1. DIOCESE DE TIANGUÁ
Escola Diaconal
Diaconado no Oriente e no
Ocidente
Célio Santiago
6 de setembro de 2014
2. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Cristãos orientais unidos aos ocidentais,
fazendo parte da Igreja universal, e os
cristãos orientais separados ou
cismáticos.
• Os orientais unidos prestam obediência
ao Papa e professam as mesmas
verdades de fé que os ocidentais.
3. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Diferem em pontos secundários, como
sejam a língua, as cerimônias da sua
liturgia (batizam por imersão, distribuem
a Comunhão em duas espécies...) e
algumas observâncias de Direito
Canônico (permitem, por exemplo, que
um subdiácono casado receba as ordens
maiores, não, porém, que um diácono ou
um sacerdote se casem).
4. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Essas diferenças se devem a tradições
locais, correspondentes à índole própria
dos diversos povos; não atingem
questões essenciais de fé ou disciplina;
foram, aliás, promulgadas pelo Código de
Direito Oriental.
5. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Quanto aos orientais cismáticos, não
reconhecem o papa.
A maioria desses cristãos constitui o que
se chama a Igreja Ortodoxa, separada de
Roma desde 1054. Professam a fé dos
sete primeiros concílios ecumênicos
(gerais), dos quais o último se reuniu em
Nicéia no ano de 787.
6. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• O título de ortodoxas lhes vem do fato de
que sempre defenderam a reta doutrina
contra as grandes heresias. Não
reconhecem algumas das verdades da fé
que, contidas na Revelação escrita ou
oral, só na Idade Média ou em tempos
mais recentes foram claramente
formuladas ou definidas pela Igreja;
7. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Negam que o Espírito Santo proceda do
Filho, como procede do Pai; não aceitam
o dogma da Imaculada Conceição;
algumas de suas crenças após o séc. 16
foram afetadas pelo racionalismo e o
protestantismo. Conservam, porém, os
mesmos sacramentos dos ocidentais.
8. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Cada Igreja oriental constitui uma Igreja
autocéfala, governada por um Patriarca
ou Metropolita próprio; contam-se
quinze dessas comunidades
independentes:
9. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• o Patriarcado de Constantinopla (que possui
sobre os demais um primado honorífico), o
patriarcado de Alexandria, o de Antioquia, o
de Jerusalém, a Igreja de Chipre, o
Arcebispado do monte Sinai, a Igreja Russa, o
Catolicado da Geórgia, a Igreja da Bulgária, o
Patriarcado da Sérvia, o Patriarcado da
Romênia, a Igreja grega, a Igreja polonesa, a
Igreja Albanesa, a Igreja da Letônia.
10. Igreja Oriental e Igreja Ocidental
• Costumam crismar logo depois do
batismo, permitem o divórcio em caso de
adultério, frequentam raramente a
Eucaristia. Muitos dos fiéis que vivem no
cisma estão de boa fé.; os orientais têm,
sim, uma alma profundamente religiosa.
11. Responda
( ) Batismo por aspersão
1- Igreja Oriental
( ) Espírito Santo vem do Pai
2 – Igreja Ocidental
( ) Crismam crianças
( ) Ortodoxos
( ) Comungam frequente
12. Resposta
( 2 ) Batismo por aspersão
1- Igreja Oriental
( 2 ) Espírito Santo vem do Pai
2 – Igreja Ocidental
( 1 ) Crismam crianças
( 1 ) Ortodoxos
( 2 ) Comungam frequente
14. Diaconado Oriental e Ocidental
• Seja no Oriente ou no Ocidente, o diaconado
se fundamenta no texto dos Atos dos
apóstolos(cap. 6), a escolha dos 7. Vamos ler.
• A palavra diácono (diakonos)não aparece no
texto.
• Atualmente há uma preferência de procurar a
origem do diaconado no fim dos tempos
apostólicos, principalmente nas cartas
pastorais.
15. Diaconado Oriental e Ocidental
• §1571 Desde o Concílio Vaticano II, a Igreja
latina restabeleceu o diaconato "como grau
próprio e permanente da hierarquia", a passo
que as Igrejas do Oriente sempre o
mantiveram. Esse diaconato permanente,
que pode ser conferido a homens casados,
constitui um importante enriquecimento
para a missão da Igreja. CIC
16. Diaconado Oriental e Ocidental
• A expressão diaconato permanente
não se encontra nos documentos do
Concílio Vaticano II, aparece depois
nos documentos do magistério (Sacrum
diaconaus ordinem (1967), Ad Pascedum (1972), Código
Direito Canônico (1983), Catecismo da Igreja Católica (1992))
17. Diaconado Oriental e Ocidental
• Nos primeiros séculos da Igreja os
padres eram mais permanentes que
os diáconos, pois quase sempre se
escolhiam bispos dos diáconos, sem
passar transitoriamente pela ordem
presbiteral.
18. Diaconado Oriental e Ocidental
• A fórmula de imposição das mãos
do bispo foi retirada:
• Constituciones Ecclesiae aegyptiacae (séc. IV), Didascalia
apostolorum (séc. IV), Statuta Ecclesiae antiqua (doc.
Gaulês se. V)
• Que os diácono são ordenados “tendo em
vista não o sacerdócio, mas sim o ministério!
(non ad sacerdotium, sed ad ministerium).
19. Diaconado Oriental e Ocidental
• Tradicio apostolica de Hipólito de Roma (séc.
III) ad ministerium apiscopi – para o ministério
do bispo.
• Inácio de Antioquia designava os diáconos a
serviço da Igreja.
• Statuta Eclessiae antiqua – 475 – designa o
diácono com o duplo serviço: para o bispo e
para o presbiterado.
20. Diaconado Oriental e Ocidental
• No século III o sacerdote é somente o
bispo e não os padres. Assim, a eucaristia
era presidida somente pelo bispo.
• No século IV por causa da expansão do
cristianismo é que os padres começam a
acompanhar comunidades e presidir a
eucaristia.
21. Diaconado Oriental e Ocidental
• Nessa época o rito de ordenação de
diáconos passa a destacar que os
diáconos são ordenados para o
ministério do bispo. Não como servidores
do bispo mas ao ministério episcopal.
• Esse ministério diaconal pode ser
chamado apostólico, pois cuida de
salvaguardar e promover a identidade
apostólica da Igreja.
22. Diaconado Oriental e Ocidental
• Em sua contribuição ao ministério
apostólico, cujo encargo compete
essencialmente ao bispo, os diáconos
atestam a identidade evangélica
manifestando, em seguimento do Cristo-servo,
que a caridade jamais acabará.
• Vamos ler 1Cor 13,8-13
23. Diaconado Oriental e Ocidental
• Foi no Concílio de Trento (CT) que foi
conformado o triplo ministério
ordenado: bispos, padres e diáconos.
• O Concílio Vaticano II honrou,
reforçou e implantou essa verdade
doutrinal do CT
24. Diaconado Oriental e Ocidental
• O diácono não é um subpadre e nem
um superleigo.
• O ministros ordenados existem na
comunidade eclesial e ao seu
serviço. Se sentem chamados e
aceitam esse chamado como uma
missão (vocação)
25. Diaconado Oriental e Ocidental
• Os diáconos significam a vocação
diaconal de toda a Igreja que é seu
Corpo e atestam, dessa forma, a
autenticidade da eucaristia que ela
celebra.
26. Diaconado Oriental e Ocidental
• Provavelmente jamais se saberá com
plena evidência qual foi a razão
determinante do declínio do
diaconado.
27. Diaconado Oriental e Ocidental
• O diaconado, que se afirmou durante
os anos 180 – 260, no contexto de
uma Igreja em expansão, vai se
esvaziar, do século IV ao VII, de todo
conteúdo funcional, para se
transformar em fase ritualizada de
um curso clerical.
28. Diaconado Oriental e Ocidental
• Fócio, patriarca de Constantinopla no
século IX, censurava os latinos por
ordenar bispos entre diáconos, sem
prévia ordenação sacerdotal.
29. Diaconado Oriental e Ocidental
• Calisto (217-222), Siricio (384-399), Leão
Magno (440-461), Gregório Magno (590-604),
Saviniano (604-606), Atanásio de Alexandria e
Ceciliano de Cartago (séc. IV) foram eleitos
papa quando eram diáconos.
• Ambrósio de Milão foi escolhido bispo sem ter
sido batizado.
• Santo Agostinho foi presbítero, depois bispo,
sem ter sido diácono.
30. Diaconado Oriental e Ocidental
• Na Idade Média há 4 teses sobre a
situação dos diáconos:
• 1- ele é enviado sozinho a uma
comunidade onde não há padre;
• 2 – é enviado para auxiliar um padre que
está sobrecarregado.
31. Diaconado Oriental e Ocidental
• 3- Ou então serve na Igreja de seu bispo,
nesse caso suas funções diminuem;
• 4- Se é arquidiácono, então tem encargos
mais importantes que os dos padres.
32. Diaconado Oriental e Ocidental
• No século X, Roma passa a adotar
definitivamente o o diaconado em
cursus, isto é, uma fase de
escolarização e de formação para o
sacerdócio.
33. Diaconado Oriental e Ocidental
• Os diáconos da Idade Média
assemelham-se bastante aos
diáconos orientais que o concílio In
trullo (692, c. 16) consagra
definitivamente como liturgistas.