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Curso: Segurança da Informação
Atividade: Trabalho de Conclusão de Curso
Aluno: Sérgio Nunes Siqueira Júnior
Professor Orientador: Fernando José Karl



  1 PLANO DE MÉTRICAS APLICADO NA ITIL VERSÃO 3



        Existem muitos artigos tratando sobre a definição de métricas de segurança,
visando proporcionar orientações e critérios para sua utilização, mas pouco se vê na
prática a real utilização das mesmas com resultados úteis as organizações (JAQUITH,
2007). Portanto a falta de conhecimento se torna um desafio para qualquer gestor de TI,
que deve determinar suas próprias métricas, ou optar por não mensurar se essas
atividades e seus resultados estão colocando em risco o negócio da empresa em algum
aspecto importante, seja ela na TI ou fora dela. As métricas nos processos da ITIL
versão 3 possuem um papel essencial, pois são através delas que o processo decisório e
os métodos de solução de problemas se tornam mais concretos e eficazes, fazendo com
que sua aplicação seja utilizada como uma ferramenta de gerenciamento de riscos ou no
auxílio de identificação de oportunidades de melhoria nas atividades, pois se permitindo
analisar de forma antecipada os eventos através da tendência do comportamento.



   1.1 ALINHAMENTO ENTRE ITIL VERSÃO 3 E ISO/IEC 27001



        O alinhamento entre a ITIL versão 03 e os controles e objetivos de controle da
ISO/IEC 27001, são parte da governança da tecnologia da informação, pois
conscientização e consideração dos riscos de segurança e seus problemas são obrigações
de cada passo ao sucesso do gerenciamento de serviço de TI da ITIL versão 3
(CLINCH, 2009). Os processos que foram mapeados da ITIL versão 3 para os controles
da ABNT ISO/IEC 27002 foram: Gestão de Incidentes, Gestão de Nível de Serviço,
Gestão de Ativos de Serviços e Configuração, Gestão de Disponibilidade e Gestão de
2


mudanças, nos quais tiveram como base artigos publicados nos quais fazem o
alinhamento diretamente da ITIL para a 27002, e também onde o alinhamento é
executado da ITIL para os controles da 27002, através do COBIT. Com a combinação
dos artigos publicados, foram alinhados os processos de gestão de incidentes, nível de
serviço, ativos de serviço e configuração, disponibilidade e mudanças de acordo com o
escopo definido ao trabalho.

       O modelo para aplicação das métricas foi desenvolvido baseado no Anexo A da
norma ABNT ISO/IEC 27004 – Tecnologia da informação - Técnicas de segurança -
Gestão da Segurança da informação-Medição, onde é disponibilizado um modelo
padrão para medida em segurança da informação. Para que contemple as informações
de segurança e de governança de TI, o modelo foi redesenhado para atender as
necessidades da ISO/IEC 27004 e da ITIL versão 03.

       O modelo de medição utilizado utiliza como orientação os seguintes critérios:

       Processo da ITIL versão 3 - Identificação numérica e nome do processo da
ITIL versão 3 conforme o livro oficial da OGC.

       Subprocesso ITIL versão 3 – Identificação numérica e nome conforme o livro
oficial da OGC, referente ao subprocesso.



             Nome da métrica – Específico da organização. Deve condizer com o
              que se está medindo para fácil identificação da métrica.

             Identificador – Pode ser específico da organização. O Modelo proposto
              nesse trabalho sugere a utilização das identificações numéricas da ITIL
              separadas por barra e seguida das identificações numéricas dos controles
              da ISO 27002, por exemplo: 4.3.4.1/7.1.3 onde 4.3.4.1 (ITIL) - Políticas
              de Gerenciamento de Ativos de Serviço e Configuração e 7.1.3 (ISO
              27002) - Uso aceitável de ativos.

             Objetivo do modelo de medição - Descreve as razões ou resultados a
              serem alcançados pela medição.

             Controle/Processo 27001 – Identificação numérica e nome do controle
              do ANEXO A da ISO 27001.
3


   Objetivo do Controle 27001 - Objetivo dos controles conforme
    ANEXO A da ABNT ISO/IEC 27001.

   Objeto de Medição - Objeto que é caracterizado através da medição de
    seus atributos, podendo ser processos, planos, projetos, recursos, e
    sistemas, ou componentes de sistemas.

   Atributo - Propriedade de um objeto de medição que pode ser
    distinguida quantitativamente ou qualitativamente por meios manuais ou
    automatizados.

   Medida básica - Uma medida básica é definida em termos de um
    atributo e o método de medição específico para quantificá-lo.
   Método de medição - Sequência de procedimentos a serem seguidos
    para quantificar o atributo.
   Medida derivada - É uma medida que deriva de uma ou mais medidas
    básicas. Exemplo: Das medidas básicas (Total de Incidentes de
    Segurança) e (Total de Horas técnicas para resolução) e (Valor hora
    técnica), podemos obter como medidas derivadas: Média de horas por
    incidente, Custo de hora/homem por incidente, esforço técnico em um
    período designado. Ou seja, todas derivadas das medidas básicas.

   Função de medição - Cálculo utilizado para resultar na medida derivada,
    utilizando medidas básicas.

   Indicador - Medida que fornece visão de avaliação dos atributos
    especificados    relacionados   a   uma   necessidade   de      informação.
    Indicadores são base para tomada de decisão

   Modelo analítico - É a base do entendimento em relação a medida
    básica ou derivada e o seu comportamento ao longo da variável, por
    exemplo: Tempo. Um modelo analítico descreve avaliações para uma
    determinada necessidade de informação.

   Critério de decisão - Métodos para definir necessidades de tomadas de
    ação ou investigação. Critérios de decisão ajudam a interpretar os
    resultados da medição.
4


             Interpretação do indicador – Uma descrição de como o indicador deve
              ser lido, instigando ações, ou sugerindo causas e efeitos de acordo com o
              comportamento ou tendência do indicador, facilitando no critério de
              decisão.

             Formato de comunicação - Método de demonstração dos resultados,
              descrevendo como o proprietário necessita da informação, como,
              listagens, gráficos, relatórios de colunas.

             Cliente da medição - Parte interessada que necessita da informação.
              Geralmente alguém da direção ou seu representante.

             Responsável pela análise crítica da medição – Responsável pela
              validação e auditoria dos resultados do modelo de medição

             Proprietário da informação - Responsável ou custodiante da
              informação de um objeto de medição e seus atributos.

             Coletor da informação - Responsável pela coleta, registro e
              armazenamento dos dados coletados de atributos.

             Frequência de coleta de dados – Frequência com que os dados
              coletados

             Frequência de análise dos dados - Frequência com que os dados são
              analisados.

             Frequência de comunicação dos resultados de medição - Frequência
              com que as métricas são comunicadas dentro da organização ou a
              terceiros.

             Revisão de medição - Frequência com que o modelo proposta para
              medição necessita ser analisado criticamente.

             Período de medição - Define a validade dos dados através do período de
              medição.


       Seguindo o modelo citado, o Quadro 1 demonstra um exemplo de métrica
aplicada sob a gestão de mudanças da ITIL versão 3 alinhada ao controle 10.1.2 que se
refere à gestão de mudanças da ABTN ISO/IEC 27002:
5


        Quadro 1 - Modelo de Métrica em Gestão de Mudanças

                          Modelo de Medição

Processo da ITIL
                                        4.2 Gestão de Mudanças
Versão 3

Subprocesso ITIL
                                  4.2 Gerenciamento de mudanças
versão 3

Nome Métrica                 Índice de Mudanças Proativas e Reativas

Identificador              4.2/10.1.2

                           Avaliar o planejamento de mudanças, em
Objetivo do Modelo de
                           relação à prevenção de incidentes de
Medição
                           segurança da informação.

                           Comparativo de mudanças preventivas e
Método de medição
                           mudanças corretivas.

Controle/Processo
27001                      10.1.2 Gerenciamento de Mudanças

                           10.1.2Modificações nos recursos de
Objetivo do
                           processamento da informação e sistemas
Controle/Processo
                           devem ser controladas

                    Objetivo de Medição e Atributos

Objeto de Medição          Requisição de mudança

Atributo                   Mudança corretiva ou preventiva

                    Especificação da Medida Básica

                           Mudanças corretivas
Medida Básica
                           Mudanças preventivas

                           Contagem de mudanças corretivas
Método de Medição
                           Contagem de mudanças preventivas

                Especificação da Medida Derivada

                           % de mudanças corretivas
Medida Derivada
                           % de mudanças preventivas

                           Contagem de mudanças corretivas/Total de
                           mudanças
Função de Medição
                           Contagem de mudanças preventivas/Total de
                           mudanças
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                      Especificação de Indicador

                           Gráfico de barras com % de mudanças
Indicador                  corretivas contra % de mudanças preventivas
                           no período requerido.

                           Percentual de mudanças corretivas maiores
Modelo Analítico
                           que mudanças preventivas

                  Especificação do Critério de Decisão


                           Percentual de mudanças corretivas maiores
                           que mudanças preventivas, devem ser
                           investigadas quanto ao mau planejamento da
Critério de Decisão        manutenção preventivas, caso existam.

                           Percentual de mudanças preventivas maiores
                           que corretivas, não necessitam ação.


                        Resultados da Medição

                           Percentual de mudanças corretivas maiores
                           que mudanças preventivas, podem indicar
                           falta de planejamento da organização quanto
                           à manutenção adequada e planejada de seus
Interpretação do
                           ativos.
Indicador
                           Percentual de mudanças preventivas maiores
                           que mudanças corretivas, podem indicar
                           manutenção planejada e ordenada dos ativos.

Formato de
                           Gráfico de barras
Comunicação

                          Partes Interessadas

Cliente da Medição         Gestor do SGSI

Responsável pela
Análise Crítica da         Gestor de mudanças
Medição

Proprietário da
                           Gestor de Configuração e ativos
Informação

Coletor da Informação      Gestor do SGSI

                          Frequência/Período
7


        Frequência de Coleta de
                                                    Diário
        Dados

        Frequência de Análise
                                                   Mensal
        dos Dados

        Frequência de
        Comunicação dos                            Mensal
        Resultados de medição

        Revisão de Medição                        Semestral

        Período de Medição                          Anual




O questionário para avaliação do plano de métricas encontra-se disponível neste link.

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  • 1. 1 Curso: Segurança da Informação Atividade: Trabalho de Conclusão de Curso Aluno: Sérgio Nunes Siqueira Júnior Professor Orientador: Fernando José Karl 1 PLANO DE MÉTRICAS APLICADO NA ITIL VERSÃO 3 Existem muitos artigos tratando sobre a definição de métricas de segurança, visando proporcionar orientações e critérios para sua utilização, mas pouco se vê na prática a real utilização das mesmas com resultados úteis as organizações (JAQUITH, 2007). Portanto a falta de conhecimento se torna um desafio para qualquer gestor de TI, que deve determinar suas próprias métricas, ou optar por não mensurar se essas atividades e seus resultados estão colocando em risco o negócio da empresa em algum aspecto importante, seja ela na TI ou fora dela. As métricas nos processos da ITIL versão 3 possuem um papel essencial, pois são através delas que o processo decisório e os métodos de solução de problemas se tornam mais concretos e eficazes, fazendo com que sua aplicação seja utilizada como uma ferramenta de gerenciamento de riscos ou no auxílio de identificação de oportunidades de melhoria nas atividades, pois se permitindo analisar de forma antecipada os eventos através da tendência do comportamento. 1.1 ALINHAMENTO ENTRE ITIL VERSÃO 3 E ISO/IEC 27001 O alinhamento entre a ITIL versão 03 e os controles e objetivos de controle da ISO/IEC 27001, são parte da governança da tecnologia da informação, pois conscientização e consideração dos riscos de segurança e seus problemas são obrigações de cada passo ao sucesso do gerenciamento de serviço de TI da ITIL versão 3 (CLINCH, 2009). Os processos que foram mapeados da ITIL versão 3 para os controles da ABNT ISO/IEC 27002 foram: Gestão de Incidentes, Gestão de Nível de Serviço, Gestão de Ativos de Serviços e Configuração, Gestão de Disponibilidade e Gestão de
  • 2. 2 mudanças, nos quais tiveram como base artigos publicados nos quais fazem o alinhamento diretamente da ITIL para a 27002, e também onde o alinhamento é executado da ITIL para os controles da 27002, através do COBIT. Com a combinação dos artigos publicados, foram alinhados os processos de gestão de incidentes, nível de serviço, ativos de serviço e configuração, disponibilidade e mudanças de acordo com o escopo definido ao trabalho. O modelo para aplicação das métricas foi desenvolvido baseado no Anexo A da norma ABNT ISO/IEC 27004 – Tecnologia da informação - Técnicas de segurança - Gestão da Segurança da informação-Medição, onde é disponibilizado um modelo padrão para medida em segurança da informação. Para que contemple as informações de segurança e de governança de TI, o modelo foi redesenhado para atender as necessidades da ISO/IEC 27004 e da ITIL versão 03. O modelo de medição utilizado utiliza como orientação os seguintes critérios: Processo da ITIL versão 3 - Identificação numérica e nome do processo da ITIL versão 3 conforme o livro oficial da OGC. Subprocesso ITIL versão 3 – Identificação numérica e nome conforme o livro oficial da OGC, referente ao subprocesso.  Nome da métrica – Específico da organização. Deve condizer com o que se está medindo para fácil identificação da métrica.  Identificador – Pode ser específico da organização. O Modelo proposto nesse trabalho sugere a utilização das identificações numéricas da ITIL separadas por barra e seguida das identificações numéricas dos controles da ISO 27002, por exemplo: 4.3.4.1/7.1.3 onde 4.3.4.1 (ITIL) - Políticas de Gerenciamento de Ativos de Serviço e Configuração e 7.1.3 (ISO 27002) - Uso aceitável de ativos.  Objetivo do modelo de medição - Descreve as razões ou resultados a serem alcançados pela medição.  Controle/Processo 27001 – Identificação numérica e nome do controle do ANEXO A da ISO 27001.
  • 3. 3  Objetivo do Controle 27001 - Objetivo dos controles conforme ANEXO A da ABNT ISO/IEC 27001.  Objeto de Medição - Objeto que é caracterizado através da medição de seus atributos, podendo ser processos, planos, projetos, recursos, e sistemas, ou componentes de sistemas.  Atributo - Propriedade de um objeto de medição que pode ser distinguida quantitativamente ou qualitativamente por meios manuais ou automatizados.  Medida básica - Uma medida básica é definida em termos de um atributo e o método de medição específico para quantificá-lo.  Método de medição - Sequência de procedimentos a serem seguidos para quantificar o atributo.  Medida derivada - É uma medida que deriva de uma ou mais medidas básicas. Exemplo: Das medidas básicas (Total de Incidentes de Segurança) e (Total de Horas técnicas para resolução) e (Valor hora técnica), podemos obter como medidas derivadas: Média de horas por incidente, Custo de hora/homem por incidente, esforço técnico em um período designado. Ou seja, todas derivadas das medidas básicas.  Função de medição - Cálculo utilizado para resultar na medida derivada, utilizando medidas básicas.  Indicador - Medida que fornece visão de avaliação dos atributos especificados relacionados a uma necessidade de informação. Indicadores são base para tomada de decisão  Modelo analítico - É a base do entendimento em relação a medida básica ou derivada e o seu comportamento ao longo da variável, por exemplo: Tempo. Um modelo analítico descreve avaliações para uma determinada necessidade de informação.  Critério de decisão - Métodos para definir necessidades de tomadas de ação ou investigação. Critérios de decisão ajudam a interpretar os resultados da medição.
  • 4. 4  Interpretação do indicador – Uma descrição de como o indicador deve ser lido, instigando ações, ou sugerindo causas e efeitos de acordo com o comportamento ou tendência do indicador, facilitando no critério de decisão.  Formato de comunicação - Método de demonstração dos resultados, descrevendo como o proprietário necessita da informação, como, listagens, gráficos, relatórios de colunas.  Cliente da medição - Parte interessada que necessita da informação. Geralmente alguém da direção ou seu representante.  Responsável pela análise crítica da medição – Responsável pela validação e auditoria dos resultados do modelo de medição  Proprietário da informação - Responsável ou custodiante da informação de um objeto de medição e seus atributos.  Coletor da informação - Responsável pela coleta, registro e armazenamento dos dados coletados de atributos.  Frequência de coleta de dados – Frequência com que os dados coletados  Frequência de análise dos dados - Frequência com que os dados são analisados.  Frequência de comunicação dos resultados de medição - Frequência com que as métricas são comunicadas dentro da organização ou a terceiros.  Revisão de medição - Frequência com que o modelo proposta para medição necessita ser analisado criticamente.  Período de medição - Define a validade dos dados através do período de medição. Seguindo o modelo citado, o Quadro 1 demonstra um exemplo de métrica aplicada sob a gestão de mudanças da ITIL versão 3 alinhada ao controle 10.1.2 que se refere à gestão de mudanças da ABTN ISO/IEC 27002:
  • 5. 5 Quadro 1 - Modelo de Métrica em Gestão de Mudanças Modelo de Medição Processo da ITIL 4.2 Gestão de Mudanças Versão 3 Subprocesso ITIL 4.2 Gerenciamento de mudanças versão 3 Nome Métrica Índice de Mudanças Proativas e Reativas Identificador 4.2/10.1.2 Avaliar o planejamento de mudanças, em Objetivo do Modelo de relação à prevenção de incidentes de Medição segurança da informação. Comparativo de mudanças preventivas e Método de medição mudanças corretivas. Controle/Processo 27001 10.1.2 Gerenciamento de Mudanças 10.1.2Modificações nos recursos de Objetivo do processamento da informação e sistemas Controle/Processo devem ser controladas Objetivo de Medição e Atributos Objeto de Medição Requisição de mudança Atributo Mudança corretiva ou preventiva Especificação da Medida Básica Mudanças corretivas Medida Básica Mudanças preventivas Contagem de mudanças corretivas Método de Medição Contagem de mudanças preventivas Especificação da Medida Derivada % de mudanças corretivas Medida Derivada % de mudanças preventivas Contagem de mudanças corretivas/Total de mudanças Função de Medição Contagem de mudanças preventivas/Total de mudanças
  • 6. 6 Especificação de Indicador Gráfico de barras com % de mudanças Indicador corretivas contra % de mudanças preventivas no período requerido. Percentual de mudanças corretivas maiores Modelo Analítico que mudanças preventivas Especificação do Critério de Decisão Percentual de mudanças corretivas maiores que mudanças preventivas, devem ser investigadas quanto ao mau planejamento da Critério de Decisão manutenção preventivas, caso existam. Percentual de mudanças preventivas maiores que corretivas, não necessitam ação. Resultados da Medição Percentual de mudanças corretivas maiores que mudanças preventivas, podem indicar falta de planejamento da organização quanto à manutenção adequada e planejada de seus Interpretação do ativos. Indicador Percentual de mudanças preventivas maiores que mudanças corretivas, podem indicar manutenção planejada e ordenada dos ativos. Formato de Gráfico de barras Comunicação Partes Interessadas Cliente da Medição Gestor do SGSI Responsável pela Análise Crítica da Gestor de mudanças Medição Proprietário da Gestor de Configuração e ativos Informação Coletor da Informação Gestor do SGSI Frequência/Período
  • 7. 7 Frequência de Coleta de Diário Dados Frequência de Análise Mensal dos Dados Frequência de Comunicação dos Mensal Resultados de medição Revisão de Medição Semestral Período de Medição Anual O questionário para avaliação do plano de métricas encontra-se disponível neste link.