1. Falsos mitos da autocompreensão
A partir da obra de Joan Férres: TELEVISÃO
SUBLIMINAR.
Por: Prof. Me. Joaquim Sérgio Borgato
2. O MITO DA LIBERDADE HUMANA
Para que as pessoas sejam livres não basta que não
sofram nenhum tipo de coação física.
É imprescindível que sejam internamente capazes de
escolher.
A liberdade seria medida, pois, pela capacidade de
adotar crenças e comportamentos autônomos,
independentes, baseados mais em convicções do que
em imitações, na reflexão mais do que no
doutrinamento ou na emoção, em atitudes
conscientes e autocríticas mais do que em atitudes
inconscientes.
3. O MITO DA LIBERDADE HUMANA
Não se pode falar em liberdade quando se permite
fazer o que se deseja, mas se leva a desejar o que
interessa que se deseje.
Sam Keen (1994, p. 132), “toda cultura é uma
conspiração para convencer seus membros para que
adequem seus desejos ao que se considera correta e
bom.
4. O mito da racionalidade humana
Blaise Pascal concluiu que “a arte de persuadir
consiste tanto em agradar como em convencer,
porque os homens se governam mais pelo capricho
do que pela razão”.
...”todo nosso raciocínio se reduz a ceder ao
sentimento”.
Segundo Pascal, os homens tendem a acreditar no
que desejam acreditar.
5. O mito da racionalidade humana
Costuma-se viver com a ingênua convicção da
primazia da razão sobre o sentimento.
O homem tem a capacidade de raciocinar, e a utiliza
com freqüência, mas com maior freqüência do que
pensa atua movido por impulsos inconscientes e
pouco ou nada racionais.
6. O mito da racionalidade humana
“A racionalidade é um fetiche do século XX; nossa
cultura não nos permite admitir a verdadeira
irracionalidade como uma explicação de nossa
conduta. E, no entanto, a maioria dos sistemas
religiosos e políticos, assim como aspectos da conduta
humana, tais como a lealdade, o amor e o afeto, são
todos irracionais. (E. Dichter, 1963, p.49).
7. O mito da racionalidade humana
Uma personalidade de reconhecido prestigio no
âmbito da comunicação persuasiva, P. Martineau,
assegura: “A razão é seletiva, em outras palavras, não
é racional. Raramente mudaremos as crenças das
pessoas com argumentos racionais.”
8. O mito da racionalidade humana
O mito da racionalidade humana leva a esquecer o
caráter dual da pessoa e suas contradições internas,
que seguido são uma conseqüência do conflito entre
a emoção e a razão, entre o pensamento e o desejo.
9. Conspiração das emoções
São muitas as investigações que demonstram a
capacidade das emoções para burlar a racionalidade.
Exemplo:
As pessoas mais bonitas e atraentes tem mais chances
de serem perdoadas ou terem penas mais leve em
casos de jurados.
10. Os processos da racionalização
A consciência humana não pode suportar uma
excessiva falta de lógica. Quando nas decisões
humanas é a emoção quem domina, a necessidade de
ser racionais leva o inconsciente a recorrer a uma
estratégia que os psicólogos conhecem como
racionalização. É um mecanismo de defesa.
11. O mito da consciência
A pessoa vive na ingênua convicção de que controla
conscientemente suas decisões e crenças. A
consciência é uma das mais sublimes capacidades
humanas, mas na realidade a pessoa, com maior
freqüência do que pensa, age movida por estímulo ou
impulsos inconscientes.
12. O mito da percepção objetiva
Na vida cotidiana, tende-se a considerar que o que
alguém percebe é necessariamente autêntico (“vi com
meus próprios olhos”), esquecendo uma vez mais a
complexidade do psiquismo humano.
Os fatores cognitivos exercem, pois, uma influência
determinante nas informações que chegam as áreas
visuais.
É a mente que realiza a operação de estruturar as
formas, conferindo-lhes significação.
13. O mito da percepção objetiva
As percepções humanas são, pois, menos objetivas,
menos racionais e menos conscientes do que se
pensa.
Perceber é antes de tudo selecionar e interpretar.
14. O mito da percepção objetiva
Paul Watzlawick (1992c, p.7) dizia que “a mais
perigosa maneira de se enganar a si mesmo é achar
que só existe uma realidade.”
A percepção da realidade está condicionada não
apenas por esquemas culturais como também por
esquemas emocionais.