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Imigração Portuguesa
Portugal foi durante séculos um pais onde a maior parte da sua população se viu forçada a emigrar para poder sobreviver, o que ainda continua a acontecer. A história de cada uma das inúmeras comunidades portuguesas espalhadas por todo o mundo espelham esta dura realidade. Nos vinte últimos anos, Portugal tornou-se também num destino para muito imigrantes.  PORTUGAL COMO DESTINO
As primeiras vagas destes imigrantes, provenientes das antigas colónias portuguesas, chegaram no inicio dos anos 70. Tratou-se de uma imigração  promovida pelo próprio estado português, para compensar as faltas de mão-de-obra em resultado da emigração. Após o 25 de Abril o número destes imigrantes foi aumentando, sobretudo na década de oitenta quando se tornaram num dos alvos das redes de trabalho ilegal, nomeadamente para abastecerem à construção civil.   Imigrantes africanos
A principal comunidade é a cabo verdeana, cujo crescimento não tem parado de aumentar. Em 1980 residiam em Portugal 21.022 cabo verdeanos, em 2000 eram cerca de 47.200  atingindo em 2003 os 69 mil imigrantes legalizados. O total de imigrantes africanos, com a situação legalizada, ascendia em finais de 2002 a mais de 120 mil pessoas, na sua maior parte provenientes dos PALOP´s (116 mil). Imigrantes africanos
A maioria dos imigrantes africanos de religião muçulmana que chegam a Portugal, continuam a ser provenientes da Guiné-Bissau. Contudo, nos últimos anos subiu o número dos que chegam de Marrocos. Portugal tornou-se num destino cada vez mais procurado pelos marroquinos devido às crescentes dificuldades para arranjarem emprego em Espanha.  Imigrantes de África
No conjunto dos povos muçulmanos os marroquinos são, de longe aqueles que mais procuram Portugal. Nos últimos dois anos, foram concedidas 1348 autorizações de permanência a marroquinos, seguindo-se os egípcios, com 654, os argelinos (138) e os tunisinos (136). As restantes nacionalidades não têm praticamente qualquer expressão. (Dados de Fevereiro de 2003). Imigrantes de África
No final da década de oitenta, aumentou o fluxo de imigrantes brasileiros, que usufruindo do regime de isenção de vistos para a sua entrada (como turistas). Dedicaram-se sobretudo a actividades no âmbito da  restauração, construção civil e comércio. Importantes redes clandestinas alimentam o mercado da prostituição, não apenas para Portugal, mas para toda a Europa.  Imigrantes Brasileiros
Imigrantes Brasileiros Nos anos oitenta o número destes imigrantes foi igualmente notório em actividades qualificadas, como a medicina dentária. Os imigrantes brasileiros estão actualmente espalhados por todo o país, incluindo em pequenas aldeias de província, embora a sua principal concentração seja na região da grande Lisboa. Residentes estrangeiros provenientes do Brasil:48.691 (dados de 18/2/2002). O número real de brasileiros a residir em Portugal, em meados de 2004, calculava-se que fosse superior a 100 mil pessoas.
A última vaga, em finais dos anos noventa, provém dos países da Europa de Leste, com destaque para a Ucrânia, Moldávia, Rússia e Roménia. Esta imigração deveu-se sobretudo ao facto dos países do norte da Europa terem nos últimos anos fechado as suas fronteiras. Os países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, onde se regista um grande desenvolvimento económico revelam crescentes carências de mão-de-obra.  Imigrantes do Leste
Redes de trabalho clandestinas alimentam o sector da construção civil em franca expansão. Muitos destes imigrantes esperam também encontrar em Portugal ou em Espanha, uma porta de entrada para outros países europeus, sobretudo depois de ter sido estabelecido o espaço Schengen (1998). Imigrantes do Leste
Estamos perante um  tipo de imigração com um elevado grau de instrução, muito superior à média portuguesa, mas que devido às dificuldades linguísticas foi inserida na construção civil, trabalhos limpeza e mais recentemente na agricultura, em trabalhos indiferenciados. É frequente assistir-se em Portugal, a quadros altamente qualificados provenientes do leste europeu, a desempenharem trabalhos indiferenciados na construção civil, limpeza, agricultura, etc.  Imigrantes do Leste
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  • 2. Portugal foi durante séculos um pais onde a maior parte da sua população se viu forçada a emigrar para poder sobreviver, o que ainda continua a acontecer. A história de cada uma das inúmeras comunidades portuguesas espalhadas por todo o mundo espelham esta dura realidade. Nos vinte últimos anos, Portugal tornou-se também num destino para muito imigrantes.  PORTUGAL COMO DESTINO
  • 3. As primeiras vagas destes imigrantes, provenientes das antigas colónias portuguesas, chegaram no inicio dos anos 70. Tratou-se de uma imigração  promovida pelo próprio estado português, para compensar as faltas de mão-de-obra em resultado da emigração. Após o 25 de Abril o número destes imigrantes foi aumentando, sobretudo na década de oitenta quando se tornaram num dos alvos das redes de trabalho ilegal, nomeadamente para abastecerem à construção civil.   Imigrantes africanos
  • 4. A principal comunidade é a cabo verdeana, cujo crescimento não tem parado de aumentar. Em 1980 residiam em Portugal 21.022 cabo verdeanos, em 2000 eram cerca de 47.200  atingindo em 2003 os 69 mil imigrantes legalizados. O total de imigrantes africanos, com a situação legalizada, ascendia em finais de 2002 a mais de 120 mil pessoas, na sua maior parte provenientes dos PALOP´s (116 mil). Imigrantes africanos
  • 5. A maioria dos imigrantes africanos de religião muçulmana que chegam a Portugal, continuam a ser provenientes da Guiné-Bissau. Contudo, nos últimos anos subiu o número dos que chegam de Marrocos. Portugal tornou-se num destino cada vez mais procurado pelos marroquinos devido às crescentes dificuldades para arranjarem emprego em Espanha. Imigrantes de África
  • 6. No conjunto dos povos muçulmanos os marroquinos são, de longe aqueles que mais procuram Portugal. Nos últimos dois anos, foram concedidas 1348 autorizações de permanência a marroquinos, seguindo-se os egípcios, com 654, os argelinos (138) e os tunisinos (136). As restantes nacionalidades não têm praticamente qualquer expressão. (Dados de Fevereiro de 2003). Imigrantes de África
  • 7. No final da década de oitenta, aumentou o fluxo de imigrantes brasileiros, que usufruindo do regime de isenção de vistos para a sua entrada (como turistas). Dedicaram-se sobretudo a actividades no âmbito da  restauração, construção civil e comércio. Importantes redes clandestinas alimentam o mercado da prostituição, não apenas para Portugal, mas para toda a Europa. Imigrantes Brasileiros
  • 8. Imigrantes Brasileiros Nos anos oitenta o número destes imigrantes foi igualmente notório em actividades qualificadas, como a medicina dentária. Os imigrantes brasileiros estão actualmente espalhados por todo o país, incluindo em pequenas aldeias de província, embora a sua principal concentração seja na região da grande Lisboa. Residentes estrangeiros provenientes do Brasil:48.691 (dados de 18/2/2002). O número real de brasileiros a residir em Portugal, em meados de 2004, calculava-se que fosse superior a 100 mil pessoas.
  • 9. A última vaga, em finais dos anos noventa, provém dos países da Europa de Leste, com destaque para a Ucrânia, Moldávia, Rússia e Roménia. Esta imigração deveu-se sobretudo ao facto dos países do norte da Europa terem nos últimos anos fechado as suas fronteiras. Os países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, onde se regista um grande desenvolvimento económico revelam crescentes carências de mão-de-obra. Imigrantes do Leste
  • 10. Redes de trabalho clandestinas alimentam o sector da construção civil em franca expansão. Muitos destes imigrantes esperam também encontrar em Portugal ou em Espanha, uma porta de entrada para outros países europeus, sobretudo depois de ter sido estabelecido o espaço Schengen (1998). Imigrantes do Leste
  • 11. Estamos perante um  tipo de imigração com um elevado grau de instrução, muito superior à média portuguesa, mas que devido às dificuldades linguísticas foi inserida na construção civil, trabalhos limpeza e mais recentemente na agricultura, em trabalhos indiferenciados. É frequente assistir-se em Portugal, a quadros altamente qualificados provenientes do leste europeu, a desempenharem trabalhos indiferenciados na construção civil, limpeza, agricultura, etc.  Imigrantes do Leste