O documento discute o TDAH, incluindo sintomas, diagnóstico, tratamento e adaptações de sala. Aborda a hiperatividade, desatenção e impulsividade associadas ao TDAH e como o diagnóstico é realizado. Também descreve adaptações de sala, comorbidades, terapias e efeitos colaterais da medicação Ritalina.
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Tdah tela
1. TDAH
Diagnóstico ou não, adaptação de sala, cuidados e medicação.
TALITHA RONCOLATO
PEDAGOGA - SME
2. “Me entenda. Eu não sou como um mundo
comum. Eu tenho a minha loucura, eu vivo em
outra dimensão e eu não tenho tempo para coisas
que não têm alma.”
(Charles Bukawski)
3. COMO O TDAH SE APRESENTA?
HIPERATIVIDADE
Sempre “a mil por hora”
IMPULSIVIDADE
Baixa tolerância à
frustração
DÉFICIT DE
ATENÇÃO
Distração; sonhar
acordado;
desorganização
• INTENSIDADE
• DURAÇÃO
• PREJUÍZO
• OCORRÊNCIA EM MAIS
DE UM AMBIENTE
4. HIPERATIVIDADE
• Mexe os membros com frequência ou se move na cadeira
• Levanta-se da cadeira na sala de aula ou em outros locais onde é esperado
que permaneça sentado
• Corre ou sobe excessivamente nas coisas
• Tem dificuldades para brincar calmamente
• Está frequentemente "a ponto de" " e parece " ligado em um motor"
• Fala excessivamente
5. DESATENÇÃO
• Falha para prestar atenção a detalhes
• Dificuldades para manter atenção sustentada nas tarefas
• Frequentemente parece não escutar quando se fala diretamente com ele (a)
• Frequentemente não segue instruções ou falha na finalização de tarefas
• Tem dificuldade para organizar tarefas ou atividades
• Frequentemente perde coisas necessárias para a realização de tarefas
• É facilmente distraído por estímulos externos
• É frequentemente esquecido em atividades diárias
6. IMPULSIVIDADE
• Explode em respostas antes das questões serem completadas
• Tem dificuldades em esperar a sua vez
• Frequentemente interrompe os outros
7. “SUBTIPOS” DE TDAH
• Forma Hiperativa/Impulsiva:
• Forma Desatenta:
• Forma Combinada ou Mista:
• Tipo não específico: A pessoa apresenta algumas características, mas em
número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo.
Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.
8. DIAGNÓSTICO
• Não é fácil diagnosticar o TDAH, pois não há exames médicos disponíveis, além de
envolver um julgamento clínico e subjetivo, baseado na experiência do profissional.
Características como distração, esquecimento, agitação e impulsividade são como
febre: podem ter origem numa gripe ou numa doença mais séria. O mesmo sintoma
pode ter origens diversas e, dentro desse ponto de vista, discriminar entre tantos
aspectos envolve um trabalho complexo. Conforme o transtorno se torna mais
conhecido e mais divulgado, pessoas com esse sofrimento encontram melhores
possibilidades de tratamento e de aceitação. Ao mesmo tempo, aumentaram os
riscos de diagnósticos exacerbados e autodiagnostico, que têm sido muito
comentados e criticados.
9. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico do TDAH é clínico.
• O diagnóstico do TDAH é confiável, mesmo não havendo exames
confirmatórios específicos.
• O professor participa e sua opinião é decisiva.
10. COMORBIDADES
Comorbidade é a situação em que dois ou mais transtornos ocorrem
simultaneamente em um indivíduo. No TDAH os mais comuns são:
• TOD – Transtorno de oposição desafiante
• TC – Transtorno de conduta
• Sintomas depressivos e/ou ansiosos
• Transtornos de aprendizagem
11. COMO SE TRATA O TDAH
Tratamento multimodal:
• Orientação a pais e professores
• Reforço escolar
• Psicoterapias individuais e em grupo
• Acompanhamento médico
12. ADAPTAÇÕES DE SALA
• Vínculos afetivos entre educadores e educandos. A participação e
aproximação dos alunos devem fazer parte do cotidiano escolar.
• “Pares mais hábeis”, utilizado pelo psicólogo russo Lev Vigotski,
aproveitar os estudantes que aprendem com mais rapidez para que auxiliem
seus colegas.
13. ADAPTAÇÕES DE SALA
• Utilizar diferentes técnicas e metodologias. Há os que aprendem melhor
ouvindo, os que precisam manipular, os que gostam de falar enquanto
aprendem;
• Estabelecimento regras de convivência em conjunto. A participação na
criação das regras é fundamental para o cumprimento e adesão às normas.
Limites, organização e boas relações são fundamentais para que os processos
de ensino e aprendizagem se deem de modo eficaz;
14. ADAPTAÇÕES DE SALA
• Em sala de aula: minimize estímulos distratores.
• O professor deve sinalizar o que é importante na informação
• Repetir as instruções através da escrita, da fala, visual...
• Dividir as tarefas complexas em tarefas mais simplificadas, envolvendo seus
estudantes na rotina da sala de aula
• Reforço positivo: promover sempre elogios
• Crie grupos de tarefas e faça uso do "cantinho de estudos" na sala de aula
• Auxilie na organização do material escolar
15. MEDICAÇÃO
• Os estimulantes presentes no medicamento aumentam a liberação de
dopamina (importante neurotransmissor precursor natural da adrenalina) em
determinados circuitos do sistema nervoso central, ajudando a corrigir o
funcionamento deficitário e auxiliando no controle da hiperatividade.
NOME QUÍMICO NOME COMERCIAL DURAÇÃO MÉDIA
Lisdexanfetamina Venvanse 12 horas
Metilfenidato (curta ação) Ritalina 3 a 5 horas
Metilfenidato (Longa ação) Concerta
Ritalina LA
12 horas
8 horas
16. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• Os maiores problemas relacionados ao uso de Ritalina estão no uso incorreto
e no descuido no diagnóstico. Geralmente, psiquiatras e professores partem
de uma análise estereotipada, baseada no senso comum: se é inquieto, tem
TDAH; se é distraído, também.
• Muitos não utilizam o DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística de
Transtornos Mentais) para diagnosticar o transtorno. Aí está o erro. Quando
as análises são feitas erroneamente, o paciente passa a ser medicado com
Ritalina, mesmo sem precisar.
17. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• E um dado chama atenção para os possíveis diagnósticos errados: a explosão
de vendas do medicamento. Em oito anos (de 2000 até 2008), a
comercialização anual de caixas de ritalina passou de 71 mil para 1,147
milhões, sem contabilizar as demandas revendidas clandestinamente no País.
O número coloca o Brasil como o segundo maior consumidor de
metilfenidato do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Entretanto, é válido lembrar que a ritalina é o único medicamento para
tratamento de TDAH comercializado no território brasileiro, o que
contribui com o grande consumo no País.
18. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• Os efeitos colaterais mais comuns e conhecidos são perda de apetite, dores
de cabeça, sensação de opressão no peito, taquicardia, tremores e mãos
úmidas, boca seca, aumento da ansiedade, entre outros. Um dos maiores
riscos de qualquer medicação psicoestimulante - como a Ritalina ou
Concerta, é causar uma crise de ansiedade / pânico ou surto psicótico,
especialmente em pessoas que tenham uma tendência não identificada a
transtorno de humor do tipo bipolar.
19. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• No caso de crianças com altura inferior à esperada para a idade, problemas
de crescimento ou hormonais, o uso da medicação pode não ser
recomendado. Caso prescrito, deve ser acompanhado com cautela também
pelo endocrinologista ou pediatra da criança, além do médico que prescreve a
Ritalina.
20. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• O DEA (Drug Enforcement Administration), órgão administrativo de
narcóticos da Polícia Federal norte-americana, ressalta que o uso do
metilfenidato é legal no tratamento de TDAH, porém há registros que
indicam que o aumento do uso desta substância na terapia cresce
paralelamente com o número de adolescentes e adultos jovens que fazem uso
abusivo (e sem prescrição) da ritalina. Segundo dados do DEA,
aproximadamente 3.601 atendimentos dos pronto-socorros em 2010 estavam
relacionados ao uso indiscriminado do metilfenidato, e que 186 mortes
estavam ligadas ao uso do medicamento.
21. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• Respaldado nos dados do Centro de Estudo de Ciência e Genética da
Universidade de Utah, nos EUA, Dr. Luiz Alberto Chaves de Oliveira,
coordenador de Políticas Sobre Drogas no Estado de São Paulo, afirma que
de 30% a 50% dos jovens em tratamento por dependência química relataram
já ter abusado de metilfenidato, pois os efeitos são semelhantes ao da
cocaína, que também é estimulante.
22. MEDICAÇÃO – RITALINA
EFEITOS COLATERAIS
• Outra pesquisa, da FDA (Food and Drugs Administration), órgão de
vigilância sanitária dos EUA, e do NMH (National Institute of Mental
Health), feita em 2009, traz mais dados assustadores. O risco de morte súbita
para adolescentes que tomaram ritalina é de dez a 14 vezes maior do que para
queles que nunca foram medicados.