1. Avaliações Bimestrais - – 6º ao 9º ano – 1
_______________________________________________AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3º BIMESTRE
Escola:
Aluno:
Prof.(a)
Ano/ Turma:
7º ano
03. O poeta mostra que apesar dos medos e
frustrações, Clara tinha razões para ser feliz
porque
(A) passeava no jardim pela manhã.
(B) tinha bonde para passear.
(C) gostava de receber cartas.
(D) vivia num mundo tranquilo.
Lembranças do mundo antigo
Galochas
Carlos Drummond de Andrade
Fernando Sabino
Clara passeava no jardim com as crianças.
O céu era verde sobre o gramado,
a água era dourada sob as pontes,
outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
o guarda-civil sorria, passavam bicicletas,
a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era
tranquilo em redor de Clara.
E como ontem estivesse chovendo, tive a
infeliz ideia, ao sair à rua, de calçar um velho par de
galochas. Já me desacostumara delas, e me sentia a
carregar nos pés algo pesado, viscoso e
desagradável, dando patadas no chão como um
escafandrista de asfalto. Ainda assim, não deixavam
de ser, em tempos de chuva, a única proteção efetiva
para o sapato.
As crianças olhavam para o céu: não era proibido.
A boca, o nariz, os olhos estavam abertos.
Não havia perigo.
[…]
Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor,
os insetos.
Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas,
esperava cartas que custavam a chegar,
nem sempre podia usar vestido novo.
Mas passeava
no jardim pela manhã !!!
Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!
Sentimento do mundo (1935-1940). Em:Nova reunião: 19 livros
de poesia. 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987, p.84.
01. No trecho “Mas passeava no jardim, pela
manhã!!!”. A pontuação usada no texto indica
(A) ênfase.
(B) declaração.
(C) descrição.
(D) afirmação.
“As crianças olhavam para o céu: não era
proibido.”
02. Nesse verso do poema, o autor nos passa a
ideia de que hoje é proibido olhar para o céu
porque
(A) enxergamos muito pouco.
(B) o guarda-civil não permite.
(C) falta a liberdade de antes.
(D) o céu está bem mais distante.
“É que não se usa galochas a mais de vinte
anos”, advertia-me uma irônica voz interior.
Desconsolado, parei e olhei em volta. Naquela festa
de sol, em plena Esplanada do Castelo, quem é que
iris estar de galochas, além de mim? Vi passar ao
meu lado os sapatos brancos de um homem
pernosticamente vestido de brando. Nem tanto ao
mar, Nem tanto à terra, pensei. Saíra depois da
chuva, certamente. Veio-me a desagradável
impressão de que todo mundo reparava nas minhas
galochas.
[...]
No restaurante, onde entrei arrastando os
cascos como um dromedário, resolvi me ver livre das
galochas. Depois de acomodar-me, descalcei-as,
procurando não chamar a atenção dos outros
fregueses, deixei-as debaixo da mesa.
Quadrante 2. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1963, p. 236-238.
04.”...Já me desacostumara delas, e me sentia a
carregar nos pés algo pesado, viscoso e
desagradável”. A palavra destacada pode ser
substituída por
(A) áspero.
(B) pegajoso.
(C) seco.
(D) sólido.
05.“No restaurante, onde entrei arrastando os
cascos como um dromedário,...”. O termo
destacado indica
(A) adição.
(B) condição.
(C) oposição.
(D) comparação.
2. Avaliações Bimestrais - – 6º ao 9º ano – 1
_______________________________________________06. No texto, um trecho que indica tempo é
(A) “... e me sentia a carregar nos pés...”.
(B) “... dando patadas no chão...”.
(C) “...onde entrei arrastando os cascos...”.
(D) “ Depois de acomodar-me, descalcei-as, ...”.
“Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.”
07. A frase que expressa o significado desse
provérbio é
(A) Os extremos se tocam.
(B) Os extremos se repelem.
(C) Nada de exageros.
(D) Cada coisa no seu tempo.
08. “Vi passar ao meu lado os sapatos brancos
de um homem...”. A expressão destacada é uma
sequência
(A) descritiva.
(B) narrativa.
(C) expositiva.
(D) injuntiva.
Coisas antigas
Rubem Braga
Depois de cumprir meus afazeres voltei
para casa, pendurei o meu guarda-chuva a um
canto e me pus a contemplá-lo. Senti então uma
certa simpatia por ele; meu velho rancor contra o
guarda-chuva cedeu lugar a um estranho carinho, e
eu mesmo fiquei curioso de saber qual a origem
desse carinho.
Pensando bem, ele talvez derive do fato,
creio que já notado por outras pessoas, de ser o
guarda-chuva o objeto do mundo mais infenso a
mudanças. Sou apenas um quarentão, e
praticamente nenhum objeto de minha infância
existe mais em sua forma primitiva. De máquinas
como telefone, automóvel, etc., nem é bom falar.
Mil pequenos objetos de uso mudaram de forma,
de cor, de material; em alguns casos, é verdade,
para melhor; mas mudaram.
[...]
200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 1979, p. 217 –
219. (Crônica publicada em jornal em 1957.
10. O assunto do texto é
(A) o valor dos objetos de infância.
(B) o carinho que sentimos por coisas antigas.
(C) as mudanças dos objetos ao longo do tempo.
(D) a idade que passa no decorrer dos anos.
11. Um trecho do texto que indica uma opinião do
narrador é
(A) “... mil pequenos objetos de uso mudaram de
forma...”.
(B) “... senti então uma certa simpatia por ele...”.
(C) “... fiquei curioso de saber qual a origem desse
carinho...”.
(D) “... de máquinas como telefone, automóvel,
etc...”.
09. Esse texto é
(A) um convite.
(B) um bilhete.
(C) uma carta.
(D) uma crônica.
12. Esse texto tem por finalidade
(A) instruir.
(B) divulgar.
(C) relatar.
(D) informar.
3. Avaliações Bimestrais - – 6º ao 9º ano – 1
_______________________________________________Maravilha
Luis Fernando Veríssimo
Breve estaremos todos fazendo listas. Não
apenas dos melhores ou piores do século, mas dos
destaques do milênio. Comecei a pensar no assunto
com alguma antecedência para, ao contrário dos
fabricantes de computadores, não ser surpreendido
com a chegada do ano 2000 e já estou com as
minhas listas quase prontas, só faltando uma
pequena decisão entre Madame Curie e Patrícia
Pillar. E depois de muito pensar cheguei à conclusão
que a maior invenção do homem neste século, talvez
neste milênio, é a escada rolante.
Não usei apenas os critérios subjetivos de
um preguiçoso. Meu raciocínio foi o seguinte: se
fosse possível trazer uma comissão de pessoas da
antiguidade para lhes mostrar o mundo hoje, e se
elas pudessem levar apenas uma coisa desta época
para a sua o que escolheriam? Aposto que seria a
escada rolante. Nada os impressionaria mais do que
a escada rolante. Nada lhes pareceria mais prático e
revolucionário.
Ficariam, claro, de boca aberta com o
automóvel e o avião, mas o automóvel seria apenas
um aperfeiçoamento de uma conveniência que eles
já tinham, só que com os cavalos do lado de fora, e
para apreciar as vantagens da viagem de avião eles
teriam que adaptar a sua experiência de tempo e
distância de uma forma radical demais. [...]
15. Nesse trecho, o termo em destaque (lhes) se
refere a palavra
(A) critérios.
(B) subjetivos.
(C) apenas.
(D) pessoas.
16. As palavra destacadas no trecho (lhes e elas)
são
(A) verbos.
(B) pronomes.
(C) substantivos.
(D) conjunções.
Jornal do Brasil, 1º caderno, Rio de Janeiro, 29 Nov.
1998, p.9
13. Na expressão “... de boca aberta com o
automóvel...”. O termo destacado é marca de
linguagem
(A) científica.
(B) formal.
(C) informal.
(D) regional.
14. No segundo parágrafo os dois pontos indicam
(A) explicação.
(B) enumeração.
(C) citação.
(D) conclusão.
Não usei apenas os critérios subjetivos de
um preguiçoso. Meu raciocínio foi o seguinte: se
fosse possível trazer uma comissão de pessoas da
antiguidade para lhes mostrar o mundo hoje, e se
elas pudessem levar apenas uma coisa desta
época para a sua o que escolheriam? [...]
17. Nesse texto, a autora expressa
(A) um desejo.
(B) uma previsão.
(C) uma suposição.
(D) uma profecia.
18. Esse texto é
(A) um conto
(B) uma oração
(C) uma fábula.
(D) um poema.
4. Avaliações Bimestrais - – 6º ao 9º ano – 1
_______________________________________________19. Os textos I e II tratam sobre
(A) adoção de crianças.
(B) crianças abandonadas.
(C) crianças traficadas.
(D) obesidade em crianças.
20. “Poucas simbolizavam tão bem a infância
abandonada do país quanto um cilindro oco...” A
palavra em destaque indica
(A) causa.
(B) comparação.
(C) intensidade.
(D) modo.
Jornal do Brasil, 1º caderno, Rio de janeiro, 30 jul. 2001, p. 16.
[…]
(Armando Antenore)