O teatro romano inicialmente copiou as formas gregas após o contato entre as civilizações. Eventualmente, desenvolveu gêneros próprios como a comédia, mas permaneceu majoritariamente baseado na tradição grega. Ao longo do tempo, tornou-se mais focado em espetáculos grandiosos e sensacionais do que na arte, culminando nos combates de gladiadores no Coliseu.
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Teatro romano.ppsx
1. TEATRO ROMANO
2.
* O teatro romano, apesar de não deixar
relevante legado para a História posterior, teve
diferentes gêneros. Os romanos tinham uma forma
embrionária de teatro, de influência
etrusca, espécie de representações religiosas de
caráter sério ou satírico (curiosamente de forma
semelhante ao aparecimento do teatro grego), que
eram apresentadas em ocasiões especiais, como
cerimônias e casamentos.
3. • 3.
• * Quando entraram em contato com a
Grécia, o evento significou a morte do
primitivo teatro romano, que imediatamente
copiou as formas gregas (tragédia, comédia).
4. • 4.
• * Começaram por traduzir peças gregas
(séc. III AC); depois, estrangeiros radicados em
Roma e romanos escreveram peças,
adaptando temas gregos, ou inventando
mesmo temas romanos (normalmente
baseados na História); o apogeu do teatro
romano se dá no séc. III-II a.C., com Plauto e
Terêncio.
5. • 6.
• * Em sua maior parte, o teatro romano
foi inteiramente calcado na tradição grega.
Seu declínio, que causou um vácuo de quatro
séculos na produção teatral, parece ter sido
mais significativo para a história da cultura
ocidental do que sua própria existência.
6. • 10.
• * A verdadeira comédia latina surgiu
apenas no final do século II a.C.
• * As representações teatrais eram parte
do entretenimento gratuito oferecido nos
festivais públicos.
7. • 11.
• * Desde o início, no entanto, o teatro
romano dependeu do gosto popular, de uma
forma que nunca havia ocorrido na Grécia.
Caso uma peça não agradasse ao público, o
promotor do festival era obrigado a devolver
parte do subsídio que recebera.
8. • 12.
• * Por isso, mesmo durante a
República, havia certa ansiedade em oferecer
à platéia algo que a agradasse, o que logo se
comprovou ser o sensacional, o espetacular e
o grosseiro.
9. • 13.
• * Principalmente durante o declínio do
Império, os imperadores romanos fizeram um
uso perverso desse fato, provendo pão e circo,
segundo a famosa frase do satirista Juvenal,
para que o povo se distraísse de suas
miseráveis condições de vida.
10. • 14.
• * O grandioso Coliseu e outros
anfiteatros espalhados por todo o império
atestam o poder e a grandeza de Roma, mas
não sua energia artística. Não há razões para
crer que tais construções se destinavam a
outra coisa que não espetáculos banais e
degradantes.
12. • 16.
• * Os romanos construíram vários teatros
(especificamente para representações), mas,
na maioria dos casos, nas pequenas cidades,
direcionavam os edifícios para vários outros
usos (anfiteatros), como espetáculos de
gladiadores, corridas, representações.
• 17. Ruínas do Teatro Romano de Mérida,
atual Espanha
15. • 18.
• * As arenas foram totalmente ocupadas por
gladiadores em combates mortais, feras
espicaçadas até se fazerem em pedaços, cristãos
cobertos de piche usados como tochas humanas.
• * Não é de se admirar que tanto os
escritores, quanto o público de outra
índole, passassem a considerar o teatro como
manifestação indigna e aviltante.
16. • 24.
• * Ficaram conhecidos imperadores com
uma enorme paixão pelo teatro. Nero é o mais
conhecido: adorava espetáculos de mimos
(acabou por casar com uma atriz depois de se
livrar de Pompéia), e representava ele próprio;
dado o baixo estatuto dos atores
(normalmente escravos ou ex-escravos), isso
foi motivo de escândalo.
17. • 25. Nero, que tentou
envenenar várias
vezes a própria
mãe, Agripina;
assassinou duas de
suas esposas; e
condenou ao
suicídio seu
preceptor e antigo
conselheiro, o
filósofo Sêneca.
18. • 26.
• * Dedicar-se ao teatro era muito mal
visto: os atores eram, normalmente, escravos
ou ex-escravos; raramente mulheres
representavam, tendo má reputação as que o
faziam (os papéis femininos eram feitos por
homens).
19. • 28.
• * Deve-se notar, também, que vários
imperadores apresentados como cruéis
ordenavam que os os espetáculos se tornassem
“realistas”: quando aparecia no guia que o
personagem era morto, substituía-se o ator por
um condenado à morte (existe registrado o caso
de uma representação de uma peça que relatava
a união entre Europa e Zeus, sob a forma de
touro, e uma condenada à morte foi, de fato,
unida a um touro).
20.
21. • 36.
• * Assim, em Roma predomina a
comédia. Durante o Império Romano (de 27
a.C. a 476 d.C.) a cena foi dominada por
exibições acrobáticas, jogos circenses e
pantomimas em que apenas um ator
representava todos os papéis, acompanhado
por músicos e pelo coro, usando máscaras
para interpretar personagens.
23. • 37.
• * As diferenças fundamentais entre o teatro
romano e grego podem ser expressas do seguinte
modo:
• * 1) Toda representação do teatro romano
desenrolava-se no palco, ficando a orquestra reduzida
a um semicírculo, reservado para os senadores e
convidados ilustres. 2) O teatro grego, pela natureza de
sua construção, necessitava de uma depressão no
terreno, enquanto o romano, construído sob galerias
abobadadas, poderia ser levantado em qualquer
terreno plano.
24. • 38.
• * No tempo da
perseguição aos cristãos,
sob Nero e Domitianus, a
fé cristã era ridicularizada.
Depois do triunfo do
cristianismo, as
apresentações teatrais
foram proibidas.
26. Tália, a musa da comédia
Estátua romana de mármore.
Data: séc. II
Roma, Museo Pio-Clementino (Musei Vaticani)
Créditos: Marie-Lan Nguyen, 2003
Fonte: Wikimedia Commons