SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  8
RESUMO AULA PRÁTICA 
Objetivos: 
 Ganhar confiança do paciente; 
 Informá-lo quanto à técnica; 
 Tranqüilizá- lo quanto aos procedimentos a que será submetido; 
 Avaliar seu estado físico; 
 Avaliar o risco anestésico-cirúrgico (Classificação ASA); 
 Escolher a técnica e agente anestésico + adequados; 
 Identificar ou não problemas potenciais, determinando sua etiologia, 
encaminhando-o a um outro especialista para uma interconsulta se necessário; 
 Prescrever medicação pré-anestésica; 
 Amparo médico legal. 
O ideal é realizar a avaliação pré-anestésica no ambulatório. 
Etapas na Avaliação Pré-Anestésica 
1) Revisão do prontuário: p/ obter informações gerais sobre o pcte; observações 
clínicas pré-existentes, medicações, exames complementares. 
2) Contato pessoal do Anestesiologista com o paciente: 
- esclarecer sobre anestesia, minimizar a ansiedade do pcte e de seus familiares; 
- formular um julgamento clínico sobre a condição anestésica do pcte; 
- anamnese e exame físico dirigidos à anestesia e devem classificar o estado 
físico do paciente; 
- colocar ao paciente o risco do procedimento, de forma clara e compreensível; 
- orientar preparo adequado, planejar a técnica anestésica, o nível de 
monitorização no transoperatório e na recuperação. 
Exame Físico 
Altura: junto com o peso nos dá idéia do biótipo. 
Peso: para cálculo das doses por quilo de peso.
Constituição física: obesidade, “tórax em barril”, “pescoço de touro”, podem trazer 
problemas ventilatórios. 
 A obesidade traz também dificuldade de relaxamento abdominal; a gordura 
armazena anestésicos inalatórios e tiopental retardando 
o despertar; 
 Importante associa-la à DM, HAS e aumento do conteúdo gástrico. 
 No cálculo para anestesia em obesos deve-se utilizar as doses para o “peso 
ideal”. (Altura – 105 = peso ideal). 
Estado Nutricional: em caso de pacientes desnutridos, caquéticos: 
 Desnutridos maior fração livre de fármacos (pois tem menor quantidade de 
albumina plasmática), tendo resposta com menores doses. Ficar atento para toxicidade. 
 Há diminuição da resposta imunológica; 
 Redução da capacidade vital; 
 Maior risco de edema pulmonar e intersticial; 
 Maior sensibilidade aos relaxantes musculares (menor massa muscular). 
Coloração da pele e mucosas: cianose, palidez (verificar anemia e necessidade de 
hemotransfusão), icterícia, petéquias, tatuagens, etc. 
Boca, nariz e orofaringe: 
 Permeabilidade nasal, dentes frouxos; 
 Próteses dentárias, língua grande(hipertireoidismo), alterações anatômicas, 
patologia que impeça abertura da boca (doenças auto-imunes que cursam com 
microstomia – LES), etc.
Sistema Respiratório: roncos, sibilos, estertores, etc. 
Sistema Cardiovascular: 
P.A: medir nos 2 braços; se diastólica maior que 110mgHg e sistólica maior que 190 
mmHg, controlar antes da cirurgia. 
F.C.: ausculta e palpação precordial, arritmia, sopro. 
Veias Periféricas: para administração de líquidos, anestesia venosa regional, etc. 
Exame da coluna: para anestesias espinhais ou de outras regiões para outros bloqueios 
anestésicos. 
RISCO CIRURGICO E PRÉ ANESTESICO
DISTANCIA TIREO MENTONIANA E ESTERNO MENTONIANA 
A distância tíreo-mentoniana (bordo inferior do mento à proeminência da cartilagem 
tireóide) está diminuída, quando for inferior a 6 (seis) centímetros. 
A distância esterno-mentoniana (borda inferior do mento ao manúbrio esternal) é 
considerada reduzida, quando atinge níveis abaixo de 12,5 (doze e meio)cm. 
ASA
RISCO QUANTO AO TIPO DE PROCEDIMENTO 
SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
 Classe 2 / Cirurgias de pequeno porte: Hemograma, coagulograma, ECG, Rx 
tórax, glicemia, NA, K, Ur e CR. 
 Classe 2 /Cirurgias de médio e grande porte, Classe 3 e Classe 4: 
hemograma, coagulograma, ECG, Rx tórax, glicemia, NA, K, Ur, CR e 
avaliação da clinica médica. 
SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS
SUSPENSÃO DA DIETA 
EXERCÍCIOS 
1. Quais são os exames laboratoriais solicitados a um paciente ASA 1 menor que 60 
anos? Justifique. 
a) Hb e ht. 
b) Raio x de tórax. 
c) Uréia e creatinina. 
d) Ecg. 
e) Glicemia de jejum. 
2. Como se faz a avaliação da distância esterno-mento? 
a) Paciente sentado, pescoço em extensão máxima boca fechada. 
b) Paciente deitado, pescoço em extensão máxima boca fechada. 
c) Paciente sentado, pescoço em flexão máxima boca fechada. 
d) Paciente sentado, pescoço em extensão máxima e boca aberta. 
e) Paciente deitado, pescoço em flexão máxima e boca fechada.
3. Como ocorre a avaliação do risco anestésico de um paciente jovem, com um tumor 
de joelho, que não faz uso de medicações, segundo a classificação ASA – American 
Society of Anesthesiology? 
a) ASA 1 – Nenhuma outra doença além da patologia cirírgica 
b) ASA 2 – Além da patologia cirúrgica, alterações sistêmicas ou não causadas pela patologia 
ou por outro sistema (entretanto compensadas). 
c) ASA 3 – Além da patologia cirúrgica, alterações sistêmicas (entretanto descompensadas). 
d) ASA 4 – Patologia grave com alteração grave com perigo de vida. 
e) ASA 5 – Paciente com pouca ou nenhuma chance de vida em 24 horas com ou sem cirurgia. 
4. Paciente com insuficiência cardíaca descompensada, necessita ser submetido a 
cirurgia para correção de hérnia inguinal estrangulada. Classifique o estado físico 
do paciente segundo ASA. 
a) III 
b) IV 
c) V 
d) III-E 
e) IV-E 
5. Principal objetivo da medicação pré anestésica: 
a) Potencialização dos anestésicos 
b) Redução dos efeitos colaterais dos anestésicos 
c) Diminuição da atividade reflexa 
d) Amnésia 
e) Atenuação da ansiedade 
6. Droga que deve ser suspensa no pré- operatório de cirurgia eletiva: 
a) Inibidor da monoaminoxidase 
b) Betabloqueador 
c) Bloqueador dos canais de cálcio 
d) Digitálicos 
e) Alfametildopa 
7. Em relação ao bloqueio combinado da raquianestesia e anestesia peridural, é 
correto afirmar que: 
a) É um método que aumenta a incidência de reações tóxicas 
b) A técnica com duas punções é mais confortável e menos traumática 
c) A punção em um único espaço impossibiilita a migração do cateter 
d) Permite analgesia em obstetrícia, com bloqueio mortor mínimo
e) Não permite a instalação de analgesia controlada pelo paciente. 
8. Em relação a raquianestesia com agulhas de fino calibre, é coreto 
afirmar que: 
a) A ocorrência de cefaléia é mais freqüente na abordagem 
paramediana. 
b) A presença de liquor no canhão da agulha é índice seguro de sucesso 
na anestesia. 
c) A incidência de cefaléia é inferior a 2% com agulhas 29g tipo 
whitacre. 
d) P tempo de gotejamento do liquor é igual com agulhas de 27 e 25 g 
tipo quincke. 
e) Com agulha 29g tipo quincke a incidência de falhas é menor, 
comparada com agulha 25g. 
9. Paciente com historia de IAM há 01 ano, apresenta ulcera gástrica, 
emagrecimento de 4 kg em 3 meses. Será submetido há gastrectomia 
subtotal. Segundo a classificação do ASA 
a) I 
b) II 
c) III 
d) IV 
e) V

Contenu connexe

Tendances

Fisiologia do sistema gastrointestinal
Fisiologia do sistema gastrointestinalFisiologia do sistema gastrointestinal
Fisiologia do sistema gastrointestinalVanessa Cunha
 
25ª aula trauma abdominal Silvio
25ª aula   trauma abdominal Silvio25ª aula   trauma abdominal Silvio
25ª aula trauma abdominal SilvioProf Silvio Rosa
 
Cópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxCópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxJucie Vasconcelos
 
Patologias do sistema urinário
Patologias do sistema urinárioPatologias do sistema urinário
Patologias do sistema urinárioRoberta Araujo
 
Exame Físico Multidisciplinar
Exame Físico MultidisciplinarExame Físico Multidisciplinar
Exame Físico Multidisciplinarresenfe2013
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Fisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renalFisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renalAdriana Quevedo
 
Desconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório NeonatalDesconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório Neonatalblogped1
 
Aula exame cabeça e pescoço
Aula exame cabeça e pescoçoAula exame cabeça e pescoço
Aula exame cabeça e pescoçoCelinha Alves
 
Exame Neurológico: Síndrome Extrapiramidal
Exame Neurológico: Síndrome ExtrapiramidalExame Neurológico: Síndrome Extrapiramidal
Exame Neurológico: Síndrome ExtrapiramidalDr. Rafael Higashi
 
Diarreia apresentação
Diarreia apresentaçãoDiarreia apresentação
Diarreia apresentaçãoAdriana Matos
 
Diarreia Aguda na Infância
Diarreia Aguda na InfânciaDiarreia Aguda na Infância
Diarreia Aguda na Infânciablogped1
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Gasometria Arterialresenfe2013
 
Exame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e PescoçoExame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e PescoçoPaulo Alambert
 
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.Andréa Ribeiro
 

Tendances (20)

Urgência e Incontinência Urinária
Urgência e Incontinência UrináriaUrgência e Incontinência Urinária
Urgência e Incontinência Urinária
 
Fisiologia do sistema gastrointestinal
Fisiologia do sistema gastrointestinalFisiologia do sistema gastrointestinal
Fisiologia do sistema gastrointestinal
 
25ª aula trauma abdominal Silvio
25ª aula   trauma abdominal Silvio25ª aula   trauma abdominal Silvio
25ª aula trauma abdominal Silvio
 
Cópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxCópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tórax
 
Patologias do sistema urinário
Patologias do sistema urinárioPatologias do sistema urinário
Patologias do sistema urinário
 
Exame Físico Multidisciplinar
Exame Físico MultidisciplinarExame Físico Multidisciplinar
Exame Físico Multidisciplinar
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Acidentes ósseos
Acidentes ósseosAcidentes ósseos
Acidentes ósseos
 
Fisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renalFisiologia do sistema renal
Fisiologia do sistema renal
 
Desconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório NeonatalDesconforto Respiratório Neonatal
Desconforto Respiratório Neonatal
 
Aula exame cabeça e pescoço
Aula exame cabeça e pescoçoAula exame cabeça e pescoço
Aula exame cabeça e pescoço
 
Exame físico geral
Exame físico geralExame físico geral
Exame físico geral
 
Exame Neurológico: Síndrome Extrapiramidal
Exame Neurológico: Síndrome ExtrapiramidalExame Neurológico: Síndrome Extrapiramidal
Exame Neurológico: Síndrome Extrapiramidal
 
Diarreia apresentação
Diarreia apresentaçãoDiarreia apresentação
Diarreia apresentação
 
Diarreia Aguda na Infância
Diarreia Aguda na InfânciaDiarreia Aguda na Infância
Diarreia Aguda na Infância
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Gasometria Arterial
 
Laparotomia e fechamento
Laparotomia e fechamentoLaparotomia e fechamento
Laparotomia e fechamento
 
Exame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e PescoçoExame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e Pescoço
 
Miologia cabeça e pescoço
Miologia cabeça e pescoçoMiologia cabeça e pescoço
Miologia cabeça e pescoço
 
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
Assistência de enfermagem a portadores de doenças endócrinas.
 

Similaire à Avaliação Pré-Anestésica Completa

Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)Jucie Vasconcelos
 
Avaliação pré-operatória.pptx
Avaliação pré-operatória.pptxAvaliação pré-operatória.pptx
Avaliação pré-operatória.pptxraylandias
 
Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02   avaliação pré-anestésicaAnestesiologia 02   avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésicaJucie Vasconcelos
 
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e PâncreasAssistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e PâncreasBruno Cavalcante Costa
 
Apostila de exames contrastado profª vanderleia atual
Apostila de exames contrastado  profª vanderleia atualApostila de exames contrastado  profª vanderleia atual
Apostila de exames contrastado profª vanderleia atualVanderleia Gerrmano
 
Abordagem ao Politraumatizado CAOT IV.ppt
Abordagem ao Politraumatizado CAOT IV.pptAbordagem ao Politraumatizado CAOT IV.ppt
Abordagem ao Politraumatizado CAOT IV.pptHelderGarciaAfonsoQu
 
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorAnestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorSMA - Serviços Médicos de Anestesia
 
Cobertura jornalística - Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Cobertura jornalística - Congresso Brasileiro de AnestesiologiaCobertura jornalística - Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Cobertura jornalística - Congresso Brasileiro de AnestesiologiaCBPortfolio
 
Prova Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdf
Prova Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdfProva Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdf
Prova Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdfjessica276304
 
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?Márcio Borges
 
Aula Cuidados Pré Operatórios
Aula Cuidados Pré OperatóriosAula Cuidados Pré Operatórios
Aula Cuidados Pré Operatóriosfernandomadureira
 
OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICO
OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICOOXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICO
OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICOLUCIANA CACCAVO
 
UFMT 2021 2022.pdf
UFMT 2021 2022.pdfUFMT 2021 2022.pdf
UFMT 2021 2022.pdfBrian Tc
 
Anestesia na Cirurgia Plástica.doc
Anestesia na Cirurgia Plástica.docAnestesia na Cirurgia Plástica.doc
Anestesia na Cirurgia Plástica.docBrunno Rosique
 
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptProcedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptDiagnostic Radiologist
 
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010Urovideo.org
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritotatysants
 

Similaire à Avaliação Pré-Anestésica Completa (20)

Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)Anestesiologia 10   anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 10 anestesia ambulatorial - med resumos (set-2011)
 
Avaliação pré-operatória.pptx
Avaliação pré-operatória.pptxAvaliação pré-operatória.pptx
Avaliação pré-operatória.pptx
 
Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02   avaliação pré-anestésicaAnestesiologia 02   avaliação pré-anestésica
Anestesiologia 02 avaliação pré-anestésica
 
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e PâncreasAssistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
Assistência de Enfermagem em Cirurgias via Biliares e Pâncreas
 
Apostila de exames contrastado profª vanderleia atual
Apostila de exames contrastado  profª vanderleia atualApostila de exames contrastado  profª vanderleia atual
Apostila de exames contrastado profª vanderleia atual
 
Abordagem ao Politraumatizado CAOT IV.ppt
Abordagem ao Politraumatizado CAOT IV.pptAbordagem ao Politraumatizado CAOT IV.ppt
Abordagem ao Politraumatizado CAOT IV.ppt
 
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler JúniorAnestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
Anestesia e Segurança - Prof. Dr. José Otávio Costa Auler Júnior
 
Cobertura jornalística - Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Cobertura jornalística - Congresso Brasileiro de AnestesiologiaCobertura jornalística - Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Cobertura jornalística - Congresso Brasileiro de Anestesiologia
 
7 abdomen agudo
7 abdomen agudo7 abdomen agudo
7 abdomen agudo
 
Prova Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdf
Prova Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdfProva Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdf
Prova Bimestral 2 paciente critico sanleny (1).pdf
 
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
Coronariopatia No Idoso - Como indicar estudo hemodinâmico?
 
Aula Cuidados Pré Operatórios
Aula Cuidados Pré OperatóriosAula Cuidados Pré Operatórios
Aula Cuidados Pré Operatórios
 
Protocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supraProtocolo sca-com-supra
Protocolo sca-com-supra
 
CHECK LIST EM UTI
CHECK LIST EM UTICHECK LIST EM UTI
CHECK LIST EM UTI
 
OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICO
OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICOOXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICO
OXIGENOTERAPIA X PÉ DIABÉTICO
 
UFMT 2021 2022.pdf
UFMT 2021 2022.pdfUFMT 2021 2022.pdf
UFMT 2021 2022.pdf
 
Anestesia na Cirurgia Plástica.doc
Anestesia na Cirurgia Plástica.docAnestesia na Cirurgia Plástica.doc
Anestesia na Cirurgia Plástica.doc
 
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.pptProcedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
Procedimentos Diagnósticos por Imagem.ppt
 
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
Anestesia para Video-Laparoscopia em Urologia - 2010
 
Uerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabaritoUerj res enferm discursiva gabarito
Uerj res enferm discursiva gabarito
 

Dernier

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 

Dernier (10)

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 

Avaliação Pré-Anestésica Completa

  • 1. RESUMO AULA PRÁTICA Objetivos:  Ganhar confiança do paciente;  Informá-lo quanto à técnica;  Tranqüilizá- lo quanto aos procedimentos a que será submetido;  Avaliar seu estado físico;  Avaliar o risco anestésico-cirúrgico (Classificação ASA);  Escolher a técnica e agente anestésico + adequados;  Identificar ou não problemas potenciais, determinando sua etiologia, encaminhando-o a um outro especialista para uma interconsulta se necessário;  Prescrever medicação pré-anestésica;  Amparo médico legal. O ideal é realizar a avaliação pré-anestésica no ambulatório. Etapas na Avaliação Pré-Anestésica 1) Revisão do prontuário: p/ obter informações gerais sobre o pcte; observações clínicas pré-existentes, medicações, exames complementares. 2) Contato pessoal do Anestesiologista com o paciente: - esclarecer sobre anestesia, minimizar a ansiedade do pcte e de seus familiares; - formular um julgamento clínico sobre a condição anestésica do pcte; - anamnese e exame físico dirigidos à anestesia e devem classificar o estado físico do paciente; - colocar ao paciente o risco do procedimento, de forma clara e compreensível; - orientar preparo adequado, planejar a técnica anestésica, o nível de monitorização no transoperatório e na recuperação. Exame Físico Altura: junto com o peso nos dá idéia do biótipo. Peso: para cálculo das doses por quilo de peso.
  • 2. Constituição física: obesidade, “tórax em barril”, “pescoço de touro”, podem trazer problemas ventilatórios.  A obesidade traz também dificuldade de relaxamento abdominal; a gordura armazena anestésicos inalatórios e tiopental retardando o despertar;  Importante associa-la à DM, HAS e aumento do conteúdo gástrico.  No cálculo para anestesia em obesos deve-se utilizar as doses para o “peso ideal”. (Altura – 105 = peso ideal). Estado Nutricional: em caso de pacientes desnutridos, caquéticos:  Desnutridos maior fração livre de fármacos (pois tem menor quantidade de albumina plasmática), tendo resposta com menores doses. Ficar atento para toxicidade.  Há diminuição da resposta imunológica;  Redução da capacidade vital;  Maior risco de edema pulmonar e intersticial;  Maior sensibilidade aos relaxantes musculares (menor massa muscular). Coloração da pele e mucosas: cianose, palidez (verificar anemia e necessidade de hemotransfusão), icterícia, petéquias, tatuagens, etc. Boca, nariz e orofaringe:  Permeabilidade nasal, dentes frouxos;  Próteses dentárias, língua grande(hipertireoidismo), alterações anatômicas, patologia que impeça abertura da boca (doenças auto-imunes que cursam com microstomia – LES), etc.
  • 3. Sistema Respiratório: roncos, sibilos, estertores, etc. Sistema Cardiovascular: P.A: medir nos 2 braços; se diastólica maior que 110mgHg e sistólica maior que 190 mmHg, controlar antes da cirurgia. F.C.: ausculta e palpação precordial, arritmia, sopro. Veias Periféricas: para administração de líquidos, anestesia venosa regional, etc. Exame da coluna: para anestesias espinhais ou de outras regiões para outros bloqueios anestésicos. RISCO CIRURGICO E PRÉ ANESTESICO
  • 4. DISTANCIA TIREO MENTONIANA E ESTERNO MENTONIANA A distância tíreo-mentoniana (bordo inferior do mento à proeminência da cartilagem tireóide) está diminuída, quando for inferior a 6 (seis) centímetros. A distância esterno-mentoniana (borda inferior do mento ao manúbrio esternal) é considerada reduzida, quando atinge níveis abaixo de 12,5 (doze e meio)cm. ASA
  • 5. RISCO QUANTO AO TIPO DE PROCEDIMENTO SOLICITAÇÃO DE EXAMES  Classe 2 / Cirurgias de pequeno porte: Hemograma, coagulograma, ECG, Rx tórax, glicemia, NA, K, Ur e CR.  Classe 2 /Cirurgias de médio e grande porte, Classe 3 e Classe 4: hemograma, coagulograma, ECG, Rx tórax, glicemia, NA, K, Ur, CR e avaliação da clinica médica. SUSPENSÃO DE MEDICAMENTOS
  • 6. SUSPENSÃO DA DIETA EXERCÍCIOS 1. Quais são os exames laboratoriais solicitados a um paciente ASA 1 menor que 60 anos? Justifique. a) Hb e ht. b) Raio x de tórax. c) Uréia e creatinina. d) Ecg. e) Glicemia de jejum. 2. Como se faz a avaliação da distância esterno-mento? a) Paciente sentado, pescoço em extensão máxima boca fechada. b) Paciente deitado, pescoço em extensão máxima boca fechada. c) Paciente sentado, pescoço em flexão máxima boca fechada. d) Paciente sentado, pescoço em extensão máxima e boca aberta. e) Paciente deitado, pescoço em flexão máxima e boca fechada.
  • 7. 3. Como ocorre a avaliação do risco anestésico de um paciente jovem, com um tumor de joelho, que não faz uso de medicações, segundo a classificação ASA – American Society of Anesthesiology? a) ASA 1 – Nenhuma outra doença além da patologia cirírgica b) ASA 2 – Além da patologia cirúrgica, alterações sistêmicas ou não causadas pela patologia ou por outro sistema (entretanto compensadas). c) ASA 3 – Além da patologia cirúrgica, alterações sistêmicas (entretanto descompensadas). d) ASA 4 – Patologia grave com alteração grave com perigo de vida. e) ASA 5 – Paciente com pouca ou nenhuma chance de vida em 24 horas com ou sem cirurgia. 4. Paciente com insuficiência cardíaca descompensada, necessita ser submetido a cirurgia para correção de hérnia inguinal estrangulada. Classifique o estado físico do paciente segundo ASA. a) III b) IV c) V d) III-E e) IV-E 5. Principal objetivo da medicação pré anestésica: a) Potencialização dos anestésicos b) Redução dos efeitos colaterais dos anestésicos c) Diminuição da atividade reflexa d) Amnésia e) Atenuação da ansiedade 6. Droga que deve ser suspensa no pré- operatório de cirurgia eletiva: a) Inibidor da monoaminoxidase b) Betabloqueador c) Bloqueador dos canais de cálcio d) Digitálicos e) Alfametildopa 7. Em relação ao bloqueio combinado da raquianestesia e anestesia peridural, é correto afirmar que: a) É um método que aumenta a incidência de reações tóxicas b) A técnica com duas punções é mais confortável e menos traumática c) A punção em um único espaço impossibiilita a migração do cateter d) Permite analgesia em obstetrícia, com bloqueio mortor mínimo
  • 8. e) Não permite a instalação de analgesia controlada pelo paciente. 8. Em relação a raquianestesia com agulhas de fino calibre, é coreto afirmar que: a) A ocorrência de cefaléia é mais freqüente na abordagem paramediana. b) A presença de liquor no canhão da agulha é índice seguro de sucesso na anestesia. c) A incidência de cefaléia é inferior a 2% com agulhas 29g tipo whitacre. d) P tempo de gotejamento do liquor é igual com agulhas de 27 e 25 g tipo quincke. e) Com agulha 29g tipo quincke a incidência de falhas é menor, comparada com agulha 25g. 9. Paciente com historia de IAM há 01 ano, apresenta ulcera gástrica, emagrecimento de 4 kg em 3 meses. Será submetido há gastrectomia subtotal. Segundo a classificação do ASA a) I b) II c) III d) IV e) V