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Mestre, são plácidas Todas as horas Que nós perdemos. Se no perdê-las, Qual numa jarra, Nós pomos flores. Não há tristezas Nem alegrias Na nossa vida. Assim saibamos, Sábios incautos, Não a viver, Mas decorrê-la, Tranquilos, plácidos, Tendo as crianças Por nossas mestras, E os olhos cheios De Natureza... À beira-rio, À beira-estrada, Conforme calha, Sempre no mesmo Leve descanso De estar vivendo. O tempo passa, Não nos diz nada. Envelhecemos. Saibamos, quase Maliciosos, Sentir-nos ir. Não vale a pena Fazer um gesto. Não se resiste Ao deus atroz Que os próprios filhos Devora sempre. Colhamos flores. Molhemos leves As nossas mãos Nos rios calmos, Para aprendermos Calma também. Girassóis sempre Fitando o Sol, Da vida iremos Tranquilos, tendo Nem o remorso De ter vivido. Ricardo Reis
Mestre, são plácidas Todas as horas Que nós perdemos. Se no perdê-las, Qual numa jarra, Nós pomos flores. Ricardo Reis dirige-se àquele que considera seu Mestre, Alberto Caeiro. Afirma que a passagem do tempo é tranquila, embora inexorável. Compara a brevidade da existência humana ao curto período de existência das flores que são cortadas para pôr numa jarra.
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[object Object],[object Object],[object Object],–  CARPE DIEM –  Viram o filme O Clube dos Poetas Mortos  de Peter  Weir, com Robin Williams ?
Girassóis sempre Fitando o Sol, Da vida iremos Tranquilos, tendo Nem o remorso De ter vivido. ,[object Object],[object Object],Com adap . in Página Seguinte , Texto editores

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