O documento descreve várias técnicas utilizadas na terapia cognitivo-comportamental para identificar e modificar pensamentos automáticos desadaptativos, incluindo a descoberta guiada de pensamentos, registro de pensamentos, geração de alternativas racionais e exercícios como ensaios cognitivos.
2. “Os métodos para descobrir e modificar os pensamentos
automáticos desadaptativos encontram–se no cerne da
abordagem cognitivo-comportamental.”
Identificar
Modificar
Redução significativa de sintomas!
3. A identificação e a modificação ocorrem juntas
como parte de um processo progressivo de
desenvolvimento de um estilo de pensamento
racional.
4. 1. Reconhecimento das mudanças de humor
“Nos estágios iniciais da TCC, os terapeutas precisam ajudar os pacientes a entender o
conceito de pensamentos automáticos e a reconhecer algumas dessas cognições.”
“Uma boa regra é considerar qualquer mostra de emoção como um sinal de que
ocorreram pensamentos automáticos.”
“A mudança de humor é um método especialmente útil de descobrir pensamentos
automáticos, porque normalmente gera cognições
que são emocionalmente
carregadas, imediatas e de alta relevância pessoal.”
5. 2. Psicoeducação
“Geralmente, dedicamos algum tempo no início da terapia a breves
explicações sobre a natureza dos pensamentos automáticos e como eles
influenciam a emoção e o comportamento.”
6. 3. Descoberta guiada para pensamentos automáticos
1. Faça questionamentos que estimulem a emoção. - As emoções são sinais de
que o tópico é importante para o paciente.
2. Seja específico – O Questionamento deve ser focado em uma situação
claramente definida e memorável.
3. Focalize em eventos recentes não no passado distante - O questionamento
sobre eventos recentes normalmente tem a vantagem de dar acesso aos
pensamentos automáticos que na verdade ocorreram na situação e que podem
ser mais passível de mudança.
4. Mantenha-se em uma linha de questionamento e um tópico. – Tente evitar
pular de tópico em tópico. É mais importante fazer um trabalho completo, trazendo
à tona uma série de pensamentos automáticos em uma única situação do que
explorar diversas situações.
7. 3. Descoberta guiada para pensamentos automáticos
4. Mantenha-se em uma linha de questionamento e um tópico. – Se puderem
aprender a identificar totalmente seus pensamentos automáticos para um
determinado problema , terão maior probabilidade de fazer o mesmo em outras
situações.
5. Vá fundo. – Os pacientes geralmente relatam apenas alguns pensamentos
automáticos, o terapeuta pode fazer perguntas que ajudem o paciente a contar a
história toda.
6. Utilize suas habilidades de empatia. –Coloque-se no lugar do paciente e pense
como ele pode estar pensando, assim você conseguirá desenvolver suas habilidades
para entender suas cognições que são comuns em vários quadros clínicos, tornandose mais ágil em perceber os pensamentos automáticos.
8. 3. Descoberta guiada para pensamentos automáticos
7. Conte com a formulação de caso para saber que caminho tomar. – A
formulação do caso, mesmo em estágio inicial, pode dar uma ajuda inestimável sobre
quais questionamentos seguir. O conhecimento de fatores estressores e precipitantes
surgirão tópicos importante para discussão. A avaliação dos sintomas, dos pontos
fortes, das vulnerabilidades permitirão que o terapeuta personalize as perguntas aos
pacientes.
9. 4. Registro de pensamentos
• O processo de registro chama atenção do paciente para as cognições
importantes;
• Frequentemente estimula a indagação sobre a validade dos padrões de
pensamento;
• O fato de ver os pensamentos escritos, geralmente, dá início ao empenho
espontâneo de rever ou corrigir as cognições desadaptavas.
10. 5. Imagens mentais
• Quando os pacientes têm dificuldades para elaborar seus pensamentos
automáticos, esse exercício, geralmente, produz resultados excelentes.
• Essa técnica ajuda os pacientes a reviver eventos importantes em sua
imaginação para entrar em contato cm os sentimentos e pensamentos que
tiveram.
• A capacidade do terapeuta de explicar e estimular a geração de imagens
mentais pode fazer uma grande diferença no modo como os pacientes
mergulham na experiência.
11. 6. Role-play
No role-play o terapeuta faz o papel de uma pessoa na vida do paciente ou o
inverso. Está técnica é usada com menos frequência, devido as possíveis
implicações na relação terapêutica. Os seguintes questionamentos devem ser feitos
antes de aplicar essa técnica:
1. Como o role-play nessa situação com essa figura importante na vida do paciente,
afetaria a relação terapêutica? ( Ex. Pai agressivo)
2. O teste da realidade do paciente é forte suficiente para ver essa experiência com
uma dramatização e retornar o trabalho depois?
3. Esse role-play tocaria em questões relacionadas de longo tempo ou seria focado
em um evento mais restrito?
12. 7. Inventário para pensamentos automáticos
O inventário mais extensivamente pesquisado para pensamentos automáticos é
Questionário de Pensamentos Automáticos (ATQ). Embora venha sendo usado
primordialmente em pesquisas para medir as modificações nos pensamentos
automáticos associados ao tratamento, esse questionário também pode ser usado no
consultório quando o paciente tiver dificuldades de detectar suas cognições.
13. 1. Questionamento Socrático
•
Processo de intervenção cognitiva para mudar os pensamentos disfuncionais.
•
Alguns benefícios são: intensificação da relação terapêutica, estimulação da indagação,
melhor entendimento de cognições e comportamentos importantes, promoção do
•
engajamento ativo do paciente na terapia.
Características chaves do Questionamento Socrático:
1. Faça perguntas que revelem oportunidades de mudança.
2. Faça perguntas que tragam resultados – Questionamentos que rompam um padrão de
pensamento desadaptativo.
Se os questionamentos feitos não produzirem resultados
emocionais ou comportamentais revise a formulação do caso e reveja as estratégias.
3. Faça perguntas que envolvam os pacientes no processo de aprendizagem.- Um dos
objetivos desta técnica é ajudar os pacientes a se especializarem em “pensar sobre o
pensamento”. Incentivá-los a olhar sobre novas perspectivas.
14. 1. Questionamento Socrático
4. Elabore perguntas de forma que seja produtiva para o paciente. - É preciso levar em
consideração o nível cognitivo e seus sintomas, onde as perguntas sejam um desafio para que o
paciente pense mas que não faça-o se sentir pressionado ou intimidado. Faça perguntas que
você acredite que o paciente seja capaz de responder.
5. Evite Fazer perguntas de comando. – Esse deve ser um método que viabilize o aumento da
capacidade d paciente de pensar de maneira flexível e criativa.
6. Use pergunta de múltipla escolha.
15. 2. Registro de Mudança de Pensamento
• O automonitoramento é feito através
dos
registros
de
pensamentos,
considerado procedimento de alto
impacto por Beck (1979).
• O RPD (Registro de pensamentos
disfuncionais) incentiva os pacientes a:
1.
Reconhecer
seus
pensamentos
automáticos;
2. Aplicar métodos de mudanças de
pensamentos (identificar erros, examinar
evidencias.)
3. Observar resultados positivos em seus
esforços
para
modificar
seus
pensamentos.
16. 2. Registro de Mudança de Pensamento
SITUAÇÃO
Descrever
evento, fluxo de
pensamentos e
sensações
fisiológicas.
PENSAMENTO
AUTOMÁTICO
EMOÇÃO
Pensamento
automático e
grau de crença
Especificar a
emoção e grau
da emoção
RESPOSTA
RACIONAL
RESULTADO
Identificar erros
cognitivos,
escrever resposta
racional e grau de
crença.
Grau de emoções
subsequentes e
descrever as
mudanças
comportamentais
• É sugerido que paciente preencha a RPD como tarefa de casa e traga as
sessões;
• É necessário observar o grau de crença nos pensamentos automáticos pois os
mesmo fornece pistas sobre a maleabilidade ou resistência dessas cognições.
17. 3. Geração de Alternativas Racionais
Pensamento Lógico
Força do pensamento positivo
“O terapeuta deve ajudar ao paciente a enxergar as circunstâncias de forma mais
racional possível e depois trabalhar as maneiras adaptativas de lidar com os
problemas.”
18. 3. Geração de Alternativas Racionais
Desenvolvendo os pensamentos lógicos:
1. Abra a sua mente para as possibilidades
2. Pense com pensava antes. – Tente ajudar os pacientes a entrarem em contato
com a maneira como se viam antes de ficarem deprimidos ou ansiosos, acessando
assim, os pensamentos adaptativos que foram esquecidos.
3. Faça um branstorm.
4. Aprenda com os outros.
19. 4. Identificação dos erros cognitivos
• Normalmente, é explicado rapidamente na sessão de terapia sobre os erros
cognitivos, devido ao tempo que pode ser tomado da sessão. Sendo necessário
instruir e incentivar o paciente a buscar informações sobre os erros cognitivos.
• Para muitos pacientes, identificar e nomear os erros cognitivos são uma das
partes mais desafiadoras no desenvolvimento das habilidades na terapia
cognitiva. Esses erros no modo de pensar foram repetidos durante muitos anos
e se tornaram automáticos no processamento de informações.
• O terapeuta precisa chamar atenção repetidas vezes para esse fenômeno.
Reconhecer qualquer erro pode ajudar a pensar de maneira mais lógica.
20. 5. Exame das evidências
• Essa técnica consiste em elaborar uma lista de evidências a favor e contra a
validade de um pensamento automático ou outra cognição, avaliar essas
evidências e então, trabalhar na modificação dos pensamentos para que seja
consistente com as evidencias recém-descobertas
21. 6. Descatrastofização
• Comum em pessoas depressivas e
ansiosas;
• Essas
previsões
influenciadas
cognitivas,
são
pelas
comumente
distorções
observadas
nestes
transtornos. Porém, às vezes o medo
tem razão de ser, e deve ser trabalhado
a forma de enfrentar a situação.
22. 7. Reatribuição
• A atribuição são os significados que as pessoas dão a eventos em sua vida.
1. Interno X Externo: pessoas deprimidas tendem a internalizar a culpa e as nãodeprimidas fazem uma atribuição equilibrada ou externa;
2. Geral X Específico: na depressão as atribuições são devastadoras;
3. Invariável X Variável: Pessoas deprimidas fazem atribuições invariáveis e
preveem pouca chance de mudança.
23. 8. Ensaio Cognitivo
• Normalmente, é introduzido em uma sessão depois de o paciente já ter feito
algum trabalho com outros métodos para modificar os pensamento automáticos,
pois estas outras experiências preparam pacienta para “lançar mão de tudo” ao
orquestrar uma resposta adaptativa.
Passos para o paciente:
1. Pense na situação com antecedência;
2. Identifique possíveis pensamentos automáticos e comportamentos;
3. Modifique os pensamentos automáticos fazendo um RPD;
4. Ensaie o modo mais adaptativo de pensar e se comportar
5. Implemente a nova estratégia.
24. 9. Cartões de enfrentamento
• O uso dos cartões pode ser uma maneira produtiva de ajudar ao paciente a
praticarem as principais intervenções aprendidas na TCC;
• Nos cartões, deve-se escrever instruções que os pacientes gostariam de dar a
si mesmos para ajudá-los a enfrentar questões ou situações importantes.
25. Sarah Karenina
Psicóloga CRP 15/3785
MBA em Gestão Estratégicas de Pessoas
“Nenhuma técnica psicológica funcionará se o amor não
funcionar!”