1. – UNIÃO IBÉRICA E PRESENÇA HOLANDESA NO NORDESTE
COLONIAL DO SÉCULO XVII
União Ibérica e relação com a invasão holandesa ao Nordeste
açucareiro
A União Ibérica foi um período em que os espanhóis se apossaram do trono português,
mediante a falta de um sucessor que pudesse assumir o governo de Portugal. Em termos
gerais, a Espanha acreditava que o processo de unificação pudesse ampliar as divisas dos
cofres hispânicos e reforçar o papel de liderança da Espanha no processo de evangelização dos
nativos americanos. Entre os motivos que explicam a invasão holandesa ao Brasil, podemos
salientar o interesse holandês em explorar a economia açucareira em terras brasileiras,
combater o embargo comercial hispânico, a participação dos flamencos da indústria açucareira
e enfraquecer economicamente a Espanha, então, maior opositora do recém-formado Estado
holandês.
Administração holandesa de Maurício de Nassau;
Estabeleceu relações amigáveis entre holandeses e senhores de engenho
brasileiros;
Incentivou, através de empréstimos, a reestruturação dos engenhos de
açúcar do Nordeste;
Introduziu inovações com relação à fabricação de açúcar;
Favoreceu um clima de tolerância e libertade religiosa;
Modernizou a cidade de Recife, construíndo diques, canais, palácios,
pontes e jardins.
Administração direta da WIC (Companhia das Índias Ocidentais
Holandesas);
Foi uma maneira da Holanda de tentar contornar o embargo hispanico,e controlar o fluxo de
mercadorias no ocidente,essa pratica foi testado com sucesso com a criação das Indias
Orientais Holandesas que gerou grande lucro,possibilitando a criação da WIC.
Expulsão dos holandeses do Nordeste e organização de uma nova área
de produção do açúcar nas Antilhas holandesas. Resultado: crise da
produção do açúcar na América Portuguesa – concorrência.
Entre os motivos da expulsão dos Holandeses destaca-se:A queda do preço do açucar na
Europa,Dessa forma os senhores de engenho atrasaram os pagamentos dos holandeses,a Wic
começou a cobrar as hipotecas,Mauricio de Nassau pede demissão,Wic executa as hipotecas e
em 1645 a 54 ocorre a Insurreição Pernambucana
2. A ESCRAVIDÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
Saber tratar das várias formas de resistência criadas pelos escravos
para reagir às condições impostas pelo cativeiro;
No dia-a-dia: Desobediência, diminuição deliberada do ritmo de trabalho,
sabotagem, pequenos roubos de mantimentos, bebidas e roupas, feitiçaria, capoeira,
impermeabilidade cultural
Formas declaradas de resistência:Rebeliões, fuga individual ou coletiva, formação
de quilombos, autodestruição por suicídio, abortos e matança de filhos recém-
nascidos, ataques físicos contra senhores, administradores e feitores , participação
nas irmandades leigas
compreender a multiplicidade do trabalho escravo.
Escravos mais numerosos que livres: escravos domésticos, de aluguel e de ganho
Carregadores,Pescadores,Estivadores,Vendedoras,Barqueiros,Serviços
domésticos,Ofícios artesanais: aprendizes, ajudantes e mestres
– ECONOMIA NA AMÉRICA PORTUGUESA – SÉCULO XVIII
Conhecer o significado que a produção do ouro teve para a economia
portuguesa, principalmente no que diz respeito à sua relação de
dependência para com a Inglaterra, o que é possível perceber, por
exemplo, com o Tratado de Methuen;
No apogeu da mineração no Brasil,Portugal enfrentava dificuldades econômicas internas(Muito
por causa do fim da união iberica que atrasou o desenvolvimento economico portugues) e
sofria pressão exercida pela Inglaterra, que se industrializava e se consolidava como potência
hegemônica. O ouro brasileiro passava a representar a esperança de trabalho e
enriquecimento. Milhares de portugueses migraram para o Brasil e o português se impõe como
língua nacional.
Escassez de abastecimento no início da mineração;
A exploração desenfreada de Portugal para estancar o arrombo economico que vivenciava,a
enorme dificuldade de ligação entre porto e mina.
3. Controle metropolitano sobre a região de Minas Gerais: órgãos
reguladores, impostos sobre o ouro e sobre as mercadorias
transportadas na Estrada Real;
Os quintos do ouro: era retirado um quinto do ouro extraído do Brasil e era mandado para
Portugal.A derrama: a Capitania de Minas Gerais tinha que enviar 1500 kg de ouro para
Portugal anualmente; caso contrário, poderia haver a derrama, ou seja, o rateio da
diferença entre as comarcas e, nestas, o rateio entre os homens bons, sob pena de ser
retirado à força através do confisco dos bens dos mesmos homens bons. As demais
capitanias tinham obrigação de reter os quintos, mas não eram oneradas pela Derrama
transformações econômicas e sociais na América Portuguesa:
formação de um mercado interno, sociedade mais dinâmica e mais
complexa, transferência da capital de Salvador para Rio de Janeiro, etc.