O documento descreve um plano para desenvolver o ecoturismo e turismo rural na região de Itanhaém, São Paulo, com o objetivo de promover o uso sustentável dos recursos naturais e aumentar as oportunidades econômicas para a população local de forma sustentável. O plano inclui consolidar a vocação ecoturística da região, melhorar os serviços no Parque Estadual da Serra do Mar, educar as comunidades locais e atrair profissionais para o turismo sustentável.
2. Objetivo Geral
* Implantar o Ecoturismo e Turismo-rural na Unidade de
Conservação (UC) / Parque Estadual da Serra do Mar
(PESM) e entorno, de modo a promover o uso sustentável
dos recursos naturais, históricos e culturais, aumentado às
opções de lazer e assegurando o desenvolvimento e
incremento econômico para as populações da cidade de
Itanhaém.
3. Ações estratégicas
- Consolidar a vocação ecoturística do município;
- Potencializar os atrativos do Parque Estadual da Serra do Mar e entorno,
através da implantação de equipamentos e atividades ecoturística;
- Controlar a visitação e reduzir as atividades ilegais na Unidade de
Conservação / Parque Estadual da Serra do Mar e entorno;
- Promover programas de conscientização e sensibilização junto às
comunidades envolvidas;
- Contribuir para a capacitação e qualificação de profissionais na área de
turismo e meio ambiente na cidade e região;
- Contribuir para o aperfeiçoamento de políticas púbicas;
- Atrair adeptos ao ecoturismo.
4. Justificativa
A Estância Balneária de Itanhaém, segunda cidade mais antiga do país,
fundada em 22 de abril de 1532. Área de 599,7 km² e apresenta
aproximadamente 48% desse total preservado.
A vegetação predominante é caracterizada por áreas e ecossistemas do
bioma da Mata Atlântica e que, em sua grande maioria, encontram-se
inseridos no Parque Estadual da Serra do Mar, 21.094,46 ha,
correspondente a 36,31% da área total do município.
Possuí 26 quilômetros de praias, baías, pequenas Enseadas e costões
rochosos, além de algumas ilhas de elevada relevância.
Contém a segunda maior bacia hidrográfica do Estado de São Paulo, com
grande parte de rios navegáveis.
População atual fixa é de 91.153 habitantes –
(IBGE/2010).
5. Justificativa
Sua população economicamente ativa esta distribuída em:
Agropecuária(4,6%), Indústria de Transformação (10,4%), Comércio
(22,5%), Prestação de Serviços 42,3% e Administração Pública 18,0%,
tendo o turismo como sua principal atividade econômica.
Na temporada de verão recebe um público de aproximadamente 450 mil
turistas, e o segmento mais procurado pelos visitantes é o turismo de
lazer, relacionado com praias.
O potencial turístico apresentado por este município não se restringe
apenas a sol e praia. O segmento histórico e cultural é muito forte.
Na zona rural podemos encontrar fazendas com potenciais para o
desenvolvimento ecoturístico e turismo rural. No entanto, em sua grande
maioria, restringem suas atividades a plantação e agropecuária
6. Referencial
teóricoEcoturismo
Segundo Boo (2001), o termo ecoturismo é usado para definir o tipo de atividade que
não provoca distúrbios, não contamina áreas naturais e que procura admirar o cenário
natural, assim como qualquer manifestação cultural. O turismo ecológico compreende
uma viagem ambientalmente responsável, com visitação de áreas naturais
relativamente preservadas, no sentido de vivenciar e apreciar a natureza, que promove
a conservação, tem baixo impacto e promove, de forma benéfica, o envolvimento
socioeconômico ativo das populações locais (CEBALLOS-LASCURIÁN, 2003)
O ecoturismo não se restringe apenas a uma viagem com o objetivo de contemplar a
natureza. Os pilares da sustentação possuem base ecológica, social e holística, sendo
exequivel se houver respeito ao meio ambiente, eliminação ou redução da pobreza,
implantação de programas educacionais eficientes, resgate e fortalecimento da cultura
local, criação de postos de trabalho e valorização do trabalho já existente (SEABRA,
2001).
8. O “Plano de Desenvolvimento do Pólo de Turismo Ecológico e Rural de
Itanhaém” acontece na zona rural e está dividido em quatro fases:
Fase I - Diagnóstico das áreas para gerar o conhecimento sobre a
realidade socioambiental e estrutural;
Fase II - Formação das lideranças locais para possibilitar o
empoderamento da comunidade;
Fase III - Infra-estrutura para iniciar o processo que viabilizará todo
potencial identificado; e
Fase IV - Criação de uma rede sócio-técnica para fazer a gestão e o
acompanhamento de futuros roteiros.
9. Metodologia
O método utilizado nesta pesquisa realiza-se mediante sete saídas de
campo, assim como entrevistas quantificadas aplicadas na comunidade
local e proprietários das áreas envolvidas na pesquisa. Analise de
documentos e pesquisas bibliográficas também foram utilizados,
permitindo dentro desse processo o levantamento de informações e
reflexões sobre as oportunidades que podem ser criadas pelo projeto:
- Inventário de fauna e flora;
- Levantamento socioeconômico;
- Mapeamento da região e trilhas já existentes; e
- Identificação perceptiva das áreas potenciais.
Fase I:
10. Fase I:
- investiga as comunidades localizadas na Sub-Bacia do Rio
Branco, para entender as tradições histórico-culturais, a produção
rural e o ambiente em que vivem;
- Dois núcleos de atividades;
- Observa e valoriza todos os aspectos relacionados com o meio
natural e a viabilidade do envolvimento econômico da população
residente na área com os futuros produtos do projeto;
- Mapeia atrativos potenciais.
12. Desafios
- Adesão dos proprietários das áreas particulares
(Fazendas);
- Linhas de financiamento para as próxima etapas do
projetos;
- Maior envolvimento do Poder Público e Setor
Privado;
13. Resultados esperados
O Projeto pretende que o ecoturismo e o turismo-rural possam
contribuir para o envolvimento das comunidades na proteção da
biodiversidade da Mata Atlântica, e consolide a oportunidade de
desenvolver economicamente a cidade de Itanhaém de maneira
justa, igualitária e sustentável.
14. Considerações finais
Muitas das áreas potenciais estão localizadas em fazendas no entorno dos
limites do Parque Estadual da Serra do Mar, mas precisamente na zona de
amortecimento. São propriedades particulares tradicionais que mantém
seu estilo de vida típico das regiões interioranas.
Porém, o grande atrativo natural e cultural existente nesta localidade
ainda não são plenamente aproveitados como alternativa de
desenvolvimento social para as comunidades e como propulsor da
conservação e da proteção do ambiente natural.
Por isso, fazem-se necessárias ações conjuntas governamentais, iniciativa
privada, entidades do terceiro setor e comunidades organizadas.
15. O projeto conta com o apoio:
AMIBRA – Associação dos Produtores Rurais, Pescadores Artesanais e
Indígenas de Itanhaém.
Prefeitura Municipal de Itanhaém através da Secretaria de Planejamento e
Meio Ambiente e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Departamento de Agricultura e de Turismo.
CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade,.
FUNAI – Fundação Nacional do Índio.
16. Ecosurfi – Entidade Ecológica dos Surfistas
End: Rua Maria Deolinda Assunção Salles, 80
Jardim Mosteiro – CEP: 11740-000
E-mail: ecosurfi@ecosurfi.org
Fone: 13 3426 8138
Coordenação:
Marcus Vinicius de Souza Ferreira
E-mail: marcus@ecosurfi.org
Fotos: João Malavolta e Tales Olivera