SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  34
Técnicas Psicoterápicas II
Carol Cótica
Componentes:
Ângela Batista
Geralda Pereira
Thaydja Campos
Livro: OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças :
abordagem gestáltica com crianças e
adolescentes. São Paulo : Summus, 1980.
• Psicóloga Clínica
especializada em
desenvolvimento infantil e
adolescente.
• Adepta da Gestalt-terapia,
• Palestrante.
• Dedicou grande tempo de
seu trabalho às crianças
com necessidades
especiais.
INTRODUÇÃO
Justificativa de seu trabalho e seu livro.
“Toda vez que uma criança abre o seu coração
para mim e compartilha essa assombrosa
sabedoria, geralmente mantida oculta, eu
sinto uma profunda reverência.”
Compartilhamento de experiência.
“Sinto-me privilegiada por ter descoberto
formas efetivas de ajudar as crianças a
atravessar com mais facilidade algumas
passagens difíceis de suas vidas.”
How are you feeling about it?
Quando a criança revela seus
pensamentos e sensações sobre a
fantasia que teve, seja ela em forma de
desenho, de verbalização, de
dramatização, ela diz seus conflitos
internos, seus sentimentos de culpa,
confusão, tristeza, angústia, ansiedade...
Fighting Back – Revidando
A técnica do barquinho
“Escreva a história sobre um barquinho pequeno
numa imensa tempestade. O vento sopra forte e as
ondas jogam o barquinho de um lado para o outro.
Procure imaginar que você é o barquinho e explique
como se sente. Use comparações na sua estória para
contar como a gente se sente SENDO um barquinho
pequeno numa imensa tempestade. O vento ruge e
assobia enquanto tenta afundar o minúsculo barco. O
barco revida.I magine que você é o barquinho...”
• “Conte o que as diferentes partes do seu
corpo precisam fazer para lutar contra a
tempestade. Você está ganhando ou
perdendo a luta? De repente, o vento faz um
último ataque sobre o barquinho e então
morre. O barco ganhou! Que experiências na
vida real você teve que são parecidas com o
vento morrer e o barquinho ganhar a luta?
Imagine que você é o barquinho que acabou
de derrotar a tempestade. Como é que você
se sente em relação à tempestade?”
Técnica do barquinho
• Usa-se de analogias e abstrações.
• Avalia o enfretamento da criança.
• Analisa a forma como ela encara um problema
• Revela como ela age frente à forças exteriores
• Mostra como ela se sente após uma vitória.
Técnica da Armadilha
• “Você esteve caminhando por muito
tempo. Você está muito, muito cansado.
Você se deita para descansar e
adormece. Quando acorda, encontra-se
preso numa armadilha. Como é a sua
armadilha? Onde você está preso? O que
você faz?”
(Livro: Jogos fantasiosos de encontro –
Hebert Otto)
Tommy, o pontinho e o Sol
TOMMY fez um desenho de muitas montanhas e
sobre elas, estava o Sol. No pé das montanhas
havia um pontinho. Pedi-lhe que fosse o sol e
conversasse com o pontinho.
Tommy (como Sol): Eu vejo você aí embaixo.
Você tem um caminho comprido para andar. Mas
você vai conseguir. Eu estou sempre aqui.
TOMMY (como potinho): Eu vejo você daqui de
baixo, você me faz sentir aquecido. Eu vou
continuar tentando.
3 meses depois...
• Pedi para as crianças, inclusive Tommy, fazer
algum tipo de criação com argila que
representasse o mundo delas hoje e que
colocassem a si próprias como símbolos
nesse mundo.
• Tommy fez uma alta forma triangular com
uma bolinha no pico.
Cheryl, 10 anos, viveu em diversas casas de adoção desde que
sua mãe a abandonou quando ela tinha 5 anos, e por
questões legais ela ainda não podia ser adotada. É uma
criança muito atraente e quando descreveu sua roseira que
estava ao lado de uma casa, foi muito otimista.
Violet a perguntou: - Quem cuida de você?
Cheryl: - A natureza cuida de mim – a chuva, o sol e o chão.
Violet: - Quem mora na casa?
Cheryl: - Algumas pessoas.
Violet: - Você gosta delas?
Cheryl? Eu nunca as encontro. Elas sempre estão indo para
algum lugar e eu fico sozinha.
Depois disso Cheryl consguiu falar de assuntos bem profundos...
Figuras de Raiva
• “Uma vez por outra a criança expressa uma intensa
raiva no decorrer da nossa sessão, e eu posso usar
a ocasião para mostrar a criança que desenhar
sentimentos pode trazer um grande alívio.”
• “(...) elas precisam aprender a dirigir os seus
ressentimentos direta e verbalmente para a fonte
deles. Isso não é fácil para crianças para crianças
que são constantemente criticadas por serem
diretas e honestas em relação ao que sentem (...)”
O poder das cores - Pintura
“A pintura possui o seu próprio valor terapêutico
especial. Quando a pintura flui juntamente com a
emoção. As crianças têm prazer em pintar...”
“Uma vez que a cor, a tonalidade e a fluidez da pintura se
prestam tão bem a estados de sentimentos , posso pedir
a uma criança que faça uma pintura de como está se
sentindo naquele exato instante (...) As crianças parecem
representar sentimentos com tinta com uma facilidade
maior do que com qualquer outro meio de expressão
artística (...) Elas tendem a ser mais representativas.”
Pintura com os pés
• “Pintura com os pés? É, pintura com os pés!
Os pés são muito sensíveis, e na maior parte
do tempo acham-se aprisionado dentro de
sapatos, onde não podem sentir nada.”
• “As vezes elas dirigem o foco da consciência
para os pés (...) como uma das experiências
mais relaxantes e prazenteiras da sua vida.
Existe uma sensação de calma e prazer.”
BEBÊ: Contato estreito com seus sentidos, consciência
do corpo, expressão plena e descontrolada,
sentimentos puros, inatos.
CRIANÇA: Desenvolvimento do intelecto, do
pensamento, das funções de contato.
“As crianças pequenas não jogam a culpa de seus
problemas sobre seus pais ou sobre o mundo
exterior. Elas imaginam que elas próprias são más,
que fizeram algo errado, que não são bonitas ou
inteligentes. E, no entanto, existe uma vontade
muito forte de sobreviver, de ultrapassar pois
ainda existe algo do bebê original que não foi
esmagado.”
• Gostar de crianças
• Estabelecer aceitação e confiança
• Conhecer sobre desenvolvimento e aprendizagem
• Entender sobre sistemas familiares
• Compreender a cultura e o ambiente da criança
• Argila
• Massa de farinha
• Água
• Esculturas de Sabão
• Gesso
• Cera
• Papel
• Madeira
• Cola
• Projeções da vida da própria criança a partir de uma
tema que lhe interesse.
• Nesses mecanismos não há censura, nem punição
• As crianças gostam dos livros que apresentem
moral e final feliz. Elas gostam de escutar histórias
em que há dificuldades, batalhas e lutas contra as
coisas difíceis da vida, mas o final tem que ser feliz
como projeção de seus desejos de que as coisas em
suas próprias vidas dêem certo.
• Tanto a história contada quanto a história escrita
são capazes de trazerem a tona elementos que a
criança tem dificuldade de expressar diretamente à
outras pessoas.
• Há uma relutância maior para a redação, inclusive
se as crianças forem muito novas.
• Há uma maior aceitação para histórias contadas.
• Se difere da redação por se tratar de um modo de
expressão estético. Além das crianças escreverem
com o coração, há uma preocupação muito grande
na rima e na beleza de seus escritos, mas no fim das
contas, a expressão lírica consegue trazer à tona
assuntos profundos.
• De um menino de 8 anos:
“Existe um nó dentro de mim
Um nó que não pode ser desatado
Forte
Ele dói
Como se tivessem colocado uma pedra
Dentro de mim
(...)
Talvez um dia o nó desate”
• Há uma maior facilidade da criança falar através de
bonecos do que expressar diretamente o que acha
difícil dizer, porque o boneco proporciona um certo
distanciamento e traz mais segurança para a criança
se revelar.
Três funções básicas das técnicas:
1- Envolver a criança, proporcionando-lhe prazer,
segurança e confiança;
2- Fazer com que através das técnicas as crianças
expressem assuntos importantes que não se
revelariam por outras vias;
3- Servir como próprio processo terapêutico, ao
fazer a criança tomar consciência de si, se aceitar e
mudar alguns pontos em si.

Contenu connexe

Tendances

Oficina de-histrias-em-quadrinhosx
Oficina de-histrias-em-quadrinhosxOficina de-histrias-em-quadrinhosx
Oficina de-histrias-em-quadrinhosx
Adenilton Target
 
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilA importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
Elaine Costa
 
Projeto conhecendo os animais
Projeto conhecendo os animaisProjeto conhecendo os animais
Projeto conhecendo os animais
toniatoorcelino
 
Animais na Educação Infantil
Animais na Educação InfantilAnimais na Educação Infantil
Animais na Educação Infantil
Araujo Adeilza
 
Trabalhando os cantinhos da creche
Trabalhando os cantinhos da crecheTrabalhando os cantinhos da creche
Trabalhando os cantinhos da creche
Gisele Dantas
 
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras
thiagozaca
 
Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02
Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02
Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02
Blogotipos - Diário das Marcas
 

Tendances (20)

Oficina de-histrias-em-quadrinhosx
Oficina de-histrias-em-quadrinhosxOficina de-histrias-em-quadrinhosx
Oficina de-histrias-em-quadrinhosx
 
Arquétipos para a construção do Storytelling da Marca
Arquétipos para a construção do Storytelling da MarcaArquétipos para a construção do Storytelling da Marca
Arquétipos para a construção do Storytelling da Marca
 
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro) Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
 
Aula PRODUÇÃO GRÁFICA - Boneco e Aproveitamento de Papel
Aula PRODUÇÃO GRÁFICA - Boneco e Aproveitamento de PapelAula PRODUÇÃO GRÁFICA - Boneco e Aproveitamento de Papel
Aula PRODUÇÃO GRÁFICA - Boneco e Aproveitamento de Papel
 
Uma análise do uso de arquétipos em diversas estratégias de Marketing
Uma análise do uso de arquétipos em diversas estratégias de MarketingUma análise do uso de arquétipos em diversas estratégias de Marketing
Uma análise do uso de arquétipos em diversas estratégias de Marketing
 
Brinquedos brincadeiras creches
Brinquedos brincadeiras crechesBrinquedos brincadeiras creches
Brinquedos brincadeiras creches
 
Portfólio na educação infantil: diversidades de práticas
Portfólio na educação infantil: diversidades de práticasPortfólio na educação infantil: diversidades de práticas
Portfólio na educação infantil: diversidades de práticas
 
Arquétipos
ArquétiposArquétipos
Arquétipos
 
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantilA importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil
 
Meu brinquedo
Meu brinquedoMeu brinquedo
Meu brinquedo
 
Projeto conhecendo os animais
Projeto conhecendo os animaisProjeto conhecendo os animais
Projeto conhecendo os animais
 
Brincadeiras pedagógicas antigas
Brincadeiras pedagógicas antigasBrincadeiras pedagógicas antigas
Brincadeiras pedagógicas antigas
 
Animais na Educação Infantil
Animais na Educação InfantilAnimais na Educação Infantil
Animais na Educação Infantil
 
Brinquedos e brincadeiras
Brinquedos e brincadeirasBrinquedos e brincadeiras
Brinquedos e brincadeiras
 
Projeto identidade 2
Projeto identidade  2Projeto identidade  2
Projeto identidade 2
 
Sequência didática brincadeiras infantis
Sequência didática brincadeiras infantisSequência didática brincadeiras infantis
Sequência didática brincadeiras infantis
 
Atividade Sitio-do-picapau-amarelo
Atividade Sitio-do-picapau-amareloAtividade Sitio-do-picapau-amarelo
Atividade Sitio-do-picapau-amarelo
 
Trabalhando os cantinhos da creche
Trabalhando os cantinhos da crecheTrabalhando os cantinhos da creche
Trabalhando os cantinhos da creche
 
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras
 
Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02
Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02
Apostilaredacaopublicitaria08032005170707 091201205511-phpapp02
 

Similaire à Descobrindo Crianças Violet Oaklander

Ateliê de textos 2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...
Ateliê de textos  2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...Ateliê de textos  2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...
Ateliê de textos 2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...
Selma123456
 
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
VivianeVianna9
 
Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)
Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)
Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)
Simônica Salgado
 
Apostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdf
Apostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdfApostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdf
Apostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdf
LilianPiola
 
John powell porque tenho medo de lhe dizer quem sou
John powell   porque tenho medo de lhe dizer quem souJohn powell   porque tenho medo de lhe dizer quem sou
John powell porque tenho medo de lhe dizer quem sou
danibateras
 
Oficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagem
Oficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagemOficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagem
Oficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagem
Marlete Outeiro
 

Similaire à Descobrindo Crianças Violet Oaklander (20)

Pontos para contar um conto
Pontos para contar um contoPontos para contar um conto
Pontos para contar um conto
 
Ateliê de textos 2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...
Ateliê de textos  2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...Ateliê de textos  2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...
Ateliê de textos 2- Trabalho Realizado na turma do 5º ano único da Escola Es...
 
PROJETO MEDO - FEVEREIRO 2022.docx
PROJETO MEDO - FEVEREIRO 2022.docxPROJETO MEDO - FEVEREIRO 2022.docx
PROJETO MEDO - FEVEREIRO 2022.docx
 
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
'No Meu Coração Pequenino'_ uma história sobre as emoções infantis.pdf
 
Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pdf - autoria: Celeste de Almeida Go...
Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pdf - autoria: Celeste de Almeida Go...Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pdf - autoria: Celeste de Almeida Go...
Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pdf - autoria: Celeste de Almeida Go...
 
Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pps. Autoria: Celeste de Almeida Gon...
Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pps. Autoria: Celeste de Almeida Gon...Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pps. Autoria: Celeste de Almeida Gon...
Divulgação do livro " A Oliveira Mágica" pps. Autoria: Celeste de Almeida Gon...
 
Brincar deler download
Brincar deler downloadBrincar deler download
Brincar deler download
 
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdfE-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
E-book-At.-Socioemocionais-vol-1-3.pdf
 
Anjos da guarda
Anjos da guardaAnjos da guarda
Anjos da guarda
 
O significado dos contos
O significado dos contosO significado dos contos
O significado dos contos
 
O significado dos contos
O significado dos contosO significado dos contos
O significado dos contos
 
A hora de jogo diagnóstica
A hora de jogo diagnósticaA hora de jogo diagnóstica
A hora de jogo diagnóstica
 
Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)
Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)
Guia para estimulação do cérebro infantil de 0 (2)
 
Apostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdf
Apostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdfApostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdf
Apostila_sugestoes_para a _aula_letramento_literario.pdf
 
Sequência literária
Sequência literáriaSequência literária
Sequência literária
 
Storytelling INFNET | Elis Anjos | Setembro 2014
Storytelling INFNET | Elis Anjos | Setembro 2014Storytelling INFNET | Elis Anjos | Setembro 2014
Storytelling INFNET | Elis Anjos | Setembro 2014
 
John powell porque tenho medo de lhe dizer quem sou
John powell   porque tenho medo de lhe dizer quem souJohn powell   porque tenho medo de lhe dizer quem sou
John powell porque tenho medo de lhe dizer quem sou
 
Contos de fadas: uma análise educacional
Contos de fadas: uma análise educacionalContos de fadas: uma análise educacional
Contos de fadas: uma análise educacional
 
Oficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagem
Oficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagemOficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagem
Oficina 02 -contos-de-fadas-e-aprendizagem
 
Imprimir pnaic musica
Imprimir pnaic musicaImprimir pnaic musica
Imprimir pnaic musica
 

Plus de Silvana Eloisa

O retardo mental na família construindo caminhos alternativos
O retardo mental na família  construindo caminhos alternativosO retardo mental na família  construindo caminhos alternativos
O retardo mental na família construindo caminhos alternativos
Silvana Eloisa
 
Adolescente com deficiência mental abordagem dos aspectos sexuais
Adolescente com deficiência mental  abordagem dos aspectos sexuaisAdolescente com deficiência mental  abordagem dos aspectos sexuais
Adolescente com deficiência mental abordagem dos aspectos sexuais
Silvana Eloisa
 
Psicodiagnosis psicología infantil y juvenil
Psicodiagnosis  psicología infantil y juvenilPsicodiagnosis  psicología infantil y juvenil
Psicodiagnosis psicología infantil y juvenil
Silvana Eloisa
 
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectualO brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
Silvana Eloisa
 
Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...
Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...
Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...
Silvana Eloisa
 
Mutuar – núcleo de psicologia gestáltica
Mutuar – núcleo de psicologia gestálticaMutuar – núcleo de psicologia gestáltica
Mutuar – núcleo de psicologia gestáltica
Silvana Eloisa
 
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectualO brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
Silvana Eloisa
 

Plus de Silvana Eloisa (20)

Texto base escrita-sinais2
Texto base escrita-sinais2Texto base escrita-sinais2
Texto base escrita-sinais2
 
The gift of therapy yalom
The gift of therapy   yalomThe gift of therapy   yalom
The gift of therapy yalom
 
Texto base escrita-sinais2
Texto base escrita-sinais2Texto base escrita-sinais2
Texto base escrita-sinais2
 
O escafandro-e-a-borboleta-jean-dominique-bauby
O escafandro-e-a-borboleta-jean-dominique-baubyO escafandro-e-a-borboleta-jean-dominique-bauby
O escafandro-e-a-borboleta-jean-dominique-bauby
 
Gillian butler-overcoming-social-anxiety-shyness
Gillian butler-overcoming-social-anxiety-shynessGillian butler-overcoming-social-anxiety-shyness
Gillian butler-overcoming-social-anxiety-shyness
 
Sexual functions in men
Sexual functions in menSexual functions in men
Sexual functions in men
 
Women discover orgasm
Women discover orgasmWomen discover orgasm
Women discover orgasm
 
Emotional focused-therapy-greenberg
Emotional focused-therapy-greenbergEmotional focused-therapy-greenberg
Emotional focused-therapy-greenberg
 
O retardo mental na família construindo caminhos alternativos
O retardo mental na família  construindo caminhos alternativosO retardo mental na família  construindo caminhos alternativos
O retardo mental na família construindo caminhos alternativos
 
Adolescente com deficiência mental abordagem dos aspectos sexuais
Adolescente com deficiência mental  abordagem dos aspectos sexuaisAdolescente com deficiência mental  abordagem dos aspectos sexuais
Adolescente com deficiência mental abordagem dos aspectos sexuais
 
Psicodiagnosis psicología infantil y juvenil
Psicodiagnosis  psicología infantil y juvenilPsicodiagnosis  psicología infantil y juvenil
Psicodiagnosis psicología infantil y juvenil
 
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectualO brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
 
Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...
Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...
Terapia familiar sistémica en el tratamiento del trastorno por déficit de ate...
 
Mutuar – núcleo de psicologia gestáltica
Mutuar – núcleo de psicologia gestálticaMutuar – núcleo de psicologia gestáltica
Mutuar – núcleo de psicologia gestáltica
 
Music therapy for adolescents
Music therapy for adolescentsMusic therapy for adolescents
Music therapy for adolescents
 
Paradigma da inclusão
Paradigma da inclusãoParadigma da inclusão
Paradigma da inclusão
 
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectualO brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
O brincar e a música no desenvolvimento da criança com deficiência intelectual
 
Lealtades invisibles
Lealtades invisiblesLealtades invisibles
Lealtades invisibles
 
Martin buber eu e tu
Martin buber   eu e tuMartin buber   eu e tu
Martin buber eu e tu
 
Tonalidades afetivas
Tonalidades afetivasTonalidades afetivas
Tonalidades afetivas
 

Descobrindo Crianças Violet Oaklander

  • 1.
  • 2. Técnicas Psicoterápicas II Carol Cótica Componentes: Ângela Batista Geralda Pereira Thaydja Campos
  • 3. Livro: OAKLANDER, Violet. Descobrindo crianças : abordagem gestáltica com crianças e adolescentes. São Paulo : Summus, 1980. • Psicóloga Clínica especializada em desenvolvimento infantil e adolescente. • Adepta da Gestalt-terapia, • Palestrante. • Dedicou grande tempo de seu trabalho às crianças com necessidades especiais.
  • 4. INTRODUÇÃO Justificativa de seu trabalho e seu livro. “Toda vez que uma criança abre o seu coração para mim e compartilha essa assombrosa sabedoria, geralmente mantida oculta, eu sinto uma profunda reverência.” Compartilhamento de experiência. “Sinto-me privilegiada por ter descoberto formas efetivas de ajudar as crianças a atravessar com mais facilidade algumas passagens difíceis de suas vidas.”
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. How are you feeling about it? Quando a criança revela seus pensamentos e sensações sobre a fantasia que teve, seja ela em forma de desenho, de verbalização, de dramatização, ela diz seus conflitos internos, seus sentimentos de culpa, confusão, tristeza, angústia, ansiedade...
  • 10. Fighting Back – Revidando A técnica do barquinho “Escreva a história sobre um barquinho pequeno numa imensa tempestade. O vento sopra forte e as ondas jogam o barquinho de um lado para o outro. Procure imaginar que você é o barquinho e explique como se sente. Use comparações na sua estória para contar como a gente se sente SENDO um barquinho pequeno numa imensa tempestade. O vento ruge e assobia enquanto tenta afundar o minúsculo barco. O barco revida.I magine que você é o barquinho...”
  • 11. • “Conte o que as diferentes partes do seu corpo precisam fazer para lutar contra a tempestade. Você está ganhando ou perdendo a luta? De repente, o vento faz um último ataque sobre o barquinho e então morre. O barco ganhou! Que experiências na vida real você teve que são parecidas com o vento morrer e o barquinho ganhar a luta? Imagine que você é o barquinho que acabou de derrotar a tempestade. Como é que você se sente em relação à tempestade?”
  • 12. Técnica do barquinho • Usa-se de analogias e abstrações. • Avalia o enfretamento da criança. • Analisa a forma como ela encara um problema • Revela como ela age frente à forças exteriores • Mostra como ela se sente após uma vitória.
  • 13. Técnica da Armadilha • “Você esteve caminhando por muito tempo. Você está muito, muito cansado. Você se deita para descansar e adormece. Quando acorda, encontra-se preso numa armadilha. Como é a sua armadilha? Onde você está preso? O que você faz?” (Livro: Jogos fantasiosos de encontro – Hebert Otto)
  • 14.
  • 15. Tommy, o pontinho e o Sol TOMMY fez um desenho de muitas montanhas e sobre elas, estava o Sol. No pé das montanhas havia um pontinho. Pedi-lhe que fosse o sol e conversasse com o pontinho. Tommy (como Sol): Eu vejo você aí embaixo. Você tem um caminho comprido para andar. Mas você vai conseguir. Eu estou sempre aqui. TOMMY (como potinho): Eu vejo você daqui de baixo, você me faz sentir aquecido. Eu vou continuar tentando.
  • 16. 3 meses depois... • Pedi para as crianças, inclusive Tommy, fazer algum tipo de criação com argila que representasse o mundo delas hoje e que colocassem a si próprias como símbolos nesse mundo. • Tommy fez uma alta forma triangular com uma bolinha no pico.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Cheryl, 10 anos, viveu em diversas casas de adoção desde que sua mãe a abandonou quando ela tinha 5 anos, e por questões legais ela ainda não podia ser adotada. É uma criança muito atraente e quando descreveu sua roseira que estava ao lado de uma casa, foi muito otimista. Violet a perguntou: - Quem cuida de você? Cheryl: - A natureza cuida de mim – a chuva, o sol e o chão. Violet: - Quem mora na casa? Cheryl: - Algumas pessoas. Violet: - Você gosta delas? Cheryl? Eu nunca as encontro. Elas sempre estão indo para algum lugar e eu fico sozinha. Depois disso Cheryl consguiu falar de assuntos bem profundos...
  • 20. Figuras de Raiva • “Uma vez por outra a criança expressa uma intensa raiva no decorrer da nossa sessão, e eu posso usar a ocasião para mostrar a criança que desenhar sentimentos pode trazer um grande alívio.” • “(...) elas precisam aprender a dirigir os seus ressentimentos direta e verbalmente para a fonte deles. Isso não é fácil para crianças para crianças que são constantemente criticadas por serem diretas e honestas em relação ao que sentem (...)”
  • 21. O poder das cores - Pintura “A pintura possui o seu próprio valor terapêutico especial. Quando a pintura flui juntamente com a emoção. As crianças têm prazer em pintar...” “Uma vez que a cor, a tonalidade e a fluidez da pintura se prestam tão bem a estados de sentimentos , posso pedir a uma criança que faça uma pintura de como está se sentindo naquele exato instante (...) As crianças parecem representar sentimentos com tinta com uma facilidade maior do que com qualquer outro meio de expressão artística (...) Elas tendem a ser mais representativas.”
  • 22. Pintura com os pés • “Pintura com os pés? É, pintura com os pés! Os pés são muito sensíveis, e na maior parte do tempo acham-se aprisionado dentro de sapatos, onde não podem sentir nada.” • “As vezes elas dirigem o foco da consciência para os pés (...) como uma das experiências mais relaxantes e prazenteiras da sua vida. Existe uma sensação de calma e prazer.”
  • 23.
  • 24. BEBÊ: Contato estreito com seus sentidos, consciência do corpo, expressão plena e descontrolada, sentimentos puros, inatos. CRIANÇA: Desenvolvimento do intelecto, do pensamento, das funções de contato.
  • 25. “As crianças pequenas não jogam a culpa de seus problemas sobre seus pais ou sobre o mundo exterior. Elas imaginam que elas próprias são más, que fizeram algo errado, que não são bonitas ou inteligentes. E, no entanto, existe uma vontade muito forte de sobreviver, de ultrapassar pois ainda existe algo do bebê original que não foi esmagado.”
  • 26. • Gostar de crianças • Estabelecer aceitação e confiança • Conhecer sobre desenvolvimento e aprendizagem • Entender sobre sistemas familiares • Compreender a cultura e o ambiente da criança
  • 27. • Argila • Massa de farinha • Água • Esculturas de Sabão • Gesso • Cera • Papel • Madeira • Cola
  • 28. • Projeções da vida da própria criança a partir de uma tema que lhe interesse. • Nesses mecanismos não há censura, nem punição
  • 29. • As crianças gostam dos livros que apresentem moral e final feliz. Elas gostam de escutar histórias em que há dificuldades, batalhas e lutas contra as coisas difíceis da vida, mas o final tem que ser feliz como projeção de seus desejos de que as coisas em suas próprias vidas dêem certo.
  • 30. • Tanto a história contada quanto a história escrita são capazes de trazerem a tona elementos que a criança tem dificuldade de expressar diretamente à outras pessoas. • Há uma relutância maior para a redação, inclusive se as crianças forem muito novas. • Há uma maior aceitação para histórias contadas.
  • 31. • Se difere da redação por se tratar de um modo de expressão estético. Além das crianças escreverem com o coração, há uma preocupação muito grande na rima e na beleza de seus escritos, mas no fim das contas, a expressão lírica consegue trazer à tona assuntos profundos.
  • 32. • De um menino de 8 anos: “Existe um nó dentro de mim Um nó que não pode ser desatado Forte Ele dói Como se tivessem colocado uma pedra Dentro de mim (...) Talvez um dia o nó desate”
  • 33. • Há uma maior facilidade da criança falar através de bonecos do que expressar diretamente o que acha difícil dizer, porque o boneco proporciona um certo distanciamento e traz mais segurança para a criança se revelar.
  • 34. Três funções básicas das técnicas: 1- Envolver a criança, proporcionando-lhe prazer, segurança e confiança; 2- Fazer com que através das técnicas as crianças expressem assuntos importantes que não se revelariam por outras vias; 3- Servir como próprio processo terapêutico, ao fazer a criança tomar consciência de si, se aceitar e mudar alguns pontos em si.