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16 | janeiro/fevereiro de 2016
SAÚDE PÚBLICA | Epidemia ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Aedes aegypti, o
mosquito que tem tirado
o sono dos brasileiros
POR QUE É TÃO
DIFÍCIL ERRADICAR
A PROLIFERAÇÃO DO
PRINCIPAL VETOR
DOS VÍRUS DENGUE,
CHIKUNGUNYA E ZIKA
EM PLENO SÉCULO XXI?
Keli Rocha
InfográficoChrisMessias
janeiro/fevereiro de 2016 | 17
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O
termo Aedes é de origem grega e significa
“odioso”, “desagradável”, e aegypti vem do
latim “Egito”, para fazer referência ao país
da África originário do mosquito transmissor da fe-
bre amarela, dengue, chikungunya e zika. Registros
históricos apontam que os primeiros focos de vírus
causados pelo vetor no Brasil surgem no final do
século XIX, em Curitiba.
No século XX, o Aedes aegypti já era um transtor-
no na saúde pública, por conta da febre amarela urbana.
Em 1955, o País conseguiu erradicar o mosquito, como
resultado de medidas para o controle da doença. No en-
tanto, no final da década de 1960, o mosquito estava pre-
sente novamente em território nacional. Hoje, a situação
epidemiológica permanece alarmante [confira os dados
mais recentes na página a seguir].
Mas apesar de todo avanço científico, por que é
tão difícil combater o mosquito? De acordo com estu-
diosos, são vários os motivos somados que inibem sua
erradicação. A proliferação do Aedes aegypti é facilita-
da devido ao intenso processo de globalização, em que
se permite múltiplos pontos de entrada. “Hoje, caso o
mosquito fosse erradicado, não conseguiríamos man-
ter esta condição por muito tempo, porque, apesar da
vigilância epidemiológica, nossas fronteiras são muito
extensas e ele voltaria a partir de muitos pontos”, ex-
plica a bióloga pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz) e especialista no vetor, Denise Valle.
O clima tropical, que condiciona um aceleramen-
to no ciclo de vida do mosquito, e a enorme densida-
de populacional urbana brasileira são outros fatores
importantes a serem destacados, segundo
a especialista. “Como o Aedes aegypti tem
característica urbana, ele se beneficia do
crescimento desorganizado das cidades.”
Alexandre Naime Barbosa, infec-
tologista e professor da Faculdade de
Medicina de Botucatu da Unesp, esclarece
que este aumento demográfico, experimenta-
do a partir dos anos 1950 em razão do pro-
cesso industrial, conduziu um novo panorama
em termos de produção de artefatos, utensílios
plásticos e outros objetos, bem como descartes
inapropriados desses materiais.
A quantidade demasiada de ovos que
uma fêmea pode colocar, em torno de 1.000
durante seu período de vida (30 dias),
é outra barreira no combate, ressalta
Denise. “Além disso, por uma estraté-
gia natural que garante a dispersão e
preservação da espécie, os ovos são dis-
tribuídos por diversos criadouros”. Nesse
ciclo, o mosquito leva de 7 a 10 dias para
chegar de ovo à fase adulta.
O ovo do  Aedes aegypti mede aproxi-
madamente 0,4 milímetro de comprimento e é
difícil de ser observado. Segundo estudos, os
ovos podem resistir até 450 dias de extrema
18 | janeiro/fevereiro de 2016
secura. “Essa resistência é uma grande vantagem
para o mosquito, pois permite que ele sobreviva
por muitos meses em ambientes secos, até que o
próximo período chuvoso e quente propicie a eclo-
são”, explica a especialista.
Medidas de controle
Embora estudos científicos têm buscado novas
alternativas de controle do mosquito e das doenças
transmitidas por ele, que propõem auxiliar nas ativi-
dades já implementadas – como o desenvolvimento
de vacinas, inseticidas, controles genético e para-
genético –, a única vacina amplamente disponível é
contra o vírus da febre amarela, recomendada para
as pessoas que vivem ou se deslocam até as áreas
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Uma vacina contra a dengue foi recentemente
aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária, entretanto, sua comercialização
e distribuição ainda está em fase de planejamento.
Sobre os casos de chikungunya e zika, os esfor-
ços estão centrados em estratégias de erradica-
ção do Aedes aegypti.
Neste sentido, para o infectologista, “falta mui-
to avanço científico ainda no conhecimento da fi-
siopatologia dessas duas viroses, principalmente
Dengue – Em 2015, foram registrados 1,6
milhão de casos prováveis de dengue no País,
um aumento de 181% em relação a 2014, que
teve mais de 589 mil casos. A região Sudeste
representou 62,2% do total das ocorrências,
seguida do Nordeste (18,9%), Centro-Oeste
(13,4%), Sul (3,4%) e Norte (2,1%).
A incidência de dengue em 2015 foi a maior
já registrada no Brasil. Com relação ao número
de óbitos por dengue, foram confirmados 863
no ano passado, aumento de 82,5%, contra 473
mortes em 2014. A região Sudeste também con-
centra a maioria dos óbitos (65,2% em 2015),
com maior quantidade no estado de São Paulo.
Chikungunya – As primeiras suspeitas da
doença surgem em 2014, com a notificação de 3.657
casos. Em 2015, dos 20.661 casos suspeitos, 7.823
foram confirmados. Destes, houve três mortes pela
doença, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe.
Zika – Dezenove Unidades da Federação já
confirmaram laboratorialmente autoctonia da doen-
ça. Em relação aos casos de microcefalia com sus-
peita de infecção pelo zika, há 4.180 registros em
24 estados e 830 municípios (79,6% deles no Nor-
deste), além de 68 casos que evoluíram para óbitos.
Fonte: Boletim Epidemiológico
v47n3/2016 e Informe Epidemiológico
n10/2016 - Ministério da Saúde.
Fechamento desta edição: 02/02/2016
AUMENTO NOS CASOS DAS DOENÇAS
SAÚDE PÚBLICA | Epidemia ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
no que se refere aos desfechos microcefalia e Sín-
drome de Guillain-Barré associadas ao vírus zika.
O diagnóstico também precisa ser aprimorado, em
termos de exames sorológicos precisos e rápidos,
ferramenta ainda não disponível. Ou, seja, há um
campo enorme para a pesquisa e novos conheci-
mentos no Brasil”.
A Fundação Oswaldo Cruz e outras institui-
ções de pesquisas nacionais têm atuado no de-
senvolvimento de diversos estudos em relação a
essas doenças no território brasileiro. Uma das
promissoras iniciativas da Fiocruz, segundo a bió-
loga Denise Valle, é o projeto científico ‘Eliminar
a Dengue: Desafio Brasil’, iniciativa sem fins lu-
crativos com o objetivo de estudar uma estratégia
autossustentável e de baixo custo baseada no uso
da bactéria Wolbachia.
Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia
tem potencial de reduzir a transmissão dos vírus da
dengue, chikungunya e zika. Porém, a especialista da
Fiocruz ressalta que “o método poderá ser utilizado
junto a outras alternativas, pois as doenças trans-
mitidas pelo mosquito são desafios complexos, que
ultrapassam o campo da Saúde e demandam ações
complementares e plurais, especialmente ações pú-
blicas preventivas”.
janeiro/fevereiro de 2016 | 19
A OMS (Organização Mundial da Saúde)
declarou no dia 1º de fevereiro que o surto de
zika vírus é uma emergência de saúde pública
internacional, que exige uma resposta urgente
e única, com vigilância máxima pelos governos
de todo o mundo. A decisão deve acelerar ações
internacionais de cooperação (com financiamento
e envio de pessoas) e de pesquisa.
O último alerta deste tipo feito pela OMS ocorreu
em agosto de 2014, quando o surto de ebola se ex-
pandia em países da África. Nas Américas do Sul e
Central, 24 países já reportaram casos de zika vírus.
A declaração da OMS foi feita após reunião
de um comitê técnico de emergência, formado por
ZIKA: EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA INTERNACIONAL
Desafios ao poder público
A ocupação desorganizada do espaço público,
interligada com as disparidades sociais, paisagem
perfeita para a circulação do Aedes aegypti, são de-
safios prioritários que o poder público deve levar em
consideração para erradicar o mosquito, posiciona-
mento defendido veemente pelos estudiosos.
“Quando existem, muitas vezes, barreiras nas
iniciativas públicas no enfrentamento da epidemia,
como a corrupção e falta de competência técnico-
administrativa, em conjunto com a intensa conurba-
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
ção urbana e marginalização das populações mais
pobres e menos instruídas, compõe-se um cenário
perfeito para a proliferação do mosquito”, destaca o
infectologista Alexandre Naime Barbosa.
Em consonância, Denise finaliza: “não considero
que a meta seja vencer o Aedes, e sim a desorga-
nização dos espaços urbanos, a desigualdade das
condições que garantem a cidadania das pessoas – e
não me refiro apenas ao saneamento e fornecimento
de água – mas também ao acesso à educação, que
estimule a responsabilidade social de cada um”.
pesquisadores e especialistas de diversos países.
O comitê foi criado depois que os Estados Unidos
emitiram alerta para que gestantes não viajassem
a países onde circula o vírus e que governos acon-
selharam mulheres a não engravidar.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saú-
de (Opas), entre 3 e 4 milhões de pessoas poderiam
ser contaminadas pelo vírus em 2016 nas Américas.
Mas a OMS hesita em chancelar a projeção.
Com mais de 1,5 milhão de contágios desde abril
de 2015, o Brasil é o país mais afetado pelo zika ví-
rus, seguido pela Colômbia, que anunciou mais de 20
mil casos, 2.000 deles em mulheres grávidas.
Fonte: UOL/Ciência e Saúde

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Combate ao mosquito Aedes aegypti

  • 1. 16 | janeiro/fevereiro de 2016 SAÚDE PÚBLICA | Epidemia |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Aedes aegypti, o mosquito que tem tirado o sono dos brasileiros POR QUE É TÃO DIFÍCIL ERRADICAR A PROLIFERAÇÃO DO PRINCIPAL VETOR DOS VÍRUS DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA EM PLENO SÉCULO XXI? Keli Rocha InfográficoChrisMessias
  • 2. janeiro/fevereiro de 2016 | 17 |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| O termo Aedes é de origem grega e significa “odioso”, “desagradável”, e aegypti vem do latim “Egito”, para fazer referência ao país da África originário do mosquito transmissor da fe- bre amarela, dengue, chikungunya e zika. Registros históricos apontam que os primeiros focos de vírus causados pelo vetor no Brasil surgem no final do século XIX, em Curitiba. No século XX, o Aedes aegypti já era um transtor- no na saúde pública, por conta da febre amarela urbana. Em 1955, o País conseguiu erradicar o mosquito, como resultado de medidas para o controle da doença. No en- tanto, no final da década de 1960, o mosquito estava pre- sente novamente em território nacional. Hoje, a situação epidemiológica permanece alarmante [confira os dados mais recentes na página a seguir]. Mas apesar de todo avanço científico, por que é tão difícil combater o mosquito? De acordo com estu- diosos, são vários os motivos somados que inibem sua erradicação. A proliferação do Aedes aegypti é facilita- da devido ao intenso processo de globalização, em que se permite múltiplos pontos de entrada. “Hoje, caso o mosquito fosse erradicado, não conseguiríamos man- ter esta condição por muito tempo, porque, apesar da vigilância epidemiológica, nossas fronteiras são muito extensas e ele voltaria a partir de muitos pontos”, ex- plica a bióloga pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e especialista no vetor, Denise Valle. O clima tropical, que condiciona um aceleramen- to no ciclo de vida do mosquito, e a enorme densida- de populacional urbana brasileira são outros fatores importantes a serem destacados, segundo a especialista. “Como o Aedes aegypti tem característica urbana, ele se beneficia do crescimento desorganizado das cidades.” Alexandre Naime Barbosa, infec- tologista e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, esclarece que este aumento demográfico, experimenta- do a partir dos anos 1950 em razão do pro- cesso industrial, conduziu um novo panorama em termos de produção de artefatos, utensílios plásticos e outros objetos, bem como descartes inapropriados desses materiais. A quantidade demasiada de ovos que uma fêmea pode colocar, em torno de 1.000 durante seu período de vida (30 dias), é outra barreira no combate, ressalta Denise. “Além disso, por uma estraté- gia natural que garante a dispersão e preservação da espécie, os ovos são dis- tribuídos por diversos criadouros”. Nesse ciclo, o mosquito leva de 7 a 10 dias para chegar de ovo à fase adulta. O ovo do  Aedes aegypti mede aproxi- madamente 0,4 milímetro de comprimento e é difícil de ser observado. Segundo estudos, os ovos podem resistir até 450 dias de extrema
  • 3. 18 | janeiro/fevereiro de 2016 secura. “Essa resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que ele sobreviva por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclo- são”, explica a especialista. Medidas de controle Embora estudos científicos têm buscado novas alternativas de controle do mosquito e das doenças transmitidas por ele, que propõem auxiliar nas ativi- dades já implementadas – como o desenvolvimento de vacinas, inseticidas, controles genético e para- genético –, a única vacina amplamente disponível é contra o vírus da febre amarela, recomendada para as pessoas que vivem ou se deslocam até as áreas de maior incidência de transmissão. Uma vacina contra a dengue foi recentemente aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vi- gilância Sanitária, entretanto, sua comercialização e distribuição ainda está em fase de planejamento. Sobre os casos de chikungunya e zika, os esfor- ços estão centrados em estratégias de erradica- ção do Aedes aegypti. Neste sentido, para o infectologista, “falta mui- to avanço científico ainda no conhecimento da fi- siopatologia dessas duas viroses, principalmente Dengue – Em 2015, foram registrados 1,6 milhão de casos prováveis de dengue no País, um aumento de 181% em relação a 2014, que teve mais de 589 mil casos. A região Sudeste representou 62,2% do total das ocorrências, seguida do Nordeste (18,9%), Centro-Oeste (13,4%), Sul (3,4%) e Norte (2,1%). A incidência de dengue em 2015 foi a maior já registrada no Brasil. Com relação ao número de óbitos por dengue, foram confirmados 863 no ano passado, aumento de 82,5%, contra 473 mortes em 2014. A região Sudeste também con- centra a maioria dos óbitos (65,2% em 2015), com maior quantidade no estado de São Paulo. Chikungunya – As primeiras suspeitas da doença surgem em 2014, com a notificação de 3.657 casos. Em 2015, dos 20.661 casos suspeitos, 7.823 foram confirmados. Destes, houve três mortes pela doença, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe. Zika – Dezenove Unidades da Federação já confirmaram laboratorialmente autoctonia da doen- ça. Em relação aos casos de microcefalia com sus- peita de infecção pelo zika, há 4.180 registros em 24 estados e 830 municípios (79,6% deles no Nor- deste), além de 68 casos que evoluíram para óbitos. Fonte: Boletim Epidemiológico v47n3/2016 e Informe Epidemiológico n10/2016 - Ministério da Saúde. Fechamento desta edição: 02/02/2016 AUMENTO NOS CASOS DAS DOENÇAS SAÚDE PÚBLICA | Epidemia |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| no que se refere aos desfechos microcefalia e Sín- drome de Guillain-Barré associadas ao vírus zika. O diagnóstico também precisa ser aprimorado, em termos de exames sorológicos precisos e rápidos, ferramenta ainda não disponível. Ou, seja, há um campo enorme para a pesquisa e novos conheci- mentos no Brasil”. A Fundação Oswaldo Cruz e outras institui- ções de pesquisas nacionais têm atuado no de- senvolvimento de diversos estudos em relação a essas doenças no território brasileiro. Uma das promissoras iniciativas da Fiocruz, segundo a bió- loga Denise Valle, é o projeto científico ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, iniciativa sem fins lu- crativos com o objetivo de estudar uma estratégia autossustentável e de baixo custo baseada no uso da bactéria Wolbachia. Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia tem potencial de reduzir a transmissão dos vírus da dengue, chikungunya e zika. Porém, a especialista da Fiocruz ressalta que “o método poderá ser utilizado junto a outras alternativas, pois as doenças trans- mitidas pelo mosquito são desafios complexos, que ultrapassam o campo da Saúde e demandam ações complementares e plurais, especialmente ações pú- blicas preventivas”.
  • 4. janeiro/fevereiro de 2016 | 19 A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou no dia 1º de fevereiro que o surto de zika vírus é uma emergência de saúde pública internacional, que exige uma resposta urgente e única, com vigilância máxima pelos governos de todo o mundo. A decisão deve acelerar ações internacionais de cooperação (com financiamento e envio de pessoas) e de pesquisa. O último alerta deste tipo feito pela OMS ocorreu em agosto de 2014, quando o surto de ebola se ex- pandia em países da África. Nas Américas do Sul e Central, 24 países já reportaram casos de zika vírus. A declaração da OMS foi feita após reunião de um comitê técnico de emergência, formado por ZIKA: EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA INTERNACIONAL Desafios ao poder público A ocupação desorganizada do espaço público, interligada com as disparidades sociais, paisagem perfeita para a circulação do Aedes aegypti, são de- safios prioritários que o poder público deve levar em consideração para erradicar o mosquito, posiciona- mento defendido veemente pelos estudiosos. “Quando existem, muitas vezes, barreiras nas iniciativas públicas no enfrentamento da epidemia, como a corrupção e falta de competência técnico- administrativa, em conjunto com a intensa conurba- |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| ção urbana e marginalização das populações mais pobres e menos instruídas, compõe-se um cenário perfeito para a proliferação do mosquito”, destaca o infectologista Alexandre Naime Barbosa. Em consonância, Denise finaliza: “não considero que a meta seja vencer o Aedes, e sim a desorga- nização dos espaços urbanos, a desigualdade das condições que garantem a cidadania das pessoas – e não me refiro apenas ao saneamento e fornecimento de água – mas também ao acesso à educação, que estimule a responsabilidade social de cada um”. pesquisadores e especialistas de diversos países. O comitê foi criado depois que os Estados Unidos emitiram alerta para que gestantes não viajassem a países onde circula o vírus e que governos acon- selharam mulheres a não engravidar. Segundo a Organização Pan-Americana de Saú- de (Opas), entre 3 e 4 milhões de pessoas poderiam ser contaminadas pelo vírus em 2016 nas Américas. Mas a OMS hesita em chancelar a projeção. Com mais de 1,5 milhão de contágios desde abril de 2015, o Brasil é o país mais afetado pelo zika ví- rus, seguido pela Colômbia, que anunciou mais de 20 mil casos, 2.000 deles em mulheres grávidas. Fonte: UOL/Ciência e Saúde