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Sistema de gerenciamento de coletas aplicado à coleta de
                lixo eletrônico do CEDIR/USP
  Bárbara B. C. Silva, Felipe Sá de Mello, Lucas Machado, Tiago K. De Santana

     Escola de Artes, Ciências e Humanidades – Universidade de São Paulo (USP)
           Av. Arlindo Béttio, 1000 – 03.828-000 – São Paulo – SP – Brazil
           barbarab.claudino@hotmail.com, felper3d@hotmail.com,
                machadolucas@me.com, tiagoklein@gmail.com

    Abstract. Currently, CEDIR (Centre for Disposal and Reuse of Information
    Technology Waste, a project of the Electronic Computation Center of USP)
    receives requests for collection of materials and records them in a non-
    automated way with manual management of data, resulting in unnecessary
    expenditures              of             time            and             work.
    The objective of this paper is to propose and develop a system that automates
    the insertion of requests for collection by donors through an application on a
    mobile device, and manage and organize data on the server, including
    presentation of the them.

    Resumo. Atualmente o CEDIR (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de
    Informática, um projeto do Centro de Computação Eletrônica da USP) recebe
    pedidos de coleta de materiais e registra os mesmos de forma não
    automatizada e com gerenciamento manual dos dados, resultando em gastos
    desnecessários            de           tempo           e           trabalho.
    O objetivo do presente trabalho é propor e viabilizar um sistema que
    automatize a inserção de pedidos para coleta pelos doadores através de um
    aplicativo em dispositivo móvel, e gerencie e organize os dados no servidor,
    incluindo apresentação dos mesmos.

1. Introdução
O lixo eletrônico se tornou um problema evidente em nossa sociedade, uma vez que seu
crescimento é exponencial e este possui componentes que são altamente prejudiciais ao
meio ambiente e à saúde humana, como retardantes de chamas brominados, alguns
polímeros tóxicos e metais pesados: “Concentrations of Cd, Cu, Ni, Pb and Zn are such
that were these elements released into the environment they would pose a risk to
ecosystems and human health” (Wilmoth et al., 1991 apud ROBINSON, Brett H, 2009).
A maior parte deste lixo acaba em aterros a céu aberto, resultando na contaminação do
solo através do vazamento dos componentes dos eletroeletrônicos gerando a entrada
bioacumulativa na cadeia alimentar. Além disso, a grande parte reciclada passa por
processos rudimentares, sem segurança aos trabalhadores , como a dissolução em ácido
a céu aberto e o despejo dos resíduos em rios e a incineração com liberação de
particulados químicos, tornando estes processos nocivos.
No Brasil, o crescimento dos resíduos citados vem ocorrendo devido a uma grande
inclusão da população no consumo de objetos eletrônicos como celulares e
computadores desde há alguns anos atrás com políticas de inclusão digital,
barateamento dos componentes, processos de produção em escala, e maior poder
aquisitivo da classe média brasileira. Com base na relevância de tais problemas gerados
pelo descarte inadequado de E-waste (termo para lixo eletrônico) em dezembro de 2009
foi inaugurado o Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (CEDIR) do
Centro de Computação Eletrônica (CCE) da Universidade de São Paulo (USP) - projeto
pioneiro no Brasil.
O CEDIR realiza processos corretos de descarte e reciclagem de eletrônicos, recebendo
principalmente computadores e celulares. Sua triagem baseia-se inicialmente em avaliar
se o material pode ou não ser aproveitado, e em caso positivo ele é encaminhado para
utilização em projetos e instituições sociais em nível de empréstimo gratuito, garantindo
assim o retorno do equipamento para o CEDIR após a vida útil do mesmo se esgotar.
No caso do equipamento estar em estado inutilizável, o mesmo é pesado, desmontado,
separado por componentes, descaracterizado, compactado e acondicionado, em seguida
pesado novamente e encaminhado para parceiros de reciclagem que garantem um
destino correto ambientalmente e socialmente desses resíduos, que ainda servem de
matéria-prima para a indústria.
A partir do valor que se agrega em associar-se com iniciativas ambientais, e com
pesadas multas e legislações recentes contra o descarte incorreto de resíduos, o CEDIR
tem ganhado um apelo cada vez maior na mídia e em sua demanda, que supera em
muitas vezes a oferta e a capacidade de processamento do Centro. Pensando nesse
problema, que pode ser mitigado através de um sistema que integre os dados e gerencie
de forma mais automatizada as coletas de materiais para reciclagem, aumentando a
eficiência e a eficácia na cadeia de fornecedores de material, armazenamento, e destino,
propõe-se um sistema de inclusão e gestão das coletas com as facilidades de integrar-se
a aplicativos móveis e a capacidade de gerar estatísticas para previsões e estimativas da
instituição.

2. Objetivos
Partindo da ideia de automatizar o sistema de gerenciamento de coletas para o CEDIR,
foi proposto um sistema de informação. Esse sistema é composto de duas partes, sendo
a primeira uma aplicação servidor que centralizará o armazenamento e processamento
dos dados do sistema. A segunda parte será a aplicação para dispositivos móveis, que
possui acesso à aplicação servidor mediante autenticação por login e poderá incluir
nesta última dados (pedidos de coleta), visualizar os dados já incluídos pelo usuário, e
receber feedback da aplicação servidor sobre os pedidos de coleta.
O lado servidor do sistema deverá ser capaz de satisfazer os seguintes requisitos:
    • Gerenciar o cadastro e autenticação de usuários para uso do sistema;
    • Receber e armazenar dados para coleta dos usuários;
    • Prover uma interface de controle que organize e exiba os dados inseridos pelos
       clientes, com a possibilidade de fornecer feedback sobre as solicitações;
    • Gerar relatórios informativos e úteis sobre os dados.
A aplicação móvel deverá atender os seguintes requisitos:
   • Comunicar-se com a aplicação servidor para troca de dados por meio da rede
       que estiver disponível;
•   Prover interfaces para cadastro e autenticação de usuários no sistema, inclusão,
       edição e exclusão de dados detalhados para solicitações de coleta de materiais
       (tipo de material, quantidade, local, etc.), visualização de dados já incluídos, e
       feedback do servidor, além da visualização de estatísticas sobre os dados já
       inseridos.
O sistema contempla uma interface administrativa do servidor, com acesso exclusivo
para usuários administrativos do sistema mediante login com senha. Essa interface
possui telas que permitem consultar listagens de todas as requisições de coleta por status
(a analisar, pendente, e realizada), além de ser possível visualizar mais detalhadamente
cada requisição e gerenciá-la (mudar status, rejeitar ou aceitar). Por fim, há uma página
para exibição dos relatórios, estatísticas e gráficos do sistema.
Na interface da aplicação de dispositivos móveis, primeiramente o usuário deverá
efetuar login, ou anteriormente realizar um cadastro se não possuir um. Em seguida será
oferecido um menu que direciona para interfaces de cadastro, visualização
(acompanhamento), edição e exclusão de requisições de coletas, interfaces para
exibição de dados estatísticos, e para alteração de dados de usuário e exclusão de conta.
Com esses requisitos atendidos, espera-se obter um sistema capaz de gerenciar de forma
automatizada os pedidos de coletas de materiais eletrônicos para o CEDIR. Esse
sistema, com adaptações, poderia ser estendido para uso em qualquer outra situação-
problema na qual estejam envolvidos manuseio de materiais/objetos/produtos, e pedidos
de coleta e/ou entrega.
Como consequência direta, espera-se com a otimização, uma maior estabilidade da
demanda de coletas pela criação de um sistema de fila (coletas pendentes de revisão), o
melhor aproveitamento da capacidade de processamento, evitando sobrecargas e
ociosidades, e ainda o bem ao meio ambiente, uma vez que mais lixo eletrônico poderá
ser processado.

3. Metodologia
Na fase de projeto, foram utilizadas as ferramentas SQL Power Architect e Astah.
O SQL Power Architect é uma ferramenta utilizada para a criação de modelos de banco
de dados, ou seja, auxilia a construção de um modelo relacional para o futuro
desenvolvimento da base, além de gerar o código SQL correspondente ao modelo;
Astah é software de apoio à engenharia de software, isso é, nos oferece recursos para o
desenvolvimento de diagramas de classe, casos de usos entre outras funcionalidades que
auxiliem a parte de requisitos de um sistema.
Para a codificação do sistema, foi escolhida a linguagem JAVA (JDK 1.6) em conjunto
com o Android SDK (SDK para a construção de sistemas na plataforma Android).
A base de dados é armazenada em um servidor PostgreSQL, versão 9.1.
São ainda utilizados os frameworks GlassFish Jersey para implementação de web
services segundo o paradigma REST na comunicação entre o servidor e a aplicação
móvel; JSF 2.0 (MyFaces) para renderização das páginas na interface administrativa;
JAR de integração Java com PostgreSQL para permitir fácil acesso ao banco através da
aplicação servidor;
No auxílio da codificação, foi utilizado a IDEs Eclipse e um repositório SVN no Google
Code para centralização e controle de códigos.

4. Descrição do Sistema

4.1. Visão Geral
Para o correto funcionamento da aplicação servidor, são necessárias as seguintes
especificações mínimas: Computador com Java Virtual Machine versão 6 ou superior,
podendo executar qualquer versão de sistema Windows, Mac OS X ou Linux; Servidor
de aplicações Tomcat 7.0 ou superior; Base de dados PostgreSQL 9; Bibliotecas para os
frameworks GlassFish Jersey, JSF 2.0 (MyFaces), JAR de integração Java com
PostgreSQL.
Para instalação da aplicação em dispositivos móveis, a configuração mínima exigida é a
seguinte Aparelho celular com sistema operacional Android 2.3.3 ou superior; e
conexão a rede de dados via GSM/3G ou wi-fi;
A modelagem do banco de dados para o sistema é a que segue descrita na Figura 1, e
explica-se no parágrafo a seguir.
As tabelas Admin e Usuario representam usuários que acessam o sistema, sendo que
Admin é o usuário que acessa pela interface administrative epode revisar dados, e
Usuario é quem alimenta o sistema a partir dos dispositivos móveis.
Usuario pertence a uma Empresa, que possui instâncias de Local nas quais pode ser
realizado uma coleta, representado por Registro. Por fim, esse Registro por possuir
diversas instâncias de Material e serem coletadas, cada uma associada a um
TipoMaterial.




                   Figura 1: Modelo do banco de dados da aplicação
4.2. Casos de Uso
Estão previstos dois atores (Usuário e Administrador), e diversos casos de uso para o
sistema. Os casos de uso estão diagramados na Figura 2, e são eles:
    • Usuário faz Login: Usuário faz login para acessar o sistema pelo dispositivo
       móvel, fornecendo nome de usuário e senha.
    • Usuário faz Cadastro de Usuário: Usuário faz o cadastro de uma nova conta de
       usuário para acessar o sistema, e vincula essa conta a uma empresa já existente
       ou cadastra uma nova se necessário.
    • Usuário faz Cadastro de Local: Usuário cadastra um novo local de coleta, que
       ficará vinculado a empresa.
    • Usuário faz Cadastro de Coleta: Usuário cadastra uma nova solicitação de
       coleta, especificando os materiais, quantidade, local, e data.
    • Usuário Altera Dados: Usuário altera seus dados pessoais como nome e e-mail.
    • Usuário Altera Senha: Usuário altera sua senha de acesso ao sistema.
    • Administrador faz Login de Administrador: Um administrador do sistema acessa
       a interface administra, fornecendo seu nome de usuário e senha.
    • Administrador Revisa Coleta: Administrador visualiza um registro de
       solicitação de coleta cadastrado, e se necessário altera os dados da mesma e
       altera o status.
    • Administrador Altera Dados do Sistema: Administrador altera dados de
       configuração do sistema.
    • Administrador Altera Solicitação Ativa: Administrador altera solicitações que já
       foram revisadas e estão com status como ativa.




                         Figura 2: Diagrama de casos de uso
4.3. Aplicação servidor
Foi realizada uma modelagem e diagramação das telas do sistema para a interface
administrativa na aplicação servidor. O diagrama com esse esquema está representado
na Figura 3. A Tabela 1 detalha os elementos e funções de cada página.




              Figura 3: Diagrama de fluxo de telas na aplicação servidor
                Tabela 1: Detalhamento das telas na aplicação servidor
  [M0] Login. Essa tela será a inicial da aplicação, e conterá um simples formulário
  de login que pede nome de usuário e senha para entrar no sistema. Se realizado
  login com sucesso, o usuário é redirecionado para a tela [M2]
  [M2] Menu. O menu têm como função mostrar um panorama de opções que o
  usuário pode escolher para interagir com o sistema, com links para sair do sistema
  (logout, que redireciona para a tela [M0]), e links para as telas [P1], [O1], [Q1] e
  [N1].
  [P1] Solicitações Pendentes. A tela locais mostrará a lista com todos as
  solicitações pendentes de análise pelo administrador. Ao selecionar uma
  solicitação, o administrador será levado à tela [P2].
  [P2] Revisão de solicitação. O Administrador pode pela tela de revisão da
  solicitação visualizar todos os detalhes da mesma, sugerir alterações e alterar o
  status para dar andamento à solicitação.
  [O1] Solicitações ativas. A tela mostra todas as solicitações que foram revisadas e
  estão em andamento. É possível selecionar uma delas para alteração, o que levará
  à tela [O2].
  [O2] Alterar solicitação. A tela permite visualizar todos os detalhes da solicitação
  e fazer alguma alteração na mesma. Após as alterações e a confirmação, o
  administrador é levado para a tela [O1].
  [Q1] Histórico. Tela com listagem para as coletas já finalizadas realizadas
  anteriormente. É possível selecionar um item da lista para ver os detalhes pela
  através da tela [Q2].
  [Q2] Detalhes de solicitação. Tela para visualização de todos os detalhes de uma
  solicitação já finalizada.
  [N1] Alterar dados de usuário e do sistema. Tela que possibilita alteração de
alguns dados da conta de usuário e parâmetros do sistema.
  [N2] Alterar Senha. Tela que permite alterar a senha de acesso ao sistema do
  usuário

4.3. Aplicação remota
Para a aplicação de dispositivos móveis, foi levantado um digrama com as telas
necessárias, que está representado na Figura 4. A Tabela 2 explica com detalhes as
funções e elementos existentes em cada uma das telas.




               Figura 4: Diagrama de fluxo de telas na aplicação remota
                Tabela 2: Detalhamento das telas na aplicação remota
  [A0] Início. Essa tela será a inicial da aplicação, e conterá um simples formulário
  de login que pede nome de usuário e senha para entrar no sistema, e um link para
  novo cadastro, que conduz à tela [C1]. Se realizado login com sucesso, o usuário é
  redirecionado para a tela [A1]
  [A1] Menu Logado. O menu têm como função mostrar um panorama de opções
  que o usuário pode escolher para interagir com o sistema, com links para sair do
  sistema (logout, que redireciona para a tela [A0]), e links para as telas [B1], [D1],
  [E1] e [F1].
  [B1] Locais. A tela locais mostrará a lista com todos os locais cadastrados pelo
  usuário, mais um botão para criar um novo local. Ao escolher um dos locais, o
  usuário será levado para a tela [B2]. Ao escolher criar um novo, será levado para a
  tela [B3] com um formulário em branco.
  [B2] Detalhes do Local. A tela detalhes do local mostrará todos os detalhes
  específicos de um local cadastrado, além de fornecer um link Editar, que leva o
  usuário para a tela [B3] com um formulário já preenchido com os dados existentes.
  [B3] Edita/Cria Local. A tela serve tanto para edição quanto para criação de
  novos locais, com a diferença que no caso de uma criação, o formulário com todos
  os atributos da entidade é mostrado em branco, enquanto no caso de uma edição
  ele já é carregado populado. Ao finalizar uma edição/criação, o usuário é
redirecionado para a tela [B2]
  [C1] Cadastro – CNPJ. Essa tela inicia o fluxo de um novo cadastro, e pede
  apenas o CNPJ da instituição. Se uma instituição com o CNPJ fornecido já estiver
  cadastrada no sistema, o usuário é redirecionado para a tela [C3], onde cria uma
  nova conta de usuário associada à empresa. Se o CNPJ não existir, o usuário
  primeiramente cria um perfil de empresa na tela [C2].
  [C2] Cadastro – Nova Empresa. Tela para criação de nova empresa, com campos
  para todos os atributos da entidade. Após o completo preenchimento, o usuário é
  levado para a tela [C3].
  [C3] Cadastro – Novo Usuário. Tela para criação de novo usuário associado a
  uma empresa, com campos para todos os atributos da entidade. Após o completo
  preenchimento, o usuário é levado para a tela [A1].
  [D1] Coletas. A tela locais mostrará listas com todas as coletas cadastrados pelo
  usuário separadas por status, mais um botão para criar uma nova. Ao escolher uma
  das coletas, o usuário será levado para a tela [D2]. Ao escolher criar uma nova,
  será levado para a tela [D3] com um formulário em branco.
  [D2] Detalhes da Coleta. A tela detalhes da coleta mostrará todos os detalhes
  específicos de uma coleta cadastrada e seu status de aprovação, além de fornecer
  um link Editar, que leva o usuário para a tela [B3] com um formulário já
  preenchido com os dados existentes.
  [D3] Edita/Cria Coleta. A tela serve tanto para edição quanto para criação de
  novas coletas, com a diferença que no caso de uma criação, o formulário com
  todos os atributos da entidade é mostrado em branco, enquanto no caso de uma
  edição ele já é carregado populado. Ao finalizar uma edição/criação, o usuário é
  redirecionado para a tela [D2]
  [E1] Estatísticas. Tela que apresenta dados estatísticos sobre os dados do usuário
  no sistema e do sistema.
  [F1] Alterar dados de usuário. Tela que possibilita alteração de alguns dados da
  conta de usuário
  [F2] Alterar Senha. Tela que permite alterar a senha de acesso ao sistema do
  usuário

5. Conclusão
Com o sistema elaborado, será possível a automatização de tarefas antes manuais como
o gerenciamento e acompanhamento de registros de coletas desde sua criação,
aprovação e até sua efetiva realização pelo CEDIR. Com esse sistema de informação
ainda, torna-se possível um manutenção do cadastro de empresas doadoras de materiais,
com manipulação de dados informatizada, que pode ser usada para tomada de decisões a
longo prazo sobre volume de materiais, localização, e tipos de materiais, por exemplo.
Há ainda o aumento da capacidade de processamento e eficiência de materiais, uma vez
que a responsabilidade do agendamento de coletas é passada diretamente às empresas,
cabendo ao CEDIR somente a revisão das mesmas e da melhor data para organização
dos processos internos.
O sistema ainda possui sua parte de interação com as empresas por meio de aplicativo
Android em dispositivos móveis, o que permite uma interação usável e de fácil
assimilação mesmo por usuários iniciantes. A parte da aplicação servidor conta com
interface de controles simples e claros, permitindo também uma curva de aprendizagem
curta para os administradores.
Com todas esses fatores, espera-se melhor aproveitamento de recursos, e eliminação de
atividades e processos desnecessários existentes, contribuindo para o aumento da
organização e capacidade de armazenamento do CEDIR, diretamente influenciando em
melhorias ambientais devido a maior quantidade de lixo eletrônico com destino correto.

6. Referências Bibliográficas
CEDIR. (s.d.). USP CCE CEDIR, http://www.cedir.usp.br/, Abril.
ROBINSON, Brett H. (2009) E-waste: An assessment of global production and
  environmental impacts. Science of the Total Environment, Department of Soil and
  Physical Sciences, Lincoln University, Lincoln 7647, Canterbury, New Zealand, 408,
  p. 183-191.

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Gestão de projetos: Comunicação
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Gerenciamento de coletas de lixo eletrônico

  • 1. Sistema de gerenciamento de coletas aplicado à coleta de lixo eletrônico do CEDIR/USP Bárbara B. C. Silva, Felipe Sá de Mello, Lucas Machado, Tiago K. De Santana Escola de Artes, Ciências e Humanidades – Universidade de São Paulo (USP) Av. Arlindo Béttio, 1000 – 03.828-000 – São Paulo – SP – Brazil barbarab.claudino@hotmail.com, felper3d@hotmail.com, machadolucas@me.com, tiagoklein@gmail.com Abstract. Currently, CEDIR (Centre for Disposal and Reuse of Information Technology Waste, a project of the Electronic Computation Center of USP) receives requests for collection of materials and records them in a non- automated way with manual management of data, resulting in unnecessary expenditures of time and work. The objective of this paper is to propose and develop a system that automates the insertion of requests for collection by donors through an application on a mobile device, and manage and organize data on the server, including presentation of the them. Resumo. Atualmente o CEDIR (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática, um projeto do Centro de Computação Eletrônica da USP) recebe pedidos de coleta de materiais e registra os mesmos de forma não automatizada e com gerenciamento manual dos dados, resultando em gastos desnecessários de tempo e trabalho. O objetivo do presente trabalho é propor e viabilizar um sistema que automatize a inserção de pedidos para coleta pelos doadores através de um aplicativo em dispositivo móvel, e gerencie e organize os dados no servidor, incluindo apresentação dos mesmos. 1. Introdução O lixo eletrônico se tornou um problema evidente em nossa sociedade, uma vez que seu crescimento é exponencial e este possui componentes que são altamente prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana, como retardantes de chamas brominados, alguns polímeros tóxicos e metais pesados: “Concentrations of Cd, Cu, Ni, Pb and Zn are such that were these elements released into the environment they would pose a risk to ecosystems and human health” (Wilmoth et al., 1991 apud ROBINSON, Brett H, 2009). A maior parte deste lixo acaba em aterros a céu aberto, resultando na contaminação do solo através do vazamento dos componentes dos eletroeletrônicos gerando a entrada bioacumulativa na cadeia alimentar. Além disso, a grande parte reciclada passa por processos rudimentares, sem segurança aos trabalhadores , como a dissolução em ácido a céu aberto e o despejo dos resíduos em rios e a incineração com liberação de particulados químicos, tornando estes processos nocivos. No Brasil, o crescimento dos resíduos citados vem ocorrendo devido a uma grande inclusão da população no consumo de objetos eletrônicos como celulares e
  • 2. computadores desde há alguns anos atrás com políticas de inclusão digital, barateamento dos componentes, processos de produção em escala, e maior poder aquisitivo da classe média brasileira. Com base na relevância de tais problemas gerados pelo descarte inadequado de E-waste (termo para lixo eletrônico) em dezembro de 2009 foi inaugurado o Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (CEDIR) do Centro de Computação Eletrônica (CCE) da Universidade de São Paulo (USP) - projeto pioneiro no Brasil. O CEDIR realiza processos corretos de descarte e reciclagem de eletrônicos, recebendo principalmente computadores e celulares. Sua triagem baseia-se inicialmente em avaliar se o material pode ou não ser aproveitado, e em caso positivo ele é encaminhado para utilização em projetos e instituições sociais em nível de empréstimo gratuito, garantindo assim o retorno do equipamento para o CEDIR após a vida útil do mesmo se esgotar. No caso do equipamento estar em estado inutilizável, o mesmo é pesado, desmontado, separado por componentes, descaracterizado, compactado e acondicionado, em seguida pesado novamente e encaminhado para parceiros de reciclagem que garantem um destino correto ambientalmente e socialmente desses resíduos, que ainda servem de matéria-prima para a indústria. A partir do valor que se agrega em associar-se com iniciativas ambientais, e com pesadas multas e legislações recentes contra o descarte incorreto de resíduos, o CEDIR tem ganhado um apelo cada vez maior na mídia e em sua demanda, que supera em muitas vezes a oferta e a capacidade de processamento do Centro. Pensando nesse problema, que pode ser mitigado através de um sistema que integre os dados e gerencie de forma mais automatizada as coletas de materiais para reciclagem, aumentando a eficiência e a eficácia na cadeia de fornecedores de material, armazenamento, e destino, propõe-se um sistema de inclusão e gestão das coletas com as facilidades de integrar-se a aplicativos móveis e a capacidade de gerar estatísticas para previsões e estimativas da instituição. 2. Objetivos Partindo da ideia de automatizar o sistema de gerenciamento de coletas para o CEDIR, foi proposto um sistema de informação. Esse sistema é composto de duas partes, sendo a primeira uma aplicação servidor que centralizará o armazenamento e processamento dos dados do sistema. A segunda parte será a aplicação para dispositivos móveis, que possui acesso à aplicação servidor mediante autenticação por login e poderá incluir nesta última dados (pedidos de coleta), visualizar os dados já incluídos pelo usuário, e receber feedback da aplicação servidor sobre os pedidos de coleta. O lado servidor do sistema deverá ser capaz de satisfazer os seguintes requisitos: • Gerenciar o cadastro e autenticação de usuários para uso do sistema; • Receber e armazenar dados para coleta dos usuários; • Prover uma interface de controle que organize e exiba os dados inseridos pelos clientes, com a possibilidade de fornecer feedback sobre as solicitações; • Gerar relatórios informativos e úteis sobre os dados. A aplicação móvel deverá atender os seguintes requisitos: • Comunicar-se com a aplicação servidor para troca de dados por meio da rede que estiver disponível;
  • 3. Prover interfaces para cadastro e autenticação de usuários no sistema, inclusão, edição e exclusão de dados detalhados para solicitações de coleta de materiais (tipo de material, quantidade, local, etc.), visualização de dados já incluídos, e feedback do servidor, além da visualização de estatísticas sobre os dados já inseridos. O sistema contempla uma interface administrativa do servidor, com acesso exclusivo para usuários administrativos do sistema mediante login com senha. Essa interface possui telas que permitem consultar listagens de todas as requisições de coleta por status (a analisar, pendente, e realizada), além de ser possível visualizar mais detalhadamente cada requisição e gerenciá-la (mudar status, rejeitar ou aceitar). Por fim, há uma página para exibição dos relatórios, estatísticas e gráficos do sistema. Na interface da aplicação de dispositivos móveis, primeiramente o usuário deverá efetuar login, ou anteriormente realizar um cadastro se não possuir um. Em seguida será oferecido um menu que direciona para interfaces de cadastro, visualização (acompanhamento), edição e exclusão de requisições de coletas, interfaces para exibição de dados estatísticos, e para alteração de dados de usuário e exclusão de conta. Com esses requisitos atendidos, espera-se obter um sistema capaz de gerenciar de forma automatizada os pedidos de coletas de materiais eletrônicos para o CEDIR. Esse sistema, com adaptações, poderia ser estendido para uso em qualquer outra situação- problema na qual estejam envolvidos manuseio de materiais/objetos/produtos, e pedidos de coleta e/ou entrega. Como consequência direta, espera-se com a otimização, uma maior estabilidade da demanda de coletas pela criação de um sistema de fila (coletas pendentes de revisão), o melhor aproveitamento da capacidade de processamento, evitando sobrecargas e ociosidades, e ainda o bem ao meio ambiente, uma vez que mais lixo eletrônico poderá ser processado. 3. Metodologia Na fase de projeto, foram utilizadas as ferramentas SQL Power Architect e Astah. O SQL Power Architect é uma ferramenta utilizada para a criação de modelos de banco de dados, ou seja, auxilia a construção de um modelo relacional para o futuro desenvolvimento da base, além de gerar o código SQL correspondente ao modelo; Astah é software de apoio à engenharia de software, isso é, nos oferece recursos para o desenvolvimento de diagramas de classe, casos de usos entre outras funcionalidades que auxiliem a parte de requisitos de um sistema. Para a codificação do sistema, foi escolhida a linguagem JAVA (JDK 1.6) em conjunto com o Android SDK (SDK para a construção de sistemas na plataforma Android). A base de dados é armazenada em um servidor PostgreSQL, versão 9.1. São ainda utilizados os frameworks GlassFish Jersey para implementação de web services segundo o paradigma REST na comunicação entre o servidor e a aplicação móvel; JSF 2.0 (MyFaces) para renderização das páginas na interface administrativa; JAR de integração Java com PostgreSQL para permitir fácil acesso ao banco através da aplicação servidor;
  • 4. No auxílio da codificação, foi utilizado a IDEs Eclipse e um repositório SVN no Google Code para centralização e controle de códigos. 4. Descrição do Sistema 4.1. Visão Geral Para o correto funcionamento da aplicação servidor, são necessárias as seguintes especificações mínimas: Computador com Java Virtual Machine versão 6 ou superior, podendo executar qualquer versão de sistema Windows, Mac OS X ou Linux; Servidor de aplicações Tomcat 7.0 ou superior; Base de dados PostgreSQL 9; Bibliotecas para os frameworks GlassFish Jersey, JSF 2.0 (MyFaces), JAR de integração Java com PostgreSQL. Para instalação da aplicação em dispositivos móveis, a configuração mínima exigida é a seguinte Aparelho celular com sistema operacional Android 2.3.3 ou superior; e conexão a rede de dados via GSM/3G ou wi-fi; A modelagem do banco de dados para o sistema é a que segue descrita na Figura 1, e explica-se no parágrafo a seguir. As tabelas Admin e Usuario representam usuários que acessam o sistema, sendo que Admin é o usuário que acessa pela interface administrative epode revisar dados, e Usuario é quem alimenta o sistema a partir dos dispositivos móveis. Usuario pertence a uma Empresa, que possui instâncias de Local nas quais pode ser realizado uma coleta, representado por Registro. Por fim, esse Registro por possuir diversas instâncias de Material e serem coletadas, cada uma associada a um TipoMaterial. Figura 1: Modelo do banco de dados da aplicação
  • 5. 4.2. Casos de Uso Estão previstos dois atores (Usuário e Administrador), e diversos casos de uso para o sistema. Os casos de uso estão diagramados na Figura 2, e são eles: • Usuário faz Login: Usuário faz login para acessar o sistema pelo dispositivo móvel, fornecendo nome de usuário e senha. • Usuário faz Cadastro de Usuário: Usuário faz o cadastro de uma nova conta de usuário para acessar o sistema, e vincula essa conta a uma empresa já existente ou cadastra uma nova se necessário. • Usuário faz Cadastro de Local: Usuário cadastra um novo local de coleta, que ficará vinculado a empresa. • Usuário faz Cadastro de Coleta: Usuário cadastra uma nova solicitação de coleta, especificando os materiais, quantidade, local, e data. • Usuário Altera Dados: Usuário altera seus dados pessoais como nome e e-mail. • Usuário Altera Senha: Usuário altera sua senha de acesso ao sistema. • Administrador faz Login de Administrador: Um administrador do sistema acessa a interface administra, fornecendo seu nome de usuário e senha. • Administrador Revisa Coleta: Administrador visualiza um registro de solicitação de coleta cadastrado, e se necessário altera os dados da mesma e altera o status. • Administrador Altera Dados do Sistema: Administrador altera dados de configuração do sistema. • Administrador Altera Solicitação Ativa: Administrador altera solicitações que já foram revisadas e estão com status como ativa. Figura 2: Diagrama de casos de uso
  • 6. 4.3. Aplicação servidor Foi realizada uma modelagem e diagramação das telas do sistema para a interface administrativa na aplicação servidor. O diagrama com esse esquema está representado na Figura 3. A Tabela 1 detalha os elementos e funções de cada página. Figura 3: Diagrama de fluxo de telas na aplicação servidor Tabela 1: Detalhamento das telas na aplicação servidor [M0] Login. Essa tela será a inicial da aplicação, e conterá um simples formulário de login que pede nome de usuário e senha para entrar no sistema. Se realizado login com sucesso, o usuário é redirecionado para a tela [M2] [M2] Menu. O menu têm como função mostrar um panorama de opções que o usuário pode escolher para interagir com o sistema, com links para sair do sistema (logout, que redireciona para a tela [M0]), e links para as telas [P1], [O1], [Q1] e [N1]. [P1] Solicitações Pendentes. A tela locais mostrará a lista com todos as solicitações pendentes de análise pelo administrador. Ao selecionar uma solicitação, o administrador será levado à tela [P2]. [P2] Revisão de solicitação. O Administrador pode pela tela de revisão da solicitação visualizar todos os detalhes da mesma, sugerir alterações e alterar o status para dar andamento à solicitação. [O1] Solicitações ativas. A tela mostra todas as solicitações que foram revisadas e estão em andamento. É possível selecionar uma delas para alteração, o que levará à tela [O2]. [O2] Alterar solicitação. A tela permite visualizar todos os detalhes da solicitação e fazer alguma alteração na mesma. Após as alterações e a confirmação, o administrador é levado para a tela [O1]. [Q1] Histórico. Tela com listagem para as coletas já finalizadas realizadas anteriormente. É possível selecionar um item da lista para ver os detalhes pela através da tela [Q2]. [Q2] Detalhes de solicitação. Tela para visualização de todos os detalhes de uma solicitação já finalizada. [N1] Alterar dados de usuário e do sistema. Tela que possibilita alteração de
  • 7. alguns dados da conta de usuário e parâmetros do sistema. [N2] Alterar Senha. Tela que permite alterar a senha de acesso ao sistema do usuário 4.3. Aplicação remota Para a aplicação de dispositivos móveis, foi levantado um digrama com as telas necessárias, que está representado na Figura 4. A Tabela 2 explica com detalhes as funções e elementos existentes em cada uma das telas. Figura 4: Diagrama de fluxo de telas na aplicação remota Tabela 2: Detalhamento das telas na aplicação remota [A0] Início. Essa tela será a inicial da aplicação, e conterá um simples formulário de login que pede nome de usuário e senha para entrar no sistema, e um link para novo cadastro, que conduz à tela [C1]. Se realizado login com sucesso, o usuário é redirecionado para a tela [A1] [A1] Menu Logado. O menu têm como função mostrar um panorama de opções que o usuário pode escolher para interagir com o sistema, com links para sair do sistema (logout, que redireciona para a tela [A0]), e links para as telas [B1], [D1], [E1] e [F1]. [B1] Locais. A tela locais mostrará a lista com todos os locais cadastrados pelo usuário, mais um botão para criar um novo local. Ao escolher um dos locais, o usuário será levado para a tela [B2]. Ao escolher criar um novo, será levado para a tela [B3] com um formulário em branco. [B2] Detalhes do Local. A tela detalhes do local mostrará todos os detalhes específicos de um local cadastrado, além de fornecer um link Editar, que leva o usuário para a tela [B3] com um formulário já preenchido com os dados existentes. [B3] Edita/Cria Local. A tela serve tanto para edição quanto para criação de novos locais, com a diferença que no caso de uma criação, o formulário com todos os atributos da entidade é mostrado em branco, enquanto no caso de uma edição ele já é carregado populado. Ao finalizar uma edição/criação, o usuário é
  • 8. redirecionado para a tela [B2] [C1] Cadastro – CNPJ. Essa tela inicia o fluxo de um novo cadastro, e pede apenas o CNPJ da instituição. Se uma instituição com o CNPJ fornecido já estiver cadastrada no sistema, o usuário é redirecionado para a tela [C3], onde cria uma nova conta de usuário associada à empresa. Se o CNPJ não existir, o usuário primeiramente cria um perfil de empresa na tela [C2]. [C2] Cadastro – Nova Empresa. Tela para criação de nova empresa, com campos para todos os atributos da entidade. Após o completo preenchimento, o usuário é levado para a tela [C3]. [C3] Cadastro – Novo Usuário. Tela para criação de novo usuário associado a uma empresa, com campos para todos os atributos da entidade. Após o completo preenchimento, o usuário é levado para a tela [A1]. [D1] Coletas. A tela locais mostrará listas com todas as coletas cadastrados pelo usuário separadas por status, mais um botão para criar uma nova. Ao escolher uma das coletas, o usuário será levado para a tela [D2]. Ao escolher criar uma nova, será levado para a tela [D3] com um formulário em branco. [D2] Detalhes da Coleta. A tela detalhes da coleta mostrará todos os detalhes específicos de uma coleta cadastrada e seu status de aprovação, além de fornecer um link Editar, que leva o usuário para a tela [B3] com um formulário já preenchido com os dados existentes. [D3] Edita/Cria Coleta. A tela serve tanto para edição quanto para criação de novas coletas, com a diferença que no caso de uma criação, o formulário com todos os atributos da entidade é mostrado em branco, enquanto no caso de uma edição ele já é carregado populado. Ao finalizar uma edição/criação, o usuário é redirecionado para a tela [D2] [E1] Estatísticas. Tela que apresenta dados estatísticos sobre os dados do usuário no sistema e do sistema. [F1] Alterar dados de usuário. Tela que possibilita alteração de alguns dados da conta de usuário [F2] Alterar Senha. Tela que permite alterar a senha de acesso ao sistema do usuário 5. Conclusão Com o sistema elaborado, será possível a automatização de tarefas antes manuais como o gerenciamento e acompanhamento de registros de coletas desde sua criação, aprovação e até sua efetiva realização pelo CEDIR. Com esse sistema de informação ainda, torna-se possível um manutenção do cadastro de empresas doadoras de materiais, com manipulação de dados informatizada, que pode ser usada para tomada de decisões a longo prazo sobre volume de materiais, localização, e tipos de materiais, por exemplo. Há ainda o aumento da capacidade de processamento e eficiência de materiais, uma vez que a responsabilidade do agendamento de coletas é passada diretamente às empresas, cabendo ao CEDIR somente a revisão das mesmas e da melhor data para organização dos processos internos. O sistema ainda possui sua parte de interação com as empresas por meio de aplicativo Android em dispositivos móveis, o que permite uma interação usável e de fácil assimilação mesmo por usuários iniciantes. A parte da aplicação servidor conta com
  • 9. interface de controles simples e claros, permitindo também uma curva de aprendizagem curta para os administradores. Com todas esses fatores, espera-se melhor aproveitamento de recursos, e eliminação de atividades e processos desnecessários existentes, contribuindo para o aumento da organização e capacidade de armazenamento do CEDIR, diretamente influenciando em melhorias ambientais devido a maior quantidade de lixo eletrônico com destino correto. 6. Referências Bibliográficas CEDIR. (s.d.). USP CCE CEDIR, http://www.cedir.usp.br/, Abril. ROBINSON, Brett H. (2009) E-waste: An assessment of global production and environmental impacts. Science of the Total Environment, Department of Soil and Physical Sciences, Lincoln University, Lincoln 7647, Canterbury, New Zealand, 408, p. 183-191.