3. De acordo com a ABNT, resíduos sólidos são todos os
resíduos nos estados sólido ou semi-sólido resultantes de
atividades de origem:
doméstica
comercial
agrícola
indústrias
hospitalar
varrição
São Classificados de acordo com sua:
origem
características físicas
composição química
riscos ao meio ambiente
5. Em relação aos riscos ao meio ambiente, esses resíduos
são divididos em:
Classificação
Dos Resíduos
Sólidos
Classe II: não
perigosos
Classe II A:
biodegradabilidade,
combustibilidade ou
solubilidade em água
Classe II B
Classe I: perigosos
Inflamabilidade,
corrosividade,
reatividade, toxicidade e
patogenecidade
Dentre os diversos resíduos gerados pela sociedade
estão os resíduos de serviços da saúde (RSS), os quais são
classificados como de classe I (perigosos).
7. Resíduos de serviços da saúde são considerados todos
aqueles gerados a partir do atendimento a saúde humana e animal
inclusive os de assistência domiciliar e trabalho de campo, gerados
em estabelecimentos como:
hospitais
clínicas médicas e odontológicas
farmácias e drogarias
laboratório de análises clínicas e postos de coleta de
material biológico
instituições de ensino e pesquisa médica
necrotérios
funerárias
centros de controle de zoonoses
clinicas veterinárias
serviços de acupuntura
serviços de tatuagens
dentre outros similares
8. Os Resíduos de serviços da saúde são classificados de acordo
com suas características e consequentes riscos que podem
provocar à saúde pública e ao meio ambiente, sendo classificados
em cinco grupos:
Grupo A: (infectantes) Resíduos com a possível presença de
agentes biológicos que, por suas características de maior virulência,
infectividade e concentração, podem apresentar risco de patógenos.
Subdivididos em:
A1 > resíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica,
por exemplo:
cultura e estoques de microrganismo
vacinas vencidas ou inutilizadas
sobras de amostra de laboratório contendo sangue ou
líquido corpóreo
A2 > resíduos provenientes de animais, por exemplo:
Carcaças
peças anatômicas
vísceras
cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de
microrganismo com risco de disseminação.
9. A3 > resíduos provenientes do ser humano, por exemplo:
peças anatômicas (membros)
produtos de fecundação sem sinais vitais
A4 > resíduos provenientes de animais ou seres humanos que não
contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes patológicos e não
cause risco de disseminação, por exemplo:
tecido adiposo gerados por procedimentos de cirurgia plástica
sobras de amostra de laboratório contendo fezes, urina e
secreções
luvas
sondas
curativos
recipientes e materiais que não contenham líquidos corpóreos
na forma livre
carcaças, vísceras e peças anatômicas de animais que não
apresente risco de contaminação
A5 > resíduos com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
órgãos
tecidos
fluidos orgânicos
materiais resultantes da atenção a saúde humana ou animal
10. GRUPO B: (químicos): Resíduos contendo substâncias químicas
que dependendo de suas características de inflamabilidade,
toxidade, corrosividade e reatividade podem apresentar riscos à
saúde pública e ao meio ambiente, por exemplo:
medicamentos vencidos
produtos hormonais
antimicrobianos
reagentes para laboratório
efluentes dos equipamentos automatizados
saneantes
desinfetantes
entre outros
11. Grupo C: (radioativos): Quaisquer materiais radioativos ou
contaminados com radio-nuclídeos em quantidades superiores aos
limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria.
Grupo D: (comum): Resíduos que podem ser comparados aos
resíduos domiciliares por não apresentam risco biológico, químico
ou radiológico a saúde ou ao meio ambiente.
sobras de alimentos
resíduos de varrição
resíduos de gesso provenientes da assistência a saúde
resíduos das áreas administrativas e outros similares
Grupo E: (Perfurocortante): objetos ou instrumentos
perfurocortantes ou escarificantes que podem ou não apresentar
risco de contaminação, por exemplo:
agulhas
ampolas de vidro
escalpes
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório
12. De acordo com uma pesquisa realizada (IBGE) são
coletadas diariamente.
228.413 toneladas de resíduos sólidos no Brasil
1% corresponde aos resíduos de serviço da saúde
ou seja, 2.300 toneladas diárias
Os RSS devem ser tratados de maneira especial que vão
desde sua origem até seu destino final, exigindo uma atuação
conjunta das autoridades.
institucionais
municipais
estaduais
federais
O gerenciamento dos RSS é de responsabilidade de
seus próprios geradores, cabendo aos órgãos públicos a gestão,
regulamentação e fiscalização.
O estabelecimento gerador deverá implementar um
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Saúde.
16. Consiste na transferência dos resíduos do ponto de geração
até o local de armazenamento temporário ou armazenamento
externo.
deve ser realizado separadamente de acordo com cada grupo de
resíduos
em horários definidos, que não coincidem com:
distribuição de roupas, alimentos e medicamentos
visitas ou maior fluxo de pessoas ou atividade
17. Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo
os resíduos já acondicionados, em um local próximo ao ponto de
geração.
deve ser identificada como ´´SALA DE RESÍDUOS``
deve ter no mínimo 2m²
os sacos devem permanecer nos recipientes de
acondicionamento
poderá ser dispensado se a distância entre o ponto de geração e
o armazenamento externo forem próximos.
18. Quaisquer processos manuais, mecânicos, físicos,
químicos ou biológicos, que modifiquem as características,
reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes
ocupacionais ou danos ao meio ambiente.
Os processos de tratamento dos RSS de acordo com os
riscos biológicos se subdividem em dois tipos:
Tratamento parcial ou esterilizante:
ocorre no próprio estabelecimento
os resíduos do subgrupo A1 e A2 devem ser submetidos
autoclavagem
tratamento químico
irradiação
microondas
19. realizado em empresas terceirizadas
tratamento térmico
alcançam temperatura entre 800°C a 1.200°C
incinerador
queimador elétrico
tocha de plasma
tratamento térmico por incineração
20.
21. • Consiste no acondicionamento dos recipientes de resíduos até a
realização da coleta e transporte externo.
local exclusivo e identificado como ´´ABRIGO DE RESÍDUOS
``
os sacos devem permanecer dentro dos contêineres
acesso facilitado para os veículos coletores.
22. Consiste na retirada dos resíduos
do armazenamento externo até o
local de disposição final.
Podem ser utilizados diferentes
tipos de veículos de pequeno até
grande porte.
23. Os funcionários envolvidos em cada etapa do
gerenciamento dos RSS devem ser adequadamente treinados e
obrigatoriamente utilizarem os equipamentos de proteção individual
recomendados.
24. Consiste na disposição definitiva de resíduos já
tratados, no solo ou em locais previamente preparados para
recebê-los.
local deve obedecer normas técnicas de construção e
operação
licenciado em órgão ambiental competente (CONAMA
nº.237/97)
Atualmente os locais utilizados para disposição final dos
RSS são:
aterro sanitário
aterro de resíduos perigosos - classe I (para resíduos
industriais)
valas sépticas
aterro controlado
lixão ou vazadouro
25. Aterro Sanitário: Este método consiste no aterramento dos
resíduos sólidos em áreas previamente preparadas, buscando
causar o menor impacto ambiental possível.
solo impermeabilizado
controle dos efluentes líquido
emissões de gases
resíduos deverão ser depositados em camadas sobre o solo
recobrimento será feito diariamente com camada de solo
compactada com espessura de 20 cm ²
26. Aterro de resíduos perigosos - classe I: consiste praticamente
no mesmo processo do aterro sanitário, porém utiliza técnicas de
disposição final apropriados para resíduos químicos (Grupo B) no
solo, utilizando de procedimentos específicos de engenharia para
confinamento destes.
27. Valas sépticas: consiste no preenchimento de valas
escavadas e impermeabilizadas, com tamanhos proporcionais a
quantidade de resíduos a serem aterrados.
Os resíduos devem ser depositados sem compactação,
diretamente no interior da vala, sendo que no final do dia deverá
ser efetuada sua cobertura com terra.
utilizados em pequenos municípios
baixo custo
28. Aterro controlado - Trata-se de um lixão melhorado. Neste
sistema os resíduos são descarregados no solo, com
recobrimento de camada de material inerte, diariamente.
Lixão ou vazadouro - Este é considerado um método
inadequado de disposição de resíduos sólidos no solo sem
preparo algum.
29. O gerenciamento dos RSS é essencial para evitar riscos
aos trabalhadores, à saúde pública e danos ao meio ambiente.
Portanto, deve haver um planejamento de todo o processo
de gerenciamento, desde a fase de identificação dos RSS até o
processo de tratamento e disposição final.
O gerenciamento inadequado dos resíduos de serviço da
saúde pode ser considerado crime ambiental, devido à possibilidade
de ocorrência de danos ambientais de grande proporção, desde
contaminação de lençóis freáticos e de córregos até mesmo casos
de infecção e geração de epidemias e endemias relacionadas a
materiais infecto-contagiosos presentes nos resíduos de serviço da
saúde.