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- Carlisle.
Ele escutou minhaaproximação, eficou alarmado assim queviu meu rosto. Eleficou em pé, pálido como um fantasma. Eleseinclinou parafrentedamesa
denogueiraorganizada.
Edward, vocênão…
- Não, não, não é isso.
Ele respirou fundo. Claro quenão. Desculpequepensei isso. Seus olhos, claro, eu deviareconhecido… Elenotou meus olhos aindaeram dourados com
alívio.
- Mas elaestámachucada, Carlisle, provavelmentenão égrave, mas…
- O que aconteceu?
- Um acidentede carro estúpido. Elaestavano lugar errado, nahoraerrada. Mas eu não podiaficaparado lá - deixar quefosseatropelada…
Comecedenovo, eu não entendo. Como vocêseenvolveu?
- Umavan derrapou no gelo. - eu sussurrei. Olhei aparedeatrás deleenquanto falava. Ao invés deser cobertacom diplomas, eletinhasó umapinturaà
óleo, umade suas favoritas, um Hassam não descoberto. - Elaestavano caminho. Aliceviu acontecendo, mas não haviatempo parafazer nadaalém de
correr pelo estacionamento etirá-ladafrente. Ninguém notou… exceto ela. Eu tivequeparar avan também, mas denovo, ninguém viu… anão ser ela.
Eu… eu sinto muito, Carlsile. Não querianos colocarem perigo.
Ele deu a voltanamesa ecolocou amão no meu ombro.
Vocêfez a coisacerta. E não deveter sido fácil paravocê. Estou orgulhoso, Edward.
Eu o olhei nos olhos. - Elasabe quetem algo… deerrado comigo.
- Isso não importa. Setivermosqueir embora, nós iremos. O queeladisse?
Balancei a cabeça, um pouco frustrado. - Nada, ainda.
Ainda?
- Elaconcordou com aminhaversão dos eventos… mas estáesperando umaexplicação.
Ele franziu atesta, pensando.
- Elabateu acabeça - bom, eu fiz isso. - continuei rapidamente. - Eu abati contrao chão com bastanteforça. Elaparecebem, mas… não acho queserá
difícil desacreditá-la.
Senti-merudesó dedizer as palavras.
Carlisle ouviu o desgosto naminhavoz. Talvez isso não sejanecessário. Vamosver o queacontece, estábem? Parecequetenho umapacienteparaver.
- Por favor. - eu disse. - Estou preocupado queatenhamachucado.
A expressão deCarslilesealiviou. Elepassou o dedo pelo cabelo, só alguns tons mais claro queseus olhos dourados, eriu.
Foi um diainteressanteparavocê, não foi? Em suamente, eu podiaver aironia, eeraengraçada - paraele, pelo menos. Umainversão depapéis. Durante
aquele momento curto eimpensado em quecorri pelo estacionamentocongelado, eu tinhapassado deassassinoparaprotetor.
Eu ri com ele, lembrando deter certezadequeBellanuncaprecisariadeproteção denadaalém demim mesmo. Minharisadatinhaum tom irritado
porque, apesar davan, isso aindaeraverdade.
Eu esperei no escritório deCarlsile - umadas horas mais compridasquejávivi - escutando o hospital cheio depensamentos.
Tyler Crowley, o motoristadavan, pareciaestar mais machucado queBella, eaatenção sevoltou paraeleenquanto elaesperavaasuavez defazer o raio-
X. Carlisleficou nos fundos, confiando no diagnósticodos residentes dequeagarotasó estavalevementemachucada. Isso me deixou ansioso, mas sabia
queele tinharazão. Umaespiada no rosto deleeelaimediatamenteselembrariademim, do fato quehaviaalgo deerrado com aminhafamília, etalvez
isso afizessefalar algo.
Ela certamentetinhaum parceiro disposto o suficienteparaconversar. Tylerestavaconsumidopor culpacomo fato dequasetê-lamatado, enão
conseguiaparar defalar sobreisso. Eu podiaver aexpressão delaatravés dos olhos dele, eestavaclaro queelaqueriaque eleparasse. Como ele não via
isso?
Houveum momento tenso paramim quando Tyler perguntou comoelatinhasaído dafrente.
Eu esperei, sem respirar, como elahesitou.
- Hmmm… - eleaescutou falar. Então elafez umapausa tão longaqueTyler seperguntou sesuaperguntaatinhaconfundido. Finalmente, ela continuou. -
Edward mepuxou delá.
Eu suspirei. Então minharespiração acelerou. Eu nuncaatinhaouvido falar meu nomeantes. Gostei do som - mesmo só deescutarpelos pensamentos de
Tyler. Queriaescutar com meus próprios ouvidos…
- Edward Cullen. - ela disse, quando Tyler não entendeu dequem elatinhafalado. Encontrei-menaporta, amão namaçaneta. O desejo devê-la estava
ficando mais forte. Eu tive quemelembrar deter cuidado.
- Eleestavado meu lado.
- Cullen? - Hm. Queestranho. - Não o vi… - Podiater jurado… - Caramba, acho quefoi tudo tão rápido. Eleestábem?
- Acho quesim. Estáem algum lugar por aqui, mas ninguém o obrigou ausar umamaca.
Eu vi o olhar pensativo no rostodela, asuspeitaficando mais forteem seus olhos, mas essas pequenas mudanças deexpressão foram perdidas em Tyler.
Ela ébonita, ele estavapensando, quasesurpreso. Mesmotodadesarrumada. Não faz meu tipo, mas… deviaconvidá-la parasair. Compensar porhoje…
Então fui parao corredor, ameio caminho dasaladeemergência, sem pensar por um segundo no queestavafazendo.
Por sorte, aenfermeiraentrou nasalaantes demim - eraavez deBellatirar o raio-X. Encostei-meàparedeem um canto escuro etentei mecontrolar
enquanto elaera levadaparalonge.
Não importavaqueTyler pensou queelaerabonita. Qualquer um notariaisso. Não haviarazão paraeu mesentir… Como eu mesentia? Aborrecido?Ou
enfurecido estavamais perto averdade? Issonão fazianenhum sentido.
Eu fiquei ondeeu estavao quanto eu pude, mas a impaciênciamevenceu e eu voltei prasaladeradiologia. Elajá tinhasido levadadevoltaao pronto
socorro, mas eu podiadar umaolhadaem seus Raios-x enquanto aenfermeiranão voltava.
Eu me senti mais calmo quando vi. Suacabeçaestavabem. Eu não a tinhamachucado, não exatamente.
Carlisle meapanhou lá.
Vocêparecemelhor, elecomentou.
Eu apenas olhei prafrente. Nós não estávamos sozinhos, os corredores cheiosdeordenados evisitantes.
Ah, sim. Ele encravou seus raios-x atábuailuminada, mas eu não precisavadeumasegundaolhada. Eu vejo. Elaestáabsolutamentebem. Muito bem,
Edward. O som daaprovação demeu pai criou umareação mistaem mim. Eu estariacontente, exceto por saber queelenão aprovariao queeu iafazer
agora. Ao menos, elenão aprovariasesoubessedeminhas reais motivações…
“Eu acho quevou conversar com ela - depois queelaver você,” eu suspirei. “Ajanaturalmente, comosenadativesseacontecido. Esqueçaisso.” Todas
razões aceitáveis. Carlisleacenou ausente, aindaolhando pros seus raios-x. “Boaidéia. Hmm.”
Eu olhei pra ver o queo tinhainteressado.
Olhetodas as contusões cicatrizadas! Quantas vezes amãedelaaderrubou?
Carlisle sorriu pra si mesmo porsuabrincadeira. “Eu estou começando apensar queessagarotatem apenas másorte. Sempreno lugar errado nahora
errada.” Forks écertamenteo lugar errado praela, com vocêaqui. Eu meretirei.
Váem frente. Esqueçaessas coisas. Eu estarei com vocêlogo. Eu saí rapidamente, mesentindo culpado. Talvez eu fosseum mentirosomuito bom, seeu
pudesseenganar Carlisle. Quando eu cheguei ao pronto socorro, Tyler estavaresmungando sob suarespiração, aindasedesculpando. A garotaestava
tentando escapar do remorso deletentando dormir. Os olhos delaestavam fechados, mas suarespiração não estavacontínua, eumavez ou outraseus
dedos setorciam impacientemente. Eu encarei seu rosto porum longo tempo. Essaeraaúltimavez queeu averia. Isso disparou umador aguda em meu
peito. Seriaporqueeu odiavadeixar qualquer quebra-cabeçasem solução? Isso não pareciaumaexplicação suficiente.
Finalmente, eu respirei fundo efiquei avista.
Quando Tyler meviu, elecomeçou afalar, mas eu coloquei um dedo em meus lábios.
“Ela estádormindo?” Eu murmurei.
Os olhos deBellaseabriram rapidamenteefocou em meu rosto. Eles searregalaram por um momento, edepois seestreitaram porraivaou suspeita. Eu
lembrei queeu tinhauma encenação pela frente, então eu sorri praelacomo senadaincomum houvesseacontecido estamanhã - apenas umapancadana
cabeçae um pouco deimaginação livre.
“Hey, Edward,” Tyler disse. “Eu lamento muito -”
Eu levantei umamão praparar suas desculpas. “Sem sangue, sem danos,” eu dissehumoradamente. Sem pensar, eu sorri muito largamentepor minha
brincadeiraparticular. Eraassustadoramentefácil ignorarTyler, deitado não mais que1.20m demim, coberto desanguefresco. Eu nuncatinha
entendido como Carlisleeracapaz defazer aquilo - ignorar o sanguedeseus pacientes pracuidar deles. Não seriaaconstantetentação muito distraída,
muito perigosa…? Mas, agora… Eu podiaver como, sevocêestivessefocado o suficienteem algo mais forteo suficiente, atentação não serianadademais.
Apesar defresco eexposto, o sanguedeTyler não tinha nadaaver com o deBella.
Eu mantiveminhadistânciadela, me sentando nos pés do colchão deTyler.
“Então, qual o veredicto?” eu perguntei aela.
Ela fez bico. “Não há nada deerrado comigo, mas eles não vão medeixar ir. Como vocênão estáacorrentadoa umamacacomo o resto denós?”
Sua impaciênciamefez sorrir novamente.
Eu podiaouvir Carlisleno corredoragora.
“Tudo dependedos seus contatos,” eu dissesuavemente. “Mas não sepreocupe, eu vim libertar você.”
Eu assisti suareação cuidadosamenteenquanto meu pai entravanasala. Os olhos delasearregalaram esuabocarealmenteabriu em surpresa. Eu gemi
internamente. Sim, ela certamentetinhanotado asemelhança.
“Então, Srta. Swan, como vocêestásesentindo?” Carlisleperguntou. Eletinhaumamaneiramaravilhosamentecalmaquedeixavaamaioriados pacientes
bem em poucos momentos. Eu não poderia falar como isso afetou Bella.
“Eu estou bem,” ela dissequietamente.
Carlisle fixou seus raios-x no painel deluz acimadacama. “Seu raio-X parecebom. Suacabeça estádoendo? Edward dissequevocêbateu comforça.”
Ela suspirou, edisse, “Eu estou bem,” novamente, mas dessavez aimpaciênciavazou em suavoz. Depois elaolhou derelanceem minhadireção.
Carlisle seaproximou delaecorreu seus dedos levementepor seu crânio atéqueeleencontrou o galo embaixo desuacabeça.
Eu fui pego de surpresapelaonda deemoção quepassou por mim. Eu tinhavisto Carlisletrabalharcom humanosmil vezes. Anos atrás, eu tinhaatéo
ajudado informalmente - emboraapenas em situações em quesanguenão estavaenvolvido. Então não eraumacoisanovapramim, assisti-lo interagir
com agarotacomo seelefossetão humano quanto ela. Eu tinhainvejado seu controlemuitas vezes, mas não erao mesmo queessaemoção. Eu invejei
mais queseu controle. Eu sofri peladiferençaentreCarlisleeeu - queelepudessetocá-latão gentilmente, sem receio, sabendo quenuncaamachucaria…
Ela estremeceu, eeu pulei do meu assento. Eu tivequemeconcentrar por um momento para manter minhaposturarelaxada.
“Sensível ?” Carlisleperguntou.
Seu queixo selevantou um pouco. “Naverdadenão,” eladisse.
Outro pequeno pedaço desuapersonagem seencaixou: elaestavabrava. Elanão gostavademostrar fraqueza.
Possivelmenteacriaturamais vulnerável queeu jávi, eelanão quer parecer fraca. Umagargalhada escorregou através demeus lábios.
Ela meolhou novamente.
“Bem,” Carlisledisse. “Seu pai estánasalade espera - vocêpodeir pra casacom eleagora. Mas voltesetiver vertigens ou qualquerproblemacomasua
visão.”
O pai delaestavaaqui? Eu varri os pensamentos dasaladeesperalotada, mas não conseguiadistinguir suavoz mental do grupo antes queela estivesse
falando de novo, o rosto ansioso.
- Posso voltar praaescola?
- Talvez devessedescansar hoje. - Carlislesugeriu.
Os olhos delasevoltaram para mim. - Elevai paraaescola?
Agir normalmente… acalmar as coisas… esquecer asensação quando elameolhanos olhos…
-Alguém tem queespalhar aboanotíciade que sobrevivemos. - eu disse.
- Na verdade - Carlislecorrigiu - amaior partedaescolapareceestar nasaladeespera.
Eu pressenti areação deladessavez - suaaversão àatenção. Elanão me desapontou.
- Ah, não - ela lamentou ecolocou as mãos no rosto.
Eu gostei quefinalmente adivinhei umacoisacerta. Estavacomeçando aentendê-la…
- Quer ficar aqui? - Carlisleperguntou.
- Não, não! - eladisserapidamente, girando as pernas sob o colchão eescorregando paraficar em pé. Elatropeçou, sem equilíbrio, nos braços deCarlisle.
Ele apegou e a firmou.
Novamente, ainvejame inundou.
- Estou bem. - eladisseantes queele pudessecomentar, um rosaclaro em suas bochechas.
Claro, aquilo não incomodariaCarlisle. Eleteve certezaqueelatinharecuperado o equilíbrio esoltou as mãos.
- Tomeum Tylenol paraador. - eleinstruiu.
- Não estádoendo tanto assim.
Carlisle sorriu eassinou o prontuáriodela. - Parecequevocês dois tiveram muitasorte.
Ela virou levementeo rosto, parameencarar com olhos rígidos. - A sortefoi Edwardpor acaso estar parado ao meu lado.
- Ah, bem, sim. - Carlisleconcordou depressa, escutando amesmacoisanavoz delaqueeu escutei. Elanão tinhapensado quesuas suspeitas eram coisas
dasua imaginação. Ainda não.
Todasua, Carlislepensou. Cuidedo jeito queachar melhor.
- Muito obrigado. - eu sussurrei, rápido ebaixo. Nenhum humano meouviu. Os lábios deCarlisleseviraram um pouco paracimacom o meu sarcasmo
enquanto eleseviravaparaTyler. - Mas acho quevocêteráqueficar conoscopor mais um tempinho. - eledissequando começouaexaminar os cortes
deixados pelo vidro quebrado.
Bom, eu tinhafeito o estrago, então erajusto que eu tivessequelidar com ele.
Bellaandou deliberadamentena minhadireção, sem parar atéqueestivesseaumadistânciadesconfortável. Lembrei comoeu tinhadesejado, antes de
todo o estrago, queelaseaproximassedemim… Isso jáerazombar dessedesejo.
- Posso conversarcom vocêum minuto?- ela sibilou paramim.
A suarespiração quentetocou meu rosto eeu tivequedar um passo paratrás. A atração delanão tinhadiminuído nem um pouquinho. Todavez queela
estavaperto demim, despertavaos meus piores instintos, os mais urgentes. Veneno inundou minhabocaemeu corpo ansiou paraatacar - parapuxá-la
paraos meus braços edespedaçar suagargantanos meus dentes.
Minhamenteeramais forteque meu corpo, mas erapor pouco.
- Seu pai estáesperando por você. - eu alembrei, com o queixo apertado.
Ela olhou paraCarlisleeTyler. Tylernão estavaprestando nem um poucodeatenção, mas Carlisleestavamonitorandocadarespiraçãoqueeu dava.
Cuidado, Edward.
- Gostariadefalar com vocêasós, senão seimporta. - elainsistiu em umavoz baixa.
Eu gostariadedizer queme importavamuito, mas sabiaqueteriaquepassar por isso umahora. Melhor acabar comisso deumavez.
Estavacheio detantas emoções em conflito quando eu saíado quarto, escutando-atropeçar nosprópriospés atrás demim, tentando meacompanhar.
Tinhaqueatuar. Sabia quepapel eu faria - eu játinhaescolhido o personagem. Seriao vilão. Mentiria, ridicularizariaeseriacruel.
Isso eracontratodosos meus melhores impulsos -os impulsos humanosaos quais tinhameagarrado todos esses anos. Nuncaquis merecer mais
confiançado quenessemomento, quando tinhaquedestruir qualquer possibilidadequeelaexistisse.
Foi pior saber queessaseriaaúltimamemóriaqueelateriademim. Essaeraa cenadedespedida.
Virei-meparaela.
- O que vocêquer? - perguntei friamente.
Ela secontraiu um pouco com aminhahostilidade. Seus olhos ficaram confusos, naexpressão quetinhameassombrado…
- Vocêmedeveumaexplicação. - ela disseem umavoz fraca; o rosto demarfim empalideceu.
Foi muito difícil manter minhavoz dura. - Eu salvei asuavida… Não lhedevo nada.
Ela recuou - queimou como ácido verque minhas palavras amachucavam.
- Vocêprometeu. - elasussurrou.
- Bella, vocêbateu acabeça, não sabedo queestáfalando.
Então ela seempertigou. - Não hánada deerrado com aminhacabeça.
Ela estavairritadaagora, eisso deixou as coisas mais fáceis paramim. Eu sustentei seu olhar, deixando meu rosto menosamigável.
- O que vocêquer demim, Bella?
- Quero saber averdade. Quero saber por queestou mentindo porvocê.
O que elaqueriaerajusto - mefrustrou ter quenegar isto paraela.
- O que vocêachaqueaconteceu? - eu quaserosnei paraela.
Suas próximas palavras vieram em umacorrente. - Só o queeu sei équevocênão estavaem nenhum lugar perto demim… O Tyler também não o viu,
então não venhame dizer quebati acabeçacom força… Aquelavan iaatropelar nós dois… E não aconteceu, esuas mãos pareceram amassar alateral
dela… E vocêdeixou um amassado no outro carroenão estánadamachucado… E avan deviater esmagado minhas pernas, mas vocêalevantou… - De
repente, ela trincou os dentes eseus olhos estavam brilhando com lágrimas não derramadas. Eu aencarei, minhaexpressão deescárnio, emborao que
sentissemesmo eramedo; elarealmentetinhavisto tudo.
- Achaqueeu levantei a van? - eu perguntei sarcasticamente.
Ela respondeu com um aceno rápido. Minhavoz ficou aindamais irônica. - Sabequeninguém vai acreditar nisso.
Ela lutou paracontrolar araiva. Quando merespondeu, elafalou cadapalavradevagar. - Não vou contar aninguém.
Ela estavadizendo averdade - Eu podiaver isso nos olhosdela. Mesmo furiosos etraídos, elairiaguardar meu segredo.
Por quê?
O choquedisso arruinou aminhaexpressão cuidadosamenteprojetadadurantemeio segundo, elogo merecompus.
“E por queisso importa?” Eu perguntei, trabalhando paramanter minhavoz severa.
“Importapramim,” eladisseintensa. “Eu não gosto dementir - então émelhor quetenhaum bom motivo parafazer isso.”
Ela mepediu paraconfiar nela. Exatamentecomo eu queriaqueela confiasseem mim. Mas esselado da linha eu não podiaatravessar.
A minhavoz ficou calosa. “Vocênão podesó meagradecer eesquecer isso?”
“Obrigada,” ela disse, elogo ela fumigou silenciosamente, esperando.
“Vocênão vai esquecer isso, vai?”
“Não.”
“Nessecaso…” Eu não podiadizer ela averdadeseeu quisesse… E eu não podiaquerer.
Eu deixaria elafazer suaprópriahistóriasobrequem eu era, por quenadapodiaser pior queaverdade - Eu estavavivendoum pesadelo, diretamente
das páginas deumahistóriadeterror.
Espero quevocêgostedadecepção.”
Fizemos carrancaum parao outro.
Foi ímpar quão amável suaraivafoi. Como um furioso gatinho, macio einofensivo, etambém ignorantequanto a suaprópriainvulnerabilidade.
Ela ficou rosadaeapertou seus dentes denovo. “Por que vocêsedeu o trabalho então?”
Sua perguntanão eraa queeu estavaesperando ou preparado pararesponder.
Eu perdi as regras do jogo, as quais eu estavafirmado. Eu senti amáscaraescorregar daminhaface, eeu disseaela - nesseúnico momento - averdade.
“Eu não sei.”
Eu memorizei seu rosto umaúltimavez - aindatinhaalguns traços deraiva, o sangueaindanão tinhaparado dedeixar suas bochechas rosadas - eentão
eu me virei eandei paralonge dela 4 – Visões Eu voltei paraaescola. Estaeraacoisacertaasefazer, a maneiramais discretaparasecomportar.
No final do dia, quase todos os outros alunostinham voltado paraas classes também. Só TylereBellaealguns outros - queprovavelmenteestavam
usando o acidentecomo umachanceparamatar aula - continuaram ausentes.
Não deveriaser tão difícil fazer acoisacerta. Mas, durantetodaatarde, estavabatendo os dentes contrao desejo quemedeixaraquerendo matar aula
também - ir procurar agarotadenovo.
Como um perseguidor. Um perseguidor obsessivo. Um vampiroperseguidorobsessivo.
A escolahoje estava - dealgum modo, impossivelmenteaindamais tediosado quetinhasido háumasemana. Como coma. Eracomo seas cores tivessem
sido drenadas dos tijolos, das árvores, do céu, dos rostosao meu redor.
Haviaoutracoisacertaqueeu deveriaestar fazendo… enão estava. Claro, também eraumacoisaerrada. Tudo dependiadaperspectivaquevocêolhava.
Da perspectivadeum Cullen - não só um vampiro, mas um Cullen, alguém quepertenciaaumafamília, umacoisatão raraem nosso mundo - acoisacerta
a se fazer seriaalgo assim:
- Estou surpreso devê-lonaclasse, Edward. Eu ouvi quevocêesteveenvolvido naqueleacidentehorrível hojedemanhã.
- Sim, eu estava, Sr. Banner, mas eu fui o sortudo. - Um sorrisoamigável. - Eu não memachuquei nem um pouco… gostariadepoder dizer o mesmo por
Tyler eBella. - Como eles estão?
- Eu acho queTyler estábem… só alguns arranhões superficiais dovidrodo pára-brisas. Emboranão tenho certezaquando aBella. - Umacareta
preocupada. - Elatalvez tenhaumaconcussão. Eu escutei queelaestavabastanteincoerentepor um tempo - atévendocoisas. Eu sei queos médicos
estavam preocupados… Eraassim quedeveriater sido. Eraassim queeu deviaàminhafamília.
- Estou surpreso em vê-lonaclasse, Edward. Eu ouvi quevocê esteveenvolvido naqueleacidentehorrível hojedemanhã.
- Não me machuquei. - Sem sorriso.
O Sr. Banner mudou seu peso deum pé parao outro, desconfortável.
- Tem algumaidéia decomo Tyler CrowleyeBellaSwan estão? Ouvi quetiveram alguns machucados…
Dei deombros. - Não sei dizer.
O Sr. Banner limpou agarganta. - Ah, certo… - eledisse, meu olhar frio deixando suavoz um pouco tensa. Eleandou rapidamentedevoltaparafrenteda
salae começou amatéria. Eraacoisaerradaasefazer. A não ser quevocêolhassede umaperspectivamais obscura.
Só que pareciatão… tão deselegantecaluniar agarotapelas costas, especialmentequando elaestavaprovando ser mais confiável do queeu podiater
sonhado. Elanão haviadito nadaparame trair, emborativesseumaboarazão parao fazer. Eu iriatraí-laquando elanão tinhafeito nada anão ser
guardar meu segredo?
Eu tiveumaconversaquaseidênticacom aSra. Goff - só queem espanhol ao invés deinglês - eEmmett meolhou por um longo tempo.
Eu espero quevocêtenhaumaboaexplicação parao queaconteceu hoje. Roseestáem péde guerra.
Eu revirei meus olhos sem olhar paraele.
Na verdadeeu tinhacriado umaexplicação quepareciaperfeita. Supondo queeu não tivessefeito nadaparaparar avan antes queelaesmagassea
menina… eu tremi com essepensamento. Mas seelativessesido atingida, seelativessesido feridaetivessesangrado, o fluído vermelho derramado,
desperdiçado no asfalto, o cheiro desanguefresco pulsando pelo ar…
Eu tremi denovo, mas não só em terror. Partedemim tremeu dedesejo. Não, eu não teriasido capaz deassistí-lasangrando sem expor anós todos em
um jeito muito mais escandaloso echocante.
Pareciaa desculpaperfeita… mas eu não a usaria. Eravergonhosademais.
E de qualquer maneira, eu não tinhapensando nelaatébem depois do fato ter ocorrido.
Tomecuidado com Jasper, Emmett continuou, alheio aos meus pensamentos. Elenão estátão nervoso… mas eleestámais decidido.
Eu vi o queele quis dizer, epor um momento asalagirou ao meu redor. Meu ódio eratão devoradorqueumanévoavermelhaencobriu minhavisão. Eu
pensei quefosseme fogar nela. CREDO, EDWARD! SE CONTROLE! Emmett gritou paramim em suacabeça. Sua mão desceu parao meu ombro,
segurando-meem meu lugar antes queeu pudessepular eficar em pé. Ele raramenteusavasuaforçacompleta - raramentehavianecessidade, porqueele
eratão mais fortequequalquer outro vampiroquequalquer um denós játivesseencontrado - mas eleausou agora. Eleagarrou meu braço, ao invés de
meempurrar parabaixo. Se eleestivessemeempurrando, acadeiraembaixo demim teriadesmoronado.
CALMA! Eleordenou.
Eu tentei me acalmar, mas eradifícil. A fúriaqueimavaem minhacabeça.
Jasper não vai fazer nada atétodos nós conversarmos. Eu só achei quevocêdeviasaber adireção queeleestá tomando.
Eu me concentrei em relaxar, esenti amão deEmmett afrouxar.
Tentenão chamar mais atenção. Vocêjáestácom problemas o suficientedo jeito queestá.
Eu respirei fundo eEmmett me soltou.
Eu procurei através dasalapor rotina, mas nosso confronto tinhasido tão curto esilencioso quesó algumas pessoassentadas atrásdeEmmett tinham
notado. Nenhumadelas sabia o quepensar disso, eelas esqueceram. Os Cullens eram aberrações - todosjásabiam disso.
Droga, garoto, vocêestáhorrível, Emmettacrescentou, seu tom simpático.
Dane-se. - eu resmunguei entredentes, eescutei suarisadabaixa.
Emmett não guardavarancor, eeu provavelmentedeveriaestar mais agradecidopor suanatureza defácil convívio. Mas eu podiaver queas intenções de
Jasper faziam sentido paraEmmett, queeleestavaconsiderando qual seriao melhor caminhoasetomar.
O ódio ferveu, mau sob controle. Sim, Emmett eramais fortedo queeu, mas eleaindanão haviame derrubado em umaluta. Eledizia queeraporqueeu
trapaceava, mas escutar pensamentos eratão partedemim quanto aforçaeradele. Nós lutávamos deigual paraigual.
Umaluta? Eraessaadireção quetudo tomava? Eu irialutar contraaminhafamíliapor umahumanaqueeu mal conhecia?
Eu pensei sobreisso por um minuto, pensei nasensação do frágil corpo dagarotanosmeus braçoscontraJasper, RoseeEmmett - sobrenaturalmente
fortes erápidos, máquinas dematar por natureza…
Sim, eu irialutar por ela. Contraaminhafamília. Eu tremi.
Mas não erajusto deixá-ladesprotegidaquando fui eu quem acolocou em perigo.
Eu não conseguiriaganhar sozinho, entretanto, não contraostrês deles, emeperguntei quais seriam meus aliados.
Carlisle, certamente. Elenão irialutar contraninguém, mas eleseriacontraos planos deRoseeJasper. Talvez isso fossetudo queeu precisasse. Eu iria
ver…
Esmeeraincerta. Ela não ficariacontramim também, eelairiadetestar discordar deCarlisle, mas elairiaser afavor dequalquer plano quemantivesse
suafamília unida. Sua prioridadenão seriao certo, esim eu. SeCarlisleeraaalma dafamília, Esmeerao coração. Elenos deu um líder quemereciaser
acompanhado, elatransformou isso em um ato deamor. Todosnós nosamávamos - mesmo por baixo dafúriaqueeu sentiapor Jasper eRoseno
momento, mesmo planejando lutar contraeles parasalvaragarota, eu sabiaqueeu os amava.
Alice… não fazia idéia. Provavelmentedependeriado queelavissechegando. Elaficaria do lado do vencedor, imaginei.
Então eu teriaquefazer isso sem ajuda. Sozinho eu não erapáreo paraeles, mas eu não iadeixar amenina ser machucadapor minhaculpa. Isso talvez
exigisseuma ação evasiva…
Minharaivadiminuiu um pouco com o súbito humornegro. Eu podiaimaginar como ameninareagiriaseeu araptasse. É claro, eu raramenteadivinhava
suas reações - mas queoutrareação elapoderiater além deterror?
Não tinhacertezacomo cuidar disso - raptá-la. Não seriacapaz deficar perto delapor muitotempo. Talvez eu só adevolvesseàmãe. Mesmo isso seria
repleto deperigo. Paraela.
E também para mim, eu percebi derepente. Se eu amatassepor acidente… eu não tinhacertezadequantador isso iriamecausar, mas eu sabiaqueseria
intensaeem várias formas.
O tempo passou rapidamenteenquanto eu meditavasobretodas as complicações àminhafrente: adiscussão meesperando em casa, o conflito coma
minhafamília, a distânciaqueeu seriaforçado apercorrer depoisdetudo…
Bom, eu não podiamais reclamar queavidaforada escolaeramonótona. A garotatinhamudado isso.
Emmett eeu andamos silenciosamenteparao carro quando o sinal tocou. Eleestavapreocupado comigo, epreocupado com Rosalie. Elesabiaquelado
teriaqueescolher em uma disputa, eisso o incomodava.
Os outros estavam esperando pornós no carro, também silenciosos. Éramos um grupo bem quieto. Só eu conseguiaescutar agritaria.
idiota! Lunático! Imbecil! Estúpido! Egoísta, tolo irresponsável! Rosalie mantinhaumalinhaconstantedeinsultos aplenos pulmões. Ficou difícil ouvir os
outros, mas eu a ignorei o melhor queeu pude.
Emmett estavacerto sobreJasper. Eleestavaseguro deseu plano.
Aliceestavatranstornada, preocupadacom Jasper, passando porimagens do futuro. Não importapor qual direção Jasper chegasseàgarota, Alicesempre
mevialá, o impedindo. Interessante… nem Rosalieou Emmett estavam comelenessas visões. Então Jasper planejavatrabalhar sozinho. Issodeixariaas
coisas eqilibradas.
Jasper erao melhor lutador, certamenteo mais experienteentrenós: minhaúnicavantagem consistiano fato dequeeu podiaescutar seus movimentos
antes queele os fizesse.
Eu nuncahavialutado mais quede brincadeiracom Emmett ou Jasper - só passatempo. Senti-meenjoado com o pensamento derealmentetentar
machucar Jasper…
Não, não isso. Só impedi-lo. Isso eratudo.
Eu me concentrei em Alice, memorizando as diferentes formas deataquedeJasper.
Quando eu fiz isso, as visões delamudaram, seafastando mais emais dacasados Swan. Eu o estavaparando antes…
Parecom isso Edward! Não podeacontecer dessejeito. Eu não vou deixar.
Eu não arespondi, só continuei olhando.
Ela começou aolhar mais parafrente, parao campo nebuloso eincerto depossibilidades distantes. Tudoerasombrio evago.
No caminho inteiro paracasa, aatmosferasilenciosanão cedeu. Eu estacionei nagrandegaragem perto dacasa; aMercedes de Carlisleestavaali, perto
do Jeep enormedeEmmett, o M3 deRosalieemeu Vanquish. Fiquei contentequeCarlislejáestavaem casa - o silêncio terminariadeformaexplosiva, e
eu queriaque eleestivesse perto quando isso acontecesse.
Fomos direto paraasaladejantar.
Essasalanuncaera, éclaro, usadaparao propósito parao qual foraconstruída. Mas eramobiliadacomumalongamesaoval demogno cercadapor
cadeiras - éramos cautelosos em ter osacessóriosparafingir. Carlislegostavadeusá-lacomo umasaladeconferência. Em um grupo com tantas
personalidades fortes edistintas, às vezes eranecessário discutiras coisas sentados, deum jeito calmo.
Eu tinhaum pressentimento dequesentar não iriaajudar em muitacoisahoje.
Carlisle sentou em seu lugar habitual napontalestedamesa. Esmeestavaao lado dele - eles deram as mãos em cimada mesa.
Os olhos deEsmeestavam em mim, as profundezas douradas deles cheias depreocupação.
Fique. Foi seu único pensamento.
Eu queriapoder sorrir paraamulher queeraverdadeiramenteumamãeparamim, mas eu não tinhacomo assegurá-laagora.
Eu sentei do outro lado deCarlsile. Esmesevirou ao redor deleparacolocarsuamão livreno meu ombro. Elanão tinhaidéiado queestavaparacomeçar,
só estavasepreocupando comigo.
Carlisle tinhaumanoção melhor do queestavachegando. Seus lábios estavam apertados comforçaesuatestaestavaenrugada. A expressão eramuito
velhaparaseu rosto jovem.
Quando todos os outrosestavam sentados, eu pudever as linhas serem desenhadas.
Rosaliesentou-sediretamenteàfrentedeCarlisle, naoutrapontadagrandemesa. Elameencarou, nuncadesviando o olhar.
Emmett sentou ao lado dela, seu rosto esuamenteamargos.
Jasper hesitou, então foi ficar em pécontraaparedeatrás deRosalie. Eleestavadecidido, não importavao resultado dessa discussão. Meus dentes
bateram. Alicefoi aúltimachegar, e seus olhos estavam concentrados em algumacoisamuito longe - o futuro, aindamuito incerto paraqueela fizesse
uso dele. Sem parecer pensar elasentou perto deEsme. Elaesfregou atestacomo setivessedor decabeça. Jasper secontorceu preocupado econsiderou
sejuntar a ela, mas mantevesuaposição.
Eu respirei fundo. Eu tinhacomeçado isso - deviafalar primeiro.
- Meperdoem. - Eu disse, olhando primeiro paraRosalie, depois paraJasper eentão Emmett. - Eu não tiveaintenção decolocar nenhum devocês em
risco. Foi impensado,eeu assumo total responsabilidadepelo meu ato precipitado.
Rosaliemeencarou malignamente. - O que vocês quer dizer, ‘assumetotal responsabilidade’? Vocêvai consertar?
- Não do jeito quevocêquer dizer. - Eu disse, tentando manter minhavoz calmaeequilibrada. - Estou disposto air emboraagora, seisso deixaas coisas
melhores. - Seeu acreditar queagarotaficarásegura, seeu acreditar quenenhum devocês irátocá-la, eu emendei naminhacabeça.
- Não. - Esmemurmurou. - Não, Edward.
Eu dei um tapinhaem suamão. - São só alguns anos.
- Esmeestácerta. - Emmett disse. - Vocênão podeir alugar algum agora. Isso seriao opostodeútil. Nós temos quesaber o queas pessoas estão
pensando agoramais do quenunca.
- Alicepegaráqualquer coisagrave. - eu discordei.
Carlisle balançou acabeça. - Eu acho queEmmett tem razão, Edward. Vai ser mais fácil agarotafalar sevocêdesaparecer. Ou todos nósvamos, ou
ninguém vai.
- Elanão vai dizer nada. - eu insisti rapidamente. Roseestavaprocessandoumaexplosão, eeu queriaessefato claro antes.
- Vocênão conheceamentedela. - Carlislemelembrou.
- Disso eu tenho certeza. Alice, medêcobertura.
Alicemeolhou cansativamente. - Não consigo ver o quevai acontecer senósignorarmos isso. Elaolhou derelanceparaRoseeJasper.
Não, elanão conseguiaver essefuturo - não quando RosalieeJasper estavam tão decididos em não ignorar o acidente.
A palmade Rosaliebateu namesacom um barulho alto. - Não podemos permitir queahumanatenhachancededizer nada. Carlisle, vocêdevever isso.
Mesmo sedecidirmos todos desaparecer, não éseguro deixar histórias paratrás. Nós vivemosdeum jeito tão diferentedo restodo nosso tipo -vocêsabe
queexistem aqueles que iriam adorar umadesculpaparafazer acusações. Temos queter mais cuidado quequalquerum!
-Jádeixamos rumores paratrás antes. - eu alembrei.
- Só rumores esuspeitas, Edward. Não testemunhas oculares eevidências!
- Evidência! - eu zombei.
Mas Jasper estava concordando, seus olhos duros.
-Rose… - Carlislecomeçou.
- Medeixe terminar, Carlisle. Não precisaser nadaquechameatenção. A meninabateu a cabeçahoje. Então talvez aconteçade o machucado ser mais
sério do queparecia. - Rosaliedeu deombros. - Todo mortal vai dormircom achancedenuncamais acordar. Os outrosiriam esperarquenós
cuidássemos nós mesmos disso. Tecnicamente, isso seriatrabalho deEdward, mas isto estáobviamentealém dele. Vocêsabequesou capaz deme
controlar. Eu não iriadeixar nenhumaevidênciaparatrás.
- Sim, Rosalie, todos nós sabemos aassassinaeficientequevocêé. - eu rosnei.
Ela sibilou paramim, furiosa.
- Edward, por favor. - Carlisledisse. Então sevirou paraRosalie. - Rosalie, eu fui afavor em Rochester porqueeu senti quevocêdeviater justiça. Os
homens quevocêmatou haviam lheprejudicado monstruosamente. Essanão éamesmasituação. A garotaSwan éumainocente.
- Não é nada pessoal, Carlisle. - Rosaliedissepelos dentes. - É paraproteger atodosnós.
Houveum brevesilêncio enquanto Carlislepensavaem suaresposta. Quando eleconcordou, os olhos deRosaliebrilharam. Eladeviasaber melhor.
Mesmo seeu não fossecapaz de ler os pensamentos dele, eu podiater previsto suaspróximas palavras. Carlislenuncacedia.
- Eu sei que suaintenção éboa, Rosalie, mas… eu gostariamuito quenossafamíliafossedignadeser protegida. Os ocasionais… acidentes ou lapsos de
controlesão umapartelamentável dequem nós somos. - Erabem característico deleseincluirno plural, emboraelepróprio nuncativessetido essetipo
delapso. - Assassinar umacriançasem culpaasanguefrio éoutracoisacompletamentediferente. Eu acredito queo risco queelaapresenta, quer ela fale
suas suspeitas ou não, não énadamuito grave. Seabrirmos exceções paranos proteger, estaremos arriscandoalgo muito mais importante. Nós
arriscamos perder aessênciadequem somos.
Controlei minhaexpressão com cuidado. Não fariabem algum sorrir agora. Ou aplaudir, como eu gostaria.
Rosalieolhou com umacara feia. - É só ser responsável.
- É ser insensível. - Carlislecorrigiu gentilmente. - Todavidaépreciosa. Rosaliesuspirou pesadamenteeseu lábio inferior fez um bico. Emmett deu um
tapinhaem seu ombro. - Vai ficar tudo bem, Rosalie. - eleencorajou com umavoz baixa.
- A pergunta - Carlislecontinuou. - ése nós devemos nos mudarou não?
- Não. - Rosalielamentou. - Acabamos denos fixar. Não quero começar o segundo ano decolegial outravez!
- Vocêvai poder manter suaidade atual, claro. - disseCarlisle.
- E ter quemudar ainda mais cedo? - elarevidou.
Carlisle deu deombros.
- Eu gosto daqui! Tem pouco sol, podemos ser quasenormais.
- Bom, não precisamos decidir agora. Podemos esperarever seissosetornaumanecessidade. Edward confiano silêncio dameninaSwan.
Rosaliebufou.
Mas eu não estavamais preocupado com Rosalie. Podiaver queelaconcordariacom adecisão deCarlisle, não importao quanto estivessebravacomigo. A
conversadeles tinhasevoltado paradetalhes sem importância.
Jasper continuou determinado.
Eu entendi o motivo. Antes deleeAliceseconhecerem, eleviviaem umazonadecombate, um cenário deguerraimpiedoso. Elesabiaas conseqüências
dede sprezar as regras - jáhaviavisto osmedonhosresultados com os próprios olhos.
Diziamuitacoisao fato deele não ter tentando acalmar Rosaliecom seus talentos extras, ou queagoranão tentavaincentivá-la. Elesemantinhaneutro
na discussão - acimadela.
- Jasper. - eu disse.
Ele encontrou meus olhos, seu rosto inexpressível.
- Elanão vai pagar pelo meu erro. Não vou permitir.
- Elatiraproveito, então? Eladeveriater morrido hoje, Edward. Eu só consertariaas coisas.
Eu falei de novo, enfatizando cadapalavra. - Não vou permitir.
Ele ergueu as sobrancelhas. Não estavaesperando isso - elenão imaginavaqueeu fosseimpedi-lo.
Ele balançou acabeçaumavez. - Não vou deixar Aliceviver em perigo, mesmo quesejaleve. Vocênão sentepor ninguém o queeu sinto por ela, Edward,
e vocênão viveu o queeu vivi, tendo visto minhas memórias ou não. Vocênão entende.
- Não estou discutindo isso, Jasper. Mas estou avisando quenão vou deixar vocêmachucarIsabellaSwan.
Nos encaramos - sem raiva, esim avaliando o oponente. Eu senti queeleverificavao ambienteao meu redor, testando minhadeterminação.
- Jazz… -Alicedisse, nos interrompendo.
Ele sustentou seu olhar mais um pouco, eentão olhou paraela. - Não seincomodeem dizer quevocêpodecuidar desi mesma, Alice. Eu já sei disso. Eu
ainda tenho que…
- Não é isso queeu vou falar. - Aliceinterrompeu. - Eu iapedir um favor paravocê.
Eu vi o queestavanamente delae minhabocaseabriu com umaarfadaaudível. Eu olhei para ela, chocado, só vagamenteconscientedequetodos tirando
AliceeJasper me observavam cuidadosamente.
- Eu sei que vocêmeama. Obrigada. Mas eu gostariamuito quevocênão tentassematar Bella. Primeiro detudo, Edwardestáfalando sério enão quero
vocês dois brigando. Segundo, elaéminhaamiga. Pelo menos vai ser.
Estavanítido namentedela: Alice, sorrindo, com seus braços gelados envoltados braçosquentes efrágeis dagarota. E Bella estavasorrindotambém, seu
braço nacinturadeAlice.
A visão erasólidacomo umapedra; só o tempo era incerto.
- Mas, Alice… - Jasper ofegou. Não conseguiavirar minhacabeçaparaolhar suaexpressão. Não conseguiamedesviar daimagem nacabeça deAlicepara
olhar paraele.
- Eu vou amá-laalgum dia, Jazz. Vou ficar muito chateadacom vocêsenão deixá-laviver.
Eu ainda estavapreso nos pensamentos deAlice. Eu vi o futuro brilhar enquantoaresoluçãodeJasper diminuía com o pedido inesperado dela.
- Ah… - Elasuspirou - adecisão deletinhacriado um novo futuro. - Vê? Bellanão vai dizer nada. Não hácom o quesepreocupar.
O modo como eladisseo nomedamenina… como seelas jáfossem confidentes…
- Alice - eu engasguei. - O que… isso?
- Eu dissequeuma mudançaestavavindo. Eu não sei, Edward. - Mas elaapertou o queixo eeu podiaver quehaviamais. Elaestavatentando não pensar
nisso; derepenteestavaseconcentrando muitoem Jasper, emboraeleestivessemuitoespantado parafazer algum progresso comsuadecisão.
Ela faziaisso às vezes, quando queriaesconder algo demim.
- O que é, Alice? O queestáescondendo?
Ouvi Emmett resmungar. Elesempreficavafrustrado quando Aliceeeu tínhamos esses tiposdeconversa.
Ela sacudiu acabeça, tentando memanter fora.
-É sobreagarota? - eu ordenei. - É sobreBella?
Ela bateu os dentes seconcentrando, mas quando eu falei o nomedeBella, elaescorregou. Só durou meio segundo, mas foi o suficiente.
- NÃO! - eu gritei. Eu escutei acadeirabater no chão epercebi queestavaem pé.
- Edward! - Carlisleficou em pétambém, seu braço no meu ombro. Mal estavacientedele.
- Estáconsolidando. - Alicesussurrou. - Cadaminuto quepassavocêestámais decidido. Só existem duas saídas paraelaagora. É umacoisaou outra,
Edward.
Eu podiaver o queela via… mas não queriaaceitar.
- Não. - eu dissedenovo; não tinhavolumenaminhanegação. Minhas pernas ficaram bambas eprecisei meapoiar namesa.
- Alguém por favor quer deixar o resto denós saber do mistério? - Emmettreclamou.
- Eu tenho queir embora. - eu sussurrei paraAlice, ignorando-o.
- Edward, nós jáfalamos sobreisso. - Emmett dissealto. - Essaéamelhor maneiradefazer agarotafalar. Além do mais, sevocêfor embora, nós não
vamos ter certezaseelavai falar algumacoisaou não. Vocêtem queficar elidar com isso.
- Não vejo vocêindo alugar algum, Edward. - Alicemedisse. - Não sei mais sevocêconsegueir embora. - Pense, elaacrescentou silenciosamente. Pense
sobrepartir. Eu vi o queelaquis dizer. Sim, aidéia denuncamais ver amenina era… dolorosa. Mas também eraumanecessidade. Não conseguiaaprovar
nenhum dos futuros queaparentementeeu atinhacondenado.
Não tenho certezaabsolutaquanto ao Jasper, Edward. Alicecontinuou. Sevocêpartir, elepensa queelaéum perigo paranós.
- Eu não vou ouvir isso. - eu acontradisse, aindameio conscientedanossaplatéia. Jasper estavahesitante. Elenão fariaalgo quemagoasseAlice.
Não nestemomento. Vocêarriscariaavida dela, adeixariadesprotegida?
-Por queestáfazendo isso comigo? - eu gemi. Minhacabeçacaiu em minhas mãos.
Eu não erao protetor deBella. Não podiaser isso. O futuro dividido deAlicenão eraprovasuficientedisso?
Eu a amo também. Ou eu vou. Não éa mesmacoisa, mas eu a quero por perto paraisso.
- A ama também? - eu sussurrei, incrédulo.
Ela suspirou. Vocêétão cego, Edward. Não conseguever adireção queestátomando? Não conseguever ondejáestá? É mais inevitável do queo sol
nascendo no leste. Vejao queeu vejo…
Eu balancei minhacabeça, horrorizado. - Não. - eu tentei bloquear as visões queelamerevelada. - Não tenho queseguir essecaminho. Eu vou embora. Eu
vou mudar o futuro.
- Vocêpodetentar… - eladisse, avoz cética.
- Ah, por favor! - Emmett aumentou o tom devoz.
- Presteatenção. - Rosaliesibilou paraele. - Aliceo vêseapaixonando por umahumana! Isso étípico deEdward! - Elatirou sarro.
Eu mal aouvi.
- O quê? - Emmett disse, surpreso. Então suarisadaderugido ecoou pelo cômodo. - É isso o quetem acontecido? - Eleriu denovo. - Paradadura, Edward.
Eu senti a mão deleno meu ombro, eaafastei distraído. Não conseguiaprestar atenção nele.
- Se apaixonando por umahumana? - Esmerepetiu em umavoz impressionada. - Pelagarotaqueelesalvou hoje? Seapaixonar por ela?
- O que vocêvê, Alice? Exatamente. - Jasper pediu.
Ela sevirou paraele; Eu continuei aolhar seu rosto, entorpecido.
- Tudo dependeseele éforteo bastanteou não. Ou eleirámatá-lacom as próprias mãos - elagirou paraencontrarmeu olhar outravez - o queiria
realmenteme irritar, Edward, sem mencionar o queiriafazer com você - elaolhou Jasper novamente - ou elavai ser umadenós algum dia.
Alguém engasgou; não vi quem foi.
- Isso não vai acontecer! - eu estavagritando denovo. - Nenhum dos dois!
Alicenão pareceu ter meescutado. - Tudo depende. - elarepetiu. - Talvez elesejasó forteo suficienteparanão matá-la - mas vai ser por pouco. Vai
requerer umaquantidadeincrível decontrole. - elameditou. - Mais atéo queCarlisletem. Eletalvez sejafortesó o suficiente… A únicacoisaparaqual ele
não é forteo bastanteéficar longedela. Essaé umacausaperdida.
Não conseguiaachar minhavoz. Ninguém pareciaser capaz deachar sua. A salaficou imóvel.
Eu encarei Alice, e todos meencararam. Podiaver minhaprópriaexpressão deterrordecinco pontos devistadiferentes. Depois deum longo momento,
Carlisle suspirou.
- Bom, isso… complicaas coisas.
- Eu que o diga. - Emmett concordou. A voz deleeramais umarisada. Eracom Emmett mesmo, fazer piadanadestruição daminhavida.
- Mas acho queo plano continuao mesmo. - Carlisledisse, ponderado. - Vamosficar eobservar. Obviamente, ninguém irá… machucar amenina.
Eu enrijeci.
- Não. - Jasper dissecalmamente. - SeAlicesó vêduas saídas…
- Não! - minha voz não eraum grito ou um rosnado ou choro dedesespero, mas umacombinação dostrês. - Não!
Eu tinhaque ir embora, ficar longedo som dos pensamentos deles - daaversão egoístadeRosalie, do humor deEmmett, dapaciênciainfinitadeCarlisle…
Pior: aconfiançadeAlice. A confiançade Jasper naconfiançadela.
Pior detudo: a… alegriade Esme. Fui paraforada sala. Esmetocou meu braço quando eu passei, mas eu não reconheci o gesto.
Estavacorrendo antes queestivesseforadacasa. Passei pelo rio em um pulo, ecorri paraafloresta. A chuvatinhavoltado, caindo tão pesadaqueeu me
ensopei em poucos segundos. Gostei daáguaespessa - criou umaparedeentreeu eo resto do mundo. Merodeou, medeixou isolado.
Corri nadireção leste, paralongedas montanhas sem desviar dalinhaatéquepudever as luzes deSeattledo outro lado dabaía. Parei antes quechegasse
à fronteiradacivilização. Cercado pelachuva, sozinho, eu finalmentemeobriguei aver o quetinhafeito - como tinhamutilado o futuro.
Primeiro, avisão deAliceedagarotacom seus braços ao redor umadaoutra - aconfiançaeamizadeeram tão óbvias quegritavam daimagem. Os olhos
castanhos expressivosdeBellanão estavam confusosnessavisão, esim cheios desegredos - nessemomento, pareciam segredosfelizes. Ela não se
afastou do braço frio deAlice.
O que isso significava? O quanto elasabia? Nessavisão congeladado futuro, o queelapensavademim?
Então aoutraimagem, tão parecida, só quecoloridacom horror. AliceeBella, seus braços aindaenvoltaumadaoutraem suaamizadeconfiável. Mas
agoranão haviadiferençaentreesses braços - os dois eram braços, macios edemármore, duros como aço. Os olhos atentosdeBellanão eram mais
castanhos chocolate. Suas íris eram deum escarlatevívido, chocante. Os segredos neles eram insondáveis -aceitação ou angústia? Eraimpossível de
dizer. O rosto delaerafrio eimortal.
Eu tremi. Eu não conseguiaevitar as perguntas similares, mas diferentes:O queisso significava - comoissoaconteceu?E o queelapensavademim agora?
Eu podiaresponder essaúltima. Seeu a forçasseafazer partedessameiavidavaziapor causadaminhafraquezaeegoísmo, com certezaela meodiaria.
Mas haviamais umaimagem horrorosa - piordo quequalquer outraquejá tive.
Meus próprios olhos, escarlateintensos como sanguehumano, os olhos deum monstro. O corpo quebrado deBellaem meus braços, branco pálido, vazio,
sem vida. Eratão concreta, tão clara.
Não podia suportar ver isso. Não conseguiasuportar. Tentei tirar daminhamente, tentei ver algumaoutracoisa, qualquer coisa. Tentei veraexpressão
no rosto com vidadelaquetinhaobstruído minhavisãono último capítulo de minhaexistência. Tudo em vão.
A visão negradeAliceencheu minhacabeça, eeu mecontorci internamentecom aagoniaqueelacausou. Enquanto isso, o monstro em mim estavacheio
defelicidade, eufórico com as chances deseu sucesso. Deixou-meenjoado.
Isso não podiaser permitido. Tinhaqueter um jeitodetransformar o futuro. Eu não deixariaas visões deAlicemedizer o quefazer. Eu escolheriaum
caminho diferente. Sempreexistiauma escolha.
Tinhaqueexistir.

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Aquela alice pintada de sangue
 

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  • 1. - Carlisle. Ele escutou minhaaproximação, eficou alarmado assim queviu meu rosto. Eleficou em pé, pálido como um fantasma. Eleseinclinou parafrentedamesa denogueiraorganizada. Edward, vocênão… - Não, não, não é isso. Ele respirou fundo. Claro quenão. Desculpequepensei isso. Seus olhos, claro, eu deviareconhecido… Elenotou meus olhos aindaeram dourados com alívio. - Mas elaestámachucada, Carlisle, provavelmentenão égrave, mas… - O que aconteceu? - Um acidentede carro estúpido. Elaestavano lugar errado, nahoraerrada. Mas eu não podiaficaparado lá - deixar quefosseatropelada… Comecedenovo, eu não entendo. Como vocêseenvolveu? - Umavan derrapou no gelo. - eu sussurrei. Olhei aparedeatrás deleenquanto falava. Ao invés deser cobertacom diplomas, eletinhasó umapinturaà óleo, umade suas favoritas, um Hassam não descoberto. - Elaestavano caminho. Aliceviu acontecendo, mas não haviatempo parafazer nadaalém de correr pelo estacionamento etirá-ladafrente. Ninguém notou… exceto ela. Eu tivequeparar avan também, mas denovo, ninguém viu… anão ser ela. Eu… eu sinto muito, Carlsile. Não querianos colocarem perigo. Ele deu a voltanamesa ecolocou amão no meu ombro. Vocêfez a coisacerta. E não deveter sido fácil paravocê. Estou orgulhoso, Edward. Eu o olhei nos olhos. - Elasabe quetem algo… deerrado comigo. - Isso não importa. Setivermosqueir embora, nós iremos. O queeladisse? Balancei a cabeça, um pouco frustrado. - Nada, ainda. Ainda? - Elaconcordou com aminhaversão dos eventos… mas estáesperando umaexplicação. Ele franziu atesta, pensando. - Elabateu acabeça - bom, eu fiz isso. - continuei rapidamente. - Eu abati contrao chão com bastanteforça. Elaparecebem, mas… não acho queserá difícil desacreditá-la. Senti-merudesó dedizer as palavras. Carlisle ouviu o desgosto naminhavoz. Talvez isso não sejanecessário. Vamosver o queacontece, estábem? Parecequetenho umapacienteparaver. - Por favor. - eu disse. - Estou preocupado queatenhamachucado. A expressão deCarslilesealiviou. Elepassou o dedo pelo cabelo, só alguns tons mais claro queseus olhos dourados, eriu. Foi um diainteressanteparavocê, não foi? Em suamente, eu podiaver aironia, eeraengraçada - paraele, pelo menos. Umainversão depapéis. Durante aquele momento curto eimpensado em quecorri pelo estacionamentocongelado, eu tinhapassado deassassinoparaprotetor. Eu ri com ele, lembrando deter certezadequeBellanuncaprecisariadeproteção denadaalém demim mesmo. Minharisadatinhaum tom irritado porque, apesar davan, isso aindaeraverdade. Eu esperei no escritório deCarlsile - umadas horas mais compridasquejávivi - escutando o hospital cheio depensamentos. Tyler Crowley, o motoristadavan, pareciaestar mais machucado queBella, eaatenção sevoltou paraeleenquanto elaesperavaasuavez defazer o raio- X. Carlisleficou nos fundos, confiando no diagnósticodos residentes dequeagarotasó estavalevementemachucada. Isso me deixou ansioso, mas sabia queele tinharazão. Umaespiada no rosto deleeelaimediatamenteselembrariademim, do fato quehaviaalgo deerrado com aminhafamília, etalvez isso afizessefalar algo. Ela certamentetinhaum parceiro disposto o suficienteparaconversar. Tylerestavaconsumidopor culpacomo fato dequasetê-lamatado, enão conseguiaparar defalar sobreisso. Eu podiaver aexpressão delaatravés dos olhos dele, eestavaclaro queelaqueriaque eleparasse. Como ele não via isso? Houveum momento tenso paramim quando Tyler perguntou comoelatinhasaído dafrente. Eu esperei, sem respirar, como elahesitou. - Hmmm… - eleaescutou falar. Então elafez umapausa tão longaqueTyler seperguntou sesuaperguntaatinhaconfundido. Finalmente, ela continuou. - Edward mepuxou delá. Eu suspirei. Então minharespiração acelerou. Eu nuncaatinhaouvido falar meu nomeantes. Gostei do som - mesmo só deescutarpelos pensamentos de Tyler. Queriaescutar com meus próprios ouvidos… - Edward Cullen. - ela disse, quando Tyler não entendeu dequem elatinhafalado. Encontrei-menaporta, amão namaçaneta. O desejo devê-la estava ficando mais forte. Eu tive quemelembrar deter cuidado. - Eleestavado meu lado. - Cullen? - Hm. Queestranho. - Não o vi… - Podiater jurado… - Caramba, acho quefoi tudo tão rápido. Eleestábem? - Acho quesim. Estáem algum lugar por aqui, mas ninguém o obrigou ausar umamaca. Eu vi o olhar pensativo no rostodela, asuspeitaficando mais forteem seus olhos, mas essas pequenas mudanças deexpressão foram perdidas em Tyler. Ela ébonita, ele estavapensando, quasesurpreso. Mesmotodadesarrumada. Não faz meu tipo, mas… deviaconvidá-la parasair. Compensar porhoje… Então fui parao corredor, ameio caminho dasaladeemergência, sem pensar por um segundo no queestavafazendo. Por sorte, aenfermeiraentrou nasalaantes demim - eraavez deBellatirar o raio-X. Encostei-meàparedeem um canto escuro etentei mecontrolar enquanto elaera levadaparalonge.
  • 2. Não importavaqueTyler pensou queelaerabonita. Qualquer um notariaisso. Não haviarazão paraeu mesentir… Como eu mesentia? Aborrecido?Ou enfurecido estavamais perto averdade? Issonão fazianenhum sentido. Eu fiquei ondeeu estavao quanto eu pude, mas a impaciênciamevenceu e eu voltei prasaladeradiologia. Elajá tinhasido levadadevoltaao pronto socorro, mas eu podiadar umaolhadaem seus Raios-x enquanto aenfermeiranão voltava. Eu me senti mais calmo quando vi. Suacabeçaestavabem. Eu não a tinhamachucado, não exatamente. Carlisle meapanhou lá. Vocêparecemelhor, elecomentou. Eu apenas olhei prafrente. Nós não estávamos sozinhos, os corredores cheiosdeordenados evisitantes. Ah, sim. Ele encravou seus raios-x atábuailuminada, mas eu não precisavadeumasegundaolhada. Eu vejo. Elaestáabsolutamentebem. Muito bem, Edward. O som daaprovação demeu pai criou umareação mistaem mim. Eu estariacontente, exceto por saber queelenão aprovariao queeu iafazer agora. Ao menos, elenão aprovariasesoubessedeminhas reais motivações… “Eu acho quevou conversar com ela - depois queelaver você,” eu suspirei. “Ajanaturalmente, comosenadativesseacontecido. Esqueçaisso.” Todas razões aceitáveis. Carlisleacenou ausente, aindaolhando pros seus raios-x. “Boaidéia. Hmm.” Eu olhei pra ver o queo tinhainteressado. Olhetodas as contusões cicatrizadas! Quantas vezes amãedelaaderrubou? Carlisle sorriu pra si mesmo porsuabrincadeira. “Eu estou começando apensar queessagarotatem apenas másorte. Sempreno lugar errado nahora errada.” Forks écertamenteo lugar errado praela, com vocêaqui. Eu meretirei. Váem frente. Esqueçaessas coisas. Eu estarei com vocêlogo. Eu saí rapidamente, mesentindo culpado. Talvez eu fosseum mentirosomuito bom, seeu pudesseenganar Carlisle. Quando eu cheguei ao pronto socorro, Tyler estavaresmungando sob suarespiração, aindasedesculpando. A garotaestava tentando escapar do remorso deletentando dormir. Os olhos delaestavam fechados, mas suarespiração não estavacontínua, eumavez ou outraseus dedos setorciam impacientemente. Eu encarei seu rosto porum longo tempo. Essaeraaúltimavez queeu averia. Isso disparou umador aguda em meu peito. Seriaporqueeu odiavadeixar qualquer quebra-cabeçasem solução? Isso não pareciaumaexplicação suficiente. Finalmente, eu respirei fundo efiquei avista. Quando Tyler meviu, elecomeçou afalar, mas eu coloquei um dedo em meus lábios. “Ela estádormindo?” Eu murmurei. Os olhos deBellaseabriram rapidamenteefocou em meu rosto. Eles searregalaram por um momento, edepois seestreitaram porraivaou suspeita. Eu lembrei queeu tinhauma encenação pela frente, então eu sorri praelacomo senadaincomum houvesseacontecido estamanhã - apenas umapancadana cabeçae um pouco deimaginação livre. “Hey, Edward,” Tyler disse. “Eu lamento muito -” Eu levantei umamão praparar suas desculpas. “Sem sangue, sem danos,” eu dissehumoradamente. Sem pensar, eu sorri muito largamentepor minha brincadeiraparticular. Eraassustadoramentefácil ignorarTyler, deitado não mais que1.20m demim, coberto desanguefresco. Eu nuncatinha entendido como Carlisleeracapaz defazer aquilo - ignorar o sanguedeseus pacientes pracuidar deles. Não seriaaconstantetentação muito distraída, muito perigosa…? Mas, agora… Eu podiaver como, sevocêestivessefocado o suficienteem algo mais forteo suficiente, atentação não serianadademais. Apesar defresco eexposto, o sanguedeTyler não tinha nadaaver com o deBella. Eu mantiveminhadistânciadela, me sentando nos pés do colchão deTyler. “Então, qual o veredicto?” eu perguntei aela. Ela fez bico. “Não há nada deerrado comigo, mas eles não vão medeixar ir. Como vocênão estáacorrentadoa umamacacomo o resto denós?” Sua impaciênciamefez sorrir novamente. Eu podiaouvir Carlisleno corredoragora. “Tudo dependedos seus contatos,” eu dissesuavemente. “Mas não sepreocupe, eu vim libertar você.” Eu assisti suareação cuidadosamenteenquanto meu pai entravanasala. Os olhos delasearregalaram esuabocarealmenteabriu em surpresa. Eu gemi internamente. Sim, ela certamentetinhanotado asemelhança. “Então, Srta. Swan, como vocêestásesentindo?” Carlisleperguntou. Eletinhaumamaneiramaravilhosamentecalmaquedeixavaamaioriados pacientes bem em poucos momentos. Eu não poderia falar como isso afetou Bella. “Eu estou bem,” ela dissequietamente. Carlisle fixou seus raios-x no painel deluz acimadacama. “Seu raio-X parecebom. Suacabeça estádoendo? Edward dissequevocêbateu comforça.” Ela suspirou, edisse, “Eu estou bem,” novamente, mas dessavez aimpaciênciavazou em suavoz. Depois elaolhou derelanceem minhadireção. Carlisle seaproximou delaecorreu seus dedos levementepor seu crânio atéqueeleencontrou o galo embaixo desuacabeça. Eu fui pego de surpresapelaonda deemoção quepassou por mim. Eu tinhavisto Carlisletrabalharcom humanosmil vezes. Anos atrás, eu tinhaatéo ajudado informalmente - emboraapenas em situações em quesanguenão estavaenvolvido. Então não eraumacoisanovapramim, assisti-lo interagir com agarotacomo seelefossetão humano quanto ela. Eu tinhainvejado seu controlemuitas vezes, mas não erao mesmo queessaemoção. Eu invejei mais queseu controle. Eu sofri peladiferençaentreCarlisleeeu - queelepudessetocá-latão gentilmente, sem receio, sabendo quenuncaamachucaria… Ela estremeceu, eeu pulei do meu assento. Eu tivequemeconcentrar por um momento para manter minhaposturarelaxada. “Sensível ?” Carlisleperguntou. Seu queixo selevantou um pouco. “Naverdadenão,” eladisse. Outro pequeno pedaço desuapersonagem seencaixou: elaestavabrava. Elanão gostavademostrar fraqueza. Possivelmenteacriaturamais vulnerável queeu jávi, eelanão quer parecer fraca. Umagargalhada escorregou através demeus lábios.
  • 3. Ela meolhou novamente. “Bem,” Carlisledisse. “Seu pai estánasalade espera - vocêpodeir pra casacom eleagora. Mas voltesetiver vertigens ou qualquerproblemacomasua visão.” O pai delaestavaaqui? Eu varri os pensamentos dasaladeesperalotada, mas não conseguiadistinguir suavoz mental do grupo antes queela estivesse falando de novo, o rosto ansioso. - Posso voltar praaescola? - Talvez devessedescansar hoje. - Carlislesugeriu. Os olhos delasevoltaram para mim. - Elevai paraaescola? Agir normalmente… acalmar as coisas… esquecer asensação quando elameolhanos olhos… -Alguém tem queespalhar aboanotíciade que sobrevivemos. - eu disse. - Na verdade - Carlislecorrigiu - amaior partedaescolapareceestar nasaladeespera. Eu pressenti areação deladessavez - suaaversão àatenção. Elanão me desapontou. - Ah, não - ela lamentou ecolocou as mãos no rosto. Eu gostei quefinalmente adivinhei umacoisacerta. Estavacomeçando aentendê-la… - Quer ficar aqui? - Carlisleperguntou. - Não, não! - eladisserapidamente, girando as pernas sob o colchão eescorregando paraficar em pé. Elatropeçou, sem equilíbrio, nos braços deCarlisle. Ele apegou e a firmou. Novamente, ainvejame inundou. - Estou bem. - eladisseantes queele pudessecomentar, um rosaclaro em suas bochechas. Claro, aquilo não incomodariaCarlisle. Eleteve certezaqueelatinharecuperado o equilíbrio esoltou as mãos. - Tomeum Tylenol paraador. - eleinstruiu. - Não estádoendo tanto assim. Carlisle sorriu eassinou o prontuáriodela. - Parecequevocês dois tiveram muitasorte. Ela virou levementeo rosto, parameencarar com olhos rígidos. - A sortefoi Edwardpor acaso estar parado ao meu lado. - Ah, bem, sim. - Carlisleconcordou depressa, escutando amesmacoisanavoz delaqueeu escutei. Elanão tinhapensado quesuas suspeitas eram coisas dasua imaginação. Ainda não. Todasua, Carlislepensou. Cuidedo jeito queachar melhor. - Muito obrigado. - eu sussurrei, rápido ebaixo. Nenhum humano meouviu. Os lábios deCarlisleseviraram um pouco paracimacom o meu sarcasmo enquanto eleseviravaparaTyler. - Mas acho quevocêteráqueficar conoscopor mais um tempinho. - eledissequando começouaexaminar os cortes deixados pelo vidro quebrado. Bom, eu tinhafeito o estrago, então erajusto que eu tivessequelidar com ele. Bellaandou deliberadamentena minhadireção, sem parar atéqueestivesseaumadistânciadesconfortável. Lembrei comoeu tinhadesejado, antes de todo o estrago, queelaseaproximassedemim… Isso jáerazombar dessedesejo. - Posso conversarcom vocêum minuto?- ela sibilou paramim. A suarespiração quentetocou meu rosto eeu tivequedar um passo paratrás. A atração delanão tinhadiminuído nem um pouquinho. Todavez queela estavaperto demim, despertavaos meus piores instintos, os mais urgentes. Veneno inundou minhabocaemeu corpo ansiou paraatacar - parapuxá-la paraos meus braços edespedaçar suagargantanos meus dentes. Minhamenteeramais forteque meu corpo, mas erapor pouco. - Seu pai estáesperando por você. - eu alembrei, com o queixo apertado. Ela olhou paraCarlisleeTyler. Tylernão estavaprestando nem um poucodeatenção, mas Carlisleestavamonitorandocadarespiraçãoqueeu dava. Cuidado, Edward. - Gostariadefalar com vocêasós, senão seimporta. - elainsistiu em umavoz baixa. Eu gostariadedizer queme importavamuito, mas sabiaqueteriaquepassar por isso umahora. Melhor acabar comisso deumavez. Estavacheio detantas emoções em conflito quando eu saíado quarto, escutando-atropeçar nosprópriospés atrás demim, tentando meacompanhar. Tinhaqueatuar. Sabia quepapel eu faria - eu játinhaescolhido o personagem. Seriao vilão. Mentiria, ridicularizariaeseriacruel. Isso eracontratodosos meus melhores impulsos -os impulsos humanosaos quais tinhameagarrado todos esses anos. Nuncaquis merecer mais confiançado quenessemomento, quando tinhaquedestruir qualquer possibilidadequeelaexistisse. Foi pior saber queessaseriaaúltimamemóriaqueelateriademim. Essaeraa cenadedespedida. Virei-meparaela. - O que vocêquer? - perguntei friamente. Ela secontraiu um pouco com aminhahostilidade. Seus olhos ficaram confusos, naexpressão quetinhameassombrado… - Vocêmedeveumaexplicação. - ela disseem umavoz fraca; o rosto demarfim empalideceu. Foi muito difícil manter minhavoz dura. - Eu salvei asuavida… Não lhedevo nada. Ela recuou - queimou como ácido verque minhas palavras amachucavam. - Vocêprometeu. - elasussurrou. - Bella, vocêbateu acabeça, não sabedo queestáfalando. Então ela seempertigou. - Não hánada deerrado com aminhacabeça.
  • 4. Ela estavairritadaagora, eisso deixou as coisas mais fáceis paramim. Eu sustentei seu olhar, deixando meu rosto menosamigável. - O que vocêquer demim, Bella? - Quero saber averdade. Quero saber por queestou mentindo porvocê. O que elaqueriaerajusto - mefrustrou ter quenegar isto paraela. - O que vocêachaqueaconteceu? - eu quaserosnei paraela. Suas próximas palavras vieram em umacorrente. - Só o queeu sei équevocênão estavaem nenhum lugar perto demim… O Tyler também não o viu, então não venhame dizer quebati acabeçacom força… Aquelavan iaatropelar nós dois… E não aconteceu, esuas mãos pareceram amassar alateral dela… E vocêdeixou um amassado no outro carroenão estánadamachucado… E avan deviater esmagado minhas pernas, mas vocêalevantou… - De repente, ela trincou os dentes eseus olhos estavam brilhando com lágrimas não derramadas. Eu aencarei, minhaexpressão deescárnio, emborao que sentissemesmo eramedo; elarealmentetinhavisto tudo. - Achaqueeu levantei a van? - eu perguntei sarcasticamente. Ela respondeu com um aceno rápido. Minhavoz ficou aindamais irônica. - Sabequeninguém vai acreditar nisso. Ela lutou paracontrolar araiva. Quando merespondeu, elafalou cadapalavradevagar. - Não vou contar aninguém. Ela estavadizendo averdade - Eu podiaver isso nos olhosdela. Mesmo furiosos etraídos, elairiaguardar meu segredo. Por quê? O choquedisso arruinou aminhaexpressão cuidadosamenteprojetadadurantemeio segundo, elogo merecompus. “E por queisso importa?” Eu perguntei, trabalhando paramanter minhavoz severa. “Importapramim,” eladisseintensa. “Eu não gosto dementir - então émelhor quetenhaum bom motivo parafazer isso.” Ela mepediu paraconfiar nela. Exatamentecomo eu queriaqueela confiasseem mim. Mas esselado da linha eu não podiaatravessar. A minhavoz ficou calosa. “Vocênão podesó meagradecer eesquecer isso?” “Obrigada,” ela disse, elogo ela fumigou silenciosamente, esperando. “Vocênão vai esquecer isso, vai?” “Não.” “Nessecaso…” Eu não podiadizer ela averdadeseeu quisesse… E eu não podiaquerer. Eu deixaria elafazer suaprópriahistóriasobrequem eu era, por quenadapodiaser pior queaverdade - Eu estavavivendoum pesadelo, diretamente das páginas deumahistóriadeterror. Espero quevocêgostedadecepção.” Fizemos carrancaum parao outro. Foi ímpar quão amável suaraivafoi. Como um furioso gatinho, macio einofensivo, etambém ignorantequanto a suaprópriainvulnerabilidade. Ela ficou rosadaeapertou seus dentes denovo. “Por que vocêsedeu o trabalho então?” Sua perguntanão eraa queeu estavaesperando ou preparado pararesponder. Eu perdi as regras do jogo, as quais eu estavafirmado. Eu senti amáscaraescorregar daminhaface, eeu disseaela - nesseúnico momento - averdade. “Eu não sei.” Eu memorizei seu rosto umaúltimavez - aindatinhaalguns traços deraiva, o sangueaindanão tinhaparado dedeixar suas bochechas rosadas - eentão eu me virei eandei paralonge dela 4 – Visões Eu voltei paraaescola. Estaeraacoisacertaasefazer, a maneiramais discretaparasecomportar. No final do dia, quase todos os outros alunostinham voltado paraas classes também. Só TylereBellaealguns outros - queprovavelmenteestavam usando o acidentecomo umachanceparamatar aula - continuaram ausentes. Não deveriaser tão difícil fazer acoisacerta. Mas, durantetodaatarde, estavabatendo os dentes contrao desejo quemedeixaraquerendo matar aula também - ir procurar agarotadenovo. Como um perseguidor. Um perseguidor obsessivo. Um vampiroperseguidorobsessivo. A escolahoje estava - dealgum modo, impossivelmenteaindamais tediosado quetinhasido háumasemana. Como coma. Eracomo seas cores tivessem sido drenadas dos tijolos, das árvores, do céu, dos rostosao meu redor. Haviaoutracoisacertaqueeu deveriaestar fazendo… enão estava. Claro, também eraumacoisaerrada. Tudo dependiadaperspectivaquevocêolhava. Da perspectivadeum Cullen - não só um vampiro, mas um Cullen, alguém quepertenciaaumafamília, umacoisatão raraem nosso mundo - acoisacerta a se fazer seriaalgo assim: - Estou surpreso devê-lonaclasse, Edward. Eu ouvi quevocêesteveenvolvido naqueleacidentehorrível hojedemanhã. - Sim, eu estava, Sr. Banner, mas eu fui o sortudo. - Um sorrisoamigável. - Eu não memachuquei nem um pouco… gostariadepoder dizer o mesmo por Tyler eBella. - Como eles estão? - Eu acho queTyler estábem… só alguns arranhões superficiais dovidrodo pára-brisas. Emboranão tenho certezaquando aBella. - Umacareta preocupada. - Elatalvez tenhaumaconcussão. Eu escutei queelaestavabastanteincoerentepor um tempo - atévendocoisas. Eu sei queos médicos estavam preocupados… Eraassim quedeveriater sido. Eraassim queeu deviaàminhafamília. - Estou surpreso em vê-lonaclasse, Edward. Eu ouvi quevocê esteveenvolvido naqueleacidentehorrível hojedemanhã. - Não me machuquei. - Sem sorriso. O Sr. Banner mudou seu peso deum pé parao outro, desconfortável. - Tem algumaidéia decomo Tyler CrowleyeBellaSwan estão? Ouvi quetiveram alguns machucados… Dei deombros. - Não sei dizer. O Sr. Banner limpou agarganta. - Ah, certo… - eledisse, meu olhar frio deixando suavoz um pouco tensa. Eleandou rapidamentedevoltaparafrenteda
  • 5. salae começou amatéria. Eraacoisaerradaasefazer. A não ser quevocêolhassede umaperspectivamais obscura. Só que pareciatão… tão deselegantecaluniar agarotapelas costas, especialmentequando elaestavaprovando ser mais confiável do queeu podiater sonhado. Elanão haviadito nadaparame trair, emborativesseumaboarazão parao fazer. Eu iriatraí-laquando elanão tinhafeito nada anão ser guardar meu segredo? Eu tiveumaconversaquaseidênticacom aSra. Goff - só queem espanhol ao invés deinglês - eEmmett meolhou por um longo tempo. Eu espero quevocêtenhaumaboaexplicação parao queaconteceu hoje. Roseestáem péde guerra. Eu revirei meus olhos sem olhar paraele. Na verdadeeu tinhacriado umaexplicação quepareciaperfeita. Supondo queeu não tivessefeito nadaparaparar avan antes queelaesmagassea menina… eu tremi com essepensamento. Mas seelativessesido atingida, seelativessesido feridaetivessesangrado, o fluído vermelho derramado, desperdiçado no asfalto, o cheiro desanguefresco pulsando pelo ar… Eu tremi denovo, mas não só em terror. Partedemim tremeu dedesejo. Não, eu não teriasido capaz deassistí-lasangrando sem expor anós todos em um jeito muito mais escandaloso echocante. Pareciaa desculpaperfeita… mas eu não a usaria. Eravergonhosademais. E de qualquer maneira, eu não tinhapensando nelaatébem depois do fato ter ocorrido. Tomecuidado com Jasper, Emmett continuou, alheio aos meus pensamentos. Elenão estátão nervoso… mas eleestámais decidido. Eu vi o queele quis dizer, epor um momento asalagirou ao meu redor. Meu ódio eratão devoradorqueumanévoavermelhaencobriu minhavisão. Eu pensei quefosseme fogar nela. CREDO, EDWARD! SE CONTROLE! Emmett gritou paramim em suacabeça. Sua mão desceu parao meu ombro, segurando-meem meu lugar antes queeu pudessepular eficar em pé. Ele raramenteusavasuaforçacompleta - raramentehavianecessidade, porqueele eratão mais fortequequalquer outro vampiroquequalquer um denós játivesseencontrado - mas eleausou agora. Eleagarrou meu braço, ao invés de meempurrar parabaixo. Se eleestivessemeempurrando, acadeiraembaixo demim teriadesmoronado. CALMA! Eleordenou. Eu tentei me acalmar, mas eradifícil. A fúriaqueimavaem minhacabeça. Jasper não vai fazer nada atétodos nós conversarmos. Eu só achei quevocêdeviasaber adireção queeleestá tomando. Eu me concentrei em relaxar, esenti amão deEmmett afrouxar. Tentenão chamar mais atenção. Vocêjáestácom problemas o suficientedo jeito queestá. Eu respirei fundo eEmmett me soltou. Eu procurei através dasalapor rotina, mas nosso confronto tinhasido tão curto esilencioso quesó algumas pessoassentadas atrásdeEmmett tinham notado. Nenhumadelas sabia o quepensar disso, eelas esqueceram. Os Cullens eram aberrações - todosjásabiam disso. Droga, garoto, vocêestáhorrível, Emmettacrescentou, seu tom simpático. Dane-se. - eu resmunguei entredentes, eescutei suarisadabaixa. Emmett não guardavarancor, eeu provavelmentedeveriaestar mais agradecidopor suanatureza defácil convívio. Mas eu podiaver queas intenções de Jasper faziam sentido paraEmmett, queeleestavaconsiderando qual seriao melhor caminhoasetomar. O ódio ferveu, mau sob controle. Sim, Emmett eramais fortedo queeu, mas eleaindanão haviame derrubado em umaluta. Eledizia queeraporqueeu trapaceava, mas escutar pensamentos eratão partedemim quanto aforçaeradele. Nós lutávamos deigual paraigual. Umaluta? Eraessaadireção quetudo tomava? Eu irialutar contraaminhafamíliapor umahumanaqueeu mal conhecia? Eu pensei sobreisso por um minuto, pensei nasensação do frágil corpo dagarotanosmeus braçoscontraJasper, RoseeEmmett - sobrenaturalmente fortes erápidos, máquinas dematar por natureza… Sim, eu irialutar por ela. Contraaminhafamília. Eu tremi. Mas não erajusto deixá-ladesprotegidaquando fui eu quem acolocou em perigo. Eu não conseguiriaganhar sozinho, entretanto, não contraostrês deles, emeperguntei quais seriam meus aliados. Carlisle, certamente. Elenão irialutar contraninguém, mas eleseriacontraos planos deRoseeJasper. Talvez isso fossetudo queeu precisasse. Eu iria ver… Esmeeraincerta. Ela não ficariacontramim também, eelairiadetestar discordar deCarlisle, mas elairiaser afavor dequalquer plano quemantivesse suafamília unida. Sua prioridadenão seriao certo, esim eu. SeCarlisleeraaalma dafamília, Esmeerao coração. Elenos deu um líder quemereciaser acompanhado, elatransformou isso em um ato deamor. Todosnós nosamávamos - mesmo por baixo dafúriaqueeu sentiapor Jasper eRoseno momento, mesmo planejando lutar contraeles parasalvaragarota, eu sabiaqueeu os amava. Alice… não fazia idéia. Provavelmentedependeriado queelavissechegando. Elaficaria do lado do vencedor, imaginei. Então eu teriaquefazer isso sem ajuda. Sozinho eu não erapáreo paraeles, mas eu não iadeixar amenina ser machucadapor minhaculpa. Isso talvez exigisseuma ação evasiva… Minharaivadiminuiu um pouco com o súbito humornegro. Eu podiaimaginar como ameninareagiriaseeu araptasse. É claro, eu raramenteadivinhava suas reações - mas queoutrareação elapoderiater além deterror? Não tinhacertezacomo cuidar disso - raptá-la. Não seriacapaz deficar perto delapor muitotempo. Talvez eu só adevolvesseàmãe. Mesmo isso seria repleto deperigo. Paraela. E também para mim, eu percebi derepente. Se eu amatassepor acidente… eu não tinhacertezadequantador isso iriamecausar, mas eu sabiaqueseria intensaeem várias formas. O tempo passou rapidamenteenquanto eu meditavasobretodas as complicações àminhafrente: adiscussão meesperando em casa, o conflito coma minhafamília, a distânciaqueeu seriaforçado apercorrer depoisdetudo…
  • 6. Bom, eu não podiamais reclamar queavidaforada escolaeramonótona. A garotatinhamudado isso. Emmett eeu andamos silenciosamenteparao carro quando o sinal tocou. Eleestavapreocupado comigo, epreocupado com Rosalie. Elesabiaquelado teriaqueescolher em uma disputa, eisso o incomodava. Os outros estavam esperando pornós no carro, também silenciosos. Éramos um grupo bem quieto. Só eu conseguiaescutar agritaria. idiota! Lunático! Imbecil! Estúpido! Egoísta, tolo irresponsável! Rosalie mantinhaumalinhaconstantedeinsultos aplenos pulmões. Ficou difícil ouvir os outros, mas eu a ignorei o melhor queeu pude. Emmett estavacerto sobreJasper. Eleestavaseguro deseu plano. Aliceestavatranstornada, preocupadacom Jasper, passando porimagens do futuro. Não importapor qual direção Jasper chegasseàgarota, Alicesempre mevialá, o impedindo. Interessante… nem Rosalieou Emmett estavam comelenessas visões. Então Jasper planejavatrabalhar sozinho. Issodeixariaas coisas eqilibradas. Jasper erao melhor lutador, certamenteo mais experienteentrenós: minhaúnicavantagem consistiano fato dequeeu podiaescutar seus movimentos antes queele os fizesse. Eu nuncahavialutado mais quede brincadeiracom Emmett ou Jasper - só passatempo. Senti-meenjoado com o pensamento derealmentetentar machucar Jasper… Não, não isso. Só impedi-lo. Isso eratudo. Eu me concentrei em Alice, memorizando as diferentes formas deataquedeJasper. Quando eu fiz isso, as visões delamudaram, seafastando mais emais dacasados Swan. Eu o estavaparando antes… Parecom isso Edward! Não podeacontecer dessejeito. Eu não vou deixar. Eu não arespondi, só continuei olhando. Ela começou aolhar mais parafrente, parao campo nebuloso eincerto depossibilidades distantes. Tudoerasombrio evago. No caminho inteiro paracasa, aatmosferasilenciosanão cedeu. Eu estacionei nagrandegaragem perto dacasa; aMercedes de Carlisleestavaali, perto do Jeep enormedeEmmett, o M3 deRosalieemeu Vanquish. Fiquei contentequeCarlislejáestavaem casa - o silêncio terminariadeformaexplosiva, e eu queriaque eleestivesse perto quando isso acontecesse. Fomos direto paraasaladejantar. Essasalanuncaera, éclaro, usadaparao propósito parao qual foraconstruída. Mas eramobiliadacomumalongamesaoval demogno cercadapor cadeiras - éramos cautelosos em ter osacessóriosparafingir. Carlislegostavadeusá-lacomo umasaladeconferência. Em um grupo com tantas personalidades fortes edistintas, às vezes eranecessário discutiras coisas sentados, deum jeito calmo. Eu tinhaum pressentimento dequesentar não iriaajudar em muitacoisahoje. Carlisle sentou em seu lugar habitual napontalestedamesa. Esmeestavaao lado dele - eles deram as mãos em cimada mesa. Os olhos deEsmeestavam em mim, as profundezas douradas deles cheias depreocupação. Fique. Foi seu único pensamento. Eu queriapoder sorrir paraamulher queeraverdadeiramenteumamãeparamim, mas eu não tinhacomo assegurá-laagora. Eu sentei do outro lado deCarlsile. Esmesevirou ao redor deleparacolocarsuamão livreno meu ombro. Elanão tinhaidéiado queestavaparacomeçar, só estavasepreocupando comigo. Carlisle tinhaumanoção melhor do queestavachegando. Seus lábios estavam apertados comforçaesuatestaestavaenrugada. A expressão eramuito velhaparaseu rosto jovem. Quando todos os outrosestavam sentados, eu pudever as linhas serem desenhadas. Rosaliesentou-sediretamenteàfrentedeCarlisle, naoutrapontadagrandemesa. Elameencarou, nuncadesviando o olhar. Emmett sentou ao lado dela, seu rosto esuamenteamargos. Jasper hesitou, então foi ficar em pécontraaparedeatrás deRosalie. Eleestavadecidido, não importavao resultado dessa discussão. Meus dentes bateram. Alicefoi aúltimachegar, e seus olhos estavam concentrados em algumacoisamuito longe - o futuro, aindamuito incerto paraqueela fizesse uso dele. Sem parecer pensar elasentou perto deEsme. Elaesfregou atestacomo setivessedor decabeça. Jasper secontorceu preocupado econsiderou sejuntar a ela, mas mantevesuaposição. Eu respirei fundo. Eu tinhacomeçado isso - deviafalar primeiro. - Meperdoem. - Eu disse, olhando primeiro paraRosalie, depois paraJasper eentão Emmett. - Eu não tiveaintenção decolocar nenhum devocês em risco. Foi impensado,eeu assumo total responsabilidadepelo meu ato precipitado. Rosaliemeencarou malignamente. - O que vocês quer dizer, ‘assumetotal responsabilidade’? Vocêvai consertar? - Não do jeito quevocêquer dizer. - Eu disse, tentando manter minhavoz calmaeequilibrada. - Estou disposto air emboraagora, seisso deixaas coisas melhores. - Seeu acreditar queagarotaficarásegura, seeu acreditar quenenhum devocês irátocá-la, eu emendei naminhacabeça. - Não. - Esmemurmurou. - Não, Edward. Eu dei um tapinhaem suamão. - São só alguns anos. - Esmeestácerta. - Emmett disse. - Vocênão podeir alugar algum agora. Isso seriao opostodeútil. Nós temos quesaber o queas pessoas estão pensando agoramais do quenunca. - Alicepegaráqualquer coisagrave. - eu discordei. Carlisle balançou acabeça. - Eu acho queEmmett tem razão, Edward. Vai ser mais fácil agarotafalar sevocêdesaparecer. Ou todos nósvamos, ou ninguém vai. - Elanão vai dizer nada. - eu insisti rapidamente. Roseestavaprocessandoumaexplosão, eeu queriaessefato claro antes.
  • 7. - Vocênão conheceamentedela. - Carlislemelembrou. - Disso eu tenho certeza. Alice, medêcobertura. Alicemeolhou cansativamente. - Não consigo ver o quevai acontecer senósignorarmos isso. Elaolhou derelanceparaRoseeJasper. Não, elanão conseguiaver essefuturo - não quando RosalieeJasper estavam tão decididos em não ignorar o acidente. A palmade Rosaliebateu namesacom um barulho alto. - Não podemos permitir queahumanatenhachancededizer nada. Carlisle, vocêdevever isso. Mesmo sedecidirmos todos desaparecer, não éseguro deixar histórias paratrás. Nós vivemosdeum jeito tão diferentedo restodo nosso tipo -vocêsabe queexistem aqueles que iriam adorar umadesculpaparafazer acusações. Temos queter mais cuidado quequalquerum! -Jádeixamos rumores paratrás antes. - eu alembrei. - Só rumores esuspeitas, Edward. Não testemunhas oculares eevidências! - Evidência! - eu zombei. Mas Jasper estava concordando, seus olhos duros. -Rose… - Carlislecomeçou. - Medeixe terminar, Carlisle. Não precisaser nadaquechameatenção. A meninabateu a cabeçahoje. Então talvez aconteçade o machucado ser mais sério do queparecia. - Rosaliedeu deombros. - Todo mortal vai dormircom achancedenuncamais acordar. Os outrosiriam esperarquenós cuidássemos nós mesmos disso. Tecnicamente, isso seriatrabalho deEdward, mas isto estáobviamentealém dele. Vocêsabequesou capaz deme controlar. Eu não iriadeixar nenhumaevidênciaparatrás. - Sim, Rosalie, todos nós sabemos aassassinaeficientequevocêé. - eu rosnei. Ela sibilou paramim, furiosa. - Edward, por favor. - Carlisledisse. Então sevirou paraRosalie. - Rosalie, eu fui afavor em Rochester porqueeu senti quevocêdeviater justiça. Os homens quevocêmatou haviam lheprejudicado monstruosamente. Essanão éamesmasituação. A garotaSwan éumainocente. - Não é nada pessoal, Carlisle. - Rosaliedissepelos dentes. - É paraproteger atodosnós. Houveum brevesilêncio enquanto Carlislepensavaem suaresposta. Quando eleconcordou, os olhos deRosaliebrilharam. Eladeviasaber melhor. Mesmo seeu não fossecapaz de ler os pensamentos dele, eu podiater previsto suaspróximas palavras. Carlislenuncacedia. - Eu sei que suaintenção éboa, Rosalie, mas… eu gostariamuito quenossafamíliafossedignadeser protegida. Os ocasionais… acidentes ou lapsos de controlesão umapartelamentável dequem nós somos. - Erabem característico deleseincluirno plural, emboraelepróprio nuncativessetido essetipo delapso. - Assassinar umacriançasem culpaasanguefrio éoutracoisacompletamentediferente. Eu acredito queo risco queelaapresenta, quer ela fale suas suspeitas ou não, não énadamuito grave. Seabrirmos exceções paranos proteger, estaremos arriscandoalgo muito mais importante. Nós arriscamos perder aessênciadequem somos. Controlei minhaexpressão com cuidado. Não fariabem algum sorrir agora. Ou aplaudir, como eu gostaria. Rosalieolhou com umacara feia. - É só ser responsável. - É ser insensível. - Carlislecorrigiu gentilmente. - Todavidaépreciosa. Rosaliesuspirou pesadamenteeseu lábio inferior fez um bico. Emmett deu um tapinhaem seu ombro. - Vai ficar tudo bem, Rosalie. - eleencorajou com umavoz baixa. - A pergunta - Carlislecontinuou. - ése nós devemos nos mudarou não? - Não. - Rosalielamentou. - Acabamos denos fixar. Não quero começar o segundo ano decolegial outravez! - Vocêvai poder manter suaidade atual, claro. - disseCarlisle. - E ter quemudar ainda mais cedo? - elarevidou. Carlisle deu deombros. - Eu gosto daqui! Tem pouco sol, podemos ser quasenormais. - Bom, não precisamos decidir agora. Podemos esperarever seissosetornaumanecessidade. Edward confiano silêncio dameninaSwan. Rosaliebufou. Mas eu não estavamais preocupado com Rosalie. Podiaver queelaconcordariacom adecisão deCarlisle, não importao quanto estivessebravacomigo. A conversadeles tinhasevoltado paradetalhes sem importância. Jasper continuou determinado. Eu entendi o motivo. Antes deleeAliceseconhecerem, eleviviaem umazonadecombate, um cenário deguerraimpiedoso. Elesabiaas conseqüências dede sprezar as regras - jáhaviavisto osmedonhosresultados com os próprios olhos. Diziamuitacoisao fato deele não ter tentando acalmar Rosaliecom seus talentos extras, ou queagoranão tentavaincentivá-la. Elesemantinhaneutro na discussão - acimadela. - Jasper. - eu disse. Ele encontrou meus olhos, seu rosto inexpressível. - Elanão vai pagar pelo meu erro. Não vou permitir. - Elatiraproveito, então? Eladeveriater morrido hoje, Edward. Eu só consertariaas coisas. Eu falei de novo, enfatizando cadapalavra. - Não vou permitir. Ele ergueu as sobrancelhas. Não estavaesperando isso - elenão imaginavaqueeu fosseimpedi-lo. Ele balançou acabeçaumavez. - Não vou deixar Aliceviver em perigo, mesmo quesejaleve. Vocênão sentepor ninguém o queeu sinto por ela, Edward, e vocênão viveu o queeu vivi, tendo visto minhas memórias ou não. Vocênão entende. - Não estou discutindo isso, Jasper. Mas estou avisando quenão vou deixar vocêmachucarIsabellaSwan. Nos encaramos - sem raiva, esim avaliando o oponente. Eu senti queeleverificavao ambienteao meu redor, testando minhadeterminação.
  • 8. - Jazz… -Alicedisse, nos interrompendo. Ele sustentou seu olhar mais um pouco, eentão olhou paraela. - Não seincomodeem dizer quevocêpodecuidar desi mesma, Alice. Eu já sei disso. Eu ainda tenho que… - Não é isso queeu vou falar. - Aliceinterrompeu. - Eu iapedir um favor paravocê. Eu vi o queestavanamente delae minhabocaseabriu com umaarfadaaudível. Eu olhei para ela, chocado, só vagamenteconscientedequetodos tirando AliceeJasper me observavam cuidadosamente. - Eu sei que vocêmeama. Obrigada. Mas eu gostariamuito quevocênão tentassematar Bella. Primeiro detudo, Edwardestáfalando sério enão quero vocês dois brigando. Segundo, elaéminhaamiga. Pelo menos vai ser. Estavanítido namentedela: Alice, sorrindo, com seus braços gelados envoltados braçosquentes efrágeis dagarota. E Bella estavasorrindotambém, seu braço nacinturadeAlice. A visão erasólidacomo umapedra; só o tempo era incerto. - Mas, Alice… - Jasper ofegou. Não conseguiavirar minhacabeçaparaolhar suaexpressão. Não conseguiamedesviar daimagem nacabeça deAlicepara olhar paraele. - Eu vou amá-laalgum dia, Jazz. Vou ficar muito chateadacom vocêsenão deixá-laviver. Eu ainda estavapreso nos pensamentos deAlice. Eu vi o futuro brilhar enquantoaresoluçãodeJasper diminuía com o pedido inesperado dela. - Ah… - Elasuspirou - adecisão deletinhacriado um novo futuro. - Vê? Bellanão vai dizer nada. Não hácom o quesepreocupar. O modo como eladisseo nomedamenina… como seelas jáfossem confidentes… - Alice - eu engasguei. - O que… isso? - Eu dissequeuma mudançaestavavindo. Eu não sei, Edward. - Mas elaapertou o queixo eeu podiaver quehaviamais. Elaestavatentando não pensar nisso; derepenteestavaseconcentrando muitoem Jasper, emboraeleestivessemuitoespantado parafazer algum progresso comsuadecisão. Ela faziaisso às vezes, quando queriaesconder algo demim. - O que é, Alice? O queestáescondendo? Ouvi Emmett resmungar. Elesempreficavafrustrado quando Aliceeeu tínhamos esses tiposdeconversa. Ela sacudiu acabeça, tentando memanter fora. -É sobreagarota? - eu ordenei. - É sobreBella? Ela bateu os dentes seconcentrando, mas quando eu falei o nomedeBella, elaescorregou. Só durou meio segundo, mas foi o suficiente. - NÃO! - eu gritei. Eu escutei acadeirabater no chão epercebi queestavaem pé. - Edward! - Carlisleficou em pétambém, seu braço no meu ombro. Mal estavacientedele. - Estáconsolidando. - Alicesussurrou. - Cadaminuto quepassavocêestámais decidido. Só existem duas saídas paraelaagora. É umacoisaou outra, Edward. Eu podiaver o queela via… mas não queriaaceitar. - Não. - eu dissedenovo; não tinhavolumenaminhanegação. Minhas pernas ficaram bambas eprecisei meapoiar namesa. - Alguém por favor quer deixar o resto denós saber do mistério? - Emmettreclamou. - Eu tenho queir embora. - eu sussurrei paraAlice, ignorando-o. - Edward, nós jáfalamos sobreisso. - Emmett dissealto. - Essaéamelhor maneiradefazer agarotafalar. Além do mais, sevocêfor embora, nós não vamos ter certezaseelavai falar algumacoisaou não. Vocêtem queficar elidar com isso. - Não vejo vocêindo alugar algum, Edward. - Alicemedisse. - Não sei mais sevocêconsegueir embora. - Pense, elaacrescentou silenciosamente. Pense sobrepartir. Eu vi o queelaquis dizer. Sim, aidéia denuncamais ver amenina era… dolorosa. Mas também eraumanecessidade. Não conseguiaaprovar nenhum dos futuros queaparentementeeu atinhacondenado. Não tenho certezaabsolutaquanto ao Jasper, Edward. Alicecontinuou. Sevocêpartir, elepensa queelaéum perigo paranós. - Eu não vou ouvir isso. - eu acontradisse, aindameio conscientedanossaplatéia. Jasper estavahesitante. Elenão fariaalgo quemagoasseAlice. Não nestemomento. Vocêarriscariaavida dela, adeixariadesprotegida? -Por queestáfazendo isso comigo? - eu gemi. Minhacabeçacaiu em minhas mãos. Eu não erao protetor deBella. Não podiaser isso. O futuro dividido deAlicenão eraprovasuficientedisso? Eu a amo também. Ou eu vou. Não éa mesmacoisa, mas eu a quero por perto paraisso. - A ama também? - eu sussurrei, incrédulo. Ela suspirou. Vocêétão cego, Edward. Não conseguever adireção queestátomando? Não conseguever ondejáestá? É mais inevitável do queo sol nascendo no leste. Vejao queeu vejo… Eu balancei minhacabeça, horrorizado. - Não. - eu tentei bloquear as visões queelamerevelada. - Não tenho queseguir essecaminho. Eu vou embora. Eu vou mudar o futuro. - Vocêpodetentar… - eladisse, avoz cética. - Ah, por favor! - Emmett aumentou o tom devoz.
  • 9. - Presteatenção. - Rosaliesibilou paraele. - Aliceo vêseapaixonando por umahumana! Isso étípico deEdward! - Elatirou sarro. Eu mal aouvi. - O quê? - Emmett disse, surpreso. Então suarisadaderugido ecoou pelo cômodo. - É isso o quetem acontecido? - Eleriu denovo. - Paradadura, Edward. Eu senti a mão deleno meu ombro, eaafastei distraído. Não conseguiaprestar atenção nele. - Se apaixonando por umahumana? - Esmerepetiu em umavoz impressionada. - Pelagarotaqueelesalvou hoje? Seapaixonar por ela? - O que vocêvê, Alice? Exatamente. - Jasper pediu. Ela sevirou paraele; Eu continuei aolhar seu rosto, entorpecido. - Tudo dependeseele éforteo bastanteou não. Ou eleirámatá-lacom as próprias mãos - elagirou paraencontrarmeu olhar outravez - o queiria realmenteme irritar, Edward, sem mencionar o queiriafazer com você - elaolhou Jasper novamente - ou elavai ser umadenós algum dia. Alguém engasgou; não vi quem foi. - Isso não vai acontecer! - eu estavagritando denovo. - Nenhum dos dois! Alicenão pareceu ter meescutado. - Tudo depende. - elarepetiu. - Talvez elesejasó forteo suficienteparanão matá-la - mas vai ser por pouco. Vai requerer umaquantidadeincrível decontrole. - elameditou. - Mais atéo queCarlisletem. Eletalvez sejafortesó o suficiente… A únicacoisaparaqual ele não é forteo bastanteéficar longedela. Essaé umacausaperdida. Não conseguiaachar minhavoz. Ninguém pareciaser capaz deachar sua. A salaficou imóvel. Eu encarei Alice, e todos meencararam. Podiaver minhaprópriaexpressão deterrordecinco pontos devistadiferentes. Depois deum longo momento, Carlisle suspirou. - Bom, isso… complicaas coisas. - Eu que o diga. - Emmett concordou. A voz deleeramais umarisada. Eracom Emmett mesmo, fazer piadanadestruição daminhavida. - Mas acho queo plano continuao mesmo. - Carlisledisse, ponderado. - Vamosficar eobservar. Obviamente, ninguém irá… machucar amenina. Eu enrijeci. - Não. - Jasper dissecalmamente. - SeAlicesó vêduas saídas… - Não! - minha voz não eraum grito ou um rosnado ou choro dedesespero, mas umacombinação dostrês. - Não! Eu tinhaque ir embora, ficar longedo som dos pensamentos deles - daaversão egoístadeRosalie, do humor deEmmett, dapaciênciainfinitadeCarlisle… Pior: aconfiançadeAlice. A confiançade Jasper naconfiançadela. Pior detudo: a… alegriade Esme. Fui paraforada sala. Esmetocou meu braço quando eu passei, mas eu não reconheci o gesto. Estavacorrendo antes queestivesseforadacasa. Passei pelo rio em um pulo, ecorri paraafloresta. A chuvatinhavoltado, caindo tão pesadaqueeu me ensopei em poucos segundos. Gostei daáguaespessa - criou umaparedeentreeu eo resto do mundo. Merodeou, medeixou isolado. Corri nadireção leste, paralongedas montanhas sem desviar dalinhaatéquepudever as luzes deSeattledo outro lado dabaía. Parei antes quechegasse à fronteiradacivilização. Cercado pelachuva, sozinho, eu finalmentemeobriguei aver o quetinhafeito - como tinhamutilado o futuro. Primeiro, avisão deAliceedagarotacom seus braços ao redor umadaoutra - aconfiançaeamizadeeram tão óbvias quegritavam daimagem. Os olhos castanhos expressivosdeBellanão estavam confusosnessavisão, esim cheios desegredos - nessemomento, pareciam segredosfelizes. Ela não se afastou do braço frio deAlice. O que isso significava? O quanto elasabia? Nessavisão congeladado futuro, o queelapensavademim? Então aoutraimagem, tão parecida, só quecoloridacom horror. AliceeBella, seus braços aindaenvoltaumadaoutraem suaamizadeconfiável. Mas agoranão haviadiferençaentreesses braços - os dois eram braços, macios edemármore, duros como aço. Os olhos atentosdeBellanão eram mais castanhos chocolate. Suas íris eram deum escarlatevívido, chocante. Os segredos neles eram insondáveis -aceitação ou angústia? Eraimpossível de dizer. O rosto delaerafrio eimortal. Eu tremi. Eu não conseguiaevitar as perguntas similares, mas diferentes:O queisso significava - comoissoaconteceu?E o queelapensavademim agora? Eu podiaresponder essaúltima. Seeu a forçasseafazer partedessameiavidavaziapor causadaminhafraquezaeegoísmo, com certezaela meodiaria. Mas haviamais umaimagem horrorosa - piordo quequalquer outraquejá tive. Meus próprios olhos, escarlateintensos como sanguehumano, os olhos deum monstro. O corpo quebrado deBellaem meus braços, branco pálido, vazio, sem vida. Eratão concreta, tão clara. Não podia suportar ver isso. Não conseguiasuportar. Tentei tirar daminhamente, tentei ver algumaoutracoisa, qualquer coisa. Tentei veraexpressão no rosto com vidadelaquetinhaobstruído minhavisãono último capítulo de minhaexistência. Tudo em vão. A visão negradeAliceencheu minhacabeça, eeu mecontorci internamentecom aagoniaqueelacausou. Enquanto isso, o monstro em mim estavacheio
  • 10. defelicidade, eufórico com as chances deseu sucesso. Deixou-meenjoado. Isso não podiaser permitido. Tinhaqueter um jeitodetransformar o futuro. Eu não deixariaas visões deAlicemedizer o quefazer. Eu escolheriaum caminho diferente. Sempreexistiauma escolha. Tinhaqueexistir.