O documento fornece informações sobre o funcionamento de um centro cirúrgico hospitalar, abordando tópicos como: a importância da limpeza e desinfecção para garantir a segurança dos pacientes e profissionais; a estrutura física e divisão de espaços do centro cirúrgico; os procedimentos de limpeza e montagem da sala cirúrgica; e as equipes e recursos humanos e materiais necessários.
2. INTRODUÇÃO
• Todo hospital é obrigado a fornecer um ambiente cirúrgico limpo e
seguro, tanto para o paciente quando para equipe de saúde que
atua na unidade. Infelizmente, não existem dados concretos que
garantam que um ambiente limpo e seguro minimizem as taxas de
infecção nesse setor, no entanto, a limpeza e desinfecção reduzem
a flora microbiana das áreas do C.C, alem de exercer um efeito
salutar nos pacientes e no pessoal hospitalar estimulando a higiene
em seu sentido mais amplo.
• Em uma sala cirúrgica bem gerenciada, a contaminação grosseira,
ocorrida por contado direto, deve ser muito incomum.
• Nos dias de hoje, com adoção das chamadas precauções padrão,
foram eliminadas as distinções entre a sala contaminada e não
contaminada, considerando-se contaminada toda sala em que haja
presença de sangue ou fluidos corpóreos.
3. CENTRO CIRURGICO
• É uma unidade hospitalar assistencial onde são
realizadas intervenções cirúrgicas visando a
atender intercorrências clinicas com o suporte
da ação de uma equipe de profissionais
qualificados, bem como provida de
equipamentos e materiais que permitam efetuar
cirurgias nas melhores condições de segurança
e conforto para o paciente e para a equipe que
o assiste.
4. ESTUTURA FISICA
• O centro cirúrgico deve estar localizado
em uma área do hospital que ofereça à
segurança necessária as técnicas
assépticas, portanto distante de locais de
grande circulação de pessoas, ruídos e de
poeira.
6. VESTIÁRIO
• Localizado na entrada do C.C, onde e
realizado o controle de entrada das
pessoas autorizadas após vestirem a
roupa privativa da unidade, deve possuir
armários para guardar as roupas, objetos
pessoais e os acessórios como: gorro,
toucas, máscara, propés e sapatos
hospitalares.
9. SALA PRÉ- CIRÚRGICA
• Espaço para receber os pacientes, onde eles
serão avaliados pelo anestesista e passaram
pelo processo de preparação e anestesia.
10. SALA DE OPERAÇAO
• Equipada com aparelhos, mesas, maca
cirúrgica, armários com materiais e
medicamentos.
12. LAVABOS
• Constituído de uma pia em aço inoxidável
provida de duas torneiras de acionamento
por pé, joelho, braço, fotoelétrico ou
qualquer outro meio que não as mãos,
dispensadores de produtos anti-sépticos
que devem obedecer ao mesmo principio
que as torneiras.
15. EXPURGO
• Área destinada a receber e fazer a limpeza e
desinfecção dos materiais e instrumentos sujos
e contaminados.
16. SALA DE PREPARO DE
MATERIAIS E ROUPAS LIMPAS
• Nesta área, as atividades realizadas
objetivam inspecionar, selecionar,
acondicionar e identificar os materiais e
campos para serem esterilizados.
18. ESTERILIZAÇAO
• Esta área destina-se a instalação de
equipamentos utilizados para a esterilização de
diferentes tipos de material por métodos físicos,
químicos, e físico-químicos.
19. RECURSOS DE MATERIAL
• Aparelhos específicos.
• Aparelho para anestesia
• Bisturi elétrico
• Escadinha com dois degraus
• Bancos e cadeiras giratórias
• Baldes, suporte para soro
• Foco auxiliar
• Maca cirúrgica
• Mesa circular
• Mesa de mayo,
20. • Suporte para ramper
• Suporte para soro
• Monitor multiparamétrico
• Cardioversor ou desfibrilador
• Carrinho com medicações para emergências
e outras finalidades
• Aparelho de pressão e glicemia
• Laringoscópio
• Sondas para entubação e aspiração
• Aspirador portátil
RECURSOS DE MATERIAL
22. RECURSOS HUMANOS
Os profissionais que atuam no centro
cirúrgico são:
• Equipe médica formada por cirurgiões e
anestesista
• Equipe de enfermagem formada por
enfermeira e técnica de enfermagem
• Equipe de serviços gerais formada pelo
auxiliar de limpeza
23. É de extrema importância que seus
componentes atuem de forma harmônica
e integrada para a segurança do paciente
e a eficiência do ato cirúrgico.
É importante ainda que as boas relações
humanas e o profissionalismo sempre
prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis
nesse tipo de trabalho.
RECURSOS HUMANOS
25. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO
CENTRO CIRÚRGICO
Esse processo é realizado todas as
quartas, sextas feiras e em dias
esporádicos de acordo com a
necessidade e agendamento cirúrgico, já
que essa limpeza e desinfecção e feita
antes do preparo da sala para as
cirurgias.
28. TECNICAS PARA LIMPEZA
Teto e parede (colocar o EPI)
• Preparar o local para limpeza afastando moveis e
equipamento das paredes
• Proteger os móveis e equipamentos
• Encher metade do balde com água e diluir o produto
Incidin conforme indicação do fabricante
• Imergir um pano no balde com o produto previamente
diluído, retirar o excesso enrolar no rodo
• Retirar o pó do teto e da parede com o pano úmido
fazendo movimentos em único sentido
• Deixar secar espontaneamente
31. Bancadas e equipamentos
• Mesmo processo de preparo do produto
Incidin só que utilizando um frasco burrifidro
para facilitar a aplicação.
• Retirar os objetos de cima e, se possível do
interior do móvel ou equipamento a ser limpo
• Aplicar o produto com borrifadas e espalhar
em toda superfície do móvel após limpeza
previa para remoção da sujeira e poeira com
pano úmido deixar secar espontaneamente.
32. Bancadas e equipamentos
Obs.: esse produto (incidin extra n) foi desenvolvido também para ser utilizado
em aparelho e mobílias e, portanto não causa corrosão.
33. Piso
• Preparar o ambiente para limpeza
• Afastar móveis da parede e reunir o mobiliário leve
para desocupar a área
• Colocar sempre um pano limpo e seco nas entradas
• Realizar o preparo do produto para limpeza hospitalar
• Imergir outro pano no balde com a solução diluída em
água, retirar o excesso, enrolar no rodo
• Passar o pano no piso fazendo movimento também
em sentido único
• Repetir todo o processo até que o piso fique limpo
• Deixar secar espontaneamente
• Colocar a mobília no lugar
35. • Obs. O banheiro, vestiário corredor de acesso e sala para
guarda de material de limpeza são lavados diariamente e todo
final de mês o c.c passa pelo processo de limpeza geral que
consiste em lavar o ambiente com água, sabão e hipoclorito de
sódio, realizando todo o processo de limpeza do teto, parede,
portas, mobília e piso.
O produto Incidin extra n deve ser diluído da seguinte forma:
5ml da solução para cada litro de água.
Depois de diluído o produto pode ser usado em ate 15 dias,
portanto não se esquecer de identificar como data de diluição e
assinatura de quem diluiu.
Todo processo de limpeza e registrado em um livro para
acompanhamento e passa para supervisão da diretoria C.C.I.H
(comissão de controle de infecção hospitalar)
Piso
37. Higiene pessoal
• Deve o profissional de saúde manter
a higiene corporal, que esta
diretamente ligada à aparência
pessoal
38. • Cuidado com o corpo:
Com o contato os micro-organismos ficam aderidos à pele, unhas e
cabelos. Somente o banho pode eliminar o suor sujidades e os
micro-organismos tornando a aparecia agradável.
• Cuidado com cabelo
Os cabelos devem estar limpos e presos, a touca que consta no
uniforme, devera cobrir todo o cabelo, pois seu objetivo e proteger
os mesmo.
• Cuidado com as unhas
Devem esta sempre aparada para evitar o acumulo de sujidades
deve-se dar preferência ao uso de esmalte transparente para
melhor visualizar a sujidade. e se possível evitar a retirada de
cutícula para manter a pele integra
Higiene pessoal
39. • Cuidado com uniforme
Devera ser trocado todos os dias e todas as vezes
que se fizer necessário, observar a limpeza com
ausência de manchas, odor e descostura. As
roupas devem ser lavadas em lavanderias para
roupa hospitalar.
• Cuidado com os sapatos
Devem ser fechados e impermeáveis para proteger
os pés e serem lavados e colocados para secar na
posição vertical, ao termino do serviço.
Higiene pessoal
42. • Apresentar-se ao paciente;
• Recebê-lo cordialmente;
• Separar a roupa e acessórios cirúrgicos situados no vestiário e
proceder com a preparação do paciente, auxiliando o mesmo a
vestir-se, colocar touca e propés.
• Realizar a marcação do olho a ser operado com o uso dos
adesivos oculares.
• Realizar a identificação do paciente colocando o crachá onde
deve constar nome, olho, médico, data e cirurgia.
• Proceder com a dilatação da pupila se for necessário ao
procedimento que será realizado
• Solicite ao paciente que permaneça sentado e aguarde o
chamado do C.C.(centro cirúrgico)
ATIVIDADE
45. PARAMENTAR-SE PARA O
PROCEDIMENTO
• Processo destinado à equipe de
enfermagem e equipe médica. Consiste
em esta paramentada (vestido para o
centro cirúrgico com vestimentas e EPI
devidamente corretos a fim de evitar
contaminação.
46. MATERIAL NECESSARIO
• Roupas apropriadas para centro cirúrgico;
• Touca, gorro, máscara, propés e sapatos hospitalares.
47. ATIVIDADES
• Ir para o vestiário
• Vestir a roupa apropriada
• Colocar gorro, touca, propés, sapatos e
colocar máscara
Obs.: não é permitido o uso de roupas por
baixo da vestimenta hospitalar a não ser
as roupas intimas, é necessária a retirada
de adornos como relógio, brinco,
pulseiras, cordões e anéis.
48. LAVAGEM DAS MAOS
• OBJETIVO: remover sujidades e flora transitória
ou contaminante, a fim de evitar a transmissão de
micro-organismo, pelas mãos prevenindo a
infecção.
MATERIAL:
• Água
• Sabão liquido neutro ou antisséptico degermante
• Papel toalha.
49. ATIVIDADE
• Abrir a torneira com a mão não dominante ou através do
dispositivo automático.
• Umedecer as mãos com a água e colocar quantidade
suficiente de produto degermante na palma das mãos.
• Friccionar as mãos por aproximadamente quinze segundos
em todas as faces espaços interdigitais, articulações, unhas e
extremidades dos dedos.
• Enxaguar as mãos retirando toda a espuma e resíduos do
degermante.
• Enxugar as mãos com papel toalha
• Em caso de torneira manual fechá-la utilizando o papel
toalha.
52. MONTAGEM DA SALA
CIRURGICA
• A montagem da sala cirúrgica é de
responsabilidade da equipe de enfermagem.
A adequada organização e sistematização
são de suma importância para que o
procedimento cirúrgico possa ocorrer com
segurança e tranquilidade, priorizando a
saúde do paciente, portando se faz
necessário planejar o uso de materiais e
instrumentos essências para o procedimento
cirúrgico anestésico e equipar a sala de
todos os aparelhos.
53. RECOMENDAÇÃO IMPORTANTE ANTES DE INICIAR A
MONTAGEM DA SALA
• Verificar o mapa cirúrgico;
• Checar os nomes dos pacientes, olho a ser operado e o tipo
de cirurgia;
• Providenciar, material, medicamentos específicos
• Verificar as condições de limpeza da sala bem como de toda
a mobília;
• Testar o funcionamento de todos os equipamentos;
• Solicitar ou buscar os artigos médicos esterilizados e verificar
antes do uso sua integridade;
• Observar as validades dos materiais e medicamentos
• Preparar materiais para anestesia;
54. TECNICAS DE MONTAGEM
• Dispor os pacotes nas respectivas mesas
auxiliares, de modo a facilitar a sincronia de
movimentos para abertura dos pacotes;
• Iniciar a abertura dos pacotes em seqüências
de uso e obediência a técnica asséptica;
• Realizar a degermaçao das mãos e calçar
luvas estéreis;
• Iniciar a montagem das mesas circular e
auxiliar de instrumentação apresentando os
artigos médicos necessários ao
procedimento cirúrgico;
62. CIRCULAÇAO DA SALA
CIRURGICA
• A circulação da sala cirúrgica é o
procedimento desenvolvido pela equipe
de enfermagem, durante todo o
procedimento cirúrgico, com objetivo de
garantir condições funcionais e técnicas
para o adequado andamento do
procedimento cirúrgico, oferecendo
segurança ao paciente e atendendo as
necessidades da equipe cirúrgica.
63. ATIVIDADES
• Lavar as mãos
• Receber o paciente, apresentar-se e conferir sua
identificação com seu prontuário;
• Conferir os exames realizados pelo paciente;
• Auxiliar o médico anestesista na indução anestésica;
• Auxiliar a equipe médica cirúrgica a paramentar-se;
• Manter a sala em ordem;
• Estar atento as solicitações da equipe cirúrgica;
• Prover os impressos, tais como: registro de anestesia,
gasto de sala descrição cirúrgica e prescrição médica;
• Realizar o registro cirúrgico e anotações de ocorrência
da enfermagem;
• Encaminhar o paciente para alta cirúrgica;
64. ADMISSAO PRE-OPERATORIA
• Receber o prontuário e os exames do paciente;
• Realizar a chamada do paciente lembrando-se de pronunciar o seu
nome completo;
• Verificar as identificações contidas no crachá com as contidas na
agenda cirúrgica e prontuário do mesmo;
• Explicar ao paciente as etapas que serão cumpridas deste a sua
entrada no centro cirúrgico ate ser anestesiado;
• Atender as solicitações do paciente como necessidade de
eliminações, desconforto postural e outras;
• Após a anestesia encaminhar o paciente para a sala de cirurgia;
• Manter o paciente acompanhado ate o seu transporte pós-
operatório;
66. ANESTESIA
• O anestesista recebe o paciente, confere o nome, sexo,
idade, olho, médico cirurgia proposta, tipo de anestesia
assim como possíveis alergias do paciente;
• Verificar se paciente cumpriu o jejum exigido pelo
medico;
• Investigar a existência de doenças degenerativas,
agudas ou crônicas como hipertensão arterial e diabetes
e se o paciente faz uso de alguma terapêutica
medicamentosa;
• Verificar o preparo do olho em que será realizado o ato
cirúrgico;
• Esclarecer dentro do possível as duvidas existente;
67. TÉCNICAS REALIZADAS NO
PACIENTE
• Punção venosa periférica:
É necessário para administração de
medicamentos via endovenoso no caso os
sedativos que mantém o paciente tranqüilo
durante o ato anestésico e cirúrgico,
68. • Bloqueio peribulbar:
Injeção do anestésico local Por trás do olho, fora do
cone muscular;
TÉCNICAS REALIZADAS NO
PACIENTE
69. • Monitorização dos sinais vitais
• Instalação do oximetro de pulso (constante
monitorização da freqüência cardíaca e da saturação de
oxigênio na corrente sanguínea do paciente).
TÉCNICAS REALIZADAS NO
PACIENTE
70. • Instalação de eletrodos para ECG
Para visualização da atividade elétrica do coração refletida pelas
alterações do potencial elétrico na superfície da pele;
• Mensuração da pressão arterial
Medidas acuradas e registro preciso com índice de erro menor que
1%;
TÉCNICAS REALIZADAS NO
PACIENTE
71. • Antissepsia cirúrgica tem por finalidade
eliminar a microbiota transitória da pele e
reduzir a microbiota residente
PARAMENTAÇAO DA EQUIPE
CIRURGICA
72. • Antissepsia cirúrgica das mãos e
antebraços com antisséptico
degermante, com duração de 3 a 5
minutos.
RECOMENDAÇAO
73. ATIVIDADE
• Abrir a torneira, molhar as mãos antebraço e cotovelos;
• Recolher, com as mãos em conchas, o antisséptico e
espalhar nas mãos, antebraços e cotovelos;
• Limpar sob as unhas;
• Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e
antebraços por no mínimo 3 a 5 minutos mantendo a
mãos elevadas acima dos cotovelos;
• Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das
mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto.
Fechar a torneira sem promover contato com as mãos;
• Enxugar as mãos em compressas estéreis, com
movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e
seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para
utilizar as diferentes dobras da compressa para regiões
distintas.
76. VESTIR O AVENTAL
ESTERELIZADO
• As medidas de assepsia cirúrgica
relacionadas ao manuseio dos aventais
esterilizados são fundamentais como
prevenção da infecção da ferida
operatória;
77. ATIVIDADE
• Segura-lo com as pontas dos dedos pelas dobras do decote,
elevá-lo do campo esterilizado e trazê-lo para fora da mesa.
• Abri-lo com movimento firmes para que as dobras se
desfaçam, tendo o cuidado de não esbarrar em superfícies
não estéreis ou em pessoas da sala;
• Segura-lo pela parte interna do ombro, afastando do corpo e
com ligeiro movimento para cima, introduzir, ao mesmo
tempo os dois braços nas mangas, conservando-os em
extensão para cima;
• Colocar–se de costas para o circulante de sala e solicitar-lhe
ajuda para acertar as mangas. Desta feita, a circulante
introduz as mãos nas mangas pela parte interna do avental
puxando-as ate que os punhos cheguem à região dos pulsos;
• Permanecer de costa ao circulante para que este amarre as
tiras do decote do avental tomando o devido cuidado para
não contaminá-lo;
79. CALÇAR LUVAS ESTÉREIS
• Objetivo de prevenir a contaminação e
transmissão de infecção ao paciente
durante a utilização de materiais estéreis
e realização de procedimento invasivos.
80. • Selecionar o par de luvas compatível com o tamanho das
mãos;
• Abrir a embalagem inteira e expor as luvas esterilizadas de
modo que os punhos fiquem voltados para você;
• Com o polegar e o indicador da Mao não dominante, segurar
o punho dobrado da luva para a Mão dominante;
• Erguer e segurar a luva com os dedos voltados para baixo.
Cuidar para que ele não toque objetos não esterilizados;
• Inserir a Mao não dominante na luva e puxá-la deixar o punho
dobrado ate que a outra luva seja colocada;
• Mantendo o polegar para fora, deslizar os dedos da Mao
enluvada por baixo do punho da outra luva e levantá-la;
• Inserir a mão não dominante na luva;
• Ajustar as luvas das duas mãos tocando apenas as áreas
esterilizadas;
ATIVIDADE
82. ATO CIRURGICO
• O cirurgião confere o olho a ser operado;
• Realiza a assepsia com solução antisséptica de uso
tópico que pode ser o PVPI ou clorexidina alcoólica
4%;
• Inicia a oposição do campo operatório fenestrado
descartável com bolsa coletora;
• Faz corte no plástico adesivo que fica sobre o olho do
paciente e posiciona o blefarostato (afastador de
pálpebras que mantém o olho aberto).
• Terminada a cirurgia as luvas contaminadas devem
ser retiradas juntamente com o avental cirúrgico e
descartadas nos lixos destinados aos mesmos;
83. • O primeiro passo, com a mão oposta pegar a luva
pela parte externa, remove-la e segurar com os
dedos;
• Após com a mão sem luva pegar a outra e remove-la
colocando a luva anterior no interior e descartar as
luvas cirúrgicas no lixo contaminado;
• Lavar as mãos e retirar as mascara em seguida
assistente, desata as tiras do pescoço e da cintura do
avental tendo o cuidado de não tocar a face de
avental;
• O avental deve deslizar pelo corpo sendo seguro pela
parte interna e dobrado com o lado avesso;
• Depositá-lo em saco de Roupa suja juntamente com
os campos se for de algodão e no lixo se for
descartável;
ATIVIDADE
89. DESMONTAGEM DA SALA
CIRÚRGICA
• As desmontagens da sala e
responsabilidade da equipe de
enfermagem e se resume em remover os
matérias e artigos utilizados na cirurgia e
encaminhá-los ao expurgo, em seguida
desligar os aparelhos e guardar os que
forem portáteis;
90. • Lavar as mãos;
• Calçar as luvas, e permanecer de mascara;
• Reunir os campos e instrumentais não utilizados;
• Recolher os instrumentos contaminados da mesa,
colocá-los em um recipiente plástico ou de metal inox
e encaminhá-los para limpeza e desinfecção;
• Descartar seringas, agulhas e outros materiais perfuro
cortante;
• Retirar e remover as roupas sujas juntamente com os
campos depositá-los no local destinado a eles para
que aguardem o recolhimento feito pelo profissional
da lavanderia que deve fazê-lo assim que for
informado;
ATIVIDADE
92. RECOLHIMENTO DOS
RESIDUOS
• Consiste em recolher todos os lixos, e
acondicioná-los de forma adequada e
manuseando o mínimo possível. Essa
operação deve ser feita antes de todas as
rotinas e técnicas de limpeza e
desinfecção da sala cirúrgica. Deve ser
iniciada da área menos contaminada para
a mais contaminada;
93. • Reunir o material para recolher o lixo saco
para lixo de material plástico e selecionado
(lixo comum e lixo hospitalar) botas e luvas;
• Colocar os EPI;
• Recolher os sacos de lixos que se encontram
nas lixeiras, amarando-os bem;
• Colocar sacos de lixos novos, fixando-os
firmemente nas bordas;
• Transportar o lixo recolhido ate o depósito
para que seja feita a remoção pela coleta
externa;
ATIVIDADE
95. MONTAGEM, UTILIZAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
DE CAIXA PARA MATERIAL PERFURO
CORTANTE NA UNIDADE
• Esse processo e feito pela equipe de enfermagem e
consiste em condicionar adequadamente material
perfuro cortante, reduzindo assim o risco de transmissão
de agente infeccioso ocorrido através de acidentes
ocupacionais com esse tipo de material;
MATERIAL NECESSARIO
• Mascara;
• Luvas;
• Caixa apropriada para descarte desses materiais;
96. • Ter precaução ao manusear e desprezar esses
materiais, na caixa;
• Lavar as mãos antes e após o procedimento;
• Manter rigorosamente o limite Maximo conforme
indicação da caixa, ao retirá-la deve fechá-la
conforme instrução do fabricante e vedá-la com
fita adesiva e destiná-la ao local de coleta
seletiva;
• Montar uma nova caixa conforme orientação do
fabricante;
• Inspecionar sua segurança e funcionalidade, para
só assim substituir a anterior;
ATIVIDADE
97. ATIVIDADE
Obs.: realizar a troca sempre que atingir o limite máximo de uso
que é de um terço de sua capacidade.
98. LIMPEZA E DESINFECÇAO DE
ALMOTOLIAS
• Processo realizado pela equipe de
enfermagem que tem como objetivo manter
as almotolias com anti-sépticos para uso,
sem contaminação presentes;
MATERIAL:
• Água +sabão
• Álcool 70%
99. • Lavar as mãos desprezar os produtos
existentes nas almotolias;
• Lavar as almotolias com água e sabão,
utilizando escovinha própria para a limpeza;
• Deixar escorrer a água;
• Realizar um rápido enxágüe com álcool á
70%
• Repor os produtos;
•
• Obs.: realizar esta limpeza a cada 7 dias.
ATIVIDADE
100. • Não completar as soluções já existentes;
• Observar se estão devidamente tampadas;
• Lembrar de sempre identificar:
1 Nome
2 Data reposição
3 Troca
4 Responsável.
ATIVIDADE
101. CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO
• E o conjunto de elementos destinados,
expurgo, preparo, esterilização, guarda e
distribuição do material para o C.C (centro
cirúrgico);
102. FLUXOGRAMA
• Expurgo
Área destinada ao recebimento do material suja para ser limpo
• Processo de lavagem
Objetivo garantir materiais livres das sujidades, para a eficiência do
processo de esterilização;
MATERIAL NECESSÁRIO
• EPI;
• Recipiente plástico ou cuba rim;
• Água
103. • Recebe material contaminado acondicionado em vasilhame;
• Proceder a paramentação com uso de EPI.
• Realizar uma limpeza previa com fato de água corrente;
• Organizar os materiais em cuba rim ou recipiente plástico;
• Ter cuidado em separar os mais grosseiros dos mais delicados
prevenindo assim possíveis danificações;
• Medir o volume do detergente enzimático conforme orientação do
fabricante;
• Preencher o recipiente na proporção da diluição com água;
• Deixe o material de molho por cinco minutos;
• Realize a escovação, percorrendo as ranhuras, articulações e
cremalheiras de cada uma das pinças, separadamente;
• Enxágüe em água corrente, para remover qualquer resquício do
detergente e realize a secagem com compressa peça por peça;
• Encaminhe o material limpo para o setor de preparo
ATIVIDADE
106. • Obs. a cada seis meses ou de acordo com a necessidade todos
os instrumentos cirúrgicos passam por limpeza e manutenção
geral onde e realizado o processo de anticorrosão com produto
antiferrugem e lubrificação das articulações das pinças com
lubrificante.
• Nesta área as atividades realizadas objetivam inspecionar,
selecionar, acondicionar e identificar os materiais para serem
esterilizados. A inspeção consiste em verificar a limpeza e as
condições de conservação de todos os materiais e roupas
cirúrgicas. Ao serem recebidos no setor de preparo os
instrumentos após serem inspecionados são guardados nas
caixas que devem possuir perfurações que possibilitem a
circulação do ar quente. As roupas cirúrgicas são
inspecionadas, dobradas, embaladas, acondicionadas em
caixas plásticas com tampa e encaminhadas ao vestiário onde
são guardadas. Os campos cirúrgicos são inspecionados e
dobrados de acordo com a rotina e regra para abertura e uso
nos procedimentos cirúrgicos, a fim de evitar a contaminação
durante seu manuseio.
ATIVIDADE
110. MATERIAL NECESSÁRIO
• Roupa cirúrgica apropriada.
• Touca para cabelos.
• Embalagens adequadas ao material que pode ser
grau cirúrgico ou manta SMS.
• Fita adesiva branca.
• Fita teste para autoclave.
• Integradores químicos.
• Seladora.
• Tesoura.
• Lubrificante para instrumental caso haja a
necessidade de lubrificação para as pinças.
• Campos e materiais cirúrgicos devidamente limpos.
112. • Lavar as mãos.
• Dispor o envoltório (manta ou grau cirúrgico de
acordo com o tamanho e tipo de material a ser
embalado:
Exemplo:
• Se for manta a mesma deve ser disposta
diagonalmente.
• Se for grau cirúrgico deve ser cortado em
tamanho adequado.
• Cortar as tiras de fitas adesivas que serão
usadas para fechar e identificar o pacote.
ATIVIDADE
113. PASSO A PASSO
• MANTA SMS.
1 Dispor a manta em diagonal.
2 Colocar a caixa cirúrgica ou campo cirúrgico no centro da embalagem
acompanhada pelo integrador químico.
3 Iniciar a dobragem cobrindo o conteúdo a ser empacotado na primeira dobra
seguindo com as dobras laterais finalizando o pacote com a dobra oposta
ao operador.
4 Fechar o pacote com fita adesiva branda iniciando pela ponta da última
dobra e finalizando com o fechamento das laterais.
5 Colocar 5 cm de fita teste para autoclave contendo a identificação do
material preparado.
Exemplo:
Nome do material
Data do preparo
Lote de esterilização
Assinatura do operador
6 Encaminhar para esterilização.
118. PAPEL GRAU CIRÚRGICO
1. Cortar nas extremidades.
2. Selar na seladora térmica contínua a
extremidade oposta à orientação da abertura
sem deixar aba.
3. Colocar a peça dentro do saco.
4. Ajustar e retirar o ar do interior do pacote.
5. Selar a outra extremidade no sentido orientado
deixando espaço para abertura asséptica.
6. Identificar usando aba externa ou face do papel
ou se preferir coloque também fita teste para
autoclave.
7. Encaminhe para esterilização.
120. PAPEL GRAU CIRÚRGICO
Obs.: As bancadas de preparo do material deverão ser limpas com álcool 70%
antes e após seu uso.
121. ESTERILIZAÇÃO
• É o processo de destruição de todas as formas de
vida microbiana (bactérias na forma vegetativa,
fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes
físicos e químicos.
• Em nossa área de esterilização utilizamos o
método físico com aparelhos de Autoclave e Statim
que esterilizam pelo vapor saturado sob pressão, cuja
fabricação pode apresentar formas e tamanhos
diferentes.
• O vapor saturado sob pressão é um método de
esterilização eficaz pelo seu alto poder de penetração,
levando consigo o calor onde a água aquecida atinge
altas temperaturas sem ferver.
122. • Nesse tipo de esterilização alguns critérios devem ser
observados.
• 1. Temperatura = 121º à 134º C.
• 2. Pressão = 1 a 21 atmosferas.
• 3. Tempo de exposição total de 45 minutos divididos em:
• a) Tempo de esterilização = 15 minutos.
• b) Tempo de secagem = 30 minutos.
ESTERILIZAÇÃO
123. MONTAGEM DA CARGA NA
AUTOCLAVE
• Montar a carga dispondo os pacotes um ao lado do outro
observando para que haja espaço para contato com os
agentes esterilizantes.
Exemplo:
• Pacotes pesados em baixo / pacotes mais leves em cima.
Maiores atrás / menores na frente.
• Utilizar apenas 80% da capacidade da câmara respeitando o
espaço de 2,5 cm entre os pacotes.
• Arrumar os pacotes embalados em papel grau cirúrgicos
deve ser posicionado com a face em plástico voltado para a
base do cesto.
• Evitar sobreposição de pacotes.
125. • Obs.: O aparelho de Statim é utilizado para
processo de esterilização rápido e para uso
imediato, não podendo os materiais esterilizados
nele, serem armazenados em caso de instrumental
contaminado através do contato com portadores
do vírus HIV ou Hepatite B e C. Esses não devem
ser liberados para novo uso sem serem
processado na autoclave, pois o tempo de
exposição do Statim é de apenas 3 minutos e não
extermina micro-organismos de alta potencial de
contaminação e resistência.
• Pacotes que não possuam integrador químico
ou com embalagem danificada esse devem ser
recusados.
MONTAGEM DA CARGA NA
AUTOCLAVE
126. PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO
• Colocar o material preparado na autoclave sem tocar
na parede interna da câmara.
• Ligar o equipamento, selecionando o ciclo adequado.
Exemplo: Campos / roupas algodão 134º C.
• Vidros e metálicos 121º C. ou conforme a
preferência do operador.
• Monitorizar o processo e registrar as frases após o
término de ciclo abrir lentamente a porta da autoclave
e deixar aberta para que ocorra o resfriamento.
• Depois de frio, encaminhar para o armazenamento
adequado.
127. CONTROLE BIOLÓGICO
• Consiste em verificar a eficiência do
processo de esterilização, através de
testes que devem ser realizados no
mínimo uma vez por semana, na primeira
carga do dia e após as manutenções
preventivas.
• “A validação do processo é feita com o
uso de Bacillus Stearothirmophylus” para
autoclaves a vapor.
128. MATERIAL NECESSÁRIO
• Máscara e luvas.
• 02 ampolas de bacillus stearothermophylus,
uma para teste e outra para o comparativo.
• Integrador químico
• Pacote confeccionado com ampola no
centro.
• Incubadora para teste biológico.
• Formulário de monitoramento.
130. • Ligar a incubadora 40 minutos antes do início do processo de
esterilização.
• Identificar a ampola no caso de haver mais de um aparelho.
• Preparar o teste colocando a ampola dentro de um campo e
depois embalá-lo e colocá-lo na autoclave.
• Ao final do ciclo, retirar o pacote teste da autoclave e após o
resfriamento da ampola teste, fechar completamente a tampa do
indicador.
• Realizar a quebra da ampola interna de vidro que contem o meio
de cultura, depois balançar para que o meio de cultura umedeça
a tira de esporos na parte inferior da mesma (repetir o processo
com a ampola comparativa não processada na autoclave.
• Abrir a tampa da incubadora e colocar os indicadores, deixá-los
por 8 horas e depois proceder com a leitura quinze minutos após
o tempo de incubação.
ATIVIDADE
134. INTERPRETAÇÃO DO
RESULTADO
1. Ampola teste – Indica o crescimento ou
não de microorganismos após o período
de incubação se:
a) Corado em roxo = Negativo (não
houve o crescimento de cultura)
b) Corado em amarelo = Positivo (houve
o crescimento de cultura).
2. Ampola comparativa = O teste deve ser
positivo e corado em amarelo.
135. INTERPRETAÇÃO DO
RESULTADO
Obs.: Em caso de teste com resultado positivo não liberar a carga
e os lotes para uso e chamar a manutenção.
Ao tempo da leitura as ampolas deverão ser desprezadas.
136. MONITORIZAÇÃO DO TESTE
BIOLÓGICO
• Realizar o registro de dados que
atestem as condições do processo de
esterilização anexando os resultados
em uma planilha.
137. • Colocar data / preencher os dados de
especificação do ciclo. Ex: Temperatura, tempo,
exposição e pressão.
• Anexar os integrados químicos.
• Anexar os adesivos das ampolas no local
indicado. Ex.: Ampola processado / ampola
comparativa.
• Preencher os espaços para o resultado negativo (-
) ou positivo (+).
• Preencher os dados da incubação e assinar.
• Ex.: Hora incubação / Data / Hora leitura /
Nome responsável.
ATIVIDADE
139. ARMAZENAMENTO DO MATERIAL
ESTERILIZADO
• Local onde o material esterilizado
permanece guardado e separado de
outros materiais não esterilizado com o
objetivo de garantir a esterilidade dos
mesmos.
• Local: Armários ou prateleiras.
140. • Após serem esterilizados e tendo cumprido o
tempo de secagem e resfriamento os
materiais são encaminhados para o arsenal
através de uma janela que dá acesso a este
local.
• O material é organizado de modo que haja
espaço para ventilação entre eles e
permanece lá até ser distribuído nos dias de
cirurgias.
ATIVIDADE
143. • Obs.: são de extrema importância a
observação da limpeza do arsenal,
integridade dos pacotes, bem como o
controle da validade, estocagem e rodízio
de uso desses materiais.
• Ex.: Materiais mais recentes deverão
ser colocados abaixo dos materiais já
existentes evitando a expiração da data
de validade dos mesmos.
ATIVIDADE
144. RELAÇÃO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
E ARMAZENADOS NO CVVJ
1º. Caixas cirúrgicas:
• Dr. Walter Justa (Catarata).
• Dr. Daniel Justa (Catarata).
• Instrumental para Catarata extra capsular.
• Instrumental para trabeculectomia (Glaucoma).
• Instrumental para pequenas cirurgias 2 = (Temor e Pterígio).
• Instrumental para plástica palpebral
• Instrumental para vitrectomia
• Instrumental para catarata reserva.
• Caixa cirúrgica para faco
• Instrumental individual para retirada de pontos e injeções
intra vítreas.
145. 2º. Campos Operatórios:
• Pacotes completos (mesa auxiliar e mesa circular) campos
simples e compressas.
• Pacotes individuais (campo simples, campo fenestrado /
compressas.
3º. Materiais Cirúrgicos:
• Pacotes cubas Rins (álcool / soro).
• Pacotes cubas básicas (cotonetes / rolos dentais / opérculos
e gases).
• Pacotes cuba redonda com pinças.
• Pacotes com peças microscópio.
RELAÇÃO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
E ARMAZENADOS NO CVVJ
146. 4º. Pacotes individuais:
• Pinças mosquito.
• Pinças Backaus.
• Cotonetes / Rolos dentais / Opérculos gases.
• Cânulas para hidrodissecção
• Pinças cirúrgicas / dupla via, etc.
• Bisturis de Diamante / Ganchos de Iris.
• blefarostato.
• Tesouras.
RELAÇÃO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
E ARMAZENADOS NO CVVJ
147. CONCLUSÃO
• O objetivo da confecção desta cartilha foi
padronizar a execução das tarefas
fundamentais para o funcionamento correto
das atividades aplicadas no centro cirúrgico
oftalmológico desta clinica, aumentando a
previsibilidade de seus resultados e
minimizando as variações e erros causados
por imperícia e adaptações aleatórias,
independente de falta, ausência parcial ou
férias de um profissional.