SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  12
Télécharger pour lire hors ligne
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                   http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

            INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA COMUNICAÇÃO


1. CONCEITOS

O QUE É A EXPRESSÃO?

A expressão é a manifestação do pensamento ou das ideias. Como falantes da língua portuguesa,
nós exprimimo-nos em português.


O QUE É A COMUNICAÇÃO?

A comunicação é um daqueles fenómenos mais fáceis de reconhecer do que definir. Ocorre com
imensa frequência, nas mais diversas situações e assume diferentes formas: pelo olhar, através de
gestos, de símbolos, mas sobretudo a través da palavra, no nosso dia a dia.

Inúmeros livros foram escritos com o objectivo de definir e explicar a comunicação. No entanto, é
possível delinearmos, em poucas palavras, o conceito de comunicação, se nos concentrarmos nas
suas características essenciais




              Processo dinâmico e interactivo
              Engloba, pelo menos, duas partes
              Objectivo de transmitir informação


Então, podemos afirmar que a comunicação é um processo dinâmico porque evolui. A seguir é
possível constatar que esse processo é eminentemente interactivo, pois tem de existir neste processo
pelo menos duas partes, que interajam uma com a outra. Finalmente, é perfeitamente legítimo dizer
que o objectivo dessa interacção é a transmissão de informação. Não importa o conteúdo ou a
essência da informação, o facto de ser longa ou breve, objectiva ou subjectiva, elementar ou
elaborada.



Então, tendo em conta essas quatro características, podemos partir para a nossa própria definição de
comunicação:




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                                2
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                 http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

2. CARACTERÍSTICAS DA COMUNICAÇÃO HUMANA


p
com as pessoas. E há até teorias, ainda não de todo comprovadas, que defendem que os vegetais
também possuem a capacidade de comunicar.

Há, no entanto, uma profunda diferença entre a comunicação dos seres humanos e a dos animais.
Há cerca de 100 anos, o sábio austríaco Van Frish descobriu que uma abelha quando detecta uma
fonte qualquer de açúcar, executa um rufar de asas específico, através do qual sinaliza às suas
companheiras a existência de alimento. Após século decorrido, os estudiosos da vida das abelhas
observam o mesmo fenómeno, executado da mesma forma. Se considerarmos que, em regra, os
insectos não são animais de ciclo de vida muito longo, quantas e quantas gerações de abelhas terão
vivido desde que as observações de Van Frish foram realizadas? E, no entanto, o agitar de asas é
exactamente o mesmo.

Paralelamente, ao longo destes mesmos 100 anos, a comunicação humana passou por enormes
alterações.



       Mudou, ampliou-se, cresceu em conteúdo e enriqueceu na forma

È exactamente nestas alterações que reside a colossal diferença entre a comunicação humana e a
animal. Os animais transmitem informações e processam-nas, tal como o Homem, mas só ele tem
capacidade para armazenar as informações, enriquecê-las e transmiti-las novamente, já
completamente enriquecidas.


Assim, podemos afirmar que só o ser humano:

       Transmite
       Processa
       Armazena
       Enriquece
       Reproduz a informação já enriquecida



3. CONCEITO DE CULTURA

A transmissão e o enriquecimento da informação ocorrem entre as pessoas de forma ininterrupta.
Estamos permanentemente a receber informação, a ampliá-la e a retransmiti-la. A esse ciclo
giratório denominamos de Cultura.

Frequentemente utilizamos o vocábulo no seu sentido mais limitado, quando nos referimos ao
património artístico e científico acumulado pelo género humano. Mas a cultura é muito mais: todos
os hábitos, usos e costumes, formas de estar no mundo e de sentir e interpretar a realidade
circundante constituem a cultura de uma colectividade. Actualmente, a revolução tecnológica pela
qual o mundo tem passado, com enormíssimas consequências no plano da comunicação, tende a

ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                              3
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                  http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                             TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

atenuar a diferença entre as culturas. Mas as diferenças ainda existem e certamente é utópico supor
que, num futuro próximo, a humanidade venha a possuir uma e uma só cultura. E ainda bem que
assim é: diferentes formas de pensar e de estar contribuem para o enriquecimento do património
comum da humanidade. Favorecem o ciclo de captação, de ampliação e retransmissão da
informação que antes referimos.

Dissemos que esse ciclo é ininterrupto e é esse motor contínuo que mantém a cultura viva. Quando
pára de rodar o ciclo de transmissão enriquecimento transmissão da informação, a cultura fica
estagnada e morre. E não é por outra causa que civilizações passadas (babilónios, egípcios, aztecas
e tantas mais) produziram culturas notáveis que, no entanto, por condicionantes diversas, deixaram
um dia de evoluir, foram assimiladas por outras culturas que mantêm vivo o seu dinamismo ou
simplesmente

Se quiséssemos representar plasticamente esse processo de transmissão        enriquecimento
transmissão da informação, poderíamos utilizar a figura de uma roda sempre a girar. Porém, seria
mais exacto servirmo-nos do exemplo do punhado de neve que se desprende do cimo da montanha e
que rola sem parar em direcção ao fundo do vale. Sempre a rolar e sempre a crescer de tamanho,
transformando-se numa grande bola de neve, que pode assumir proporções enormes.




                           A questão da globalização cultural

                                                                      extensão planetária dos meios
de comunicação social de massa, os mass media, com a correspondente transformação de tudo em
informação imediata e universalmente disponível
O termo indú                                  los pensadores da Escola de Frankfurt, Adorno e
Horkheimer, para designar a indústria mediática que estes autores entendiam como sendo a
indústria de produção simbólica de cariz capitalista. De acordo com estes teóricos os produtos
culturais contribuem para criar, reproduzir e manter não apenas uma ideologia dominante numa
sociedade mas também a própria estrutura dessa sociedade. Esta recria-se e reproduz-se
constantemente de acordo com a base ideológica dominante, em parte devido à força dos produtos
culturais, que pela sua produção em massa se tornariam estandardizados e homogéneos (37). Para
este autor, globalização cultural produz uniformidade, mas também diversidade. Esta última apenas
será prejudicada se, quando o alargamento da área de oferta de um determinado bem implica o
desaparecimento de um outro bem                       ponto convém frisar que mesmo numa
sociedade aparentemente homogénea e muito linear se assistem, com frequência,
a emergências singulares. No caso das indústrias culturais isso também é verdade. No universo
 mais-do-mesmo com que habitualmente somos brindados também aparecem pequenas pérolas.



ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                               4
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                   http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                               TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

Só para dar um exemplo, o cinema de massas hollywoodesco e uniforme é frequentemente espicaçado
pelo cinema independente, de baixo custo e que aposta na diversidade. Esta situação foi melhorada e
expandida a outros sectores com as potencialidades das novas tecnologias, em especial o multimédia,
    largo território de exploração cultural e comercial
     mudou bastante as condições de entrada e sucesso no sector empresarial da cultura
Boaventura Sousa Santos recorda o especial relevo que assumiu o conceito de globalização cultural
nos anos 80 lembrando          os valores, os artefactos culturais e os universos simbólicos que se
globalizam são ocidentais              , a propósito de autores como Ritzer que preferem falar de
ocidentalização ou americanização. Em todo este processo intervêm quer factores económicos e de
mercado, quer políticos. Para além de outros factores como os MCS, direito, educação ou entidades
policiais, Sousa Santos lembra que os Estados-nação não estão isentos de responsabilidade em todo
                                têm sido os arautos da diversidade cultural, da autenticidade da
cultura nacional                                   a homogeneização e a uniformidade, esmagando
a rica variedade de culturas locais existentes no território nacional
(2001:54).




4. OS SIGNOS

A comunicação é estabelecida por signos. Um signo é algo que representa uma realidade, algo que
contém uma informação. Algo que estabelece a relação lógica entre o significante (aquilo que
vemos, que captamos, como um conjunto de sons, imagens ou os próprios grafemas da escrita) e o
significado (a ideia, o conceito mental ou a interpretação que fazemos do que captamos ou vemos).

                       No signo linguístico apresentado vamos distinguir:

                              Significante: conjunto de sons percebido pelo ouvido que se
                              materializa graficamente na palavra ROSAS.

                              Significado: conceito ou interpretação mental que temos do que é
                              uma rosa.


Alguns signos são, por assim dizer naturais. Nós homens apenas aprendemos a estabelecer a relação
lógica. Assim, por exemplo, quando avistamos uma nuvem de fumo concluímos a existência de
fogo. Atribuímos ao fumo o carácter de signo do fogo. O mesmo acontece quando vemos alguém
bocejar e concluímos que a pessoa tem sono: o bocejo é o significante, cujo significado é o sono.

Mas para além dos signos naturais, há inúmeros que foram concebidos integralmente pelo ser
humano. Estes têm as características de serem arbitrários e convencionais. Nenhuma relação
obrigatória se estabelece entre ele e a realidade; cada língua recorre a um conjunto de sons
diferentes (palavras diferentes) para referir um mesmo objecto. Por exemplo: os franceses dizem

ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                                5
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                  http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO


convencionado.
Arbre, tree e árvore têm o mesmo significado, mas diferem obviamente no significante.

Tomemos como outro exemplo um semáforo de trânsito, onde cada uma das luzes é signo de uma
realidade: obrigação de parar, possibilidade de seguir e necessidade de ter atenção. Numa partida de
futebol, verificamos que há toda uma série de signos que são usados: os uniformes que sinalizam
equipas diferentes, os cartões de que o árbitro se serve e os silvos que emite com o apito assumem
significados específicos convencionados pelo próprio Homem.


5. A PALAVRA

De todos os signos de que nos servimos para comunicar, o mais importante é a palavra porque:

       É o que apresenta, em geral, maior exactidão de significado;
       É o que se presta a quase todas as situações de comunicação e, por conseguinte,
       É o de utilização mais frequente

Mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos permanentemente a utilizar as palavras. Como
consequência, quanto melhor utilizarmos as palavras, melhor e mais exacta será a nossa
comunicação; quanto mais eficiente for a nossa expressão verbal, mais eficaz será a nossa
comunicação.

O uso da palavra está sujeito a determinadas regras. E o conjunto dessas regras denominamos por
linguagem.
Existem diferentes registos de linguagem. Na verdade, há a linguagem gestual, a da expressão
facial, a da música e inúmeras outras.


Convém então destacar dois grandes tipos de linguagem

                                       Verbal                 Não verbal



       LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras
       têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está
       nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e
       interpretar as palavras);



       LINGUAGEM NÃO - VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os
       movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes:
       são os elementos não verbais da comunicação.




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                               6
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                  http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e
de época para época.

A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reacção
involuntária ou um acto comunicativo propositado.

Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e
encadear as interacções sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.

a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão
fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas
tentam inibir a expressão emocional.

b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo
pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar ameaça,
provocação.

Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão
como a de desinteresse.

c) Movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.

d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do
que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores
hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a
mostrar-se descontraídos.

e) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se
importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais
claras do que uma voz agitada.

f) A aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente o tipo de imagem que ela gostaria
de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo
de falar, etc., as pessoas criam uma projecção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As
relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projecção particular
e se os outros respeitarem essa projecção.




Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são
importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                               7
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                  http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

Mas a que mais directamente nos interessa é a linguagem verbal. Estudada de forma consistente por
L. Wittgenstein, que entretanto se baseou em estudos anteriores, e depois desenvolvida por vários
outros teóricos da matéria, a linguagem é:

       Um conjunto de signos
       Cuja utilização é subordinada a determinadas regras impostas por cada língua,
       Cuja finalidade é dar suporte à comunicação




                                             Palavras

Poucas pessoas têm verdadeira consciência da importância da palavra. Quando afirmo isso, não
estou me referindo apenas à sua importância como meio de comunicação ou na sua dimensão

pergunta: O que quer? O que pode esta língua? As línguas querem ser objeto de comunicação,
condição fundamental para que as sociedades existam e a cultura possa ser transmitida de uma para
outra geração. Mas, a segunda questão proposta de forma inteligente pelo compositor pode e deve
produzir uma ampla discussão. O que pode uma língua? Pode se transformar em arte e, nessa
dimensão, trazer o sentimento, a reflexão sobre as questões existenciais mais profundas, a crítica da
realidade, a denúncia da injustiça e a busca da compreensão da vida, do mundo, do outro. Parece
muito, mas, há um detalhe significativo que é preciso atentar: A língua é formada de palavras e
palavra é energia que pode se materializar. As pessoas de uma maneira geral, não têm cuidado com
esse detalhe, tão significativo. O que pensamos e o que falamos termina, dependendo da impressão
que essas palavras provoquem no nosso psiquismo, se materializando no nosso dia a dia. Portanto,
muitas vezes somos vítimas de nós mesmos, quando inadvertidamente, expressamos algo
desagradável ou negativo em relação a nós ou aos outros. Se observarmos e examinarmos nossa
própria vida, veremos que muitas coisas que nos aconteceram ou que acontecem são manifestações
ou materializações de nossas palavras. Por isso é fundamental ter mais cuidado e, principalmente
utilizar a palavra para produzir bem estar.

                                                                         Esclarecer

                                                                     Por Luciana Gouvêa




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                               8
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                  http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

5.1 A SINTAXE E A SEMÂNTICA

Na linguagem verbal, as regras a que nos referimos são de duas naturezas: regras de sintaxe e
de semântica.

Quando desejamos aprender uma língua, necessitamos antes de mais de um dicionário, pois este dá-
nos o significado das palavras; permite que interpretemos correctamente os signos. No dicionário
encontramos o conteúdo semântico da língua, na medida em que a semântica estuda o
significado das palavras e das frases.

Porém, ainda que nos fosse possível conhecer todas as palavras contidas no dicionário, ainda assim
não estaríamos aptos a dominar a língua. Isto porque nos faltaria conhecer a forma adequada de
articular os diferentes signos, de forma a dar um conteúdo lógico ao que dizemos ou escrevemos. O
uso da Língua não se faz através de palavras soltas. Temos a necessidade de organizá-las em frases.

Neste plano precisamos de recorrer a uma gramática. É com a gramática que aprendemos como
concatenar correcta e adequadamente as palavras. É a gramática que nos ensina a sintaxe da
língua, pois é a ciência que estuda as relações e funções das palavras nas frases.

Em conclusão, podemos afirmar que quanto maior for o domínio que tenhamos quer da semântica,
quer da sintaxe da língua, mais adequadamente poderemos comunicar-nos através dessa língua.



6. MODELOS DE COMUNICAÇÃO

Diversos foram os autores que se preocuparam em explicar como é que ocorre o fenómeno da
comunicação humana. A essas explicações chamamos modelos, pois são representações
esquematizadas do processo de comunicação.
Desses modelos, os mais conhecidos foram os desenvolvidos por Schramm e por Lasswell.

Segundo Schramm, o acto comunicacional tem início num Emissor, alguém que define não só o
que vai comunicar como também o Código ( ou seja a linguagem) que vai utilizar, razão pela qual é
chamado de Codificador. A essência da comunicação, isto é, aquilo que é informado, denomina-se
de Mensagem. O envia a mensagem codificada através de um via, também da sua escolha (que
poderá ser, por exemplo, a via oral ou a via escrita, ou outra). Essa via é o Canal, através do qual a
mensagem é recebida pelo destinatário o Receptor a quem compete descodificá-la. Por isto, o
receptor é conhecido também por Descodificador.

Este modelo de Schramm, assim definido, confere ao emissor todo o protagonismo, todo o trabalho
activo do processo de comunicação.
Os seus seguidores, contudo, cedo se aperceberam de que não era exactamente assim, pois também
o receptor realiza um papel importante nesse processo. Como vimos, a comunicação é
eminentemente interactiva e, portanto, só se completa quando, depois de receber a mensagem, o
Receptor reage, escolhendo também um código e um canal, através dos quais enviará ao Emissor
original a sua Retroacção ou Resposta.
Mas, na verdade, não é só através da resposta que se evidencia a importância do Receptor. Ela já se
faz sentir antes mesmo da mensagem ser enviada, pois quer o código, quer o canal são escolhidos
pelo Emissor tendo em conta quem é o Receptor. Por exemplo: um Emissor nunca escolherá como
código a língua japonesa se o Receptor não conhecer esse idioma, nem elegerá como canal a via
oral se o Receptor é totalmente surdo.

ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                               9
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                            TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO


No modelo de Schramm devemos ainda ressaltar um elemento importante: o Ruído. Quer isto dizer,
a possibilidade poderem ocorrer ruídos (interferências que distorcem o sentido e,
consequentemente, a compreensão da comunicação) quer aquando do envio da mensagem, quer
durante a resposta.
Uma das fontes mais frequentes de ruído é a má utilização da linguagem, que pode fazer com que a
mensagem captado pelo Receptor não seja aquela que efectivamente o Emissor desejava enviar.
Portanto o perfeito domínio da linguagem é que nos dá o conforto de vermos substancialmente
reduzido o risco de uma interpretação incorrecta das mensagens que emitimos.


O modelo de Lasswell é uma decorrência, ou antes, uma simplificação do elaborado por
Scrhamm. Focaliza exactamente os mesmos aspectos, mas, ao invés de recorrer a terminologia
específica e a uma estrutura esquemática, expressa-se apenas através de cinco perguntas simples:

       Quem?
       Diz o quê?
       Por que via?
       A quem?
       Com que efeito?

 A essas cinco perguntas correspondem como resposta os cinco termos básicos do modelo de
Schramm: Emissor, Mensagem, Canal, Receptor e Retroacção.

                      (Textos elaborados com base em apontamentos do Prof. João Pinto e Castro)




                    PASSOS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ


       Escolher adequadamente o código e o canal tendo em conta o receptor;

       A mensagem deve ser pensada e organizada seguindo os critérios de clareza, correcção e
       harmonia;

       Considerar os aspectos que dizem respeito ao contexto, isto significa que devemos atender
       aos aspectos situacionais, culturais, sociais, psicológicos, etc.;

       Não esquecer que comunicamos não apenas através de palavras (palavras em si e tom de
       vo


       Só avaliamos plenamente a eficácia da nossa comunicação ao recebermos o feedback /
       resposta do receptor, só assim saberemos se a nossa mensagem foi bem compreendida.




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                             10
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                  http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO


                          MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL


Meios de comunicação são instrumentos ou formas utilizados para a realização do processo
comunicacional.
Quando referidos à comunicação de massas, podem ser considerados como sinónimo de media.

(ou interpessoais)


Exemplos:

               Sonoros: telefone, rádio;
               Escritos: jornais, revistas;
               Audiovisuais: televisão, cinema;
               Multimédia: diversos meios simultaneamente (como escrita e audiovisual).




                                                      transmissão de cultura?

Todo. Ou pelo menos algum. Falar de Meios de Comunicação Social (MCS) enquanto elementos
de regulação cultural é abarcar num só desígnio uma série de dimensões tão díspares quanto
semelhantes da sociedade. É pelos MCS que se sabe o que se passa no mundo, que se conhecem e
visualizam outras culturas, que se sabe o que existe, o que se publica ou que se faz. É também
através dos MCS que fruímos cultura, ou pelo menos alguma, independentemente da sua qualidade.
Na realidade, cultura e comunicação são dois termos que se interpenetram desde o surgimento dos
primeiros meios de comunicação social. Apesar da existência de outros agentes mediadores e
transmissores de cultura, como a Educação ou a Família, é inegável o poder que os media exercem
sobre um número elevado de indivíduos. Para Breton, os media passaram a ser o único lugar onde
estão as informações que hão-de permitir descodificar os diferentes universos em que evoluímos
(1994:123), transferindo para os MCS o poder de orientação dos indivíduos na sociedade. Tal como
                     a comunicação não é um produto, mas um processo de troca simbólica
generalizada, processo de que se alimenta a sociabilidade, que gera os laços
sociais que estabelecemos com os outros



ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                               11
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                   http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                              TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

                                                 mediatizada por símbolos concebidos, elaborados e
legados por gerações sucessivas                                         belecem e estreitam os laços
sociais. Ainda mais quando promovidas pelos meios de comunicação que, pela sua rapidez e
                      para o alargamento da nossa experiência do mundo muito para além do
espaço delimitado pelas fronteiras territoriais que nos rodeiam
                                                                  não acarreta necessariamente uma
desterritorialização generalizada, não faz com que toda a humanidade passe a ter as mesmas
representações da realidade e a fazer parte de
uma mesma área cultural                          clara alusão e rejeição de que todos os indivíduos
sejam atingidos ou venham a reagir do mesmo modo aos conteúdos emanados dos MCS.
                     a noção de meios de comunicação de massa faz referência a um sistema
tecnológico, não a uma forma de cultura, a cultura de massa (2002: 441), distinguindo claramente
que MCS se referem aos meios tecnológicos e que os conteúdos editados ou emitidos por esses
meios é que podem ser enquadrados numa cultura                                     a maior parte dos
nossos estímulos simbólicos vem dos meios de comunicação               (2002:442). Para Castells, a
existência de mensagens fora dos media limita-se às redes interpessoais e, no caso do efeito
televisivo    ão representa apenas dinheiro ou poder. É aceitar ser misturado num texto multi-
semântico, cuja sintaxe é extremamente imprecisa. Assim, informação, entretenimento, educação e
propaganda,                                            (442-443).
Para Edgar Morin a cultura de massa é produzida de acordo com as normas massivas de fabricação
industrial, difundida por técnicas de difusão maciça e que se dirigem a uma massa social alargada.
Do mesmo modo Umberto Eco defende que:
sentido imaginado pelos críticos apocalípticos das comunicações




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                                12
Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software
                                                        http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
                                                 TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

                        EXPRESSÃO VERBAL ORAL E ESCRITA

    A mensagem pode ser processada por via oral e/ou escrita implicando diferenças notórias.
    A mensagem oral processa-se na conversação, exigindo a presença de, pelo menos, duas pessoas
que alternam sucessivamente os papéis de emissor e de receptor, que se encontram no mesmo
referente situacional, bastando um gesto para clarificar elementos relativos a esse referente. A
mensagem escrita (texto escrito), exige a descrição do referente situacional, ou seja, do ambiente.
    Observemos no quadro que se segue as principais diferenças.

           LINGUAGEM ORAL                                          LINGUAGEM ESCRITA
       Além do emissor, exige a presença activa               O recetor encontra-se geralmente ausente.
       do receptor.
       A emissão e a receção sucedem-se,                      Entre a emissão e a receção da mensagem
       mudando sucessivamente de sentido.                 interpõem-se um espaço mais ou menos longo.
       A mensagem é facilitada pela presença                  A ausência dos referentes situacionais
       dos referentes situacionais.                       obriga a que se apresentem por descrição.
       Os referentes situacionais são revelados               Os referentes situacionais são apresentados
       por gestos e pelas entoações mais ou                   pela descrição do ambiente.
       menos intensas.
       A descrição está quase ausente.                        A descrição é frequente.
       Uso frequente de pausas e entoação.                    Uso dos sinais de pontuação.
       Texto    menos      extenso       com   frases         Texto     mais     extenso      com     frases
       maioritariamente coordenadas.                          maioritariamente subordinadas.
       Uso     de     frases   curtas,    repetições,         Uso de frases mais longas com construção
       solecismos,       anacolutos       e    frases         frásica mais elaborada e vocabulário mais
       incompletas.                                           rico evitando as repetições desnecessárias.




                        NOTA: Considerando a relação língua falada e língua
                        escrita, chegamos à conclusão que um falante de cultura
                        rudimentar terá um discurso oral e um discurso escrito
                        muito semelhante; mas se se tratar de um falante culto,
                        haverá uma grande diferença entre o seu discurso oral e o
                        seu discurso escrito.




ANO LECTIVO 2009 / 2010                                                                                     13

Contenu connexe

Tendances

Comunicação como ferramenta de trabalho
Comunicação como ferramenta de trabalhoComunicação como ferramenta de trabalho
Comunicação como ferramenta de trabalhoCelso Frederico Lago
 
Ficha de trabalho nº 7 spv- processo de comunicação
Ficha de trabalho nº 7  spv- processo de comunicaçãoFicha de trabalho nº 7  spv- processo de comunicação
Ficha de trabalho nº 7 spv- processo de comunicaçãoLeonor Alves
 
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04Lygia Souza
 
evolução tecnologica dos mass media
evolução tecnologica dos mass mediaevolução tecnologica dos mass media
evolução tecnologica dos mass mediabenficamateus
 
Clc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_eppt
Clc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_epptClc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_eppt
Clc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_epptSILVIA G. FERNANDES
 
Ruido - Barreiras à comunicacao
Ruido - Barreiras à comunicacaoRuido - Barreiras à comunicacao
Ruido - Barreiras à comunicacaoClaudia Martinho
 
Comunicação escrita
Comunicação escritaComunicação escrita
Comunicação escritappoliveira1
 
Elementos da comunicacão
Elementos da comunicacãoElementos da comunicacão
Elementos da comunicacãoSusana Cardoso
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
ComunicaçãoMah HS
 
Comunicação verbal não-verbal
Comunicação verbal não-verbalComunicação verbal não-verbal
Comunicação verbal não-verbalArmandoTeixeira12
 
Ficha de trabalho nº 8 atendimento e loja
Ficha de trabalho nº 8   atendimento e lojaFicha de trabalho nº 8   atendimento e loja
Ficha de trabalho nº 8 atendimento e lojaLeonor Alves
 
230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento
230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento
230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimentoSilvio Magalhães
 
Ficha de trabalho nº 1 teca - ec13
Ficha de trabalho nº 1  teca - ec13Ficha de trabalho nº 1  teca - ec13
Ficha de trabalho nº 1 teca - ec13Leonor Alves
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoPré Master
 
História da comunicação
História da comunicaçãoHistória da comunicação
História da comunicaçãoHelena Coutinho
 
O que é a comunicação
O que é a comunicaçãoO que é a comunicação
O que é a comunicaçãoluisvicente
 

Tendances (20)

Comunicação como ferramenta de trabalho
Comunicação como ferramenta de trabalhoComunicação como ferramenta de trabalho
Comunicação como ferramenta de trabalho
 
STC 5
STC 5STC 5
STC 5
 
Ficha de trabalho nº 7 spv- processo de comunicação
Ficha de trabalho nº 7  spv- processo de comunicaçãoFicha de trabalho nº 7  spv- processo de comunicação
Ficha de trabalho nº 7 spv- processo de comunicação
 
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
 
evolução tecnologica dos mass media
evolução tecnologica dos mass mediaevolução tecnologica dos mass media
evolução tecnologica dos mass media
 
Clc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_eppt
Clc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_epptClc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_eppt
Clc 6 culturas de urbanismo e mobilidad_eppt
 
Ruido - Barreiras à comunicacao
Ruido - Barreiras à comunicacaoRuido - Barreiras à comunicacao
Ruido - Barreiras à comunicacao
 
Comunicação escrita
Comunicação escritaComunicação escrita
Comunicação escrita
 
Elementos da comunicacão
Elementos da comunicacãoElementos da comunicacão
Elementos da comunicacão
 
Formação Síncrona e Assíncrona
Formação Síncrona e AssíncronaFormação Síncrona e Assíncrona
Formação Síncrona e Assíncrona
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicação
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicação
 
Comunicação verbal não-verbal
Comunicação verbal não-verbalComunicação verbal não-verbal
Comunicação verbal não-verbal
 
Ficha de trabalho nº 8 atendimento e loja
Ficha de trabalho nº 8   atendimento e lojaFicha de trabalho nº 8   atendimento e loja
Ficha de trabalho nº 8 atendimento e loja
 
230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento
230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento
230388923 manual-ufcd-7842-tecnicas-de-atendimento
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicação
 
Ficha de trabalho nº 1 teca - ec13
Ficha de trabalho nº 1  teca - ec13Ficha de trabalho nº 1  teca - ec13
Ficha de trabalho nº 1 teca - ec13
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E Texto
 
História da comunicação
História da comunicaçãoHistória da comunicação
História da comunicação
 
O que é a comunicação
O que é a comunicaçãoO que é a comunicação
O que é a comunicação
 

En vedette

Aula 1 - Técnica de Redação de Documentos
Aula 1 - Técnica de Redação de DocumentosAula 1 - Técnica de Redação de Documentos
Aula 1 - Técnica de Redação de DocumentosHebert De Paula Santana
 
2 pressuposto-ou-subentendid1
2 pressuposto-ou-subentendid12 pressuposto-ou-subentendid1
2 pressuposto-ou-subentendid1levelvitor
 
Trabalho de interpretação de texto
Trabalho de interpretação de textoTrabalho de interpretação de texto
Trabalho de interpretação de textoLuci Cavalcante
 
CAP7 - PARTE 1 - CONCEITOS
CAP7 - PARTE 1 - CONCEITOSCAP7 - PARTE 1 - CONCEITOS
CAP7 - PARTE 1 - CONCEITOSRegis Andrade
 
Comunicação e expressão
Comunicação e expressãoComunicação e expressão
Comunicação e expressãolorenatcbenfica
 
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade IDireito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade IRomeu Godoi
 
Pressuposição e acarretamento
Pressuposição e acarretamentoPressuposição e acarretamento
Pressuposição e acarretamentoManoel Neves
 
Informações Implícitas
Informações ImplícitasInformações Implícitas
Informações ImplícitasTaïs Bressane
 
(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais
(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais
(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuaisRaquel de Souza
 
Trabalhos dos alunos Gêneros discursivos
Trabalhos dos alunos  Gêneros discursivosTrabalhos dos alunos  Gêneros discursivos
Trabalhos dos alunos Gêneros discursivosProfFernandaBraga
 
Línguistica aplicada -_1_aula
Línguistica aplicada -_1_aulaLínguistica aplicada -_1_aula
Línguistica aplicada -_1_aulaADRIANA BECKER
 
Trabalhos dos alunos Gêneros Discursivos
Trabalhos dos alunos Gêneros DiscursivosTrabalhos dos alunos Gêneros Discursivos
Trabalhos dos alunos Gêneros DiscursivosProfFernandaBraga
 
Sistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxa
Sistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxaSistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxa
Sistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxaDenise Oliveira
 
Comunicação e expressão
Comunicação e expressão Comunicação e expressão
Comunicação e expressão Karen Costa
 
Implicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidade
Implicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidadeImplicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidade
Implicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidadeMaria Marlene Marcon
 

En vedette (20)

Aula 1 - Técnica de Redação de Documentos
Aula 1 - Técnica de Redação de DocumentosAula 1 - Técnica de Redação de Documentos
Aula 1 - Técnica de Redação de Documentos
 
2 pressuposto-ou-subentendid1
2 pressuposto-ou-subentendid12 pressuposto-ou-subentendid1
2 pressuposto-ou-subentendid1
 
Trabalho de interpretação de texto
Trabalho de interpretação de textoTrabalho de interpretação de texto
Trabalho de interpretação de texto
 
CAP7 - PARTE 1 - CONCEITOS
CAP7 - PARTE 1 - CONCEITOSCAP7 - PARTE 1 - CONCEITOS
CAP7 - PARTE 1 - CONCEITOS
 
Fato ou inferência
Fato ou inferênciaFato ou inferência
Fato ou inferência
 
Linguagem
LinguagemLinguagem
Linguagem
 
Aula09 Comunicação oral e escrita
Aula09 Comunicação oral e escritaAula09 Comunicação oral e escrita
Aula09 Comunicação oral e escrita
 
Comunicação e expressão
Comunicação e expressãoComunicação e expressão
Comunicação e expressão
 
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade IDireito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
 
Pressuposição e acarretamento
Pressuposição e acarretamentoPressuposição e acarretamento
Pressuposição e acarretamento
 
Informações Implícitas
Informações ImplícitasInformações Implícitas
Informações Implícitas
 
(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais
(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais
(Aula 2) tipos de informações textuais e extra textuais
 
Trabalhos dos alunos Gêneros discursivos
Trabalhos dos alunos  Gêneros discursivosTrabalhos dos alunos  Gêneros discursivos
Trabalhos dos alunos Gêneros discursivos
 
Línguistica aplicada -_1_aula
Línguistica aplicada -_1_aulaLínguistica aplicada -_1_aula
Línguistica aplicada -_1_aula
 
Trabalhos dos alunos Gêneros Discursivos
Trabalhos dos alunos Gêneros DiscursivosTrabalhos dos alunos Gêneros Discursivos
Trabalhos dos alunos Gêneros Discursivos
 
Gêneros textuais e
Gêneros textuais eGêneros textuais e
Gêneros textuais e
 
Sistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxa
Sistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxaSistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxa
Sistematização roda de leitura Era uma vez uma bruxa
 
Slide implicito e explicito
Slide implicito e explicitoSlide implicito e explicito
Slide implicito e explicito
 
Comunicação e expressão
Comunicação e expressão Comunicação e expressão
Comunicação e expressão
 
Implicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidade
Implicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidadeImplicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidade
Implicitos pressupostos-subentendidos-ambiguidade
 

Similaire à Material de apoio à aula

Teoria Da Comunicação Revisão
Teoria Da Comunicação RevisãoTeoria Da Comunicação Revisão
Teoria Da Comunicação RevisãoLuci Bonini
 
Teoria da comunicação Unidade I
Teoria da comunicação Unidade ITeoria da comunicação Unidade I
Teoria da comunicação Unidade IHarutchy
 
Módulo 1_TCAT_10.º ANO.pptx
Módulo 1_TCAT_10.º ANO.pptxMódulo 1_TCAT_10.º ANO.pptx
Módulo 1_TCAT_10.º ANO.pptxssuseredb017
 
A comunicação e a construção do ser humano
A comunicação e a construção do ser humanoA comunicação e a construção do ser humano
A comunicação e a construção do ser humanoNuno Cunha
 
SemináRio De ComunicaçãO
SemináRio De ComunicaçãOSemináRio De ComunicaçãO
SemináRio De ComunicaçãOAndrea Costa
 
CLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdf
CLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdfCLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdf
CLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdfManuela Isidro
 
Trb 11º b francisca
Trb 11º b   franciscaTrb 11º b   francisca
Trb 11º b franciscamluisavalente
 
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE INDÚSTRIA CULTURAL E...
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE  INDÚSTRIA CULTURAL E...O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE  INDÚSTRIA CULTURAL E...
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE INDÚSTRIA CULTURAL E...Marcos Rosendo
 
Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeira
Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeiraApresentação de Dissertação - Da brancura à sujeira
Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeiraBreno Brito
 
Texto apoio mod10
Texto apoio mod10Texto apoio mod10
Texto apoio mod1011CPTS
 
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...christianceapcursos
 
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...christianceapcursos
 
Disciplina comunicação aplicada 2a aula- 28/02/2011
Disciplina comunicação aplicada   2a aula- 28/02/2011Disciplina comunicação aplicada   2a aula- 28/02/2011
Disciplina comunicação aplicada 2a aula- 28/02/2011Unip e Uniplan
 
Linguagem emocional como estratégia contra Informações cifradas
Linguagem emocional como estratégia contra Informações cifradasLinguagem emocional como estratégia contra Informações cifradas
Linguagem emocional como estratégia contra Informações cifradasGeraldo Seabhra
 
Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...
Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...
Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...guest630b9a
 
A comunicação humana e o seu papel social
A comunicação humana e o seu papel socialA comunicação humana e o seu papel social
A comunicação humana e o seu papel socialFeliciano Novo
 

Similaire à Material de apoio à aula (20)

Apostila Palermo
Apostila PalermoApostila Palermo
Apostila Palermo
 
Teoria Da Comunicação Revisão
Teoria Da Comunicação RevisãoTeoria Da Comunicação Revisão
Teoria Da Comunicação Revisão
 
Teoria da comunicação Unidade I
Teoria da comunicação Unidade ITeoria da comunicação Unidade I
Teoria da comunicação Unidade I
 
Profuncionario mod.10
Profuncionario mod.10Profuncionario mod.10
Profuncionario mod.10
 
Módulo 1_TCAT_10.º ANO.pptx
Módulo 1_TCAT_10.º ANO.pptxMódulo 1_TCAT_10.º ANO.pptx
Módulo 1_TCAT_10.º ANO.pptx
 
A comunicação e a construção do ser humano
A comunicação e a construção do ser humanoA comunicação e a construção do ser humano
A comunicação e a construção do ser humano
 
Aula 1 tt
Aula 1 ttAula 1 tt
Aula 1 tt
 
SemináRio De ComunicaçãO
SemináRio De ComunicaçãOSemináRio De ComunicaçãO
SemináRio De ComunicaçãO
 
CLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdf
CLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdfCLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdf
CLC5.Caderno n.º 1.Meios de Comunicação.pdf
 
Trb 11º b francisca
Trb 11º b   franciscaTrb 11º b   francisca
Trb 11º b francisca
 
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE INDÚSTRIA CULTURAL E...
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE  INDÚSTRIA CULTURAL E...O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE  INDÚSTRIA CULTURAL E...
O ENTRECRUZAR DAS MÍDIAS COM OS CONCEITOS ADORNIANOS DE INDÚSTRIA CULTURAL E...
 
Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeira
Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeiraApresentação de Dissertação - Da brancura à sujeira
Apresentação de Dissertação - Da brancura à sujeira
 
Texto apoio mod10
Texto apoio mod10Texto apoio mod10
Texto apoio mod10
 
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
 
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...DA FALA PARA A ESCRITA:  A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
DA FALA PARA A ESCRITA: A EXPRESSIVIDADE DOS USUÁRIOS DO INTERNETÊS NA ESFER...
 
Disciplina comunicação aplicada 2a aula- 28/02/2011
Disciplina comunicação aplicada   2a aula- 28/02/2011Disciplina comunicação aplicada   2a aula- 28/02/2011
Disciplina comunicação aplicada 2a aula- 28/02/2011
 
Linguagem emocional como estratégia contra Informações cifradas
Linguagem emocional como estratégia contra Informações cifradasLinguagem emocional como estratégia contra Informações cifradas
Linguagem emocional como estratégia contra Informações cifradas
 
Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...
Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...
Linguagem Emocional como estratégia contra informações cifradas e incremento ...
 
A comunicação humana e o seu papel social
A comunicação humana e o seu papel socialA comunicação humana e o seu papel social
A comunicação humana e o seu papel social
 
Design gráfico
Design  gráficoDesign  gráfico
Design gráfico
 

Plus de LeYa

Catalogo institucional UnYLeYa
Catalogo institucional  UnYLeYaCatalogo institucional  UnYLeYa
Catalogo institucional UnYLeYaLeYa
 
Catalogo dos Cursos da UnYLeYa
Catalogo dos Cursos da UnYLeYaCatalogo dos Cursos da UnYLeYa
Catalogo dos Cursos da UnYLeYaLeYa
 
Cursos de sustentabilidade e meio ambiente
Cursos de sustentabilidade e meio ambienteCursos de sustentabilidade e meio ambiente
Cursos de sustentabilidade e meio ambienteLeYa
 
Lista de cursos online
Lista de cursos onlineLista de cursos online
Lista de cursos onlineLeYa
 
10 caminhos para falar bem
10 caminhos para falar bem10 caminhos para falar bem
10 caminhos para falar bemLeYa
 
Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. 2.ugs.tce.2010
Aula iii. 2.ugs.tce.2010Aula iii. 2.ugs.tce.2010
Aula iii. 2.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010
Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010
Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010LeYa
 
Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010LeYa
 
Exemplo de texto para dinamica de grupo.
Exemplo de texto para dinamica de grupo.Exemplo de texto para dinamica de grupo.
Exemplo de texto para dinamica de grupo.LeYa
 
18 dicas
18 dicas18 dicas
18 dicasLeYa
 
Funções da linguagem[3]
Funções da linguagem[3]Funções da linguagem[3]
Funções da linguagem[3]LeYa
 
Curso de lingüística geral saussure
Curso de lingüística geral   saussureCurso de lingüística geral   saussure
Curso de lingüística geral saussureLeYa
 
Classes gramaticais
Classes gramaticaisClasses gramaticais
Classes gramaticaisLeYa
 
Teoriasdacomunicacao aula-20070920
Teoriasdacomunicacao aula-20070920Teoriasdacomunicacao aula-20070920
Teoriasdacomunicacao aula-20070920LeYa
 

Plus de LeYa (20)

Catalogo institucional UnYLeYa
Catalogo institucional  UnYLeYaCatalogo institucional  UnYLeYa
Catalogo institucional UnYLeYa
 
Catalogo dos Cursos da UnYLeYa
Catalogo dos Cursos da UnYLeYaCatalogo dos Cursos da UnYLeYa
Catalogo dos Cursos da UnYLeYa
 
Cursos de sustentabilidade e meio ambiente
Cursos de sustentabilidade e meio ambienteCursos de sustentabilidade e meio ambiente
Cursos de sustentabilidade e meio ambiente
 
Lista de cursos online
Lista de cursos onlineLista de cursos online
Lista de cursos online
 
10 caminhos para falar bem
10 caminhos para falar bem10 caminhos para falar bem
10 caminhos para falar bem
 
Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação12.ugs.tce.2010
 
Aula iii. 2.ugs.tce.2010
Aula iii. 2.ugs.tce.2010Aula iii. 2.ugs.tce.2010
Aula iii. 2.ugs.tce.2010
 
Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010
Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010
Aula iii. resposta exercicio pontuação5.ugs.tce.2010
 
Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação13.ugs.tce.2010
 
Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação8.ugs.tce.2010
 
Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação7.ugs.tce.2010
 
Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação6.ugs.tce.2010
 
Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010
Aula iii. exercicio pontuação4.ugs.tce.2010
 
Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010
 
Exemplo de texto para dinamica de grupo.
Exemplo de texto para dinamica de grupo.Exemplo de texto para dinamica de grupo.
Exemplo de texto para dinamica de grupo.
 
18 dicas
18 dicas18 dicas
18 dicas
 
Funções da linguagem[3]
Funções da linguagem[3]Funções da linguagem[3]
Funções da linguagem[3]
 
Curso de lingüística geral saussure
Curso de lingüística geral   saussureCurso de lingüística geral   saussure
Curso de lingüística geral saussure
 
Classes gramaticais
Classes gramaticaisClasses gramaticais
Classes gramaticais
 
Teoriasdacomunicacao aula-20070920
Teoriasdacomunicacao aula-20070920Teoriasdacomunicacao aula-20070920
Teoriasdacomunicacao aula-20070920
 

Material de apoio à aula

  • 1. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA COMUNICAÇÃO 1. CONCEITOS O QUE É A EXPRESSÃO? A expressão é a manifestação do pensamento ou das ideias. Como falantes da língua portuguesa, nós exprimimo-nos em português. O QUE É A COMUNICAÇÃO? A comunicação é um daqueles fenómenos mais fáceis de reconhecer do que definir. Ocorre com imensa frequência, nas mais diversas situações e assume diferentes formas: pelo olhar, através de gestos, de símbolos, mas sobretudo a través da palavra, no nosso dia a dia. Inúmeros livros foram escritos com o objectivo de definir e explicar a comunicação. No entanto, é possível delinearmos, em poucas palavras, o conceito de comunicação, se nos concentrarmos nas suas características essenciais Processo dinâmico e interactivo Engloba, pelo menos, duas partes Objectivo de transmitir informação Então, podemos afirmar que a comunicação é um processo dinâmico porque evolui. A seguir é possível constatar que esse processo é eminentemente interactivo, pois tem de existir neste processo pelo menos duas partes, que interajam uma com a outra. Finalmente, é perfeitamente legítimo dizer que o objectivo dessa interacção é a transmissão de informação. Não importa o conteúdo ou a essência da informação, o facto de ser longa ou breve, objectiva ou subjectiva, elementar ou elaborada. Então, tendo em conta essas quatro características, podemos partir para a nossa própria definição de comunicação: ANO LECTIVO 2009 / 2010 2
  • 2. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 2. CARACTERÍSTICAS DA COMUNICAÇÃO HUMANA p com as pessoas. E há até teorias, ainda não de todo comprovadas, que defendem que os vegetais também possuem a capacidade de comunicar. Há, no entanto, uma profunda diferença entre a comunicação dos seres humanos e a dos animais. Há cerca de 100 anos, o sábio austríaco Van Frish descobriu que uma abelha quando detecta uma fonte qualquer de açúcar, executa um rufar de asas específico, através do qual sinaliza às suas companheiras a existência de alimento. Após século decorrido, os estudiosos da vida das abelhas observam o mesmo fenómeno, executado da mesma forma. Se considerarmos que, em regra, os insectos não são animais de ciclo de vida muito longo, quantas e quantas gerações de abelhas terão vivido desde que as observações de Van Frish foram realizadas? E, no entanto, o agitar de asas é exactamente o mesmo. Paralelamente, ao longo destes mesmos 100 anos, a comunicação humana passou por enormes alterações. Mudou, ampliou-se, cresceu em conteúdo e enriqueceu na forma È exactamente nestas alterações que reside a colossal diferença entre a comunicação humana e a animal. Os animais transmitem informações e processam-nas, tal como o Homem, mas só ele tem capacidade para armazenar as informações, enriquecê-las e transmiti-las novamente, já completamente enriquecidas. Assim, podemos afirmar que só o ser humano: Transmite Processa Armazena Enriquece Reproduz a informação já enriquecida 3. CONCEITO DE CULTURA A transmissão e o enriquecimento da informação ocorrem entre as pessoas de forma ininterrupta. Estamos permanentemente a receber informação, a ampliá-la e a retransmiti-la. A esse ciclo giratório denominamos de Cultura. Frequentemente utilizamos o vocábulo no seu sentido mais limitado, quando nos referimos ao património artístico e científico acumulado pelo género humano. Mas a cultura é muito mais: todos os hábitos, usos e costumes, formas de estar no mundo e de sentir e interpretar a realidade circundante constituem a cultura de uma colectividade. Actualmente, a revolução tecnológica pela qual o mundo tem passado, com enormíssimas consequências no plano da comunicação, tende a ANO LECTIVO 2009 / 2010 3
  • 3. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO atenuar a diferença entre as culturas. Mas as diferenças ainda existem e certamente é utópico supor que, num futuro próximo, a humanidade venha a possuir uma e uma só cultura. E ainda bem que assim é: diferentes formas de pensar e de estar contribuem para o enriquecimento do património comum da humanidade. Favorecem o ciclo de captação, de ampliação e retransmissão da informação que antes referimos. Dissemos que esse ciclo é ininterrupto e é esse motor contínuo que mantém a cultura viva. Quando pára de rodar o ciclo de transmissão enriquecimento transmissão da informação, a cultura fica estagnada e morre. E não é por outra causa que civilizações passadas (babilónios, egípcios, aztecas e tantas mais) produziram culturas notáveis que, no entanto, por condicionantes diversas, deixaram um dia de evoluir, foram assimiladas por outras culturas que mantêm vivo o seu dinamismo ou simplesmente Se quiséssemos representar plasticamente esse processo de transmissão enriquecimento transmissão da informação, poderíamos utilizar a figura de uma roda sempre a girar. Porém, seria mais exacto servirmo-nos do exemplo do punhado de neve que se desprende do cimo da montanha e que rola sem parar em direcção ao fundo do vale. Sempre a rolar e sempre a crescer de tamanho, transformando-se numa grande bola de neve, que pode assumir proporções enormes. A questão da globalização cultural extensão planetária dos meios de comunicação social de massa, os mass media, com a correspondente transformação de tudo em informação imediata e universalmente disponível O termo indú los pensadores da Escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, para designar a indústria mediática que estes autores entendiam como sendo a indústria de produção simbólica de cariz capitalista. De acordo com estes teóricos os produtos culturais contribuem para criar, reproduzir e manter não apenas uma ideologia dominante numa sociedade mas também a própria estrutura dessa sociedade. Esta recria-se e reproduz-se constantemente de acordo com a base ideológica dominante, em parte devido à força dos produtos culturais, que pela sua produção em massa se tornariam estandardizados e homogéneos (37). Para este autor, globalização cultural produz uniformidade, mas também diversidade. Esta última apenas será prejudicada se, quando o alargamento da área de oferta de um determinado bem implica o desaparecimento de um outro bem ponto convém frisar que mesmo numa sociedade aparentemente homogénea e muito linear se assistem, com frequência, a emergências singulares. No caso das indústrias culturais isso também é verdade. No universo mais-do-mesmo com que habitualmente somos brindados também aparecem pequenas pérolas. ANO LECTIVO 2009 / 2010 4
  • 4. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Só para dar um exemplo, o cinema de massas hollywoodesco e uniforme é frequentemente espicaçado pelo cinema independente, de baixo custo e que aposta na diversidade. Esta situação foi melhorada e expandida a outros sectores com as potencialidades das novas tecnologias, em especial o multimédia, largo território de exploração cultural e comercial mudou bastante as condições de entrada e sucesso no sector empresarial da cultura Boaventura Sousa Santos recorda o especial relevo que assumiu o conceito de globalização cultural nos anos 80 lembrando os valores, os artefactos culturais e os universos simbólicos que se globalizam são ocidentais , a propósito de autores como Ritzer que preferem falar de ocidentalização ou americanização. Em todo este processo intervêm quer factores económicos e de mercado, quer políticos. Para além de outros factores como os MCS, direito, educação ou entidades policiais, Sousa Santos lembra que os Estados-nação não estão isentos de responsabilidade em todo têm sido os arautos da diversidade cultural, da autenticidade da cultura nacional a homogeneização e a uniformidade, esmagando a rica variedade de culturas locais existentes no território nacional (2001:54). 4. OS SIGNOS A comunicação é estabelecida por signos. Um signo é algo que representa uma realidade, algo que contém uma informação. Algo que estabelece a relação lógica entre o significante (aquilo que vemos, que captamos, como um conjunto de sons, imagens ou os próprios grafemas da escrita) e o significado (a ideia, o conceito mental ou a interpretação que fazemos do que captamos ou vemos). No signo linguístico apresentado vamos distinguir: Significante: conjunto de sons percebido pelo ouvido que se materializa graficamente na palavra ROSAS. Significado: conceito ou interpretação mental que temos do que é uma rosa. Alguns signos são, por assim dizer naturais. Nós homens apenas aprendemos a estabelecer a relação lógica. Assim, por exemplo, quando avistamos uma nuvem de fumo concluímos a existência de fogo. Atribuímos ao fumo o carácter de signo do fogo. O mesmo acontece quando vemos alguém bocejar e concluímos que a pessoa tem sono: o bocejo é o significante, cujo significado é o sono. Mas para além dos signos naturais, há inúmeros que foram concebidos integralmente pelo ser humano. Estes têm as características de serem arbitrários e convencionais. Nenhuma relação obrigatória se estabelece entre ele e a realidade; cada língua recorre a um conjunto de sons diferentes (palavras diferentes) para referir um mesmo objecto. Por exemplo: os franceses dizem ANO LECTIVO 2009 / 2010 5
  • 5. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO convencionado. Arbre, tree e árvore têm o mesmo significado, mas diferem obviamente no significante. Tomemos como outro exemplo um semáforo de trânsito, onde cada uma das luzes é signo de uma realidade: obrigação de parar, possibilidade de seguir e necessidade de ter atenção. Numa partida de futebol, verificamos que há toda uma série de signos que são usados: os uniformes que sinalizam equipas diferentes, os cartões de que o árbitro se serve e os silvos que emite com o apito assumem significados específicos convencionados pelo próprio Homem. 5. A PALAVRA De todos os signos de que nos servimos para comunicar, o mais importante é a palavra porque: É o que apresenta, em geral, maior exactidão de significado; É o que se presta a quase todas as situações de comunicação e, por conseguinte, É o de utilização mais frequente Mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos permanentemente a utilizar as palavras. Como consequência, quanto melhor utilizarmos as palavras, melhor e mais exacta será a nossa comunicação; quanto mais eficiente for a nossa expressão verbal, mais eficaz será a nossa comunicação. O uso da palavra está sujeito a determinadas regras. E o conjunto dessas regras denominamos por linguagem. Existem diferentes registos de linguagem. Na verdade, há a linguagem gestual, a da expressão facial, a da música e inúmeras outras. Convém então destacar dois grandes tipos de linguagem Verbal Não verbal LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras); LINGUAGEM NÃO - VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação. ANO LECTIVO 2009 / 2010 6
  • 6. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época. A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reacção involuntária ou um acto comunicativo propositado. Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interacções sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais. a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional. b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar ameaça, provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão como a de desinteresse. c) Movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens. d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos. e) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada. f) A aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projecção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projecção particular e se os outros respeitarem essa projecção. Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente. ANO LECTIVO 2009 / 2010 7
  • 7. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Mas a que mais directamente nos interessa é a linguagem verbal. Estudada de forma consistente por L. Wittgenstein, que entretanto se baseou em estudos anteriores, e depois desenvolvida por vários outros teóricos da matéria, a linguagem é: Um conjunto de signos Cuja utilização é subordinada a determinadas regras impostas por cada língua, Cuja finalidade é dar suporte à comunicação Palavras Poucas pessoas têm verdadeira consciência da importância da palavra. Quando afirmo isso, não estou me referindo apenas à sua importância como meio de comunicação ou na sua dimensão pergunta: O que quer? O que pode esta língua? As línguas querem ser objeto de comunicação, condição fundamental para que as sociedades existam e a cultura possa ser transmitida de uma para outra geração. Mas, a segunda questão proposta de forma inteligente pelo compositor pode e deve produzir uma ampla discussão. O que pode uma língua? Pode se transformar em arte e, nessa dimensão, trazer o sentimento, a reflexão sobre as questões existenciais mais profundas, a crítica da realidade, a denúncia da injustiça e a busca da compreensão da vida, do mundo, do outro. Parece muito, mas, há um detalhe significativo que é preciso atentar: A língua é formada de palavras e palavra é energia que pode se materializar. As pessoas de uma maneira geral, não têm cuidado com esse detalhe, tão significativo. O que pensamos e o que falamos termina, dependendo da impressão que essas palavras provoquem no nosso psiquismo, se materializando no nosso dia a dia. Portanto, muitas vezes somos vítimas de nós mesmos, quando inadvertidamente, expressamos algo desagradável ou negativo em relação a nós ou aos outros. Se observarmos e examinarmos nossa própria vida, veremos que muitas coisas que nos aconteceram ou que acontecem são manifestações ou materializações de nossas palavras. Por isso é fundamental ter mais cuidado e, principalmente utilizar a palavra para produzir bem estar. Esclarecer Por Luciana Gouvêa ANO LECTIVO 2009 / 2010 8
  • 8. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 5.1 A SINTAXE E A SEMÂNTICA Na linguagem verbal, as regras a que nos referimos são de duas naturezas: regras de sintaxe e de semântica. Quando desejamos aprender uma língua, necessitamos antes de mais de um dicionário, pois este dá- nos o significado das palavras; permite que interpretemos correctamente os signos. No dicionário encontramos o conteúdo semântico da língua, na medida em que a semântica estuda o significado das palavras e das frases. Porém, ainda que nos fosse possível conhecer todas as palavras contidas no dicionário, ainda assim não estaríamos aptos a dominar a língua. Isto porque nos faltaria conhecer a forma adequada de articular os diferentes signos, de forma a dar um conteúdo lógico ao que dizemos ou escrevemos. O uso da Língua não se faz através de palavras soltas. Temos a necessidade de organizá-las em frases. Neste plano precisamos de recorrer a uma gramática. É com a gramática que aprendemos como concatenar correcta e adequadamente as palavras. É a gramática que nos ensina a sintaxe da língua, pois é a ciência que estuda as relações e funções das palavras nas frases. Em conclusão, podemos afirmar que quanto maior for o domínio que tenhamos quer da semântica, quer da sintaxe da língua, mais adequadamente poderemos comunicar-nos através dessa língua. 6. MODELOS DE COMUNICAÇÃO Diversos foram os autores que se preocuparam em explicar como é que ocorre o fenómeno da comunicação humana. A essas explicações chamamos modelos, pois são representações esquematizadas do processo de comunicação. Desses modelos, os mais conhecidos foram os desenvolvidos por Schramm e por Lasswell. Segundo Schramm, o acto comunicacional tem início num Emissor, alguém que define não só o que vai comunicar como também o Código ( ou seja a linguagem) que vai utilizar, razão pela qual é chamado de Codificador. A essência da comunicação, isto é, aquilo que é informado, denomina-se de Mensagem. O envia a mensagem codificada através de um via, também da sua escolha (que poderá ser, por exemplo, a via oral ou a via escrita, ou outra). Essa via é o Canal, através do qual a mensagem é recebida pelo destinatário o Receptor a quem compete descodificá-la. Por isto, o receptor é conhecido também por Descodificador. Este modelo de Schramm, assim definido, confere ao emissor todo o protagonismo, todo o trabalho activo do processo de comunicação. Os seus seguidores, contudo, cedo se aperceberam de que não era exactamente assim, pois também o receptor realiza um papel importante nesse processo. Como vimos, a comunicação é eminentemente interactiva e, portanto, só se completa quando, depois de receber a mensagem, o Receptor reage, escolhendo também um código e um canal, através dos quais enviará ao Emissor original a sua Retroacção ou Resposta. Mas, na verdade, não é só através da resposta que se evidencia a importância do Receptor. Ela já se faz sentir antes mesmo da mensagem ser enviada, pois quer o código, quer o canal são escolhidos pelo Emissor tendo em conta quem é o Receptor. Por exemplo: um Emissor nunca escolherá como código a língua japonesa se o Receptor não conhecer esse idioma, nem elegerá como canal a via oral se o Receptor é totalmente surdo. ANO LECTIVO 2009 / 2010 9
  • 9. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO No modelo de Schramm devemos ainda ressaltar um elemento importante: o Ruído. Quer isto dizer, a possibilidade poderem ocorrer ruídos (interferências que distorcem o sentido e, consequentemente, a compreensão da comunicação) quer aquando do envio da mensagem, quer durante a resposta. Uma das fontes mais frequentes de ruído é a má utilização da linguagem, que pode fazer com que a mensagem captado pelo Receptor não seja aquela que efectivamente o Emissor desejava enviar. Portanto o perfeito domínio da linguagem é que nos dá o conforto de vermos substancialmente reduzido o risco de uma interpretação incorrecta das mensagens que emitimos. O modelo de Lasswell é uma decorrência, ou antes, uma simplificação do elaborado por Scrhamm. Focaliza exactamente os mesmos aspectos, mas, ao invés de recorrer a terminologia específica e a uma estrutura esquemática, expressa-se apenas através de cinco perguntas simples: Quem? Diz o quê? Por que via? A quem? Com que efeito? A essas cinco perguntas correspondem como resposta os cinco termos básicos do modelo de Schramm: Emissor, Mensagem, Canal, Receptor e Retroacção. (Textos elaborados com base em apontamentos do Prof. João Pinto e Castro) PASSOS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ Escolher adequadamente o código e o canal tendo em conta o receptor; A mensagem deve ser pensada e organizada seguindo os critérios de clareza, correcção e harmonia; Considerar os aspectos que dizem respeito ao contexto, isto significa que devemos atender aos aspectos situacionais, culturais, sociais, psicológicos, etc.; Não esquecer que comunicamos não apenas através de palavras (palavras em si e tom de vo Só avaliamos plenamente a eficácia da nossa comunicação ao recebermos o feedback / resposta do receptor, só assim saberemos se a nossa mensagem foi bem compreendida. ANO LECTIVO 2009 / 2010 10
  • 10. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Meios de comunicação são instrumentos ou formas utilizados para a realização do processo comunicacional. Quando referidos à comunicação de massas, podem ser considerados como sinónimo de media. (ou interpessoais) Exemplos: Sonoros: telefone, rádio; Escritos: jornais, revistas; Audiovisuais: televisão, cinema; Multimédia: diversos meios simultaneamente (como escrita e audiovisual). transmissão de cultura? Todo. Ou pelo menos algum. Falar de Meios de Comunicação Social (MCS) enquanto elementos de regulação cultural é abarcar num só desígnio uma série de dimensões tão díspares quanto semelhantes da sociedade. É pelos MCS que se sabe o que se passa no mundo, que se conhecem e visualizam outras culturas, que se sabe o que existe, o que se publica ou que se faz. É também através dos MCS que fruímos cultura, ou pelo menos alguma, independentemente da sua qualidade. Na realidade, cultura e comunicação são dois termos que se interpenetram desde o surgimento dos primeiros meios de comunicação social. Apesar da existência de outros agentes mediadores e transmissores de cultura, como a Educação ou a Família, é inegável o poder que os media exercem sobre um número elevado de indivíduos. Para Breton, os media passaram a ser o único lugar onde estão as informações que hão-de permitir descodificar os diferentes universos em que evoluímos (1994:123), transferindo para os MCS o poder de orientação dos indivíduos na sociedade. Tal como a comunicação não é um produto, mas um processo de troca simbólica generalizada, processo de que se alimenta a sociabilidade, que gera os laços sociais que estabelecemos com os outros ANO LECTIVO 2009 / 2010 11
  • 11. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO mediatizada por símbolos concebidos, elaborados e legados por gerações sucessivas belecem e estreitam os laços sociais. Ainda mais quando promovidas pelos meios de comunicação que, pela sua rapidez e para o alargamento da nossa experiência do mundo muito para além do espaço delimitado pelas fronteiras territoriais que nos rodeiam não acarreta necessariamente uma desterritorialização generalizada, não faz com que toda a humanidade passe a ter as mesmas representações da realidade e a fazer parte de uma mesma área cultural clara alusão e rejeição de que todos os indivíduos sejam atingidos ou venham a reagir do mesmo modo aos conteúdos emanados dos MCS. a noção de meios de comunicação de massa faz referência a um sistema tecnológico, não a uma forma de cultura, a cultura de massa (2002: 441), distinguindo claramente que MCS se referem aos meios tecnológicos e que os conteúdos editados ou emitidos por esses meios é que podem ser enquadrados numa cultura a maior parte dos nossos estímulos simbólicos vem dos meios de comunicação (2002:442). Para Castells, a existência de mensagens fora dos media limita-se às redes interpessoais e, no caso do efeito televisivo ão representa apenas dinheiro ou poder. É aceitar ser misturado num texto multi- semântico, cuja sintaxe é extremamente imprecisa. Assim, informação, entretenimento, educação e propaganda, (442-443). Para Edgar Morin a cultura de massa é produzida de acordo com as normas massivas de fabricação industrial, difundida por técnicas de difusão maciça e que se dirigem a uma massa social alargada. Do mesmo modo Umberto Eco defende que: sentido imaginado pelos críticos apocalípticos das comunicações ANO LECTIVO 2009 / 2010 12
  • 12. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EXPRESSÃO VERBAL ORAL E ESCRITA A mensagem pode ser processada por via oral e/ou escrita implicando diferenças notórias. A mensagem oral processa-se na conversação, exigindo a presença de, pelo menos, duas pessoas que alternam sucessivamente os papéis de emissor e de receptor, que se encontram no mesmo referente situacional, bastando um gesto para clarificar elementos relativos a esse referente. A mensagem escrita (texto escrito), exige a descrição do referente situacional, ou seja, do ambiente. Observemos no quadro que se segue as principais diferenças. LINGUAGEM ORAL LINGUAGEM ESCRITA Além do emissor, exige a presença activa O recetor encontra-se geralmente ausente. do receptor. A emissão e a receção sucedem-se, Entre a emissão e a receção da mensagem mudando sucessivamente de sentido. interpõem-se um espaço mais ou menos longo. A mensagem é facilitada pela presença A ausência dos referentes situacionais dos referentes situacionais. obriga a que se apresentem por descrição. Os referentes situacionais são revelados Os referentes situacionais são apresentados por gestos e pelas entoações mais ou pela descrição do ambiente. menos intensas. A descrição está quase ausente. A descrição é frequente. Uso frequente de pausas e entoação. Uso dos sinais de pontuação. Texto menos extenso com frases Texto mais extenso com frases maioritariamente coordenadas. maioritariamente subordinadas. Uso de frases curtas, repetições, Uso de frases mais longas com construção solecismos, anacolutos e frases frásica mais elaborada e vocabulário mais incompletas. rico evitando as repetições desnecessárias. NOTA: Considerando a relação língua falada e língua escrita, chegamos à conclusão que um falante de cultura rudimentar terá um discurso oral e um discurso escrito muito semelhante; mas se se tratar de um falante culto, haverá uma grande diferença entre o seu discurso oral e o seu discurso escrito. ANO LECTIVO 2009 / 2010 13