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Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.................................................................................................................................... 3
SUMÁRIO
Lei nº 8.666/1993
MP-MG
3
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
LEI Nº 8.666/1993
Franklin Andrejanini
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Regulamenta o art. 37, inciso
XXI, da Cons tuição Federal, ins-
tui normas para licitações e con-
tratos da Administração Pública e
dá outras providências.
┌ C ─
Licitação é um procedimento administra vo, ou seja,
um conjunto de atos encadeados, buscando, entre outras,
duas coisas: a seleção da melhor proposta entre aquelas
apresentadas e o respeito da isonomia (igualdade) entre
os par cipantes. Podemos dizer que a isonomia é uma das
maiores preocupações da Administração. Sem ela, toda com-
pe ção estaria des nada a se tornar ilegal. Mas não é só isso:
tudo estaria perdido se não houvesse aqui a preocupação
com o princípio básico do nosso ordenamento jurídico que
é a Legalidade. Devido a sua observância, se faz necessário
estabelecer regras obje vas, claras, escritas e públicas sobre
o certame (procedimento) e, assim, espera-se, como produto
natural,umindivíduoque,passadopelafornalhadalicitação,
agoraestejaprontoparacelebrarumcontratoadministra vo
com a Administração Pública.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congres-
so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Seção I
Dos Princípios
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações
e contratos administra vos per nentes a obras, serviços,
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
┌ C ─
O art. 1º e seu parágrafo único têm o obje vo de definir
o que é a Lei nº 8.666/1993.
Aqui podemos estabelecer alguns tópicos importantes:
Norma Geral: é a regra, o padrão. Todos os outros esta-
tutos dela derivados devem seguir seus princípios e, muitas
vezes, grande parte de seus procedimentos. Ela foi feita para
todas as en dades federa vas: União, Estados, Distrito Fe-
deral, Municípios e, quando exis r, os Territórios, bem como
suas Administrações Indiretas.
Competência Legisla va: não é exclusiva da União.
Os Estados, o DF e os Municípios também podem ter.
A Licitação: é o antecedente natural do contrato, ressal-
vadas as exceções constantes dos arts. 17, 24 e 25. Assim,
todos os contratos administra vos serão, necessariamente,
precedidos de um procedimento licitatório. A licitação é
uma compe ção que funciona como meio de qualificar um
fornecedor de um produto e/ou serviço para a Administração
contratante.
O Contrato: o resultado natural de uma licitação é o
contrato administra vo, chamado assim por ser regido em
─┘─
regra pelo direito público, podendo, então, ser chamado de
contrato público. Veremos mais detalhes no comentário do
art. 54.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei,
além dos órgãos da administração direta, os fundos espe-
ciais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais en-
dades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios1
.
┌ C ─
Poderíamos estabelecer, resumidamente, que toda a
Administração Direta e Indireta das en dades federa vas
estão subordinadas à obrigação de licitar. Lembremo-nos,
então, de algumas definições:
Administração Direta – Pessoa Jurídica de direito público
que in tula uma en dade federa va, ou seja, cada uma das
en dades da Federação são Administrações Diretas, que são
divididas em 3 poderes: Execu vo, Legisla vo e Judiciário.
Administração Indireta – Nasce pela vontade e/ou ne-
cessidade de uma Administração Direta, que, para melhorar
o desempenho de sua prestação à população, cria ou auto-
riza a criação de Pessoas Jurídicas Independentes que são
fiscalizadas pela administração criadora. Hoje, dentro dos 3
poderes, somente o Poder Execu vo tem a possibilidade de
ter uma Administração Indireta.
Ligação entre elas – Vale ressaltar que não existe
subordinação hierárquica entre Administração Direta e
Administração Indireta. O que existe é um vínculo chamado
de controle finalís co que, muitas vezes, revela-se pela su-
pervisão ministerial.
Curiosidades da Emenda nº 19/1998 – Autoriza edição
de um estatuto jurídico de licitações e contratos para as
empresas públicas e as sociedades de economia que explo-
rem a vidade econômica, devido à necessidade de mais
flexibilidade para que elas consigam concorrer com empresas
privadas do mesmo setor. Uma década após essa previsão
legal, o estatuto ainda não foi criado, ou seja, as empresas
públicas e as sociedades de economia mista ainda se subme-
tem à Lei nº 8.666/1993 para suas aquisições e alienações.
Veja o texto da previsão:
Citando a Cons tuição Federal de 1988
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Cons-
tuição, a exploração direta de a vidade econômica
pelo Estado só será permi da quando necessária aos
impera vos da segurança nacional ou a relevante
interesse cole vo, conforme definidos em lei.
§ 1ºAleiestabeleceráoestatutojurídicodaempresa
pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem a vidade econômica de
produçãooucomercializaçãodebensoudeprestação
de serviços, dispondo sobre:
III – licitação e contratação de obras, serviços,
compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
.............................................................................................
1
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/CEF/Engenharia/Nível Supe-
rior/2010/Questão 15/Asser va A e FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal
Regional do Acre/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/Questão 62.
─┘─
─┘─
4
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
Observação importante:
Em análise ao Mandado de Segurança (MS) nº 28.745,
a ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF),
deferiu pedido de liminar feito pela Petrobras contra decisão
do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou a
aplicação da Lei nº 8.666/1993 – a Lei de Licitação – aos pro-
cedimentos licitatórios da autora. Com a decisão da ministra,
a determinação do TCU ficará suspensa, até julgamento do
mérito, e a estatal con nuará a adotar regime diferenciado
para realizar licitações.
Processos relacionados<h p://www.s .jus.br/portal/
processo/verProcessoAndamento.asp?numero=28745&clas
se=MS&origem=AP&recurso=0& poJulgamento=M> MS nº
28.745. Em suma enquanto perdurar essa liminar a Petrobras
não está obrigada a licitar pela Lei nº 8.666 de 1993, poderá
adotar regime diferenciado.
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações, concessões, permissões e locações da
Administração Pública, quando contratadas com terceiros,
serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas
as hipóteses previstas nesta Lei.
┌ C ─
O art. 2º estabelece o objeto da licitação.
Foi para adquirir esses objetos da melhor forma possível
que ela foi elaborada. Então é muito importante você ter
conhecimento, mesmo que básico, de cada um desses itens.
Alguns deles se encontram na própria lei, em seu art. 6º. No
ar go 2º, a lei deixa claro que a regra é a licitação, mesmo
que, ao estudar suas exceções, você fique surpreso com a
quan dade de possibilidades de não fazê-la.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou en dades
da Administração Pública e par culares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a es pu-
laçãodeobrigaçõesrecíprocas,sejaqualforadenominação
u lizada2
.
┌ C ─
O que busca uma licitação?
Uma licitação busca em primeiro lugar manter a isono-
mia do procedimento não estabelecendo critério injustos ou
desnecessário. Após essa conquista o poder público busca a
proposta mais vantajosa que não necessariamente significa
dizer que se busca a proposta mais barata. Muitas vezes a
vantagem é algo um pouco mais caro, mas sua aquisição se
mostra muito mas muito mais vantajosa para a administra-
ção. E por úl mo a alteração do ano passado a busca por um
desenvolvimento nacional sustentável, preocupação com o
meio ambiente e também um mudança de paradigma que
defendi em minha monografia na faculdade, que a licitação
não é só um instrumento de compra mas sim um instrumento
de desenvolvimento e de inves mento no mercado interno
sem necessidade de uma polí ca protecionista. Sustentabi-
lidade é a base do raciocínio.”
Art. 3º A licitação des na-se a garan r a observância
do princípio cons tucional da isonomia, a seleção da pro-
posta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada
e julgada em estrita conformidade com os princípios bási-
cos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administra va,
2
Cespe/BancodaAmazônia/TécnicoCien fico-Administração/2009/Questão118.
─┘─
─┘─
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento
obje vo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela
Lei nº 12.349, de 2010)
A tulo de exemplo: Uma fundação pública estadual
celebrou contrato com a empresa XYZ, tendo por objeto
a prestação de serviços de vigilância pelo prazo de doze
meses. A contratação não foi precedida de licitação, tendo
a autoridade administra va fundamentado a contratação
direta no fato de que a contratada teria oferecido proposta
altamente vantajosa para a fundação, que deveria arcar
tão somente com os custos da mão de obra. A postura da
fundação pública, nessa hipótese, afigura-se incorreta,
porque a exigência de prévia licitação nas contratações
administra vas tem por obje vo não apenas selecionar
a proposta mais vantajosa para a Administração Pública,
mas também oferecer a todos os administrados tratamento
isonômico.3
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I – admi r, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convo-
cação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam
ou frustrem o seu caráter compe vo, inclusive nos casos
de sociedades coopera vas, e estabeleçam preferências ou
dis nções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio
dos licitantes ou de qualquer outra circunstância imper -
nente ou irrelevante para o específico objeto do contrato,
ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste ar go e no art. 3º
da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada
pela Lei nº 12.349, de 2010)
II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza co-
mercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra,
entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se
refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo
quando envolvidos financiamentos de agências internacio-
nais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3º
da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991.
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de de-
sempate, será assegurada preferência, sucessivamente,
aos bens e serviços:
I – (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)
II – produzidos no País;
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam
em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e aces-
síveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto
ao conteúdo das propostas, até a respec va abertura.
§ 4º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§5ºNosprocessosdelicitaçãoprevistosnocaput,poderá
ser estabelecido margem de preferência para produtos ma-
nufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas
técnicas brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será
estabelecida com base em estudos revistos periodicamente,
em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em con-
sideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
I – geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei
nº 12.349, de 2010)
II – efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais
e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
III – desenvolvimento e inovação tecnológica realizados
no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
IV – custo adicional dos produtos e serviços; (Incluído
pela Lei nº 12.349, de 2010)
3
Cesgranrio/Bacen/Analista/2010/Questão 22.
5
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
V – em suas revisões, análise retrospec va de resultados.
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacio-
nais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica
realizados no País, poderá ser estabelecido margem de
preferência adicional àquela prevista no § 5º. (Incluído pela
Lei nº 12.349, de 2010)
§ 8º As margens de preferência por produto, serviço,
grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os
§§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Execu vo federal, não
podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte
ecincoporcento)sobreopreçodosprodutosmanufaturados
e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 9º As disposições con das nos §§ 5º e 7º deste ar go
não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de
produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela
Lei nº 12.349, de 2010)
I – à quan dade a ser adquirida ou contratada; (Incluído
pela Lei nº 12.349, de 2010)
II – ao quan ta vo fixado com fundamento no § 7º
do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei
nº 12.349, de 2010)
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5º
poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e
serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum
do Sul – Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
serviços e obras poderão, mediante prévia jus fica va da
autoridade competente, exigir que o contratado promova,
em favor de órgão ou en dade integrante da administração
pública ou daqueles por ela indicados a par r de processo
isonômico, medidas de compensação comercial, industrial,
tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financia-
mento, cumula vamente ou não, na forma estabelecida pelo
PoderExecu vofederal.(IncluídopelaLeinº12.349,de2010)
§ 12. Nas contratações des nadas à implantação, manu-
tenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de
informação e comunicação, considerados estratégicos em
ato do Poder Execu vo federal, a licitação poderá ser restri-
ta a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e
produzidos de acordo com o processo produ vo básico de
que trata a Lei nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído
pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício finan-
ceiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do
disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste ar go, com indicação
dovolumederecursosdes nadosacadaumadelas. (Incluído
pela Lei nº 12.349, de 2010)
┌ C ─
PRINCÍPIOS EXPRESSOS, POSITIVADOS OU ESCRITOS:
Legalidade – Estrito ao que a lei expressamente autoriza.
Impessoalidade – É a não promoção pessoal do agente,
é fazer com que suas ações busquem sempre o bem-estar
cole vo por meio de um tratamento igualitário para todos
os administrados. Pelo princípio da impessoalidade, todos
os licitantes devem ser tratados igualmente.4
Moralidade – As regras estabelecidas pela lei sobre o
que é honesto, justo e correto. Ser moral é aplicar todos
os princípios aqui elencados e não somente aqueles mais
convenientes. O princípio da moralidade exige que o admi-
nistrador se paute por conceitos é cos.5
4
Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
Asser va B.
5
Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
Asser va C.
Publicidade – Para a evidente prestação de contas, ser
público é a regra. Mesmo que haja exceções, devemos enten-
der que não é um conflito, e sim o atendimento genuíno da
supremacia do interesse público. O princípio da publicidade
informa que a licitação deve ser amplamente divulgada, de
forma a possibilitar o conhecimento de suas regras a um
maior número de pessoas.6
Igualdade7
 – Impede discriminações infundadas ou sem
nexo. Cons tui um dos alicerces da licitação, na medida em
queasseguraaigualdadededireitosatodososinteressados
em contratar.8
É o princípio mais importante, pois sem ele
não há vantagem.
Probidade Administra va9
 – Hones dade em todas as
fases da licitação. Possui relação ín ma com a moralidade e é
citada pela maioria dos autores apenas como uma face dela.
DÊ ATENÇÃO ESPECIAL A ESTES DOIS:
Vinculação ao Instrumento Convocatório – Instrumento
convocatório é o gênero do qual o edital e a carta-convite são
espécies. Ele faz uma lei interna e vinculante entre a Admi-
nistração e os par cipantes da licitação. No mesmo sen do,
a regra prevista na Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993)
segundo a qual a Administração não pode descumprir as
normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente
vinculada, traduz o princípio da vinculação ao instrumento
convocatório.10
Julgamento Objetivo11
 – Todo o julgamento deve
apoiar-se em fatos concretos exigidos pela Administração;
em documentos expressos, como o edital ou a carta-convite;
no projeto básico; no projeto executivo; na minuta do
contrato etc. Não se pode deixar margem para que nasça
discricionariedade para o executante.
Assim, o dever que tem a Comissão de licitação ou o res-
ponsávelpeloconvitederealizá-loemconformidadecomos
pos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no
atoconvocatórioedeacordocomosfatoresexclusivamente
nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos
licitantes e pelos órgãos de controle, traduz o princípio do
julgamento obje vo.12
DOS QUE LHE SÃO CORRELATOS:
Bom, ao fazer alusão “aos que lhe são correlatos”, a lei
abre uma gama de princípios ligados ao procedimento lici-
tatório. Mas como nosso obje vo é reduzir e não aumentar,
estabeleceremos alguns deles: aqueles que já vimos em
provas passadas e que são citados pela doutrina majoritária.
Adjudicação Obrigatória ao Vencedor – Impedir que a
Administração atribua o objeto da licitação a outro que não
o vencedor13
. É muito importante frisar que isso não gera
direito adquirido ao vencedor de ter o seu contrato cele-
brado. É somente uma expecta va de direito, pois mesmo
após a adjudicação a Administração pode não celebrar o
contrato14
. A adjudicação é obrigatória, a celebração não.
6
Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
Asser va D.
7
Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – Administra -
va/2010/Questão 30.
8
Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
Asser va A.
9
Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – Administra -
va/2010/Questão 30.
10
FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – Administra va/2010/Questão 42.
11
Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – Administra -
va/2010/Questão 30.
12
FCC/TRE-AM/Analista Judiciário – Área Administra va/2010/Questão 34.
13
Assunto cobrado na prova da FCC/Assembleia Legisla va-SP/Agente Técnico
Legisla vo-Direito/2010/Questão 56.
14
Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional
do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010/Questão 62.
6
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
Sigilo das Propostas – Impedir que um licitante conheça
o preço (ou trabalho) do outro, por mo vos evidentes. Não
pode ser considerado uma afronta ao princípio da Publici-
dade, visto que é o próprio interesse público que estabelece
que, em uma relação de isonômica compe ção, o segredo
até a fase de classificação e julgamento é essencial. Evidente-
mente depois de abertos os envelopes todas as informações
são públicas.
Fiscalização da Licitação – Sabemos da possibilidade da
fiscalização dos Tribunais de Contas, do Ministério Público e
dos controles internos, mas o que devemos prestar atenção
aqui é a possibilidade do controle popular por meio da auto-
rização ao cidadão de assis r e intervir nas previsões legais.
Procedimento Formal – Impõe à Administração a vincu-
lação da licitação às prescrições legais em todos seus atos e
fases, mas devemos entender que o procedimento serve para
dar eficiência, melhorar e não criar um monte de regras des-
cabidas e desnecessárias, um mero formalismo, o que muitas
vezesacabacomprometendoaescolhadeumaboaproposta.
Art. 4º Todos quantos par cipem de licitação promovi-
da pelos órgãos ou en dades a que se refere o art. 1º têm
direito público subje vo à fiel observância do per nente
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer
cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que
não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização
dos trabalhos15
.
┌ C ─
Explicação dada no comentário anterior.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nes-
ta lei caracteriza ato administra vo formal, seja ele pra cado
em qualquer esfera da Administração Pública.
Art. 5º Todos os valores, preços e custos u lizados nas
licitações terão como expressão monetária a moeda corrente
nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo
cada unidade da Administração, no pagamento das obriga-
ções rela vas ao fornecimento de bens, locações, realização
de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte
diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das da-
tas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes
razões de interesse público e mediante prévia jus fica va da
autoridade competente, devidamente publicada.
§ 1º Os créditos a que se refere este ar go terão seus
valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório
e que lhes preservem o valor.
§ 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo
pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta
das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos
créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)
§ 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos de-
correntes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite
de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe
seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até
5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura.
15
Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional
do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010/Questão 62.
─┘─
─┘─
Seção II
Das Definições
┌ C ─
Costumo dizer em minhas aulas: conceitos, princípios,
proibições e exceções são as primeiras coisas que deve-
mos estudar em uma lei. Se um elaborador tem dúvidas
sobre o que perguntar, o caminho mais seguro é explorar
esses pontos. Há uma possibilidade muito pequena de
interposição de recursos contra coisas tão básicas. Mas
lembre-se de que fazer uma boa questão é rela vamente
fácil, di cil é estar pronto para respondê-la.
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
I–Obra–todaconstrução,reforma,fabricação,recupera-
ção ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
II – Serviço – toda a vidade des nada a obter determi-
nada u lidade de interesse para a Administração, tais como:
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, con-
servação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
-profissionais;
III – Compra – toda aquisição remunerada de bens para
fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
IV – Alienação – toda transferência de domínio de bens
a terceiros;
V – Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas
cujo valor es mado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes
o limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23
desta Lei;
VI – Seguro-Garantia – o seguro que garante o fiel
cumprimento das obrigações assumidas por empresas em
licitações e contratos;
VII – Execução direta – a que é feita pelos órgãos e en -
dades da Administração, pelos próprios meios;
VIII – Execução indireta – a que o órgão ou en dade
contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes:
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) empreitada por preço global – quando se contrata
a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
b) empreitada por preço unitário – quando se contrata a
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
determinadas;
c) (Vetado) (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
d) tarefa – quando se ajusta mão de obra para pequenos
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de
materiais;
e) empreitada integral – quando se contrata um empre-
endimento em sua integralidade, compreendendo todas as
etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob
inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega
ao contratante em condições de entrada em operação,
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua u lização
em condições de segurança estrutural e operacional e com
as caracterís cas adequadas às finalidades para que foi
contratada;
IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários
e suficientes, com nível de precisão adequado, para carac-
terizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
─┘─
7
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da
obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a
fornecer visão global da obra e iden ficar todos os seus
elementos cons tu vos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficiente-
mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração
do projeto execu vo e de realização das obras e montagem;
c) iden ficação dos pos de serviços a executar e de
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como
suas especificações que assegurem os melhores resultados
para o empreendimento, sem frustrar o caráter compe vo
para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução
de métodos constru vos, instalações provisórias e condições
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter compe -
vo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e ges-
tãodaobra,compreendendoasuaprogramação,aestratégia
de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fun-
damentado em quan ta vos de serviços e fornecimentos
propriamente avaliados;
X – Projeto Execu vo – o conjunto dos elementos ne-
cessários e suficientes à execução completa da obra, de
acordo com as normas per nentes da Associação Brasileira
de Normas Técnicas – ABNT;
XI – Administração Pública – a administração direta e
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, abrangendo inclusive as en dades com perso-
nalidade jurídica de direito privado sob controle do poder
público e das fundações por ele ins tuídas ou man das;
XII – Administração – órgão, en dade ou unidade ad-
ministra va pela qual a Administração Pública opera e atua
concretamente;
XIII – Imprensa Oficial – veículo oficial de divulgação da
Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da
União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
o que for definido nas respec vas leis; (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)
XIV – Contratante – é o órgão ou en dade signatária do
instrumento contratual;
XV – Contratado – a pessoa sica ou jurídica signatária
de contrato com a Administração Pública;
XVI – Comissão – comissão, permanente ou especial,
criadapelaAdministraçãocomafunçãodereceber,examinar
e julgar todos os documentos e procedimentos rela vos às
licitações e ao cadastramento de licitantes.
XVII – produtos manufaturados nacionais – produtos
manufaturados, produzidos no território nacional de acordo
com o processo produ vo básico ou com as regras de origem
estabelecidas pelo Poder Execu vo federal; (Incluído pela Lei
nº 12.349, de 2010)
XVIII – serviços nacionais – serviços prestados no País,
nas condições estabelecidas pelo Poder Execu vo federal;
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
XIX – sistemas de tecnologia de informação e comu-
nicação estratégicos – bens e serviços de tecnologia da
informação e comunicação cuja descon nuidade provoque
dano significa vo à administração pública e que envolvam
pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às in-
formaçõescrí cas:disponibilidade,confiabilidade,segurança
e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
Seção III
Das Obras e Serviços
Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a
prestação de serviços obedecerão ao disposto neste ar go
e, em par cular, à seguinte sequência:
I – projeto básico;
II – projeto execu vo;
III – execução das obras e serviços.
§ 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente
precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade com-
petente, dos trabalhos rela vos às etapas anteriores, à ex-
ceção do projeto execu vo, o qual poderá ser desenvolvido
concomitantemente com a execução das obras e serviços,
desde que também autorizado pela Administração.
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados
quando:
I – houver projeto básico aprovado pela autoridade
competente e disponível para exame dos interessados em
par cipar do processo licitatório;
II – exis r orçamento detalhado em planilhas que ex-
pressem a composição de todos os seus custos unitários;
III – houver previsão de recursos orçamentários que as-
segurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras
ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em
curso, de acordo com o respec vo cronograma;
IV – o produto dela esperado es ver contemplado nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o
art. 165 da Cons tuição Federal, quando for o caso.
§ 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção
de recursos financeiros para sua execução, qualquer que
seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos
executados e explorados sob o regime de concessão, nos
termos da legislação específica16
.
§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação,
de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
quan dades ou cujos quan ta vos não correspondam às
previsões reais do projeto básico ou execu vo.
§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua
bens e serviços sem similaridade ou de marcas, caracterís-
cas e especificações exclusivas, salvo nos casos em que
for tecnicamente jus ficável, ou ainda quando o forneci-
mento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de
administração contratada, previsto e discriminado no ato
convocatório.
§ 6º A infringência do disposto neste ar go implica a nu-
lidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade
de quem lhes tenha dado causa.
§ 7º Não será ainda computado como valor da obra ou
serviço, para fins de julgamento das propostas de preços,
a atualizaçãomonetáriadasobrigaçõesdepagamento,desde
a data final de cada período de aferição até a do respec vo
pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios esta-
belecidos obrigatoriamente no ato convocatório.
§ 8ºQualquercidadãopoderárequereràAdministração
Pública os quan ta vos das obras e preços unitários de
determinada obra executada.17
§ 9º O disposto neste ar go aplica-se também, no que
couber,aoscasosdedispensaedeinexigibilidadedelicitação.
16
Assunto cobrado na prova do Cespe/CEF/Engenharia/Nível Superior/2010/
Questão 15/Asser va B.
17
Cespe/Secont-ES/Auditor/2009/Questão 42.
8
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve pro-
gramar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos
atual e final e considerados os prazos de sua execução.
Parágrafo único. É proibido o retardamento imo vado
da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se
existente previsão orçamentária para sua execução total,
salvo insuficiência financeira ou comprovado mo vo de
ordem técnica, jus ficados em despacho circunstanciado
da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 9º Não poderá par cipar, direta ou indiretamente,
da licitação ou da execução de obra ou serviço e do forne-
cimento de bens a eles necessários18
:
I – o autor do projeto, básico ou execu vo, pessoa sica
ou jurídica;
II – empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável
pela elaboração do projeto básico ou execu vo ou da qual o
autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou deten-
tor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a
voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
III – servidor ou dirigente de órgão ou en dade contra-
tante ou responsável pela licitação.
§ 1º É permi da a par cipação do autor do projeto ou da
empresa a que se refere o inciso II deste ar go, na licitação de
obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico,
nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento,
exclusivamente a serviço da Administração interessada.
§ 2º O disposto neste ar go não impede a licitação ou
contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de
projeto execu vo como encargo do contratado ou pelo preço
previamente fixado pela Administração.
§ 3º Considera-se par cipação indireta, para fins do
disposto neste ar go, a existência de qualquer vínculo de
natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou tra-
balhista entre o autor do projeto, pessoa sica ou jurídica,
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a
estes necessários.
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos mem-
bros da comissão de licitação.
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas
seguintes formas:
I – execução direta; (pela própria Administração)
II – execução indireta, nos seguintes regimes:
a) empreitada por preço global;
b) empreitada por preço unitário;
c) (Vetado)
d) tarefa;
e) empreitada integral.
Parágrafo único. (Vetado)
Art. 11. As obras e serviços des nados aos mesmos
fins terão projetos padronizados por pos, categorias ou
classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às
condições peculiares do local ou às exigências específicas
do empreendimento.
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos execu vos de
obras e serviços serão considerados principalmente os se-
guintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I – segurança;
II – funcionalidade e adequação ao interesse público;
III – economia na execução, conservação e operação;
IV – possibilidade de emprego de mão de obra, mate-
riais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para
execução, conservação e operação;
18
Assunto cobrado na prova do Cespe/Seplag-DF/Assistente de Educação - Apoio
Administra vo/2009/Questão 67.
V – facilidade na execução, conservação e operação, sem
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;
VI–adoçãodasnormastécnicas,desaúdeedesegurança
do trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)
VII – impacto ambiental.
┌ C ─
O item VII é de bastante relevância, diante da grande
preocupação socioambiental que a população mundial está
vivendo, mas ainda não vi ser cobrado em uma prova.
Seção IV
Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços
técnicos profissionais especializados os trabalhos rela vos a:
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos
ou execu vos;
II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias
financeiras ou tributárias;
IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras
ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou admi-
nistra vas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histó-
rico. (Restauração e não compra)
VIII – (Vetado)
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação,
os contratos para a prestação de serviços técnicos profissio-
nais especializados deverão, preferencialmente, ser cele-
brados mediante a realização de concurso, com es pulação
prévia de prêmio ou remuneração.
§ 2ºAosserviçostécnicosprevistosnestear goaplica-se,
no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.
§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos espe-
cializados que apresente relação de integrantes de seu corpo
técnico em procedimento licitatório ou como elemento de
jus ficação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará
obrigada a garan r que os referidos integrantes realizem
pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.
┌ C ─
O art. 13 deve ser lido algumas vezes, pois você precisa
saber o que é um trabalho técnico, uma vez que esse po
de trabalho é citado em várias partes da lei, principalmente
no art. 25, quando se fala das hipóteses exemplifica vas da
inexigibilidade.
Seção V
Das Compras
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos or-
çamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade
do ato e responsabilidade de quem lhe ver dado causa19
.
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
(Regulamento)
I – atender ao princípio da padronização, que imponha
compa bilidade de especificações técnicas e de desem-
penho, observadas, quando for o caso, as condições de
manutenção, assistência técnica e garan a oferecidas20
;
19
Movens/MinistériodaCultura/AgenteAdministra vo/2010/Questão29/ItemV.
20
Assunto cobrado na prova do Cespe/TCE-RN/Assessor Técnico Jurídico/2009/
Questão 84.
─┘─
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9
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
II – ser processadas através de sistema de registro de
preços;
III – submeter-se às condições de aquisição e pagamento
semelhantes às do setor privado;
IV – ser subdivididas em tantas parcelas quantas neces-
sárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando
economicidade;
V – balizar-se pelos preços pra cados no âmbito dos
órgãos e en dades da Administração Pública.
§ 1º O registro de preços será precedido de ampla pes-
quisa de mercado21
.
§ 2º Os preços registrados serão publicados trimestral-
menteparaorientaçãodaAdministração,naimprensaoficial.
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado
por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observa-
das as seguintes condições:
I – seleção feita mediante concorrência;
II – es pulação prévia do sistema de controle e atua-
lização dos preços registrados;
III – validade do registro não superior a um ano.
§ 4º A existência de preços registrados não obriga a
Administração a firmar as contratações que deles poderão
advir, ficando-lhe facultada a u lização de outros meios,
respeitada a legislação rela va às licitações, sendo assegu-
rado ao beneficiário do registro preferência em igualdade
de condições22
.
§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de
preços, quando possível, deverá ser informa zado.
§ 6º Qualquer cidadão é parte legí ma para impugnar
preço constante do quadro geral em razão de incompa bili-
dade desse com o preço vigente no mercado.
§ 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda:
I – a especificação completa do bem a ser adquirido sem
indicação de marca;
II – a definição das unidades e das quan dades a serem
adquiridas em função do consumo e u lização prováveis,
cuja es ma va será ob da, sempre que possível, mediante
adequadas técnicas quan ta vas de es mação;
III – as condições de guarda e armazenamento que não
permitam a deterioração do material.
§ 8º O recebimento de material de valor superior ao
limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de
convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo,
3 (três) membros.
Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão
dedivulgaçãooficialouemquadrodeavisosdeamploacesso
público, à relação de todas as compras feitas pela Adminis-
tração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a iden fi-
cação do bem comprado, seu preço unitário, a quan dade
adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação,
podendo ser aglu nadas por itens as compras feitas com
dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)
Parágrafo único. O disposto neste ar go não se aplica
aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do
art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Seção VI
Das Alienações
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública,
subordinada à existência de interesse público devidamente
jus ficado, será precedida de avaliação e obedecerá às
seguintes normas:
21
Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Eleitoral
do Rio Grande do Sul/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/Questão 52.
22
FCC-Fundação Carlos Chagas/Procuradoria Geral do Estado do Amazonas/
Procurador do Estado de 3ª Classe/2010/Questão 22.
I – quando imóveis, dependerá de autorização legis-
la va para órgãos da administração direta e en dades
autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as
en dades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e
de licitação na modalidade de concorrência, dispensada
esta nos seguintes casos:
┌ M ─
Avendadebensimóveispúblicosobrigatoriamenteserá
antecedida por uma autorização legisla va23
, entre outros
requisitos. Abaixo temos as exceções a essa regra.
a) dação em pagamento24
;
b) doação, permi da exclusivamente para outro órgão
ou en dade da administração pública, de qualquer esfera de
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i (Redação
dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) inves dura;
┌ C ─
Estude a definição a seguir com atenção.
e) venda a outro órgão ou en dade da administração
pública, de qualquer esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveisresidenciaisconstruídos,des nadosouefe vamen-
te u lizados no âmbito de programas habitacionais ou de
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos
por órgãos ou en dades da administração pública25
;
g) procedimentos de legi mação de posse de que trata o
art. 29 da Lei nº 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante
inicia va e deliberação dos órgãos da Administração Pública
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído
pela Lei nº 11.196, de 2005)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até
250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseri-
dos no âmbito de programas de regularização fundiária de
interesse social desenvolvidos por órgãos ou en dades da
administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita
ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia
Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze)
módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares),
para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos
legais26
; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009)
II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de
licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permi da exclusivamente para fins e uso
de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e
conveniência socioeconômica, rela vamente à escolha de
outra forma de alienação;
b) permuta, permi da exclusivamente entre órgãos ou
en dades da Administração Pública;
23
Assunto cobrado na prova da Funcab/Polícia Militar-GO/Cadete/Nível Supe-
rior/2010/Questão 37/Asser va D.
24
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Seplag-DF/Assistente de Educa-
ção - Apoio Administra vo/2009/Questão 66 e e Esaf/Susep/Analista Técnico
da Susep/Nível Superior/2010/Questão 7.
25
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário
- Análise de Sistemas/2009/Questão 29 e Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário –
Médico/2009/Questão 29.
26
FCC-Fundação Carlos Chagas/Procuradoria Geral do Estado do Amazonas/
Procurador do Estado de 3ª Classe/2010/Questão 21.
─┘─
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10
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em
bolsa, observada a legislação específica27
;
d) venda de tulos, na forma da legislação per nente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por
órgãos ou en dades da Administração Pública, em virtude
de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros ór-
gãos ou en dades da Administração Pública, sem u lização
previsível por quem deles dispõe.
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea b do inciso
I deste ar go, cessadas as razões que jus ficaram a sua do-
ação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora,
vedada a sua alienação pelo beneficiário.
§ 2º A Administração também poderá conceder tulo de
propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada
licitação, quando o uso des nar-se:
I – a outro órgão ou en dade da Administração Pública,
qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei
nº 11.196, de 2005)
II – a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento
ou ato norma vo do órgão competente, haja implementado
os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica
e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia
Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quin-
ze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e
quinhentos hectares); (Redação dada pela Lei nº 11.952,
de 2009)
§ 2º-A.As hipótesesdoincisoIIdo§2º ficamdispensadas
de autorização legisla va, porém submetem-se aos seguin-
tes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952,
de 2009)
I – aplicação exclusivamente às áreas em que a deten-
ção por par cular seja comprovadamente anterior a 1º de
dezembro de 2004;
II – submissão aos demais requisitos e impedimentos do
regime legal e administra vo da des nação e da regulariza-
ção fundiária de terras públicas;
III – vedação de concessões para hipóteses de exploração
não contempladas na lei agrária, nas leis de des nação de
terras públicas, ou nas normas legais ou administra vas de
zoneamento ecológico-econômico; e
IV – previsão de rescisão automá ca da concessão, dis-
pensada no ficação, em caso de declaração de u lidade, ou
necessidade pública ou interesse social.
§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste ar go:
I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito
a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração
mediante a vidades agropecuárias;
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais,
vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse
limite; e
III – pode ser cumulada com o quan ta vo de área de-
corrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput
deste ar go, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
§ 3º Entende-se por inves dura, para os fins desta lei:
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de
área remanescente ou resultante de obra pública, área esta
que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a
50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea a
do inciso II do art. 23 desta lei;
II – a alienação, aos legí mos possuidores diretos ou,
na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins re-
sidenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
27
FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/
Questão 52.
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase
de operação dessas unidades e não integrem a categoria
de bens reversíveis ao final da concessão.
┌ M ─
Pus em negrito o parágrafo terceiro do art. 17 porque,
em muitas provas de nível superior, a pergunta que mais se
faz sobre o art. 17 é quanto às definições da inves dura,
talvez por confundir com a inves dura da Lei nº 8.112/1990.
Lindeiro ou limítrofe significa vizinho, aquele que mora
ao lado, que faz divisa de limites.
§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instru-
mento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo
de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de
nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de
interesse público devidamente jus ficado;
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário
necessite oferecer o imóvel em garan a de financiamento,
a cláusula de reversão e demais obrigações serão garan das
por hipoteca em segundo grau em favor do doador.
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou
globalmente, em quan a não superior ao limite previsto no
art. 23, inciso II, alínea b desta Lei, a Administração poderá
permi r o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 7º (Vetado)
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis,
a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do reco-
lhimento de quan a correspondente a 5% (cinco por cento)
da avaliação28
.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de
dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas as seguintes regras:
┌ M ─
Venda de bens imóveis que não eram da Administra-
ção, que foram recebidos como pagamentos de dívidas, em
processo de execução judicial etc. Então, para vender esses
bens, a Administração não precisa ser tão rigorosa. Não há
necessidade de uma autorização legisla va, não são pre-
cisos os mesmos requisitos do art. 17. Aqui a Administração
quer transformar esses bens em dinheiro.
I – avaliação dos bens alienáveis;
II – comprovação da necessidade ou u lidade da alie-
nação;
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modali-
dade de concorrência ou leilão29
.
┌ C ─
A título de exemplo: A União adjudicou imóvel em
processo judicial de execução fiscal e, para sua alienação,
necessita de avaliação, comprovação da necessidade ou
u lidade da alienação e deve adotar procedimento licita-
tório na modalidade concorrência ou leilão30
.
No mesmo sen do, o Poder Público adjudicou, em sede
de execução fiscal, alguns imóveis que pertenciam a empre-
28
FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/
Questão 58.
29
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia Legisla va- SP/Agente
Legisla vo de Serviços Técnicos e Administra vos/2010/Questão 38 e Tribunal
de Contas-RO/FCC – Fundação Carlos Chagas/Procurador do Ministério Público
Junto ao Tribunal de Contas/2010/Questão 27.
30
FCC/TRT-MG/Analista Judiciário – Administra va/2009/Questão 31.
─┘─
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11
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
sa devedora de tributos. Pretende, então, aliená-los onero-
samente para sa sfação de seu crédito. Para tanto, poderá
realizar licitação sob a modalidade de leilão, não obstante
também possa fazê-lo sob a modalidade de concorrência.31
CAPÍTULO II
Da Licitação
Seção I
Das Modalidades, Limites e Dispensa
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se
situar a repar ção interessada, salvo por mo vo de interesse
público, devidamente jus ficado.
Parágrafo único. O disposto neste ar go não impedirá
a habilitação de interessados residentes ou sediados em
outros locais.
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das
concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos
leilões, embora realizados no local da repar ção interessada,
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por
uma vez:
I – no Diário Oficial da União, quando se tratar de lici-
tação feita por órgão ou en dade da Administração Pública
Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas
parcial ou totalmente com recursos federais ou garan das
por ins tuições federais;
II – no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal
quando se tratar, respec vamente, de licitação feita por
órgão ou en dade da Administração Pública Estadual ou
Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei
nº 8.883, de 1994)
III – em jornal diário de grande circulação no Estado e
também, se houver, em jornal de circulação no Município
ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço,
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a
Administração, conforme o vulto da licitação, u lizar-se
de outros meios de divulgação para ampliar a área de
compe ção.
┌ M ─
Perceba que, além dos meios usuais, podem-se u lizar:
rádio, televisão, outdoors etc.
§ 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em
que os interessados poderão ler e obter o texto integral do
edital e todas as informações sobre a licitação.
§ 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas
ou da realização do evento será:
I – quarenta e cinco dias para:
a) concurso;
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado
contemplar o regime de empreitada integral ou quando a
licitação for do po “melhor técnica” ou “técnica e preço”;
II – trinta dias para:
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea
b do inciso anterior;
b) tomada de preços, quando a licitação for do po
“melhor técnica” ou “técnica e preço”;
III – quinze dias para a tomada de preços, nos casos não
especificados na alínea b do inciso anterior, ou leilão;
IV – cinco dias úteis para convite32
.
§ 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão
contados a par r da úl ma publicação do edital resumido ou
31
FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/
Questão 51.
32
FCC/Sead-RO/Auditor Fiscal/2010/Questão 86.
─┘─
da expedição do convite, ou ainda da efe va disponibilidade
do edital ou do convite e respec vos anexos, prevalecendo
a data que ocorrer mais tarde.
§ 4ºQualquermodificaçãonoeditalexigedivulgaçãopela
mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o
prazoinicialmenteestabelecido,excetoquando,inques ona-
velmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
┌ C ─
Posso dizer que, depois das dispensas e da inexigibilida-
de, o art. 22 é o mais importante da lei, então, atenção nos
detalhes, pois você precisa entendê-lo palavra por palavra!
Permi -me fazer uma pequena alteração na estrutura
original do ar go para que as coisas ficassem um pouco mais
simples. Juntei aqui parágrafos dos ar gos 22 e 23, para que
as definições pudessem ficar completas.
Art. 22. São modalidades de licitação:
┌ C ─
A concorrência é a modalidade de licitação mais impor-
tante e mais rigorosa e, por isso, é a que tem a publicidade
mais ampla, dentre outras necessárias diferenças entre as 2
modalidades de sua categoria, daí a expressão doutrinária
famosa: “quem pode mais pode menos”. Concorrência, to-
mada e convite, ressalvadas suas peculiaridades, compram
o mesmo objeto (constante do ar go 23), sendo escolhidas
pelo valor da compra.
I – concorrência;
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Art. 23, § 3º A concorrência é a modalidade de licitação
cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na
compraoualienaçãodebensimóveis,ressalvadoodisposto
no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas
licitações internacionais, admi ndo-se neste úl mo caso,
observados os limites deste ar go, a tomada de preços,
quando o órgão ou en dade dispuser de cadastro interna-
cional de fornecedores ou o convite, quando não houver
fornecedor do bem ou serviço no País33
.
Art. 23, § 4º Nos casos em que couber convite, a Admi-
nistraçãopoderáu lizaratomadadepreçose,emqualquer
caso, a concorrência34
.
Art. 23, § 5º É vedada a u lização da modalidade “convi-
te” ou “tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas
de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e
serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam
ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que
o somatório de seus valores caracterizar o caso de “tomada
de preços” ou “concorrência”, respec vamente, nos termos
deste ar go, exceto para as parcelas de natureza específica
que possam ser executadas por pessoas ou empresas de es-
pecialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.
33
Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/Ministério da Cultura/Agente
Administra vo/2010/Questão 29/Item I; Tribunal Regional Eleitoral do Acre/
FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/
Questão 26; Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos
Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/
Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio
Especializado/Fisioterapia/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Esta s ca/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho/Analista Judiciá-
rio/Apoio Especializado/Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Psicologia/2010/Questão26ePrefeituraMunicipaldeMatoGrosso-PB/Soluções
Concursos/Advogado/2010/Questão 23.
34
FCC/Casa Civil/Execu vo Público/Nível Superior/2010/Questão 35.
─┘─
─┘─
12
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
II – tomada de preços;
§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem
a todas as condições exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
observada a necessária qualificação35
.
III – convite;
§ 3º Convite é a modalidade de licitação entre interes-
sados do ramo per nente ao seu objeto, cadastrados ou
não,escolhidoseconvidadosemnúmeromínimode3(três)
pela unidade administra va, a qual afixará, em local apro-
priado, cópia do instrumento convocatório36
e o estenderá
aos demais cadastrados na correspondente especialidade
que manifestarem seu interesse com antecedência de até
24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
┌ C ─
Observe a seguinte asser va de prova: A Prefeitura do
MunicípioÁguasAzuladaspretendecontratarumaempresa
para reformar o estádio de futebol da cidade, com serviços
de implantação de canaletas, execução de cobertura em
estrutura metálica e melhorias de acesso com execução
de pavimentação em concreto e piso em concreto. O valor
es mado da obra é de R$ 120.000,00. Considerando que
não ocorreu nenhuma obra anteriormente e que o gestor
pretende receber as propostas no menor prazo possível, a
licitação deverá ocorrer na modalidade de convite37
.
Ademais, é importante observar que a modalidade de
licitação que comporta menor formalismo, porque se des -
na a contratações de menor vulto, é denominada convite.38
§ 6º Na hipótese do § 3º deste ar go, exis ndo na praça
mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite,
realizado para objeto idên co ou assemelhado, é obrigatório
o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto
exis rem cadastrados não convidados nas úl mas licitações.
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do
número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste ar go,
essas circunstâncias deverão ser devidamente jus ficadas
no processo, sob pena de repe ção do convite.
┌ C ─
As modalidades a seguir possuem objetos bem especí-
ficos.
35
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia Legisla va- SP/Agente
Legisla vo de Serviços Técnicos e Administra vos/2010/Questão 36, Cespe/
MPE-SE/Promotor Subs tuto/2010/Questão 50/Asser va B; Unemat/SAD-MT/
Delegado de Polícia/Nível Superior/2010/Questão 31/Asser va D; Tribunal
Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Ju-
diciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Esta s ca/Analista Judiciário/Apoio
Especializado/Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão
26; FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico
Judiciário/Área Administra va/2010/Questão 26 e Prefeitura Municipal de
Mato Grosso-PB – Soluções Concursos – Advogado/2010/Questão 23.
36
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PGM-RR/Analista Municipal/
Procurador Municipal/2010/Nível Superior/Questão 42; FCC-Fundação Carlos
Chagas/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/Área Administra-
va/2010/Questão 26; Prefeitura Municipal de Boa Vista/RR/Cespe – Analista
Municipal – Procurador Municipal/2010/Questão 42 e Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio
Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da
Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judi-
ciário/Apoio Especializado/Esta s ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26.
37
FCC/TRT-MG/Analista Judiciário -Contabilidade/2009/Questão 52.
38
FGV/Badesc/Advogado/Nível Superior/2010/Questão 21.
─┘─
─┘─
IV – concurso;
§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quais-
quer interessados para escolha de trabalho técnico, cien -
fico ou ar s co, mediante a ins tuição de prêmios ou re-
muneração aos vencedores39
,conformecritériosconstantes
de edital publicado na imprensa oficial com antecedência
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias40
.
┌ C ─
Perceba como são bem específicos os trabalhos com-
prados por um concurso. Trabalho técnico (leia o ar go 13).
V – leilão.
§ 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens móveis inservíveis para
a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados41
, ou para a alienação de bens imóveis prevista
no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior
ao valor da avaliação.
┌ C ─
Oleilãopoderáserusadoparaalienaçõesdebensimóveis
recebidos por meio de dação em pagamento ou procedimen-
tos judiciais, bem como para a concessão ou permissão da
prestação de serviços públicos.
§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de lici-
tação ou a combinação das referidas neste ar go.
§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste ar go, a admi-
nistração somente poderá exigir do licitante não cadastrado
os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem
habilitação compa vel com o objeto da licitação, nos termos
do edital.
┌ C ─
O ar go 23 refere-se à Tabela de Preços que, segundo
minha observação, há muito não cai em provas, ou seja,
é assunto inexplorado. Perceba que para cada po de ob-
jeto temos valores diferentes, por isso tenha atenção com
o seguinte: 1. Verifique qual é o seu objeto; 2. pelo valor,
veja qual é a respec va modalidade. Lembrando-se de que,
mesmo que pelo seu valor exista modalidade definida em
lei, nada impede que o administrador escolha modalidade
mais rigorosa, vide art. 23, § 4º: “Nos casos em que couber
convite,a Administraçãopoderáu lizaratomadadepreços
e, em qualquer caso, a concorrência.”
39
Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/Ministério da Cultura/Agente
Administra vo/2010/Questão 29/Item IV e FCC/Assembleia Legisla va-SP/
Agente Técnico Legisla vo-Direito/2010/Questão 57.
40
Assunto cobrado nas seguintes provas: Prefeitura Municipal de Mato Grosso-
-PB/Soluções Concursos/Advogado/2010/Questão 23; Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio
Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da
Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judi-
ciário/Apoio Especializado/Esta s ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26 e Tribunal
Regional Eleitoral do Acre/FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/
Área Administra va/2010/Questão 26.
41
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/DPE-AL/Defensor Público de
1ª Classe/2009/Questão 30, Cespe/MPE-SE/Promotor Substituto/2010/
Questão 50/Assertiva A, Cespe/Banco da Amazônia/Técnico Científico-
-Administração/2009/Questão 115; Funcab/Polícia Militar-GO/Cadete/Nível
Superior/2010/Questão 37/Asser va B; Tribunal Regional Eleitoral do Acre/
FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/
Questão 26, Prefeitura Municipal de Mato Grosso-PB/Soluções Concursos –
Advogado/2010/Questão 23 e Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC
– Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista
Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judiciário/Apoio Especial-
izado/Esta s ca/AnalistaJudiciário/ApoioEspecializado/MedicinadoTrabalho/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio
Especializado/Psicologia/2010/Questão 26.
─┘─
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13
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem
os incisos I a III do ar go anterior serão determinadas em
função dos seguintes limites, tendo em vista o valor es mado
da contratação:
I – para obras e serviços de engenharia:
a) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais)42
;
b) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 (um milhão
e quinhentos mil reais)43
;
c) concorrência – acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão
e quinhentos mil reais);
┌ C ─
Para se adquirir bem imóvel para sediar as instalações
do Banco da Amazônia S.A., com valor acima de dois mi-
lhões de reais, a modalidade de licitação aplicável será a
concorrência.44
II – para compras e serviços não referidos no inciso
anterior:
a) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e
cinquenta mil reais);
c) concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e
cinquenta mil reais)45
.
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela admi-
nistração serão divididas em tantas parcelas quantas se com-
provarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se
àlicitaçãocomvistasaomelhoraproveitamentodosrecursos
disponíveis no mercado e à ampliação da compe vidade,
sem perda da economia de escala.
§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de
bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada
etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há
de corresponder licitação dis nta, preservada a modalidade
per nente para a execução do objeto em licitação.
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível,
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19,
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações
internacionais, admi ndo-se neste úl mo caso, observados
os limites deste ar go, a tomada de preços, quando o órgão
ou en dade dispuser de cadastro internacional de fornece-
dores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem
ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração
poderá u lizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a
concorrência.
§ 5º É vedada a u lização da modalidade “convite” ou
“tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas de uma
mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de
seus valores caracterizar o caso de “tomada de preços” ou
“concorrência”, respec vamente, nos termos deste ar go,
exceto para as parcelas de natureza específica que possam
ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade
diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
42
Cespe/CEF/Engenharia/Nível Superior/2010/Questão 15/Asser va D.
43
FCC/Assembleia Legisla va- SP/Agente Legisla vo de Serviços Técnicos e Ad-
ministra vos/2010/Questão 37.
44
Cespe/BancodaAmazônia/TécnicoCien fico-Administração/2009/Questão116.
45
Assunto cobrado na prova da FCC/TRT-MG/Técnico Judiciário – Administra-
va/2009/Questão 43.
─┘─
§ 6º As organizações industriais da Administração Federal
direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limi-
tes estabelecidos no inciso I deste ar go também para suas
compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de
materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo
ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes
à União.
§ 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permi da
a cotação de quan dade inferior à demandada na licitação,
com vistas a ampliação da compe vidade, podendo o edi-
tal fixar quan ta vo mínimo para preservar a economia de
escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro
dos valores mencionados no caput deste ar go quando for-
mado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando
formado por maior número.
┌ M ─
O ar go 24 conjugado com os ar gos 25 e 17 são alguns
dos mais importantes para a prova. Entender cada um de
seus 28 incisos é necessário.
Art. 24. É dispensável a licitação:
┌ M ─
1º Esta lista é taxa va e exaus va, não se podem, por
analogia ou vontade do administrador, criar outras;
2º Aqui o juiz é o administrador público que, a seu crité-
rio, julga quando cabe a licitação ou quando ela se tornará
incovenienteouinoportuna,verificadaamo vaçãonoscasos
elencados no ar go 26.
3ºAdispensadelicitaçãocaracteriza-sepelacircunstân-
cia de que, em tese, poderia ser realizado o procedimento,
mas que, dadas as peculiaridades do caso, o legislador
decidiu não torná-lo obrigatório.46
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10%
(dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I
do ar go anterior, desde que não se refiram a parcelas de
uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços
da mesma natureza e no mesmo local que possam ser reali-
zadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela
Lei nº 9.648, de 1998)
II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez
por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso II do ar go
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei,
desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada
de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
┌ C ─
A tulo de exemplo, observe a seguinte asser va de
prova: Considerando que, em razão de guerra externa de-
claradapelopresidentedaRepública,certoestadonecessite
adquirir gêneros alimen cios e cobertores para atender a
necessidades básicas de parcela da população local, será
lícito ao estado contratar a aquisição dos referidos bens
por dispensa de licitação47
.
46
FCC/Assembleia Legisla va-SP/Procurador/2010/Questão 57.
47
Cespe/TRE-PR/Técnico Judiciário/Programação de Sistemas/2009/Questão 27.
─┘─
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14
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública,
quando caracterizada urgência de atendimento de situação
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou par culares, e somente para os bens neces-
sários ao atendimento da situação emergencial ou cala-
mitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam
ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)
dias consecu vos e ininterruptos, contados da ocorrência
da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respec vos contratos;
┌ C ─
Seguindo tal raciocínio, observe a questão cobrada em
prova: Caso haja enchente em um rio que passe pela sede
de um município, será dispensável a licitação para a aqui-
sição de bens e serviços necessários ao atendimento da
população a ngida, como cobertores, colchões e material
para a reconstrução de casas e escolas. No prazo máximo
de 180 dias, consecu vos e ininterruptos48
.
V – quando não acudirem interessados à licitação an-
terior e esta, jus ficadamente, não puder ser repe da sem
prejuízo para a Administração, man das, neste caso, todas
as condições preestabelecidas;
┌ M ─
Chamada pela doutrina de licitação deserta.
VI – quando a União ver que intervir no domínio eco-
nômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII – quando as propostas apresentadas consignarem
preços manifestamente superiores aos pra cados no mer-
cado nacional, ou forem incompa veis com os fixados pelos
órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o
parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persis ndo a situação,
será admi da a adjudicação direta dos bens ou serviços, por
valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos
serviços; (Vide § 3º do art. 48)
┌ M ─
Chamada pela doutrina de licitação fracassada.
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito
público interno, de bens produzidos ou serviços prestados
por órgão ou en dade que integre a Administração Pública
e que tenha sido criado para esse fim específico em data
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado
seja compa vel com o pra cado no mercado; (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
IX – quando houver possibilidade de comprome mento
da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto
do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
Nacional; (Regulamento)
X – para a compra ou locação de imóvel des nado ao
atendimento das finalidades precípuas da administração,
cujas necessidades de instalação e localização condicionem
a sua escolha, desde que o preço seja compa vel com o valor
de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)
48
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário -
Análise de Sistemas/2009/Questão 28 e Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário/
Médico/2009/Questão 28.
─┘─
─┘─
─┘─
XI – na contratação de remanescente de obra, serviço
ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual,
desde que atendida a ordem de classificação da licitação
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente
corrigido;
┌ C ─
Ex.:Determinadoórgãopúblicoinstaurouprocedimento
licitatório para contratação de obras de reforma de seu
edi cio sede. A empresa contratada iniciou a reforma,
porém, em face de problemas financeiros supervenientes,
paralisou os serviços. Diante dessa situação, a Administra-
ção poderá, após a rescisão do contrato, contratar, com
dispensa de licitação, o segundo colocado no procedimento
licitatório rela vo ao contrato rescindido, desde que aceitas
as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor49
.
XII – nas compras de hor fru granjeiros, pão e outros
gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização
dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire-
tamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei
nº 8.883, de 1994)
XIII – na contratação de ins tuição brasileira incumbida
regimentalouestatutariamentedapesquisa,doensinooudo
desenvolvimento ins tucional, ou de ins tuição dedicada à
recuperaçãosocialdopreso,desdequeacontratadadetenha
inques onável reputação é co-profissional e não tenha fins
lucra vos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos
de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso
Nacional, quando as condições ofertadas forem manifesta-
mente vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela
Lei nº 8.883, de 1994)
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte
e objetos históricos, de auten cidade cer ficada, desde
que compa veis ou inerentes às finalidades do órgão ou
en dade.
┌ C ─
A tulo de exemplo: O Ins tuto do Patrimônio Histórico
e Ar s co Nacional (Iphan) pretende adquirir para o seu
acervoobjetoshistóricos,deauten cidadecer ficadaealto
valor econômico. Nessa situação, a licitação é dispensável.50
XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formu-
lários padronizados de uso da administração, e de edições
técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de
informá ca a pessoa jurídica de direito público interno, por
órgãos ou en dades que integrem a Administração Pública,
criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei nº 8.883,
de 1994)
XVII – para a aquisição de componentes ou peças de ori-
gem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de
equipamentos durante o período de garan a técnica, junto
ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
condição de exclusividade for indispensável para a vigência
da garan a; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
49
FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal de Contas-RO/Procurador do Ministério
Público junto ao Tribunal de Contas/2010/Questão 25.
50
Movens/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2010/Questão 42/
Asser va E.
─┘─
─┘─
15
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o
abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou
tropas e seus meios de deslocamento quando em estada
eventual de curta duração em portos, aeroportos ou locali-
dadesdiferentesdesuassedes,pormo vodemovimentação
operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos
prazos legais puder comprometer a normalidade e os pro-
pósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao
limite previsto na alínea a do incico II do art. 23 desta Lei:
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças
Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e admi-
nistra vo, quando houver necessidade de manter a padroni-
zação requerida pela estrutura de apoio logís co dos meios
navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
ins tuída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XX – na contratação de associação de portadores de
deficiência sica,semfinslucra vosedecomprovadaidonei-
dade, por órgãos ou en dades da Admininistração Pública,
para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de
obra, desde que o preço contratado seja compa vel com o
pra cado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XXI – para a aquisição de bens e insumos des nados
exclusivamente à pesquisa cien fica e tecnológica com
recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou
por outras ins tuições de fomento a pesquisa credenciadas
pelo CNPq para esse fim específico; (Redação dada pela Lei
nº 12.349, de 2010)
XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento
de energia elétrica e gás natural com concessionário, per-
missionário ou autorizado, segundo as normas da legislação
específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou
sociedade de economia mista com suas subsidiárias e con-
troladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação
ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja
compa vel com o pra cado no mercado. (Incluído pela Lei
nº 9.648, de 1998)
XXIV – para a celebração de contratos de prestação
de serviços com as organizações sociais, qualificadas no
âmbito das respec vas esferas de governo, para a vidades
contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº
9.648, de 1998)
XXV – na contratação realizada por Ins tuição Cien fica
e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a trans-
ferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de
uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei
nº 10.973, de 2004)
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente
daFederaçãooucomen dadedesuaadministraçãoindireta,
para a prestação de serviços públicos de forma associada nos
termos do autorizado em contrato de consórcio público ou
em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107,
de 2005)
XXVII – na contratação da coleta, processamento e
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reu lizáveis, em áreas com sistema de coleta sele va de lixo,
efetuados por associações ou coopera vas formadas exclu-
sivamente por pessoas sicas de baixa renda reconhecidas
pelo poder público como catadores de materiais recicláveis,
com o uso de equipamentos compa veis com as normas
técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela
Lei nº 11.445, de 2007).
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzi-
dos ou prestados no País, que envolvam, cumula vamente,
alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante
parecer de comissão especialmente designada pela autorida-
de máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços
paraatenderaoscon ngentesmilitaresdasForçasSingulares
brasileiras empregadas em operações de paz no exterior,
necessariamente jus ficadas quanto ao preço e à escolha do
fornecedor ou executante e ra ficadas pelo Comandante da
Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).
XXX – na contratação de ins tuição ou organização, pú-
blica ou privada, com ou sem fins lucra vos, para a prestação
de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito
doProgramaNacionaldeAssistênciaTécnicaeExtensãoRural
na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, ins tuído por
lei federal. Vigência
XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do
disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de
dezembrode2004,observadososprincípiosgeraisdecontra-
tação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I
e II do caput deste ar go serão 20% (vinte por cento) para
compras, obras e serviços contratados por consórcios públi-
cos, sociedade de economia mista, empresa pública e por
autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como
Agências Execu vas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de
2005)
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabi-
lidade de compe ção51
, em especial:
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gê-
neros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa
ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência
de marca52
, devendo a comprovação de exclusividade ser
feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra
ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação
Patronal, ou, ainda, pelas en dades equivalentes;
┌ C ─
Nesse sen do, observe a seguinte asser va de prova:
Caso certo município necessite adquirir so ware de in-
formá ca fabricados por fornecedor exclusivo, conforme
atestado fornecido pelo órgão competente, ensejando a
inviabilidade de compe ção entre eventuais licitantes,
será inexigível a licitação para a aquisição dos referidos
so ware de informá ca53
.
No entanto, se a administração pública de determinado
município adquiriu, sem licitação, certo equipamento de
uma empresa, argumentando ser essa a única organização
no município e na região a fornecer o produto em questão.
O Ministério Público alega que tal aquisição configura ato
de improbidade administra va, pois, conforme atestado
do órgão de comércio de registro local, no município há
outras empresas que dispõem do produto, com marca si-
milar, qualidade compa vel e preços iguais ou inferiores,
51
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Banco de Brasília/Advoga-
do/2010/Questão 85, Movens/Ministério da Cultura/Analista Administra-
vo/2010/Questão 34/Asser va C, FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário – Área
Administrativa/2010/Questão 68, Movens/Ministério da Cultura/Agente
Administra vo/2010/Questão 29/Item II, Fepese/MPE/Procurador Geral do
Ministério Público/Nível Superior/2010/Questão 15/Asser va C e Esaf/Susep/
Analista Técnico da Susep/Nível Superior/2010/Questão 11/Asser va D.
52
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – Ad-
ministra va/2010/Questão 45/Asser va A, Movens/Ministério da Cultura/
Agente Administra vo/2010/Questão 41/Asser va D, FCC/TRE-AM/Analista
Judiciário – Área Judiciária/2010/Questão 39 e FGV/Badesc/Advogado/Nível
Superior/2010/Questão 29.
53
Cespe/TRE-PR/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas/2009/Questão 28.
─┘─
16
LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993
conforme o caso. A par r dessa situação hipoté ca, caso
a informação prestada pelo Ministério Público, de que há
outras empresas que dispõem do produto, seja verdadeira,
então a situação em comento não configura inexigibilidade
de licitação, especialmente por se tratar de aquisição dire-
cionada que impõe preferência por determinada marca, o
que é vedado pela lei em questão.54
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados
no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais
ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibi-
lidade para serviços de publicidade e divulgação55
;
III – para contratação de profissional de qualquer setor
ar s co, diretamente ou através de empresário exclusivo,
desde que consagrado pela crí ca especializada ou pela
opinião pública56
.
┌ C ─
Se o Ministério da Cultura pretende contratar direta-
mente músico profissional consagrado pela crí ca espe-
cializada e pela opinião pública para par cipar da festa
de comemoração dos cinquenta anos de Brasília. Nessa
hipótese, a licitação é inexigível.57
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissio-
nalouempresacujoconceitonocampodesuaespecialidade,
decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências,
publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou
deoutrosrequisitosrelacionadoscomsuasa vidades,permi-
ta inferir que o seu trabalho é essencial e indiscu velmente
o mais adequado à plena sa sfação do objeto do contrato.
§ 2º Na hipótese deste ar go e em qualquer dos casos
dedispensa,secomprovadosuperfaturamento,respondem
solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o for-
necedor ou o prestador de serviços e o agente público res-
ponsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis58
.
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17
e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigi-
bilidade referidas no art. 25, necessariamente jus ficadas,
e o retardamento previsto no final do parágrafo único do
art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
dias, à autoridade superior, para ra ficação e publicação na
imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição
para a eficácia dos atos.
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilida-
de ou de retardamento, previsto neste ar go, será instruído,
no que couber, com os seguintes elementos:
I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa
que jus fique a dispensa, quando for o caso;
II – razão da escolha do fornecedor ou executante;
III – jus fica va do preço.
IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa
aos quais os bens serão alocados.
54
Cespe/Banco de Brasília/Advogado/2010/Questão 86.
55
Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário
– Análise de Sistemas/2009/Questão 30, Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário
– Médico/2009/Questão 30. Movens/Ministério da Cultura/Agente Admi-
nistra vo/2010/Questão 41/Asser va C e Fepese/MPE/Procurador Geral do
Ministério Público/Nível Superior/2010/Questão 12/Asser va D.
56
Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/TRT-MG/Analista Judiciário
-Contabilidade/2009/Questão 51, Funiversa/Iphan/Auxiliar Institucional
-Administra vo/2009/Questão 31, FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – Adminis-
tra va/2010/Questão 45/Asser va E, Esaf/Susep/Analista Técnico da Susep/
Nível Superior/2010/Questão 11/Asser va E e Unemat/SAD-MT/Delegado de
Polícia/Nível Superior/2010/Questão 31/Asser va C.
57
Movens/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2010/Questão 40/
Asser va E.
58
Assunto cobrado na prova da Esaf/Susep/Analista Técnico da Susep/Nível
Superior/2010/Questão 11/Asser va C.
─┘─
Seção II
Da Habilitação
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos
interessados, exclusivamente, documentação rela va a:
I – habilitação jurídica;
II – qualificação técnica;
III – qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada pela
Lei nº 12.440, de 2011)
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º
da Cons tuição Federal; (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)
VI – regularidade fiscal. (Vide Lei nº 12.440, de 2011)
┌ C ─
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
.................................................................................
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou
insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba-
lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição
de aprendiz, a par r de quatorze anos;
.................................................................................
Art. 28. A documentação rela va à habilitação jurídica,
conforme o caso, consis rá em:
I – cédula de iden dade;
II – registro comercial, no caso de empresa individual;
III – ato cons tu vo, estatuto ou contrato social em vigor,
devidamente registrado, em se tratando de sociedades co-
merciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado
de documentos de eleição de seus administradores;
IV – inscrição do ato cons tu vo, no caso de sociedades
civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício;
V – decreto de autorização, em se tratando de empresa
ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato
de registro ou autorização para funcionamento expedido
pelo órgão competente, quando a a vidade assim o exigir.
Art. 29. A documentação rela va à regularidade fiscal e
trabalhista, conforme o caso, consis rá em: (Redação dada
pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigente)
I – prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)
ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC);
II – prova de inscrição no cadastro de contribuintes esta-
dual ou municipal, se houver, rela vo ao domicílio ou sede do
licitante, per nente ao seu ramo de a vidade e compa vel
com o objeto contratual;
III – prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou
outra equivalente, na forma da lei;
IV – prova de regularidade rela va à Seguridade Social e
ao Fundo de Garan a por Tempo de Serviço (FGTS), demons-
trandosituaçãoregularnocumprimentodosencargossociais
ins tuídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
V–provadeinexistênciadedébitosinadimplidosperante
a Jus ça do Trabalho, mediante a apresentação de cer dão
nega va, nos termos do Título VII-A da Consolidação das
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 12.440, de 2011)
(Vigência)
Art. 30. A documentação rela va à qualificação técnica
limitar-se-á a:
I – registro ou inscrição na en dade profissional com-
petente;
II – comprovação de ap dão para desempenho de a vi-
dade per nente e compa vel em caracterís cas, quan da-
des e prazos com o objeto da licitação, e indicação das insta-
lações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados
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Lei 86666

  • 1. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.................................................................................................................................... 3 SUMÁRIO Lei nº 8.666/1993 MP-MG
  • 2.
  • 3. 3 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 LEI Nº 8.666/1993 Franklin Andrejanini LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Cons tuição Federal, ins- tui normas para licitações e con- tratos da Administração Pública e dá outras providências. ┌ C ─ Licitação é um procedimento administra vo, ou seja, um conjunto de atos encadeados, buscando, entre outras, duas coisas: a seleção da melhor proposta entre aquelas apresentadas e o respeito da isonomia (igualdade) entre os par cipantes. Podemos dizer que a isonomia é uma das maiores preocupações da Administração. Sem ela, toda com- pe ção estaria des nada a se tornar ilegal. Mas não é só isso: tudo estaria perdido se não houvesse aqui a preocupação com o princípio básico do nosso ordenamento jurídico que é a Legalidade. Devido a sua observância, se faz necessário estabelecer regras obje vas, claras, escritas e públicas sobre o certame (procedimento) e, assim, espera-se, como produto natural,umindivíduoque,passadopelafornalhadalicitação, agoraestejaprontoparacelebrarumcontratoadministra vo com a Administração Pública. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congres- so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Seção I Dos Princípios Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administra vos per nentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. ┌ C ─ O art. 1º e seu parágrafo único têm o obje vo de definir o que é a Lei nº 8.666/1993. Aqui podemos estabelecer alguns tópicos importantes: Norma Geral: é a regra, o padrão. Todos os outros esta- tutos dela derivados devem seguir seus princípios e, muitas vezes, grande parte de seus procedimentos. Ela foi feita para todas as en dades federa vas: União, Estados, Distrito Fe- deral, Municípios e, quando exis r, os Territórios, bem como suas Administrações Indiretas. Competência Legisla va: não é exclusiva da União. Os Estados, o DF e os Municípios também podem ter. A Licitação: é o antecedente natural do contrato, ressal- vadas as exceções constantes dos arts. 17, 24 e 25. Assim, todos os contratos administra vos serão, necessariamente, precedidos de um procedimento licitatório. A licitação é uma compe ção que funciona como meio de qualificar um fornecedor de um produto e/ou serviço para a Administração contratante. O Contrato: o resultado natural de uma licitação é o contrato administra vo, chamado assim por ser regido em ─┘─ regra pelo direito público, podendo, então, ser chamado de contrato público. Veremos mais detalhes no comentário do art. 54. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos espe- ciais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais en- dades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios1 . ┌ C ─ Poderíamos estabelecer, resumidamente, que toda a Administração Direta e Indireta das en dades federa vas estão subordinadas à obrigação de licitar. Lembremo-nos, então, de algumas definições: Administração Direta – Pessoa Jurídica de direito público que in tula uma en dade federa va, ou seja, cada uma das en dades da Federação são Administrações Diretas, que são divididas em 3 poderes: Execu vo, Legisla vo e Judiciário. Administração Indireta – Nasce pela vontade e/ou ne- cessidade de uma Administração Direta, que, para melhorar o desempenho de sua prestação à população, cria ou auto- riza a criação de Pessoas Jurídicas Independentes que são fiscalizadas pela administração criadora. Hoje, dentro dos 3 poderes, somente o Poder Execu vo tem a possibilidade de ter uma Administração Indireta. Ligação entre elas – Vale ressaltar que não existe subordinação hierárquica entre Administração Direta e Administração Indireta. O que existe é um vínculo chamado de controle finalís co que, muitas vezes, revela-se pela su- pervisão ministerial. Curiosidades da Emenda nº 19/1998 – Autoriza edição de um estatuto jurídico de licitações e contratos para as empresas públicas e as sociedades de economia que explo- rem a vidade econômica, devido à necessidade de mais flexibilidade para que elas consigam concorrer com empresas privadas do mesmo setor. Uma década após essa previsão legal, o estatuto ainda não foi criado, ou seja, as empresas públicas e as sociedades de economia mista ainda se subme- tem à Lei nº 8.666/1993 para suas aquisições e alienações. Veja o texto da previsão: Citando a Cons tuição Federal de 1988 Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Cons- tuição, a exploração direta de a vidade econômica pelo Estado só será permi da quando necessária aos impera vos da segurança nacional ou a relevante interesse cole vo, conforme definidos em lei. § 1ºAleiestabeleceráoestatutojurídicodaempresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem a vidade econômica de produçãooucomercializaçãodebensoudeprestação de serviços, dispondo sobre: III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; ............................................................................................. 1 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/CEF/Engenharia/Nível Supe- rior/2010/Questão 15/Asser va A e FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional do Acre/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/Questão 62. ─┘─ ─┘─
  • 4. 4 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 Observação importante: Em análise ao Mandado de Segurança (MS) nº 28.745, a ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu pedido de liminar feito pela Petrobras contra decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou a aplicação da Lei nº 8.666/1993 – a Lei de Licitação – aos pro- cedimentos licitatórios da autora. Com a decisão da ministra, a determinação do TCU ficará suspensa, até julgamento do mérito, e a estatal con nuará a adotar regime diferenciado para realizar licitações. Processos relacionados<h p://www.s .jus.br/portal/ processo/verProcessoAndamento.asp?numero=28745&clas se=MS&origem=AP&recurso=0& poJulgamento=M> MS nº 28.745. Em suma enquanto perdurar essa liminar a Petrobras não está obrigada a licitar pela Lei nº 8.666 de 1993, poderá adotar regime diferenciado. Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. ┌ C ─ O art. 2º estabelece o objeto da licitação. Foi para adquirir esses objetos da melhor forma possível que ela foi elaborada. Então é muito importante você ter conhecimento, mesmo que básico, de cada um desses itens. Alguns deles se encontram na própria lei, em seu art. 6º. No ar go 2º, a lei deixa claro que a regra é a licitação, mesmo que, ao estudar suas exceções, você fique surpreso com a quan dade de possibilidades de não fazê-la. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou en dades da Administração Pública e par culares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a es pu- laçãodeobrigaçõesrecíprocas,sejaqualforadenominação u lizada2 . ┌ C ─ O que busca uma licitação? Uma licitação busca em primeiro lugar manter a isono- mia do procedimento não estabelecendo critério injustos ou desnecessário. Após essa conquista o poder público busca a proposta mais vantajosa que não necessariamente significa dizer que se busca a proposta mais barata. Muitas vezes a vantagem é algo um pouco mais caro, mas sua aquisição se mostra muito mas muito mais vantajosa para a administra- ção. E por úl mo a alteração do ano passado a busca por um desenvolvimento nacional sustentável, preocupação com o meio ambiente e também um mudança de paradigma que defendi em minha monografia na faculdade, que a licitação não é só um instrumento de compra mas sim um instrumento de desenvolvimento e de inves mento no mercado interno sem necessidade de uma polí ca protecionista. Sustentabi- lidade é a base do raciocínio.” Art. 3º A licitação des na-se a garan r a observância do princípio cons tucional da isonomia, a seleção da pro- posta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios bási- cos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administra va, 2 Cespe/BancodaAmazônia/TécnicoCien fico-Administração/2009/Questão118. ─┘─ ─┘─ da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento obje vo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) A tulo de exemplo: Uma fundação pública estadual celebrou contrato com a empresa XYZ, tendo por objeto a prestação de serviços de vigilância pelo prazo de doze meses. A contratação não foi precedida de licitação, tendo a autoridade administra va fundamentado a contratação direta no fato de que a contratada teria oferecido proposta altamente vantajosa para a fundação, que deveria arcar tão somente com os custos da mão de obra. A postura da fundação pública, nessa hipótese, afigura-se incorreta, porque a exigência de prévia licitação nas contratações administra vas tem por obje vo não apenas selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, mas também oferecer a todos os administrados tratamento isonômico.3 § 1º É vedado aos agentes públicos: I – admi r, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convo- cação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter compe vo, inclusive nos casos de sociedades coopera vas, e estabeleçam preferências ou dis nções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância imper - nente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste ar go e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza co- mercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacio- nais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991. § 2º Em igualdade de condições, como critério de de- sempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I – (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010) II – produzidos no País; III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e aces- síveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respec va abertura. § 4º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) §5ºNosprocessosdelicitaçãoprevistosnocaput,poderá ser estabelecido margem de preferência para produtos ma- nufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em con- sideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) I – geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) II – efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) III – desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) IV – custo adicional dos produtos e serviços; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 3 Cesgranrio/Bacen/Analista/2010/Questão 22.
  • 5. 5 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 V – em suas revisões, análise retrospec va de resultados. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacio- nais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5º. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Execu vo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte ecincoporcento)sobreopreçodosprodutosmanufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 9º As disposições con das nos §§ 5º e 7º deste ar go não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) I – à quan dade a ser adquirida ou contratada; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) II – ao quan ta vo fixado com fundamento no § 7º do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 10. A margem de preferência a que se refere o § 5º poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul – Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia jus fica va da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou en dade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a par r de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financia- mento, cumula vamente ou não, na forma estabelecida pelo PoderExecu vofederal.(IncluídopelaLeinº12.349,de2010) § 12. Nas contratações des nadas à implantação, manu- tenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Execu vo federal, a licitação poderá ser restri- ta a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produ vo básico de que trata a Lei nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) § 13. Será divulgada na internet, a cada exercício finan- ceiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste ar go, com indicação dovolumederecursosdes nadosacadaumadelas. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) ┌ C ─ PRINCÍPIOS EXPRESSOS, POSITIVADOS OU ESCRITOS: Legalidade – Estrito ao que a lei expressamente autoriza. Impessoalidade – É a não promoção pessoal do agente, é fazer com que suas ações busquem sempre o bem-estar cole vo por meio de um tratamento igualitário para todos os administrados. Pelo princípio da impessoalidade, todos os licitantes devem ser tratados igualmente.4 Moralidade – As regras estabelecidas pela lei sobre o que é honesto, justo e correto. Ser moral é aplicar todos os princípios aqui elencados e não somente aqueles mais convenientes. O princípio da moralidade exige que o admi- nistrador se paute por conceitos é cos.5 4 Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/ Asser va B. 5 Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/ Asser va C. Publicidade – Para a evidente prestação de contas, ser público é a regra. Mesmo que haja exceções, devemos enten- der que não é um conflito, e sim o atendimento genuíno da supremacia do interesse público. O princípio da publicidade informa que a licitação deve ser amplamente divulgada, de forma a possibilitar o conhecimento de suas regras a um maior número de pessoas.6 Igualdade7  – Impede discriminações infundadas ou sem nexo. Cons tui um dos alicerces da licitação, na medida em queasseguraaigualdadededireitosatodososinteressados em contratar.8 É o princípio mais importante, pois sem ele não há vantagem. Probidade Administra va9  – Hones dade em todas as fases da licitação. Possui relação ín ma com a moralidade e é citada pela maioria dos autores apenas como uma face dela. DÊ ATENÇÃO ESPECIAL A ESTES DOIS: Vinculação ao Instrumento Convocatório – Instrumento convocatório é o gênero do qual o edital e a carta-convite são espécies. Ele faz uma lei interna e vinculante entre a Admi- nistração e os par cipantes da licitação. No mesmo sen do, a regra prevista na Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993) segundo a qual a Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada, traduz o princípio da vinculação ao instrumento convocatório.10 Julgamento Objetivo11  – Todo o julgamento deve apoiar-se em fatos concretos exigidos pela Administração; em documentos expressos, como o edital ou a carta-convite; no projeto básico; no projeto executivo; na minuta do contrato etc. Não se pode deixar margem para que nasça discricionariedade para o executante. Assim, o dever que tem a Comissão de licitação ou o res- ponsávelpeloconvitederealizá-loemconformidadecomos pos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no atoconvocatórioedeacordocomosfatoresexclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle, traduz o princípio do julgamento obje vo.12 DOS QUE LHE SÃO CORRELATOS: Bom, ao fazer alusão “aos que lhe são correlatos”, a lei abre uma gama de princípios ligados ao procedimento lici- tatório. Mas como nosso obje vo é reduzir e não aumentar, estabeleceremos alguns deles: aqueles que já vimos em provas passadas e que são citados pela doutrina majoritária. Adjudicação Obrigatória ao Vencedor – Impedir que a Administração atribua o objeto da licitação a outro que não o vencedor13 . É muito importante frisar que isso não gera direito adquirido ao vencedor de ter o seu contrato cele- brado. É somente uma expecta va de direito, pois mesmo após a adjudicação a Administração pode não celebrar o contrato14 . A adjudicação é obrigatória, a celebração não. 6 Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/ Asser va D. 7 Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – Administra - va/2010/Questão 30. 8 Funcab/Prodam-AM/Analista Administra vo/Nível Superior/2010/Questão 27/ Asser va A. 9 Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – Administra - va/2010/Questão 30. 10 FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – Administra va/2010/Questão 42. 11 Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – Administra - va/2010/Questão 30. 12 FCC/TRE-AM/Analista Judiciário – Área Administra va/2010/Questão 34. 13 Assunto cobrado na prova da FCC/Assembleia Legisla va-SP/Agente Técnico Legisla vo-Direito/2010/Questão 56. 14 Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010/Questão 62.
  • 6. 6 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 Sigilo das Propostas – Impedir que um licitante conheça o preço (ou trabalho) do outro, por mo vos evidentes. Não pode ser considerado uma afronta ao princípio da Publici- dade, visto que é o próprio interesse público que estabelece que, em uma relação de isonômica compe ção, o segredo até a fase de classificação e julgamento é essencial. Evidente- mente depois de abertos os envelopes todas as informações são públicas. Fiscalização da Licitação – Sabemos da possibilidade da fiscalização dos Tribunais de Contas, do Ministério Público e dos controles internos, mas o que devemos prestar atenção aqui é a possibilidade do controle popular por meio da auto- rização ao cidadão de assis r e intervir nas previsões legais. Procedimento Formal – Impõe à Administração a vincu- lação da licitação às prescrições legais em todos seus atos e fases, mas devemos entender que o procedimento serve para dar eficiência, melhorar e não criar um monte de regras des- cabidas e desnecessárias, um mero formalismo, o que muitas vezesacabacomprometendoaescolhadeumaboaproposta. Art. 4º Todos quantos par cipem de licitação promovi- da pelos órgãos ou en dades a que se refere o art. 1º têm direito público subje vo à fiel observância do per nente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos15 . ┌ C ─ Explicação dada no comentário anterior. Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nes- ta lei caracteriza ato administra vo formal, seja ele pra cado em qualquer esfera da Administração Pública. Art. 5º Todos os valores, preços e custos u lizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo cada unidade da Administração, no pagamento das obriga- ções rela vas ao fornecimento de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das da- tas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia jus fica va da autoridade competente, devidamente publicada. § 1º Os créditos a que se refere este ar go terão seus valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório e que lhes preservem o valor. § 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos de- correntes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura. 15 Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010/Questão 62. ─┘─ ─┘─ Seção II Das Definições ┌ C ─ Costumo dizer em minhas aulas: conceitos, princípios, proibições e exceções são as primeiras coisas que deve- mos estudar em uma lei. Se um elaborador tem dúvidas sobre o que perguntar, o caminho mais seguro é explorar esses pontos. Há uma possibilidade muito pequena de interposição de recursos contra coisas tão básicas. Mas lembre-se de que fazer uma boa questão é rela vamente fácil, di cil é estar pronto para respondê-la. Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se: I–Obra–todaconstrução,reforma,fabricação,recupera- ção ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; II – Serviço – toda a vidade des nada a obter determi- nada u lidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, con- servação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico- -profissionais; III – Compra – toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente; IV – Alienação – toda transferência de domínio de bens a terceiros; V – Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas cujo valor es mado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 desta Lei; VI – Seguro-Garantia – o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos; VII – Execução direta – a que é feita pelos órgãos e en - dades da Administração, pelos próprios meios; VIII – Execução indireta – a que o órgão ou en dade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) a) empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total; b) empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; c) (Vetado) (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) d) tarefa – quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; e) empreitada integral – quando se contrata um empre- endimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua u lização em condições de segurança estrutural e operacional e com as caracterís cas adequadas às finalidades para que foi contratada; IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para carac- terizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do ─┘─
  • 7. 7 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e iden ficar todos os seus elementos cons tu vos com clareza; b) soluções técnicas globais e localizadas, suficiente- mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto execu vo e de realização das obras e montagem; c) iden ficação dos pos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter compe vo para a sua execução; d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos constru vos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter compe - vo para a sua execução; e) subsídios para montagem do plano de licitação e ges- tãodaobra,compreendendoasuaprogramação,aestratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; f) orçamento detalhado do custo global da obra, fun- damentado em quan ta vos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; X – Projeto Execu vo – o conjunto dos elementos ne- cessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas per nentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT; XI – Administração Pública – a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as en dades com perso- nalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações por ele ins tuídas ou man das; XII – Administração – órgão, en dade ou unidade ad- ministra va pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente; XIII – Imprensa Oficial – veículo oficial de divulgação da Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, o que for definido nas respec vas leis; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XIV – Contratante – é o órgão ou en dade signatária do instrumento contratual; XV – Contratado – a pessoa sica ou jurídica signatária de contrato com a Administração Pública; XVI – Comissão – comissão, permanente ou especial, criadapelaAdministraçãocomafunçãodereceber,examinar e julgar todos os documentos e procedimentos rela vos às licitações e ao cadastramento de licitantes. XVII – produtos manufaturados nacionais – produtos manufaturados, produzidos no território nacional de acordo com o processo produ vo básico ou com as regras de origem estabelecidas pelo Poder Execu vo federal; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) XVIII – serviços nacionais – serviços prestados no País, nas condições estabelecidas pelo Poder Execu vo federal; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) XIX – sistemas de tecnologia de informação e comu- nicação estratégicos – bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja descon nuidade provoque dano significa vo à administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às in- formaçõescrí cas:disponibilidade,confiabilidade,segurança e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) Seção III Das Obras e Serviços Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste ar go e, em par cular, à seguinte sequência: I – projeto básico; II – projeto execu vo; III – execução das obras e serviços. § 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade com- petente, dos trabalhos rela vos às etapas anteriores, à ex- ceção do projeto execu vo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração. § 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I – houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em par cipar do processo licitatório; II – exis r orçamento detalhado em planilhas que ex- pressem a composição de todos os seus custos unitários; III – houver previsão de recursos orçamentários que as- segurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respec vo cronograma; IV – o produto dela esperado es ver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Cons tuição Federal, quando for o caso. § 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica16 . § 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quan dades ou cujos quan ta vos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou execu vo. § 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, caracterís- cas e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente jus ficável, ou ainda quando o forneci- mento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório. § 6º A infringência do disposto neste ar go implica a nu- lidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa. § 7º Não será ainda computado como valor da obra ou serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a atualizaçãomonetáriadasobrigaçõesdepagamento,desde a data final de cada período de aferição até a do respec vo pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios esta- belecidos obrigatoriamente no ato convocatório. § 8ºQualquercidadãopoderárequereràAdministração Pública os quan ta vos das obras e preços unitários de determinada obra executada.17 § 9º O disposto neste ar go aplica-se também, no que couber,aoscasosdedispensaedeinexigibilidadedelicitação. 16 Assunto cobrado na prova do Cespe/CEF/Engenharia/Nível Superior/2010/ Questão 15/Asser va B. 17 Cespe/Secont-ES/Auditor/2009/Questão 42.
  • 8. 8 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve pro- gramar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execução. Parágrafo único. É proibido o retardamento imo vado da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se existente previsão orçamentária para sua execução total, salvo insuficiência financeira ou comprovado mo vo de ordem técnica, jus ficados em despacho circunstanciado da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 9º Não poderá par cipar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do forne- cimento de bens a eles necessários18 : I – o autor do projeto, básico ou execu vo, pessoa sica ou jurídica; II – empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou execu vo ou da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou deten- tor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado; III – servidor ou dirigente de órgão ou en dade contra- tante ou responsável pela licitação. § 1º É permi da a par cipação do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste ar go, na licitação de obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração interessada. § 2º O disposto neste ar go não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto execu vo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração. § 3º Considera-se par cipação indireta, para fins do disposto neste ar go, a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou tra- balhista entre o autor do projeto, pessoa sica ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários. § 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos mem- bros da comissão de licitação. Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas seguintes formas: I – execução direta; (pela própria Administração) II – execução indireta, nos seguintes regimes: a) empreitada por preço global; b) empreitada por preço unitário; c) (Vetado) d) tarefa; e) empreitada integral. Parágrafo único. (Vetado) Art. 11. As obras e serviços des nados aos mesmos fins terão projetos padronizados por pos, categorias ou classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às condições peculiares do local ou às exigências específicas do empreendimento. Art. 12. Nos projetos básicos e projetos execu vos de obras e serviços serão considerados principalmente os se- guintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) I – segurança; II – funcionalidade e adequação ao interesse público; III – economia na execução, conservação e operação; IV – possibilidade de emprego de mão de obra, mate- riais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação; 18 Assunto cobrado na prova do Cespe/Seplag-DF/Assistente de Educação - Apoio Administra vo/2009/Questão 67. V – facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; VI–adoçãodasnormastécnicas,desaúdeedesegurança do trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) VII – impacto ambiental. ┌ C ─ O item VII é de bastante relevância, diante da grande preocupação socioambiental que a população mundial está vivendo, mas ainda não vi ser cobrado em uma prova. Seção IV Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos rela vos a: I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou execu vos; II – pareceres, perícias e avaliações em geral; III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou admi- nistra vas; VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; VII – restauração de obras de arte e bens de valor histó- rico. (Restauração e não compra) VIII – (Vetado) § 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissio- nais especializados deverão, preferencialmente, ser cele- brados mediante a realização de concurso, com es pulação prévia de prêmio ou remuneração. § 2ºAosserviçostécnicosprevistosnestear goaplica-se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei. § 3º A empresa de prestação de serviços técnicos espe- cializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de jus ficação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garan r que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. ┌ C ─ O art. 13 deve ser lido algumas vezes, pois você precisa saber o que é um trabalho técnico, uma vez que esse po de trabalho é citado em várias partes da lei, principalmente no art. 25, quando se fala das hipóteses exemplifica vas da inexigibilidade. Seção V Das Compras Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos or- çamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe ver dado causa19 . Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Regulamento) I – atender ao princípio da padronização, que imponha compa bilidade de especificações técnicas e de desem- penho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garan a oferecidas20 ; 19 Movens/MinistériodaCultura/AgenteAdministra vo/2010/Questão29/ItemV. 20 Assunto cobrado na prova do Cespe/TCE-RN/Assessor Técnico Jurídico/2009/ Questão 84. ─┘─ ─┘─
  • 9. 9 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 II – ser processadas através de sistema de registro de preços; III – submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; IV – ser subdivididas em tantas parcelas quantas neces- sárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade; V – balizar-se pelos preços pra cados no âmbito dos órgãos e en dades da Administração Pública. § 1º O registro de preços será precedido de ampla pes- quisa de mercado21 . § 2º Os preços registrados serão publicados trimestral- menteparaorientaçãodaAdministração,naimprensaoficial. § 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observa- das as seguintes condições: I – seleção feita mediante concorrência; II – es pulação prévia do sistema de controle e atua- lização dos preços registrados; III – validade do registro não superior a um ano. § 4º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a u lização de outros meios, respeitada a legislação rela va às licitações, sendo assegu- rado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições22 . § 5º O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser informa zado. § 6º Qualquer cidadão é parte legí ma para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompa bili- dade desse com o preço vigente no mercado. § 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda: I – a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; II – a definição das unidades e das quan dades a serem adquiridas em função do consumo e u lização prováveis, cuja es ma va será ob da, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quan ta vas de es mação; III – as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material. § 8º O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros. Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão dedivulgaçãooficialouemquadrodeavisosdeamploacesso público, à relação de todas as compras feitas pela Adminis- tração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a iden fi- cação do bem comprado, seu preço unitário, a quan dade adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, podendo ser aglu nadas por itens as compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Parágrafo único. O disposto neste ar go não se aplica aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) Seção VI Das Alienações Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente jus ficado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: 21 Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Eleitoral do Rio Grande do Sul/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/Questão 52. 22 FCC-Fundação Carlos Chagas/Procuradoria Geral do Estado do Amazonas/ Procurador do Estado de 3ª Classe/2010/Questão 22. I – quando imóveis, dependerá de autorização legis- la va para órgãos da administração direta e en dades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as en dades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos: ┌ M ─ Avendadebensimóveispúblicosobrigatoriamenteserá antecedida por uma autorização legisla va23 , entre outros requisitos. Abaixo temos as exceções a essa regra. a) dação em pagamento24 ; b) doação, permi da exclusivamente para outro órgão ou en dade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009) c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; d) inves dura; ┌ C ─ Estude a definição a seguir com atenção. e) venda a outro órgão ou en dade da administração pública, de qualquer esfera de governo; f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveisresidenciaisconstruídos,des nadosouefe vamen- te u lizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou en dades da administração pública25 ; g) procedimentos de legi mação de posse de que trata o art. 29 da Lei nº 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante inicia va e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseri- dos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou en dades da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais26 ; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009) II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos: a) doação, permi da exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, rela vamente à escolha de outra forma de alienação; b) permuta, permi da exclusivamente entre órgãos ou en dades da Administração Pública; 23 Assunto cobrado na prova da Funcab/Polícia Militar-GO/Cadete/Nível Supe- rior/2010/Questão 37/Asser va D. 24 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Seplag-DF/Assistente de Educa- ção - Apoio Administra vo/2009/Questão 66 e e Esaf/Susep/Analista Técnico da Susep/Nível Superior/2010/Questão 7. 25 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário - Análise de Sistemas/2009/Questão 29 e Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário – Médico/2009/Questão 29. 26 FCC-Fundação Carlos Chagas/Procuradoria Geral do Estado do Amazonas/ Procurador do Estado de 3ª Classe/2010/Questão 21. ─┘─ ─┘─
  • 10. 10 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica27 ; d) venda de tulos, na forma da legislação per nente; e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou en dades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; f) venda de materiais e equipamentos para outros ór- gãos ou en dades da Administração Pública, sem u lização previsível por quem deles dispõe. § 1º Os imóveis doados com base na alínea b do inciso I deste ar go, cessadas as razões que jus ficaram a sua do- ação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. § 2º A Administração também poderá conceder tulo de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso des nar-se: I – a outro órgão ou en dade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) II – a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato norma vo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal, superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quin- ze) módulos fiscais, desde que não exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009) § 2º-A.As hipótesesdoincisoIIdo§2º ficamdispensadas de autorização legisla va, porém submetem-se aos seguin- tes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009) I – aplicação exclusivamente às áreas em que a deten- ção por par cular seja comprovadamente anterior a 1º de dezembro de 2004; II – submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administra vo da des nação e da regulariza- ção fundiária de terras públicas; III – vedação de concessões para hipóteses de exploração não contempladas na lei agrária, nas leis de des nação de terras públicas, ou nas normas legais ou administra vas de zoneamento ecológico-econômico; e IV – previsão de rescisão automá ca da concessão, dis- pensada no ficação, em caso de declaração de u lidade, ou necessidade pública ou interesse social. § 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste ar go: I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante a vidades agropecuárias; II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite; e III – pode ser cumulada com o quan ta vo de área de- corrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput deste ar go, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo. § 3º Entende-se por inves dura, para os fins desta lei: I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea a do inciso II do art. 23 desta lei; II – a alienação, aos legí mos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins re- sidenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 27 FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/ Questão 52. hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. ┌ M ─ Pus em negrito o parágrafo terceiro do art. 17 porque, em muitas provas de nível superior, a pergunta que mais se faz sobre o art. 17 é quanto às definições da inves dura, talvez por confundir com a inves dura da Lei nº 8.112/1990. Lindeiro ou limítrofe significa vizinho, aquele que mora ao lado, que faz divisa de limites. § 4º A doação com encargo será licitada e de seu instru- mento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público devidamente jus ficado; § 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em garan a de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garan das por hipoteca em segundo grau em favor do doador. § 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quan a não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b desta Lei, a Administração poderá permi r o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 7º (Vetado) Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do reco- lhimento de quan a correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação28 . Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras: ┌ M ─ Venda de bens imóveis que não eram da Administra- ção, que foram recebidos como pagamentos de dívidas, em processo de execução judicial etc. Então, para vender esses bens, a Administração não precisa ser tão rigorosa. Não há necessidade de uma autorização legisla va, não são pre- cisos os mesmos requisitos do art. 17. Aqui a Administração quer transformar esses bens em dinheiro. I – avaliação dos bens alienáveis; II – comprovação da necessidade ou u lidade da alie- nação; III – adoção do procedimento licitatório, sob a modali- dade de concorrência ou leilão29 . ┌ C ─ A título de exemplo: A União adjudicou imóvel em processo judicial de execução fiscal e, para sua alienação, necessita de avaliação, comprovação da necessidade ou u lidade da alienação e deve adotar procedimento licita- tório na modalidade concorrência ou leilão30 . No mesmo sen do, o Poder Público adjudicou, em sede de execução fiscal, alguns imóveis que pertenciam a empre- 28 FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/ Questão 58. 29 Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia Legisla va- SP/Agente Legisla vo de Serviços Técnicos e Administra vos/2010/Questão 38 e Tribunal de Contas-RO/FCC – Fundação Carlos Chagas/Procurador do Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas/2010/Questão 27. 30 FCC/TRT-MG/Analista Judiciário – Administra va/2009/Questão 31. ─┘─ ─┘─ ─┘─
  • 11. 11 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 sa devedora de tributos. Pretende, então, aliená-los onero- samente para sa sfação de seu crédito. Para tanto, poderá realizar licitação sob a modalidade de leilão, não obstante também possa fazê-lo sob a modalidade de concorrência.31 CAPÍTULO II Da Licitação Seção I Das Modalidades, Limites e Dispensa Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repar ção interessada, salvo por mo vo de interesse público, devidamente jus ficado. Parágrafo único. O disposto neste ar go não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais. Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repar ção interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: I – no Diário Oficial da União, quando se tratar de lici- tação feita por órgão ou en dade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garan das por ins tuições federais; II – no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respec vamente, de licitação feita por órgão ou en dade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) III – em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação, u lizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de compe ção. ┌ M ─ Perceba que, além dos meios usuais, podem-se u lizar: rádio, televisão, outdoors etc. § 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação. § 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será: I – quarenta e cinco dias para: a) concurso; b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do po “melhor técnica” ou “técnica e preço”; II – trinta dias para: a) concorrência, nos casos não especificados na alínea b do inciso anterior; b) tomada de preços, quando a licitação for do po “melhor técnica” ou “técnica e preço”; III – quinze dias para a tomada de preços, nos casos não especificados na alínea b do inciso anterior, ou leilão; IV – cinco dias úteis para convite32 . § 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a par r da úl ma publicação do edital resumido ou 31 FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/ Questão 51. 32 FCC/Sead-RO/Auditor Fiscal/2010/Questão 86. ─┘─ da expedição do convite, ou ainda da efe va disponibilidade do edital ou do convite e respec vos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. § 4ºQualquermodificaçãonoeditalexigedivulgaçãopela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazoinicialmenteestabelecido,excetoquando,inques ona- velmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. ┌ C ─ Posso dizer que, depois das dispensas e da inexigibilida- de, o art. 22 é o mais importante da lei, então, atenção nos detalhes, pois você precisa entendê-lo palavra por palavra! Permi -me fazer uma pequena alteração na estrutura original do ar go para que as coisas ficassem um pouco mais simples. Juntei aqui parágrafos dos ar gos 22 e 23, para que as definições pudessem ficar completas. Art. 22. São modalidades de licitação: ┌ C ─ A concorrência é a modalidade de licitação mais impor- tante e mais rigorosa e, por isso, é a que tem a publicidade mais ampla, dentre outras necessárias diferenças entre as 2 modalidades de sua categoria, daí a expressão doutrinária famosa: “quem pode mais pode menos”. Concorrência, to- mada e convite, ressalvadas suas peculiaridades, compram o mesmo objeto (constante do ar go 23), sendo escolhidas pelo valor da compra. I – concorrência; § 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. Art. 23, § 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compraoualienaçãodebensimóveis,ressalvadoodisposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admi ndo-se neste úl mo caso, observados os limites deste ar go, a tomada de preços, quando o órgão ou en dade dispuser de cadastro interna- cional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País33 . Art. 23, § 4º Nos casos em que couber convite, a Admi- nistraçãopoderáu lizaratomadadepreçose,emqualquer caso, a concorrência34 . Art. 23, § 5º É vedada a u lização da modalidade “convi- te” ou “tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de “tomada de preços” ou “concorrência”, respec vamente, nos termos deste ar go, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de es- pecialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. 33 Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/Ministério da Cultura/Agente Administra vo/2010/Questão 29/Item I; Tribunal Regional Eleitoral do Acre/ FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/ Questão 26; Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/ Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Esta s ca/ Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho/Analista Judiciá- rio/Apoio Especializado/Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/ Psicologia/2010/Questão26ePrefeituraMunicipaldeMatoGrosso-PB/Soluções Concursos/Advogado/2010/Questão 23. 34 FCC/Casa Civil/Execu vo Público/Nível Superior/2010/Questão 35. ─┘─ ─┘─
  • 12. 12 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 II – tomada de preços; § 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação35 . III – convite; § 3º Convite é a modalidade de licitação entre interes- sados do ramo per nente ao seu objeto, cadastrados ou não,escolhidoseconvidadosemnúmeromínimode3(três) pela unidade administra va, a qual afixará, em local apro- priado, cópia do instrumento convocatório36 e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. ┌ C ─ Observe a seguinte asser va de prova: A Prefeitura do MunicípioÁguasAzuladaspretendecontratarumaempresa para reformar o estádio de futebol da cidade, com serviços de implantação de canaletas, execução de cobertura em estrutura metálica e melhorias de acesso com execução de pavimentação em concreto e piso em concreto. O valor es mado da obra é de R$ 120.000,00. Considerando que não ocorreu nenhuma obra anteriormente e que o gestor pretende receber as propostas no menor prazo possível, a licitação deverá ocorrer na modalidade de convite37 . Ademais, é importante observar que a modalidade de licitação que comporta menor formalismo, porque se des - na a contratações de menor vulto, é denominada convite.38 § 6º Na hipótese do § 3º deste ar go, exis ndo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idên co ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto exis rem cadastrados não convidados nas úl mas licitações. § 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste ar go, essas circunstâncias deverão ser devidamente jus ficadas no processo, sob pena de repe ção do convite. ┌ C ─ As modalidades a seguir possuem objetos bem especí- ficos. 35 Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia Legisla va- SP/Agente Legisla vo de Serviços Técnicos e Administra vos/2010/Questão 36, Cespe/ MPE-SE/Promotor Subs tuto/2010/Questão 50/Asser va B; Unemat/SAD-MT/ Delegado de Polícia/Nível Superior/2010/Questão 31/Asser va D; Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Ju- diciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/ Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/ Analista Judiciário/Apoio Especializado/Esta s ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/ Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26; FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/Questão 26 e Prefeitura Municipal de Mato Grosso-PB – Soluções Concursos – Advogado/2010/Questão 23. 36 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PGM-RR/Analista Municipal/ Procurador Municipal/2010/Nível Superior/Questão 42; FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/Área Administra- va/2010/Questão 26; Prefeitura Municipal de Boa Vista/RR/Cespe – Analista Municipal – Procurador Municipal/2010/Questão 42 e Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judi- ciário/Apoio Especializado/Esta s ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/ Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/ Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26. 37 FCC/TRT-MG/Analista Judiciário -Contabilidade/2009/Questão 52. 38 FGV/Badesc/Advogado/Nível Superior/2010/Questão 21. ─┘─ ─┘─ IV – concurso; § 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quais- quer interessados para escolha de trabalho técnico, cien - fico ou ar s co, mediante a ins tuição de prêmios ou re- muneração aos vencedores39 ,conformecritériosconstantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias40 . ┌ C ─ Perceba como são bem específicos os trabalhos com- prados por um concurso. Trabalho técnico (leia o ar go 13). V – leilão. § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados41 , ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. ┌ C ─ Oleilãopoderáserusadoparaalienaçõesdebensimóveis recebidos por meio de dação em pagamento ou procedimen- tos judiciais, bem como para a concessão ou permissão da prestação de serviços públicos. § 8º É vedada a criação de outras modalidades de lici- tação ou a combinação das referidas neste ar go. § 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste ar go, a admi- nistração somente poderá exigir do licitante não cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compa vel com o objeto da licitação, nos termos do edital. ┌ C ─ O ar go 23 refere-se à Tabela de Preços que, segundo minha observação, há muito não cai em provas, ou seja, é assunto inexplorado. Perceba que para cada po de ob- jeto temos valores diferentes, por isso tenha atenção com o seguinte: 1. Verifique qual é o seu objeto; 2. pelo valor, veja qual é a respec va modalidade. Lembrando-se de que, mesmo que pelo seu valor exista modalidade definida em lei, nada impede que o administrador escolha modalidade mais rigorosa, vide art. 23, § 4º: “Nos casos em que couber convite,a Administraçãopoderáu lizaratomadadepreços e, em qualquer caso, a concorrência.” 39 Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/Ministério da Cultura/Agente Administra vo/2010/Questão 29/Item IV e FCC/Assembleia Legisla va-SP/ Agente Técnico Legisla vo-Direito/2010/Questão 57. 40 Assunto cobrado nas seguintes provas: Prefeitura Municipal de Mato Grosso- -PB/Soluções Concursos/Advogado/2010/Questão 23; Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judi- ciário/Apoio Especializado/Esta s ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/ Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/ Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26 e Tribunal Regional Eleitoral do Acre/FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/ Área Administra va/2010/Questão 26. 41 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/DPE-AL/Defensor Público de 1ª Classe/2009/Questão 30, Cespe/MPE-SE/Promotor Substituto/2010/ Questão 50/Assertiva A, Cespe/Banco da Amazônia/Técnico Científico- -Administração/2009/Questão 115; Funcab/Polícia Militar-GO/Cadete/Nível Superior/2010/Questão 37/Asser va B; Tribunal Regional Eleitoral do Acre/ FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/Área Administra va/2010/ Questão 26, Prefeitura Municipal de Mato Grosso-PB/Soluções Concursos – Advogado/2010/Questão 23 e Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/ Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judiciário/Apoio Especial- izado/Esta s ca/AnalistaJudiciário/ApoioEspecializado/MedicinadoTrabalho/ Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26. ─┘─ ─┘─ ─┘─
  • 13. 13 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do ar go anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor es mado da contratação: I – para obras e serviços de engenharia: a) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais)42 ; b) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais)43 ; c) concorrência – acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); ┌ C ─ Para se adquirir bem imóvel para sediar as instalações do Banco da Amazônia S.A., com valor acima de dois mi- lhões de reais, a modalidade de licitação aplicável será a concorrência.44 II – para compras e serviços não referidos no inciso anterior: a) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); b) tomada de preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); c) concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais)45 . § 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela admi- nistração serão divididas em tantas parcelas quantas se com- provarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se àlicitaçãocomvistasaomelhoraproveitamentodosrecursos disponíveis no mercado e à ampliação da compe vidade, sem perda da economia de escala. § 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação dis nta, preservada a modalidade per nente para a execução do objeto em licitação. § 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações internacionais, admi ndo-se neste úl mo caso, observados os limites deste ar go, a tomada de preços, quando o órgão ou en dade dispuser de cadastro internacional de fornece- dores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 4º Nos casos em que couber convite, a Administração poderá u lizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. § 5º É vedada a u lização da modalidade “convite” ou “tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de “tomada de preços” ou “concorrência”, respec vamente, nos termos deste ar go, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 42 Cespe/CEF/Engenharia/Nível Superior/2010/Questão 15/Asser va D. 43 FCC/Assembleia Legisla va- SP/Agente Legisla vo de Serviços Técnicos e Ad- ministra vos/2010/Questão 37. 44 Cespe/BancodaAmazônia/TécnicoCien fico-Administração/2009/Questão116. 45 Assunto cobrado na prova da FCC/TRT-MG/Técnico Judiciário – Administra- va/2009/Questão 43. ─┘─ § 6º As organizações industriais da Administração Federal direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limi- tes estabelecidos no inciso I deste ar go também para suas compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes à União. § 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permi da a cotação de quan dade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da compe vidade, podendo o edi- tal fixar quan ta vo mínimo para preservar a economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados no caput deste ar go quando for- mado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número. ┌ M ─ O ar go 24 conjugado com os ar gos 25 e 17 são alguns dos mais importantes para a prova. Entender cada um de seus 28 incisos é necessário. Art. 24. É dispensável a licitação: ┌ M ─ 1º Esta lista é taxa va e exaus va, não se podem, por analogia ou vontade do administrador, criar outras; 2º Aqui o juiz é o administrador público que, a seu crité- rio, julga quando cabe a licitação ou quando ela se tornará incovenienteouinoportuna,verificadaamo vaçãonoscasos elencados no ar go 26. 3ºAdispensadelicitaçãocaracteriza-sepelacircunstân- cia de que, em tese, poderia ser realizado o procedimento, mas que, dadas as peculiaridades do caso, o legislador decidiu não torná-lo obrigatório.46 I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I do ar go anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser reali- zadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso II do ar go anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem; ┌ C ─ A tulo de exemplo, observe a seguinte asser va de prova: Considerando que, em razão de guerra externa de- claradapelopresidentedaRepública,certoestadonecessite adquirir gêneros alimen cios e cobertores para atender a necessidades básicas de parcela da população local, será lícito ao estado contratar a aquisição dos referidos bens por dispensa de licitação47 . 46 FCC/Assembleia Legisla va-SP/Procurador/2010/Questão 57. 47 Cespe/TRE-PR/Técnico Judiciário/Programação de Sistemas/2009/Questão 27. ─┘─ ─┘─ ─┘─
  • 14. 14 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou par culares, e somente para os bens neces- sários ao atendimento da situação emergencial ou cala- mitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecu vos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respec vos contratos; ┌ C ─ Seguindo tal raciocínio, observe a questão cobrada em prova: Caso haja enchente em um rio que passe pela sede de um município, será dispensável a licitação para a aqui- sição de bens e serviços necessários ao atendimento da população a ngida, como cobertores, colchões e material para a reconstrução de casas e escolas. No prazo máximo de 180 dias, consecu vos e ininterruptos48 . V – quando não acudirem interessados à licitação an- terior e esta, jus ficadamente, não puder ser repe da sem prejuízo para a Administração, man das, neste caso, todas as condições preestabelecidas; ┌ M ─ Chamada pela doutrina de licitação deserta. VI – quando a União ver que intervir no domínio eco- nômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos pra cados no mer- cado nacional, ou forem incompa veis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persis ndo a situação, será admi da a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48) ┌ M ─ Chamada pela doutrina de licitação fracassada. VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou en dade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compa vel com o pra cado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) IX – quando houver possibilidade de comprome mento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento) X – para a compra ou locação de imóvel des nado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compa vel com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 48 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário - Análise de Sistemas/2009/Questão 28 e Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário/ Médico/2009/Questão 28. ─┘─ ─┘─ ─┘─ XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; ┌ C ─ Ex.:Determinadoórgãopúblicoinstaurouprocedimento licitatório para contratação de obras de reforma de seu edi cio sede. A empresa contratada iniciou a reforma, porém, em face de problemas financeiros supervenientes, paralisou os serviços. Diante dessa situação, a Administra- ção poderá, após a rescisão do contrato, contratar, com dispensa de licitação, o segundo colocado no procedimento licitatório rela vo ao contrato rescindido, desde que aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor49 . XII – nas compras de hor fru granjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire- tamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XIII – na contratação de ins tuição brasileira incumbida regimentalouestatutariamentedapesquisa,doensinooudo desenvolvimento ins tucional, ou de ins tuição dedicada à recuperaçãosocialdopreso,desdequeacontratadadetenha inques onável reputação é co-profissional e não tenha fins lucra vos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifesta- mente vantajosas para o Poder Público; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de auten cidade cer ficada, desde que compa veis ou inerentes às finalidades do órgão ou en dade. ┌ C ─ A tulo de exemplo: O Ins tuto do Patrimônio Histórico e Ar s co Nacional (Iphan) pretende adquirir para o seu acervoobjetoshistóricos,deauten cidadecer ficadaealto valor econômico. Nessa situação, a licitação é dispensável.50 XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formu- lários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informá ca a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou en dades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XVII – para a aquisição de componentes ou peças de ori- gem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garan a técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garan a; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) 49 FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal de Contas-RO/Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas/2010/Questão 25. 50 Movens/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2010/Questão 42/ Asser va E. ─┘─ ─┘─
  • 15. 15 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou locali- dadesdiferentesdesuassedes,pormo vodemovimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os pro- pósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea a do incico II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e admi- nistra vo, quando houver necessidade de manter a padroni- zação requerida pela estrutura de apoio logís co dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão ins tuída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XX – na contratação de associação de portadores de deficiência sica,semfinslucra vosedecomprovadaidonei- dade, por órgãos ou en dades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o preço contratado seja compa vel com o pra cado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) XXI – para a aquisição de bens e insumos des nados exclusivamente à pesquisa cien fica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras ins tuições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, per- missionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e con- troladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compa vel com o pra cado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respec vas esferas de governo, para a vidades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) XXV – na contratação realizada por Ins tuição Cien fica e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a trans- ferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004) XXVI – na celebração de contrato de programa com ente daFederaçãooucomen dadedesuaadministraçãoindireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reu lizáveis, em áreas com sistema de coleta sele va de lixo, efetuados por associações ou coopera vas formadas exclu- sivamente por pessoas sicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compa veis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007). XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzi- dos ou prestados no País, que envolvam, cumula vamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autorida- de máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007). XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços paraatenderaoscon ngentesmilitaresdasForçasSingulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente jus ficadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ra ficadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008). XXX – na contratação de ins tuição ou organização, pú- blica ou privada, com ou sem fins lucra vos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito doProgramaNacionaldeAssistênciaTécnicaeExtensãoRural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, ins tuído por lei federal. Vigência XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembrode2004,observadososprincípiosgeraisdecontra- tação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste ar go serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públi- cos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Execu vas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005) Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabi- lidade de compe ção51 , em especial: I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gê- neros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca52 , devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas en dades equivalentes; ┌ C ─ Nesse sen do, observe a seguinte asser va de prova: Caso certo município necessite adquirir so ware de in- formá ca fabricados por fornecedor exclusivo, conforme atestado fornecido pelo órgão competente, ensejando a inviabilidade de compe ção entre eventuais licitantes, será inexigível a licitação para a aquisição dos referidos so ware de informá ca53 . No entanto, se a administração pública de determinado município adquiriu, sem licitação, certo equipamento de uma empresa, argumentando ser essa a única organização no município e na região a fornecer o produto em questão. O Ministério Público alega que tal aquisição configura ato de improbidade administra va, pois, conforme atestado do órgão de comércio de registro local, no município há outras empresas que dispõem do produto, com marca si- milar, qualidade compa vel e preços iguais ou inferiores, 51 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Banco de Brasília/Advoga- do/2010/Questão 85, Movens/Ministério da Cultura/Analista Administra- vo/2010/Questão 34/Asser va C, FCC/TRE-AM/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2010/Questão 68, Movens/Ministério da Cultura/Agente Administra vo/2010/Questão 29/Item II, Fepese/MPE/Procurador Geral do Ministério Público/Nível Superior/2010/Questão 15/Asser va C e Esaf/Susep/ Analista Técnico da Susep/Nível Superior/2010/Questão 11/Asser va D. 52 Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – Ad- ministra va/2010/Questão 45/Asser va A, Movens/Ministério da Cultura/ Agente Administra vo/2010/Questão 41/Asser va D, FCC/TRE-AM/Analista Judiciário – Área Judiciária/2010/Questão 39 e FGV/Badesc/Advogado/Nível Superior/2010/Questão 29. 53 Cespe/TRE-PR/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas/2009/Questão 28. ─┘─
  • 16. 16 LEINº8.666/1993LEINº8.666/1993 conforme o caso. A par r dessa situação hipoté ca, caso a informação prestada pelo Ministério Público, de que há outras empresas que dispõem do produto, seja verdadeira, então a situação em comento não configura inexigibilidade de licitação, especialmente por se tratar de aquisição dire- cionada que impõe preferência por determinada marca, o que é vedado pela lei em questão.54 II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibi- lidade para serviços de publicidade e divulgação55 ; III – para contratação de profissional de qualquer setor ar s co, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crí ca especializada ou pela opinião pública56 . ┌ C ─ Se o Ministério da Cultura pretende contratar direta- mente músico profissional consagrado pela crí ca espe- cializada e pela opinião pública para par cipar da festa de comemoração dos cinquenta anos de Brasília. Nessa hipótese, a licitação é inexigível.57 § 1º Considera-se de notória especialização o profissio- nalouempresacujoconceitonocampodesuaespecialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou deoutrosrequisitosrelacionadoscomsuasa vidades,permi- ta inferir que o seu trabalho é essencial e indiscu velmente o mais adequado à plena sa sfação do objeto do contrato. § 2º Na hipótese deste ar go e em qualquer dos casos dedispensa,secomprovadosuperfaturamento,respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o for- necedor ou o prestador de serviços e o agente público res- ponsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis58 . Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigi- bilidade referidas no art. 25, necessariamente jus ficadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ra ficação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilida- de ou de retardamento, previsto neste ar go, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: I – caracterização da situação emergencial ou calamitosa que jus fique a dispensa, quando for o caso; II – razão da escolha do fornecedor ou executante; III – jus fica va do preço. IV – documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados. 54 Cespe/Banco de Brasília/Advogado/2010/Questão 86. 55 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário – Análise de Sistemas/2009/Questão 30, Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário – Médico/2009/Questão 30. Movens/Ministério da Cultura/Agente Admi- nistra vo/2010/Questão 41/Asser va C e Fepese/MPE/Procurador Geral do Ministério Público/Nível Superior/2010/Questão 12/Asser va D. 56 Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/TRT-MG/Analista Judiciário -Contabilidade/2009/Questão 51, Funiversa/Iphan/Auxiliar Institucional -Administra vo/2009/Questão 31, FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – Adminis- tra va/2010/Questão 45/Asser va E, Esaf/Susep/Analista Técnico da Susep/ Nível Superior/2010/Questão 11/Asser va E e Unemat/SAD-MT/Delegado de Polícia/Nível Superior/2010/Questão 31/Asser va C. 57 Movens/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2010/Questão 40/ Asser va E. 58 Assunto cobrado na prova da Esaf/Susep/Analista Técnico da Susep/Nível Superior/2010/Questão 11/Asser va C. ─┘─ Seção II Da Habilitação Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação rela va a: I – habilitação jurídica; II – qualificação técnica; III – qualificação econômico-financeira; IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011) V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Cons tuição Federal; (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999) VI – regularidade fiscal. (Vide Lei nº 12.440, de 2011) ┌ C ─ Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ................................................................................. XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer traba- lho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a par r de quatorze anos; ................................................................................. Art. 28. A documentação rela va à habilitação jurídica, conforme o caso, consis rá em: I – cédula de iden dade; II – registro comercial, no caso de empresa individual; III – ato cons tu vo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades co- merciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores; IV – inscrição do ato cons tu vo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício; V – decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a a vidade assim o exigir. Art. 29. A documentação rela va à regularidade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consis rá em: (Redação dada pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigente) I – prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); II – prova de inscrição no cadastro de contribuintes esta- dual ou municipal, se houver, rela vo ao domicílio ou sede do licitante, per nente ao seu ramo de a vidade e compa vel com o objeto contratual; III – prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei; IV – prova de regularidade rela va à Seguridade Social e ao Fundo de Garan a por Tempo de Serviço (FGTS), demons- trandosituaçãoregularnocumprimentodosencargossociais ins tuídos por lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) V–provadeinexistênciadedébitosinadimplidosperante a Jus ça do Trabalho, mediante a apresentação de cer dão nega va, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência) Art. 30. A documentação rela va à qualificação técnica limitar-se-á a: I – registro ou inscrição na en dade profissional com- petente; II – comprovação de ap dão para desempenho de a vi- dade per nente e compa vel em caracterís cas, quan da- des e prazos com o objeto da licitação, e indicação das insta- lações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados ─┘─