SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  20
INTRODUÇÃO
Google Images
INTRODUÇÃO - ANÁLISE DO EPISÓDIO
Estrutura Externa:
• Canto III
• Estrofes 118-137
• Estrofes: oitavas
• Versos decassilábicos heróicos
Estrutura Interna
Contextualização
• Narração
• Episódio Lírico (ex: “Tu, só tu, puro Amor, com força crua…” (estr 119)
• Plano da História de Portugal
• Narrador: Vasco da Gama
• Narratário: Rei de Melinde
DESENVOLVIMENTO
CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS
Tudo tirado no Google
Images
Era uma dama delicada, era linda, feliz e contente (no
princípio) “Estavas, linda Inês”(120), mãe de quatro
filhos, porém (no fim) fica triste suplicando por ajuda
pois está à beira da morte. Têm contudo um grande
poder de argumentação.
Era o rei de Portugal, guerreiro
nobre, corajoso, preocupado com filho mas não gosta
do facto de D.Inês casar com o seu filho. Toma a
decisão de matar Inês. Porém ficou emocionado
quando D.Inês (levada pelos algozes) faz o
discurso, mas decidiu ouvir o povo.
Não é muito caracterizado mas mostra-se um Príncipe
teimoso “De outras belas senhoras e Princesas os
desejados tálamos enjeita” (122) por estar
apaixonado, e justiceiro porque depois da morte de
D.Inês fez justiça e matou dois dos algozes.
CONTINUAÇÃO
Os algozes caracterizados como
horríficos e
maldosos, férvidos, irosos, pouco
conscientes que vão ser castigados por
D.Pedro.
Murmura e é pertinaz. Grande parte das
suas ideias influenciam D.Afonso IV a
matar D.Inês.
ESPAÇO:
“Nos saudosos
campos do
Mondego”
(estr.120,vs.5)
TEMPO:
“Passada esta tão
próspera vitória,/
Tornado Afonso à
Lusitana terra”
(estr.118,vs.1,2)
ANÁLISE DO EPISÓDIO
INÊS DE CASTRO-
Introdução-(Exposição)
Estrofes :118-119
Conteúdo Nestas estrofes é apresentado uma introdução: após
a batalha do Salado, que venceram, Portugal depara-
se com a triste notícia que D.Inês será morta sendo o
supremo Amor a grande causa. (Texto Lírico).
Recursos Expressivos • “Que do sepulcro os homens desenterra” – (118) –
hipérbole.
• “Como se fora pérfida inimiga”- (119)- comparação.
• “É porque queres, áspero e tirano.” (119)- dupla
adjectivação e personificação.
ANÁLISE DO EPISÓDIO
Desenvolvimento
“memórias de alegria”
(Parte do Conflito)
Estrofes :120-121
Conteúdo Nestas estrofes é apresentada a caracterização de
Inês e onde ela se encontrava (Coimbra) e as suas
memórias de alegria. Sabemos que a sua felicidade
não irá durar. “ Que a Fortuna não deixa durar muito,”
(120).
Recursos Expressivos • “Linda Inês,”- (120)- Apóstrofe
• “O nome que no peito escrito tinhas.”-(120)-
Perífrase (D.Pedro)
• “De noite, doces sonhos que mentiam, De dia, em
pensamento que voavam.”(121)-Anáfora, Antítese,
e Personificação
ANÁLISE DOS EPISÓDIOS
Reacção do pai de
Pedro- (Parte do
Conflito)
Estrofes :122-123
Conteúdo Nestas estrofes é apresentado a reacção de D. Afonso
IV. Ele, respeitando o povo e as suas opiniões, decide
matá-la: “Tirar ao mundo determina,” (123). As suas
razões são: tem o filho preso por Amor, D.Pedro não
quer casar com mais ninguém, e por o povo murmurar.
Porém, o narrador questiona-se como é possível um
rei tão poderoso (derrotou os Mouros) matar uma
dama delicada. “Contra hua fraca Dama delicada?”
(123).
Recursos Expressivos • “O velho pai sesudo”-(122)-Perífrase
• “Do furor Mauro”-(123)-Sinédoque
• “…fraca Dama delicada?”-(123 5-8)- Pergunta
retórica, Dupla Adjectivação.
ANÁLISE DOS EPISÓDIOS
O Dia Fatal- (Parte do
Conflito)
Estrofes :124-125
Conteúdo Nestas duas estrofes, descreve-se o dia em que Inês foi
levada pelos carrascos diante do rei que se sente com
pena. Mas o povo persuade-o e é levada à morte (Dia
Fatal). Caracteriza o seu estado de espírito (“Ela, com
tristes e piedosas vozes, saídas só de mágoa e
saudade”(124) e mostra também toda a sua mágoa, não
por morrer, mas por abandonar os seus filhos. Esta
caracterização é fundamental para o discurso seguinte
de Inês.
Recursos Expressivos • “Tristes e piedosas vozes,”-(124)- Dupla Adjectivação.
• “Do seu Príncipe e filhos”-(124)- Metonímia
• “Avô cruel”-(125)-Metonímia
• A notar: os adjectivos dados aos algozes são todos
negativos e os da D.Inês são todos carinhosos.
ANÁLISE DOS EPISÓDIOS
Discurso
de Inês-
(Parte do
Conflito)
Estrofes :126-129
Conteúdo Pede a Afonso IV piedade pois até os animais selvagens a mostraram.
(É desumano matar uma donzela fraca só por causa do amor: aparte
do poeta). Pede para ter em consideração aos seus filhos, netos do
rei, que não tiveram culpa e ficariam órfãos. Acrescenta que se matou
os Mouros por serem inimigos, devia conseguir dar vida aos
inocentes. Pede-lhe para a mandar para sítios como a Líbia “ardente”
ou outro sítio para encontrar compaixão entre os animais, que não
conseguiu encontrar nos humanos “Se neles achar posso a piedade/
Que entre peitos humanos não achei” (130).
Recursos
Expressivo
s
• “A estas criancinhas…” – (127) -(uso de diminutivo)
• “Ó tu,” (127)- apóstrofe
• “a Maura” (est.128,vs.1) – sinédoque
• “Na Scítia fria, ou lá na Libia ardente,” (128) - antítese
• “Onde em lágrimas viva eternamente” (128)-hipérbole
• “Põe-me em perpétuo e mísero desterro,” (128)- modo imperativo e
dupla adjectivação
• “estas relíquias” (est.129,vs.7) – metáfora para os seus filhos
• “Naquele por quem mouro” (129)- perífrase
ANÁLISE DOS EPISÓDIOS
Morte de Inês-
(CLIMAX)
Estrofes :130-133
Conteúdo Nestas estrofes narra-se que o Rei se tinha movido com o
discurso de Inês, ponderando a morte dela. Mas mantém a
sua decisão por causa do murmurar do povo português e do
destino “Mas o pertinaz povo e seu destino” (estr.130) .
Consequentemente, os carrascos matam-na “Arrancam das
espadas de aço de fino” e “…os brutos matadores,/ No colo
de alabastrado…” (132). Desabafo do poeta e apelo à
natureza e consequência: o eco nos vales do nome de D.
Pedro (estr.133).
Recursos
Expressivos
• “Qual contra a linda moça Policena (...) Tais contra Inês
os brutos matadores” (estr.131+132, vrs.1) – comparação
• “Brutos matadores” (estr.132,vr.1) – metonímia
• “Aquele que despois a fez rainha” (estr.132,vr.4) –
perífrase
• “férvidos e irosos” (estr.132,vs.7) – dupla adjectivação
• “Ó Sol...” (estr.133,vr.1) / “ó côncavos vales ” (estr.133, vr.
5)
– apóstrofe
ANÁLISE DOS EPISÓDIOS
Conclusão- (Desenlace) Estrofes :134-135
Conteúdo Nas estrofes seguintes, compara-se a
morte de Inês com a de uma de uma flor
arrancada antes do seu tempo. Eram
lindas, mas depois ficaram secas e sem
vida “Tal está, morta, a pálida donzela, /
Secas do rosto as rosas, e perdida / A
branca e viva cor, co’a doce vida”
(estr.134). A morte de Inês fez com que as
filhas do Mondego chorassem, e suas
lágrimas transformaram-se criando a
Fonte dos Amores.
Recursos Expressivos • “Assi como a bonina (...) Tal está,
morta, a pálida donzela” (estr.134) –
comparação
• “a pálida donzela” (estr.134,vs.7) –
metonímia
• “As lágrimas choradas transformaram”
(135)- hipérbole
ANÁLISE DOS EPISÓDIOS
D. Pedro
(Episódio Extra -
Consequência)
Estrofes :136-137
Conteúdo Nestas estrofes, contemplamos a vingança de D. Pedro para
com os carrascos que assassinaram Inês de Castro. Quando
chegou ao poder, foi logo atrás deles fazendo justiça, “Não
correu muito tempo que a vingança/ Não visse Pedro das
mortais feridas,/ Que, em tomando do Reino a governança,/
A tomou dos fugidos homicidas” (estr.136). Daí foi atribuído o
cognome de O Justiceiro a D. Pedro.
Recursos
Expressivos
• “Que com Lépido e António fez Augusto” (estr.136,vs.8) –
comparação
• “fugidos homicidas” (estr.136,vs4) – metonímia
• “Este castigador” (estr.137,vs1) - metonímia
• “Que o vagabundo Alcides ou Teseu” (estr.137,vs.8) -
comparação
HISTÓRIA DA MORTE DE INÊS DE CASTRO
Na verdade histórica, D. Inês é expulsa de Portugal mas depois
regressa a seguir à morte de D. Constança. Inês e Pedro
passam a viver juntos, e o Príncipe, D. Pedro é aconselhado
a casar-se com D. Inês por sua mãe e outros fidalgos, e
mais logo nascem bastardos. D. Pedro começa a envolver-
se com a política castelhana e os portugueses começam a
ficar nervosos com a influência da família de Castro no
trono. D. Afonso IV e fidalgos portugueses acharam que a
melhor solução seria a morte de Inês de Castro. Num dia em
que D. Pedro estava numa caçada, D. Afonso IV, juntamente
com outros fidalgos ,vão a Coimbra matar D. Inês que
implora misericórdia. Inês é decapitada em 7 de Janeiro de
1355.
N’Os Lusíadas, Camões responsabiliza o amor pela morte de
Inês de Castro. Camões escreve que a suprema causa da
morte de D. Inês de Castro foi o amor entre ela e D. Pedro e
que o pai de D. Pedro, D. Afonso IV não queria que eles se
casassem. No episódio de Camões, não é referido a
expulsão do país nem a tensão das relações com D. Afonso
IV. Os cavaleiros arrancam das suas espadas e trespassam-
CONCLUSÃO
A história de Inês de Castro é o episódio lírico
mais conhecido d’Os Lusíadas.
Apresentação de muitos contrastes e indícios
de tragédia.
Camões conseguiu recriar e interpretar a
história.
C A R R A S C O
S
J
U
S
T
I
A
A N I M A
I
A
M
O
F
O
N
T
E
D
A
S
A
O
R
E
S
E S T I N O
N
E
T
O
A
F
N
S
O
I
V
P I E D A
D
Bibliografia:
Pinto Pais, A. Os Lusíadas, Luís de Camões – Edição escolar,
Areal Editores, 5ª ed.
Cabral, A. S. Camões épico – Introdução à leitura de “Os
Lusíadas”, Edições Sebenta.

Contenu connexe

Tendances

Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Maria João Lima
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesCristina Martins
 
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasOs Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasMaria Gomes
 
Despedidas em belém
Despedidas em belémDespedidas em belém
Despedidas em belémLurdes
 
Os lusíadas tempestade - Português 9º ano
Os lusíadas tempestade - Português 9º anoOs lusíadas tempestade - Português 9º ano
Os lusíadas tempestade - Português 9º anoGabriel Lima
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraDavid Caçador
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoDina Baptista
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardenteHelena Coutinho
 
Um mover de olhos brando e piadoso
Um mover de olhos brando e piadosoUm mover de olhos brando e piadoso
Um mover de olhos brando e piadosoHelena Coutinho
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaLurdes Augusto
 

Tendances (20)

As cantigas de amigo
As cantigas de amigoAs cantigas de amigo
As cantigas de amigo
 
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]Os lusíadas   adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
Os lusíadas adamastor - resumo (por estrofe) e análise global[1]
 
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de Camões
 
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasOs Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
 
Despedidas em belém
Despedidas em belémDespedidas em belém
Despedidas em belém
 
Texto de opinião
Texto de opiniãoTexto de opinião
Texto de opinião
 
Os lusíadas tempestade - Português 9º ano
Os lusíadas tempestade - Português 9º anoOs lusíadas tempestade - Português 9º ano
Os lusíadas tempestade - Português 9º ano
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereira
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-Sistematização
 
A Aia
A AiaA Aia
A Aia
 
Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97
 
Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardente
 
Um mover de olhos brando e piadoso
Um mover de olhos brando e piadosoUm mover de olhos brando e piadoso
Um mover de olhos brando e piadoso
 
Recursos expressivos
Recursos expressivosRecursos expressivos
Recursos expressivos
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de Sousa
 

En vedette

Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Lurdes Augusto
 
Despedidas em Belém e Velho do Restelo
Despedidas em Belém e Velho do ResteloDespedidas em Belém e Velho do Restelo
Despedidas em Belém e Velho do Restelosin3stesia
 
Despedidas em belém
Despedidas em belémDespedidas em belém
Despedidas em belémVanda Marques
 
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroFicha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroSusana Sobrenome
 
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - ParáfraseFicha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - ParáfraseSusana Sobrenome
 
Os Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos CantosOs Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos Cantossin3stesia
 
Inês de castro
Inês de castroInês de castro
Inês de castroLurdes
 

En vedette (9)

Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
 
Inês de Castro
Inês de CastroInês de Castro
Inês de Castro
 
Despedidas em Belém e Velho do Restelo
Despedidas em Belém e Velho do ResteloDespedidas em Belém e Velho do Restelo
Despedidas em Belém e Velho do Restelo
 
Despedidas em belém
Despedidas em belémDespedidas em belém
Despedidas em belém
 
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroFicha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
 
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - ParáfraseFicha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
 
Os Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos CantosOs Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos Cantos
 
A tempestade
A tempestadeA tempestade
A tempestade
 
Inês de castro
Inês de castroInês de castro
Inês de castro
 

Similaire à A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas

C:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\Lusiadas
C:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\LusiadasC:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\Lusiadas
C:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\LusiadasDelfina Vernuccio
 
D.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de CastroD.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de CastroUmberto Pacheco
 
"Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês""Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês"AnaGomes40
 
D.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de CastroD.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de CastroChuck Gary
 
Insdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoInsdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoarmindaalmeida
 
Insdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoInsdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoarmindaalmeida
 
Inesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlaceInesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlacearmindaalmeida
 
Inesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlaceInesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlacearmindaalmeida
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história pptAna Paiva
 
Resumo inês de castro
Resumo inês de castroResumo inês de castro
Resumo inês de castroSalomé Raposo
 
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40luisprista
 
8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx
8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx
8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docxfatimamendonca64
 
Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousaMaria da Paz
 
O contexto sócio-cultural de Pedro & Inês
O contexto sócio-cultural de Pedro & InêsO contexto sócio-cultural de Pedro & Inês
O contexto sócio-cultural de Pedro & InêsGonçalo Silva
 
Os Lusíadas - Estrutura e resumo.pdf
Os Lusíadas - Estrutura e resumo.pdfOs Lusíadas - Estrutura e resumo.pdf
Os Lusíadas - Estrutura e resumo.pdfPaula Vieira
 
Ficha de leitura - Mariana Afonso
Ficha de leitura - Mariana AfonsoFicha de leitura - Mariana Afonso
Ficha de leitura - Mariana Afonso12º A Golegã
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história pptAna Paiva
 

Similaire à A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas (20)

Os lusíadas
Os lusíadasOs lusíadas
Os lusíadas
 
C:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\Lusiadas
C:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\LusiadasC:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\Lusiadas
C:\Users\Enzo Vernuccio\Desktop\Lusiadas
 
D.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de CastroD.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de Castro
 
"Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês""Minha Querida Inês"
"Minha Querida Inês"
 
D.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de CastroD.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de Castro
 
Insdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoInsdecastro apresentao
Insdecastro apresentao
 
Insdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoInsdecastro apresentao
Insdecastro apresentao
 
Inesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlaceInesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlace
 
Inesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlaceInesdecastro exposioconflitoedesenlace
Inesdecastro exposioconflitoedesenlace
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Inês de castro
Inês de castroInês de castro
Inês de castro
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
 
Resumo inês de castro
Resumo inês de castroResumo inês de castro
Resumo inês de castro
 
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 39-40
 
8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx
8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx
8. Ficha de Trabalho para o episódio de Inês de Castro - CORRECÇÃO.docx
 
Frei luis de sousa
Frei luis de sousaFrei luis de sousa
Frei luis de sousa
 
O contexto sócio-cultural de Pedro & Inês
O contexto sócio-cultural de Pedro & InêsO contexto sócio-cultural de Pedro & Inês
O contexto sócio-cultural de Pedro & Inês
 
Os Lusíadas - Estrutura e resumo.pdf
Os Lusíadas - Estrutura e resumo.pdfOs Lusíadas - Estrutura e resumo.pdf
Os Lusíadas - Estrutura e resumo.pdf
 
Ficha de leitura - Mariana Afonso
Ficha de leitura - Mariana AfonsoFicha de leitura - Mariana Afonso
Ficha de leitura - Mariana Afonso
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
 

Plus de sin3stesia

Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolosMensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolossin3stesia
 
Ilha dos Amores- Os Lusíadas: simbologia
Ilha dos Amores- Os Lusíadas: simbologiaIlha dos Amores- Os Lusíadas: simbologia
Ilha dos Amores- Os Lusíadas: simbologiasin3stesia
 
Batalha de Aljubarrota
Batalha de AljubarrotaBatalha de Aljubarrota
Batalha de Aljubarrotasin3stesia
 
Texto dramático história e categorias
Texto dramático história e categoriasTexto dramático história e categorias
Texto dramático história e categoriassin3stesia
 
Auto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_Cavaleiros
Auto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_CavaleirosAuto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_Cavaleiros
Auto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_Cavaleirossin3stesia
 
Auto_Barca_Inferno_Alcoviteira
Auto_Barca_Inferno_AlcoviteiraAuto_Barca_Inferno_Alcoviteira
Auto_Barca_Inferno_Alcoviteirasin3stesia
 
Auto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_ppt
Auto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_pptAuto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_ppt
Auto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_pptsin3stesia
 
Quadros de sistematizacao_Auto_Barca_Inferno
Quadros de sistematizacao_Auto_Barca_InfernoQuadros de sistematizacao_Auto_Barca_Inferno
Quadros de sistematizacao_Auto_Barca_Infernosin3stesia
 
Rubrica apresentação oral
Rubrica apresentação oralRubrica apresentação oral
Rubrica apresentação oralsin3stesia
 
Rubrica Avaliação Trabalho Escrito
Rubrica Avaliação Trabalho EscritoRubrica Avaliação Trabalho Escrito
Rubrica Avaliação Trabalho Escritosin3stesia
 
Rubrica Avaliacao Textos Criativos
Rubrica Avaliacao Textos CriativosRubrica Avaliacao Textos Criativos
Rubrica Avaliacao Textos Criativossin3stesia
 
Jorge Amado: biobibliografia
Jorge Amado: biobibliografiaJorge Amado: biobibliografia
Jorge Amado: biobibliografiasin3stesia
 
Capitães da Areia: linhas temáticas
Capitães da Areia: linhas temáticasCapitães da Areia: linhas temáticas
Capitães da Areia: linhas temáticassin3stesia
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espancasin3stesia
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIsin3stesia
 
Cesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - ContextualizaçãoCesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - Contextualizaçãosin3stesia
 

Plus de sin3stesia (16)

Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolosMensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
 
Ilha dos Amores- Os Lusíadas: simbologia
Ilha dos Amores- Os Lusíadas: simbologiaIlha dos Amores- Os Lusíadas: simbologia
Ilha dos Amores- Os Lusíadas: simbologia
 
Batalha de Aljubarrota
Batalha de AljubarrotaBatalha de Aljubarrota
Batalha de Aljubarrota
 
Texto dramático história e categorias
Texto dramático história e categoriasTexto dramático história e categorias
Texto dramático história e categorias
 
Auto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_Cavaleiros
Auto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_CavaleirosAuto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_Cavaleiros
Auto_Barca_Cavaleiros_Os_Quatro_Cavaleiros
 
Auto_Barca_Inferno_Alcoviteira
Auto_Barca_Inferno_AlcoviteiraAuto_Barca_Inferno_Alcoviteira
Auto_Barca_Inferno_Alcoviteira
 
Auto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_ppt
Auto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_pptAuto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_ppt
Auto da barca_do_inferno_O_Sapateiro_ppt
 
Quadros de sistematizacao_Auto_Barca_Inferno
Quadros de sistematizacao_Auto_Barca_InfernoQuadros de sistematizacao_Auto_Barca_Inferno
Quadros de sistematizacao_Auto_Barca_Inferno
 
Rubrica apresentação oral
Rubrica apresentação oralRubrica apresentação oral
Rubrica apresentação oral
 
Rubrica Avaliação Trabalho Escrito
Rubrica Avaliação Trabalho EscritoRubrica Avaliação Trabalho Escrito
Rubrica Avaliação Trabalho Escrito
 
Rubrica Avaliacao Textos Criativos
Rubrica Avaliacao Textos CriativosRubrica Avaliacao Textos Criativos
Rubrica Avaliacao Textos Criativos
 
Jorge Amado: biobibliografia
Jorge Amado: biobibliografiaJorge Amado: biobibliografia
Jorge Amado: biobibliografia
 
Capitães da Areia: linhas temáticas
Capitães da Areia: linhas temáticasCapitães da Areia: linhas temáticas
Capitães da Areia: linhas temáticas
 
Florbela Espanca
Florbela EspancaFlorbela Espanca
Florbela Espanca
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Cesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - ContextualizaçãoCesário Verde - Contextualização
Cesário Verde - Contextualização
 

A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas

  • 1.
  • 3. INTRODUÇÃO - ANÁLISE DO EPISÓDIO Estrutura Externa: • Canto III • Estrofes 118-137 • Estrofes: oitavas • Versos decassilábicos heróicos Estrutura Interna Contextualização • Narração • Episódio Lírico (ex: “Tu, só tu, puro Amor, com força crua…” (estr 119) • Plano da História de Portugal • Narrador: Vasco da Gama • Narratário: Rei de Melinde
  • 5. CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS Tudo tirado no Google Images Era uma dama delicada, era linda, feliz e contente (no princípio) “Estavas, linda Inês”(120), mãe de quatro filhos, porém (no fim) fica triste suplicando por ajuda pois está à beira da morte. Têm contudo um grande poder de argumentação. Era o rei de Portugal, guerreiro nobre, corajoso, preocupado com filho mas não gosta do facto de D.Inês casar com o seu filho. Toma a decisão de matar Inês. Porém ficou emocionado quando D.Inês (levada pelos algozes) faz o discurso, mas decidiu ouvir o povo. Não é muito caracterizado mas mostra-se um Príncipe teimoso “De outras belas senhoras e Princesas os desejados tálamos enjeita” (122) por estar apaixonado, e justiceiro porque depois da morte de D.Inês fez justiça e matou dois dos algozes.
  • 6. CONTINUAÇÃO Os algozes caracterizados como horríficos e maldosos, férvidos, irosos, pouco conscientes que vão ser castigados por D.Pedro. Murmura e é pertinaz. Grande parte das suas ideias influenciam D.Afonso IV a matar D.Inês.
  • 7. ESPAÇO: “Nos saudosos campos do Mondego” (estr.120,vs.5) TEMPO: “Passada esta tão próspera vitória,/ Tornado Afonso à Lusitana terra” (estr.118,vs.1,2)
  • 8. ANÁLISE DO EPISÓDIO INÊS DE CASTRO- Introdução-(Exposição) Estrofes :118-119 Conteúdo Nestas estrofes é apresentado uma introdução: após a batalha do Salado, que venceram, Portugal depara- se com a triste notícia que D.Inês será morta sendo o supremo Amor a grande causa. (Texto Lírico). Recursos Expressivos • “Que do sepulcro os homens desenterra” – (118) – hipérbole. • “Como se fora pérfida inimiga”- (119)- comparação. • “É porque queres, áspero e tirano.” (119)- dupla adjectivação e personificação.
  • 9. ANÁLISE DO EPISÓDIO Desenvolvimento “memórias de alegria” (Parte do Conflito) Estrofes :120-121 Conteúdo Nestas estrofes é apresentada a caracterização de Inês e onde ela se encontrava (Coimbra) e as suas memórias de alegria. Sabemos que a sua felicidade não irá durar. “ Que a Fortuna não deixa durar muito,” (120). Recursos Expressivos • “Linda Inês,”- (120)- Apóstrofe • “O nome que no peito escrito tinhas.”-(120)- Perífrase (D.Pedro) • “De noite, doces sonhos que mentiam, De dia, em pensamento que voavam.”(121)-Anáfora, Antítese, e Personificação
  • 10. ANÁLISE DOS EPISÓDIOS Reacção do pai de Pedro- (Parte do Conflito) Estrofes :122-123 Conteúdo Nestas estrofes é apresentado a reacção de D. Afonso IV. Ele, respeitando o povo e as suas opiniões, decide matá-la: “Tirar ao mundo determina,” (123). As suas razões são: tem o filho preso por Amor, D.Pedro não quer casar com mais ninguém, e por o povo murmurar. Porém, o narrador questiona-se como é possível um rei tão poderoso (derrotou os Mouros) matar uma dama delicada. “Contra hua fraca Dama delicada?” (123). Recursos Expressivos • “O velho pai sesudo”-(122)-Perífrase • “Do furor Mauro”-(123)-Sinédoque • “…fraca Dama delicada?”-(123 5-8)- Pergunta retórica, Dupla Adjectivação.
  • 11. ANÁLISE DOS EPISÓDIOS O Dia Fatal- (Parte do Conflito) Estrofes :124-125 Conteúdo Nestas duas estrofes, descreve-se o dia em que Inês foi levada pelos carrascos diante do rei que se sente com pena. Mas o povo persuade-o e é levada à morte (Dia Fatal). Caracteriza o seu estado de espírito (“Ela, com tristes e piedosas vozes, saídas só de mágoa e saudade”(124) e mostra também toda a sua mágoa, não por morrer, mas por abandonar os seus filhos. Esta caracterização é fundamental para o discurso seguinte de Inês. Recursos Expressivos • “Tristes e piedosas vozes,”-(124)- Dupla Adjectivação. • “Do seu Príncipe e filhos”-(124)- Metonímia • “Avô cruel”-(125)-Metonímia • A notar: os adjectivos dados aos algozes são todos negativos e os da D.Inês são todos carinhosos.
  • 12. ANÁLISE DOS EPISÓDIOS Discurso de Inês- (Parte do Conflito) Estrofes :126-129 Conteúdo Pede a Afonso IV piedade pois até os animais selvagens a mostraram. (É desumano matar uma donzela fraca só por causa do amor: aparte do poeta). Pede para ter em consideração aos seus filhos, netos do rei, que não tiveram culpa e ficariam órfãos. Acrescenta que se matou os Mouros por serem inimigos, devia conseguir dar vida aos inocentes. Pede-lhe para a mandar para sítios como a Líbia “ardente” ou outro sítio para encontrar compaixão entre os animais, que não conseguiu encontrar nos humanos “Se neles achar posso a piedade/ Que entre peitos humanos não achei” (130). Recursos Expressivo s • “A estas criancinhas…” – (127) -(uso de diminutivo) • “Ó tu,” (127)- apóstrofe • “a Maura” (est.128,vs.1) – sinédoque • “Na Scítia fria, ou lá na Libia ardente,” (128) - antítese • “Onde em lágrimas viva eternamente” (128)-hipérbole • “Põe-me em perpétuo e mísero desterro,” (128)- modo imperativo e dupla adjectivação • “estas relíquias” (est.129,vs.7) – metáfora para os seus filhos • “Naquele por quem mouro” (129)- perífrase
  • 13. ANÁLISE DOS EPISÓDIOS Morte de Inês- (CLIMAX) Estrofes :130-133 Conteúdo Nestas estrofes narra-se que o Rei se tinha movido com o discurso de Inês, ponderando a morte dela. Mas mantém a sua decisão por causa do murmurar do povo português e do destino “Mas o pertinaz povo e seu destino” (estr.130) . Consequentemente, os carrascos matam-na “Arrancam das espadas de aço de fino” e “…os brutos matadores,/ No colo de alabastrado…” (132). Desabafo do poeta e apelo à natureza e consequência: o eco nos vales do nome de D. Pedro (estr.133). Recursos Expressivos • “Qual contra a linda moça Policena (...) Tais contra Inês os brutos matadores” (estr.131+132, vrs.1) – comparação • “Brutos matadores” (estr.132,vr.1) – metonímia • “Aquele que despois a fez rainha” (estr.132,vr.4) – perífrase • “férvidos e irosos” (estr.132,vs.7) – dupla adjectivação • “Ó Sol...” (estr.133,vr.1) / “ó côncavos vales ” (estr.133, vr. 5) – apóstrofe
  • 14. ANÁLISE DOS EPISÓDIOS Conclusão- (Desenlace) Estrofes :134-135 Conteúdo Nas estrofes seguintes, compara-se a morte de Inês com a de uma de uma flor arrancada antes do seu tempo. Eram lindas, mas depois ficaram secas e sem vida “Tal está, morta, a pálida donzela, / Secas do rosto as rosas, e perdida / A branca e viva cor, co’a doce vida” (estr.134). A morte de Inês fez com que as filhas do Mondego chorassem, e suas lágrimas transformaram-se criando a Fonte dos Amores. Recursos Expressivos • “Assi como a bonina (...) Tal está, morta, a pálida donzela” (estr.134) – comparação • “a pálida donzela” (estr.134,vs.7) – metonímia • “As lágrimas choradas transformaram” (135)- hipérbole
  • 15. ANÁLISE DOS EPISÓDIOS D. Pedro (Episódio Extra - Consequência) Estrofes :136-137 Conteúdo Nestas estrofes, contemplamos a vingança de D. Pedro para com os carrascos que assassinaram Inês de Castro. Quando chegou ao poder, foi logo atrás deles fazendo justiça, “Não correu muito tempo que a vingança/ Não visse Pedro das mortais feridas,/ Que, em tomando do Reino a governança,/ A tomou dos fugidos homicidas” (estr.136). Daí foi atribuído o cognome de O Justiceiro a D. Pedro. Recursos Expressivos • “Que com Lépido e António fez Augusto” (estr.136,vs.8) – comparação • “fugidos homicidas” (estr.136,vs4) – metonímia • “Este castigador” (estr.137,vs1) - metonímia • “Que o vagabundo Alcides ou Teseu” (estr.137,vs.8) - comparação
  • 16. HISTÓRIA DA MORTE DE INÊS DE CASTRO Na verdade histórica, D. Inês é expulsa de Portugal mas depois regressa a seguir à morte de D. Constança. Inês e Pedro passam a viver juntos, e o Príncipe, D. Pedro é aconselhado a casar-se com D. Inês por sua mãe e outros fidalgos, e mais logo nascem bastardos. D. Pedro começa a envolver- se com a política castelhana e os portugueses começam a ficar nervosos com a influência da família de Castro no trono. D. Afonso IV e fidalgos portugueses acharam que a melhor solução seria a morte de Inês de Castro. Num dia em que D. Pedro estava numa caçada, D. Afonso IV, juntamente com outros fidalgos ,vão a Coimbra matar D. Inês que implora misericórdia. Inês é decapitada em 7 de Janeiro de 1355. N’Os Lusíadas, Camões responsabiliza o amor pela morte de Inês de Castro. Camões escreve que a suprema causa da morte de D. Inês de Castro foi o amor entre ela e D. Pedro e que o pai de D. Pedro, D. Afonso IV não queria que eles se casassem. No episódio de Camões, não é referido a expulsão do país nem a tensão das relações com D. Afonso IV. Os cavaleiros arrancam das suas espadas e trespassam-
  • 18. A história de Inês de Castro é o episódio lírico mais conhecido d’Os Lusíadas. Apresentação de muitos contrastes e indícios de tragédia. Camões conseguiu recriar e interpretar a história.
  • 19. C A R R A S C O S J U S T I A A N I M A I A M O F O N T E D A S A O R E S E S T I N O N E T O A F N S O I V P I E D A D
  • 20. Bibliografia: Pinto Pais, A. Os Lusíadas, Luís de Camões – Edição escolar, Areal Editores, 5ª ed. Cabral, A. S. Camões épico – Introdução à leitura de “Os Lusíadas”, Edições Sebenta.