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A CORTIÇA




09/01/2006       Ciências dos Materiais   1
Origem da Cortiça (Sobreiro)
         •   O sobreiro (Quercus Suber) é uma árvore, que existe há mais de
             60 milhões de anos.


         •   O Sobreiro é uma das árvores florestais mais abundantes no
             nosso país colocando-se em área ocupada (cerca de 20%) a
             seguir ao Pinheiro.


         •   Este produz tecido suberoso até aos 150 a 200 anos, permitindo
             normalmente 15 a 18 descortiçamentos e cuja sua idade média
             em exploração dura 85 anos.




09/01/2006                         Ciências dos Materiais                 2
Origem da Cortiça (Sobreiro)
         •   Este é constituído por três zonas distintas. Essas zonas são
             visíveis quando o tronco do sobreiro é cortado transversalmente,
             como é possível verificar através da figura:




                                                         Lenho

                                                         Entrecasco

                                                         Cortiça




09/01/2006                      Ciências dos Materiais                      3
Tipos e Classes de Cortiça
         •   Normalmente, considera-se dois tipos de Cortiça: a Cortiça
             Virgem e a Cortiça de Reprodução. Por sua vez, distinguem-se
             duas classes de Cortiça de Reprodução: a Cortiça Secundeira e a
             Cortiça Amadia.

                                   A Cortiça Virgem é obtida no primeiro
                                   descortiçamento de sobreiros c/ 25 anos de
                                   idade.

                                   A Cortiça Secundeira é a primeira cortiça de
                                   reprodução, ou seja, é a cortiça extraída
                                   nove anos após o primeiro descortiçamento.

                                  A   Cortiça   Amadia     é    extraída  nos
                                  descortiçamentos posteriores (9 em 9 anos).

09/01/2006                     Ciências dos Materiais                        4
Estrutura Celular da Cortiça
         •   A cortiça deve ser considerada como um “material compósito”,
             com   afinidade,   devido      à    estrutura   molecular   dos   seus
             constituintes, com os polímeros.
         •   Este material é formado por microcélulas mortas, apresentando
             normalemente uma forma poliédrica de catorze lados, dispostas
             de forma compacta, estando os espaços intercelulares totalmente
             preenchidos com uma mistura gasosa quase idêntica à do ar.

         •   A célula de cortiça apresenta uma quantidade
             mínima de material sólido e uma quantidade
             máxima    de   matéria     gasosa,      essencialmente
             formada por ar atmosférico isento de CO2.


09/01/2006                      Ciências dos Materiais                            5
Composição Química
             A cortiça pode ser quimicamente dividida em seis grupos:
         •   Ceroides são um grupo de compostos de baixa polaridade
             responsáveis pela impermeabilidade da cortiça.
         •   Taninos são compostos polifenólicos que podem ser extraídos
             com solventes polares.
         •   Suberina é o componente da cortiça que aparece em maior
             percentagem, é constituída por uma mistura de ácidos gordos de
             peso molecular elevado, obtidos por saponificação e posterior
             extracção com solventes polares. A presença da suberina, torna
             as células impermeáveis aos líquidos e a gases. A grande
             flexibilidade das suas membranas, imprimem ao tecido suberoso
             outras propriedades: a compressibilidade e a elasticidade.

09/01/2006                     Ciências dos Materiais                     6
Composição Química
         •   Polisacáridos constitui cerca de 12% da cortiça, sendo formada,
             essencialmente por celulose.
         •   Lenhina é um poliéster complexo de massa molecular elevada,
             este composto dificilmente é hidrolisável, e a sua estrutura é
             ainda deficientemente conhecida.
         •   Cinzas e outros nas cinzas da cortiça identificou-se os seguintes
             metais: cálcio, potássio, manganês, ferro, alumínio, magnésio,
             sódio, bário, estrôncio, cobre, lítio, crómio e titânio, sendo o
             cálcio e o potássio os elementos que se encontram em maior
             quantidade.




09/01/2006                     Ciências dos Materiais                        7
Propriedades Mecâncias e Físicas
             As propriedades da cortiça decorrem naturalmente da sua
             estrutura e da composição química das membranas celulares. Na
             estrutura alveolar da cortiça, cada cm3 contém entre 30 e 42
             milhões de células.

             As principais propriedades são:
         •   Resistência ao Desgaste, esta origina um        pó muito fino em
             que as partículas mais pequenas contém apenas algumas
             dezenas de células. Estas partículas tais como em todos os
             sólidos que sofrem desgaste, são resultantes de fracturas junto à
             superfície, sendo a cortiça um dos materiais mais resistentes.



09/01/2006                     Ciências dos Materiais                         8
Propriedades Mecâncias e Físicas
         •   Elasticidade a grande flexibilidade das membradas celulares
             confere á cortiça compressibilidade e elasticidade, i.é, o poder de
             readquirir a forma primitiva depois de ter sofrido uma pressão.
         •   Impermeabilidade a presença da suberina confere ao tecido
             suberoso impermeabilidade, tanto aos gases como aos líquidos,
             permitindo que a cortiça não apodreça, e seja considerada o
             melhor vedante que existe.
         •   Condutibilidade Térmica a cortiça tem como característica
             uma má condutibilidade do ponto de vista, quer térmico, quer
             acústico e vibratório, Daí que entre todas as substâncias naturais
             figure nas que se apresentam dotadas de maior poder isolante.


09/01/2006                     Ciências dos Materiais                          9
Defeitos da Cortiça
         •   Porosidade excessiva atendendo a que uma das grandes
             particularidades da cortiça é a sua permeabilidade ao ar,
             dependendo esta, não da estrutura alveolar das células mas sim
             dos poros existentes no tecido suberoso denominados por
             lentículas, sendo estas responsáveis pela porosidade.




09/01/2006                     Ciências dos Materiais                    10
Defeitos da Cortiça
         •   Densidade a do tecido suberoso é normalmente muito baixa, a
             ela se devendo a bem patente flutuabilidade e leveza da cortiça.
             A densidade anormal provém, quer da largura dos raios liberinos
             que formam paredes muito espessas, originando a cortiça
             preguenta, quer da presença de esclerênquima e de tecidos
             liberinos e felodérmicos no tecido suberoso ao qual se dá o nome
             de cortiça madeirenta.
             A excessiva densidade provoca dureza o que excluí a cortiça de
             aplicações onde a elasticidade seja o principal requisito.




09/01/2006                      Ciências dos Materiais                      11
Aplicações da Cortiça




09/01/2006         Ciências dos Materiais   12
FIM
             Trabalho elaborado por:




         •   Sérgio Paulo Lopes da Rocha




                Engenharia de Produção e Manutenção Industrial – 1º Ano




09/01/2006                       Ciências dos Materiais                   13

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Origem e propriedades da cortiça

  • 1. A CORTIÇA 09/01/2006 Ciências dos Materiais 1
  • 2. Origem da Cortiça (Sobreiro) • O sobreiro (Quercus Suber) é uma árvore, que existe há mais de 60 milhões de anos. • O Sobreiro é uma das árvores florestais mais abundantes no nosso país colocando-se em área ocupada (cerca de 20%) a seguir ao Pinheiro. • Este produz tecido suberoso até aos 150 a 200 anos, permitindo normalmente 15 a 18 descortiçamentos e cuja sua idade média em exploração dura 85 anos. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 2
  • 3. Origem da Cortiça (Sobreiro) • Este é constituído por três zonas distintas. Essas zonas são visíveis quando o tronco do sobreiro é cortado transversalmente, como é possível verificar através da figura: Lenho Entrecasco Cortiça 09/01/2006 Ciências dos Materiais 3
  • 4. Tipos e Classes de Cortiça • Normalmente, considera-se dois tipos de Cortiça: a Cortiça Virgem e a Cortiça de Reprodução. Por sua vez, distinguem-se duas classes de Cortiça de Reprodução: a Cortiça Secundeira e a Cortiça Amadia. A Cortiça Virgem é obtida no primeiro descortiçamento de sobreiros c/ 25 anos de idade. A Cortiça Secundeira é a primeira cortiça de reprodução, ou seja, é a cortiça extraída nove anos após o primeiro descortiçamento. A Cortiça Amadia é extraída nos descortiçamentos posteriores (9 em 9 anos). 09/01/2006 Ciências dos Materiais 4
  • 5. Estrutura Celular da Cortiça • A cortiça deve ser considerada como um “material compósito”, com afinidade, devido à estrutura molecular dos seus constituintes, com os polímeros. • Este material é formado por microcélulas mortas, apresentando normalemente uma forma poliédrica de catorze lados, dispostas de forma compacta, estando os espaços intercelulares totalmente preenchidos com uma mistura gasosa quase idêntica à do ar. • A célula de cortiça apresenta uma quantidade mínima de material sólido e uma quantidade máxima de matéria gasosa, essencialmente formada por ar atmosférico isento de CO2. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 5
  • 6. Composição Química A cortiça pode ser quimicamente dividida em seis grupos: • Ceroides são um grupo de compostos de baixa polaridade responsáveis pela impermeabilidade da cortiça. • Taninos são compostos polifenólicos que podem ser extraídos com solventes polares. • Suberina é o componente da cortiça que aparece em maior percentagem, é constituída por uma mistura de ácidos gordos de peso molecular elevado, obtidos por saponificação e posterior extracção com solventes polares. A presença da suberina, torna as células impermeáveis aos líquidos e a gases. A grande flexibilidade das suas membranas, imprimem ao tecido suberoso outras propriedades: a compressibilidade e a elasticidade. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 6
  • 7. Composição Química • Polisacáridos constitui cerca de 12% da cortiça, sendo formada, essencialmente por celulose. • Lenhina é um poliéster complexo de massa molecular elevada, este composto dificilmente é hidrolisável, e a sua estrutura é ainda deficientemente conhecida. • Cinzas e outros nas cinzas da cortiça identificou-se os seguintes metais: cálcio, potássio, manganês, ferro, alumínio, magnésio, sódio, bário, estrôncio, cobre, lítio, crómio e titânio, sendo o cálcio e o potássio os elementos que se encontram em maior quantidade. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 7
  • 8. Propriedades Mecâncias e Físicas As propriedades da cortiça decorrem naturalmente da sua estrutura e da composição química das membranas celulares. Na estrutura alveolar da cortiça, cada cm3 contém entre 30 e 42 milhões de células. As principais propriedades são: • Resistência ao Desgaste, esta origina um pó muito fino em que as partículas mais pequenas contém apenas algumas dezenas de células. Estas partículas tais como em todos os sólidos que sofrem desgaste, são resultantes de fracturas junto à superfície, sendo a cortiça um dos materiais mais resistentes. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 8
  • 9. Propriedades Mecâncias e Físicas • Elasticidade a grande flexibilidade das membradas celulares confere á cortiça compressibilidade e elasticidade, i.é, o poder de readquirir a forma primitiva depois de ter sofrido uma pressão. • Impermeabilidade a presença da suberina confere ao tecido suberoso impermeabilidade, tanto aos gases como aos líquidos, permitindo que a cortiça não apodreça, e seja considerada o melhor vedante que existe. • Condutibilidade Térmica a cortiça tem como característica uma má condutibilidade do ponto de vista, quer térmico, quer acústico e vibratório, Daí que entre todas as substâncias naturais figure nas que se apresentam dotadas de maior poder isolante. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 9
  • 10. Defeitos da Cortiça • Porosidade excessiva atendendo a que uma das grandes particularidades da cortiça é a sua permeabilidade ao ar, dependendo esta, não da estrutura alveolar das células mas sim dos poros existentes no tecido suberoso denominados por lentículas, sendo estas responsáveis pela porosidade. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 10
  • 11. Defeitos da Cortiça • Densidade a do tecido suberoso é normalmente muito baixa, a ela se devendo a bem patente flutuabilidade e leveza da cortiça. A densidade anormal provém, quer da largura dos raios liberinos que formam paredes muito espessas, originando a cortiça preguenta, quer da presença de esclerênquima e de tecidos liberinos e felodérmicos no tecido suberoso ao qual se dá o nome de cortiça madeirenta. A excessiva densidade provoca dureza o que excluí a cortiça de aplicações onde a elasticidade seja o principal requisito. 09/01/2006 Ciências dos Materiais 11
  • 12. Aplicações da Cortiça 09/01/2006 Ciências dos Materiais 12
  • 13. FIM Trabalho elaborado por: • Sérgio Paulo Lopes da Rocha Engenharia de Produção e Manutenção Industrial – 1º Ano 09/01/2006 Ciências dos Materiais 13