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Capítulo 6 - quadro de 
referência epistemológica 
Profa. Sandra Pereira
Delineamento da Pesquisa 
 quando tentamos conceituar o processo de 
pesquisa, quase sempre o definimos como 
aquele cercado de ritos especiais, cujo acesso é 
particular a poucos iluminados. Fazem parte 
desses ritos certa trajetória acadêmica, domínio 
de sofisticadas técnicas de investigação, de 
exame estatístico e desenvoltura informática... É 
certo que esses aspectos são importantes, mas 
não são as únicas coisas que contam.
 A pesquisa é a parte intrínseca do processo de 
apreensão/construção do conhecimento e, por 
isso, é necessária a adoção de uma atitude 
investigativa. compreendida como instituinte 
desses processos, devemos perceber a prática 
científica, a partir de uma multiplicidade de 
horizontes (embora seja comum prendê-la à sua 
construção empírica, experimental).
O POSITIVISMO 
 A palavra epistemologia (do grego episteme, 
ciência, conhecimento; + logos, razão, 
discurso) é um ramo da filosofia que estuda a 
origem, a estrutura, os métodos e a validade do 
conhecimento (daí ser também designada de 
filosofia do conhecimento). Conforme o dicionário 
Houaiss (2008, s.p.), a palavra significa “estudo 
dos postulados, conclusões e métodos dos 
diferentes ramos do saber científico, ou das 
teorias e práticas em geral”.
 O Positivismo, corrente inaugurada por Augusto 
Comte (1798-1857), representa umas das bases 
do Iluminismo, das crises social e moral do fim da 
Idade Média e, também, do nascimento da 
sociedade industrial. Entretanto, não podemos 
deixar de mencionar o neopositivismo (também 
conhecido como positivismo lógico), instaurado 
pelo Círculo de Viena, que teve como um de seus 
membros mais proeminentes Rudolf Carnap 
(1891-1970), na qual traz muitas contribuições 
para o que vamos conhecer como perspectiva 
positivista da ciência.
Neopositivismo 
 a realidade é formada por partes isoladas e o 
mundo se configura como um “amontoado de 
coisas separadas, fixas” (TRIVIÑOS, 1987, p. 
36); 
 é inaceitável outra realidade que não sejam 
os fatos que possam ser observados;
 as causas dos fenômenos não devem ser objeto 
de interesse da ciência. À ciência cabe descobrir 
como se produzem as relações entre os fatos, 
buscando suprimir qualquer subjetividade nesta 
descoberta (princípio da objetividade 
científica); 
 não interessa, também à ciência, conhecer a 
consequência de suas “descobertas”. 
Triviños (1987) comenta que este propósito 
engendrou o que ficou conhecido como 
neutralidade da ciência. A partir dessa 
compreensão, o papel do cientista é exprimir 
a realidade, não julgá-la.
 foi o neopositivismo que formulou o princípio da 
verificação, a partir do qual, considera-se 
como verdadeiro aquilo que é empiricamente 
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A FENOMENOLOGIA 
 A Fenomenologia representa uma tendência do 
idealismo filosófico e traz, como um dos 
conceitos fundamentais, a intencionalidade: A 
psique está sempre dirigida para algo, “é 
intencional”, diria Husserl, seu precursor e um de 
seus maiores expoentes. Como esta 
intencionalidade é, inexoravelmente, da 
consciência em direção a um objeto, conclui-se 
que não existe objeto sem o sujeito e, por 
conseguinte, não existe a objetividade destacada 
da subjetividade, tal e qual assinalava a 
perspectiva positivista da 
ciência.
 A Fenomenologia husserliana nasce da tentativa 
de fazer da filosofia uma ciência rigorosa e, 
sendo assim, deveria ter como tarefa o 
estabelecimento de categorias puras do 
pensamento científico. Tratase, portanto, da 
“ambição de uma filosofia que pretende ser uma 
ciência exata” (TRIVIÑOS, 1987, p.43). Mais 
tarde voltou-se para a investigação do “mundo 
vivido”.
 Como abordagem epistemológica para a 
produção da ciência e do conhecimento, não 
pretende explicar, nem analisar fatos, mas, antes 
de qualquer coisa, descrever os fenômenos. É 
uma abordagem que exalta a interpretação. 
Como método, deve seguir dois passo: um é a 
questionalidade do conhecimento; o futuro é a 
redução fenomenológica.
O MARXISMO 
 A perspectiva marxista figura como uma 
tendência do materialismo filosófico e tem como 
base filosófica o materialismo dialético. Este 
último tenta buscar explicações racionais, lógicas 
e coerentes para os fenômenos da natureza, da 
sociedade e do pensamento, a partir de uma 
concepção científica da realidade enriquecida 
pela prática social. Ter ressaltado a prática social 
(portanto, histórica) como critério de verdade é, 
sem sombra de dúvida, uma de suas ideias mais 
originais, porque criou um forte argumento para 
compreender que as verdades científicas 
significam graus de conhecimento limitados pela 
história.
 de forma geral, podemos dizer que a concepção 
materialista de ciência está pautada em três 
aspectos: 
1. o primeiro deles diz respeito à materialidade 
do mundo, isto é, a compreensão de que 
todos os fenômenos, objetos e processos são 
materiais;2 
2. 2. o segundo assinala que a matéria é 
anterior à consciência, ou seja, o que existe 
objetivamente é a matéria e a consciência é 
apenas um reflexo desta; 
3. 3. o terceiro aspecto refere-se à afirmação 
de que o mundo é conhecível e o homem 
realiza este conhecimento de forma gradativa.
 Alguns pesquisadores compreendem que o 
materialismo é a perspectiva epistemológica mais 
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Tópicos capítulo 6

  • 1. Capítulo 6 - quadro de referência epistemológica Profa. Sandra Pereira
  • 2. Delineamento da Pesquisa  quando tentamos conceituar o processo de pesquisa, quase sempre o definimos como aquele cercado de ritos especiais, cujo acesso é particular a poucos iluminados. Fazem parte desses ritos certa trajetória acadêmica, domínio de sofisticadas técnicas de investigação, de exame estatístico e desenvoltura informática... É certo que esses aspectos são importantes, mas não são as únicas coisas que contam.
  • 3.  A pesquisa é a parte intrínseca do processo de apreensão/construção do conhecimento e, por isso, é necessária a adoção de uma atitude investigativa. compreendida como instituinte desses processos, devemos perceber a prática científica, a partir de uma multiplicidade de horizontes (embora seja comum prendê-la à sua construção empírica, experimental).
  • 4. O POSITIVISMO  A palavra epistemologia (do grego episteme, ciência, conhecimento; + logos, razão, discurso) é um ramo da filosofia que estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento (daí ser também designada de filosofia do conhecimento). Conforme o dicionário Houaiss (2008, s.p.), a palavra significa “estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e práticas em geral”.
  • 5.  O Positivismo, corrente inaugurada por Augusto Comte (1798-1857), representa umas das bases do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e, também, do nascimento da sociedade industrial. Entretanto, não podemos deixar de mencionar o neopositivismo (também conhecido como positivismo lógico), instaurado pelo Círculo de Viena, que teve como um de seus membros mais proeminentes Rudolf Carnap (1891-1970), na qual traz muitas contribuições para o que vamos conhecer como perspectiva positivista da ciência.
  • 6. Neopositivismo  a realidade é formada por partes isoladas e o mundo se configura como um “amontoado de coisas separadas, fixas” (TRIVIÑOS, 1987, p. 36);  é inaceitável outra realidade que não sejam os fatos que possam ser observados;
  • 7.  as causas dos fenômenos não devem ser objeto de interesse da ciência. À ciência cabe descobrir como se produzem as relações entre os fatos, buscando suprimir qualquer subjetividade nesta descoberta (princípio da objetividade científica);  não interessa, também à ciência, conhecer a consequência de suas “descobertas”. Triviños (1987) comenta que este propósito engendrou o que ficou conhecido como neutralidade da ciência. A partir dessa compreensão, o papel do cientista é exprimir a realidade, não julgá-la.
  • 8.  foi o neopositivismo que formulou o princípio da verificação, a partir do qual, considera-se como verdadeiro aquilo que é empiricamente verificado
  • 9. A FENOMENOLOGIA  A Fenomenologia representa uma tendência do idealismo filosófico e traz, como um dos conceitos fundamentais, a intencionalidade: A psique está sempre dirigida para algo, “é intencional”, diria Husserl, seu precursor e um de seus maiores expoentes. Como esta intencionalidade é, inexoravelmente, da consciência em direção a um objeto, conclui-se que não existe objeto sem o sujeito e, por conseguinte, não existe a objetividade destacada da subjetividade, tal e qual assinalava a perspectiva positivista da ciência.
  • 10.  A Fenomenologia husserliana nasce da tentativa de fazer da filosofia uma ciência rigorosa e, sendo assim, deveria ter como tarefa o estabelecimento de categorias puras do pensamento científico. Tratase, portanto, da “ambição de uma filosofia que pretende ser uma ciência exata” (TRIVIÑOS, 1987, p.43). Mais tarde voltou-se para a investigação do “mundo vivido”.
  • 11.  Como abordagem epistemológica para a produção da ciência e do conhecimento, não pretende explicar, nem analisar fatos, mas, antes de qualquer coisa, descrever os fenômenos. É uma abordagem que exalta a interpretação. Como método, deve seguir dois passo: um é a questionalidade do conhecimento; o futuro é a redução fenomenológica.
  • 12. O MARXISMO  A perspectiva marxista figura como uma tendência do materialismo filosófico e tem como base filosófica o materialismo dialético. Este último tenta buscar explicações racionais, lógicas e coerentes para os fenômenos da natureza, da sociedade e do pensamento, a partir de uma concepção científica da realidade enriquecida pela prática social. Ter ressaltado a prática social (portanto, histórica) como critério de verdade é, sem sombra de dúvida, uma de suas ideias mais originais, porque criou um forte argumento para compreender que as verdades científicas significam graus de conhecimento limitados pela história.
  • 13.  de forma geral, podemos dizer que a concepção materialista de ciência está pautada em três aspectos: 1. o primeiro deles diz respeito à materialidade do mundo, isto é, a compreensão de que todos os fenômenos, objetos e processos são materiais;2 2. 2. o segundo assinala que a matéria é anterior à consciência, ou seja, o que existe objetivamente é a matéria e a consciência é apenas um reflexo desta; 3. 3. o terceiro aspecto refere-se à afirmação de que o mundo é conhecível e o homem realiza este conhecimento de forma gradativa.
  • 14.  Alguns pesquisadores compreendem que o materialismo é a perspectiva epistemológica mais condizente com as ciências sociais, porque se configura em uma “forma mais criativa e versátil de construir uma realidade também criativa e versátil”.