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CADERNO DE ATIVIDADES PARA PROFESSORES DE QUÍMICA NA EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS.
1
APRESENTAÇÃO
Este caderno de atividades consiste em um material didático para a modalidade
Educação de Jovens e Adultos (EJA), que os professores de Química podem lançar mão para
dinamizar as aulas, motivar os alunos e socializar os conhecimentos científicos de forma
lúdica e significativa. Ele foi criado a partir de um estudo sobre a concepção dos docentes a
respeito do currículo de Química para EJA, realizado no curso de Mestrado Profissional em
Ensino de Ciências do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio de Janeiro
(IFRJ).
O primeiro capítulo é constituído por cinco propostas de atividades gerais – júri
simulado, investigação, visitação, peça teatral, ciclo de narrativa –, que visam a despertar nos
alunos o interesse pela ciência. Além disso, busca desenvolver nos educandos atitudes
relacionadas à participação ativa na sociedade como, por exemplo, desenvolver o senso crítico
e avaliar as implicações das tecnologias da ciência na sociedade.
O segundo capítulo possui quatro propostas de experimentos de fácil realização,
utilizando materiais caseiros e que podem ser desenvolvidos dentro da sala de aula. Essas
práticas experimentais utilizam instrumentos de medida caseiros e, portanto, propõem-se a
abordar apenas os aspectos qualitativos. Ou seja, proporcionar aos discentes a visualização
dos fenômenos.
Esperamos que essas atividades sejam úteis aos professores e suscitem o desejo de
transformar as aulas de Química em encontros semanais agradáveis, nos quais serão
discutidos além dos conceitos científicos, a vida, os fenômenos naturais, as tecnologias e a
sociedade. Para tal, ouse da criatividade e esteja livre para modificar as propostas e vá além:
elabore novas atividades para o querido público EJA.
2
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1.......................................................................................................................................... 3
ATIVIDADES GERAIS ......................................................................................................................... 3
1.1. JÚRI SIMULADO ......................................................................................................................... 4
1.2. AULA DE CAMPO........................................................................................................................ 6
1.3. PEÇA TEATRAL........................................................................................................................... 8
1.4. INVESTIGAÇÃO ........................................................................................................................ 11
1.5. CICLO DE NARRATIVAS......................................................................................................... 13
CAPÍTULO 2........................................................................................................................................ 15
EXPERIMENTOS ................................................................................................................................ 15
2.1. DENSIDADE ................................................................................................................................ 16
2.2. CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA ........................................................................................... 18
2.3. INDICADORES ÁCIDO-BASE ................................................................................................. 21
2.4. CORROSÃO................................................................................................................................. 24
3
CAPÍTULO 1
ATIVIDADES GERAIS
4
1.1. JÚRI SIMULADO
TÍTULO
Química: mocinha ou vilã?
INTRODUÇÃO
Os conhecimentos científicos são de suma importância para a formação de cidadãos
críticos. Nessa direção, é necessário que as aulas de Química contemplem os conteúdos
procedimentais e atitudinais (POZO & CRESPO, 2009). Segundo Real & Menezes (2008),
essa atividade pode ser utilizada para promover a reflexão dialogada, o senso crítico, o
respeito às diferenças e tomadas de decisão a partir de uma fundamentação prévia. O objetivo
principal se refere à possibilidade de se aprender a aprender em grupo. Diante dessas
considerações, propõe-se a realização de um júri simulado para julgar o tema „Química: vilã
ou mocinha?‟, pois segundo Oliveira & Soares (2005) este método proporciona uma
aprendizagem lúdica e significativa.
OBJETIVOS
 Desenvolver o senso crítico do educando e seu posicionamento de forma
fundamentada;
 Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe;
 Aprender-aprender com os outros;
 Avaliar os educandos quanto ao grau de argumentação.
CAMPO DE APLICAÇÃO
O trabalho pode ser desenvolvido em turmas da 1ª fase do ensino médio, modalidade
EJA, visto que no primeiro bimestre é proposta uma introdução à Química.
DESENVOLVIMENTO DO JÚRI SIMULADO
Divida a turma em 3 grandes grupos. Cada um deles terá uma função específica no júri
simulado: ataque, defesa e júri. O professor desempenhará o papel de juiz, para coordenar as
ações no “tribunal” e dar o veredicto ao final. O réu será o tema „Química: Mocinha ou
vilã?‟. É importante orientar cada grupo de suas atribuições: o ataque é constituído pelo grupo
que promoverá, através de seus argumentos, a ciência Química como vilã e a defesa
5
questionará as colocações destes e assim por diante. Explique aos alunos que eles terão uma
semana para pesquisar e montar o discurso para o fórum (momento de argumentação), que
terá duração de até 15 minutos e mais 5 minutos de réplica ou tréplica caso seja necessário
(esse tempo pode ser modificado a critério de cada professor). O grupo de jurados assistirá
aos argumentos, votará e explicará os critérios utilizados para definir cada voto. O juiz dará o
veredicto diante dos votos e poderá fazer uma conclusão.
Abaixo segue uma proposta estrutural do júri:
Quadro 1.1: Proposta do júri simulado.
Réu:
Química: Mocinha ou vilã?
Acusação Defesa
Espaço para os alunos colocarem seus
nomes
Espaço para os alunos colocarem seus
nomes
Espaço para argumentação Espaço para argumentação
Votos de cada um dos jurados
A B C D E F G H I J
Sentença do juiz
Fonte: Menezes (2008)
Este quadro pode ser preenchido a cada etapa do julgamento.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Auditório, para fugir do espaço cotidiano;
 Cadeiras arrumadas na estrutura de um tribunal de júri;
 Livros didáticos, revistas e outros, para a eventual consulta dos educandos.
CUIDADOS ESPECIAIS
É importante que o professor, no papel de juiz, dê as instruções de como ocorrerá o
julgamento e a necessidade de manter a ordem e o respeito. Essa atividade consiste em uma
6
avaliação, portanto não pode ser desenvolvido de qualquer forma – o júri simulado não é uma
forma de descontração.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento
cotidiano ao conhecimento científico. Porto Alegre: Artmed, 2009.
REAL, L. M. C.; MENEZES, C. S. Júri simulado: possibilidade de construção de
conhecimento a partir de interações em um grupo. Aprendizagem em rede na educação á
distância, Porto Alegre, 2007.
OLIVEIRA, A. S.; SOARES, M. H. F. Júri Químico: Uma atividade Lúdica para discutir
Conceitos Químicos. Química Nova na Escola, n° 2, p.18-24, 2005.
1.2. AULA DE CAMPO
TÍTULO
Conhecendo uma estação de tratamento de água.
INTRODUÇÃO
A aula de campo é considerada uma metodologia eficiente para o envolvimento e a
motivação do educando nas atividades científicas. Esta prática permite a observação dos
fenômenos e dos fatos ao vivo e a cores, com maiores números de informações quando
comparados à aula ministrada na sala de aula. Também, proporciona uma abordagem
contextualizada e interdisciplinar, que favorece uma aprendizagem significativa. Além disso,
(a aula de campo) promove mudanças de valores e comportamentos (SENICIATO &
CAVASSAN, 2004). Com base nesses apontamentos, propõe-se a aula de campo
„Conhecendo uma estação de tratamento de água‟.
OBJETIVOS
 Possibilitar a visitação de uma estação de tratamento de água;
 Promover o entendimento de todos os processos do tratamento, para a obtenção de
água potável;
7
 Relacionar o descaso da sociedade com esse recurso natural e a onerosidade do seu
tratamento.
CAMPO DE APLICAÇÃO
A visitação pode ser realizada com turmas das três fases do ensino médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DA AULA DE CAMPO
Para a visitação da Estação de Tratamento de Água – Guandu é preciso previamente
fazer o agendamento através dos telefones (21) 3759-1022, (21) 3759-1370 ou pelo e-mail
visitaguandu@cedae.com.br (NOVA CEDAE, 2012). Se a estação não disponibilizar ônibus,
uma empresa deve ser contatada para o aluguel de um.
Depois de agendado, antecipadamente a aula de campo, trabalhe com os alunos o tema
água. Discutindo suas propriedades e importância para a vida. Além disso, explique os tipos
de mistura e o critério para separação de sistemas heterogêneos. Esse procedimento permitirá
a apropriação do educando de conceitos fundamentais, necessários para o dia da visitação.
Durante a visitação os alunos deverão estar cientes das suas tarefas: analisar e anotar
os métodos utilizados para a separação de mistura, as substâncias utilizadas, os tipos de
fenômenos envolvidos e o custo do tratamento. Um questionário, tal como o modelo do
Quadro 1.2, poderá ser entregue com antecedência para orientar os discentes.
Após a visitação os alunos apresentarão um seminário, que consistirá em uma das
avaliações continuadas do bimestre.
OBS: Um trabalho interdisciplinar poderá ser proposto, porém é necessário combinar com
outros professores, para juntos sistematizarem uma proposta coerente com esse método
pedagógico.
Quadro 1.2: Modelo de questionário.
MODELO DE QUESTIONÁRIO
1. Qual o principal objetivo de uma estação de tratamento de água do Guandu?
2. A água tratada na estação do Guandu abastece quais regiões do estado do Rio de Janeiro?
3. O tratamento de água é oneroso? Explique.
8
4. Quais rejeitos domésticos são difíceis de ser eliminados no tratamento da água?
5. A água distribuída após o tratamento na ETA - Guandu é pura ou potável? Explique.
6. Descreva cada uma das etapas de tratamento da água: barragem flutuante; desarenadores;
floculação; decantação; cloração; fluoretação; adução e laboratório de controle.
7. Indique que tipo de transformação – física ou química – ocorre em cada uma das etapas da
questão anterior.
8. Quais substâncias químicas são utilizadas no tratamento da água? Dê a fórmula de cada
uma delas e classifique-as como substâncias simples ou composta.
9. Esquematize um fluxograma, que represente as etapas do tratamento de água na estação do
Guandu.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Meio de transporte.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NOVA CEDAE. Visite a ETA Guandu. Disponível em: <http://www.cedae.com.br/>. Acesso
em: 15 jan. 2012.
SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem
em ciências – um estudo com alunos do ensino fundamental. Ciência & Educação, v.1,
p.133-147, 2004.
1.3. PEÇA TEATRAL
TÍTULO
A história da Tabela Periódica.
9
INTRODUÇÃO
As peças teatrais são atividades lúdicas eficientes para a socialização do conhecimento
científico. Elas promovem uma educação para além do espaço formal: a sala de aula. Além
disso, contribui para uma aprendizagem significativa do educando, visto que os conceitos e a
história das ciências são apresentados de forma prazerosa. Diante disso, Silveira et alli (2009)
conclui que o teatro pode possibilitar uma melhor leitura do mundo e diminuir o
analfabetismo científico no país. Perante essa importância, sugere-se a montagem e a
realização de uma peça teatral pelos discentes, cujo título será „A história da Tabela
Periódica‟.
OBJETIVOS
 Promover procedimentos relacionados à interpretação e à comunicação da informação,
através da expressão escrita e oral;
 Compreender os critérios utilizados para a construção da tabela periódica, através da
história da ciência;
 Proporcionar uma aprendizagem significativa do conhecimento científico;
 Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe;
 Aprender-aprender com os outros.
CAMPO DE APLICAÇÃO
A peça poderá ser escrita e apresentada pelos alunos da 1ª e 2ª fase do ensino médio
EJA.
DESENVOLVIMENTO DA PEÇA
Separe a turma em 3 equipes. O primeiro grupo pesquisará na literatura a abordagem
histórica da construção da tabela periódica e juntos escreverão o roteiro da peça, o segundo
ficará responsável pela cenografia e indumentária e o terceiro será o elenco da peça. Para
separar as equipes aproveite as habilidades de cada indivíduo. Certamente o público da EJA
possui alunos que sabem costurar, desenhar, escrever e representar. Proponha também uma
atividade interdisciplinar e convide os professores de Língua Portuguesa e Artes para
participarem.
Explique aos discentes que o trabalho harmônico é fundamental para o sucesso da
atividade, pois cada grupo precisará do outro. Portanto todas as atribuições são importantes.
10
Proponha a apresentação da peça para o final do semestre, a fim de haver tempo
suficiente para realizar um trabalho de qualidade. Para tal, monte um cronograma para a
conclusão de cada etapa, como o quadro a seguir:
Quadro 1.3: Cronograma da peça.
ETAPAS PERÍODO
Entrega do roteiro 1 mês
Correção do roteiro pelos professores e a
sua entrega ao elenco e a equipe cenográfica
1 semana
Apropriação da fala pelo elenco 3 semana
Ensaio da peça 1 mês
Entrega do cenário e das indumentárias 3 meses
Ensaio final Data a combinar
Apresentação na escola Data a combinar
Vale ressaltar a importância de auxiliar os alunos durante todo o processo de modo
que eles possam se sentir seguros e motivados. Quando a peça teatral estiver pronta, exiba
para todas as turmas da escola de modo que o conhecimento científico seja socializado de
forma prazerosa.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Tecidos para costurar as roupas das personagens;
 Materiais para confeccionar o cenário;
 Auditório para os ensaios e exibição da peça.
CUIDADOS ESPECIAIS
Solicite o apoio do colégio para a compra de tecidos e demais materiais.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVEIRA, A. F. et alli. Atividades lúdicas no ensino de ciência: uma adaptação
metodológica através do teatro para comunicar a ciência a todos. Educar, n. 34, p. 251-262,
2009.
11
1.4. INVESTIGAÇÃO
TÍTULO
Utilizamos materiais plásticos em excesso?
INTRODUÇÃO
O crescimento da população e o desenvolvimento industrial além de alavancar o setor
econômico, também vêm trazendo efeitos nocivos ao meio ambiente e à qualidade de vida
humana. A responsabilidade por parte desses malefícios está relacionada à produção e ao
descarte de resíduos sólidos (MARIA, 2003) – entre eles o plástico. Campos & Conto (2002)
acreditam que nessa problemática há o envolvimento de questões comportamentais. Diante
disso, sugere-se aos educandos um trabalho de investigação sobre o uso excessivo de
materiais plásticos no cotidiano. De modo que os estudantes se autoavaliem.
OBJETIVOS
 Diferenciar os tipos de plásticos;
 Avaliar os malefícios do descarte indevido desses materiais.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Esta investigação pode ser realizada nas três fases do ensino médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
Reserve dois tempos de aula no bimestre para a realização de uma pequena oficina
com a turma. Nela, haverá dois momentos específicos: a palestra e a exposição e catalogação
dos diversos tipos de plásticos usados no dia-a-dia. Cada um desses momentos ocorrerá em
lugares distintos – um auditório e outra sala para a exposição dos materiais plásticos.
A palestra poderá ter duração de 40 minutos, a fim de explicar a origem do plástico, as
suas utilidades, os problemas decorrentes do seu manejo e os seus tipos – explicitando suas
respectivas propriedades, classificação e símbolos.
Logo em seguida, os alunos serão levados à sala da exposição, onde farão a
catalogação dos tipos de plásticos, utilizando uma ficha que deverá ser entregue ao professor
(Quadro 1.4). Neste ambiente deverá ter o maior número de objetos plásticos possíveis para o
12
desenvolvimento da atividade. Vale a pena ressaltar que a seleção dos tipos de plásticos para a
atividade e arrumação da sala deverá ser feita com antecedência.
Quadro 1.4: Modelo da ficha para catalogação
Tipos de Plástico Símbolo Objetos relacionados Características
PET
Polietileno Tereftalato
PEAD
Polietileno de alta densidade
PVC
Policloreto de vinila
PEBD
Polietileno de baixa densidade
PP
Polipropileno
PS
Poliestireno
OUTROS
Outros tipos de plástico
No final da aula divida a turma em grupos e peça que fotografem, no bairro onde
moram, situações que contemplem o manejo inadequado do lixo plástico, revelem as fotos e
façam uma exposição no colégio para apreciação dos demais alunos.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Sala para a catalogação e exposição;
 Diversidades de objetos plásticos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, A.C.A.; SATTLER, M.A.; CONTO, S.M. Resíduos sólidos domésticos: educação
ambiental e condições de manejo pelos estudantes de Feira de Santana – BA. Sitientibus,
Feira de Santana, n. 26, p. 31-48, 2002.
13
MARIA, L. C. S. et alli. Coleta Seletiva e Separação de Plásticos. Química Nova na Escola,
n° 17, p. 32-35, 2003.
1.5. CICLO DE NARRATIVAS
TÍTULO
Acidentes radioativos
INTRODUÇÃO
A narrativa consiste em uma atividade capaz de desenvolver o pensamento reflexivo
do educando e a construção dos saberes pessoais. Esse método permite ao professor trabalhar
três tipos de conteúdos com seus alunos: procedimentais, atitudinais e conceituais (PAVÃO &
FREITAS, 2008).
OBJETIVOS
 Desenvolver o pensamento reflexivo e atitudes críticas frente aos problemas
apresentados pelo desenvolvimento da ciência;
 Promover procedimentos relacionados à interpretação e à comunicação da informação,
através da expressão escrita e oral.
 Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe;
 Aprender-aprender com os outros.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Esta atividade pode ser desenvolvida na 1ª e 3ª fases do ensino médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DA NARRATIVA
Explique aos educandos como funciona uma atividade narrativa. Se possível programe
uma aula utilizando esse método, a fim de que eles possam ter um referencial. Vale a pena
ressaltar, que existem várias maneiras de desenvolver esta atividade. Porém, mediante as
características peculiares da EJA, propõe-se que para a sua sistematização sejam consideradas
as seguintes etapas:
1. Pesquisar o tema na literatura;
14
2. Separar fotos ou ilustrações que permitam uma visualização sequencial do fato;
3. Organizar as fotos por ordem de acontecimento e, a partir disso, escrever um texto
narrativo;
4. Montar a apresentação em para exibir em „data show‟.
5. Durante a apresentação, o fato será narrado de acordo com a ordem de acontecimentos.
Depois de explicar como será desenvolvida a atividade, separe a turma em pequenos
grupos e distribua os fatos a serem narrados:
 Bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki;
 Acidente nuclear em Chernobyl;
 Acidente radiológico em Goiânia: caso Césio-137;
 Vazamento nuclear de Fukushima.
Combine o dia da apresentação e explique que cada grupo terá entre 10 a 15 minutos
para desenvolver a narrativa.
Ao final, promova um debate de modo que os alunos reflitam a cerca das implicações
do uso da radioatividade na natureza e na vida.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Auditório;
 Data show;
 Notebook.
CUDADOS ESPECIAIS
O professor deve explicar detalhadamente o que é uma narrativa e como ela será
desenvolvida, caso contrário a atividade pode não atingir o objetivo. Para o sucesso dessa
metodologia proponha uma parceria com os professores de Língua Portuguesa.
REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA
PAVÃO, A. C.; FREITAS, D. Quanta Ciência há no Ensino de Ciências. São Carlos:
EdUFSCar, 2008.
15
CAPÍTULO 2
EXPERIMENTOS
16
2.1. DENSIDADE
TÍTULO
Densidade dos líquidos.
INTRODUÇÃO
Os conceitos químicos muitas vezes são apresentados aos alunos de forma
fragmentada e descontextualizada. Isso pode suscitar o desinteresse do educando pela ciência
e comprometer o processo de aprendizagem. Segundo Rossi et alli (2008), essa postura ocorre
na ministração de vários temas, inclusive ao discutir a densidade dos materiais. O autor
explica que os professores lançam mão de uma abordagem excessivamente matemática,
enquanto poderiam também resgatar os fenômenos, a partir de fatos concretos ocorrentes no
cotidiano do aluno. Diante dessa necessidade, propõe-se uma atividade experimental com
materiais caseiros, envolvendo a densidade de líquidos.
OBJETIVOS
 Desenvolver a capacidade de raciocínio;
 Usar os conhecimentos científicos como meio de investigação e interpretação dos
fenômenos da natureza;
 Compreender os fenômenos envolvendo densidade de líquidos.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Esse experimento pode ser desenvolvido com a 1ª fase do ensino médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL
Escreva um roteiro do experimento, como o apresentado no Quadro 2.1, para os alunos
realizarem a atividade experimental.
Para essa atividade, procure utilizar materiais caseiros e busque fenômenos presentes
no cotidiano do educando, como por exemplo, a mistura de sal, água, azeite e vinagre.
Elabore também um questionário para desenvolver as habilidades cognitivas dos
discentes.
Prepare a aula prática com antecedência. Caso não tenha laboratório na escola, o
primeiro passo é verificar a sala que o experimento poderá ser realizado. Avalie alguns
17
aspectos da sala tais como a ventilação, a proximidade de uma pia, banheiros e mesas para
utilizar como bancadas. Providencie os materiais. Chegue cedo e arrume a sala para receber
os educandos.
Considerando que há disponibilidade de dois tempos (50 minutos cada), reserve 15
minutos para explicar os conceitos básicos, 50 minutos para os alunos realizarem o
experimento, 20 minutos para eles responderem o questionário e 15 minutos para esclarecer
as possíveis dúvidas.
Divida a turma em pequenos grupos para a realização do experimento.
Solicite aos alunos que façam anotações durante a experimentação, para ajudá-los a
responder as questões propostas.
Quadro 2.1: Modelo de roteiro experimental envolvendo densidade
Título: Densidade dos líquidos
Material utilizado
Dois copos de vidro alto e uma colher de chá.
Reagentes
Água, álcool etílico, óleo de cozinha e tinta guache azul.
Procedimentos
Adicione o corante azul na água e o dissolva. Adicione a água no copo, até completar um
terço do seu volume. Transfira o óleo, com o copo levemente inclinado, até completar dois
terços do seu volume. Em seguida, adicione levemente e cuidadosamente o álcool etílico.
Repita no outro copo o mesmo procedimento, mas utilize apenas a água e o álcool. Coloque o
álcool sobre a água levemente e com muito cuidado para eles não se misturarem. Anote o que
foi observado em cada um dos procedimentos.
Questionário
1. Desenhe o resultado obtido no primeiro experimento e no segundo experimentos.
2. Qual dos três líquidos é menos denso? Explique.
3. Qual dos três líquidos é mais denso? Explique.
4. Pesquise no livro ou na internet o valor de densidade de cada um dos líquidos utilizados.
5. Faça um relatório do experimento e entregue a professor.
Nota: A elaboração desse roteiro foi baseada nos procedimentos adotados por Mateus (2001).
18
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Reagentes e materiais para a realização da prática;
 Laboratório ou sala improvisada;
 Roteiro;
 Livros para consulta dos educandos.
CUIDADOS ESPECIAIS
Teste o experimento antes de realizar com os alunos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ROSSI, A. V. et alli. Reflexões sobre o que se Ensina e o que se Aprende sobre Densidade a
partir da Escolarização. Química Nova na Escola, n° 30, p.55-60, 2008.
MATEUS, A. L. Química na Cabeça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
2.2. CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA
TÍTULO
Teste de condutibilidade das substâncias.
INTRODUÇÃO
Segundo Alegre (2012), a realização do teste de condutibilidade das soluções é uma
oportunidade do educador trabalhar conceitos envolvendo corrente elétrica de forma
interdisciplinar, visto que envolve as disciplinas Física e Química. Além disso, a autora
explica que essas atividades despertam o interesse do educando e contribui para a
aprendizagem significativa.
OBJETIVOS
 Desenvolver atitudes investigativas;
 Sedimentar os conceitos relacionados às propriedades específicas das substâncias
iônicas, moleculares e metálicas;
 Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe.
19
CAMPO DE APLICAÇÃO
A atividade experimental teste de condutibilidade pode ser desenvolvida em turmas da
1° e 2º fases do ensino médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL
Escreva um roteiro para guiar os alunos na atividade prática e também um
questionário. Veja um exemplo no Quadro 2.2.
Quadro 2.2: Modelo de roteiro do experimento condutibilidade das substâncias.
Título: Condutibilidade das soluções
Material utilizado
Copinhos de vidro, colher de café, multímetro e/ou circuito aberto.
Reagentes
Sal de cozinha, açúcar, amônia, sulfato de cobre, vinagre, soda cáustica e ácido muriático.
Procedimentos
Reserve quatro copinhos de vidro e adicione a cada um deles, respectivamente, uma colher de
chá de sal de cozinha, açúcar, sulfato de cobre e soda cáustica. Adicione água até a metade de
cada copinho e dissolva os solutos. Aos outros três copos adicione respectivamente amônia,
vinagre e ácido muriático.
Em seguida, faça o teste de condutibilidade em cada uma das soluções e anote o que foi
observado.
Questionário
1. Preencha o quadro:
Soluções Tipo de substância
(iônica ou covalente)
Condutibilidade
(eletrolítica ou não eletrolítica
Sal de cozinha
Açúcar
Sulfato de cobre
Soda cáustica
Amônia
Vinagre
Sal de cozinha
20
2. Quais substâncias conduziram corrente elétrica?
3. Houve alguma solução que conduziu pouca corrente elétrica?
4. Alguma solução não conduziu corrente elétrica?
5. Por que algumas são boas condutoras de corrente elétrica e outras não?
6. O corpo humano conduz corrente elétrica? Por quê?
Para esta atividade experimental será necessário utilizar um aparato para testar a
condutibilidade das soluções. O ideal é utilizar um multímetro, que pode ser encontrado em
lojas de artigos elétricos e eletrônicos. Se não tiver disponibilidade desse equipamento para o
uso dos alunos, construa circuitos abertos. Para fazê-los, considere as orientações do
Laboratório do Dino (2012).
E com base nas descrições do roteiro, separe os materiais que serão utilizados e
arrume-os em bancadas. Caso não tenha laboratório na escola, adapte uma sala de aula que
esteja disponível no dia. No lugar das bancadas, podem ser utilizadas mesas escolares. Nesse
momento, o importante é usar a criatividade e não deixar de fazer atividades experimentais.
Quanto à organização da aula, se o dispuser de dois tempos (50 minutos cada),
reserve 20 minutos para explicar a condutibilidade de cada tipo de substância, 50 minutos
para os alunos realizarem o experimento, 20 minutos para eles responderem o questionário e
10 minutos para esclarecerem as possíveis dúvidas.
Divida a turma em grupos de acordo com o número de multímetros e/ou circuitos
abertos disponíveis. Caso só tenha um exemplar, ordene os grupos para fazer os testes.
Distribua os roteiros para os educandos e explique detalhadamente cada um dos
procedimentos. Essa etapa é muito importante, para que os alunos realizem a atividade com
êxito e segurança.
Durante o experimento, peça aos discentes para anotarem os fenômenos observados,
para posteriormente serem discutidos. Solicite também que respondam o questionário.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Laboratório, sala de ciências ou sala de aula;
 Materiais caseiros para o experimento;
 Multímetro;
 Livros didáticos, revistas e outros, para a eventual consulta dos educandos.
21
CUIDADOS ESPECIAIS
Segundo Francisco (2009), o circuito aberto não é capaz de detectar a passagem de
corrente elétrica em soluções com baixa condutibilidade, portanto o ideal é utilizar o
multímetro. Caso utilize o circuito aberto, explique aos alunos as limitações desse
equipamento. Além disso, teste o experimento antes de realizá-los com os alunos e evite
surpresas negativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEGRE, D. C. M. et alli. Proposta de experimento sobre conceito de condutibilidade
para o ensino médio. Disponível em: <http://periodicos.uems.br/novo/index.php/egrad/article
/down load/996/816>. Acesso em: 24 de jul. 2012.
FRANCISCO, P. F M. Como o Conceito de Condutividade é Abordado nos Livros
Didáticos de Química. Trabalho de Conclusão de Curso. Dourados: Universidade Estadual
de Mato Grosso do Sul, 2009.
LABORATÓRIO DO DINO. 2012. Dica de Química – Eletrólitos – Oficina do Estudante
– Curso e Colégio. [online]. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=r3dW6uzpG
D0>. Acesso em: 25 jul. 2012.
2.3. INDICADORES ÁCIDO-BASE
TÍTULO
Teste de acidez e basicidade de substâncias caseiras.
INTRODUÇÃO
Segundo Dias (2003), a utilização de atividades experimentais envolvendo o tema
indicador, desperta o interesse do aluno pela disciplina Química, além de motivá-lo. As aulas
práticas também permitem abordagens e discussões de conteúdos das ciências e a sua
contextualização com os fenômenos que ocorrem no dia-a-dia.
OBJETIVO
 Desenvolver atitudes investigativas;
22
 Sedimentar os conceitos relacionados às propriedades específicas dos ácidos e das
bases na presença de indicadores;
 Favorecer o trabalho em equipe.
CAMPO DE APLICAÇÃO
O experimento „indicadores ácido-base‟ pode ser desenvolvido na 1ª e 2ª fases do
ensino médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL
Elabore um roteiro para conduzir os alunos quanto aos procedimentos na atividade
experimental. O Quadro 2.3 apresenta um modelo. Utilize-o como exemplo caso seja
necessário.
Separe com antecedência o material para a atividade. Caso não exista laboratório, a
prática pode ser realizada em sala de aula, optando por substâncias caseiras e não nocivas à
saúde do educando.
Reserve um tempo de aula (50 minutos) para a experimentação.
Prepare a sala para receber os alunos: utilize as mesas como bancada e disponha em
cada uma deles os materiais do experimento.
É extremamente importante conversar com os discentes antes da atividade
experimental, explique o roteiro detalhadamente.
Também disponha um tempo para discutir a postura adequada de uma pessoa no
laboratório. As questões de segurança devem ser bem explicadas para evitar brincadeiras e
acidentes.
Em seguida, divida a turma em pequenos grupos de acordo com o espaço e o material
disponível para a experimentação. É importante que os alunos coloquem a “mão na massa”.
Por fim, diante das observações experimentais, peça aos alunos que respondam o
questionário. Ao final, reforce alguns itens que passaram despercebidos.
Quadro 2.3: Modelo de roteiro do experimento indicadores ácido-base
Título: Indicadores ácido-base
Indicadores são substâncias utilizadas para identificar a acidez ou a basicidade de uma
amostra, através da mudança de cor. Existem indicadores naturais e sintéticos. A Fenolftaleína
23
é um indicador sintético e as antocianas, presentes em flores com tonalidades roxas,
indicadores naturais.
Material utilizado:
Copo descartável, colher, pires, copinho de vidro, pano multiuso.
Reagentes:
Fenolftaleína, extrato da flor boca de lobo (Antirrhinum majus), refrigerante de limão,
vinagre, água sanitária, amônia, detergente, caldo de limão e água com sabão.
Procedimento:
1. Reserve 7 copinhos descartáveis e adicione em cada um deles, respectivamente, pequenas
amostras de refrigerante, vinagre, caldo de limão, água sanitária, amônia, água de sabão e
detergente;
2. Adicione gotas de fenolftaleína em cada uma das amostras, observe a mudança de cor e
faça as anotações;
3. Misture a solução de vinagre e água sanitária. Observe e faça anotações.
4. Repita o procedimento 1 e adicione gotas de extrato de flor boca de lobo (Antirrhinum
majus) em cada amostra, observe a mudança de cor e faça anotações;
5. Responda o questionário e entregue ao professor.
Anote a cor observada ao adicionar os indicadores em cada uma das amostras.
AMOSTRAS INDICADORES
Fenolftaleína Flor boca de lobo
Refrigerante
Vinagre
Caldo de limão
Água sanitária
Água com sabão
Detergente
Amônia
Indicador Meio ácido Meio básico
Fenolftaleína Incolor Vermelho
Antociana Vermelho Verde ou azul
24
Questionário:
1) Quais substâncias são ácidas? E básicas?
2) Existe alguma amostra neutra? Explique.
3) O que é observado ao misturar a solução de vinagre à água sanitária? Explique.
4) Qual a coloração do extrato de flor roxa em meio ácido e básico? Que substância é
responsável por essa mudança de cor?
Nota: A elaboração desse roteiro foi baseada nos procedimentos adotados por Hess (1997).
Observação: Para preparar o extrato da flor Boca de Lobo, macere as pétalas de algumas
flores (pegue aquelas que já caíram), adicione um pouco de água e aqueça para melhor extrair
as antocianas. Em seguida, filtre com papel de filtro e guarde na geladeira até o momento de
usá-lo.
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Laboratório, sala de ciências ou sala de aula;
 Materiais e reagentes caseiros para o experimento;
 Livros didáticos, revistas e outros, para a eventual consulta dos educandos.
CUIDADOS ESPECIAIS
Teste o experimento antes de realizá-los com os alunos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DIA, M. V. et alli. Corantes naturais: extração e emprego como indicadores de pH. Química
Nova na Escola, nº 17, p. 27-31, 2003.
HESS, S. Experimentos de Química com materiais domésticos. São Paulo: Moderna, 1997.
2.4. CORROSÃO
TÍTULO
Corrosão de alguns metais.
25
INTRODUÇÃO
O processo de corrosão é muito presente no cotidiano do aluno. Basta ele observar, por
exemplo, o portão de ferro de uma casa. Com o tempo, se ele não estiver protegido, a sua
superfície começa a ganhar uma cor castanha. Essa transformação química é chamada de
oxidação e ocorre quando o metal está em contato direto com um eletrólito (SOUZA, 2007).
A proposição desta atividade experimental, com materiais caseiros, visa a possibilitar a
interpretação do fenômeno de corrosão pelos discentes da EJA.
OBJETIVOS
 Identificar a corrosão de metais em diversos meios;
 Desenvolver atitudes investigativas;
 Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe.
CAMPO DE APLICAÇÃO
Esta atividade experimental pode ser realizada em turmas da 2ª e 3ª fases do ensino
médio EJA.
DESENVOLVIMENTO DO EXPERIMENTO
Escreva previamente o roteiro do experimento com base no modelo apresentado no
Quadro 2.4.
Vale a pena ressaltar, que a prática será realizada em uma aula, mas a inspeção do
fenômeno ocorrido nos materiais metálicos será periódica, ao longo de quatro semanas. Esse
procedimento, segundo Souza (2007) torna o fenômeno de corrosão mais perceptível para o
aluno.
De posse dessas considerações, divida a turma em pequenos grupos de modo que eles
possam participar ativamente da atividade e possam apreciar o fenômeno com maior
qualidade.
Na primeira semana reserve um tempo de aula (50 minutos) para a atividade
experimental. Nas duas semanas seguintes, disponha 20 minutos para os discentes
inspecionarem a evolução do processo corrosivo. E na quarta semana, disponibilize dois
tempos de aula (1h40min.) para os discentes avaliarem as transformações ocorridas, façam
comparações, respondam o questionário e elaborem um relatório.
26
Solicite aos educandos que façam anotações dos fenômenos observados. Este
procedimento será essencial para a última semana.
Quadro 2.4 – Modelo de roteiro do experimento corrosão de metais.
Título: Corrosão de metais
Material utilizado
Papel indicador universal, 8 caixinhas de plástico com tampa.
Reagentes
Limpa forno, limpa vidro, limpeza geral (Veja com cloro ativo), ácido muriático, água, palha
de aço, fio de cobre e pequeno pedaço de ferro.
Procedimentos
Reserve 4 caixinhas para colocar amostras de cobre e as outras 4 para amostras de ferro.
Limpe os metais com palha de aço e lave-os com ácido muriático e água. Para as amostras de
cobre, coloque respectivamente em cada uma das caixinhas pedaços de algodão embebidos
em água, limpa forno, limpa vidro e limpeza geral. Ponha as amostras de cobre em cada uma
deles, tampe. Faça o mesmo procedimento para as amostras de ferro. Guarde as caixinhas em
lugar seguro e a temperatura ambiente. Não se esqueça de especificar em cada caixinha o
metal e o meio utilizado (água, limpa forno, limpa vidro e limpa forno). Determine o pH dos
meios para possíveis discussões. Observe as mudanças ocorridas a cada semana. Ao final de 4
semanas responda o questionário, faça um relatório do experimento e entregue ao professor.
Questionário
1. Classifique cada um dos meios em ácido ou básico.
2. O que ocorreu com as amostras de ferro ao estar em contato com o meio ácido? E com
meio básico?
3. O que foi observado com as amostras de cobre?
4. Qual foi o fenômeno observado com as amostras de cobre e ferro em contato com a água?
5. De acordo com os fenômenos observados, o que se pode dizer do cobre e do ferro? Qual
deles é mais reativo?
Nota: A elaboração desse roteiro foi baseada nos procedimentos adotados por Souza (2007).
RECURSOS NECESSÁRIOS
 Laboratório ou uma sala improvisada para a realização dos experimentos;
27
 Materiais caseiros para a realização do experimento;
 Papel indicador universal;
 Roteiro;
 Livros para consulta dos educandos.
CUIDADOS ESPECIAIS
Teste o experimento antes de realizar com os alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, E. T. et alli. Corrosão de Metais por Produtos de Limpeza. Química Nova na
Escola, n° 26, p. 44-46, 2007.

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Conhecendo o tratamento da água

  • 1. 0 CADERNO DE ATIVIDADES PARA PROFESSORES DE QUÍMICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
  • 2. 1 APRESENTAÇÃO Este caderno de atividades consiste em um material didático para a modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), que os professores de Química podem lançar mão para dinamizar as aulas, motivar os alunos e socializar os conhecimentos científicos de forma lúdica e significativa. Ele foi criado a partir de um estudo sobre a concepção dos docentes a respeito do currículo de Química para EJA, realizado no curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). O primeiro capítulo é constituído por cinco propostas de atividades gerais – júri simulado, investigação, visitação, peça teatral, ciclo de narrativa –, que visam a despertar nos alunos o interesse pela ciência. Além disso, busca desenvolver nos educandos atitudes relacionadas à participação ativa na sociedade como, por exemplo, desenvolver o senso crítico e avaliar as implicações das tecnologias da ciência na sociedade. O segundo capítulo possui quatro propostas de experimentos de fácil realização, utilizando materiais caseiros e que podem ser desenvolvidos dentro da sala de aula. Essas práticas experimentais utilizam instrumentos de medida caseiros e, portanto, propõem-se a abordar apenas os aspectos qualitativos. Ou seja, proporcionar aos discentes a visualização dos fenômenos. Esperamos que essas atividades sejam úteis aos professores e suscitem o desejo de transformar as aulas de Química em encontros semanais agradáveis, nos quais serão discutidos além dos conceitos científicos, a vida, os fenômenos naturais, as tecnologias e a sociedade. Para tal, ouse da criatividade e esteja livre para modificar as propostas e vá além: elabore novas atividades para o querido público EJA.
  • 3. 2 SUMÁRIO CAPÍTULO 1.......................................................................................................................................... 3 ATIVIDADES GERAIS ......................................................................................................................... 3 1.1. JÚRI SIMULADO ......................................................................................................................... 4 1.2. AULA DE CAMPO........................................................................................................................ 6 1.3. PEÇA TEATRAL........................................................................................................................... 8 1.4. INVESTIGAÇÃO ........................................................................................................................ 11 1.5. CICLO DE NARRATIVAS......................................................................................................... 13 CAPÍTULO 2........................................................................................................................................ 15 EXPERIMENTOS ................................................................................................................................ 15 2.1. DENSIDADE ................................................................................................................................ 16 2.2. CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA ........................................................................................... 18 2.3. INDICADORES ÁCIDO-BASE ................................................................................................. 21 2.4. CORROSÃO................................................................................................................................. 24
  • 5. 4 1.1. JÚRI SIMULADO TÍTULO Química: mocinha ou vilã? INTRODUÇÃO Os conhecimentos científicos são de suma importância para a formação de cidadãos críticos. Nessa direção, é necessário que as aulas de Química contemplem os conteúdos procedimentais e atitudinais (POZO & CRESPO, 2009). Segundo Real & Menezes (2008), essa atividade pode ser utilizada para promover a reflexão dialogada, o senso crítico, o respeito às diferenças e tomadas de decisão a partir de uma fundamentação prévia. O objetivo principal se refere à possibilidade de se aprender a aprender em grupo. Diante dessas considerações, propõe-se a realização de um júri simulado para julgar o tema „Química: vilã ou mocinha?‟, pois segundo Oliveira & Soares (2005) este método proporciona uma aprendizagem lúdica e significativa. OBJETIVOS  Desenvolver o senso crítico do educando e seu posicionamento de forma fundamentada;  Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe;  Aprender-aprender com os outros;  Avaliar os educandos quanto ao grau de argumentação. CAMPO DE APLICAÇÃO O trabalho pode ser desenvolvido em turmas da 1ª fase do ensino médio, modalidade EJA, visto que no primeiro bimestre é proposta uma introdução à Química. DESENVOLVIMENTO DO JÚRI SIMULADO Divida a turma em 3 grandes grupos. Cada um deles terá uma função específica no júri simulado: ataque, defesa e júri. O professor desempenhará o papel de juiz, para coordenar as ações no “tribunal” e dar o veredicto ao final. O réu será o tema „Química: Mocinha ou vilã?‟. É importante orientar cada grupo de suas atribuições: o ataque é constituído pelo grupo que promoverá, através de seus argumentos, a ciência Química como vilã e a defesa
  • 6. 5 questionará as colocações destes e assim por diante. Explique aos alunos que eles terão uma semana para pesquisar e montar o discurso para o fórum (momento de argumentação), que terá duração de até 15 minutos e mais 5 minutos de réplica ou tréplica caso seja necessário (esse tempo pode ser modificado a critério de cada professor). O grupo de jurados assistirá aos argumentos, votará e explicará os critérios utilizados para definir cada voto. O juiz dará o veredicto diante dos votos e poderá fazer uma conclusão. Abaixo segue uma proposta estrutural do júri: Quadro 1.1: Proposta do júri simulado. Réu: Química: Mocinha ou vilã? Acusação Defesa Espaço para os alunos colocarem seus nomes Espaço para os alunos colocarem seus nomes Espaço para argumentação Espaço para argumentação Votos de cada um dos jurados A B C D E F G H I J Sentença do juiz Fonte: Menezes (2008) Este quadro pode ser preenchido a cada etapa do julgamento. RECURSOS NECESSÁRIOS  Auditório, para fugir do espaço cotidiano;  Cadeiras arrumadas na estrutura de um tribunal de júri;  Livros didáticos, revistas e outros, para a eventual consulta dos educandos. CUIDADOS ESPECIAIS É importante que o professor, no papel de juiz, dê as instruções de como ocorrerá o julgamento e a necessidade de manter a ordem e o respeito. Essa atividade consiste em uma
  • 7. 6 avaliação, portanto não pode ser desenvolvido de qualquer forma – o júri simulado não é uma forma de descontração. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. Porto Alegre: Artmed, 2009. REAL, L. M. C.; MENEZES, C. S. Júri simulado: possibilidade de construção de conhecimento a partir de interações em um grupo. Aprendizagem em rede na educação á distância, Porto Alegre, 2007. OLIVEIRA, A. S.; SOARES, M. H. F. Júri Químico: Uma atividade Lúdica para discutir Conceitos Químicos. Química Nova na Escola, n° 2, p.18-24, 2005. 1.2. AULA DE CAMPO TÍTULO Conhecendo uma estação de tratamento de água. INTRODUÇÃO A aula de campo é considerada uma metodologia eficiente para o envolvimento e a motivação do educando nas atividades científicas. Esta prática permite a observação dos fenômenos e dos fatos ao vivo e a cores, com maiores números de informações quando comparados à aula ministrada na sala de aula. Também, proporciona uma abordagem contextualizada e interdisciplinar, que favorece uma aprendizagem significativa. Além disso, (a aula de campo) promove mudanças de valores e comportamentos (SENICIATO & CAVASSAN, 2004). Com base nesses apontamentos, propõe-se a aula de campo „Conhecendo uma estação de tratamento de água‟. OBJETIVOS  Possibilitar a visitação de uma estação de tratamento de água;  Promover o entendimento de todos os processos do tratamento, para a obtenção de água potável;
  • 8. 7  Relacionar o descaso da sociedade com esse recurso natural e a onerosidade do seu tratamento. CAMPO DE APLICAÇÃO A visitação pode ser realizada com turmas das três fases do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA AULA DE CAMPO Para a visitação da Estação de Tratamento de Água – Guandu é preciso previamente fazer o agendamento através dos telefones (21) 3759-1022, (21) 3759-1370 ou pelo e-mail visitaguandu@cedae.com.br (NOVA CEDAE, 2012). Se a estação não disponibilizar ônibus, uma empresa deve ser contatada para o aluguel de um. Depois de agendado, antecipadamente a aula de campo, trabalhe com os alunos o tema água. Discutindo suas propriedades e importância para a vida. Além disso, explique os tipos de mistura e o critério para separação de sistemas heterogêneos. Esse procedimento permitirá a apropriação do educando de conceitos fundamentais, necessários para o dia da visitação. Durante a visitação os alunos deverão estar cientes das suas tarefas: analisar e anotar os métodos utilizados para a separação de mistura, as substâncias utilizadas, os tipos de fenômenos envolvidos e o custo do tratamento. Um questionário, tal como o modelo do Quadro 1.2, poderá ser entregue com antecedência para orientar os discentes. Após a visitação os alunos apresentarão um seminário, que consistirá em uma das avaliações continuadas do bimestre. OBS: Um trabalho interdisciplinar poderá ser proposto, porém é necessário combinar com outros professores, para juntos sistematizarem uma proposta coerente com esse método pedagógico. Quadro 1.2: Modelo de questionário. MODELO DE QUESTIONÁRIO 1. Qual o principal objetivo de uma estação de tratamento de água do Guandu? 2. A água tratada na estação do Guandu abastece quais regiões do estado do Rio de Janeiro? 3. O tratamento de água é oneroso? Explique.
  • 9. 8 4. Quais rejeitos domésticos são difíceis de ser eliminados no tratamento da água? 5. A água distribuída após o tratamento na ETA - Guandu é pura ou potável? Explique. 6. Descreva cada uma das etapas de tratamento da água: barragem flutuante; desarenadores; floculação; decantação; cloração; fluoretação; adução e laboratório de controle. 7. Indique que tipo de transformação – física ou química – ocorre em cada uma das etapas da questão anterior. 8. Quais substâncias químicas são utilizadas no tratamento da água? Dê a fórmula de cada uma delas e classifique-as como substâncias simples ou composta. 9. Esquematize um fluxograma, que represente as etapas do tratamento de água na estação do Guandu. RECURSOS NECESSÁRIOS  Meio de transporte. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NOVA CEDAE. Visite a ETA Guandu. Disponível em: <http://www.cedae.com.br/>. Acesso em: 15 jan. 2012. SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem em ciências – um estudo com alunos do ensino fundamental. Ciência & Educação, v.1, p.133-147, 2004. 1.3. PEÇA TEATRAL TÍTULO A história da Tabela Periódica.
  • 10. 9 INTRODUÇÃO As peças teatrais são atividades lúdicas eficientes para a socialização do conhecimento científico. Elas promovem uma educação para além do espaço formal: a sala de aula. Além disso, contribui para uma aprendizagem significativa do educando, visto que os conceitos e a história das ciências são apresentados de forma prazerosa. Diante disso, Silveira et alli (2009) conclui que o teatro pode possibilitar uma melhor leitura do mundo e diminuir o analfabetismo científico no país. Perante essa importância, sugere-se a montagem e a realização de uma peça teatral pelos discentes, cujo título será „A história da Tabela Periódica‟. OBJETIVOS  Promover procedimentos relacionados à interpretação e à comunicação da informação, através da expressão escrita e oral;  Compreender os critérios utilizados para a construção da tabela periódica, através da história da ciência;  Proporcionar uma aprendizagem significativa do conhecimento científico;  Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe;  Aprender-aprender com os outros. CAMPO DE APLICAÇÃO A peça poderá ser escrita e apresentada pelos alunos da 1ª e 2ª fase do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA PEÇA Separe a turma em 3 equipes. O primeiro grupo pesquisará na literatura a abordagem histórica da construção da tabela periódica e juntos escreverão o roteiro da peça, o segundo ficará responsável pela cenografia e indumentária e o terceiro será o elenco da peça. Para separar as equipes aproveite as habilidades de cada indivíduo. Certamente o público da EJA possui alunos que sabem costurar, desenhar, escrever e representar. Proponha também uma atividade interdisciplinar e convide os professores de Língua Portuguesa e Artes para participarem. Explique aos discentes que o trabalho harmônico é fundamental para o sucesso da atividade, pois cada grupo precisará do outro. Portanto todas as atribuições são importantes.
  • 11. 10 Proponha a apresentação da peça para o final do semestre, a fim de haver tempo suficiente para realizar um trabalho de qualidade. Para tal, monte um cronograma para a conclusão de cada etapa, como o quadro a seguir: Quadro 1.3: Cronograma da peça. ETAPAS PERÍODO Entrega do roteiro 1 mês Correção do roteiro pelos professores e a sua entrega ao elenco e a equipe cenográfica 1 semana Apropriação da fala pelo elenco 3 semana Ensaio da peça 1 mês Entrega do cenário e das indumentárias 3 meses Ensaio final Data a combinar Apresentação na escola Data a combinar Vale ressaltar a importância de auxiliar os alunos durante todo o processo de modo que eles possam se sentir seguros e motivados. Quando a peça teatral estiver pronta, exiba para todas as turmas da escola de modo que o conhecimento científico seja socializado de forma prazerosa. RECURSOS NECESSÁRIOS  Tecidos para costurar as roupas das personagens;  Materiais para confeccionar o cenário;  Auditório para os ensaios e exibição da peça. CUIDADOS ESPECIAIS Solicite o apoio do colégio para a compra de tecidos e demais materiais. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA SILVEIRA, A. F. et alli. Atividades lúdicas no ensino de ciência: uma adaptação metodológica através do teatro para comunicar a ciência a todos. Educar, n. 34, p. 251-262, 2009.
  • 12. 11 1.4. INVESTIGAÇÃO TÍTULO Utilizamos materiais plásticos em excesso? INTRODUÇÃO O crescimento da população e o desenvolvimento industrial além de alavancar o setor econômico, também vêm trazendo efeitos nocivos ao meio ambiente e à qualidade de vida humana. A responsabilidade por parte desses malefícios está relacionada à produção e ao descarte de resíduos sólidos (MARIA, 2003) – entre eles o plástico. Campos & Conto (2002) acreditam que nessa problemática há o envolvimento de questões comportamentais. Diante disso, sugere-se aos educandos um trabalho de investigação sobre o uso excessivo de materiais plásticos no cotidiano. De modo que os estudantes se autoavaliem. OBJETIVOS  Diferenciar os tipos de plásticos;  Avaliar os malefícios do descarte indevido desses materiais. CAMPO DE APLICAÇÃO Esta investigação pode ser realizada nas três fases do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA Reserve dois tempos de aula no bimestre para a realização de uma pequena oficina com a turma. Nela, haverá dois momentos específicos: a palestra e a exposição e catalogação dos diversos tipos de plásticos usados no dia-a-dia. Cada um desses momentos ocorrerá em lugares distintos – um auditório e outra sala para a exposição dos materiais plásticos. A palestra poderá ter duração de 40 minutos, a fim de explicar a origem do plástico, as suas utilidades, os problemas decorrentes do seu manejo e os seus tipos – explicitando suas respectivas propriedades, classificação e símbolos. Logo em seguida, os alunos serão levados à sala da exposição, onde farão a catalogação dos tipos de plásticos, utilizando uma ficha que deverá ser entregue ao professor (Quadro 1.4). Neste ambiente deverá ter o maior número de objetos plásticos possíveis para o
  • 13. 12 desenvolvimento da atividade. Vale a pena ressaltar que a seleção dos tipos de plásticos para a atividade e arrumação da sala deverá ser feita com antecedência. Quadro 1.4: Modelo da ficha para catalogação Tipos de Plástico Símbolo Objetos relacionados Características PET Polietileno Tereftalato PEAD Polietileno de alta densidade PVC Policloreto de vinila PEBD Polietileno de baixa densidade PP Polipropileno PS Poliestireno OUTROS Outros tipos de plástico No final da aula divida a turma em grupos e peça que fotografem, no bairro onde moram, situações que contemplem o manejo inadequado do lixo plástico, revelem as fotos e façam uma exposição no colégio para apreciação dos demais alunos. RECURSOS NECESSÁRIOS  Sala para a catalogação e exposição;  Diversidades de objetos plásticos. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, A.C.A.; SATTLER, M.A.; CONTO, S.M. Resíduos sólidos domésticos: educação ambiental e condições de manejo pelos estudantes de Feira de Santana – BA. Sitientibus, Feira de Santana, n. 26, p. 31-48, 2002.
  • 14. 13 MARIA, L. C. S. et alli. Coleta Seletiva e Separação de Plásticos. Química Nova na Escola, n° 17, p. 32-35, 2003. 1.5. CICLO DE NARRATIVAS TÍTULO Acidentes radioativos INTRODUÇÃO A narrativa consiste em uma atividade capaz de desenvolver o pensamento reflexivo do educando e a construção dos saberes pessoais. Esse método permite ao professor trabalhar três tipos de conteúdos com seus alunos: procedimentais, atitudinais e conceituais (PAVÃO & FREITAS, 2008). OBJETIVOS  Desenvolver o pensamento reflexivo e atitudes críticas frente aos problemas apresentados pelo desenvolvimento da ciência;  Promover procedimentos relacionados à interpretação e à comunicação da informação, através da expressão escrita e oral.  Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe;  Aprender-aprender com os outros. CAMPO DE APLICAÇÃO Esta atividade pode ser desenvolvida na 1ª e 3ª fases do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA NARRATIVA Explique aos educandos como funciona uma atividade narrativa. Se possível programe uma aula utilizando esse método, a fim de que eles possam ter um referencial. Vale a pena ressaltar, que existem várias maneiras de desenvolver esta atividade. Porém, mediante as características peculiares da EJA, propõe-se que para a sua sistematização sejam consideradas as seguintes etapas: 1. Pesquisar o tema na literatura;
  • 15. 14 2. Separar fotos ou ilustrações que permitam uma visualização sequencial do fato; 3. Organizar as fotos por ordem de acontecimento e, a partir disso, escrever um texto narrativo; 4. Montar a apresentação em para exibir em „data show‟. 5. Durante a apresentação, o fato será narrado de acordo com a ordem de acontecimentos. Depois de explicar como será desenvolvida a atividade, separe a turma em pequenos grupos e distribua os fatos a serem narrados:  Bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki;  Acidente nuclear em Chernobyl;  Acidente radiológico em Goiânia: caso Césio-137;  Vazamento nuclear de Fukushima. Combine o dia da apresentação e explique que cada grupo terá entre 10 a 15 minutos para desenvolver a narrativa. Ao final, promova um debate de modo que os alunos reflitam a cerca das implicações do uso da radioatividade na natureza e na vida. RECURSOS NECESSÁRIOS  Auditório;  Data show;  Notebook. CUDADOS ESPECIAIS O professor deve explicar detalhadamente o que é uma narrativa e como ela será desenvolvida, caso contrário a atividade pode não atingir o objetivo. Para o sucesso dessa metodologia proponha uma parceria com os professores de Língua Portuguesa. REFERÊNCIA BIBLIOGÁFICA PAVÃO, A. C.; FREITAS, D. Quanta Ciência há no Ensino de Ciências. São Carlos: EdUFSCar, 2008.
  • 17. 16 2.1. DENSIDADE TÍTULO Densidade dos líquidos. INTRODUÇÃO Os conceitos químicos muitas vezes são apresentados aos alunos de forma fragmentada e descontextualizada. Isso pode suscitar o desinteresse do educando pela ciência e comprometer o processo de aprendizagem. Segundo Rossi et alli (2008), essa postura ocorre na ministração de vários temas, inclusive ao discutir a densidade dos materiais. O autor explica que os professores lançam mão de uma abordagem excessivamente matemática, enquanto poderiam também resgatar os fenômenos, a partir de fatos concretos ocorrentes no cotidiano do aluno. Diante dessa necessidade, propõe-se uma atividade experimental com materiais caseiros, envolvendo a densidade de líquidos. OBJETIVOS  Desenvolver a capacidade de raciocínio;  Usar os conhecimentos científicos como meio de investigação e interpretação dos fenômenos da natureza;  Compreender os fenômenos envolvendo densidade de líquidos. CAMPO DE APLICAÇÃO Esse experimento pode ser desenvolvido com a 1ª fase do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL Escreva um roteiro do experimento, como o apresentado no Quadro 2.1, para os alunos realizarem a atividade experimental. Para essa atividade, procure utilizar materiais caseiros e busque fenômenos presentes no cotidiano do educando, como por exemplo, a mistura de sal, água, azeite e vinagre. Elabore também um questionário para desenvolver as habilidades cognitivas dos discentes. Prepare a aula prática com antecedência. Caso não tenha laboratório na escola, o primeiro passo é verificar a sala que o experimento poderá ser realizado. Avalie alguns
  • 18. 17 aspectos da sala tais como a ventilação, a proximidade de uma pia, banheiros e mesas para utilizar como bancadas. Providencie os materiais. Chegue cedo e arrume a sala para receber os educandos. Considerando que há disponibilidade de dois tempos (50 minutos cada), reserve 15 minutos para explicar os conceitos básicos, 50 minutos para os alunos realizarem o experimento, 20 minutos para eles responderem o questionário e 15 minutos para esclarecer as possíveis dúvidas. Divida a turma em pequenos grupos para a realização do experimento. Solicite aos alunos que façam anotações durante a experimentação, para ajudá-los a responder as questões propostas. Quadro 2.1: Modelo de roteiro experimental envolvendo densidade Título: Densidade dos líquidos Material utilizado Dois copos de vidro alto e uma colher de chá. Reagentes Água, álcool etílico, óleo de cozinha e tinta guache azul. Procedimentos Adicione o corante azul na água e o dissolva. Adicione a água no copo, até completar um terço do seu volume. Transfira o óleo, com o copo levemente inclinado, até completar dois terços do seu volume. Em seguida, adicione levemente e cuidadosamente o álcool etílico. Repita no outro copo o mesmo procedimento, mas utilize apenas a água e o álcool. Coloque o álcool sobre a água levemente e com muito cuidado para eles não se misturarem. Anote o que foi observado em cada um dos procedimentos. Questionário 1. Desenhe o resultado obtido no primeiro experimento e no segundo experimentos. 2. Qual dos três líquidos é menos denso? Explique. 3. Qual dos três líquidos é mais denso? Explique. 4. Pesquise no livro ou na internet o valor de densidade de cada um dos líquidos utilizados. 5. Faça um relatório do experimento e entregue a professor. Nota: A elaboração desse roteiro foi baseada nos procedimentos adotados por Mateus (2001).
  • 19. 18 RECURSOS NECESSÁRIOS  Reagentes e materiais para a realização da prática;  Laboratório ou sala improvisada;  Roteiro;  Livros para consulta dos educandos. CUIDADOS ESPECIAIS Teste o experimento antes de realizar com os alunos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ROSSI, A. V. et alli. Reflexões sobre o que se Ensina e o que se Aprende sobre Densidade a partir da Escolarização. Química Nova na Escola, n° 30, p.55-60, 2008. MATEUS, A. L. Química na Cabeça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001. 2.2. CONDUTIBILIDADE ELÉTRICA TÍTULO Teste de condutibilidade das substâncias. INTRODUÇÃO Segundo Alegre (2012), a realização do teste de condutibilidade das soluções é uma oportunidade do educador trabalhar conceitos envolvendo corrente elétrica de forma interdisciplinar, visto que envolve as disciplinas Física e Química. Além disso, a autora explica que essas atividades despertam o interesse do educando e contribui para a aprendizagem significativa. OBJETIVOS  Desenvolver atitudes investigativas;  Sedimentar os conceitos relacionados às propriedades específicas das substâncias iônicas, moleculares e metálicas;  Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe.
  • 20. 19 CAMPO DE APLICAÇÃO A atividade experimental teste de condutibilidade pode ser desenvolvida em turmas da 1° e 2º fases do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL Escreva um roteiro para guiar os alunos na atividade prática e também um questionário. Veja um exemplo no Quadro 2.2. Quadro 2.2: Modelo de roteiro do experimento condutibilidade das substâncias. Título: Condutibilidade das soluções Material utilizado Copinhos de vidro, colher de café, multímetro e/ou circuito aberto. Reagentes Sal de cozinha, açúcar, amônia, sulfato de cobre, vinagre, soda cáustica e ácido muriático. Procedimentos Reserve quatro copinhos de vidro e adicione a cada um deles, respectivamente, uma colher de chá de sal de cozinha, açúcar, sulfato de cobre e soda cáustica. Adicione água até a metade de cada copinho e dissolva os solutos. Aos outros três copos adicione respectivamente amônia, vinagre e ácido muriático. Em seguida, faça o teste de condutibilidade em cada uma das soluções e anote o que foi observado. Questionário 1. Preencha o quadro: Soluções Tipo de substância (iônica ou covalente) Condutibilidade (eletrolítica ou não eletrolítica Sal de cozinha Açúcar Sulfato de cobre Soda cáustica Amônia Vinagre Sal de cozinha
  • 21. 20 2. Quais substâncias conduziram corrente elétrica? 3. Houve alguma solução que conduziu pouca corrente elétrica? 4. Alguma solução não conduziu corrente elétrica? 5. Por que algumas são boas condutoras de corrente elétrica e outras não? 6. O corpo humano conduz corrente elétrica? Por quê? Para esta atividade experimental será necessário utilizar um aparato para testar a condutibilidade das soluções. O ideal é utilizar um multímetro, que pode ser encontrado em lojas de artigos elétricos e eletrônicos. Se não tiver disponibilidade desse equipamento para o uso dos alunos, construa circuitos abertos. Para fazê-los, considere as orientações do Laboratório do Dino (2012). E com base nas descrições do roteiro, separe os materiais que serão utilizados e arrume-os em bancadas. Caso não tenha laboratório na escola, adapte uma sala de aula que esteja disponível no dia. No lugar das bancadas, podem ser utilizadas mesas escolares. Nesse momento, o importante é usar a criatividade e não deixar de fazer atividades experimentais. Quanto à organização da aula, se o dispuser de dois tempos (50 minutos cada), reserve 20 minutos para explicar a condutibilidade de cada tipo de substância, 50 minutos para os alunos realizarem o experimento, 20 minutos para eles responderem o questionário e 10 minutos para esclarecerem as possíveis dúvidas. Divida a turma em grupos de acordo com o número de multímetros e/ou circuitos abertos disponíveis. Caso só tenha um exemplar, ordene os grupos para fazer os testes. Distribua os roteiros para os educandos e explique detalhadamente cada um dos procedimentos. Essa etapa é muito importante, para que os alunos realizem a atividade com êxito e segurança. Durante o experimento, peça aos discentes para anotarem os fenômenos observados, para posteriormente serem discutidos. Solicite também que respondam o questionário. RECURSOS NECESSÁRIOS  Laboratório, sala de ciências ou sala de aula;  Materiais caseiros para o experimento;  Multímetro;  Livros didáticos, revistas e outros, para a eventual consulta dos educandos.
  • 22. 21 CUIDADOS ESPECIAIS Segundo Francisco (2009), o circuito aberto não é capaz de detectar a passagem de corrente elétrica em soluções com baixa condutibilidade, portanto o ideal é utilizar o multímetro. Caso utilize o circuito aberto, explique aos alunos as limitações desse equipamento. Além disso, teste o experimento antes de realizá-los com os alunos e evite surpresas negativas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEGRE, D. C. M. et alli. Proposta de experimento sobre conceito de condutibilidade para o ensino médio. Disponível em: <http://periodicos.uems.br/novo/index.php/egrad/article /down load/996/816>. Acesso em: 24 de jul. 2012. FRANCISCO, P. F M. Como o Conceito de Condutividade é Abordado nos Livros Didáticos de Química. Trabalho de Conclusão de Curso. Dourados: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 2009. LABORATÓRIO DO DINO. 2012. Dica de Química – Eletrólitos – Oficina do Estudante – Curso e Colégio. [online]. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=r3dW6uzpG D0>. Acesso em: 25 jul. 2012. 2.3. INDICADORES ÁCIDO-BASE TÍTULO Teste de acidez e basicidade de substâncias caseiras. INTRODUÇÃO Segundo Dias (2003), a utilização de atividades experimentais envolvendo o tema indicador, desperta o interesse do aluno pela disciplina Química, além de motivá-lo. As aulas práticas também permitem abordagens e discussões de conteúdos das ciências e a sua contextualização com os fenômenos que ocorrem no dia-a-dia. OBJETIVO  Desenvolver atitudes investigativas;
  • 23. 22  Sedimentar os conceitos relacionados às propriedades específicas dos ácidos e das bases na presença de indicadores;  Favorecer o trabalho em equipe. CAMPO DE APLICAÇÃO O experimento „indicadores ácido-base‟ pode ser desenvolvido na 1ª e 2ª fases do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL Elabore um roteiro para conduzir os alunos quanto aos procedimentos na atividade experimental. O Quadro 2.3 apresenta um modelo. Utilize-o como exemplo caso seja necessário. Separe com antecedência o material para a atividade. Caso não exista laboratório, a prática pode ser realizada em sala de aula, optando por substâncias caseiras e não nocivas à saúde do educando. Reserve um tempo de aula (50 minutos) para a experimentação. Prepare a sala para receber os alunos: utilize as mesas como bancada e disponha em cada uma deles os materiais do experimento. É extremamente importante conversar com os discentes antes da atividade experimental, explique o roteiro detalhadamente. Também disponha um tempo para discutir a postura adequada de uma pessoa no laboratório. As questões de segurança devem ser bem explicadas para evitar brincadeiras e acidentes. Em seguida, divida a turma em pequenos grupos de acordo com o espaço e o material disponível para a experimentação. É importante que os alunos coloquem a “mão na massa”. Por fim, diante das observações experimentais, peça aos alunos que respondam o questionário. Ao final, reforce alguns itens que passaram despercebidos. Quadro 2.3: Modelo de roteiro do experimento indicadores ácido-base Título: Indicadores ácido-base Indicadores são substâncias utilizadas para identificar a acidez ou a basicidade de uma amostra, através da mudança de cor. Existem indicadores naturais e sintéticos. A Fenolftaleína
  • 24. 23 é um indicador sintético e as antocianas, presentes em flores com tonalidades roxas, indicadores naturais. Material utilizado: Copo descartável, colher, pires, copinho de vidro, pano multiuso. Reagentes: Fenolftaleína, extrato da flor boca de lobo (Antirrhinum majus), refrigerante de limão, vinagre, água sanitária, amônia, detergente, caldo de limão e água com sabão. Procedimento: 1. Reserve 7 copinhos descartáveis e adicione em cada um deles, respectivamente, pequenas amostras de refrigerante, vinagre, caldo de limão, água sanitária, amônia, água de sabão e detergente; 2. Adicione gotas de fenolftaleína em cada uma das amostras, observe a mudança de cor e faça as anotações; 3. Misture a solução de vinagre e água sanitária. Observe e faça anotações. 4. Repita o procedimento 1 e adicione gotas de extrato de flor boca de lobo (Antirrhinum majus) em cada amostra, observe a mudança de cor e faça anotações; 5. Responda o questionário e entregue ao professor. Anote a cor observada ao adicionar os indicadores em cada uma das amostras. AMOSTRAS INDICADORES Fenolftaleína Flor boca de lobo Refrigerante Vinagre Caldo de limão Água sanitária Água com sabão Detergente Amônia Indicador Meio ácido Meio básico Fenolftaleína Incolor Vermelho Antociana Vermelho Verde ou azul
  • 25. 24 Questionário: 1) Quais substâncias são ácidas? E básicas? 2) Existe alguma amostra neutra? Explique. 3) O que é observado ao misturar a solução de vinagre à água sanitária? Explique. 4) Qual a coloração do extrato de flor roxa em meio ácido e básico? Que substância é responsável por essa mudança de cor? Nota: A elaboração desse roteiro foi baseada nos procedimentos adotados por Hess (1997). Observação: Para preparar o extrato da flor Boca de Lobo, macere as pétalas de algumas flores (pegue aquelas que já caíram), adicione um pouco de água e aqueça para melhor extrair as antocianas. Em seguida, filtre com papel de filtro e guarde na geladeira até o momento de usá-lo. RECURSOS NECESSÁRIOS  Laboratório, sala de ciências ou sala de aula;  Materiais e reagentes caseiros para o experimento;  Livros didáticos, revistas e outros, para a eventual consulta dos educandos. CUIDADOS ESPECIAIS Teste o experimento antes de realizá-los com os alunos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DIA, M. V. et alli. Corantes naturais: extração e emprego como indicadores de pH. Química Nova na Escola, nº 17, p. 27-31, 2003. HESS, S. Experimentos de Química com materiais domésticos. São Paulo: Moderna, 1997. 2.4. CORROSÃO TÍTULO Corrosão de alguns metais.
  • 26. 25 INTRODUÇÃO O processo de corrosão é muito presente no cotidiano do aluno. Basta ele observar, por exemplo, o portão de ferro de uma casa. Com o tempo, se ele não estiver protegido, a sua superfície começa a ganhar uma cor castanha. Essa transformação química é chamada de oxidação e ocorre quando o metal está em contato direto com um eletrólito (SOUZA, 2007). A proposição desta atividade experimental, com materiais caseiros, visa a possibilitar a interpretação do fenômeno de corrosão pelos discentes da EJA. OBJETIVOS  Identificar a corrosão de metais em diversos meios;  Desenvolver atitudes investigativas;  Estabelecer vínculos entre os educandos e favorecer o trabalho em equipe. CAMPO DE APLICAÇÃO Esta atividade experimental pode ser realizada em turmas da 2ª e 3ª fases do ensino médio EJA. DESENVOLVIMENTO DO EXPERIMENTO Escreva previamente o roteiro do experimento com base no modelo apresentado no Quadro 2.4. Vale a pena ressaltar, que a prática será realizada em uma aula, mas a inspeção do fenômeno ocorrido nos materiais metálicos será periódica, ao longo de quatro semanas. Esse procedimento, segundo Souza (2007) torna o fenômeno de corrosão mais perceptível para o aluno. De posse dessas considerações, divida a turma em pequenos grupos de modo que eles possam participar ativamente da atividade e possam apreciar o fenômeno com maior qualidade. Na primeira semana reserve um tempo de aula (50 minutos) para a atividade experimental. Nas duas semanas seguintes, disponha 20 minutos para os discentes inspecionarem a evolução do processo corrosivo. E na quarta semana, disponibilize dois tempos de aula (1h40min.) para os discentes avaliarem as transformações ocorridas, façam comparações, respondam o questionário e elaborem um relatório.
  • 27. 26 Solicite aos educandos que façam anotações dos fenômenos observados. Este procedimento será essencial para a última semana. Quadro 2.4 – Modelo de roteiro do experimento corrosão de metais. Título: Corrosão de metais Material utilizado Papel indicador universal, 8 caixinhas de plástico com tampa. Reagentes Limpa forno, limpa vidro, limpeza geral (Veja com cloro ativo), ácido muriático, água, palha de aço, fio de cobre e pequeno pedaço de ferro. Procedimentos Reserve 4 caixinhas para colocar amostras de cobre e as outras 4 para amostras de ferro. Limpe os metais com palha de aço e lave-os com ácido muriático e água. Para as amostras de cobre, coloque respectivamente em cada uma das caixinhas pedaços de algodão embebidos em água, limpa forno, limpa vidro e limpeza geral. Ponha as amostras de cobre em cada uma deles, tampe. Faça o mesmo procedimento para as amostras de ferro. Guarde as caixinhas em lugar seguro e a temperatura ambiente. Não se esqueça de especificar em cada caixinha o metal e o meio utilizado (água, limpa forno, limpa vidro e limpa forno). Determine o pH dos meios para possíveis discussões. Observe as mudanças ocorridas a cada semana. Ao final de 4 semanas responda o questionário, faça um relatório do experimento e entregue ao professor. Questionário 1. Classifique cada um dos meios em ácido ou básico. 2. O que ocorreu com as amostras de ferro ao estar em contato com o meio ácido? E com meio básico? 3. O que foi observado com as amostras de cobre? 4. Qual foi o fenômeno observado com as amostras de cobre e ferro em contato com a água? 5. De acordo com os fenômenos observados, o que se pode dizer do cobre e do ferro? Qual deles é mais reativo? Nota: A elaboração desse roteiro foi baseada nos procedimentos adotados por Souza (2007). RECURSOS NECESSÁRIOS  Laboratório ou uma sala improvisada para a realização dos experimentos;
  • 28. 27  Materiais caseiros para a realização do experimento;  Papel indicador universal;  Roteiro;  Livros para consulta dos educandos. CUIDADOS ESPECIAIS Teste o experimento antes de realizar com os alunos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, E. T. et alli. Corrosão de Metais por Produtos de Limpeza. Química Nova na Escola, n° 26, p. 44-46, 2007.