SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
Samanta Lacerda Simões
Recalcitrância
 Sementes não sofrem secagem drástica durante a
maturação e são sensíveis a injúrias durante a dessecação
(Roberts, 1973).
Sementes incapazes de sobreviver ao armazenamento em
ambientes relativamente secos (Roberts,1973).
-- Tolerância a baixas temperaturas-- Tolerância a baixas temperaturas
Tolerância as temperaturas baixas
O alto teor de umidade das sementes recalcitrantes, implica na intolerância
a temperaturas sub-zero.
A formação de gelo rompe as estruturas celulares, causando a morte da
semente.
Sementes recalcitrantes podem ser conservadas sob temperaturas baixas,
desde que seja evitado o congelamento.
Distinguem se dois grupos de sementes:
 Recalcitrantes de zonas temperadas
 toleram em torno de 0°C
 Recalcitrantes tropicais
 toleram 10-15°C
3
Características
HABITAT: plantas ocorrem em habitats que permitem o
rápido estabelecimento das plantas.
 É muito comum em espécies arbóreas.
Morfologia da sementeMorfologia da semente
• sementes graúdas, com embriões pequenos;
• secagem menos drástica durante a maturação;
• ausência de repouso pós-maturidade sob condições
naturais.
Exemplos
cacaucacau
seringueiraseringueira
guaranáguaraná
ipêipê mangamanga
A característica mais importante destas sementes é que
são sensíveis ao dessecamento.
Estas sementes não passam, no
final da maturação na planta mãe,
por uma fase de dessecamento
natural.
Tolerância à dessecação
SECASECA
Qualquer nível de disponibilidade de água suficientemente
baixo para afetar negativamente o desempenho de plantas.
E as sementes recalcitrantes?E as sementes recalcitrantes?
As recalcitrantes são todas iguais ?
8
Berjak & Pammenter 2000. RBS.12: (ed.especial) 22-55.
Ortodoxa Recalcitrante
Pouco recalcitrante Muito recalcitrante
Provavelmente existe um contínuo no aumento da sensibilidade ao
dessecamento das sementes das > 250.000 espécies de angiospermas
NÃO !!
Tolerância à dessecação (grau de umidade)
Grau de umidade crítico: limite até o qual os tecidos
podem ser desidratados sem a ocorrência de danos
irreparáveis.
crítico : 25% a 70%
Grau de umidade em equilíbrio
Entre 20% e 35% (equilíbrio com 90% U.R do ar
Morte da planta
Tolerância à dessecação (grau de umidade)
Grau de umidade crítico: limite até o qual os tecidos
podem ser desidratados sem a ocorrência de danos
irreparáveis.
crítico : 25% a 70%
Grau de umidade em equilíbrio
Entre 20% e 35% (equilíbrio com 90% U.R do ar
Morte da planta

Contenu connexe

Tendances

Desenvolvimento das plantas
Desenvolvimento das plantasDesenvolvimento das plantas
Desenvolvimento das plantas
Joseanny Pereira
 
Adubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e FoliarAdubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e Foliar
Geagra UFG
 
Apostila fruticultura
Apostila fruticulturaApostila fruticultura
Apostila fruticultura
Rogger Wins
 
Apostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferasApostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferas
Lenildo Araujo
 
Unidade 04 germinação das sementes
Unidade 04 germinação das sementesUnidade 04 germinação das sementes
Unidade 04 germinação das sementes
Bruno Rodrigues
 
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesUnidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Bruno Rodrigues
 

Tendances (20)

Fenologia e Fisiologia da soja
Fenologia e Fisiologia da sojaFenologia e Fisiologia da soja
Fenologia e Fisiologia da soja
 
Desenvolvimento das plantas
Desenvolvimento das plantasDesenvolvimento das plantas
Desenvolvimento das plantas
 
Adubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e FoliarAdubação de Cobertura e Foliar
Adubação de Cobertura e Foliar
 
3.2 producao demudasporviaassexuada
3.2 producao demudasporviaassexuada3.2 producao demudasporviaassexuada
3.2 producao demudasporviaassexuada
 
Técnicas de Propagação Vegetativa
Técnicas de Propagação Vegetativa Técnicas de Propagação Vegetativa
Técnicas de Propagação Vegetativa
 
Apresentação Culturas Anuais Caxias - MA, MILHO, ARROZ, FEIJÃO E MANDIOCA
Apresentação Culturas Anuais Caxias - MA, MILHO, ARROZ, FEIJÃO E MANDIOCAApresentação Culturas Anuais Caxias - MA, MILHO, ARROZ, FEIJÃO E MANDIOCA
Apresentação Culturas Anuais Caxias - MA, MILHO, ARROZ, FEIJÃO E MANDIOCA
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJAINTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
 
Apostila fruticultura
Apostila fruticulturaApostila fruticultura
Apostila fruticultura
 
Apostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferasApostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferas
 
Plantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controlePlantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controle
 
Unidade 04 germinação das sementes
Unidade 04 germinação das sementesUnidade 04 germinação das sementes
Unidade 04 germinação das sementes
 
Estresses ambientais em vegetais
Estresses ambientais em vegetaisEstresses ambientais em vegetais
Estresses ambientais em vegetais
 
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementesUnidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
Unidade 02 formação e desenvolvimento das sementes
 
Seminario beneficiamento de sementes
Seminario beneficiamento de sementesSeminario beneficiamento de sementes
Seminario beneficiamento de sementes
 
Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do Arroz
Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do ArrozManejo de Plantas Daninhas na Cultura do Arroz
Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do Arroz
 
Grupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
Grupo de Maturação e Posicionamento de CultivaresGrupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
Grupo de Maturação e Posicionamento de Cultivares
 
Origem e importância econômica e classificação botânica do Feijão
Origem e importância econômica e classificação botânica do FeijãoOrigem e importância econômica e classificação botânica do Feijão
Origem e importância econômica e classificação botânica do Feijão
 
Identificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhasIdentificação de plantas daninhas
Identificação de plantas daninhas
 
Manejo Integrado de Pragas no Arroz
Manejo Integrado de Pragas no ArrozManejo Integrado de Pragas no Arroz
Manejo Integrado de Pragas no Arroz
 

En vedette

01 propagação vegetativa altorodes
01 propagação vegetativa altorodes01 propagação vegetativa altorodes
01 propagação vegetativa altorodes
genarui
 
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementesUnidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
Bruno Rodrigues
 
Frutos e sementes
Frutos e sementesFrutos e sementes
Frutos e sementes
UERGS
 

En vedette (17)

Germinação
GerminaçãoGerminação
Germinação
 
Insa avalia potencial de água de reuso para recuperação de área degradada e p...
Insa avalia potencial de água de reuso para recuperação de área degradada e p...Insa avalia potencial de água de reuso para recuperação de área degradada e p...
Insa avalia potencial de água de reuso para recuperação de área degradada e p...
 
Resistência de plantas a insetos
Resistência de plantas a insetosResistência de plantas a insetos
Resistência de plantas a insetos
 
Curso de Recuperação de Áreas Degradadas
Curso de Recuperação de Áreas DegradadasCurso de Recuperação de Áreas Degradadas
Curso de Recuperação de Áreas Degradadas
 
Aula1. introdução e importância das sementes
Aula1. introdução e  importância das sementesAula1. introdução e  importância das sementes
Aula1. introdução e importância das sementes
 
01 propagação vegetativa altorodes
01 propagação vegetativa altorodes01 propagação vegetativa altorodes
01 propagação vegetativa altorodes
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhas
 
Fungos e evasao
Fungos e evasaoFungos e evasao
Fungos e evasao
 
As Plantas
As PlantasAs Plantas
As Plantas
 
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementesUnidade 03 composição química e maturação das sementes
Unidade 03 composição química e maturação das sementes
 
Plantas comestiveis
Plantas comestiveisPlantas comestiveis
Plantas comestiveis
 
Semente e germinação
Semente e germinaçãoSemente e germinação
Semente e germinação
 
Sementes - Morfologia Vegetal
Sementes - Morfologia VegetalSementes - Morfologia Vegetal
Sementes - Morfologia Vegetal
 
AMELOGENESIS Y CEMENTOGENESIS
AMELOGENESIS Y CEMENTOGENESISAMELOGENESIS Y CEMENTOGENESIS
AMELOGENESIS Y CEMENTOGENESIS
 
Esmalte y amelogénesis
Esmalte y amelogénesisEsmalte y amelogénesis
Esmalte y amelogénesis
 
Frutos e sementes
Frutos e sementesFrutos e sementes
Frutos e sementes
 
Grupo 2sementes ppt
Grupo 2sementes  pptGrupo 2sementes  ppt
Grupo 2sementes ppt
 

Similaire à Sementes recalcitrantes

Cultivo asteraceae julio
Cultivo asteraceae julioCultivo asteraceae julio
Cultivo asteraceae julio
Flavio Alves
 

Similaire à Sementes recalcitrantes (20)

Cultura do tomate alexandre garcia santaella
Cultura do tomate   alexandre garcia santaellaCultura do tomate   alexandre garcia santaella
Cultura do tomate alexandre garcia santaella
 
Banana- Clima e Solo .pptx
Banana- Clima e Solo .pptxBanana- Clima e Solo .pptx
Banana- Clima e Solo .pptx
 
Substratos para orquídeas
Substratos para orquídeasSubstratos para orquídeas
Substratos para orquídeas
 
Cultivo asteraceae julio
Cultivo asteraceae julioCultivo asteraceae julio
Cultivo asteraceae julio
 
Apresentação abacaxi
Apresentação abacaxiApresentação abacaxi
Apresentação abacaxi
 
Cultivo de morangos
Cultivo de morangosCultivo de morangos
Cultivo de morangos
 
Coberto Vegetal Semeado numa vinha
Coberto Vegetal Semeado numa vinhaCoberto Vegetal Semeado numa vinha
Coberto Vegetal Semeado numa vinha
 
Cultura da melancia
Cultura da melanciaCultura da melancia
Cultura da melancia
 
PLANTAS AMAZONICAS.ppt
PLANTAS AMAZONICAS.pptPLANTAS AMAZONICAS.ppt
PLANTAS AMAZONICAS.ppt
 
Cultivo de mandioca macaxeira
Cultivo de mandioca macaxeiraCultivo de mandioca macaxeira
Cultivo de mandioca macaxeira
 
Cana de-açucar
Cana de-açucarCana de-açucar
Cana de-açucar
 
Viveiricultura
Viveiricultura Viveiricultura
Viveiricultura
 
Cultura do arroz
Cultura do arrozCultura do arroz
Cultura do arroz
 
Implantação de um pomar
Implantação de um pomarImplantação de um pomar
Implantação de um pomar
 
Araucária angustifolia
Araucária angustifoliaAraucária angustifolia
Araucária angustifolia
 
Guia de campo de orquídeas
Guia de campo de orquídeasGuia de campo de orquídeas
Guia de campo de orquídeas
 
Fenações e silagens de materiais.pdf
Fenações e silagens de materiais.pdfFenações e silagens de materiais.pdf
Fenações e silagens de materiais.pdf
 
Plantas carnívoras
Plantas carnívorasPlantas carnívoras
Plantas carnívoras
 
Factores Abióticos - Água
Factores Abióticos - ÁguaFactores Abióticos - Água
Factores Abióticos - Água
 
Livro De Receitas Cocina Arroz
Livro De Receitas Cocina ArrozLivro De Receitas Cocina Arroz
Livro De Receitas Cocina Arroz
 

Sementes recalcitrantes

  • 2. Recalcitrância  Sementes não sofrem secagem drástica durante a maturação e são sensíveis a injúrias durante a dessecação (Roberts, 1973). Sementes incapazes de sobreviver ao armazenamento em ambientes relativamente secos (Roberts,1973). -- Tolerância a baixas temperaturas-- Tolerância a baixas temperaturas
  • 3. Tolerância as temperaturas baixas O alto teor de umidade das sementes recalcitrantes, implica na intolerância a temperaturas sub-zero. A formação de gelo rompe as estruturas celulares, causando a morte da semente. Sementes recalcitrantes podem ser conservadas sob temperaturas baixas, desde que seja evitado o congelamento. Distinguem se dois grupos de sementes:  Recalcitrantes de zonas temperadas  toleram em torno de 0°C  Recalcitrantes tropicais  toleram 10-15°C 3
  • 4. Características HABITAT: plantas ocorrem em habitats que permitem o rápido estabelecimento das plantas.  É muito comum em espécies arbóreas. Morfologia da sementeMorfologia da semente • sementes graúdas, com embriões pequenos; • secagem menos drástica durante a maturação; • ausência de repouso pós-maturidade sob condições naturais.
  • 6. A característica mais importante destas sementes é que são sensíveis ao dessecamento. Estas sementes não passam, no final da maturação na planta mãe, por uma fase de dessecamento natural.
  • 7. Tolerância à dessecação SECASECA Qualquer nível de disponibilidade de água suficientemente baixo para afetar negativamente o desempenho de plantas. E as sementes recalcitrantes?E as sementes recalcitrantes?
  • 8. As recalcitrantes são todas iguais ? 8 Berjak & Pammenter 2000. RBS.12: (ed.especial) 22-55. Ortodoxa Recalcitrante Pouco recalcitrante Muito recalcitrante Provavelmente existe um contínuo no aumento da sensibilidade ao dessecamento das sementes das > 250.000 espécies de angiospermas NÃO !!
  • 9. Tolerância à dessecação (grau de umidade) Grau de umidade crítico: limite até o qual os tecidos podem ser desidratados sem a ocorrência de danos irreparáveis. crítico : 25% a 70% Grau de umidade em equilíbrio Entre 20% e 35% (equilíbrio com 90% U.R do ar Morte da planta
  • 10. Tolerância à dessecação (grau de umidade) Grau de umidade crítico: limite até o qual os tecidos podem ser desidratados sem a ocorrência de danos irreparáveis. crítico : 25% a 70% Grau de umidade em equilíbrio Entre 20% e 35% (equilíbrio com 90% U.R do ar Morte da planta