O documento descreve a origem da tradição gaúcha e do folclore no Rio Grande do Sul, com ênfase na região do Pampa Sul-rio-grandense. Ele também aborda aspectos culturais típicos da região como comida, bebida, danças, lendas e objetos do folclore gaúcho.
3. A origem da Tradição Gaúcha e do Folclore
Gaúcho do Estado do Rio Grande do Sul está
fundada na região do Pampa Sul-rio-grandense.
Como Núcleo da Formação Gaúcha Brasileira,
Folclórica e Tradicional, fora ali que esse
Patrimônio Cultural Regionalista, esse saber
popular, formara-se na lida dos antepassados
gaúchos pampeanos sul-rio-grandenses com o
campo, o gado, os cavalos, as ovelhas e os
demais serviços atinentes aos campeiros do
Pampa Sul-brasileiro.
4. É na região do Pampa Sul-rio-grandense,
portanto, que se formara o Folclore
verdadeiramente Gaúcho do Rio Grande do Sul,
o qual não deve ser confundido com o Folclore
Sul-rio-grandense. Este último, mais
abrangente, abarca o saber popular
correspondente a todo o Estado, englobando
desde o conhecimento folclórico das regiões
essencialmente agrícolas, industriais, serranas,
litorâneas, coloniais e outras, até aquele
derivado exclusivamente dos núcleos urbanos,
citadinos, não rurais e não pampeanos.
7. Originado da palavra inglesa folk-lore, sugerida em
1846 por William J. Thoms, cuja significação para
folk é povo e para lore é estudo, conhecimento, o
folclore deve ser entendido como o saber popular
e, também, como o estudo desse conhecimento
regional, dos usos, costumes e tradições de um
determinado povo.
Dessa forma, se folclore é o conjunto cultural de
uma determinada comunidade, baseado nas
tradições mortas e nas tradições atuais de um
grupo de indivíduos, pelas quais expressam sua
identidade cultural e social, além dos costumes e
dos valores retransmitidos oralmente,
repassando-os de geração em geração,
obviamente que em todas as partes do mundo
cada povo tem o seu respectivo folclore, a sua
peculiar forma de manifestar suas crenças, seus
usos e seus costumes regionais e regionalista-
tradicionais.
8. Assim, o folclore encontra-se manifestado
na arte, no artesanato, na literatura
popular, nas danças regionais, no teatro,
na poesia, na música, na comida, nas
festas populares, nos brinquedos, nas
brincadeiras e nos jogos, nos provérbios,
na adivinhação, na medicina popular, nas
crendices e nas supertições, nos mitos,
nas lendas e em outras manifestações da
cultura popular, transmitida basicamente
de forma oral.
9. Comida e Bebida Típica
Churrasco: O churrasco é a comida típica
predominante em todo o estado do Rio
Grande do Sul.
Chimarrão: É parte da cultura do Rio
Grande do Sul e é uma das grandes
iguarias cultuado de pais para filhos
composta de uma bomba,uma cuia e
erva-mate.
11. Danças Típicas
Chula: Dança que é praticada só por homens e ela
representa um desafio. Uma lança é colocada no chão e
três homens em suas extremidades. Eles sapateiam de
diversas formas e, após realizar uma sequência de
passos, outro dançarino vai executar os movimentos e
deve realizar de forma mais difícil que o anterior. Tudo
isso acontece sob a música de uma gaita gaúcha. O
dançarino que vence o desafio é aquele que realiza uma
coreografia mais difícil que os companheiros, quando
encosta na vara ou quando por algum motivo perde o
ritmo.
13. Pezinho: tem origens portuguesas e conseguiu atrair adeptos
no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Além de
dançar, os dançarinos devem cantar no ritmo da música
que acompanha os passos. A coreografia se altera entre
passos ritmados pelos pés e as duplas que rodam em torno
de si.
Vaneirão/Vaneira/Vaneirinha:
É um ritmo bastante comum no estado e tem suas origens
na cidade de Havana, em Cuba. Sua influência incidiu não
só sobre o Rio Grande do Sul como também nos sambas
do Rio de Janeiro. O nome da dança se altera conforme o
ritmo, pois se ele for lento recebe o nome de Vaneirinha,
rápido Vaneirão e moderado Vaneira. Os passos são
realizados com dois pra lá e dois pra cá, sendo que são
alternados com quatro movimentos de cada lado.
15. Outras danças típicas do Rio
Grande do Sul
Chamamé;
Xote;
Fandango;
Bugio;
Mazurca;
Contrapasso;
Marcha;
Polca;
Milonga;
Chimarrita;
Rancheira.
17. De acordo com a lenda, havia um
menino negro escravo, de
quatorze anos, que possuía a
tarefa de cuidar do pasto e dos
cavalos de um rico fazendeiro.
Porém, num determinado dia, o
menino voltou do trabalho e foi
acusado pelo patrão de ter perdido
um dos cavalos. O fazendeiro
mandou açoitar o menino, que
teve que voltar ao pasto para
recuperar o cavalo. Após horas
procurando, não conseguiu
encontrar o tal cavalo. Ao retornar
á fazenda foi novamente castigado
pelo fazendeiro. Desta vez, o
patrão, para aumentar o castigo.
colocou o menino pelado em cima
de um formigueiro.
18. No dia seguinte, o patrão
foi ver a situação do
menino escravo e ficou
surpreso. O garoto
estava livre, sem
nenhum ferimento e
montado no cavalo baio
que havia sumido.
Conta a lenda que foi
um milagre que salvou
o menino, que foi
transformado num anjo.
19. Objetos perdidos
O Negrinho do Pastoreio é considerado, por
aqueles que acreditam na lenda, como o
protetor das pessoas que perdem algo. De
acordo com a crença, ao perder alguma
coisa, basta pedir para o menino do pastoreio
que ele ajuda a encontrar. Em retribuição, a
pessoa deve acender uma vela ao menino ou
comprar uma planta ou flor.