Este documento discute as contribuições da psicanálise para a psicopedagogia em 3 frases: (1) Apresenta conceitos psicanalíticos como desenvolvimento afetivo/emocional e atividade simbólica; (2) Discutem como a psicanálise influencia a compreensão da organização do pensamento e da personalidade; (3) Explora como os mecanismos psíquicos como pulsões, representações mentais e defesas do ego podem contribuir para a psicopedagogia.
2. Psicopedagogia Clínica
e Institucional
Contribuições da Psicanálise
para a Psicopedagogia
Dr. Sergio Luis dos Santos Lima
sergiolusalima@hotmail.com
3. OBJETIVOS
Compreender:
(a) as funções simbólicas;
(b) A organização do pensamento e das características
da personalidade
4. PROGRAMA
Contribuições da psicanálise à psicopedagogia
Concepções psicanalíticas
Desenvolvimento afetivo /emocional
Atividade simbólica e os diferentes níveis de
organização do pensamento
5. Psicanálise
Uma Teoria do Um método de
Insconsciente Análise
7. Contexto Cultural
Arthur Shopenhauer
O MUNDO COMO
VONTADE E
REPRESENTAÇÃO
8. Psicanálise
Pulsão de Vida x Pulsão de Morte
Princípios que regem o funcionamento mental
Freud: representação coisa (visual) – Ics
representação palavra (acústica) – PCs-Cs
2ª Tópica de Freud: ID – EGO - SUPEREGO
Recalque da representação e Repressão do
afeto
9. Representação Mental do
Conhecimento
Histórico - Filosofia
Designa aquilo que representa, o que forma o conteúdo
concreto de um ato de pensamento e, em especial, a
reprodução de uma percepção anterior
Fonte: LALANDE (1995)
11. Características da
Representação para Ação
Processos mentais ativos de tomada da consciência e para
apropriação das situações
Aspecto essencial: construir significados sobre uma situação -
caráter finalístico
Processo qualitativo de re(estruturação) constante e reorganização
dos conteúdos e do funcionamento cognitivo - processo de
aprendizagem
Desenvolvimento contínuo
O processo representativo não é cristalizado. Continua se
modificando no contato com a atividade
Fonte: WEILL—FASSINA, Rabardel e DUBOIS (1993)
12. Representação Mental
do Conhecimento
Teiger (1993) Weill-Fasina (1990)
Funcional
Finalístico
Operativo
Seletivo
Dinâmico
Lacunar
Compósito
Conciso
Construção Subjetiva
13. Representação Mental
do Conhecimento
Sua elaboração e desenvolvimento supõe pelo menos
três tipos de processos cognitivos
Memorização e Evocação
Esquematização (Categorização)
Antecipação
Fonte: TEIGER (1993)
14. Cognição
Conjunto de atividades e processos pelos quais um organismo
adquire informação e desenvolve conhecimentos
Mecanismos mentais que agem Processos Cognitivos: memória,
sobre a informação sensorial, categorização, atenção,
buscando a sua interpretação, resolução de problemas,
classificação e organização tomadas de decisão, tipos de
raciocínio, linguagem
Cognição é o processo de conhecer
16. Representação Mental
do Conhecimento
A noção de representação pode ser entendida tanto num sentido técnico,
quanto num sentido psicológico e num semiológico
representação é como um conjunto
de propriedades, relações e
Sentido Psicológico valores ligados a um objeto do
pensamento
Sentido Técnico é a expressão de um conhecimento
por meio de um sistema de signos
a representação é a relação entre o
Sentido Semiológico significante de um signo e seu
objeto
Fonte: LE-NY (1994)
17. em toda a moral efetiva
elaboram-se certos princípios,
valores ou normas ...
todo ato moral inclui a necessidade de escolher entre vários atos
possíveis
as escolhas não existem a priori, instalam-se na relação entre o desejo e
uma ação
devem basear-se numa preferência
Essa preferência deve-se porque os atos se apresentam
como atos valiosos (valor que atribuímos às coisas e aos
objetos)
como atos de valor moral (valor com respeito à conduta humana)
Para Sartre (1970), a pessoa se faz escolhendo a sua moral
Depende da pessoa o sentido que ela dá à vida, e o valor
nada mais é do que esse sentido escolhido
Fonte: Vasquez (2006)
18. Teoria dos Valores
Schwartz (2005)
Identifica as principais características dos Valores de cinco formas:
1 Valores são crenças
Crenças intrinsecamente ligadas a emoção e não a idéias. Quando os valores são
ativados, conscientemente ou não, eliciam sentimentos positivos e negativos
2 Valores são um construto motivacional
Referem-se a objetivos desejáveis que as pessoas se esforçam por obter
3 São transituacionais
São objetivos abstratos
4 Guiam a seleção e avaliação de açõe, políticas, pessoas e eventos
Crenças intrinsecamente ligadas a emoção e não a idéias. Quando os valores são
ativados, conscientemente ou não, eliciam atitudes
5 São ordenados pela importância relativa aos demais
Os Valores das pessoas formam um sistema ordenado de prioridades axiológicas que as
caracteriza como indivíduos
19. Valor é um conceito
multidimensional, composto por
distintos significados
Searle (2000)
chave para compreensão do
significado
o significado é uma forma de “intencionalidade derivada”
A intencionalidade original (ou intrínseca) da representação mental
da pessoa é transferida para o objeto
Caso o serviço/produto seja significativo, o objeto passa a ter uma
intencionalidade derivada da representação mental. A representação
não tem apenas um significado convencional, mas também um
significado desejado pela pessoa
20. Psicanálise
Pulsão de Vida x Pulsão de Morte
Princípios que regem o funcionamento mental
Freud: representação coisa (visual) – Ics
representação palavra (acústica) – PCs-Cs
2ª Tópica de Freud: ID – EGO - SUPEREGO
Recalque da representação e Repressão do
afeto
Clivagem da Representação
Dois caminhos distintos de
tratamento da informação
21. Psicanálise
Pulsão de Vida x Pulsão de Morte
Princípios que regem o funcionamento mental
Freud: representação coisa (visual) – Ics
representação palavra (acústica) – PCs-Cs
2ª Tópica de Freud: ID – EGO - SUPEREGO
Recalque da representação e Repressão do
afeto
Representação
substitutiva
22. Teorias Psicanalíticas
e Psicopatologia
Pulsão de Vida x Pulsão de Morte
Princípios que regem o funcionamento mental
Freud: representação coisa (visual) – Ics
representação palavra (acústica) – PCs-Cs
2ª Tópica de Freud: ID – EGO - SUPEREGO
Recalque da representação e Repressão do
afeto
Representação
substitutiva
SINTOMA
23. Psicanálise
Imagos Parentais
Resoluções do Complexo de Édipo
Compulsão à Repetição
Método Psicanalítico:
―recordar, repetir e elaborar‖
Resistência
24. Psicanálise
O Normal
O Saudável
O Ideal
O Sublimado
O Pathos
25. Multicausalidade
Psíquica
• Fenômenos do tipo experiência e rendimento e suas
disposições psicológicas
• Conceito psicanalítico essencial: representação
Biológica
• Fenômenos do tipo autoconservação e reprodução
repercutindo em outros fenômenos e suas disposições
biológicas
• Conceito psicanalítico essencial: pulsão
Social
• Fenômenos do tipo mediação e interação e suas disposições
sociológicas
• Conceito psicanalítico essencial: objeto
26. Psicanálise
O Princípio do Cristal Partido
Os Sonhos
30. Tipos de Ansiedade
Ansiedade • surge do medo dos perigos reais
objetiva
• surge diante do reconhecimento dos perigos
Ansiedade potenciais inerentes à satisfação dos instintos do id.
Em outras palavras, a ansiedade neurótica é o medo
neurótica da punição por expressar os desejos impulsivos
• surge do medo da consciência. Quando realizamos -
Ansiedade ou mesmo pensamos em realizar - algum ato
contrário aos valores morais da nossa consciência, é
moral bem provável sentirmos culpa ou vergonha.
31. Frustação
estado emocional desagradável que advém do fato de não se conseguir o que
se deseja e sobre o qual, frequentemente, se tinham expectativas positivas
DESEJO
Barreira
32. Efeito da Frustração
Ansiedade
Moral
Tensão
(Ego)
Conflito
Ansiedade Comportamento agressivo
Neurótica
Álcool/Drogas
Mecanismos de defesa do Ego
(contenção das pulsões)
33. Mecanismos de Defesa
do Ego
estratégias inconscientes de
resolução dos conflitos internos
CARACTERÍSTICAS:
Negação, falsificação ou distorção da realidade
operam inconscientemente
visam diminuir da ansiedade
34. Mecanismos de Defesa
do Ego
São formas que a psique tem de se proteger da tensão
interna ou externa. As defesas evitam a realidade
(repressão), excluem a realidade (negação), redefinem a
realidade (racionalização) ou a invertem (formação
reativa). Elas colocam sentimentos internos no mundo
externo (projeção), dividem a realidade (isolamento) ou
dela escapam (regressão)
35. Mecanismos de Defesa
do Ego
Negação
Racionalização
Formação Reativa
Isolamento
Regressão
Repressão
Projeção
36. Negação
Processo pelo qual o sujeito, embora formulando um dos seus desejos,
pensamentos ou sentimentos até então recalcado, continua a defender-se deste
negando que lhe pertença
37. Racionalização
Sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou
aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma ação, uma idéia, um
sentimento, etc...
38. Formação Reativa
Atitude ou hábito psicológico de sentido oposto a um
desejo recalcado e constituído em reação contra ele
(o pudor opondo-se a tendências exibicionistas, por exemplo)
Do ponto de vista clínico, as formações reativas assumem um valor
sintomático no que oferecem de rígido, de forçado, de
compulsividade
39. Isolamento
Consiste em isolar um pensamento ou um comportamento, de tal modo que suas
conexões com outros pensamentos ou com o resto da existência do sujeito
40. Regressão
Consiste em isolar um pensamento ou um
Designa-se por regressão um que suas
comportamento, de tal modo retorno em
conexões com outros pensamentos ou com o
sentimento inverso desde um ponto já
atingido da existência do sujeito ficam
resto até um ponto situado antes desse
comprometidas. Típico da neurose obsessiva
A negação da existência de um fator
provocador da ansiedade, ou seja, a
eliminação involuntária de algumas
lembranças ou percepções da consciência
que provoquem desconforto
41. Repressão
Sentido amplo: processo psíquico
que tende a fazer desarparecer da
consciência um conteúdo
desagradável ou inoportuno.
Nesse sentido, o recalque seria
uma modalidade especial de
repressão
A negação da existência de um
fator provocador da ansiedade, ou
seja, a eliminação involuntária de
algumas lembranças ou
percepções da consciência que
provoquem desconforto
42. Projeção
Operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro – pessoa ou coisa
– qualidades sentimentos, desejos que ele desconhece e recusa nele
Trata-se de uma defesa de origem muito arcaica que encontra-se em ação
particularmente na paranóia, mas também em modos de pensar ―normais‖,
como a superstição
43. Mecanismos de Defesa
São formas que a psique tem de se proteger da tensão
interna ou externa. As defesas evitam a realidade
(repressão), excluem a realidade (negação), redefinem a
realidade (racionalização) ou a invertem (formação
reativa). Elas colocam sentimentos internos no mundo
externo (projeção), dividem a realidade (isolamento) ou
dela escapam (regressão)