3. Livro: OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças :
abordagem gestáltica com crianças e
adolescentes. São Paulo : Summus, 1980.
• Psicóloga Clínica
especializada em
desenvolvimento infantil e
adolescente.
• Adepta da Gestalt-terapia,
• Palestrante.
• Dedicou grande tempo de
seu trabalho às crianças
com necessidades
especiais.
4. INTRODUÇÃO
Justificativa de seu trabalho e seu livro.
“Toda vez que uma criança abre o seu coração
para mim e compartilha essa assombrosa
sabedoria, geralmente mantida oculta, eu
sinto uma profunda reverência.”
Compartilhamento de experiência.
“Sinto-me privilegiada por ter descoberto
formas efetivas de ajudar as crianças a
atravessar com mais facilidade algumas
passagens difíceis de suas vidas.”
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9. How are you feeling about it?
Quando a criança revela seus
pensamentos e sensações sobre a
fantasia que teve, seja ela em forma de
desenho, de verbalização, de
dramatização, ela diz seus conflitos
internos, seus sentimentos de culpa,
confusão, tristeza, angústia, ansiedade...
10. Fighting Back – Revidando
A técnica do barquinho
“Escreva a história sobre um barquinho pequeno
numa imensa tempestade. O vento sopra forte e as
ondas jogam o barquinho de um lado para o outro.
Procure imaginar que você é o barquinho e explique
como se sente. Use comparações na sua estória para
contar como a gente se sente SENDO um barquinho
pequeno numa imensa tempestade. O vento ruge e
assobia enquanto tenta afundar o minúsculo barco. O
barco revida.I magine que você é o barquinho...”
11. • “Conte o que as diferentes partes do seu
corpo precisam fazer para lutar contra a
tempestade. Você está ganhando ou
perdendo a luta? De repente, o vento faz um
último ataque sobre o barquinho e então
morre. O barco ganhou! Que experiências na
vida real você teve que são parecidas com o
vento morrer e o barquinho ganhar a luta?
Imagine que você é o barquinho que acabou
de derrotar a tempestade. Como é que você
se sente em relação à tempestade?”
12. Técnica do barquinho
• Usa-se de analogias e abstrações.
• Avalia o enfretamento da criança.
• Analisa a forma como ela encara um problema
• Revela como ela age frente à forças exteriores
• Mostra como ela se sente após uma vitória.
13. Técnica da Armadilha
• “Você esteve caminhando por muito
tempo. Você está muito, muito cansado.
Você se deita para descansar e
adormece. Quando acorda, encontra-se
preso numa armadilha. Como é a sua
armadilha? Onde você está preso? O que
você faz?”
(Livro: Jogos fantasiosos de encontro –
Hebert Otto)
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15. Tommy, o pontinho e o Sol
TOMMY fez um desenho de muitas montanhas e
sobre elas, estava o Sol. No pé das montanhas
havia um pontinho. Pedi-lhe que fosse o sol e
conversasse com o pontinho.
Tommy (como Sol): Eu vejo você aí embaixo.
Você tem um caminho comprido para andar. Mas
você vai conseguir. Eu estou sempre aqui.
TOMMY (como potinho): Eu vejo você daqui de
baixo, você me faz sentir aquecido. Eu vou
continuar tentando.
16. 3 meses depois...
• Pedi para as crianças, inclusive Tommy, fazer
algum tipo de criação com argila que
representasse o mundo delas hoje e que
colocassem a si próprias como símbolos
nesse mundo.
• Tommy fez uma alta forma triangular com
uma bolinha no pico.
17.
18.
19. Cheryl, 10 anos, viveu em diversas casas de adoção desde que
sua mãe a abandonou quando ela tinha 5 anos, e por
questões legais ela ainda não podia ser adotada. É uma
criança muito atraente e quando descreveu sua roseira que
estava ao lado de uma casa, foi muito otimista.
Violet a perguntou: - Quem cuida de você?
Cheryl: - A natureza cuida de mim – a chuva, o sol e o chão.
Violet: - Quem mora na casa?
Cheryl: - Algumas pessoas.
Violet: - Você gosta delas?
Cheryl? Eu nunca as encontro. Elas sempre estão indo para
algum lugar e eu fico sozinha.
Depois disso Cheryl consguiu falar de assuntos bem profundos...
20. Figuras de Raiva
• “Uma vez por outra a criança expressa uma intensa
raiva no decorrer da nossa sessão, e eu posso usar
a ocasião para mostrar a criança que desenhar
sentimentos pode trazer um grande alívio.”
• “(...) elas precisam aprender a dirigir os seus
ressentimentos direta e verbalmente para a fonte
deles. Isso não é fácil para crianças para crianças
que são constantemente criticadas por serem
diretas e honestas em relação ao que sentem (...)”
21. O poder das cores - Pintura
“A pintura possui o seu próprio valor terapêutico
especial. Quando a pintura flui juntamente com a
emoção. As crianças têm prazer em pintar...”
“Uma vez que a cor, a tonalidade e a fluidez da pintura se
prestam tão bem a estados de sentimentos , posso pedir
a uma criança que faça uma pintura de como está se
sentindo naquele exato instante (...) As crianças parecem
representar sentimentos com tinta com uma facilidade
maior do que com qualquer outro meio de expressão
artística (...) Elas tendem a ser mais representativas.”
22. Pintura com os pés
• “Pintura com os pés? É, pintura com os pés!
Os pés são muito sensíveis, e na maior parte
do tempo acham-se aprisionado dentro de
sapatos, onde não podem sentir nada.”
• “As vezes elas dirigem o foco da consciência
para os pés (...) como uma das experiências
mais relaxantes e prazenteiras da sua vida.
Existe uma sensação de calma e prazer.”
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24. BEBÊ: Contato estreito com seus sentidos, consciência
do corpo, expressão plena e descontrolada,
sentimentos puros, inatos.
CRIANÇA: Desenvolvimento do intelecto, do
pensamento, das funções de contato.
25. “As crianças pequenas não jogam a culpa de seus
problemas sobre seus pais ou sobre o mundo
exterior. Elas imaginam que elas próprias são más,
que fizeram algo errado, que não são bonitas ou
inteligentes. E, no entanto, existe uma vontade
muito forte de sobreviver, de ultrapassar pois
ainda existe algo do bebê original que não foi
esmagado.”
26. • Gostar de crianças
• Estabelecer aceitação e confiança
• Conhecer sobre desenvolvimento e aprendizagem
• Entender sobre sistemas familiares
• Compreender a cultura e o ambiente da criança
27. • Argila
• Massa de farinha
• Água
• Esculturas de Sabão
• Gesso
• Cera
• Papel
• Madeira
• Cola
28. • Projeções da vida da própria criança a partir de uma
tema que lhe interesse.
• Nesses mecanismos não há censura, nem punição
29. • As crianças gostam dos livros que apresentem
moral e final feliz. Elas gostam de escutar histórias
em que há dificuldades, batalhas e lutas contra as
coisas difíceis da vida, mas o final tem que ser feliz
como projeção de seus desejos de que as coisas em
suas próprias vidas dêem certo.
30. • Tanto a história contada quanto a história escrita
são capazes de trazerem a tona elementos que a
criança tem dificuldade de expressar diretamente à
outras pessoas.
• Há uma relutância maior para a redação, inclusive
se as crianças forem muito novas.
• Há uma maior aceitação para histórias contadas.
31. • Se difere da redação por se tratar de um modo de
expressão estético. Além das crianças escreverem
com o coração, há uma preocupação muito grande
na rima e na beleza de seus escritos, mas no fim das
contas, a expressão lírica consegue trazer à tona
assuntos profundos.
32. • De um menino de 8 anos:
“Existe um nó dentro de mim
Um nó que não pode ser desatado
Forte
Ele dói
Como se tivessem colocado uma pedra
Dentro de mim
(...)
Talvez um dia o nó desate”
33. • Há uma maior facilidade da criança falar através de
bonecos do que expressar diretamente o que acha
difícil dizer, porque o boneco proporciona um certo
distanciamento e traz mais segurança para a criança
se revelar.
34. Três funções básicas das técnicas:
1- Envolver a criança, proporcionando-lhe prazer,
segurança e confiança;
2- Fazer com que através das técnicas as crianças
expressem assuntos importantes que não se
revelariam por outras vias;
3- Servir como próprio processo terapêutico, ao
fazer a criança tomar consciência de si, se aceitar e
mudar alguns pontos em si.