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4. OS SIGNOS
A comunicação é estabelecida por signos. Um signo é algo que representa uma realidade, algo que
contém uma informação. Algo que estabelece a relação lógica entre o significante (aquilo que
vemos, que captamos, como um conjunto de sons, imagens ou os próprios grafemas da escrita) e o
significado (a ideia, o conceito mental ou a interpretação que fazemos do que captamos ou
vemos).
No signo linguístico apresentado vamos distinguir:

    Significante: conjunto de sons percebido pelo ouvido que se materializa graficamente na
     palavra ROSAS.

    Significado: conceito ou interpretação mental que temos do que é uma rosa.

Alguns signos são, por assim dizer naturais. Nós homens apenas aprendemos a estabelecer a
relação lógica. Assim, por exemplo, quando avistamos uma nuvem de fumo concluímos a
existência de fogo. Atribuímos ao fumo o carácter de signo do fogo. O mesmo acontece quando
vemos alguém bocejar e concluímos que a pessoa tem sono: o bocejo é o significante, cujo
significado é o sono.
Mas para além dos signos naturais, há inúmeros que foram concebidos integralmente pelo ser
humano. Estes têm as características de serem arbitrários e convencionais. Nenhuma relação
obrigatória se estabelece entre ele e a realidade; cada língua recorre a um conjunto de sons
diferentes (palavras diferentes) para referir um mesmo objecto. Por exemplo: os franceses dizem
arbre, os ingleses tree e nós árvore, mas também podíamos dizer “érvora” se tal tivesse sido
convencionado. Arbre, tree e árvore têm o mesmo significado, mas diferem obviamente no
significante. Tomemos como outro exemplo um semáforo de trânsito, onde cada uma das luzes é
signo de uma realidade: obrigação de parar, possibilidade de seguir e necessidade de ter atenção.
Numa partida de futebol, verificamos que há toda uma série de signos que são usados: os
uniformes que sinalizam equipas diferentes, os cartões de que o árbitro se serve e os silvos que
emite com o apito assumem significados específicos convencionados pelo próprio Homem.

De todos os signos de que nos servimos para comunicar, o mais importante é a palavra porque:
     É o que apresenta, em geral, maior exactidão de significado;
    É o que se presta a quase todas as situações de comunicação e, por conseguinte,
    É o de utilização mais frequente;


Mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos permanentemente a utilizar as palavras.
Como consequência, quanto melhor utilizarmos as palavras, melhor e mais exacta será a nossa
comunicação; quanto mais eficiente for a nossa expressão verbal, mais eficaz será a nossa
comunicação. O uso da palavra está sujeito a determinadas regras. E o conjunto dessas regras
denominamos por linguagem. Existem diferentes registos de linguagem. Na verdade, há a
linguagem gestual, a da expressão facial, a da música e inúmeras outras.

Convém então destacar dois grandes tipos de linguagem Verbal Não verbal.

LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm
graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas
mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as
palavras);
LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os
movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os
elementos não verbais da comunicação.

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para
outra e de época para época.
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma
reacção involuntária ou um acto comunicativo propositado.
Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e
encadear as interacções sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.

   a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua
      expressão fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos,
      mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.
   b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um
      olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode
      significar ameaça, provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que
      tanto pode transmitir a ideia de submissão como a de desinteresse.
   c) Movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.
   d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais
      seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por
      ex.: inferiores hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus
      superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.
   e) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz)
      revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite
      mensagens mais claras do que uma voz agitada.
   f) A aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente o tipo de imagem que ela
      gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais,
      postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projecção de como são e de
      como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa
      fornecer aos outros a sua projecção particular e se os outros respeitarem essa projecção.


Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são
importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.

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Comunicação por signos e linguagem

  • 1. 4. OS SIGNOS A comunicação é estabelecida por signos. Um signo é algo que representa uma realidade, algo que contém uma informação. Algo que estabelece a relação lógica entre o significante (aquilo que vemos, que captamos, como um conjunto de sons, imagens ou os próprios grafemas da escrita) e o significado (a ideia, o conceito mental ou a interpretação que fazemos do que captamos ou vemos). No signo linguístico apresentado vamos distinguir:  Significante: conjunto de sons percebido pelo ouvido que se materializa graficamente na palavra ROSAS.  Significado: conceito ou interpretação mental que temos do que é uma rosa. Alguns signos são, por assim dizer naturais. Nós homens apenas aprendemos a estabelecer a relação lógica. Assim, por exemplo, quando avistamos uma nuvem de fumo concluímos a existência de fogo. Atribuímos ao fumo o carácter de signo do fogo. O mesmo acontece quando vemos alguém bocejar e concluímos que a pessoa tem sono: o bocejo é o significante, cujo significado é o sono. Mas para além dos signos naturais, há inúmeros que foram concebidos integralmente pelo ser humano. Estes têm as características de serem arbitrários e convencionais. Nenhuma relação obrigatória se estabelece entre ele e a realidade; cada língua recorre a um conjunto de sons diferentes (palavras diferentes) para referir um mesmo objecto. Por exemplo: os franceses dizem arbre, os ingleses tree e nós árvore, mas também podíamos dizer “érvora” se tal tivesse sido convencionado. Arbre, tree e árvore têm o mesmo significado, mas diferem obviamente no significante. Tomemos como outro exemplo um semáforo de trânsito, onde cada uma das luzes é signo de uma realidade: obrigação de parar, possibilidade de seguir e necessidade de ter atenção. Numa partida de futebol, verificamos que há toda uma série de signos que são usados: os uniformes que sinalizam equipas diferentes, os cartões de que o árbitro se serve e os silvos que emite com o apito assumem significados específicos convencionados pelo próprio Homem. De todos os signos de que nos servimos para comunicar, o mais importante é a palavra porque:  É o que apresenta, em geral, maior exactidão de significado;  É o que se presta a quase todas as situações de comunicação e, por conseguinte,  É o de utilização mais frequente; Mesmo que não tenhamos consciência disso, estamos permanentemente a utilizar as palavras. Como consequência, quanto melhor utilizarmos as palavras, melhor e mais exacta será a nossa comunicação; quanto mais eficiente for a nossa expressão verbal, mais eficaz será a nossa comunicação. O uso da palavra está sujeito a determinadas regras. E o conjunto dessas regras denominamos por linguagem. Existem diferentes registos de linguagem. Na verdade, há a linguagem gestual, a da expressão facial, a da música e inúmeras outras. Convém então destacar dois grandes tipos de linguagem Verbal Não verbal. LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras);
  • 2. LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação. Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época. A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reacção involuntária ou um acto comunicativo propositado. Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interacções sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais. a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionómica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional. b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contexto pode significar ameaça, provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a ideia de submissão como a de desinteresse. c) Movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens. d) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adoptam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos. e) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada. f) A aparência: a aparência de uma pessoa reflecte normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquilhagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc., as pessoas criam uma projecção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projecção particular e se os outros respeitarem essa projecção. Conclusão: na interacção pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.