2. Surge a União Democrática Nacional (UDN),
partido de oposição a Getúlio Vargas.
Getúlio convoca eleições depois de pressões
internas e externas.
Surge o movimento “Queremos Getúlio” que
levou o nome de Queremismo.
Getúlio não consegue se manter no poder.
3. Principais Candidatos: Eurico Gaspar Dutra, do PSD; e Juaréz
Távora, da UDN. (os dois militares)
O povo foi às urnas e deu a vitória a Dutra, que governou o Brasil
de 1946 a 1951.
Em plena Guerra Fria, o presidente Dutra rompeu relações com a
União Soviética, fechou o Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Para dar um melhor preparo aos oficiais superiores das Forças
Armadas, criou a Escola Superior de Guerra.
Dutra convocou as grandes empresas americanas a se instalarem
no Brasil, dando-lhes todas as facilidades (terrenos, baixos
impostos, etc.)
Durante o seu governo, foi criada a Constituição de 1946.
4.
5. A Constituição de 1946 foi a quarta do período
republicano.
A Constituição restabeleceu as eleições diretas para a
escolha dos governantes em todos os níveis: presidente,
governadores e prefeitos.
Além disso, foram mantidas as eleições para senadores,
deputados federais, deputados estaduais e vereadores.
Ela consagrou as liberdades já expressas na Constituição
de 1934, mas anuladas em 1937, como a liberdade de
expressão, de pensamento, de crença religiosa, entre
outras.
Garantia também a igualdade de todos perante a lei.
6. Nas eleições de 1950, Getúlio Vargas concorreu à presidência
pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
Desde o início de seu mandato, em 1951, começou a colocar em
prática a sua política popular e nacionalista.
Esta medidas visavam beneficiar os trabalhadores e favorecer as
empresas nacionais. A principal delas foi o aumento de 100% do
salário mínimo.
Os privilégios que Getúlio estava concedendo aos trabalhadores
deixou muita gente descontente, como os grandes empresários,
alguns chefes militares e a classe média alta.
A política nacionalista de Getúlio ficou evidente principalmente a
partir de outubro de 1953, quando criou a Petrobrás com a
campanha: “o petróleo é nosso”.
7. Oposição forte ao governo. O jornalista Carlos Lacerda, deputado pela
UDN, foi um dos seus principais opositores.
Carlos Lacerda atacava o presidente com denúncias de corrupção. O
principal veículo destes ataques era o jornal “A Tribuna da Imprensa”
Carlos Lacerda sofreu um atentado, no qual morreu seu guarda-costas, o
major Rubem Vaz, da Aeronáutica. O principal suspeito do atentado foi
Getúlio.
As pressões contra o presidente aumentaram: os grandes empresários, as
multinacionais, a embaixada dos Estados Unidos, os grandes jornais,
alguns chefes militares, todos estavam contra ele.
Os chefes militares se reuniram com Vargas para obrigá-lo a renunciar.
Getúlio cometeu suicídio em 24 de agosto de 1954. As razões do ato
foram registradas em uma carta-testamento.
8.
9.
10. “E aos que pensam que me derrotaram respondo
com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje
me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de
quem fui escravo não mais será escravo de
ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em
sua alma e meu sangue será o preço do seu
resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil.
Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado
de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia
não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha
vida. Agora vos ofereço a minha morte.
Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo
no caminho da eternidade e saio da vida para
entrar na História”
11. A presidência foi assumida pelo vice-presidente Café Filho. Nas eleições de 1955,
saíram vencedores Juscelino Kubitschek e João Goulart, como vice.
Ao assumir, Juscelino apresentou ao país um ousado plano de desenvolvimento. O
Plano de Metas, tinha como slogan fazer o país crescer “cinquenta anos em cinco”.
A construção de hidrelétricas, de estradas e a fabricação de veículos eram as três
metas mais importantes do governo.
Em 1959, criou a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), para
integrar a região ao mercado nacional.
Para conseguir atingir as metas, Juscelino recorreu à tecnologia e ao capital
estrangeiro. Foi neste contexto que se instalaram no Brasil diversas multinacionais
de veículos, como a Ford, General Motors (GM), Willys e Volkswagen.
No entanto, a maior obra durante o governo de Juscelino Kubitscheck foi a
construção de Brasília, que viria ser a nova capital do país.
12. A transferência da capital da República para o Planalto
Central já estava prevista na Constituição de 1891.
Na verdade, desde o século XIX, líderes como José
Bonifácio já destacavam a importância de mudar a capital
para o interior do país.
Mas foi Juscelino Kubitscheck que tomou a iniciativa.
Convocou os arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e
buscou trabalhadores nordestinos, denominados
candangos.
Juscelino queria inaugurar a nova capital antes de deixar o
governo. E cumpriu a promessa. No dia 21 de abril de
1960, o Brasil passou a ter uma nova capital: Brasília.
13.
14. Jânio Quadros foi eleito e como vice-presidente foi eleito
novamente João Goulart.
O símbolo de sua campanha era a vassoura, com a qual dizia
pretender “varrer” a corrupção do país.
Jânio dizia ser católico, anticomunista, a favor da família e da
propriedade, pretendendo moralizar a sociedade. Assim,
conquistou o mandato. (Se candidatou pela coligação da UDN)
Assume a presidência em janeiro de1961.Jânio ameaçou
controlar os lucros que as grandes empresas mandavam para fora
do país e falava em reforma agrária.
Na política externa, assumiu uma posição independente e
progressista. Restabeleceu relações com a União Soviética e foi
contra a expulsão de Cuba da Organização dos Estados
Americanos (OEA).
15. Em agosto de 1961, Jânio condecorou com a Ordem do Cruzeiro
do Sul – a mais alta condecoração brasileira – o médico argentino
e guerrilheiro Che Guevara, um dos comandantes da Revolução
Cubana.
O udenista Carlos Lacerda começou a esbravejar, acusando Jânio
de abrir as portas ao comunismo. Da mesma forma, os chefes
militares se inquietaram com a atitude de Jânio.
As pressões contra Jânio aumentaram, manifestando-se
principalmente no Congresso Nacional. No dia 25 de agosto de
1961, menos de sete meses após assumir a presidência, Jânio
renunciou.
Jânio acusou “forças terríveis” de serem responsáveis pela sua
renúncia. Alguns historiadores dizem que Jânio teatralizou sua
saída, buscando apoio dos políticos, militares e da população.
Em vão.
16.
17. Quando Jânio renunciou, o vice-presidente João Goulart estava fazendo
uma visita oficial à China, um país comunista.
Os opositores de João Goulart acusavam-no de ser a favor do comunismo.
Os chefes militares tentaram um golpe de estado.
Porém, houve uma forte reação do Rio Grande do Sul. O governador
Leonel Brizola liderou a Campanha da Legalidade, com apoio da
população e dos militares daquele estado.
Os legalistas defendiam o cumprimento da Constituição, a qual afirmava
que, com a renúncia do presidente, quem deveria assumir o governo era
o vice.
Os golpistas logo viram que, se insistissem em impedir a posse de João
Goulart, o país poderia mergulhar numa guerra civil. Recuaram, mas
exigiram que fosse adotado o sistema parlamentarista, ou seja, quem
governaria seria o primeiro-ministro.
18. João Goulart aceitou e, no dia 7 de setembro de 1961, tomou posse como
presidente.
Em janeiro de 1963, João Goulart promoveu um plebiscito, pedindo que os eleitores
escolhessem entre o parlamentarismo e o presidencialismo.
A maioria da população optou pelo presidencialismo. Com os poderes de volta, João
Goulart estabeleceu, em dezembro de 1963, o monopólio estatal sobre a importação
de petróleo.
Em janeiro de 1964, estabeleceu o controle sobre os lucros que as multinacionais
mandavam para fora do país. Em 13 de março daquele ano, participou de um grande
comício, chamado Comício das Reformas de Base, realizado na Central do Brasil,
Rio de Janeiro.
O programa de reformas de João Goulart previa a nacionalização de refinarias, um
plano de reforma agrária e concessão de 13º salário aos trabalhadores. Pretendia,
também, fazer reformas políticas, educacionais e urbanas.
Porém, o presidente não teve tempo de realizar todos os programas. No dia 1º de
abril de 1964, João Goulart foi derrubado por um golpe de estado.
19.
20. Questão 42
A consolidação do regime democrático no Brasil contra os extremismos da
esquerda e da direita exige ação energética e permanece no sentido do
aprimoramento das instituições políticas e da realização de reformas
corajosas no terreno econômico, financeiro e social.
Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) – 1957
Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um governo nacionalista
e democrático, com participação dos trabalhadores para a realização das
seguintes medidas: a) Reforma bancária progressista; b) Reforma agrária
que extinga o latifúndio; c) Regulamentação da Lei de Remessas de Lucro.
Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) – 1962.
(BONAVIDES, P.; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil. Brasília:
Senado Federal, 2002).
Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo significado de termos usados
no debate político, como democracia e reforma. Se, para os setores
aglutinados em torno da UDN, as reformas deveriam assegurar o livre
mercado, para aqueles organizados no CGT, elas deveriam resultar em
a) fim da intervenção estatal na economia.
b) crescimento do setor de bens de consumo.
c) controle do desenvolvimento industrial.
d) atração de investimentos estrangeiros.
e) limitação da propriedade privada.
21. Questão 33
Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos
imediatamente anteriores ao golpe militar de 1964. A diminuição
da oferta de empregos e a desvalorização dos salários,
provocadas pela inflação, levaram a uma intensa mobilização
política popular, marcada por sucessivas ondas grevistas de várias
categorias profissionais, o que aprofundou as tensões sociais.
Dessa vez, as classes trabalhadoras se recusaram a pagar o pato
pelas “sobras” do modelo econômico juscelinista.
(MENDONÇA, S. R. A industrialização Brasileira. São Paulo:
Moderna, 2002 (adaptado)
Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos
1960 decorreram principalmente
a) da manipulação política empreendida pelo governo João
Goulart.
b) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.
c) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.
d) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço
das greves.
e) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação
trabalhista.
22. Questão 50:
A seguir são apresentadas declarações de duas personalidades da História do Brasil a
respeito da localização da capital do país, respectivamente um século e uma década
antes da proposta de construção de Brasília como novo Distrito Federal.
Declaração I: José Bonifácio
Com a mudança da capital para o interior, fica a Corte livre de qualquer assalto de
surpresa externa, e se chama para as províncias centrais o excesso de população vadia
das cidades marítimas. Desta Corte central dever-se-ão logo abrir estradas para as
diversas províncias e portos de mar.
(Carlos de Meira Matos. Geopolítica e modernidade: geopolítica brasileira.)
Declaração II: Eurico Gaspar Dutra
Na América do Sul, o Brasil possui uma grande área que se pode chamar também de Terra
Central. Do ponto de vista da geopolítica sul-americana, sob a qual devemos encarar a
segurança do Estado brasileiro, o que precisamos fazer quanto antes é realizar a
ocupação da nossa Terra Central, mediante a interiorização da Capital.
(Adaptado de José W. Vesentini. A Capital da geopolítica.)
Considerando o contexto histórico que envolve as duas declarações e comparando as
idéias nelas contidas, podemos dizer que:
a) ambas limitam as vantagens estratégicas da definição de uma nova capital a questões
econômicas.
b) apenas a segunda considera a mudança da capital importante do ponto de vista da
estratégia militar.
c) ambas consideram militar e economicamente importante a localização da capital no
interior do país.
d) apenas a segunda considera a mudança da capital uma estratégia importante para a
economia do país.
e) nenhuma delas acredita na possibilidade real de desenvolver a região central do país a
partir da mudança da capital.
23. Enem 2011: E
Enem 2010: B
Enem 2003: C
DUVAJUQUAJAN (Ma7?)