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www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  OS MAIAS EPISÓDIOS DA VIDA ROMÂNTICA Eça de Queirós PERSPECTIVA NARRATIVA E  ESTILO DA PROSA QUEIROSIANA  Edição seguida:  Edição, Livros do Brasil (2006) de acordo com a 1ª ed. 1888.
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  ACÇÃO  e  Delimitação da narrativa  CRÓNICA DE COSTUMES Narrativa aberta Secundária INTRIGA Principal Narrativa Fechada Dois Níveis da ACÇÃO Sequências narrativas: . Encaixe:  História de Mª Eduarda, contada por ela própria; .  Encadeamento  das acções na intriga central;  . Alternância:  Intriga central / Crónica de Costumes
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Intriga Secundária:  História de amores, casamento e separação de  Pedro da Maia e Maria Monforte Pedro da Maia e Mª Monforte . Vida dissoluta (p.23) . Encontro fortuito com Mª Monforte (p.24) PAIXÃO . Pedro procura um encontro com Mª Monforte (pp. 27-28) . Encontro através de Alencar / Melo (pp.25-27) ELEMENTO DE OPOSIÇÃO:  a negreira  (oposição real de Afonso)  . Encontros e casamento (pp. 28-33) .Vida de casados: viagem ao estrangeiro, vida social em Arroios, nascimento dos filhos (pp.35-41) . Retardamento do encontro com  Afonso ELEMENTO DESENCADEADOR DO DRAMA:  o napolitano. . Infidelidade e fuga de Mª Monforte – reacção de Pedro O DRAMA . Regresso de Pedro ao Ramalhete, diálogo com Afonso e suicídio de Pedro (pp.47-55) . Motivação para a morte de Afonso.
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Intriga Principal:  Relação incestuosa de  Carlos da Maia e Maria Eduarda Carlos da Maia e Mª Eduarda . Vida dissoluta  . Encontro fortuito com  Mª Eduarda. PAIXÃO . Carlos procura um encontro com Mª Eduarda . Encontro através de Dâmaso (indirecto) ELEMENTO DE OPOSIÇÃO:  a amante  (oposição potencial de Afonso)  . Encontros e relações. . Vida de relações: viagem ao estrangeiro e casamento adiados, vida social na Toca.  . Retardamento por causa de Afonso ELEMENTO DESENCADEADOR DA TRAGÉDIA:  Guimarães – a carta  . Descoberta do incesto – reacções de Carlos. A IMINÊNCIA DA TRAGÉDIA . Encontro de Carlos com Afonso, mudo, sem diálogo e motivação para o suicídio de Carlos. . Morte de Afonso.
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  A Dimensão Trágica da INTRIGA . Fatalismo e temática do Incesto  (cf. Tragédia grega de Sófocles “Rei Édipo”) ; . Importância atribuída ao Destino: Cap. II / VIII / XI / XII Destino : corporizado na função de mensageiro interpretado por  Guimarães  no momento das revelações fatídicas.  . Presságios e Símbolos de natureza trágica: Cap. I / VI / IX / X / XI /XII / XIII / XIV / XVII Consultar:  - REIS, F.; SANTOS, Mª; GONÇALVEZ, Mª,  Os Maias, de Eça de Queirós – O texto em Análise . Texto Editores, 2008: pp. 64-67.  - CABRAL, Avelino,  O Realismo - Eça de Queirós e “Os Maias ”, Edições Sebenta, s/d: pp. 21-24.
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  ESPAÇO Físico Intriga Acção d’Os Maias . Ramalhete : - Espaço exterior - Espaço Interior . Vila Balzac . Consultório de Carlos . A Toca .  “casa de e severidade eclesiástica” - o valor simbólico do jardim - O escritório de Afonso “severa câmara” /  o quarto de Carlos “quarto de uma bailarina” . Sensualidade e sentimentalismo de Ega . Dandismo de Carlos / Predisposição para a sensualidade . Espaço simbólico / Ninho de amores ilícitos
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  ESPAÇO Psicológico .  Sonho de Carlos - evocação de Mª Eduarda  (Cap.VI) . Paisagem de Sintra  - evocação de Mª Eduarda  (Cap.VIII) . Inquietações de Ega depois de descobrir o parentesco que liga Carlos a Mª Eduarda  ( Cap. XVII) . Reflexões de Carlos sobre o parentesco que o liga a Mª Eduarda  (Cap. XVII)  . Contemplação de Afonso morto no Jardim  (Cap. XVII)  . Visão do Ramalhete e do avô, depois do incesto  (Cap. XVII)
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  ESPAÇO Social Crónica de Costumes Temas / Crítica Social . Santa Olávia .  Hotel Central . Corridas de cavalos  . Jantar em casa dos Gouvarinhos O Jornal “ A Tarde . Sarau no Teatro da Trindade  . Passeio Final de Carlos e Ega em Lisboa .  Educação tradicional portuguesa – Educação Inglesa . Literatura / Concepção de Arte / Critica literária / Mentalidade limitada e retrógrada.  . Desejo de imitar o estrangeiro / Mentalidade provinciana . Instrução / Concepção da educação da mulher / mediocridade mental e superficialidade de juízos (Gouvarinho e Sousa Neto)  . Parcialidade jornalística / clientelismo partidário / Vingança e dependência política . Superficialidade dos temas e ignorância das classes dirigentes /  Alheamento perante a música tocada por Cruges / Poesia Ultra-Romântica  (Alencar) / Oratória Oca de Rufino . Degradação progressiva do país.
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  TEMPO Tempo da História Tempo do Discurso . 1820 – 1875:  Antecedentes da intriga principal . 1875-1877: Vida de Carlos em Lisboa . 1887: Regresso de Carlos a Lisboa, após 10 anos de viagem O tempo cronológico é longo e significativo e abrange o percurso de várias gerações  . Ordem Temporal - Analepses Retrospectiva da família . Redução Temporal – Resumo / Elipse Resumo   Juventude de Afonso, Educação de Pedro e casamento, Educação de Carlos e os seus estudos Elipse História de Monforte com Tancredo / Crescimento de Carlos / Passagem da intriga para a partida de Carlos e Ega ANISOCRONIAS o tempo do discurso é menor do que o da história .  A   isocronia  – A cena dialogada Duração semelhante entre o tempo do discurso e o tempo da história  / Acontece fundamentalmente na intriga principal e na crónica de costumes; a narrativa adquire algumas características do texto dramático
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Personagens Esquema cedido pela professora: Paula  Margarida Pinho (Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra)
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Narrador:  Presença e Ciência Ciência Perspectiva narrativa . Omnisciente  (total conhecimento da diegese)  . Interna  (contar a história de acordo com o conhecimento e perspectiva de outras personagens) Analepse (Cap.I-II) / Esporadicamente no retrato de algumas personagens: Ega, Eusebiozinho, Dâmaso  Por Vilaça (pai):  Comenta a educação dada a Eusebiozinho e a Carlos (Cap. III) Por Carlos: . Caracterização  de Afonso,  Ega e Maria Eduarda . Juízos críticos diante dos espaços sociais lisboetas. Por Ega: . Episódios nos jornais  . Diante do Ramalhete fechado e do desfecho do drama.
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Linguagem e Estilo da Prosa queirosiana Apenas alguns dos recursos que  Eça usou com mais mestria: .  Uso expressivo do adjectivo ,  do diminutivo  (pequenez, carinho, ironia, depreciativo)   e  do advérbio  (sobretudo terminado em -mente)  para caracterizar e caricaturar (ao serviço do humor e da ironia) . Uso do  discurso e monólogo indirecto livre , para aproximar a voz do narrador da personagem; . Marcas de oralidade, que contribuem para a modernidade e intemporalidade do estilo de Eça  (uso de deícticos); .  Uso expressivo do verbo  e do advérbio para caracterizar e caricaturar; . Uso da  hipálage e da sinestesia , para transmitir diferentes sensações e impressões, bem ao gosto do impressionismo; . Recurso ao  neologismo , inovando e conferindo vivacidade ao texto ; . Recurso aos  estrangeirismos  (sobretudo  galicismos), a reflectir (e a criticar) a invasão da França na língua, na moda e nos hábitos portugueses da 2ª metade do séc. XIX.  . Recurso sistemático à  ironia , ao serviço da crítica social. Para estudar mais:  Edições Sebenta, pp. 49-56 /  Os Maias, de Eça de Queirós, O texto em análise , pp. 89-93 (reprografia) Fotocópias fornecidas pela docente
www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista  Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra Português – 11º ano (Turmas A, E e F) Bibliografia usada: . CABRAL, Avelino Soares,  O Realismo – Eça de Queirós e “Os Maias”.  Edições Sebenta, s/d. . COSTA, José R.,  Eça de Queirós, Os Maias em análise  – Antologia comentada, Porto Editora, 2005. . FERNANDES, António, Augusto,  A Síntese em Esquema - Análise Textual  (Ensino Secundário). Edições Asa, s/d.  . JACINTO, Conceição e LANÇA, Gabriela,  Análise da Obra Os Maias ,  Eça de Queirós – Ensino Secundário.  Porto Editora, 2006. . REIS, F.; SANTOS, Mª; GONÇALVEZ, Mª,  Os Maias, de Eça de Queirós – O texto em Análise . Texto Editores, 2008.

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  • 4. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Intriga Principal: Relação incestuosa de Carlos da Maia e Maria Eduarda Carlos da Maia e Mª Eduarda . Vida dissoluta . Encontro fortuito com Mª Eduarda. PAIXÃO . Carlos procura um encontro com Mª Eduarda . Encontro através de Dâmaso (indirecto) ELEMENTO DE OPOSIÇÃO: a amante (oposição potencial de Afonso) . Encontros e relações. . Vida de relações: viagem ao estrangeiro e casamento adiados, vida social na Toca. . Retardamento por causa de Afonso ELEMENTO DESENCADEADOR DA TRAGÉDIA: Guimarães – a carta . Descoberta do incesto – reacções de Carlos. A IMINÊNCIA DA TRAGÉDIA . Encontro de Carlos com Afonso, mudo, sem diálogo e motivação para o suicídio de Carlos. . Morte de Afonso.
  • 5. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista A Dimensão Trágica da INTRIGA . Fatalismo e temática do Incesto (cf. Tragédia grega de Sófocles “Rei Édipo”) ; . Importância atribuída ao Destino: Cap. II / VIII / XI / XII Destino : corporizado na função de mensageiro interpretado por Guimarães no momento das revelações fatídicas. . Presságios e Símbolos de natureza trágica: Cap. I / VI / IX / X / XI /XII / XIII / XIV / XVII Consultar: - REIS, F.; SANTOS, Mª; GONÇALVEZ, Mª, Os Maias, de Eça de Queirós – O texto em Análise . Texto Editores, 2008: pp. 64-67. - CABRAL, Avelino, O Realismo - Eça de Queirós e “Os Maias ”, Edições Sebenta, s/d: pp. 21-24.
  • 6. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista ESPAÇO Físico Intriga Acção d’Os Maias . Ramalhete : - Espaço exterior - Espaço Interior . Vila Balzac . Consultório de Carlos . A Toca . “casa de e severidade eclesiástica” - o valor simbólico do jardim - O escritório de Afonso “severa câmara” / o quarto de Carlos “quarto de uma bailarina” . Sensualidade e sentimentalismo de Ega . Dandismo de Carlos / Predisposição para a sensualidade . Espaço simbólico / Ninho de amores ilícitos
  • 7. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista ESPAÇO Psicológico . Sonho de Carlos - evocação de Mª Eduarda (Cap.VI) . Paisagem de Sintra - evocação de Mª Eduarda (Cap.VIII) . Inquietações de Ega depois de descobrir o parentesco que liga Carlos a Mª Eduarda ( Cap. XVII) . Reflexões de Carlos sobre o parentesco que o liga a Mª Eduarda (Cap. XVII) . Contemplação de Afonso morto no Jardim (Cap. XVII) . Visão do Ramalhete e do avô, depois do incesto (Cap. XVII)
  • 8. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista ESPAÇO Social Crónica de Costumes Temas / Crítica Social . Santa Olávia . Hotel Central . Corridas de cavalos . Jantar em casa dos Gouvarinhos O Jornal “ A Tarde . Sarau no Teatro da Trindade . Passeio Final de Carlos e Ega em Lisboa . Educação tradicional portuguesa – Educação Inglesa . Literatura / Concepção de Arte / Critica literária / Mentalidade limitada e retrógrada. . Desejo de imitar o estrangeiro / Mentalidade provinciana . Instrução / Concepção da educação da mulher / mediocridade mental e superficialidade de juízos (Gouvarinho e Sousa Neto) . Parcialidade jornalística / clientelismo partidário / Vingança e dependência política . Superficialidade dos temas e ignorância das classes dirigentes / Alheamento perante a música tocada por Cruges / Poesia Ultra-Romântica (Alencar) / Oratória Oca de Rufino . Degradação progressiva do país.
  • 9. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista TEMPO Tempo da História Tempo do Discurso . 1820 – 1875: Antecedentes da intriga principal . 1875-1877: Vida de Carlos em Lisboa . 1887: Regresso de Carlos a Lisboa, após 10 anos de viagem O tempo cronológico é longo e significativo e abrange o percurso de várias gerações . Ordem Temporal - Analepses Retrospectiva da família . Redução Temporal – Resumo / Elipse Resumo Juventude de Afonso, Educação de Pedro e casamento, Educação de Carlos e os seus estudos Elipse História de Monforte com Tancredo / Crescimento de Carlos / Passagem da intriga para a partida de Carlos e Ega ANISOCRONIAS o tempo do discurso é menor do que o da história . A isocronia – A cena dialogada Duração semelhante entre o tempo do discurso e o tempo da história / Acontece fundamentalmente na intriga principal e na crónica de costumes; a narrativa adquire algumas características do texto dramático
  • 10. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Personagens Esquema cedido pela professora: Paula Margarida Pinho (Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra)
  • 11. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Narrador: Presença e Ciência Ciência Perspectiva narrativa . Omnisciente (total conhecimento da diegese) . Interna (contar a história de acordo com o conhecimento e perspectiva de outras personagens) Analepse (Cap.I-II) / Esporadicamente no retrato de algumas personagens: Ega, Eusebiozinho, Dâmaso Por Vilaça (pai): Comenta a educação dada a Eusebiozinho e a Carlos (Cap. III) Por Carlos: . Caracterização de Afonso, Ega e Maria Eduarda . Juízos críticos diante dos espaços sociais lisboetas. Por Ega: . Episódios nos jornais . Diante do Ramalhete fechado e do desfecho do drama.
  • 12. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Linguagem e Estilo da Prosa queirosiana Apenas alguns dos recursos que Eça usou com mais mestria: . Uso expressivo do adjectivo , do diminutivo (pequenez, carinho, ironia, depreciativo) e do advérbio (sobretudo terminado em -mente) para caracterizar e caricaturar (ao serviço do humor e da ironia) . Uso do discurso e monólogo indirecto livre , para aproximar a voz do narrador da personagem; . Marcas de oralidade, que contribuem para a modernidade e intemporalidade do estilo de Eça (uso de deícticos); . Uso expressivo do verbo e do advérbio para caracterizar e caricaturar; . Uso da hipálage e da sinestesia , para transmitir diferentes sensações e impressões, bem ao gosto do impressionismo; . Recurso ao neologismo , inovando e conferindo vivacidade ao texto ; . Recurso aos estrangeirismos (sobretudo galicismos), a reflectir (e a criticar) a invasão da França na língua, na moda e nos hábitos portugueses da 2ª metade do séc. XIX. . Recurso sistemático à ironia , ao serviço da crítica social. Para estudar mais: Edições Sebenta, pp. 49-56 / Os Maias, de Eça de Queirós, O texto em análise , pp. 89-93 (reprografia) Fotocópias fornecidas pela docente
  • 13. www.sebentadigital.com | Português 11ºano | A professora: Dina Baptista Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra Português – 11º ano (Turmas A, E e F) Bibliografia usada: . CABRAL, Avelino Soares, O Realismo – Eça de Queirós e “Os Maias”. Edições Sebenta, s/d. . COSTA, José R., Eça de Queirós, Os Maias em análise – Antologia comentada, Porto Editora, 2005. . FERNANDES, António, Augusto, A Síntese em Esquema - Análise Textual (Ensino Secundário). Edições Asa, s/d. . JACINTO, Conceição e LANÇA, Gabriela, Análise da Obra Os Maias , Eça de Queirós – Ensino Secundário. Porto Editora, 2006. . REIS, F.; SANTOS, Mª; GONÇALVEZ, Mª, Os Maias, de Eça de Queirós – O texto em Análise . Texto Editores, 2008.