restrito, a resposta a algumas das questões fundamentais que nos são diariamente dirigidas. Isso
será, para o leitor, uma primeira iniciação e, para nós, tempo ganho pela dispensa de repetir
constantemente a mesma coisa.
O primeiro capítulo contém, sob a forma de diálogos, respostas às objeções mais comuns da
parte daqueles que ignoram os primeiros fundamentos da Doutrina, assim como a refutação dos
principais argumentos dos seus opositores. Essa forma nos pareceu mais conveniente, porque não
tem a aridez da forma dogmática.
O segundo capítulo é consagrado à exposição sumária das partes da ciência prática e
experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução completa, o observador novato deve dirigir
sua atenção para julgar com conhecimento de causa. É de alguma forma o resumo de O Livro dos
Médiuns. As objeções nascem, o mais freqüentemente, de idéias falsas que são feitas, a priori,
sobre o que não se conhece. Corrigir essas idéias é antecipar-se às objeções: tal é o objeto deste
pequeno escrito.
O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos Espíritos. É a
solução, pela Doutrina Espírita, de um certo número de problemas do mais alto interesse de ordem
psicológica, moral e filosófica, que são colocados diariamente, e aos quais nenhuma filosofia deu,
ainda, soluções satisfatórias. Que se procure resolvê-los por outra teoria, e sem a chave que nos
oferece o Espiritismo, e ver-se-á que elas são as respostas mais lógicas e que melhor satisfazem à
razão.
Este resumo não é somente útil para os iniciantes que poderão nele, em pouco tempo e sem
muito esforço, haurir as noções mais essenciais, mas também o é para os adeptos aos quais ele
fornece os meios para responder às primeiras objeções que não deixam de lhe fazer, e, de outra
parte, porque aqui encontrarão reunidos, em um quadro restrito, e sob um mesmo exame, os
princípios que eles não devem jamais perder de vista.
Para responder, desde agora e sumariamente, à questão formulada no título deste opúsculo,
nós diremos que:
O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como
filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.
Pode-se defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da
destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.
15
O que é o Espiritismo? – Alguns conceitos
O Espiritismo é a interpretação e a prática dos princípios fundamentais da Doutrina dos
Espíritos.
Espiritismo é ciência, filosofia e religião.
O Espiritismo procura, na vivência da ciência, fazer a verdade através da prova. Na filosofia,
procura mostrar, afirmar, reunir e expor o pensamento sobre a evolução da vida à luz do
conhecimento. Na concepção religiosa, faz vida consciente, operando, mediante a história de vida
de cada um, a força do auto-conhecimento, objetivando o alcance da identidade com o Creador.
Espírito Antonio Grimm
O Espiritismo é a religião da compreensão alcançada, do entendimento construído, dos
valores vivenciados, da modificação consciente do comportamento através do conhecimento
renovado de si mesmo, do conhecimento renovado do significado e da unidade da vida, do
conhecimento renovado da identidade com o Creador.
O religioso espírita é o que sustenta pensamento, linguagem, comportamento, que o
aproximam cada vez mais, do agenciar conscientemente a organização, o ordenamento, a
harmonia, a estruturação inteligente do universo.
Espírito Leocádio José Correia
O Espiritismo é ciência empírica, reflexão filosófica e religião natural.
O Espiritismo é uma doutrina que abrange todo o conhecimento humano, acrescentando-lhe
as dimensões espirituais que lhe faltam para a visualização da realidade total. O mundo é o seu
objeto, a razão é o seu método e a mediunidade é o seu laboratório.
J. Herculano Pires
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Evangelho no Lar
O Evangelho tradicional, conhecido e respeitado por todas as religiões; cujo significado é
boa nova, contém os ensinamentos e o código moral do Cristo. As parábolas e ensinamentos de
Jesus contidas no Evangelho Segundo o Espiritismo são explicados pelos espíritos de maneira
acessível ao entendimento da maioria das pessoas.
Apesar da sua linguagem própria da época de Kardec, o evangelho se mantém incrivelmente
atual e segue como um farol iluminando a escuridão do entendimento humano sobre a vida, seu
sentido e significado. A leitura semanal do Evangelho no lar é uma prática recomendada que deve
ser iniciada e mantida como hábito da família e recurso de reflexão sobre os desafios e
contradições do cotidiano.
O Evangelho Segundo o Espiritismo é um manual de vida, portanto, sua leitura tem o
potencial iluminador para quem busca conhecer, compreender e praticar os ensinamentos de
Jesus. Além de ser um referencial moral, serve ainda como recurso educativo e transformador.
Como fazer o Evangelho no Lar
Escolha um dia e um horário fixo na semana para fazer o Evangelho. Convide todas as
pessoas da casa – incluindo as crianças – mas não obrigue ninguém a participar. Convide pessoas
que trabalham na casa e visitantes eventuais a participar. O respeito à data e hora permitem que
plano espiritual se organize e esteja presente às reuniões .
Coloque sobre a mesa, ou em outro local próximo, um recipiente, de preferência que seja
de vidro transparente, com água para a fluidificação e sirva para as pessoas após o término da
reunião. Outra forma é a de se colocar um copo ou uma garrafa de água com o nome de cada um
que poderá ser tomada após a reunião ou durante a semana.
Não existe e nem precisa ser criado nenhum ritual para a leitura do evangelho, portanto,
estar sentado em volta de uma mesa, em outro local qualquer, de mãos dadas ou não, com esta
ou aquela cor de roupa não vai influenciar em nada. A sinceridade, a boa sintonia, os bons
pensamentos e a intenção de fazer o bem são as únicas coisas que contam.
Inicie com uma breve prece agradecendo a oportunidade do momento, a reunião familiar, e
o apoio dos espíritos orientadores. A prece é uma conversa com Deus e não uma formula pré-
estabelecida. O Evangelho pode ser lido de maneira sistemática até completar sua leitura integral.
Como o texto é dividido por mensagens breves de uma ou duas páginas, o tempo pode ser
regulado pela leitura e debate destes trechos.
Após a leitura incentive os comentários com a participação daqueles que queiram emitir
opinião sobre o conteúdo lido. Debata as dúvidas e as relações com os acontecimentos do dia-a-dia
de cada um, lembrando sempre, que o momento é de reflexão e não de critica ao comportamento
de quem quer que seja.
Após os comentários pode ser feito um momento de irradiação (pensamentos positivos
emitidos para algumas pessoas que não estão presentes, para os hospitais, para a paz, por
exemplo). Os nomes podem ser expressos em voz alta ou apenas em silêncio com os pedidos que
cada um achar coerente fazer em benefício do próximo – amigo ou não – em seguida faz-se o
encerramento da atividade com outra prece agradecendo mais uma vez pela oportunidade do
17
encontro, os ensinamentos e entendimentos, o apoio dos espíritos protetores, a iluminação Deus e
Jesus.
Exemplo de texto do Evangelho para leitura de debate - Morte Prematura
21. Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços
antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande
futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e
deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da
inocente criatura que era toda a sua alegria.
Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para
compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal; a sábia previdência onde
pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa?
Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis?
Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser.
Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão
divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária
consideração, que os atiraríeis para o último plano.
Crede-me; a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos
desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes
do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande
benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou
das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na
flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.
É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças!
De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e
enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria
sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria
saturada de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe
preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição
elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?
Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias
um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah!
essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós,
espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo.
Mães; sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus
corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais
os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam
falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar
esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes
consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o
porvir que o soberano Senhor prometeu. - Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris.
(1863.)
18
Se fosse um homem de bem, teria morrido
22. Falando de um homem mau; que escapa de um perigo, costumais dizer:
- "Se fosse um homem bom, teria morrido." Pois bem; assim falando, dizeis uma verdade, pois,
com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais
longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto
possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de
que proferis uma blasfêmia.
Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais:
- "Antes fosse este." Enunciais um grande erro, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e
o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau
faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se
um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao
mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que à esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a
verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e
que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro.
Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em
todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são
as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos.
Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes,
diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como
simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira. -
Fénelon. (Sens, 1861.) Trecho obtido na Internet em uma cópia on-line do Evangelho Segundo o
Espiritismo
Jesus escreve sobre o caráter dos que o cercam
19
A Força Da Prece
Estudo Brasileiro mostra que o corpo reage a preces. (1)
A espiritualidade exerce ação efetiva sobre o corpo humano?
R: Cientistas do mundo inteiro vêm realizando estudos na tentativa de esclarecer essa
questão. No que depender da primeira pesquisa brasileira nessa área, a resposta é sim.
Segundo um estudo da UnB (Universidade de Brasília), um dos principais mecanismos de
defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância. O
estudo foi realizado com 52 voluntários, todos estudantes de medicina da UnB. A cada semana,
uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse.
(...) Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a um grupo de
dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam preces para aquela pessoa.
Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa demorou três
anos para ser concluída. - "Eu e minha equipe ficamos surpresos porque, embora no fundo
quiséssemos que houvesse influência [das orações], achávamos que a maior probabilidade seria a
de não acontecer nada", diz o médico.
Ana Paula de Oliveira - da Folha de São Paulo, 09.07.2004.
Como vemos e constata também Joanna de Ângelis, ―lentamente, mesmo sem dar-se conta,
os cientistas se tornam sacerdotes do Espírito e avançam corajosamente ao encontro de Deus e de
Suas Leis, que vigem em toda parte‖.
Gradativamente, a ciência vai comprovando fatos que a Doutrina Espírita já tem
demonstrado. Na experiência aqui relatada identificamos vários eventos importantes: a força do
pensamento, a ação dos fluidos e o valor da prece intercessória.
Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma
que ―o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além
dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade.‖
Diz-nos o Espírito Emmanuel que ―O homem custa a crer na influencia das ondas invisíveis
do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais
não registram (...)‖ . E ainda esclarece: ―a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é
energia estática; o pensamento é força eletromagnética‖. É através dessa força que emulamos
nossas preces e também direcionamos nossas vibrações benéficas em favor de outras pessoas,
pois ―a prece é a emanação do pensamento bem direcionado e rico de conteúdos vibratórios‖.
Vale a pena considerar a elucidação do Espírito André Luiz ao referir-se aos passes, que
podem também ser transmitidos à distância, através das vibrações que são doadas e veiculadas
pela ação da prece: - ―Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no
manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de
outrem para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os
20
milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o estado orgânico, nessa ou naquela
contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável‖.
André Luiz esclarece-nos ainda que ―reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético
para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará
ele sobre as entidades celulares do estado orgânico – particularmente as sanguíneas e as
histiocitárias -, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a
fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos,
na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos
(...)‖.
Verificamos que, na experiência da UnB, os voluntários comportaram-se como agentes
passivos inconscientes do experimento e, apesar disso, foram beneficiados pela ação das preces,
no que se refere à estabilização das funções da fagocitose. Observou-se também, segundo os
questionários que foram respondidos, que o nível de estresse dos estudantes destinatários das
preces não mudou.
Pode-se concluir com isso que, se os voluntários tivessem consciência do processo e
participassem dele ativamente, - ―ativando suas antenas receptoras destas energias‖ (4) -
seguramente os resultados poderia ser ainda mais proveitosos. O mesmo aconteceria nos casos de
aplicação direta de bioenergia através de passes.
Quando ―Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à solidariedade
fraternal, (ele assim o fez) a fim de que nos ajudemos através das ondas mentais da comunhão
com Deus‖, (5) sem que isso significasse a instituição de profissionalismo religioso.
Só nos resta sugerir que os estudiosos e investigadores continuem a produzir experiências
que tragam cada vez mais luzes ao conhecimento humano, pois ―são eles os missionários da fé
vibrante dos tempos passados, que retornam com o instrumento da ciência para confirmar o
potencial de mediar o bem que há em cada ser‖. (2)
por: Lincoln Barros de Sousa
Bibliografia:
1 - Folha on-line_Folha de São Paulo, Jornal. Estudo Brasileiro mostra que corpo reage a prece. 08
de julho 2004, 07:36h.
2 - FRANCO, Divaldo Pereira. Desenvolvimento Científico. In:___. Dias Gloriosos, 1ª. ed. Salvador:
LEAL, 1999. p. 12 e 20.
3 - ______ - Pedir e Conseguir. In:__ Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, 1ª ed,
Salvador: LEAL, 2000. p. 220.
4 - ______ - Orações Encomendadas. In:__ Messe de Amor, 7ª ed., Salvador: LEAL, 1964, p 155.
5 - ______ - Orações Solicitadas. In:__Desperte e Seja Feliz, 4ª ed. Salvador:LEAL, 1998. p.160.
6 - KARDEC, Allan. A Prece, Questão 662. In: ___O Livro dos Espíritos, 83ª.ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2002. p. 320.
7 - XAVIER, Francisco Cândido. Intercessão.In: ___Pão Nosso, 5ª.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1977.
p.45.
8 - ______ - Vontade. In:___Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. p.16.
9 - ______ - Passe magnético. In: Evolução em Dois Mundos, 16ª ed. Rio de Janeiro:FEB, 1998, p.
200 e 201
21
Prece de Francisco de Assis
Senhor,
fazei de mim instrumento do Vosso Amor,
Onde haja ódio, que eu leve o amor.
Onde haja tristeza, que eu leve a alegria.
Onde haja dor, que eu leve o alívio.
Onde haja desespero, que eu leve a esperança.
Onde haja trevas, que eu leve a luz.
Senhor,
Que eu não procure tanto ser compreendido quanto compreender.
Que eu não procure tanto ser consolado quanto consolar.
Que eu não procure tanto ser amado quanto amar.
Porque é dando que recebemos,
É perdoando que somos perdoados,
E é morrendo que nascemos para a vida eterna.
22
A ignorância também mata. - Alumínio: útil e mortal
Se seu cabelo está caindo, desconfie do alumínio. Este metal, quando está excessivo no
organismo, provoca grande oleosidade no couro cabeludo, que vai sufocar a raiz dos cabelos. Usar
xampus contra a oleosidade ajuda, mas se você não eliminar a causa, vai perder muito cabelo.
Muitas vezes a queda de cabelos vem acompanhada de dormências ou formigamentos quando se
fica na mesma posição (com as pernas cruzadas, por exemplo). Além dos seus cabelos, todo seu
organismo está sendo prejudicado: o alumínio deposita-se no cérebro, causando o mal de
Alzheimer (esclerose mental precoce) e expulsa o cálcio dos ossos, produzindo a osteoporose. Este
cálcio vai se depositar em outros lugares, produzindo bursite, tártaro nos dentes, bico de papagaio,
cálculos renais... E também vai para dentro das suas artérias, estimulando a pressão alta e a
possibilidade de isquemias cardíacas (infarto), cerebrais (trombose) e genitais (frigidez e
impotência). Para o Dr. MauroTarandach, da Sociedade Brasileira de Pediatria, está bem claro o
papel do alumínio nas doenças da infância, graças ao avanço da biologia molecular no que tange ao
papel dos oligoelementos na fisiologia e na patologia. Os sintomas clínicos da intoxicação por
alumínio nas crianças, além da hiperatividade e da indisciplina, são muitos: anemia microcítica
hipocrômica refratária ao tratamento com ferro, alterações ósseas e renais, anorexia e até
psicoses, o que se agrava com a continuidade da intoxicação. No Rio de Janeiro, pesquisa realizada
pelo Dr. Sérgio Teixeira, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular, através do
mineralograma (análise dos metais presentes no organismo mediante a espectrometria dos cabelos
humanos) revelou uma média próxima de 17 vezes acima do normal nos 3.000 pacientes
estudados durante três anos, entre crianças e adultos de ambos os sexos. Esse estudo, publicado
em seu livro Medicina Holística - a Harmonia do Ser Humano, da Editora Campus (1998)
demonstra bem a importância que o mineralograma teve para a medicina. Atualmente o Dr. Sérgio
Teixeira utiliza a biorressonância para avaliar o nível do alumínio e outros metais. O método é
muito menos dispendioso, podendo ser utilizado no consultório ou na casa do paciente. E como é
que o alumínio entra no organismo? Através das panelas de alumínio, por exemplo, que vêm sendo
proibidas em muitos países do mundo. Na Itália, famosa por seus restaurantes, nenhum deles pode
usar essas panelas, devido à proibição do governo italiano. É que as panelas de alumínio
contaminam a comida intensamente. Para você ter uma idéia: pesquisa da Universidade do Paraná
demonstrou que as panelas vendidas no Brasil deixam resíduos de alumínio nos alimentos que vão
de 700 a 1.400 vezes acima do permitido. Isso só ao preparar a comida. Se esta ficar guardada na
panela por algumas horas, ou de um dia para o outro, este valor pode triplicar ou quintuplicar. Viu
por que vale a pena trocar de panelas? Mas não é só. Sabe as latinhas de refrigerantes e cervejas,
hoje tão difundidas no Brasil? Pesquisa do Departamento de Química da PUC demonstrou que elas
não são fabricadas de acordo com os padrões internacionais. Em conseqüência, seu refrigerante
predileto pode conter quase 600 vezes mais de alumínio do que se estivesse na garrafa. E além do
alumínio, foram demonstrados pelo mesmo estudo mais 12 outros metais altamente perigosos para
a saúde nessas latinhas, como o manganês, que causa o mal de Parkinson, o cádmio, que causa
psicoses, o chumbo, encontrado no organismo de muitos assassinos e outros. Que tal? Prefira as
garrafas, tá?
Descoberto em 1809, o alumínio é um metal muito leve (só é mais pesado do que o magnésio) e já
foi muito caro. Naquela época, Napoleão III, imperador da França, pagou 150 mil libras esterlinas
(mais ou menos 300 mil reais) por um jogo de talheres de alumínio. Este metal tem espantosa
versatilidade, sendo utilizado em muitas ligas metálicas. Depois do aço, é o metal mais usado no
mundo, seja em panelas, embalagens aluminizadas, latas de refrigerantes e cervejas, antiácidos e
desodorantes antitranspirantes, assim como vasilhames para cães e gatos comerem e beberem.
Nestes, pode causar paralisia dos membros posteriores que leva ao sacrifício precoce dos animais.
Em suma, o alumínio é muito útil... porém mortal.
DR. SÉRGIO TEIXEIRA Rua Visconde de Pirajá 608/609 Ipanema - Rio de Janeiro Fones/Fax 2259-
2746 e 2259-2193 e-mail drsteixeira@openlink.com.br
23
Alimentação Natural
A alimentação ingerida tem efeitos poderosos sobre a vida mental do homem.
O comportamento humano é resultante do seu estado mental. A agressão, a passividade, a
depressão, a alegria, o otimismo, a felicidade, resultam da freqüência mental.
A alimentação natural, quando fundamenta no estudo, na pesquisa, ajuda a manter o
equilíbrio mental, a integração moral, a harmonia, a saúde física, mental e espiritual, desde que
realizada conscientemente, sem fanatismos ou distorções que perturbam a consciência crítica, o
livre arbítrio, a autodeterminação do praticante.
O homem que busca o autoconhecimento deve procurar o potencial da alimentação natural.
Comer não significa simplesmente satisfação física, mas fundamentalmente, defesa da vida,
portanto, é ato moral. Todo o tempo do homem pertence ao homem.
A alimentação natural representa energia que ajuda a determinar o estado de equilíbrio
entre o corpo, a mente e o espírito.
Corpo, mente e espírito não atual um sobre o outro porque são um só. O ator, o portador da
cultura e dos comportamentos é o espírito.
Leocádio José Correia
Mensagem psicografada pelo médium
Maury Rodrigues da Cruz
Em 10 de Maio de 1990
Mensagem extraída do livro “No Cenário da Vida” – Leocádio José Correia – Editado pela SBEE
24
O Caso da Ponte
João era casado com Maria e se amavam.
Depois de um certo tempo, JOÃO começou a chegar cada vez mais tarde em casa.
Maria se sentiu abandonada e procurou PAULO, que morava do outro lado da ponte.
Acabaram amantes e Maria voltava para casa sempre antes do marido chegar. Um dia,
quando voltava, encontrou um BANDIDO atacando as pessoas que passavam na ponte. Ela correu
de volta para casa de PAULO e pediu proteção. Ele respondeu que não tinha nada a ver com isso e
que o problema era dela. Ela, então, procurou um AMIGO. Este foi com ela até a ponte, mas se
acovardou diante do bandido e não teve coragem de enfrentá-lo. Resolveu procurar um
BARQUEIRO, mais para baixo no rio. Este aceitou levá-la por R$ 5,00, mas nenhum dos dois tinha
dinheiro.
Insistiram, mas o barqueiro foi irredutível. Aí voltaram para a ponte e o bandido matou
Maria.
Coloque os seis personagens em ordem de culpa, isto é, coloque na linha No.1 o maior
responsável pelo que ocorreu e os restantes em ordem decrescente, ficando o número 6 para o
menos culpado.
Minha Opinião Opinião do Grupo
1. _____________________ 1. _____________________
2. _____________________ 2. _____________________
3. _____________________ 3. _____________________
4. _____________________ 4. _____________________
5. _____________________ 5. _____________________
6. _____________________ 6. _____________________
Escreva o nome da maior vítima.______________________________
25
Dinâmica de Grupo - O Caso da Ponte - Instruções para o Coordenador:
1. IMPORTANTE: Leia o Caso da Ponte ANTES de ler as instruções.
2. Organize as pessoas em grupos de 4 pessoas (5 no máximo)
3. Um método simples é o de numerar as pessoas de 1 a 4 e pedir que as pessoas de número
1 se reúnam; a seguir as de número 2 e assim por diante.
4. Peça que leiam com atenção o texto que será distribuído.
5. Após a leitura cada um deve escrever na própria folha os nomes dos culpados por ordem de
culpa, do mais culpado para o menos culpado onde o numero 1 é o maior culpado e o numero
seis é o menos culpado. Tempo: 5 minutos.
6. Após listar os culpados o pequeno grupo deve escolher uma pessoa para registrar o
consenso do pequeno grupo sobre quem são os culpados seguindo a mesma ordem do mais
culpado para o menos culpado. Tempo 20 minutos.
7. Neste momento surgirão as discussões e discordâncias e o coordenador poderá ser
chamado a dirimir dúvidas. A melhor resposta é que o grupo é soberano e que os dados são
apenas os que estão na folha. Uma boa frase para ajudar os participantes a fazerem reflexão
sobre a complexidade da interação humana é ... ―imaginem como deve ser difícil chegar a um
consenso na Câmara dos Deputados...‖
8. Ao final do tempo os grupos se reúnem novamente e cada representante de grupo informa
o consenso do grupo. As opiniões individuais não vêm mais ao caso, pois foram úteis como
ponto de partida para o debate do pequeno grupo.
9. O coordenador registra no quadro ou cavalete os resultados conforme a o plano abaixo os
nomes dos culpados pela ordem de consenso de cada grupo:
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 etc...
1. __________ __________ __________
2. __________ __________ __________
3. __________ __________ __________
4. __________ __________ __________
5. __________ __________ __________
6. __________ __________ __________
Este exercício tem sido usado nos módulos iniciais e apresenta vários benefícios:
1. Ajuda na integração do grupo devido à interação que gera para construção do consenso. A
opinião do grupo tende a ser diferente da opinião de cada pessoa.
2. Permite ampliar a consciência sobre as dificuldades de construir um entendimento quando
várias pessoas estão envolvidas.
3. Permite avaliar as dificuldades do processo de julgar a partir de informações insuficientes
recebidas de terceiros.
Fechamento: Comentários do coordenador
1. O objetivo não é descobrir quem tem razão ou qual grupo acertou.
2. Não é possível julgar uma situação que não vivemos.
3. Como julgar o João ou a Maria, se não conhecemos seus motivos?
4. Na verdade, ao final que cada situação, processo ou vida, todos seremos julgados por
alguém que viu tudo. Quem é esse alguém ? É comum os participantes afirmarem que é Deus.
A melhor resposta contudo é: seremos julgados por nossa própria consciência. Nós estávamos
26
lá. Nós agimos conscientemente. Quando alcançarmos o que fizemos, nós nos cobraremos e tão
logo isso ocorra, o que mais buscaremos é uma nova oportunidade para refazer o caminho.
5. Estas razões fortalecem as convicções porque muitos já vivemos situações de
arrependimento e podemos avaliar como é importante o perdão e a oportunidade de refazer o
caminho. Compensar o erro cometido. Reencarnar e fazer melhor desta vez.
6. Conclusão: não estamos preparados para julgar o outro. Somente a nós mesmos.
7. Para encerrar é importante perguntar: Quem é a maior vítima? O nome que aparece neste
ponto é normalmente o da Maria. Contudo, tão logo alcance as conseqüências do que fez, a
maior vítima do remorso será o bandido que matou a Maria violando um dos princípios
fundamentais que é a vida.
Fora estas sugestões entra o conteúdo já trabalhado pelo grupo no tocante ao livre arbítrio e a lei
de causa e efeito e todas as implicações decorrentes.
O coordenador pode enriquecer muito esta dinâmica e oferecer idéias sobre melhorias que podem
ser incorporadas a estas instruções.
Se você tiver sugestões ou perguntas escreva para sbee@sbee.org.br
Boa reunião!
27
O Dilema da Vacina
Há uma epidemia de gripe que mata em poucos dias não poupando ninguém. Todos os
laboratórios foram convocados a produzir a vacina AEPIRG que protege contra a gripe fatal.
Descobriu-se que entre as pessoas que já foram vacinadas, algumas adquiriram o vírus e
estão morrendo por causa da vacina.
Técnicos do Ministério da Saúde defendem que a produção sob suspeita seja suspensa, mas
ninguém sabe qual laboratório está produzindo a vacina que mata, ou se todos estão.
A falta da vacina pode multiplicar o número de mortos.
Você faz parte do controle de qualidade de um dos laboratórios e você e sua equipe estão
aqui reunidos para debater o assunto.
A pressão é enorme; a produção é insuficiente e pessoas estão morrendo por falta da
vacina.
Seu laboratório tem um lote da vacina e está encarregado de abastecer sua pequena cidade
para a vacinação em massa neste Domingo. Todos terão que ser vacinados, inclusive você e sua
família.
Você e sua equipe descobriram que a causa do problema está na presença de agentes ―d‖ e
―D‖ que estão no composto de algumas das vacinas produzidas, mas o problema é que não se sabe
quando estarão disponíveis os lotes de vacinas sem os agentes que matam.
São 19h30min de Sábado.
A vacinação iniciará neste Domingo às 07h30min.
28
O Dilema da Vacina (Parte 2)
Se você está lendo estas instruções é porque a decisão foi de passar a noite em claro para
inspecionar as vacinas.
Se o controle de qualidade conseguir detectar todas as vacinas contaminadas pelos agentes
―d‖ e ―D‖ a vacinação será segura; do contrário novas mortes ocorrerão.
O pessoal do controle passou a noite verificando os lotes, mas a cada nova inspeção novos
agentes ―d‖ e ―D‖ são encontrados.
Você tem 15 minutos para liberar ou reter o lote.
Antes de liberar informe quantas vacinas contaminadas pelos agentes ―D‖ ou ―d‖ foram
encontradas.
ANOTE AQUI O RESULTADO DA CONTAGEM INDIVIDUAL _______________________
Nome do(a) inspetor (a): ____________________________________________________
EQUIPES
Contagem 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
29
Regras para viver no planeta terra
1) Você receberá um corpo.
Você poderá adorá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu durante toda uma vida.
2) Você aprenderá lições.
Você estará matriculado em tempo integral numa escola informal chamada vida. A cada dia nessa
escola, você terá a oportunidade de aprender lições. Você poderá gostar das lições ou achá-las
irrelevantes.
3) Não existem erros, apenas lições.
Evolução é um processo de tentativas, com erros e acertos chamados experimentação. As
―experiências‖ que falham são tão importantes para o processo quanto as experiências que dão
certo.
4) Uma lição é repetida até ser aprendida.
Uma lição será apresentada a você de várias formas até que você a tenha aprendido. Quando você
aprendê-la poderá passar para a lição seguinte.
5) Aprender lições nunca termina.
Não existe parte da vida que não contenha suas lições. Enquanto você estiver vivo, haverão lições
para ser aprendidas.
6) ―Lá‖ não é melhor do que ―aqui‖.
Quando o seu ―lá‖ se tornar o seu ―aqui‖, você simplesmente obterá outro ―lá‖ que novamente se
parecerá melhor do que ―aqui‖.
7) Os outros são meros espelhos de você.
Você não poderá gostar ou detestar algo sobre outra pessoa a menos que reflita algo que você
goste ou deteste sobre si mesmo.
8) O que você fará de sua vida depende de você.
Você tem todos os recursos e ferramentas que necessita. O que você faz com eles depende de
você. A escolha é sua.
9) Suas respostas estão dentro de você.
As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Tudo que você precisa é olhar, ouvir e
confiar.
10) Você esquecerá todas estas regras.
Chérie Carter-Scott
Traduzido e adaptado do livro ―Chicken Soup for the Soul‖
30
Carta do Chefe Seatle
No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a uma tribo
indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras,
oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra reserva. A
CARTA DO ÍNDIO é a resposta dada pelo Chefe Seatle a essa proposta.
Posteriormente foi distribuída pela ONU em todo o mundo e é
considerada um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a
respeito do Meio Ambiente.
“ Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra ? Essa
idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho
da água, como é possível comprá-los ?
Cada pedaço desta terra é sagrada para meu povo. Cada ramo brilhante
de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra da
floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na
memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das
árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas.
Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois é a mãe do homem vermelho. Somos parte da
terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia,
são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o
homem – todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede
muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será
nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar a nossa
terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos
antepassados. Se lhe vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem
ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de
acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas
crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são
nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicam a
qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o
mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de
que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu
caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo
que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são
esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas,
saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando
somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem
vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
31
Não há lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de
folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e
não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não
pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou
um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a
face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro – o animal,
a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar
que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos
nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu
espírito com toda vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também receber
seu último suspiro. Se lhe vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um
lugar onde até o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma
condição : o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos
apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu
sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante
que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande
solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em
tudo.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que
respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as
suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer à terra,
acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos : a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos : todas as
coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é
simplesmente um de seus fios. Tudo que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento
do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos
certos – e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem
pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem,
e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-
la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos.
Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força de Deus que os
trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem
vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam
exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa
impregnada do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está
o arvoredo? Desapareceu. É o final da vida e o começo da sobrevivência.
32
SBEE - Exercício Mediúnico – Módulo 2 (2/2002)
Deus
1. Deus Interior
2. Deus como justiça não pune nem castiga
―...não há efeito sem causa.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1)
―...Deus é o fundamento do fundamento...‖ (Antônio Grimm)
―Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito
pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.‖
(Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1)
―Deus é imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma
estabilidade teriam.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1)
―Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente
fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a
nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos,
aos seus olhos, são iguais.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 3, Cap. 9)
―É lei da natureza a desigualdade das condições sociais? Não; é obra do homem e não de Deus.
Algum dia essa desigualdade desaparecerá? Eternas somente as leis de Deus o são. Não vês que
dia a dia ela gradualmente se apaga? Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de
predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento. Dia virá em que os membros da
grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro.
Só o Espírito é mais ou menos puro, e isso não depende de posição social.‖ (Livro dos Espíritos –
Parte 3, Cap. 9)
Questões anteriores:
1) Descreva o ambiente onde está inserido.
2) Qual o seu objetivo de vida?
3) O que você entende por justiça?
Responda às questões (para auxiliar na análise, pense em exemplos):
1) O que relaciona um efeito à sua causa?
2) Qual a origem do elo de ligação entre uma causa e seu respectivo efeito?
3) Quais os desdobramentos da afirmação: ―Deus é soberanamente justo e bom.‖ ? (Livro dos
Espíritos – Parte 1, Cap. 1)
4) Por que ―Deus como justiça não pune nem castiga‖?
33
Comentários:
O que liga um efeito à sua causa pode ser chamado de lei (ou regra). Sempre que determinadas
condições se repetem (causas), manifesta-se o mesmo efeito. Por exemplo: neve, evaporação,
gravidade, vento, combustão, etc. O estudo do ambiente tem nos levado a identificar diversos
―efeitos‖. Tudo o que vemos são efeitos, e gradualmente identifica-se também suas causas e a
conseqüente relação entre causa e efeito.
Feita esta constatação, um próximo passo natural é pensar sobre ―a causa das leis‖, ou de outra
forma:
- pensar por que a água entre em ebulição quando sua temperatura é elevada a 100°C?
(respeitadas outras condições, como a pressão)
- por que alguns planetas tem gravidade?
- por que existem os elementos químicos, e suas conhecidas (e ainda desconhecidas)
associações?
O Espiritismo entende Deus como ―a causa primária de todas as coisas‖. Nosso entendimento deste
conceito, porém, evolui constantemente segundo estudo individual sobre o mundo (material e
espiritual). Ao analisar estes ambientes percebe-se sua complexidade, bem como o equilíbrio
potencial oferecido pelas leis que os coordenam.
As leis (ou regras) não orientam apenas o ambiente material. Quais princípios básicos estariam
apoiando todas essas leis ou regras?
- preservação da vida
- responsabilidade
- liberdade
- igualdade
Ao avaliar estes princípios identifica-se sua veracidade, coerência e aplicação. Então, é possível
questionar:
- preservar a vida é um princípio básico da humanidade, e é possível percebê-lo imutável em
qualquer época, mesmo que as ações resultantes da sua aplicação sejam diferentes segundo o
entendimento que fazemos;
- a liberdade é natural de todos os seres em qualquer época ou circunstância;
Estes (assim como outros) princípios não se alteram. Sua interpretação porém pode variar segundo
quem os aplica.
Estes princípios são, portanto, imutáveis? E qual sua origem? Por que existem?
34
DEUS - A evolução de um conceito
Deus é um princípio fundamental para a Doutrina Espírita.
 Como víamos Deus quando morávamos em cavernas?
 Quantos deuses havia?
 Deus natureza - Trovão – Vulcão – Ventos – Chuva – Sol
 Deuses ganham forma: meio animal, meio humana e depois humana.
CRENÇA EGÍPCIA
- Anúbis traz Hunefer e pesa seu coração – Não pode pesar mais que uma pena de avestruz
- Thot anota o resultado - Sobek a devoradora aguarda o julgamento
1250 AC - Moisés – Monoteísmo - 10 Regras
- Contradição entre o ―Não matarás‖ e o ―Olho por olho‖
Moisés (1250 a.C): conjunto de regras a serem obedecidas, aliança, decálogo, monolatria;
. Amós (800 a.C.): Deus de justiça
. Oséas (600 a.C.): Deus de perdão
. Deutero Isaías (400 a.C.): Deus único, o Deus de Israel era o Deus de toda a humanidade
. Jesus (6 a.C. – 27 A.D.): Deus de amor, todos são iguais perante Deus
. Spinoza: Deus não pessoal, Deus não mais fora do mundo
. Os conceitos são abandonados à medida em que deixam de atender às expectativas das pessoas
e de seus grupos.
CONCEITOS MAIS COERENTES PREVALECEM
DEUS DEIXOU DE SER:
1 entre muitos - Deus de um só povo - Deus dos exércitos - Deus que castiga
Deus controlador - Deus que governa pelo medo - Deus de uma igreja
Deus dogmático - Deus criado pelo homem
DEUS NÃO SE RELACIONA AO: Mágico – Místico – Divinal - Sacro - Infinito – Absoluto
Não é matéria ou energia, não tem forma definida, não está restrito à uma pessoa, não está no
céu.
Está nos seres e nas coisas mas não se confunde com elas.
Não determina comportamentos, assim não há desobediência ou pecado, não vigia, não
fiscaliza, não pune, não aceita oferendas ou promessas, não concede dons ou favores, não intercede,
não aceita pedidos, não protege ou age por milagres.
DEUS CÓSMICO
Abrange todas as coisas, todos os seres, inteligentes ou não, encarnados ou desecarnados
Evidente na harmonia e na estruturação inteligente do Universo. É a totalidade.
Nossa identidade com o Cosmos é identidade com Deus.
Identidade se faz pelo conhecimento,entendimento, sabedoria, consciência.
Onipresente pois os seres criam expressando Deus.
Onisciente pela consciência de cada um
Onipotente, pois age através de suas criaturas
ISAAC NEWTON e o cético.
O que é Deus para você?
35
Calvin – Tirinhas
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Deuses Egípcios
Perceba que no prato esquerdo da balança está o coração do desencarnado e no outro há uma
pensa de avestruz. Segundo a crença, se o coração estiver pesado, ele será comido pelo deus com
forma de jacaré e o ser sofrerá a morte espiritual deixando de existir.
É curioso notar que mais de 4000 anos depois, algumas pessoas acreditam que se não forem
salvas, correm o mesmo tipo de risco.
37
Deuses Gregos
ZEUS – Rei dos deuses e PALAS ATENA deusa da guerra
INTI – o deus Sol dos Incas Jaguar – deus Maia do submundo
38
Jesus e a Moral Cristã
Jesus, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e
extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da humanidade. Para o
Espiritismo, esses valores são conceitos fundamentais, sendo a moral cristã o eixo de sua visão de
mundo e interpretação da realidade.
O Espiritismo entende que o significado de Jesus encontra-se em seu exemplo de vida,
fazendo e demonstrando a viabilidade de um padrão de comportamento. Foi a força de seu
exemplo que deu significado à sua existência e não a série de mitos, interpretações e dogmas que
foram agregados ao entendimento de sua mensagem. Portanto, é fundamental que o espírita possa
fazer essas distinções.
Para a Doutrina Espírita, Jesus, como todo ser humano, nasceu da união entre um homem e
uma mulher e não de uma forma sobrenatural. De origem humilde, não era descendente de Davi e
não possuía nenhuma pretensão ao poder temporal.
O Espiritismo não recorre à idéia de milagre, que não existe para a Doutrina, para justificar
algumas situações da existência de Jesus. Este, ao colocar em prática o seu conhecimento e a sua
capacidade mediúnica, foi interpretado, pelo desconhecimento das pessoas ao seu redor, como o
realizador de acontecimentos maravilhosos e fantásticos.
Para entender Jesus, o Espiritismo não precisa utilizar a idéia de messias, salvador ou
cordeiro de Deus. Não é importante como Jesus nasceu ou morreu, mas, sim, como viveu. Seu
significado não se encontra nas condições de sua morte — não há necessidade de entendê-la como
um sacrifício para salvar a humanidade ou tentar transformá-la em exceção através da idéia de
ressurreição.
Apesar de sua importância, Jesus não se confunde com Deus. Não é a Sua encarnação. Era
filho de Deus como todas as criaturas o são. Deixar de confundir Jesus com Deus permite
reconhecer o valor desse espírito que alcançou, pelo exercício de seu conhecimento, a
compreensão do amor como lei fundamental do Universo, a que nenhum homem até então havia
alcançado. Considerar Jesus como divino é retirar dele uma característica fundamental: a de um
ideal possível de ser alcançado, uma referência exeqüível para a humanidade.
Jesus, para a Doutrina, é um espírito que tem uma história ao longo da qual foi construindo
seu conhecimento, diferenciando-se do nível médio da cultura terrena. Na medida em que
vivenciou, em que desenvolveu experiências de vida, foi se fazendo presente, através da força de
seu exemplo, da intensidade de sua coerência, da inovação e clareza do conhecimento que
alcançou. O significado da síntese que construiu a respeito da existência, do ser humano, da vida,
pode ser avaliado em um pequeno resumo de suas idéias:
 Deus único é o pai de todos (todos são iguais perante Deus)
 Ame a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o espírito, e ame seu
próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e todos os profetas estão contidas nela.
 Trate todos os homens da mesma forma que você gostaria de ser tratado
 Ame seus inimigos e faça o bem àqueles que o odeiam e ore por aqueles que o perseguem
e caluniam
 Aquele dentre vocês que não tiver errado, que atire a primeira pedra
 Eu não digo que deva perdoar ao seu irmão até sete vezes, mas até setenta vezes sete
vezes
 Reconcilie-se com seu adversário enquanto estiver com ele no caminho
39
 Não julgue a fim de que não seja julgado
 Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo
 O homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela de muitos
 Por que vê um cisco no olho de vosso irmão, você que não vê uma trave no seu olho?
 Que a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita
 Não se acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire, mas sobre o candeeiro a fim de
que ela clareie todos aqueles que estão na casa
 Não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva ser
conhecido
 Fora da caridade não há condições de se alcançar um conhecimento maior de si mesmo e da
vida.
 Bem aventurados os que choram, porque serão consolados; os que tem fome e sede de
justiça porque serão saciados; os humildes porque deles é o reino dos céus; aqueles que
tem o coração puro porque verão a Deus; aqueles que são brandos porque possuirão a
Terra; os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de Deus; aqueles que são
misericordiosos porque eles próprios obterão misericórdia
Jesus, em sua existência cósmica, é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade,
diversidade, alteridade. Seus ensinamentos, seu comportamento e os exemplos de outras pessoas
que se identificaram com sua proposta, foram desenhando, construindo, um código, um padrão de
referência fundamentado na unidade da humanidade e na igualdade entre os seres, e, em
decorrência, no amor ao próximo, na solidariedade, na tolerância, na responsabilidade pessoal, na
liberdade de consciência e na moral como defesa, promoção da vida. Jesus é padrão de
comportamento aberto para auxiliar as pessoas na construção de seu próprio futuro.
Jesus é exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o
Universo e com Deus.
Copyright: Todos os direitos reservados. A SBEE autoriza a reprodução dos textos para fins
não comerciais desde que seja mencionada a fonte"
40
Um Homem Chamado Jesus
Que homem foi esse?
Não escreveu livros, não pintou quadros famosos, não foi ator de novela, não foi jogador de
futebol e mesmo assim não foi esquecido em mais de 2000 anos de história? Não só não foi
esquecido, mas acabou por dividir a história do ocidente em a.C e d.C.
Durante as reuniões dos grupos de estudos, denominados Grupos de Exercício Mediúnico, e
no atendimento à consultas que recebemos pelo e-mail da SBEE, temos nos defrontado com
algumas perguntas muito interessantes sobre Jesus.
Algumas destas perguntas estão relatadas abaixo juntamente com a resposta que no momento
entendemos como a mais coerente.
O que sabemos de Jesus?
- Sabemos o que lemos e cremos naquilo que encontra sustentação em nossa fé crítica
raciocinada.
Jesus foi um homem?
- Jesus é um espírito evoluído que encarnou como homem.
De onde veio Jesus?
- Não sabemos, mas pelos seus ensinamentos podemos deduzir ele veio de uma boa escola, já que
muitas de suas idéias não eram conhecidas na Terra naquela época.
Por quê Jesus veio a Terra?
- Baseados na idéia de que quanto mais esclarecido for o espírito, mais livre ele é, podemos
concluir que Jesus não veio contra a sua vontade. No mínimo aceitou um convite ou uma missão.
Para quê Jesus veio a Terra?
- Jesus mesmo declarou: ―eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento e a Lei é amar a
Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo‖.
Quem foram os pais de Jesus?
- A lógica de que Deus não vai contra suas próprias leis nos levam a concluir que seus pais foram
um homem e uma mulher.
Jesus é Deus?
- Jesus chamava Deus de pai e seus contemporâneos de irmãos.
Por quê sua mensagem resistiu ao tempo?
- Porque Jesus viveu e sofreu as conseqüências das suas convicções. Havia coerência entre seu
pensar, seu falar e seu agir. Jesus anunciou o novo e nos deu a conhecer leis e valores
maravilhosos como: a continuidade da vida, a reencarnação; o amor a Deus e ao próximo, o
perdão e tantos outros conceitos que ainda carecem do entendimento pleno por parte da
humanidade.
Jesus ressuscitou?
- Se ressuscitar é voltar à vida material no mesmo corpo, a resposta é não. Os romanos
aplicavam penas capitais muito cruéis aos não romanos. A crucificação, a morte na fogueira e a
morte por animais tinham como objetivo dar o exemplo e extinguir a pessoa de modo a não sobrar
nada para ser cultuado. Era costume deixar o corpo crucificado ser consumido pelos abutres e cães
carniceiros. Assim sendo, podemos entender que por usar o exemplo e a prova como método de
ensino, Jesus teve que materializar-se para poder aparecer aos discípulos e provar a continuidade
da vida.
41
Jesus realmente existiu?
- Mesmo que fosse um mito, alguém teria que ter concebido as idéias superiores que chegam até
nós. Quem quer que as tenha concebido é merecedor da nossa admiração e respeito. Há contudo,
relatos de escritores não cristãos que sustentam as evidências da existência de Jesus.
o Tácito ( 55-120d.C.) escrevendo sobre o incêndio de Roma informa que ―Nero acusa
aqueles detestáveis por suas abominações que a multidão chama de cristãos. Esse nome
vem de Cristo, que sob o principado de Tibério, foi mandado para o suplício pelo
procurador Pôncio Pilatos. Reprimida momentaneamente, essa superstição horrível
rebrotou novamente, não apenas na Judéia mas agora dentro de Roma‖ (Anais – cap XV
p.54)
o Suetônio ( 55-120 d.C.) falando da vida do imperador Cláudio: ―O imperador expulsou
de Roma os judeus que viraram causa permanente de desordem pela pregação de
Cristo‖ (Vida de Cláudio, cap 25, p.4)
o Plínio o Jovem (61-114 d.C.) escrevendo para o Imperador Trajano: ―os cristãos tem o
hábito de se reunir em um dia fixo para rezar ao Cristo, que consideram Deus, para
cantar e jurar não cometer crime, abstendo-se de roubo, assassinato, adultério e
infidelidade‖. (Carta a Trajano, cap. X, pg 96) Fonte: Revista Superinteressante, abril de
1996, pg 51.
Onde Jesus nasceu?
- Tudo indica que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém.
Quando Jesus nasceu?
- Jesus nasceu em torno do ano 3.790 do calendário judaico. Devido a um erro do abade Dionísio o
Exíguo. Este abade ficou encarregado do recálculo do calendário devido a adoção do calendário
gregoriano estabelecido pelo papa Gregório em 1582. Segundo ele Jesus deve ter nascido em torno
do ano 6 a. C. da nossa era. Os registros históricos mostram que Quirino que fez o famoso censo,
só assumiu em 6 d.C. ou seja, 12 anos depois do nascimento de Jesus.
Em que dia Jesus nasceu?
- Ninguém sabe. A comemoração do nascimento de Jesus em 25 de dezembro, só foi instituída em
525 d.C. e seu objetivo era coincidir com as festas pagãs de modo a substituí-las. Somente após
1582 adotou-se a idéia de a.C. e d.C.
Jesus tinha irmãos?
- O texto original em grego usa a palavra adelphos que significa literalmente irmãos quando se
refere aos irmãos de Jesus. Mateus nomeia Tiago, José, Simão, Judas e menciona suas irmãs sem
nominá-las. Há quem afirme que uma de suas irmãs se chamava Miriam.
Qual a mensagem de Jesus?
- Sua mensagem era forte, complexa, intensa e extensa. Era, sobretudo nova; tão nova que sua
compreensão e aplicação ainda estão em nosso futuro. Jesus trouxe mensagens revolucionárias
para o momento em que viveu e desafiadoras para a nossa capacidade de mudança. Idéias como
todos somos iguais perante o pai; nossa relação com o pai é de amor e não de medo; é necessário
perdoar os inimigos ainda estão para ser incorporadas em nossos hábitos diários.
Jesus morreu?
- Desencarnou, pois fazia uso de um corpo material como o de qualquer ser humano.
Jesus morreu para nos salvar?
- Não, em uma época em que era costume sacrificar animais para conseguir a purificação, usou-se
o assassinato de Jesus como uma figura de linguagem para passar a idéia que seu sacrifício
42
garantiria o resgate das culpas que cada pessoa sentia. A salvação que Jesus propunha era a
salvação da falta de auto-conhecimento, do ódio, do egoísmo e da ignorância. Conhecereis a
verdade e esta os libertará dizia Jesus.
Como Jesus ensinava?
- Jesus aproveitava cada oportunidade para transformar em uma lição. Os samaritanos por
exemplo eram perseguidos por sua dissidência religiosa. Era uma falta grave para um judeu falar
com um samaritano. A situação ficava pior ainda se a conversa fosse uma mulher que era
considerada uma pessoa de menos valor. Veja a seguir o famoso diálogo com uma Samaritana que
ele encontra em um poço na Samaria;
- Dá-me de beber, disse Jesus
- Como sendo tu judeu me pedes de beber a mim que sou mulher samaritana?
- Se tu conhecesses quem é que te diz dá-me de beber, tu lhe pedirias, e Ele te daria
água viva.
- Senhor! Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água
viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó que nos deu o poço, dele bebendo, ele próprio,
seus filhos e o seu gado?
- Qualquer um que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da
água que eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que eu lhe der fará nele uma fonte de
água que salte para a vida eterna.
- Dá-me dessa água para que não mais tenha sede, e aqui não venha tirá-la. (Note
que a mulher samaritana fica presa ao sentido material da mensagem sem alcançar seu
verdadeiro sentido espiritual)
- Vai chamar teu marido e vem cá.
- Não tenho marido...
- Disseste bem: pois que cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido.
- Vejo que és profeta! ( neste ponto ela percebe o valor e passa a procurar a verdade)
- Nossos pais adoraram neste monte e vós judeus dizeis que é em Jerusalém o lugar
onde se deve adorar.
- Mulher acredita-me, a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém
adorareis o Pai. A hora vem em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
verdade.
- Eu sei que o Messias vem e quando vier nos anunciará tudo.
- Eu o sou, eu que falo contigo!
Quantos de nós percebe o significado das mensagens de Jesus que estão aí aguardando a
compreensão e a prática?
Jesus irá voltar?
- Se Jesus voltasse provavelmente não seria reconhecido. Além disso, teria sentido um professor
ensinar redação para quem ainda não aprendeu a ler e a escrever?
Quando virá o consolador prometido por Jesus?
- Assim como os Judeus ainda esperam o Messias que já veio, alguns de nós, aguardam o
consolador que já se encontra entre nós. Em nossa interpretação o consolador não é nada mais
que o entendimento do significado da mensagem de Jesus; o conhecimento do significado da vida
como oportunidade de evolução. Cabe a cada um de nós trabalhar na construção da ampliação da
nossa consciência e da consciência daqueles com quem convivemos.
Porque os escritores da época florearam a história de Jesus?
- O estudioso Jaldemir Vitório do Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus em Belo
Horizonte explica que o texto bíblico segue o gênero literário conhecido como misdrah .
Basicamente, o misdrah é uma forma de contar a história da vida de alguém usando como pano de
Currículo para Grupos de Exercício Mediúnico
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  • 2. Nosso maior inimigo é o desconhecimento de quem somos. Espírito Leocádio José Correia O Centro Espírita deve trabalhar para alcançar o padrão de Universidade aberta. Espírito Antonio Grimm Currículo é vida; é, portanto, a totalidade das experiências do ser humano que são dirigidas, conotadas, para os fins de educação. O exercício mediúnico deve refletir no seu currículo a conduta de todos, permitindo uma linha processual educativa com continuidade e seqüência. Espírito Marina Fidélis
  • 3. SUMÁRIO Proposta desta coletânea ......................................................................................................1 Filosofia e objetivo do exercício mediúnico...............................................................................2 Planejamento do semestre de reuniões do GEM .......................................................................2 Fase preparatória - antecede o início do semestre ....................................................................2 Leitura básica ......................................................................................................................2 Sugestões de releitura ..........................................................................................................2 Livro Espiritismo e Currículo ..................................................................................................2 Sugestões de leitura complementar ........................................................................................3 Material de apoio..................................................................................................................3 Programa de atividades do Semestre ......................................................................................4 Plano de reunião semanal do GEM ..........................................................................................4 Exemplo de um plano reunião: (aplicável ao Módulo 4):............................................................4 Avaliação ............................................................................................................................5 Coordenando a reunião de exercício mediúnico ........................................................................5 Recursos da primeira reunião.................................................................................................6 Técnicas de reunião..............................................................................................................6 Rede de Contatos.................................................................................................................7 Informativo da fase pré-curricular ..........................................................................................8 Natureza e significado do convite para participação do GEM - Grupo de Exercício Mediúnico ..........9 Currículo .............................................................................................................................9 Fichamento de leitura do livro ―O Médium e o Exercício Mediúnico‖ da irmã Marina Fidélis ...........10 Espiritismo e Espiritualismo .................................................................................................12 Reencarnação, Livre Arbítrio e Mediunidade...........................................................................12 Espiritualização..................................................................................................................13 Preâmbulo do livro ―O Que é o Espiritismo‖ ...........................................................................14 O que é o Espiritismo? – Alguns conceitos .............................................................................15 Evangelho no Lar ...............................................................................................................16 Como fazer o Evangelho no Lar............................................................................................16 Exemplo de texto do Evangelho para leitura de debate - Morte Prematura.................................17 Se fosse um homem de bem, teria morrido ...........................................................................18 A Força Da Prece................................................................................................................19 Prece de Francisco de Assis .................................................................................................21 A ignorância também mata. - Alumínio: útil e mortal ..............................................................22 Alimentação Natural ...........................................................................................................23 O Caso da Ponte ................................................................................................................24 Dinâmica de Grupo - O Caso da Ponte - Instruções para o Coordenador:...................................25 O Dilema da Vacina ............................................................................................................27 O Dilema da Vacina (Parte 2)...............................................................................................28 Regras para viver no planeta terra .......................................................................................29 Carta do Chefe Seatle .........................................................................................................30 SBEE - Exercício Mediúnico – Módulo 2 (2/2002)....................................................................32 Deus.................................................................................................................................32 Comentários ......................................................................................................................33 DEUS - A evolução de um conceito .......................................................................................34 Calvin – Tirinhas ................................................................................................................35 Deuses Egípcios .................................................................................................................36 Deuses Gregos...................................................................................................................37 Jesus e a Moral Cristã .........................................................................................................38 Um Homem Chamado Jesus ................................................................................................40 O Livro da Vida ..................................................................................................................44
  • 4. Da Pluralidade das Existências - A Reencarnação – O Livro dos Espíritos .................................45 Reencarnação ....................................................................................................................47 Um Novo Fim.....................................................................................................................49 Ecografia...........................................................................................................................50 A eficiência da 'lei seca'.......................................................................................................51 Um pequeno serviço ...........................................................................................................52 Livre-arbítrio .....................................................................................................................53 A Resposta da Gratidão.......................................................................................................54 Competência e Humildade ...................................................................................................55 O Eco ...............................................................................................................................56 Só Não Erra Quem Não Faz – Erro é acerto em processo .........................................................57 Festival do Vinho................................................................................................................58 Vôo Tam 3054 – Acaso, Destino ou Livre Arbítrio?..................................................................59 Cultura e Mediunidade ........................................................................................................62 Mediunidade – SBEE – Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas – Maio/2000 ...........................63 Hagar – Recrutador de Tripulações – Sintonia e frequência......................................................65 Exercício da Amnésia:.........................................................................................................66 Consoada ..........................................................................................................................67 Trajetória de Vida...............................................................................................................68 Darwin e - o que é evolução? (Coleção Caminhos da Ciência – Scipione)...................................70 O que dificulta nossa reforma espiritual? ...............................................................................71 Breve História do Espiritismo ...............................................................................................72 Allan Kardec ( 1804 - 1869) ................................................................................................73 Breve história da SBEE .......................................................................................................74 Inventário da Estrutura e Atividades da SBEE – Junho de 2006 - (Sumário) .............................75 Introdução à Filosofia .........................................................................................................83 Para que serve a filosofia?...................................................................................................85 Ciência Espírita ..................................................................................................................88 Carbono-14 uma testemunha do tempo ................................................................................89 Caminhante.......................................................................................................................91 Religião do Eldorado ...........................................................................................................92 Doutrina dos Espíritos.........................................................................................................93 Cercas ou Pontes? ..............................................................................................................94 Autoavaliação:...................................................................................................................95 Duas Histórias, Dois Destinos ..............................................................................................96 Trecho do Evangelho ..........................................................................................................97 Filmes............................................................................................................................. 100
  • 5. 1 Proposta desta coletânea A proposta deste trabalho é reunir um conjunto de documentos que possam servir de apoio para a leitura, estudo e debate nos grupos de exercício mediúnico. O livro ESPIRITISMO E CURRÍCULO; sugere os temas a serem trabalhados nos grupos; este trabalho sugere alguns artigos, recortes, reproduções e dinâmicas que podem facilitar a abordagem ao conhecimento que se pretende explorar. O conteúdo deste trabalho tem caráter exemplificativo e não deve ser visto como modelo, mas como padrão da diversidade de meios que o coordenador pode lançar mão para alcançar os objetivos do exercício mediúnico. Os recursos aqui disponibilizados podem servir tanto aos núcleos que já possuem módulos seqüenciais estruturados, como aos núcleos que por razões diversas ainda não tem como seguir o currículo proposto no livro Espiritismo e Currículo editado pela SBEE. As fontes utilizadas são várias e incluem as obras da codificação espírita; os livros editados pela SBEE; os conteúdos do site www.sbee.org.br; o jornal Documentos SBEE; as edições da revista SER Espírita; as matérias e artigos do site www.serespírita.com.br; artigos de jornais e revistas; notícias do cotidiano; artigos espíritas; dinâmicas de grupo e outras técnicas de apoio à condução das reuniões. Cada tema sugerido pelo currículo pode ser trabalhado com profundidade variável dependendo do módulo, prontidão ou experiência dos coordenadores e coordenandos. Para tanto o coordenador pode fazer uso de um documento base que facilite a abertura do debate e sirva de referencial para o coordenando. Tipicamente, a reunião do grupo de exercício mediúnico é um debate em torno de uma questão onde o coordenador convida a opinião dos participantes; expressa sua opinião sobre o assunto; apresenta um material que sirva de referencia e conduz para uma conclusão antes da prece de encerramento da atividade do dia. A proposta não é convencer pessoas, mas ajudá-las a repensar o pensado, expondo idéias sem impor convicções. Sempre que um grupo, por alguma razão, recebe novos integrantes é importante relembrar os princípios básicos da Doutrina dos Espíritos para facilitar aos novos o entendimento e encadeamento das idéias que se está debatendo.
  • 6. 2 Filosofia e objetivo do exercício mediúnico A filosofia do Grupo Exercício Mediúnico é alcançar o princípio básico da vida que é o espiritual e o planejamento das reuniões de grupos visa a aplicação do currículo dentro de uma pedagogia construtivista. O objetivo é promover em cada pessoa o autoconhecimento e o desenvolvimento de uma consciência crítica e ativa de seu próprio processo de vida, trazendo instrumentos e instruções fundamentais ao gerenciamento das oportunidades, desafios e contradições do cotidiano. Planejamento do semestre de reuniões do GEM Fase preparatória - antecede o início do semestre Antes do início do semestre é importante organizar o conteúdo e o material de apoio para o desenvolvimento das reuniões. Leitura básica A leitura mínima; recomendada ao coordenador e seu grupo pode ser encontrada nas páginas 39 e 63 do Livro Espiritismo e Currículo. Um método que o Coordenador pode utilizar no planejamento das 15 a 18 reuniões do semestre é o de definir um tema para cada reunião e selecionar um texto ou outro recurso que represente o exemplo ou o apoio lógico do que se está debatendo ou estudando. Sugestões de releitura Como preparação para o início de cada semestre, recomenda-se a releitura periódica de textos, mensagens e livros de apoio, que permite a ampliação e o enriquecimento da interpretação alcançada em leituras anteriores. 1- Textos de apoio e glossário do livro ―Espiritismo e Currículo‖ 2 - Espiritismo e Exercício Mediúnico da Irmã Marina Fidélis 3 - O Médium e o Exercício Mediúnico pelo espírito Leocádio José Correia 4 - Cadernos de Psicofonias pelo espírito Antonio Grimm 5- Textos do jornal Documentos SBEE 6 - A espiritualidade ilumina a vida do homem, entre outros livros pelo espírito Leocádio José Correia Livro Espiritismo e Currículo O livro que orienta a aplicação do currículo dos Grupos de Exercício Mediúnico apresenta o seguinte conteúdo: Sugestões para o Ciclo Básico
  • 7. 3 Sugestões para o Ciclo Complementar Glossário Textos de Apoio: Deus Jesus e a Moral Cristã Livre Arbítrio Mediunidade Reencarnação Espírito Evolução Trajetória de Vida Mediunato Espírita Homem Integral Auto atualização permanente Avaliação no Exercício Mediúnico Sugestões de leitura complementar  Filosofia para não filósofos. Albert Jacquard  Iniciação à História da Filosofia. Danilo Marcondes  Introdução à Filosofia Espírita – Herculano Pires  Sementes da descoberta científica. W.I.B. Beveridge  Ética para meu filho. Fernando Savater  As Perguntas da Vida. Fernando Savater  Sociologia básica. Machado Neto, A.L.  Cultura - Um Conceito Antropológico. Roque Laraya  Coleção Caminhos da Ciência. Steve Parker o Einstein e a Relatividade o Franklin e a Eletrostática o Edison e a Lâmpada Elétrica o Galileu e o Universo o Darwin e a Evolução o Newton e a Gravitação o Pasteur e os Microorganismos o Marie Curie e a Radioatividade Material de apoio Seleção de materiais que permitam fazer o cruzamento do cotidiano com os princípios doutrinários e que possam ajudar a enriquecer as reuniões:  editoriais de jornais  artigos de revistas e jornais  textos de apoio do livro Espiritismo e Currículo  quadrinhos de jornais e revistas  imagens e outros recursos.
  • 8. 4 Programa de atividades do Semestre Definição dos temas, estratégias e técnicas que poderão ser aplicadas para as reuniões do semestre. Trata-se de um programa genérico, suscetível a mudanças no decorrer do semestre de acordo com o emergente do grupo. Plano de reunião semanal do GEM . Abertura: . Tema: . Assunto: . Objetivo: . Conteúdo: . Técnica: . Recursos: . Encerramento: Exemplo de um plano reunião: (aplicável ao Módulo 4): . Abertura: Prece Conversa dois a dois por cinco minutos . Tema: Autoconhecimento . Assunto: Objetivos de vida . Objetivo: Promover reflexão sobre história e trajetória de vida. . Conteúdo: . Construção do significado de história de vida; . Entendimento do que é trajetória de vida e o impacto das escolhas; . A importância do estabelecimento de objetivos de vida; . Técnica: . Primeiro momento: solicitar ao grupo que elabore um cartaz através de recorte e colagem, respondendo a questão: ―Quais são os meus objetivos (2 ou 3) de vida?‖ . Segundo momento: breves apresentações individuais. . Terceiro momento: fechamento. . Recursos: Cartolina, cola, tesouras, revistas velhas. . Encerramento: Relaxamento rápido e prece final.
  • 9. 5 Avaliação A avaliação das reuniões de grupo de exercício mediúnico é processo e como tal deve ser contínua, ampla e permanente. Deve permitir o diagnóstico para manutenção ou correção de rota, assim como a auto-avaliação (do coordenador). No processo de avaliação cabe alguns questionamentos, entre outros: . Como coordenador(a), tenho procurado conhecer cada integrante do meu grupo? . Tenho sabido lidar com o emergente do grupo? . Tenho conseguido perceber o perfil dominante do grupo? (Mais científico. Mais afetivo. Mais preocupado com fenômenos.) . Conhecendo o perfil do grupo, tenho conseguido adaptar métodos, linguagem e conteúdo às suas necessidades? . Tenho procurado ampliar meu conhecimento através da boa leitura? . Tenho alcançado os objetivos planejados? . O grupo vem participando de forma ativa nas reuniões? Tem feito comentários e/ou perguntas? . Estou alcançando o que o grupo quer e o que ele precisa? . Os coordenandos vem compreendendo os conceitos trabalhados? . Os coordenandos conseguem entender os desdobramentos dos conceitos e princípios trabalhados? . Os coordenandos tem conseguido aplicar os conceitos no seu cotidiano? Coordenando a reunião de exercício mediúnico O Coordenador do Grupo de Exercício Mediúnico – GEM é misto de estudante e facilitador de aprendizado. Entre as ferramentas que dispõe está a leitura da natureza, do mundo, dos textos, das pessoas e das coisas. Uma de suas grandes contribuições é o exemplo. A reunião é aberta com uma prece por parte do coordenador, segue com a leitura de um trecho do Evangelho que pode ou não ter relação com o tema a ser tratado. As técnicas devem se alternar de modo a não cansar os participantes. Se em uma semana a atividade foi uma palestra expositiva, a atividade da semana seguinte deve propiciar o debate que aprofunde o tema anterior esclarecendo dúvidas que possam ter ficado.
  • 10. 6 Recursos da primeira reunião - Lista coletando nomes, fones e e-mails - Crachás com nome legível - Regras de horário - Orientação sobre água fluída - Apresente o colega do lado. Técnicas de reunião São inúmeras as técnicas que podem ser adotadas de modo a enriquecer a prática das reuniões. Alguns exemplos abaixo: . Apresentação expositiva e interativa. Após o ―aquecimento‖ o apresentador coloca uma ou várias perguntas para incentivar a participação do grupo; . Discussão em grande grupo. Colocado o assunto em questão o coordenador vai estimulando o grupo e construindo os conceitos a partir da colaboração do grupo. . Discussão em sub-grupos utilizando textos com mesmo conteúdo ou com conteúdos diferentes de modo a permitir o cruzamento no momento da discussão em grande grupo. . Debate entre dois sub-grupos que defendem posições opostas. Dependendo da maturidade do grupo em um primeiro momento o coordenador solicita aos sub- grupos que discutam o assunto assumindo uma posição e no momento do debate inverte as posições.
  • 11. 7 Rede de Contatos REDE DE CONTATOS DO GRUPO DE EXERCÍCIO MEDIÚNICO Fone Fone Fone Nome e-mail Comercial Residencial Celular 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
  • 12. 8 Informativo da fase pré-curricular A filosofia do Exercício Mediúnico é a promoção, preservação e valorização da vida. Tem como objetivo maior promover em cada pessoa o desenvolvimento de uma consciência crítica e ativa de seu próprio processo de vida, trazendo instrumentos e instruções fundamentais ao gerenciamento de seu cotidiano. A Educação Espírita é libertadora. Procura, através do conhecimento, conscientizar e desenvolver em cada indivíduo o sentido universal da vida que é a evolução. A Educação Espírita quer revelar a cada um o que cada um realmente é. Entendemos que todas as potencialidades, todos os recursos, todas as ferramentas para a vida, existem e subsistem no interior da pessoa. O espiritismo é a vida e o caminho da vida. O Espiritismo, através da pedagogia da cultura, demonstra, permanentemente, que a consciência do homem representa a sua liberdade. Temos consciência de que o homem alcançará uma maior e melhor constituição do exterior pela força de seu interior. Alcançando-se é que o homem alcança o Universo; é sendo que ele é a vida. O Exercício Mediúnico é encontro, fraternidade, caridade e diálogo, troca de experiências e informações, é estudo e pesquisa, é construção do conhecimento. O grupo de Exercício Mediúnico busca, continuamente, na própria vida, a descoberta de novos caminhos, para a aprendizagem da vida. Trabalha permanentemente na abertura de horizontes mais amplos, mais claros, que permitam a cada um se renovar e crescer no sentido do seu viver. Secretaria do Exercício Mediúnico
  • 13. 9 Natureza e significado do convite para participação do GEM - Grupo de Exercício Mediúnico A escassez de pessoas, tempo e recursos nos obriga a concentrar esforços com pessoas realmente interessadas em ampliar o seu conhecimento dos princípios espíritas. O fato de vir até a casa espírita é um indicador da busca por um entendimento maior sobre o sentido e o significado da vida. O centro espírita é um laboratório que busca a verdade e deve trabalhar no sentido de alcançar e manter o foro de universidade aberta. Através do estudo da filosofia, da ciência e da religião, o Espiritismo busca oferecer os instrumentos e as instruções para que cada pessoa se revele a si mesma, alcance a identidade creatura-Creador e exerça seu livre arbítrio de maneira mais consciente. Currículo Seguimos um currículo que procura auxiliar cada um a fazer um melhor entendimento dos princípios da Doutrina Espírita: Deus Jesus e a moral cristã Reencarnação Livre arbítrio Mediunidade Imortalidade Espírito Evolução À medida que o estudioso espírita amplia seu conhecimento do significado de Deus, Jesus e seu exemplo, reencarnação, livre arbítrio, mediunidade, e outros princípios que vão se revelando à medida que seu entendimento se amplia, a visão de mundo se altera. Mudando a visão, mudam os valores e com isso o comportamento vai entrando em sintonia com as leis naturais. A assiduidade às reuniões do grupo de exercício mediúnico tem real importância, pois os temas se interligam uns com os outros e com o tempo o exercitando vai percebendo, não só a ligação entre os temas, com também o impacto do conhecimento adquirido no seu comportamento diário. Outro aspecto a considerar é o respeito aos espíritos que se acompanhanham cada exercitando durante o exercício mediúnico.
  • 14. 10 Fichamento de leitura do livro “O Médium e o Exercício Mediúnico” da irmã Marina Fidélis O objetivo do exercício mediúnico é alcançar ―o princípio básico da vida, que é o espiritual‖. pg 14 - "O exercício mediúnico, através da teoria e da prática, deve redimensionar a visão crítica do exercitando sobre a vida, a evolução e todos os comportamentos humanos." pg 19 - "O aprendizado no exercício mediúnico deve sensibilizar o médium para as grandes responsabilidades doutrinárias, sociais, espirituais." pg 19 - "Devem os orientadores, continuamente, procurar novas técnicas que permitam maior equilíbrio, satisfação e espiritualidade para os orientandos." pg 23 - "O médium, inserido no processo civilizatório materialista, deve estar atento a não se comprometer com os princípios materialistas que negam o princípio básico da vida, que é o espiritual." pg 23 – ―A mensagem espírita fortalece a busca de novos elementos, pois procura afiançar que só há liberdade no espírito quando ele se conhece, sabe quem é, o que quer, o que faz, por que faz;...‖ pg 24 – ―O médium, agente do bem, da fraternidade, não pode cultivar uma bondade aparente. Sua transformação deve ser integral, atingindo, portanto, toda a extensão da sua vida.‖ Pg 30 – ―Devemos associar o ensino da Doutrina dos Espíritos ao momento presente...‖ Pg 31 – ―A educação espírita é libertadora, procura conscientizar e desenvolver em cada indivíduo o sentido universal da vida que é a evolução.‖ Pg 33 – ―O médium deve descobrir, na Doutrina dos Espíritos, respostas, suporte para todos os momentos da existência.‖ Pg 34 – ―O facilitador mediúnico precisa sensibilizar o médium espírita a fazer reflexão sobre a realidade em que vive, para alcançar o conceitual de sua origem, da significação do espiritual, da natureza, do semelhante, da finalidade evolutiva da vida, do exemplo sublime e benevolente de Cristo, da grandeza, da bondade e da justiça de Deus.‖ Pgs 38 e 39 – Ver questões sugeridas para avaliação do andamento do exercício mediúnico... Pg 47 – ―A vida em qualquer estágio é sempre um processo para alcançar a plenitude do ser.‖ Pg 47 – ―Não basta cuidar do corpo, é preciso, é fundamental, cuidar do espírito na plenitude de todo seu ser. Toda educação sem fundamentação filosófica é estéril.‖ Pg 51 – ―Não somos mais fortes do que a nossa convicção. Não aprendemos senão pela força inspiradora da nossa convicção.‖
  • 15. 11 Pg 52 – ―O homem é sempre o seu pensamento, limitado pelo seu ideal; o homem vive a força da sua convicção.‖ Pg 56 – ―A comunhão com Deus traz ao espírito humano a saúde, a paz, o poder, a felicidade, a harmonia.‖ Pg 60 – ―O importante é a transformação íntima, a reforma moral, a consciência do que faz, por que faz, por que deixa de fazer, não perdendo nunca a identidade com o livre-arbítrio.‖ Pg 60 – ― O Espiritismo explica que não há milagres, tudo se explica racionalmente no Universo.‖ Pg 61 – ―Não há médiuns desenvolvidos na escalada da evolução. Todos caminham em todos os momentos para aprender, modificar comportamentos, melhor operar o sistema universal da vida.‖ Pg 61 – ―O médium deve ter consciência crítica da alta responsabilidade de orientar o próximo sem tirar-lhe a liberdade, de educar sem constranger, de falar em amor exemplificando, de ajudar e agenciar a caridade sem humilhar, de ensinar a liberdade com responsabilidade, se aconselhar sem anular o livre arbítrio, de ser útil sem se sentir indispensável, de participar dos padrões materiais sem descurar dos princípios espirituais, de ser humilde sem servilismo, de acreditar sem imaginar que é dono da verdade, de crer em Deus, no Evangelho de Cristo e na Doutrina dos Espíritos sem perder o raciocínio crítico‖. Pg 65 – ―Método é um caminho para se alcançar um fim; não há Espiritismo sem Ciência‖.
  • 16. 12 Espiritismo e Espiritualismo Todas as religiões que acreditam na sobrevivência do espírito são espiritualistas, mas isto não quer dizer que são espíritas. O Espiritismo é a interpretação e a prática dos princípios da Doutrina Espírita. De uma forma ou de outra, os religiosos buscam entender a vida além da vida e cada um faz a sua interpretação possível. A comunicação com os espíritos tem propiciado aos espíritas o acesso a informações que permitem olhar a vida sob uma nova perspectiva. Reencarnação, Livre Arbítrio e Mediunidade Grande parte dos religiosos do mundo crê na sobrevivência do espírito, contudo, muitas religiões pregam que só se encarna uma vez. Em outras palavras é como se fosse proibido voltar para aprender o que não foi possível aprender em uma encarnação. Há outras correntes de pensamento religioso que acreditam na eterna recorrência, ou seja, que o ser nunca se livra da reencarnação. O Espiritismo entende que o processo reencarnatório é uma das fases da evolução do espírito. O livre arbítrio é uma das conseqüências da evolução do espírito, mas essa liberdade é equilibrada por outra lei conhecida como causa e efeito ou ação e reação. Na mesma medida que somos livres, somos também responsáveis pelas conseqüências do nosso, pensar, falar e agir. Um dos recursos que a vida disponibiliza como meio de orientação e crescimento é a mediunidade. Este é um recurso que todos temos em potencial e que usamos em maior ou menor grau e cujo aperfeiçoamento depende do exercício. Mediunidade é um instrumento que auxilia cada pessoa a alcançar novos referenciais na construção do novo, pelo rompimento de seus limites, pela ampliando da visão de si mesmo, dos outros, da natureza, de Deus. Mediunidade é expressão de identidade, é sintonia e troca de experiências. Mediunidade é interação entre os polissistemas material e espiritual.
  • 17. 13 Espiritualização Ao olharmos a espiritualização como processo, podemos começar com a frase de Leon Denis: - ―A consciência dorme no mineral, desperta no vegetal, se move no animal e pensa no ser humano‖. Processo pressupõe sequência de eventos e no que diz respeito à espiritualização ainda não entendemos seu princípio ou seu fim. Voltando no tempo, encontramos evidências que nos permitem imaginar uma época em que os humanos primitivos não tinham qualquer consciência do espiritual. No início os humanos concebiam apenas o mundo material. Achados arqueológicos parecem sugerir o surgimento da consciência do espiritual quando as pessoas passaram a enterrar seus pares com alguns dos seus pertences. Há registros de pessoas enterradas com armas, jóias, símbolos de nobreza, alimentos, etc. Os egípcios chegaram a desenvolver a técnica da mumificação, na esperança de usar seu próprio corpo na vida após a vida. Ao contrário deles, os rituais gregos incluíam a cremação do corpo com uma moeda em cada olho. As moedas deveriam servir para pagar Caronte, o barqueiro que os levaria ao Hades. São evidências como estas que comprovam que a crença na existência do mundo espiritual é muito antiga. Com o passar do tempo começam as comunicações entre o mundo material e o mundo espiritual. . Moisés edita os 10 mandamentos . A Pitonisa de Delphos responde aos questionamentos de pessoas que a procuram demonstrando um crescente reconhecimento da possibilidade da comunicação entre o mundo material e o espiritual. No século XIX as comunicações se intensificam e ganham caráter científico com a presença de várias pessoas, em torno do fenômeno das mesas girantes e a anotação de perguntas e respostas, que acabaram desaguando na psicografia e psicofonia. O processo começou a ocorrer em vários países com a participação de homens e mulheres de várias áreas do conhecimento. Surge a consciência de que a comunicação entre o polissistema material e o polissistema espiritual é uma das características do espírito encarnado ou não. A descoberta é maravilhosa, pois através destas comunicações o Homem finalmente se dá conta de que é realmente um espírito. Como conseqüência descobrimos que não somos seres materiais vivendo uma experiência espiritual; somos seres espirituais vivendo mais uma experiência material. Neste estágio compreendemos que o mundo material é apenas uma parte do universo natural que inclui o polissistema espiritual e o polissistema material. À medida que o homem descobre que é um espírito sujeito às leis naturais, estando entre elas a reencarnação, ele alcança a compreensão da imortalidade e o sentido da reencarnação. Com isso sua visão da vida, do mundo, do ser e das coisas, se altera por inteiro e suas atitudes antes despreocupadas, mudam para atitudes cada vez mais conseqüentes. Neste estágio o homem encarnado alcança o sentido da reespiritualização onde sua atitude para ser a de buscar a harmonização entre o mundo natural e o mundo cultural em que vive.
  • 18. 14 Preâmbulo do livro “O Que é o Espiritismo” As pessoas que não têm do Espiritismo senão um conhecimento superficial, são naturalmente levadas a fazer certas indagações, às quais um estudo completo lhes daria, sem dúvida, a solução. Mas o tempo e, freqüentemente, a vontade, lhes faltam para se consagrarem às observações continuadas. Quereriam, antes de empreender essa tarefa, saber ao menos do que se trata e se vale a pena dela se ocuparem. Pareceu-nos útil, pois, apresentar, em um quadro restrito, a resposta a algumas das questões fundamentais que nos são diariamente dirigidas. Isso será, para o leitor, uma primeira iniciação e, para nós, tempo ganho pela dispensa de repetir constantemente a mesma coisa. O primeiro capítulo contém, sob a forma de diálogos, respostas às objeções mais comuns da parte daqueles que ignoram os primeiros fundamentos da Doutrina, assim como a refutação dos principais argumentos dos seus opositores. Essa forma nos pareceu mais conveniente, porque não tem a aridez da forma dogmática. O segundo capítulo é consagrado à exposição sumária das partes da ciência prática e experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução completa, o observador novato deve dirigir sua atenção para julgar com conhecimento de causa. É de alguma forma o resumo de O Livro dos Médiuns. As objeções nascem, o mais freqüentemente, de idéias falsas que são feitas, a priori, sobre o que não se conhece. Corrigir essas idéias é antecipar-se às objeções: tal é o objeto deste pequeno escrito. O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos Espíritos. É a solução, pela Doutrina Espírita, de um certo número de problemas do mais alto interesse de ordem psicológica, moral e filosófica, que são colocados diariamente, e aos quais nenhuma filosofia deu, ainda, soluções satisfatórias. Que se procure resolvê-los por outra teoria, e sem a chave que nos oferece o Espiritismo, e ver-se-á que elas são as respostas mais lógicas e que melhor satisfazem à razão. Este resumo não é somente útil para os iniciantes que poderão nele, em pouco tempo e sem muito esforço, haurir as noções mais essenciais, mas também o é para os adeptos aos quais ele fornece os meios para responder às primeiras objeções que não deixam de lhe fazer, e, de outra parte, porque aqui encontrarão reunidos, em um quadro restrito, e sob um mesmo exame, os princípios que eles não devem jamais perder de vista. Para responder, desde agora e sumariamente, à questão formulada no título deste opúsculo, nós diremos que: O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações. Pode-se defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.
  • 19. 15 O que é o Espiritismo? – Alguns conceitos O Espiritismo é a interpretação e a prática dos princípios fundamentais da Doutrina dos Espíritos. Espiritismo é ciência, filosofia e religião. O Espiritismo procura, na vivência da ciência, fazer a verdade através da prova. Na filosofia, procura mostrar, afirmar, reunir e expor o pensamento sobre a evolução da vida à luz do conhecimento. Na concepção religiosa, faz vida consciente, operando, mediante a história de vida de cada um, a força do auto-conhecimento, objetivando o alcance da identidade com o Creador. Espírito Antonio Grimm O Espiritismo é a religião da compreensão alcançada, do entendimento construído, dos valores vivenciados, da modificação consciente do comportamento através do conhecimento renovado de si mesmo, do conhecimento renovado do significado e da unidade da vida, do conhecimento renovado da identidade com o Creador. O religioso espírita é o que sustenta pensamento, linguagem, comportamento, que o aproximam cada vez mais, do agenciar conscientemente a organização, o ordenamento, a harmonia, a estruturação inteligente do universo. Espírito Leocádio José Correia O Espiritismo é ciência empírica, reflexão filosófica e religião natural. O Espiritismo é uma doutrina que abrange todo o conhecimento humano, acrescentando-lhe as dimensões espirituais que lhe faltam para a visualização da realidade total. O mundo é o seu objeto, a razão é o seu método e a mediunidade é o seu laboratório. J. Herculano Pires
  • 20. 16 Evangelho no Lar O Evangelho tradicional, conhecido e respeitado por todas as religiões; cujo significado é boa nova, contém os ensinamentos e o código moral do Cristo. As parábolas e ensinamentos de Jesus contidas no Evangelho Segundo o Espiritismo são explicados pelos espíritos de maneira acessível ao entendimento da maioria das pessoas. Apesar da sua linguagem própria da época de Kardec, o evangelho se mantém incrivelmente atual e segue como um farol iluminando a escuridão do entendimento humano sobre a vida, seu sentido e significado. A leitura semanal do Evangelho no lar é uma prática recomendada que deve ser iniciada e mantida como hábito da família e recurso de reflexão sobre os desafios e contradições do cotidiano. O Evangelho Segundo o Espiritismo é um manual de vida, portanto, sua leitura tem o potencial iluminador para quem busca conhecer, compreender e praticar os ensinamentos de Jesus. Além de ser um referencial moral, serve ainda como recurso educativo e transformador. Como fazer o Evangelho no Lar Escolha um dia e um horário fixo na semana para fazer o Evangelho. Convide todas as pessoas da casa – incluindo as crianças – mas não obrigue ninguém a participar. Convide pessoas que trabalham na casa e visitantes eventuais a participar. O respeito à data e hora permitem que plano espiritual se organize e esteja presente às reuniões . Coloque sobre a mesa, ou em outro local próximo, um recipiente, de preferência que seja de vidro transparente, com água para a fluidificação e sirva para as pessoas após o término da reunião. Outra forma é a de se colocar um copo ou uma garrafa de água com o nome de cada um que poderá ser tomada após a reunião ou durante a semana. Não existe e nem precisa ser criado nenhum ritual para a leitura do evangelho, portanto, estar sentado em volta de uma mesa, em outro local qualquer, de mãos dadas ou não, com esta ou aquela cor de roupa não vai influenciar em nada. A sinceridade, a boa sintonia, os bons pensamentos e a intenção de fazer o bem são as únicas coisas que contam. Inicie com uma breve prece agradecendo a oportunidade do momento, a reunião familiar, e o apoio dos espíritos orientadores. A prece é uma conversa com Deus e não uma formula pré- estabelecida. O Evangelho pode ser lido de maneira sistemática até completar sua leitura integral. Como o texto é dividido por mensagens breves de uma ou duas páginas, o tempo pode ser regulado pela leitura e debate destes trechos. Após a leitura incentive os comentários com a participação daqueles que queiram emitir opinião sobre o conteúdo lido. Debata as dúvidas e as relações com os acontecimentos do dia-a-dia de cada um, lembrando sempre, que o momento é de reflexão e não de critica ao comportamento de quem quer que seja. Após os comentários pode ser feito um momento de irradiação (pensamentos positivos emitidos para algumas pessoas que não estão presentes, para os hospitais, para a paz, por exemplo). Os nomes podem ser expressos em voz alta ou apenas em silêncio com os pedidos que cada um achar coerente fazer em benefício do próximo – amigo ou não – em seguida faz-se o encerramento da atividade com outra prece agradecendo mais uma vez pela oportunidade do
  • 21. 17 encontro, os ensinamentos e entendimentos, o apoio dos espíritos protetores, a iluminação Deus e Jesus. Exemplo de texto do Evangelho para leitura de debate - Morte Prematura 21. Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria. Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal; a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano. Crede-me; a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra. É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria saturada de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados? Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo. Mães; sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus. Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu. - Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)
  • 22. 18 Se fosse um homem de bem, teria morrido 22. Falando de um homem mau; que escapa de um perigo, costumais dizer: - "Se fosse um homem bom, teria morrido." Pois bem; assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia. Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais: - "Antes fosse este." Enunciais um grande erro, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que à esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro. Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira. - Fénelon. (Sens, 1861.) Trecho obtido na Internet em uma cópia on-line do Evangelho Segundo o Espiritismo Jesus escreve sobre o caráter dos que o cercam
  • 23. 19 A Força Da Prece Estudo Brasileiro mostra que o corpo reage a preces. (1) A espiritualidade exerce ação efetiva sobre o corpo humano? R: Cientistas do mundo inteiro vêm realizando estudos na tentativa de esclarecer essa questão. No que depender da primeira pesquisa brasileira nessa área, a resposta é sim. Segundo um estudo da UnB (Universidade de Brasília), um dos principais mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função estabilizada com preces feitas à distância. O estudo foi realizado com 52 voluntários, todos estudantes de medicina da UnB. A cada semana, uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse. (...) Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a um grupo de dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam preces para aquela pessoa. Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa demorou três anos para ser concluída. - "Eu e minha equipe ficamos surpresos porque, embora no fundo quiséssemos que houvesse influência [das orações], achávamos que a maior probabilidade seria a de não acontecer nada", diz o médico. Ana Paula de Oliveira - da Folha de São Paulo, 09.07.2004. Como vemos e constata também Joanna de Ângelis, ―lentamente, mesmo sem dar-se conta, os cientistas se tornam sacerdotes do Espírito e avançam corajosamente ao encontro de Deus e de Suas Leis, que vigem em toda parte‖. Gradativamente, a ciência vai comprovando fatos que a Doutrina Espírita já tem demonstrado. Na experiência aqui relatada identificamos vários eventos importantes: a força do pensamento, a ação dos fluidos e o valor da prece intercessória. Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos Espíritos, afirma que ―o pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade.‖ Diz-nos o Espírito Emmanuel que ―O homem custa a crer na influencia das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram (...)‖ . E ainda esclarece: ―a eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o pensamento é força eletromagnética‖. É através dessa força que emulamos nossas preces e também direcionamos nossas vibrações benéficas em favor de outras pessoas, pois ―a prece é a emanação do pensamento bem direcionado e rico de conteúdos vibratórios‖. Vale a pena considerar a elucidação do Espírito André Luiz ao referir-se aos passes, que podem também ser transmitidos à distância, através das vibrações que são doadas e veiculadas pela ação da prece: - ―Pelo passe magnético, no entanto, notadamente naquele que se baseie no manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os
  • 24. 20 milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o estado orgânico, nessa ou naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio indispensável‖. André Luiz esclarece-nos ainda que ―reconhecendo-se a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do estado orgânico – particularmente as sanguíneas e as histiocitárias -, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos (...)‖. Verificamos que, na experiência da UnB, os voluntários comportaram-se como agentes passivos inconscientes do experimento e, apesar disso, foram beneficiados pela ação das preces, no que se refere à estabilização das funções da fagocitose. Observou-se também, segundo os questionários que foram respondidos, que o nível de estresse dos estudantes destinatários das preces não mudou. Pode-se concluir com isso que, se os voluntários tivessem consciência do processo e participassem dele ativamente, - ―ativando suas antenas receptoras destas energias‖ (4) - seguramente os resultados poderia ser ainda mais proveitosos. O mesmo aconteceria nos casos de aplicação direta de bioenergia através de passes. Quando ―Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à solidariedade fraternal, (ele assim o fez) a fim de que nos ajudemos através das ondas mentais da comunhão com Deus‖, (5) sem que isso significasse a instituição de profissionalismo religioso. Só nos resta sugerir que os estudiosos e investigadores continuem a produzir experiências que tragam cada vez mais luzes ao conhecimento humano, pois ―são eles os missionários da fé vibrante dos tempos passados, que retornam com o instrumento da ciência para confirmar o potencial de mediar o bem que há em cada ser‖. (2) por: Lincoln Barros de Sousa Bibliografia: 1 - Folha on-line_Folha de São Paulo, Jornal. Estudo Brasileiro mostra que corpo reage a prece. 08 de julho 2004, 07:36h. 2 - FRANCO, Divaldo Pereira. Desenvolvimento Científico. In:___. Dias Gloriosos, 1ª. ed. Salvador: LEAL, 1999. p. 12 e 20. 3 - ______ - Pedir e Conseguir. In:__ Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, 1ª ed, Salvador: LEAL, 2000. p. 220. 4 - ______ - Orações Encomendadas. In:__ Messe de Amor, 7ª ed., Salvador: LEAL, 1964, p 155. 5 - ______ - Orações Solicitadas. In:__Desperte e Seja Feliz, 4ª ed. Salvador:LEAL, 1998. p.160. 6 - KARDEC, Allan. A Prece, Questão 662. In: ___O Livro dos Espíritos, 83ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p. 320. 7 - XAVIER, Francisco Cândido. Intercessão.In: ___Pão Nosso, 5ª.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1977. p.45. 8 - ______ - Vontade. In:___Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. p.16. 9 - ______ - Passe magnético. In: Evolução em Dois Mundos, 16ª ed. Rio de Janeiro:FEB, 1998, p. 200 e 201
  • 25. 21 Prece de Francisco de Assis Senhor, fazei de mim instrumento do Vosso Amor, Onde haja ódio, que eu leve o amor. Onde haja tristeza, que eu leve a alegria. Onde haja dor, que eu leve o alívio. Onde haja desespero, que eu leve a esperança. Onde haja trevas, que eu leve a luz. Senhor, Que eu não procure tanto ser compreendido quanto compreender. Que eu não procure tanto ser consolado quanto consolar. Que eu não procure tanto ser amado quanto amar. Porque é dando que recebemos, É perdoando que somos perdoados, E é morrendo que nascemos para a vida eterna.
  • 26. 22 A ignorância também mata. - Alumínio: útil e mortal Se seu cabelo está caindo, desconfie do alumínio. Este metal, quando está excessivo no organismo, provoca grande oleosidade no couro cabeludo, que vai sufocar a raiz dos cabelos. Usar xampus contra a oleosidade ajuda, mas se você não eliminar a causa, vai perder muito cabelo. Muitas vezes a queda de cabelos vem acompanhada de dormências ou formigamentos quando se fica na mesma posição (com as pernas cruzadas, por exemplo). Além dos seus cabelos, todo seu organismo está sendo prejudicado: o alumínio deposita-se no cérebro, causando o mal de Alzheimer (esclerose mental precoce) e expulsa o cálcio dos ossos, produzindo a osteoporose. Este cálcio vai se depositar em outros lugares, produzindo bursite, tártaro nos dentes, bico de papagaio, cálculos renais... E também vai para dentro das suas artérias, estimulando a pressão alta e a possibilidade de isquemias cardíacas (infarto), cerebrais (trombose) e genitais (frigidez e impotência). Para o Dr. MauroTarandach, da Sociedade Brasileira de Pediatria, está bem claro o papel do alumínio nas doenças da infância, graças ao avanço da biologia molecular no que tange ao papel dos oligoelementos na fisiologia e na patologia. Os sintomas clínicos da intoxicação por alumínio nas crianças, além da hiperatividade e da indisciplina, são muitos: anemia microcítica hipocrômica refratária ao tratamento com ferro, alterações ósseas e renais, anorexia e até psicoses, o que se agrava com a continuidade da intoxicação. No Rio de Janeiro, pesquisa realizada pelo Dr. Sérgio Teixeira, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular, através do mineralograma (análise dos metais presentes no organismo mediante a espectrometria dos cabelos humanos) revelou uma média próxima de 17 vezes acima do normal nos 3.000 pacientes estudados durante três anos, entre crianças e adultos de ambos os sexos. Esse estudo, publicado em seu livro Medicina Holística - a Harmonia do Ser Humano, da Editora Campus (1998) demonstra bem a importância que o mineralograma teve para a medicina. Atualmente o Dr. Sérgio Teixeira utiliza a biorressonância para avaliar o nível do alumínio e outros metais. O método é muito menos dispendioso, podendo ser utilizado no consultório ou na casa do paciente. E como é que o alumínio entra no organismo? Através das panelas de alumínio, por exemplo, que vêm sendo proibidas em muitos países do mundo. Na Itália, famosa por seus restaurantes, nenhum deles pode usar essas panelas, devido à proibição do governo italiano. É que as panelas de alumínio contaminam a comida intensamente. Para você ter uma idéia: pesquisa da Universidade do Paraná demonstrou que as panelas vendidas no Brasil deixam resíduos de alumínio nos alimentos que vão de 700 a 1.400 vezes acima do permitido. Isso só ao preparar a comida. Se esta ficar guardada na panela por algumas horas, ou de um dia para o outro, este valor pode triplicar ou quintuplicar. Viu por que vale a pena trocar de panelas? Mas não é só. Sabe as latinhas de refrigerantes e cervejas, hoje tão difundidas no Brasil? Pesquisa do Departamento de Química da PUC demonstrou que elas não são fabricadas de acordo com os padrões internacionais. Em conseqüência, seu refrigerante predileto pode conter quase 600 vezes mais de alumínio do que se estivesse na garrafa. E além do alumínio, foram demonstrados pelo mesmo estudo mais 12 outros metais altamente perigosos para a saúde nessas latinhas, como o manganês, que causa o mal de Parkinson, o cádmio, que causa psicoses, o chumbo, encontrado no organismo de muitos assassinos e outros. Que tal? Prefira as garrafas, tá? Descoberto em 1809, o alumínio é um metal muito leve (só é mais pesado do que o magnésio) e já foi muito caro. Naquela época, Napoleão III, imperador da França, pagou 150 mil libras esterlinas (mais ou menos 300 mil reais) por um jogo de talheres de alumínio. Este metal tem espantosa versatilidade, sendo utilizado em muitas ligas metálicas. Depois do aço, é o metal mais usado no mundo, seja em panelas, embalagens aluminizadas, latas de refrigerantes e cervejas, antiácidos e desodorantes antitranspirantes, assim como vasilhames para cães e gatos comerem e beberem. Nestes, pode causar paralisia dos membros posteriores que leva ao sacrifício precoce dos animais. Em suma, o alumínio é muito útil... porém mortal. DR. SÉRGIO TEIXEIRA Rua Visconde de Pirajá 608/609 Ipanema - Rio de Janeiro Fones/Fax 2259- 2746 e 2259-2193 e-mail drsteixeira@openlink.com.br
  • 27. 23 Alimentação Natural A alimentação ingerida tem efeitos poderosos sobre a vida mental do homem. O comportamento humano é resultante do seu estado mental. A agressão, a passividade, a depressão, a alegria, o otimismo, a felicidade, resultam da freqüência mental. A alimentação natural, quando fundamenta no estudo, na pesquisa, ajuda a manter o equilíbrio mental, a integração moral, a harmonia, a saúde física, mental e espiritual, desde que realizada conscientemente, sem fanatismos ou distorções que perturbam a consciência crítica, o livre arbítrio, a autodeterminação do praticante. O homem que busca o autoconhecimento deve procurar o potencial da alimentação natural. Comer não significa simplesmente satisfação física, mas fundamentalmente, defesa da vida, portanto, é ato moral. Todo o tempo do homem pertence ao homem. A alimentação natural representa energia que ajuda a determinar o estado de equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito. Corpo, mente e espírito não atual um sobre o outro porque são um só. O ator, o portador da cultura e dos comportamentos é o espírito. Leocádio José Correia Mensagem psicografada pelo médium Maury Rodrigues da Cruz Em 10 de Maio de 1990 Mensagem extraída do livro “No Cenário da Vida” – Leocádio José Correia – Editado pela SBEE
  • 28. 24 O Caso da Ponte João era casado com Maria e se amavam. Depois de um certo tempo, JOÃO começou a chegar cada vez mais tarde em casa. Maria se sentiu abandonada e procurou PAULO, que morava do outro lado da ponte. Acabaram amantes e Maria voltava para casa sempre antes do marido chegar. Um dia, quando voltava, encontrou um BANDIDO atacando as pessoas que passavam na ponte. Ela correu de volta para casa de PAULO e pediu proteção. Ele respondeu que não tinha nada a ver com isso e que o problema era dela. Ela, então, procurou um AMIGO. Este foi com ela até a ponte, mas se acovardou diante do bandido e não teve coragem de enfrentá-lo. Resolveu procurar um BARQUEIRO, mais para baixo no rio. Este aceitou levá-la por R$ 5,00, mas nenhum dos dois tinha dinheiro. Insistiram, mas o barqueiro foi irredutível. Aí voltaram para a ponte e o bandido matou Maria. Coloque os seis personagens em ordem de culpa, isto é, coloque na linha No.1 o maior responsável pelo que ocorreu e os restantes em ordem decrescente, ficando o número 6 para o menos culpado. Minha Opinião Opinião do Grupo 1. _____________________ 1. _____________________ 2. _____________________ 2. _____________________ 3. _____________________ 3. _____________________ 4. _____________________ 4. _____________________ 5. _____________________ 5. _____________________ 6. _____________________ 6. _____________________ Escreva o nome da maior vítima.______________________________
  • 29. 25 Dinâmica de Grupo - O Caso da Ponte - Instruções para o Coordenador: 1. IMPORTANTE: Leia o Caso da Ponte ANTES de ler as instruções. 2. Organize as pessoas em grupos de 4 pessoas (5 no máximo) 3. Um método simples é o de numerar as pessoas de 1 a 4 e pedir que as pessoas de número 1 se reúnam; a seguir as de número 2 e assim por diante. 4. Peça que leiam com atenção o texto que será distribuído. 5. Após a leitura cada um deve escrever na própria folha os nomes dos culpados por ordem de culpa, do mais culpado para o menos culpado onde o numero 1 é o maior culpado e o numero seis é o menos culpado. Tempo: 5 minutos. 6. Após listar os culpados o pequeno grupo deve escolher uma pessoa para registrar o consenso do pequeno grupo sobre quem são os culpados seguindo a mesma ordem do mais culpado para o menos culpado. Tempo 20 minutos. 7. Neste momento surgirão as discussões e discordâncias e o coordenador poderá ser chamado a dirimir dúvidas. A melhor resposta é que o grupo é soberano e que os dados são apenas os que estão na folha. Uma boa frase para ajudar os participantes a fazerem reflexão sobre a complexidade da interação humana é ... ―imaginem como deve ser difícil chegar a um consenso na Câmara dos Deputados...‖ 8. Ao final do tempo os grupos se reúnem novamente e cada representante de grupo informa o consenso do grupo. As opiniões individuais não vêm mais ao caso, pois foram úteis como ponto de partida para o debate do pequeno grupo. 9. O coordenador registra no quadro ou cavalete os resultados conforme a o plano abaixo os nomes dos culpados pela ordem de consenso de cada grupo: Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 etc... 1. __________ __________ __________ 2. __________ __________ __________ 3. __________ __________ __________ 4. __________ __________ __________ 5. __________ __________ __________ 6. __________ __________ __________ Este exercício tem sido usado nos módulos iniciais e apresenta vários benefícios: 1. Ajuda na integração do grupo devido à interação que gera para construção do consenso. A opinião do grupo tende a ser diferente da opinião de cada pessoa. 2. Permite ampliar a consciência sobre as dificuldades de construir um entendimento quando várias pessoas estão envolvidas. 3. Permite avaliar as dificuldades do processo de julgar a partir de informações insuficientes recebidas de terceiros. Fechamento: Comentários do coordenador 1. O objetivo não é descobrir quem tem razão ou qual grupo acertou. 2. Não é possível julgar uma situação que não vivemos. 3. Como julgar o João ou a Maria, se não conhecemos seus motivos? 4. Na verdade, ao final que cada situação, processo ou vida, todos seremos julgados por alguém que viu tudo. Quem é esse alguém ? É comum os participantes afirmarem que é Deus. A melhor resposta contudo é: seremos julgados por nossa própria consciência. Nós estávamos
  • 30. 26 lá. Nós agimos conscientemente. Quando alcançarmos o que fizemos, nós nos cobraremos e tão logo isso ocorra, o que mais buscaremos é uma nova oportunidade para refazer o caminho. 5. Estas razões fortalecem as convicções porque muitos já vivemos situações de arrependimento e podemos avaliar como é importante o perdão e a oportunidade de refazer o caminho. Compensar o erro cometido. Reencarnar e fazer melhor desta vez. 6. Conclusão: não estamos preparados para julgar o outro. Somente a nós mesmos. 7. Para encerrar é importante perguntar: Quem é a maior vítima? O nome que aparece neste ponto é normalmente o da Maria. Contudo, tão logo alcance as conseqüências do que fez, a maior vítima do remorso será o bandido que matou a Maria violando um dos princípios fundamentais que é a vida. Fora estas sugestões entra o conteúdo já trabalhado pelo grupo no tocante ao livre arbítrio e a lei de causa e efeito e todas as implicações decorrentes. O coordenador pode enriquecer muito esta dinâmica e oferecer idéias sobre melhorias que podem ser incorporadas a estas instruções. Se você tiver sugestões ou perguntas escreva para sbee@sbee.org.br Boa reunião!
  • 31. 27 O Dilema da Vacina Há uma epidemia de gripe que mata em poucos dias não poupando ninguém. Todos os laboratórios foram convocados a produzir a vacina AEPIRG que protege contra a gripe fatal. Descobriu-se que entre as pessoas que já foram vacinadas, algumas adquiriram o vírus e estão morrendo por causa da vacina. Técnicos do Ministério da Saúde defendem que a produção sob suspeita seja suspensa, mas ninguém sabe qual laboratório está produzindo a vacina que mata, ou se todos estão. A falta da vacina pode multiplicar o número de mortos. Você faz parte do controle de qualidade de um dos laboratórios e você e sua equipe estão aqui reunidos para debater o assunto. A pressão é enorme; a produção é insuficiente e pessoas estão morrendo por falta da vacina. Seu laboratório tem um lote da vacina e está encarregado de abastecer sua pequena cidade para a vacinação em massa neste Domingo. Todos terão que ser vacinados, inclusive você e sua família. Você e sua equipe descobriram que a causa do problema está na presença de agentes ―d‖ e ―D‖ que estão no composto de algumas das vacinas produzidas, mas o problema é que não se sabe quando estarão disponíveis os lotes de vacinas sem os agentes que matam. São 19h30min de Sábado. A vacinação iniciará neste Domingo às 07h30min.
  • 32. 28 O Dilema da Vacina (Parte 2) Se você está lendo estas instruções é porque a decisão foi de passar a noite em claro para inspecionar as vacinas. Se o controle de qualidade conseguir detectar todas as vacinas contaminadas pelos agentes ―d‖ e ―D‖ a vacinação será segura; do contrário novas mortes ocorrerão. O pessoal do controle passou a noite verificando os lotes, mas a cada nova inspeção novos agentes ―d‖ e ―D‖ são encontrados. Você tem 15 minutos para liberar ou reter o lote. Antes de liberar informe quantas vacinas contaminadas pelos agentes ―D‖ ou ―d‖ foram encontradas. ANOTE AQUI O RESULTADO DA CONTAGEM INDIVIDUAL _______________________ Nome do(a) inspetor (a): ____________________________________________________ EQUIPES Contagem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
  • 33. 29 Regras para viver no planeta terra 1) Você receberá um corpo. Você poderá adorá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu durante toda uma vida. 2) Você aprenderá lições. Você estará matriculado em tempo integral numa escola informal chamada vida. A cada dia nessa escola, você terá a oportunidade de aprender lições. Você poderá gostar das lições ou achá-las irrelevantes. 3) Não existem erros, apenas lições. Evolução é um processo de tentativas, com erros e acertos chamados experimentação. As ―experiências‖ que falham são tão importantes para o processo quanto as experiências que dão certo. 4) Uma lição é repetida até ser aprendida. Uma lição será apresentada a você de várias formas até que você a tenha aprendido. Quando você aprendê-la poderá passar para a lição seguinte. 5) Aprender lições nunca termina. Não existe parte da vida que não contenha suas lições. Enquanto você estiver vivo, haverão lições para ser aprendidas. 6) ―Lá‖ não é melhor do que ―aqui‖. Quando o seu ―lá‖ se tornar o seu ―aqui‖, você simplesmente obterá outro ―lá‖ que novamente se parecerá melhor do que ―aqui‖. 7) Os outros são meros espelhos de você. Você não poderá gostar ou detestar algo sobre outra pessoa a menos que reflita algo que você goste ou deteste sobre si mesmo. 8) O que você fará de sua vida depende de você. Você tem todos os recursos e ferramentas que necessita. O que você faz com eles depende de você. A escolha é sua. 9) Suas respostas estão dentro de você. As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Tudo que você precisa é olhar, ouvir e confiar. 10) Você esquecerá todas estas regras. Chérie Carter-Scott Traduzido e adaptado do livro ―Chicken Soup for the Soul‖
  • 34. 30 Carta do Chefe Seatle No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a uma tribo indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra reserva. A CARTA DO ÍNDIO é a resposta dada pelo Chefe Seatle a essa proposta. Posteriormente foi distribuída pela ONU em todo o mundo e é considerada um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a respeito do Meio Ambiente. “ Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra ? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los ? Cada pedaço desta terra é sagrada para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra da floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem – todos pertencem à mesma família. Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar a nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhe vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicam a qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
  • 35. 31 Não há lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro – o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também receber seu último suspiro. Se lhe vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados. Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição : o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Isto sabemos : a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos : todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos – e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri- la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos. Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força de Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnada do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. É o final da vida e o começo da sobrevivência.
  • 36. 32 SBEE - Exercício Mediúnico – Módulo 2 (2/2002) Deus 1. Deus Interior 2. Deus como justiça não pune nem castiga ―...não há efeito sem causa.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1) ―...Deus é o fundamento do fundamento...‖ (Antônio Grimm) ―Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1) ―Deus é imutável. Se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1) ―Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 3, Cap. 9) ―É lei da natureza a desigualdade das condições sociais? Não; é obra do homem e não de Deus. Algum dia essa desigualdade desaparecerá? Eternas somente as leis de Deus o são. Não vês que dia a dia ela gradualmente se apaga? Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento. Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro, e isso não depende de posição social.‖ (Livro dos Espíritos – Parte 3, Cap. 9) Questões anteriores: 1) Descreva o ambiente onde está inserido. 2) Qual o seu objetivo de vida? 3) O que você entende por justiça? Responda às questões (para auxiliar na análise, pense em exemplos): 1) O que relaciona um efeito à sua causa? 2) Qual a origem do elo de ligação entre uma causa e seu respectivo efeito? 3) Quais os desdobramentos da afirmação: ―Deus é soberanamente justo e bom.‖ ? (Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1) 4) Por que ―Deus como justiça não pune nem castiga‖?
  • 37. 33 Comentários: O que liga um efeito à sua causa pode ser chamado de lei (ou regra). Sempre que determinadas condições se repetem (causas), manifesta-se o mesmo efeito. Por exemplo: neve, evaporação, gravidade, vento, combustão, etc. O estudo do ambiente tem nos levado a identificar diversos ―efeitos‖. Tudo o que vemos são efeitos, e gradualmente identifica-se também suas causas e a conseqüente relação entre causa e efeito. Feita esta constatação, um próximo passo natural é pensar sobre ―a causa das leis‖, ou de outra forma: - pensar por que a água entre em ebulição quando sua temperatura é elevada a 100°C? (respeitadas outras condições, como a pressão) - por que alguns planetas tem gravidade? - por que existem os elementos químicos, e suas conhecidas (e ainda desconhecidas) associações? O Espiritismo entende Deus como ―a causa primária de todas as coisas‖. Nosso entendimento deste conceito, porém, evolui constantemente segundo estudo individual sobre o mundo (material e espiritual). Ao analisar estes ambientes percebe-se sua complexidade, bem como o equilíbrio potencial oferecido pelas leis que os coordenam. As leis (ou regras) não orientam apenas o ambiente material. Quais princípios básicos estariam apoiando todas essas leis ou regras? - preservação da vida - responsabilidade - liberdade - igualdade Ao avaliar estes princípios identifica-se sua veracidade, coerência e aplicação. Então, é possível questionar: - preservar a vida é um princípio básico da humanidade, e é possível percebê-lo imutável em qualquer época, mesmo que as ações resultantes da sua aplicação sejam diferentes segundo o entendimento que fazemos; - a liberdade é natural de todos os seres em qualquer época ou circunstância; Estes (assim como outros) princípios não se alteram. Sua interpretação porém pode variar segundo quem os aplica. Estes princípios são, portanto, imutáveis? E qual sua origem? Por que existem?
  • 38. 34 DEUS - A evolução de um conceito Deus é um princípio fundamental para a Doutrina Espírita.  Como víamos Deus quando morávamos em cavernas?  Quantos deuses havia?  Deus natureza - Trovão – Vulcão – Ventos – Chuva – Sol  Deuses ganham forma: meio animal, meio humana e depois humana. CRENÇA EGÍPCIA - Anúbis traz Hunefer e pesa seu coração – Não pode pesar mais que uma pena de avestruz - Thot anota o resultado - Sobek a devoradora aguarda o julgamento 1250 AC - Moisés – Monoteísmo - 10 Regras - Contradição entre o ―Não matarás‖ e o ―Olho por olho‖ Moisés (1250 a.C): conjunto de regras a serem obedecidas, aliança, decálogo, monolatria; . Amós (800 a.C.): Deus de justiça . Oséas (600 a.C.): Deus de perdão . Deutero Isaías (400 a.C.): Deus único, o Deus de Israel era o Deus de toda a humanidade . Jesus (6 a.C. – 27 A.D.): Deus de amor, todos são iguais perante Deus . Spinoza: Deus não pessoal, Deus não mais fora do mundo . Os conceitos são abandonados à medida em que deixam de atender às expectativas das pessoas e de seus grupos. CONCEITOS MAIS COERENTES PREVALECEM DEUS DEIXOU DE SER: 1 entre muitos - Deus de um só povo - Deus dos exércitos - Deus que castiga Deus controlador - Deus que governa pelo medo - Deus de uma igreja Deus dogmático - Deus criado pelo homem DEUS NÃO SE RELACIONA AO: Mágico – Místico – Divinal - Sacro - Infinito – Absoluto Não é matéria ou energia, não tem forma definida, não está restrito à uma pessoa, não está no céu. Está nos seres e nas coisas mas não se confunde com elas. Não determina comportamentos, assim não há desobediência ou pecado, não vigia, não fiscaliza, não pune, não aceita oferendas ou promessas, não concede dons ou favores, não intercede, não aceita pedidos, não protege ou age por milagres. DEUS CÓSMICO Abrange todas as coisas, todos os seres, inteligentes ou não, encarnados ou desecarnados Evidente na harmonia e na estruturação inteligente do Universo. É a totalidade. Nossa identidade com o Cosmos é identidade com Deus. Identidade se faz pelo conhecimento,entendimento, sabedoria, consciência. Onipresente pois os seres criam expressando Deus. Onisciente pela consciência de cada um Onipotente, pois age através de suas criaturas ISAAC NEWTON e o cético. O que é Deus para você?
  • 40. 36 Deuses Egípcios Perceba que no prato esquerdo da balança está o coração do desencarnado e no outro há uma pensa de avestruz. Segundo a crença, se o coração estiver pesado, ele será comido pelo deus com forma de jacaré e o ser sofrerá a morte espiritual deixando de existir. É curioso notar que mais de 4000 anos depois, algumas pessoas acreditam que se não forem salvas, correm o mesmo tipo de risco.
  • 41. 37 Deuses Gregos ZEUS – Rei dos deuses e PALAS ATENA deusa da guerra INTI – o deus Sol dos Incas Jaguar – deus Maia do submundo
  • 42. 38 Jesus e a Moral Cristã Jesus, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da humanidade. Para o Espiritismo, esses valores são conceitos fundamentais, sendo a moral cristã o eixo de sua visão de mundo e interpretação da realidade. O Espiritismo entende que o significado de Jesus encontra-se em seu exemplo de vida, fazendo e demonstrando a viabilidade de um padrão de comportamento. Foi a força de seu exemplo que deu significado à sua existência e não a série de mitos, interpretações e dogmas que foram agregados ao entendimento de sua mensagem. Portanto, é fundamental que o espírita possa fazer essas distinções. Para a Doutrina Espírita, Jesus, como todo ser humano, nasceu da união entre um homem e uma mulher e não de uma forma sobrenatural. De origem humilde, não era descendente de Davi e não possuía nenhuma pretensão ao poder temporal. O Espiritismo não recorre à idéia de milagre, que não existe para a Doutrina, para justificar algumas situações da existência de Jesus. Este, ao colocar em prática o seu conhecimento e a sua capacidade mediúnica, foi interpretado, pelo desconhecimento das pessoas ao seu redor, como o realizador de acontecimentos maravilhosos e fantásticos. Para entender Jesus, o Espiritismo não precisa utilizar a idéia de messias, salvador ou cordeiro de Deus. Não é importante como Jesus nasceu ou morreu, mas, sim, como viveu. Seu significado não se encontra nas condições de sua morte — não há necessidade de entendê-la como um sacrifício para salvar a humanidade ou tentar transformá-la em exceção através da idéia de ressurreição. Apesar de sua importância, Jesus não se confunde com Deus. Não é a Sua encarnação. Era filho de Deus como todas as criaturas o são. Deixar de confundir Jesus com Deus permite reconhecer o valor desse espírito que alcançou, pelo exercício de seu conhecimento, a compreensão do amor como lei fundamental do Universo, a que nenhum homem até então havia alcançado. Considerar Jesus como divino é retirar dele uma característica fundamental: a de um ideal possível de ser alcançado, uma referência exeqüível para a humanidade. Jesus, para a Doutrina, é um espírito que tem uma história ao longo da qual foi construindo seu conhecimento, diferenciando-se do nível médio da cultura terrena. Na medida em que vivenciou, em que desenvolveu experiências de vida, foi se fazendo presente, através da força de seu exemplo, da intensidade de sua coerência, da inovação e clareza do conhecimento que alcançou. O significado da síntese que construiu a respeito da existência, do ser humano, da vida, pode ser avaliado em um pequeno resumo de suas idéias:  Deus único é o pai de todos (todos são iguais perante Deus)  Ame a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o espírito, e ame seu próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e todos os profetas estão contidas nela.  Trate todos os homens da mesma forma que você gostaria de ser tratado  Ame seus inimigos e faça o bem àqueles que o odeiam e ore por aqueles que o perseguem e caluniam  Aquele dentre vocês que não tiver errado, que atire a primeira pedra  Eu não digo que deva perdoar ao seu irmão até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes  Reconcilie-se com seu adversário enquanto estiver com ele no caminho
  • 43. 39  Não julgue a fim de que não seja julgado  Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo  O homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela de muitos  Por que vê um cisco no olho de vosso irmão, você que não vê uma trave no seu olho?  Que a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita  Não se acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire, mas sobre o candeeiro a fim de que ela clareie todos aqueles que estão na casa  Não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva ser conhecido  Fora da caridade não há condições de se alcançar um conhecimento maior de si mesmo e da vida.  Bem aventurados os que choram, porque serão consolados; os que tem fome e sede de justiça porque serão saciados; os humildes porque deles é o reino dos céus; aqueles que tem o coração puro porque verão a Deus; aqueles que são brandos porque possuirão a Terra; os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de Deus; aqueles que são misericordiosos porque eles próprios obterão misericórdia Jesus, em sua existência cósmica, é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade, diversidade, alteridade. Seus ensinamentos, seu comportamento e os exemplos de outras pessoas que se identificaram com sua proposta, foram desenhando, construindo, um código, um padrão de referência fundamentado na unidade da humanidade e na igualdade entre os seres, e, em decorrência, no amor ao próximo, na solidariedade, na tolerância, na responsabilidade pessoal, na liberdade de consciência e na moral como defesa, promoção da vida. Jesus é padrão de comportamento aberto para auxiliar as pessoas na construção de seu próprio futuro. Jesus é exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o Universo e com Deus. Copyright: Todos os direitos reservados. A SBEE autoriza a reprodução dos textos para fins não comerciais desde que seja mencionada a fonte"
  • 44. 40 Um Homem Chamado Jesus Que homem foi esse? Não escreveu livros, não pintou quadros famosos, não foi ator de novela, não foi jogador de futebol e mesmo assim não foi esquecido em mais de 2000 anos de história? Não só não foi esquecido, mas acabou por dividir a história do ocidente em a.C e d.C. Durante as reuniões dos grupos de estudos, denominados Grupos de Exercício Mediúnico, e no atendimento à consultas que recebemos pelo e-mail da SBEE, temos nos defrontado com algumas perguntas muito interessantes sobre Jesus. Algumas destas perguntas estão relatadas abaixo juntamente com a resposta que no momento entendemos como a mais coerente. O que sabemos de Jesus? - Sabemos o que lemos e cremos naquilo que encontra sustentação em nossa fé crítica raciocinada. Jesus foi um homem? - Jesus é um espírito evoluído que encarnou como homem. De onde veio Jesus? - Não sabemos, mas pelos seus ensinamentos podemos deduzir ele veio de uma boa escola, já que muitas de suas idéias não eram conhecidas na Terra naquela época. Por quê Jesus veio a Terra? - Baseados na idéia de que quanto mais esclarecido for o espírito, mais livre ele é, podemos concluir que Jesus não veio contra a sua vontade. No mínimo aceitou um convite ou uma missão. Para quê Jesus veio a Terra? - Jesus mesmo declarou: ―eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento e a Lei é amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo‖. Quem foram os pais de Jesus? - A lógica de que Deus não vai contra suas próprias leis nos levam a concluir que seus pais foram um homem e uma mulher. Jesus é Deus? - Jesus chamava Deus de pai e seus contemporâneos de irmãos. Por quê sua mensagem resistiu ao tempo? - Porque Jesus viveu e sofreu as conseqüências das suas convicções. Havia coerência entre seu pensar, seu falar e seu agir. Jesus anunciou o novo e nos deu a conhecer leis e valores maravilhosos como: a continuidade da vida, a reencarnação; o amor a Deus e ao próximo, o perdão e tantos outros conceitos que ainda carecem do entendimento pleno por parte da humanidade. Jesus ressuscitou? - Se ressuscitar é voltar à vida material no mesmo corpo, a resposta é não. Os romanos aplicavam penas capitais muito cruéis aos não romanos. A crucificação, a morte na fogueira e a morte por animais tinham como objetivo dar o exemplo e extinguir a pessoa de modo a não sobrar nada para ser cultuado. Era costume deixar o corpo crucificado ser consumido pelos abutres e cães carniceiros. Assim sendo, podemos entender que por usar o exemplo e a prova como método de ensino, Jesus teve que materializar-se para poder aparecer aos discípulos e provar a continuidade da vida.
  • 45. 41 Jesus realmente existiu? - Mesmo que fosse um mito, alguém teria que ter concebido as idéias superiores que chegam até nós. Quem quer que as tenha concebido é merecedor da nossa admiração e respeito. Há contudo, relatos de escritores não cristãos que sustentam as evidências da existência de Jesus. o Tácito ( 55-120d.C.) escrevendo sobre o incêndio de Roma informa que ―Nero acusa aqueles detestáveis por suas abominações que a multidão chama de cristãos. Esse nome vem de Cristo, que sob o principado de Tibério, foi mandado para o suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Reprimida momentaneamente, essa superstição horrível rebrotou novamente, não apenas na Judéia mas agora dentro de Roma‖ (Anais – cap XV p.54) o Suetônio ( 55-120 d.C.) falando da vida do imperador Cláudio: ―O imperador expulsou de Roma os judeus que viraram causa permanente de desordem pela pregação de Cristo‖ (Vida de Cláudio, cap 25, p.4) o Plínio o Jovem (61-114 d.C.) escrevendo para o Imperador Trajano: ―os cristãos tem o hábito de se reunir em um dia fixo para rezar ao Cristo, que consideram Deus, para cantar e jurar não cometer crime, abstendo-se de roubo, assassinato, adultério e infidelidade‖. (Carta a Trajano, cap. X, pg 96) Fonte: Revista Superinteressante, abril de 1996, pg 51. Onde Jesus nasceu? - Tudo indica que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém. Quando Jesus nasceu? - Jesus nasceu em torno do ano 3.790 do calendário judaico. Devido a um erro do abade Dionísio o Exíguo. Este abade ficou encarregado do recálculo do calendário devido a adoção do calendário gregoriano estabelecido pelo papa Gregório em 1582. Segundo ele Jesus deve ter nascido em torno do ano 6 a. C. da nossa era. Os registros históricos mostram que Quirino que fez o famoso censo, só assumiu em 6 d.C. ou seja, 12 anos depois do nascimento de Jesus. Em que dia Jesus nasceu? - Ninguém sabe. A comemoração do nascimento de Jesus em 25 de dezembro, só foi instituída em 525 d.C. e seu objetivo era coincidir com as festas pagãs de modo a substituí-las. Somente após 1582 adotou-se a idéia de a.C. e d.C. Jesus tinha irmãos? - O texto original em grego usa a palavra adelphos que significa literalmente irmãos quando se refere aos irmãos de Jesus. Mateus nomeia Tiago, José, Simão, Judas e menciona suas irmãs sem nominá-las. Há quem afirme que uma de suas irmãs se chamava Miriam. Qual a mensagem de Jesus? - Sua mensagem era forte, complexa, intensa e extensa. Era, sobretudo nova; tão nova que sua compreensão e aplicação ainda estão em nosso futuro. Jesus trouxe mensagens revolucionárias para o momento em que viveu e desafiadoras para a nossa capacidade de mudança. Idéias como todos somos iguais perante o pai; nossa relação com o pai é de amor e não de medo; é necessário perdoar os inimigos ainda estão para ser incorporadas em nossos hábitos diários. Jesus morreu? - Desencarnou, pois fazia uso de um corpo material como o de qualquer ser humano. Jesus morreu para nos salvar? - Não, em uma época em que era costume sacrificar animais para conseguir a purificação, usou-se o assassinato de Jesus como uma figura de linguagem para passar a idéia que seu sacrifício
  • 46. 42 garantiria o resgate das culpas que cada pessoa sentia. A salvação que Jesus propunha era a salvação da falta de auto-conhecimento, do ódio, do egoísmo e da ignorância. Conhecereis a verdade e esta os libertará dizia Jesus. Como Jesus ensinava? - Jesus aproveitava cada oportunidade para transformar em uma lição. Os samaritanos por exemplo eram perseguidos por sua dissidência religiosa. Era uma falta grave para um judeu falar com um samaritano. A situação ficava pior ainda se a conversa fosse uma mulher que era considerada uma pessoa de menos valor. Veja a seguir o famoso diálogo com uma Samaritana que ele encontra em um poço na Samaria; - Dá-me de beber, disse Jesus - Como sendo tu judeu me pedes de beber a mim que sou mulher samaritana? - Se tu conhecesses quem é que te diz dá-me de beber, tu lhe pedirias, e Ele te daria água viva. - Senhor! Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó que nos deu o poço, dele bebendo, ele próprio, seus filhos e o seu gado? - Qualquer um que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que eu lhe der fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. - Dá-me dessa água para que não mais tenha sede, e aqui não venha tirá-la. (Note que a mulher samaritana fica presa ao sentido material da mensagem sem alcançar seu verdadeiro sentido espiritual) - Vai chamar teu marido e vem cá. - Não tenho marido... - Disseste bem: pois que cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido. - Vejo que és profeta! ( neste ponto ela percebe o valor e passa a procurar a verdade) - Nossos pais adoraram neste monte e vós judeus dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. - Mulher acredita-me, a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. A hora vem em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. - Eu sei que o Messias vem e quando vier nos anunciará tudo. - Eu o sou, eu que falo contigo! Quantos de nós percebe o significado das mensagens de Jesus que estão aí aguardando a compreensão e a prática? Jesus irá voltar? - Se Jesus voltasse provavelmente não seria reconhecido. Além disso, teria sentido um professor ensinar redação para quem ainda não aprendeu a ler e a escrever? Quando virá o consolador prometido por Jesus? - Assim como os Judeus ainda esperam o Messias que já veio, alguns de nós, aguardam o consolador que já se encontra entre nós. Em nossa interpretação o consolador não é nada mais que o entendimento do significado da mensagem de Jesus; o conhecimento do significado da vida como oportunidade de evolução. Cabe a cada um de nós trabalhar na construção da ampliação da nossa consciência e da consciência daqueles com quem convivemos. Porque os escritores da época florearam a história de Jesus? - O estudioso Jaldemir Vitório do Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus em Belo Horizonte explica que o texto bíblico segue o gênero literário conhecido como misdrah . Basicamente, o misdrah é uma forma de contar a história da vida de alguém usando como pano de