SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  44
RESÍDUOS SÓLIDOS DA
 CONSTRUÇÃO CIVIL
 D E S E N V O LV I M E N T O S U S T E N T Á V E L E O S
     RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

•   Curso: Engenharia Ambiental
•   Disciplina: Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos
•   Professora: Yara Tarragó Vargas
•   Alunos(as): Adécio Rodrigues;
                Carolina Fernandes;
                Thaís Bomfim.
DESENVOLVIMENTO
  SUSTENTÁVEL
Desde a culminação da revolução industrial até os dias atuais, o
modelo de desenvolvimento implantado pelas nações sempre foi
idealizado sem se levar em conta o respeito à natureza, à
qualidade de vida da humanidade e do impacto causado por este
sobre a realidade e as condições sociais das populações
envolvidas, levando o nosso planeta a atual situação de
degradação e devastação ambiental, pobreza e miséria,
espalhando assim um imenso caos, principalmente nos países
subdesenvolvidos, que ao longo da história foram explorados
por tecnologias ambientalmente poluentes e desastrosas,
pensadas e testadas pelos países exploradores nessas nações
pobres, que diante das suas restrições, foram utilizadas como
"cobaias" durante todo este século que agora se encerra.
Ao se pensar em um modelo de desenvolvimento que não repita os
males e práticas ainda existentes e que possa amenizar os danos
causados ao planeta terra no decorrer da história, temos que colocar
acima de tudo e principalmente, o ser humano, o ambiente e a
sociedade, pois só assim poderemos atingir os outros aspectos que
permeiam todos estes (o social, ambiental, econômico, político,
institucional, tecnológico e o cultural), utilizando-os como
referenciais e pontos de partida, já que são as ferramentas e elementos
necessários que devem ser considerados na construção de qualquer
modelo de desenvolvimento sustentável que sirva para todas as
gerações, não deixando que apenas as gerações atuais usufruam dos
seus frutos, mas que estes também sejam garantidos aos que ainda
estão por vir, possibilitando a continuidade dos recursos naturais
disponíveis e consequentemente da vida em nosso planeta.
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO
          CIVIL
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

               • São os provenientes de
                 construções, reformas, reparos e
                 demolições de obras de
                 construção civil, e os resultantes
                 da preparação e da escavação de
                 terrenos.
               • São eles: tijolos, blocos
                 cerâmicos, concreto em geral,
                 solos, rochas, metais, resinas,
                 colas, tintas, madeiras e
                 compensados, forros, argamassa,
                 gesso, telhas, pavimento asfáltico,
                 vidros, plásticos, tubulações,
                 fiação elétrica, etc. (Resolução
                 307/CONAMA)
As causas da geração destes resíduos são diversas, mas podem-
se destacar (LEITE, 2001):
• A falta de qualidade dos bens e serviços, podendo isto dar
   origem às perdas de materiais, que saem das obras na forma de
   entulho;
• A urbanização desordenada que faz com que as construções
   passem por adaptações e modificações gerando mais resíduos;
• O aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades
   econômicas que impulsionam o desenvolvimento de novas
   construções e reformas;
• Estruturas de concreto mal concebidas que ocasionam a
  redução de sua vida útil e necessitam de manutenção corretiva,
  gerando grandes volumes de resíduos;
• Desastres naturais, como avalanches, terremotos e tsunamis;
• Desastres provocados pelo homem, como guerras e
  bombardeios.
CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE RESÍDUOS
            SÓLIDOS
Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a origem,
tipo de resíduo, composição química e periculosidade conforme abaixo:
De acordo com a ORIGEM:
• “Resíduo Industrial”: são originados dos processos industriais.
   Possuem composição bastante diversificada e uma grande
   quantidade desses rejeitos é considerada perigosa. Podem ser
   constituídos por escórias (impurezas resultantes da fundição do
   ferro), cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc.
• “Entulho”: resultante da construção civil e reformas. Quase 100%
   destes resíduos podem ser reaproveitados embora isso não ocorra na
   maioria das situações por falta de informação. Os entulhos são
   compostos por: restos de demolição (madeiras, tijolos, cimento,
   rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações diversas.
De acordo com o TIPO:
 • “Resíduo Reciclável”: papel,
   plástico, metal, alumínio, vidro, etc.
 • “Resíduo Não Reciclável” ou “Rejeito”: resíduos que
   não são recicláveis, ou resíduos recicláveis
   contaminados;
De acordo com a COMPOSIÇÃO QUÍMICA:
 • Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos,
   esterco, papel, madeira, etc.. Muita gente não sabe, mas alguns
   compostos orgânicos podem ser tóxicos. São os chamados
   “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos
   Não Persistentes”.
 • - “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): hidrocarbonetos de
   elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas
   (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). Estes
   compostos orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma
   internacional para seu controle denominada “Convenção de
   Estocolmo”.
 • - “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”: óleos e óleos usados,
   solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis
   e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos).
 • Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.
De acordo com a PERICULOSIDADE:
Essa classificação foi definida pela ABNT na norma NBR10004:
2004 da seguinte forma:
• Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas
  características podem apresentar riscos para a sociedade ou
  para o meio ambiente. São considerados perigosos também os
  que apresentem uma das seguintes características:
  inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou
  patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que
  devem ser observados em ensaios de laboratório para a
  determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta
  classificação requerem cuidados especiais de destinação.
• Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam
  nenhuma das características acima, podem ainda ser
  classificados em dois subtipos:
• - Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram
  no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B.
  Geralmente apresenta alguma dessas características:
  biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água.
• - Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com
  água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não
  tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
  concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água,
  com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor.
QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PELA RESOLUÇÃO 307
                                 DO CONAMA.
• Tipos de resíduos
Os tipos de resíduos sólidos da construção civil podem variar de
acordo com o tipo de construção realizada. Essa identificação
dos RCC é essencial para analisar qual deverá ser o
acondicionamento inicial, transporte e a destinação final que
deve ser dada a cada tipo de resíduo de maneira ambientalmente
correta. A identificação prévia e caracterização dos resíduos a
serem gerados são fundamentais no processo de
reaproveitamento dos RCC, pois esse conhecimento leva a se
pensar maneiras mais racionais de se reutilizar e/ou reciclar o
material.
Abaixo segue alguns tipos resíduos:
• Blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros
  componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados;
• Madeira;
• Plásticos (sacarias de embalagens e aparas de tubulações);
• Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos utilizados
  durante a obra) e papéis (escritório);
• Metal (ferro, aço, fiação revestida, arame etc.);
• Serragem;
• Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos;
• Solos;
• Telas de fachada e de proteção;
• EPS (Poliestireno expandido) – exemplo: isopor.
NORMAS TÉCNICAS/ASPECTOS LEGAIS

As normas técnicas foram elaboradas pelos Comitês
Técnicos e publicadas pela ABNT em 2004, conforme
sintetizado no Quadro 2.
Estas normas envolvem as diretrizes para implantação
de áreas de transbordo e triagem, de aterros de inertes e
de reciclagem dos RCD, além de procedimentos para a
execução da pavimentação com agregados reciclados e
de concreto sem função estrutural.
Norma                         Título


NBR 15112 (ABNT, 2004b)   Resíduos da construção civil e resíduos
                          volumosos _ Áreas de transbordo e triagem –
                          Diretrizes para projeto, implantação e
                          operação;
NBR15113 (ABNT, 2004c)    Resíduos sólidos da construção civil e resíduos
                          inertes – Aterros – Diretrizes para projeto,
                          implantação e operação;


NBR 15114 (ABNT, 2004d)   Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de
                          reciclagem- Diretrizes para projeto,
                          implantação e operação;
NBR 15115 (ABNT, 2004e)   Agreagados reciclados de resíduos sólidos da
                          construção civil – Execução de camadas de
                          pavimentação – Procedimentos;

NBR 15116 (ABNT, 2004f)   Agragados reciclados de resíduos sólidos da
                          construção civil – Utilização em pavimentação
                          e preparo de concreto sem função estrutural –
                          Requisitos.
• Legislação Ambiental referente aos resíduos de construção
  e demolição;
• Lei Federal Nº 12.305/2010 – PNRS.
PERDAS E DESPERDÍCIOS

Os desperdícios da Construção Civil não ocorrem apenas
no momento da execução de uma obra. São decorrência de
um processo formado de várias etapas que são:
planejamento, projeto, fabricação de materiais e
componentes, execução e uso e manutenção.
O conceito de desperdício, geralmente é associado ao
conceito de perdas na construção civil, porém deve-se
entender como perda à ineficiência causada no uso de
equipamentos,    materiais,   mão-de-obra   e   capital
(BOGADO, 1998, p. 18).
RESÍDUO DA CONSTRUÇÃO

Os resíduos de construção são considerados todo e qualquer
resíduo oriundo das atividades de construção, sejam eles de
novas construções, reformas, ampliações, demolições, que
envolvam atividades de obras de arte e limpeza de terrenos com
presença de solos ou vegetação. (ÂNGULO, 2005, p.27 )
TIPOS DE RCC

• Limpeza de terreno: solos, rochas e vegetação;
• Montagem do canteiro: blocos cerâmicos, concreto, areia,
  brita, madeira;
• Fundação: solos, rochas;
• Estrutura: concreto, areia, brita, madeira, ferro;
• Alvenaria: blocos cerâmicos, blocos de concreto, argamassa,
  papel, plástico.
• Instalações Elétricas: blocos cerâmicos,          conduites,
  mangueira, fio de cobre;
• Reboco Interno/Externo: argamassa;
• Revestimentos : pisos e azulejos cerâmicos, piso de madeira,
  papel, papelão, plástico;
• Forro de Gesso: placas de gesso;
• Pinturas: tintas, seladoras, vernizes, texturas;
• Coberturas: madeiras, telhas.
ÍNDICES MÉDIOS DE PERDA DOS
     MATERIAIS NAS EDIFICAÇÕES
___________________________________
Materiais                 Perdas (%)
Areia                        39
Cimento                      33
Concreto                     01
Aço                          26
Tijolos/Blocos               27
Argamassas                   91
___________________________________
Fonte: Adaptado de Pinto, 1995.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A
     GERAÇÃO DE RESÍDUOS

• Layout do canteiro de obras;
• Falha na construção e retrabalho;
• Falta de planejamento;
• Baixa qualidade dos materiais adotados;
• Transporte ou armazenamento inadequado    dos
  materiais.
IMPACTOS AMBIENTAIS

A destinação inadequada dos resíduos de construção civil, em
terrenos baldios, áreas de preservação permanente, vias e
logradouros públicos, causam impactos, que podem trazer danos
ao meio ambiente e a qualidade de vida da população.
A expressão impacto ambiental, segundo a Resolução n 001
do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 23 de setembro
de 1986 (CONAMA) é definida como: Qualquer alteração
das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da
população, as atividades sociais e econômicas; a biota; as
condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a
qualidade dos recursos ambientais. (CONAMA, 1986)
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS
       PELOS RESÍDUOS
            Proliferação de vetores de doenças




RCC misturados com resíduos domésticos em áreas irregulares
Entupimento de galerias e bueiros




Disposição irregular de RCC obstruindo rede de drenagem
Assoreamento de córregos e rios




Disposição irregular as margens do córrego
Degradação da vegetação




Grande volume de RCC depositado causando degradação da vegetação
Obstrução de vias   Poluição visual
PROGRAMA DE GERENCIAMENTO RCC

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Conforme a resolução nº. 307/02 do Conama (Brasil, 2002), define-se gerenciamento de
resíduos como o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos,
incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para
desenvolver e implantar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em
programas e planos (Brasil, 2002).
Etapas do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil:

a) Caracterização e quantificação dos resíduos sólidos;
b) Minimização dos resíduos;
c) Segregação dos resíduos;
d) Acondicionamento/armazenamento;
e) Transporte;
f) Destinação dos resíduos.
CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Para a caracterização e quantificação dos RCC, é necessário classificar os
tipos de resíduos sólidos produzidos pelo empreendimento, adotando a
classificação da Resolução CONAMA 307/02 e 348/04, inclusive os resíduos
de característica doméstica.
                       IDENTIFICAÇÃO DOS RCC POR ETAPAS DA OBRA
                 Fase da obra                Tipos de Resíduos Possivelmente Gerado
             Limpeza de terrenos                              Solos
                                                   Rocha, Vegetação e Galhos
           Montagem do canteiro              Blocos Cerâmicos, Concreto, areia e brita
                                                              Madeiras
                  Fundações                               Solos e Rochas
                                                        Concreto(areia e brita)
                Superestruturas                              Madeiras
                                                 Sucata de Ferro e Formas Plásticas
                                             Blocos Cerâmicos, Blocos de Concreto e
                   Alvenaria                                  Argamassa
                                                           Papel e Plástico
          Instalações Hidrosanitárias                     Blocos Cerâmicos
                                                             PVC e PPR
               Instalações Elétricas                      Blocos Cerâmicos
                                                 Conduítes, Madeiras e Fios de cobre
             Reboco Interno/Externo                          Argamassa
                                                     Pisos e Azulejos Cerâmicos
                 Revestimentos                    Piso Laminado de madeira, papel
                                                           Papelão e plástico
                 Forro de Gesso                     Placas de Gesso Acartonado
                    Pinturas                    Tintas, Seladoras, Vernizes, Texturas
                  Coberturas                                   Madeiras
                                                   Cacos de telhas de fibrocimento
MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
A estratégia de minimização de resíduos deve ter como prioridade a redução da geração do
resíduo na fonte e o seu reaproveitamento ou reciclagem posterior.

A CIRIA (1999) considera como minimização qualquer técnica, processo ou atividade que

possa evitar, eliminar ou reduzir o volume de resíduo na sua origem ou permitir o reuso ou

reciclagem do resíduo para outras finalidades.

EEA (1999) trabalha a definição de minimização de resíduo através dos seguintes elementos,

organizados por ordem de prioridade:

A EEA conceitua a minimização do entulho através da seguinte hierarquia:
Para uma boa minimização dos resíduos podemos utilizar as seguintes
recomendações:


                                   •   Siga as recomendações dos
                                       fabricantes(embalagens, folders ou
                                       catalogos);
                                   •   Descarregar o material com muito
                                       cuidado;
                                   •   Utilize o carrinho paleteiro ou grua no
                                       caso de paletização;
                                   •   Prever a utilização de peças
                                       modulares;
                                   •   Armazenar e utilizar os materiais com
                                       cuidado, para não romper peças
                                       desnecessariamente;
                                   •   Adquirir peças nas medidas. Caso
                                       contrario selecionar e coletar as sobras
                                       em locais a própria dos no canteiro.
SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS
É o ato de isolar e separar os resíduos sólidos por classe e tipo. A
segregação deve ser segregada na origem ou próxima.
Diante da possibilidade de reciclagem do resíduos, deve-se
comprometer em efetivar a separação desse tipo de resíduo durante a
execução da obra e em buscar sua adequada destinação.
Abaixo segue alguns procedimentos a serem adotados:

• Separar sacos de cimento e de argamassas de outras embalagens;
• Separar as embalagens plásticas contaminadas das não
  contaminadas;
• Aproveitar todas as alternativas possíveis para a recuperação dos
  metais, separe-os por tipos, bitolas, acabamento.
ACONDICIONAMENTO/ARMAZENAMENTO
É o local de disposição temporária adequada para cada classe/tipo de resíduo de forma a garantir a
integridade dos materiais, até que sejam transportadas para seus acondicionamentos finais e
depois para a sua destinação final.
Deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos resíduos, dispondo-os de
forma compatível com seu volume e preservando a boa organização dos espaços nos diversos
setores da obra.
Os dispositivos de armazenamento mais utilizados na atualidade são as bombonas (figura 1), bags,
baias e caçambas estacionárias, que deverão ser devidamente sinalizados informando o tipo de
resíduo que cada um acondiciona visando a organização da obra e preservação da qualidade do
RCC.
TRANSPORTE
É o deslocamento que o resíduo percorre até a o seu acondicionamento final. Para alguns resíduos como
o perigoso esse transporte deve ser realizada de forma segura para que não venha a ocorrer possíveis
vazamentos e consequentemente contaminação do solo.
O transporte interno dos RCC entre o acondicionamento inicial e final pode utilizar os meios
convencionais e disponíveis: o transporte horizontal pode ser geralmente realizado por carrinhos ou
giricos, transporte manual ou transportes verticais como elevadores de carga, gruas e guinchos.
Já o transporte externo não poderá ser realizado sem um determinado controlado de transporte de
resíduo, que deverá ser emitido um documento onde contém a identificação do gerador, do(s)
responsável(is) pela execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados no empreendimento, bem
como da unidade de destinação final. Identificar a empresa licenciada para a realização do transporte dos
RCC, os tipos de veículos e equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de coleta, frequência
e itinerário.
DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS
A destinação final dos resíduos só poderá ser realizada para os que não podem ser
reutilizados no processo. As soluções para a destinação dos resíduos devem combinar
compromisso ambiental e viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade e as
condições para a reprodução da metodologia pelos construtores.
Os fatores determinantes na designação de soluções para a destinação dos resíduos são
os seguintes:

I - possibilidade de reutilização ou reciclagem dos resíduos nos próprios canteiros;
II - proximidade dos destinatários para minimizar custos de deslocamento;
III - conveniência do uso de áreas especializadas para a concentração de pequenos
volumes de resíduos mais problemáticos, visando à maior eficiência na destinação.
REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS
A reutilização de resíduos caracteriza-se por envolver ações que visam o
aproveitamento sem a necessidade de descarte. De maneira geral, para que os objetivos
da gestão de resíduos sejam alcançados, é necessária a aplicação de técnicas de
reutilização no canteiro de obra.
Abaixo segue alguns tipos de reutilização

• Resíduos de concreto: podem ser reutilizados para preenchimentos não estruturais,
principalmente para regularização de nível de blocos de fundação;
• Resíduos de argamassa: foram reutilizados para preenchimento não estrutural,
elaboração de argamassa para revestimentos (chapisco, reboco, emboço);
• Resíduos de brita, areia, saibro, fibrocimento, tinta, impermeabilizante: as sobras
passíveis de posterior utilização foram encaminhadas ao depósito da empresa. Os
resíduos que não podiam ser reaproveitados foram ser destinados de acordo com
especificações da Resolução CONAMA n º 307/02;
• Resíduos de cerâmica: foram reutilizados para preenchimento não-estrutural,
principalmente como aterro em áreas a serem aterradas e regularização de pisos.
CONCLUSÃO

Considerando que os resíduos da construção civil tem grande participação nos
resíduos sólidos de forma em geral, devemos dar total importância sobre a
disposição desses RCC.
 Com os assuntos que foram abordados nesse trabalho, podemos concluir que é
possível existir uma relação harmônica entre o desenvolvimento sustentável e os
resíduos sólidos da construção civil.
  A partir da implantação de programas que permitem a redução, o controle a
reutilização desse material e, por fim, a reciclagem, para que possa servir de
matéria-prima a indústria, diminuindo assim o desperdício.
  Esses programas podem trazer benefícios econômicos para as construtoras como
na forma de redução de custos, ambientais como construções que minimizam a
geração desses resíduos que tem grande interferência nos impactos ambientais:
poluição da agua, do ar e da agua, e social como na redução de proliferação de
vetores e da poluição visual, oriundos da má disposição desses resíduos.
FIM

Contenu connexe

Tendances

Operações unitárias
Operações unitáriasOperações unitárias
Operações unitárias
Marcela Abreu
 

Tendances (20)

Aula 13 balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
Aula 13   balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11Aula 13   balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
Aula 13 balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
 
Aula 6 compostagem
Aula 6 compostagemAula 6 compostagem
Aula 6 compostagem
 
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
 
A compostagem
A compostagemA compostagem
A compostagem
 
PGRCC
PGRCCPGRCC
PGRCC
 
Resíduos sólidos e seus impactos no meio ambiente/Manaus
 Resíduos sólidos e seus impactos no meio ambiente/Manaus Resíduos sólidos e seus impactos no meio ambiente/Manaus
Resíduos sólidos e seus impactos no meio ambiente/Manaus
 
Compostagem
CompostagemCompostagem
Compostagem
 
Gestão Ambiental 04 - gerenciamento de resíduos sólidos
Gestão Ambiental 04 -  gerenciamento de resíduos sólidosGestão Ambiental 04 -  gerenciamento de resíduos sólidos
Gestão Ambiental 04 - gerenciamento de resíduos sólidos
 
Op.unitárias
Op.unitáriasOp.unitárias
Op.unitárias
 
Exercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausênciasExercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausências
 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
 Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
 
Apresentação aterro sanitário.
Apresentação aterro sanitário.Apresentação aterro sanitário.
Apresentação aterro sanitário.
 
Aula SUSTENTABILIDADE
Aula SUSTENTABILIDADEAula SUSTENTABILIDADE
Aula SUSTENTABILIDADE
 
Aula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdfAula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdf
 
Misturas simples
Misturas simplesMisturas simples
Misturas simples
 
coleta seletiva e reciclagem
coleta seletiva e reciclagemcoleta seletiva e reciclagem
coleta seletiva e reciclagem
 
Operações unitárias
Operações unitáriasOperações unitárias
Operações unitárias
 
Equilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitaçãoEquilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitação
 
9 solubilidade
9 solubilidade9 solubilidade
9 solubilidade
 
Trabalho - Resíduos Sólidos da Construção Civil
Trabalho -  Resíduos Sólidos da Construção CivilTrabalho -  Resíduos Sólidos da Construção Civil
Trabalho - Resíduos Sólidos da Construção Civil
 

Similaire à Trabalho

Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)
Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)
Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)
Petiano Camilo Bin
 
Residuo construcaocivil
Residuo construcaocivil Residuo construcaocivil
Residuo construcaocivil
Wagner Alves
 
Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)
Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)
Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)
Petiano Camilo Bin
 
Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição estudo de caso da...
Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição   estudo de caso da...Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição   estudo de caso da...
Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição estudo de caso da...
Miquéias Cassemiro
 
Art utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarães
Art  utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarãesArt  utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarães
Art utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarães
Petiano Camilo Bin
 
Legislação ambiental e a questão dos resíduos sólidos
Legislação ambiental e a questão dos resíduos sólidosLegislação ambiental e a questão dos resíduos sólidos
Legislação ambiental e a questão dos resíduos sólidos
nucleosul2svma
 
A "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSO
A "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSOA "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSO
A "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSO
Nit Portal Social
 

Similaire à Trabalho (20)

Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)
Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)
Aplicações dos resíduos de construção e demolição ( thais, mestranda)
 
Manual de-gestao-de-residuos-solidos - ce
Manual de-gestao-de-residuos-solidos - ceManual de-gestao-de-residuos-solidos - ce
Manual de-gestao-de-residuos-solidos - ce
 
Manual de-gestao-de-residuos-solidos
Manual de-gestao-de-residuos-solidosManual de-gestao-de-residuos-solidos
Manual de-gestao-de-residuos-solidos
 
Trabalho engenheria ambietal disciplina poluição das águas - tema rcc
Trabalho engenheria ambietal   disciplina poluição das águas - tema rccTrabalho engenheria ambietal   disciplina poluição das águas - tema rcc
Trabalho engenheria ambietal disciplina poluição das águas - tema rcc
 
Residuo construcaocivil
Residuo construcaocivil Residuo construcaocivil
Residuo construcaocivil
 
Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)
Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)
Aplicações de entulhos da construção civil em obras de engenharia (hugo sefrian)
 
Gestão residuos na constr civil e pnrs apostilha1
Gestão residuos na constr civil e pnrs   apostilha1Gestão residuos na constr civil e pnrs   apostilha1
Gestão residuos na constr civil e pnrs apostilha1
 
Gerenciamento de Resíduos
Gerenciamento de ResíduosGerenciamento de Resíduos
Gerenciamento de Resíduos
 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Gerenciamento de Resíduos SólidosGerenciamento de Resíduos Sólidos
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
 
Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição estudo de caso da...
Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição   estudo de caso da...Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição   estudo de caso da...
Gerenciamento de resíduos da construção civil e demolição estudo de caso da...
 
Art utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarães
Art  utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarãesArt  utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarães
Art utilização de agregados reciclados de resíduos sólidos guimarães
 
Apostila residuos sólidos 2 semestre atualizada
Apostila residuos sólidos   2 semestre atualizadaApostila residuos sólidos   2 semestre atualizada
Apostila residuos sólidos 2 semestre atualizada
 
Legislação ambiental e a questão dos resíduos sólidos
Legislação ambiental e a questão dos resíduos sólidosLegislação ambiental e a questão dos resíduos sólidos
Legislação ambiental e a questão dos resíduos sólidos
 
A "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSO
A "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSOA "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSO
A "ALQUIMIA" A SERVIÇO DO PROGRESSO
 
318.ppt
318.ppt318.ppt
318.ppt
 
MINOP Ambiente e Materiais de Construção.ppt
MINOP Ambiente e Materiais de Construção.pptMINOP Ambiente e Materiais de Construção.ppt
MINOP Ambiente e Materiais de Construção.ppt
 
V16n3a13
V16n3a13V16n3a13
V16n3a13
 
Resíduos de construção e demolição avaliação de métodos de quantificação
Resíduos de construção e demolição avaliação de métodos de quantificaçãoResíduos de construção e demolição avaliação de métodos de quantificação
Resíduos de construção e demolição avaliação de métodos de quantificação
 
V16n3a13
V16n3a13V16n3a13
V16n3a13
 
Gestão de resíduos da construção civil
Gestão de resíduos da construção civilGestão de resíduos da construção civil
Gestão de resíduos da construção civil
 

Dernier

Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
rosenilrucks
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 

Dernier (20)

atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 

Trabalho

  • 1.
  • 2. RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL D E S E N V O LV I M E N T O S U S T E N T Á V E L E O S RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
  • 3. UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA • Curso: Engenharia Ambiental • Disciplina: Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos • Professora: Yara Tarragó Vargas • Alunos(as): Adécio Rodrigues; Carolina Fernandes; Thaís Bomfim.
  • 5. Desde a culminação da revolução industrial até os dias atuais, o modelo de desenvolvimento implantado pelas nações sempre foi idealizado sem se levar em conta o respeito à natureza, à qualidade de vida da humanidade e do impacto causado por este sobre a realidade e as condições sociais das populações envolvidas, levando o nosso planeta a atual situação de degradação e devastação ambiental, pobreza e miséria, espalhando assim um imenso caos, principalmente nos países subdesenvolvidos, que ao longo da história foram explorados por tecnologias ambientalmente poluentes e desastrosas, pensadas e testadas pelos países exploradores nessas nações pobres, que diante das suas restrições, foram utilizadas como "cobaias" durante todo este século que agora se encerra.
  • 6. Ao se pensar em um modelo de desenvolvimento que não repita os males e práticas ainda existentes e que possa amenizar os danos causados ao planeta terra no decorrer da história, temos que colocar acima de tudo e principalmente, o ser humano, o ambiente e a sociedade, pois só assim poderemos atingir os outros aspectos que permeiam todos estes (o social, ambiental, econômico, político, institucional, tecnológico e o cultural), utilizando-os como referenciais e pontos de partida, já que são as ferramentas e elementos necessários que devem ser considerados na construção de qualquer modelo de desenvolvimento sustentável que sirva para todas as gerações, não deixando que apenas as gerações atuais usufruam dos seus frutos, mas que estes também sejam garantidos aos que ainda estão por vir, possibilitando a continuidade dos recursos naturais disponíveis e consequentemente da vida em nosso planeta.
  • 8. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL • São os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos. • São eles: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc. (Resolução 307/CONAMA)
  • 9. As causas da geração destes resíduos são diversas, mas podem- se destacar (LEITE, 2001): • A falta de qualidade dos bens e serviços, podendo isto dar origem às perdas de materiais, que saem das obras na forma de entulho; • A urbanização desordenada que faz com que as construções passem por adaptações e modificações gerando mais resíduos; • O aumento do poder aquisitivo da população e as facilidades econômicas que impulsionam o desenvolvimento de novas construções e reformas;
  • 10. • Estruturas de concreto mal concebidas que ocasionam a redução de sua vida útil e necessitam de manutenção corretiva, gerando grandes volumes de resíduos; • Desastres naturais, como avalanches, terremotos e tsunamis; • Desastres provocados pelo homem, como guerras e bombardeios.
  • 11. CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a origem, tipo de resíduo, composição química e periculosidade conforme abaixo: De acordo com a ORIGEM: • “Resíduo Industrial”: são originados dos processos industriais. Possuem composição bastante diversificada e uma grande quantidade desses rejeitos é considerada perigosa. Podem ser constituídos por escórias (impurezas resultantes da fundição do ferro), cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc. • “Entulho”: resultante da construção civil e reformas. Quase 100% destes resíduos podem ser reaproveitados embora isso não ocorra na maioria das situações por falta de informação. Os entulhos são compostos por: restos de demolição (madeiras, tijolos, cimento, rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações diversas.
  • 12. De acordo com o TIPO: • “Resíduo Reciclável”: papel, plástico, metal, alumínio, vidro, etc. • “Resíduo Não Reciclável” ou “Rejeito”: resíduos que não são recicláveis, ou resíduos recicláveis contaminados;
  • 13. De acordo com a COMPOSIÇÃO QUÍMICA: • Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. Muita gente não sabe, mas alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos. São os chamados “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”. • - “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). Estes compostos orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma internacional para seu controle denominada “Convenção de Estocolmo”. • - “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”: óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos). • Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.
  • 14. De acordo com a PERICULOSIDADE: Essa classificação foi definida pela ABNT na norma NBR10004: 2004 da seguinte forma: • Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas características podem apresentar riscos para a sociedade ou para o meio ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados em ensaios de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta classificação requerem cuidados especiais de destinação.
  • 15. • Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos: • - Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. • - Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor.
  • 16. QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PELA RESOLUÇÃO 307 DO CONAMA.
  • 17. • Tipos de resíduos Os tipos de resíduos sólidos da construção civil podem variar de acordo com o tipo de construção realizada. Essa identificação dos RCC é essencial para analisar qual deverá ser o acondicionamento inicial, transporte e a destinação final que deve ser dada a cada tipo de resíduo de maneira ambientalmente correta. A identificação prévia e caracterização dos resíduos a serem gerados são fundamentais no processo de reaproveitamento dos RCC, pois esse conhecimento leva a se pensar maneiras mais racionais de se reutilizar e/ou reciclar o material.
  • 18. Abaixo segue alguns tipos resíduos: • Blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados; • Madeira; • Plásticos (sacarias de embalagens e aparas de tubulações); • Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos utilizados durante a obra) e papéis (escritório); • Metal (ferro, aço, fiação revestida, arame etc.); • Serragem; • Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos; • Solos; • Telas de fachada e de proteção; • EPS (Poliestireno expandido) – exemplo: isopor.
  • 19. NORMAS TÉCNICAS/ASPECTOS LEGAIS As normas técnicas foram elaboradas pelos Comitês Técnicos e publicadas pela ABNT em 2004, conforme sintetizado no Quadro 2. Estas normas envolvem as diretrizes para implantação de áreas de transbordo e triagem, de aterros de inertes e de reciclagem dos RCD, além de procedimentos para a execução da pavimentação com agregados reciclados e de concreto sem função estrutural.
  • 20. Norma Título NBR 15112 (ABNT, 2004b) Resíduos da construção civil e resíduos volumosos _ Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR15113 (ABNT, 2004c) Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 15114 (ABNT, 2004d) Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem- Diretrizes para projeto, implantação e operação; NBR 15115 (ABNT, 2004e) Agreagados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos; NBR 15116 (ABNT, 2004f) Agragados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.
  • 21. • Legislação Ambiental referente aos resíduos de construção e demolição; • Lei Federal Nº 12.305/2010 – PNRS.
  • 22. PERDAS E DESPERDÍCIOS Os desperdícios da Construção Civil não ocorrem apenas no momento da execução de uma obra. São decorrência de um processo formado de várias etapas que são: planejamento, projeto, fabricação de materiais e componentes, execução e uso e manutenção. O conceito de desperdício, geralmente é associado ao conceito de perdas na construção civil, porém deve-se entender como perda à ineficiência causada no uso de equipamentos, materiais, mão-de-obra e capital (BOGADO, 1998, p. 18).
  • 23. RESÍDUO DA CONSTRUÇÃO Os resíduos de construção são considerados todo e qualquer resíduo oriundo das atividades de construção, sejam eles de novas construções, reformas, ampliações, demolições, que envolvam atividades de obras de arte e limpeza de terrenos com presença de solos ou vegetação. (ÂNGULO, 2005, p.27 )
  • 24. TIPOS DE RCC • Limpeza de terreno: solos, rochas e vegetação; • Montagem do canteiro: blocos cerâmicos, concreto, areia, brita, madeira; • Fundação: solos, rochas; • Estrutura: concreto, areia, brita, madeira, ferro; • Alvenaria: blocos cerâmicos, blocos de concreto, argamassa, papel, plástico.
  • 25. • Instalações Elétricas: blocos cerâmicos, conduites, mangueira, fio de cobre; • Reboco Interno/Externo: argamassa; • Revestimentos : pisos e azulejos cerâmicos, piso de madeira, papel, papelão, plástico; • Forro de Gesso: placas de gesso; • Pinturas: tintas, seladoras, vernizes, texturas; • Coberturas: madeiras, telhas.
  • 26. ÍNDICES MÉDIOS DE PERDA DOS MATERIAIS NAS EDIFICAÇÕES ___________________________________ Materiais Perdas (%) Areia 39 Cimento 33 Concreto 01 Aço 26 Tijolos/Blocos 27 Argamassas 91 ___________________________________ Fonte: Adaptado de Pinto, 1995.
  • 27. FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A GERAÇÃO DE RESÍDUOS • Layout do canteiro de obras; • Falha na construção e retrabalho; • Falta de planejamento; • Baixa qualidade dos materiais adotados; • Transporte ou armazenamento inadequado dos materiais.
  • 28. IMPACTOS AMBIENTAIS A destinação inadequada dos resíduos de construção civil, em terrenos baldios, áreas de preservação permanente, vias e logradouros públicos, causam impactos, que podem trazer danos ao meio ambiente e a qualidade de vida da população. A expressão impacto ambiental, segundo a Resolução n 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 23 de setembro de 1986 (CONAMA) é definida como: Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais. (CONAMA, 1986)
  • 29. IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELOS RESÍDUOS Proliferação de vetores de doenças RCC misturados com resíduos domésticos em áreas irregulares
  • 30. Entupimento de galerias e bueiros Disposição irregular de RCC obstruindo rede de drenagem
  • 31. Assoreamento de córregos e rios Disposição irregular as margens do córrego
  • 32. Degradação da vegetação Grande volume de RCC depositado causando degradação da vegetação
  • 33. Obstrução de vias Poluição visual
  • 34. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO RCC GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Conforme a resolução nº. 307/02 do Conama (Brasil, 2002), define-se gerenciamento de resíduos como o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implantar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos (Brasil, 2002). Etapas do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil: a) Caracterização e quantificação dos resíduos sólidos; b) Minimização dos resíduos; c) Segregação dos resíduos; d) Acondicionamento/armazenamento; e) Transporte; f) Destinação dos resíduos.
  • 35. CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Para a caracterização e quantificação dos RCC, é necessário classificar os tipos de resíduos sólidos produzidos pelo empreendimento, adotando a classificação da Resolução CONAMA 307/02 e 348/04, inclusive os resíduos de característica doméstica. IDENTIFICAÇÃO DOS RCC POR ETAPAS DA OBRA Fase da obra Tipos de Resíduos Possivelmente Gerado Limpeza de terrenos Solos Rocha, Vegetação e Galhos Montagem do canteiro Blocos Cerâmicos, Concreto, areia e brita Madeiras Fundações Solos e Rochas Concreto(areia e brita) Superestruturas Madeiras Sucata de Ferro e Formas Plásticas Blocos Cerâmicos, Blocos de Concreto e Alvenaria Argamassa Papel e Plástico Instalações Hidrosanitárias Blocos Cerâmicos PVC e PPR Instalações Elétricas Blocos Cerâmicos Conduítes, Madeiras e Fios de cobre Reboco Interno/Externo Argamassa Pisos e Azulejos Cerâmicos Revestimentos Piso Laminado de madeira, papel Papelão e plástico Forro de Gesso Placas de Gesso Acartonado Pinturas Tintas, Seladoras, Vernizes, Texturas Coberturas Madeiras Cacos de telhas de fibrocimento
  • 36. MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS A estratégia de minimização de resíduos deve ter como prioridade a redução da geração do resíduo na fonte e o seu reaproveitamento ou reciclagem posterior. A CIRIA (1999) considera como minimização qualquer técnica, processo ou atividade que possa evitar, eliminar ou reduzir o volume de resíduo na sua origem ou permitir o reuso ou reciclagem do resíduo para outras finalidades. EEA (1999) trabalha a definição de minimização de resíduo através dos seguintes elementos, organizados por ordem de prioridade: A EEA conceitua a minimização do entulho através da seguinte hierarquia:
  • 37. Para uma boa minimização dos resíduos podemos utilizar as seguintes recomendações: • Siga as recomendações dos fabricantes(embalagens, folders ou catalogos); • Descarregar o material com muito cuidado; • Utilize o carrinho paleteiro ou grua no caso de paletização; • Prever a utilização de peças modulares; • Armazenar e utilizar os materiais com cuidado, para não romper peças desnecessariamente; • Adquirir peças nas medidas. Caso contrario selecionar e coletar as sobras em locais a própria dos no canteiro.
  • 38. SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS É o ato de isolar e separar os resíduos sólidos por classe e tipo. A segregação deve ser segregada na origem ou próxima. Diante da possibilidade de reciclagem do resíduos, deve-se comprometer em efetivar a separação desse tipo de resíduo durante a execução da obra e em buscar sua adequada destinação. Abaixo segue alguns procedimentos a serem adotados: • Separar sacos de cimento e de argamassas de outras embalagens; • Separar as embalagens plásticas contaminadas das não contaminadas; • Aproveitar todas as alternativas possíveis para a recuperação dos metais, separe-os por tipos, bitolas, acabamento.
  • 39. ACONDICIONAMENTO/ARMAZENAMENTO É o local de disposição temporária adequada para cada classe/tipo de resíduo de forma a garantir a integridade dos materiais, até que sejam transportadas para seus acondicionamentos finais e depois para a sua destinação final. Deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos resíduos, dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando a boa organização dos espaços nos diversos setores da obra. Os dispositivos de armazenamento mais utilizados na atualidade são as bombonas (figura 1), bags, baias e caçambas estacionárias, que deverão ser devidamente sinalizados informando o tipo de resíduo que cada um acondiciona visando a organização da obra e preservação da qualidade do RCC.
  • 40. TRANSPORTE É o deslocamento que o resíduo percorre até a o seu acondicionamento final. Para alguns resíduos como o perigoso esse transporte deve ser realizada de forma segura para que não venha a ocorrer possíveis vazamentos e consequentemente contaminação do solo. O transporte interno dos RCC entre o acondicionamento inicial e final pode utilizar os meios convencionais e disponíveis: o transporte horizontal pode ser geralmente realizado por carrinhos ou giricos, transporte manual ou transportes verticais como elevadores de carga, gruas e guinchos. Já o transporte externo não poderá ser realizado sem um determinado controlado de transporte de resíduo, que deverá ser emitido um documento onde contém a identificação do gerador, do(s) responsável(is) pela execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados no empreendimento, bem como da unidade de destinação final. Identificar a empresa licenciada para a realização do transporte dos RCC, os tipos de veículos e equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de coleta, frequência e itinerário.
  • 41. DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS A destinação final dos resíduos só poderá ser realizada para os que não podem ser reutilizados no processo. As soluções para a destinação dos resíduos devem combinar compromisso ambiental e viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade e as condições para a reprodução da metodologia pelos construtores. Os fatores determinantes na designação de soluções para a destinação dos resíduos são os seguintes: I - possibilidade de reutilização ou reciclagem dos resíduos nos próprios canteiros; II - proximidade dos destinatários para minimizar custos de deslocamento; III - conveniência do uso de áreas especializadas para a concentração de pequenos volumes de resíduos mais problemáticos, visando à maior eficiência na destinação.
  • 42. REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS A reutilização de resíduos caracteriza-se por envolver ações que visam o aproveitamento sem a necessidade de descarte. De maneira geral, para que os objetivos da gestão de resíduos sejam alcançados, é necessária a aplicação de técnicas de reutilização no canteiro de obra. Abaixo segue alguns tipos de reutilização • Resíduos de concreto: podem ser reutilizados para preenchimentos não estruturais, principalmente para regularização de nível de blocos de fundação; • Resíduos de argamassa: foram reutilizados para preenchimento não estrutural, elaboração de argamassa para revestimentos (chapisco, reboco, emboço); • Resíduos de brita, areia, saibro, fibrocimento, tinta, impermeabilizante: as sobras passíveis de posterior utilização foram encaminhadas ao depósito da empresa. Os resíduos que não podiam ser reaproveitados foram ser destinados de acordo com especificações da Resolução CONAMA n º 307/02; • Resíduos de cerâmica: foram reutilizados para preenchimento não-estrutural, principalmente como aterro em áreas a serem aterradas e regularização de pisos.
  • 43. CONCLUSÃO Considerando que os resíduos da construção civil tem grande participação nos resíduos sólidos de forma em geral, devemos dar total importância sobre a disposição desses RCC. Com os assuntos que foram abordados nesse trabalho, podemos concluir que é possível existir uma relação harmônica entre o desenvolvimento sustentável e os resíduos sólidos da construção civil. A partir da implantação de programas que permitem a redução, o controle a reutilização desse material e, por fim, a reciclagem, para que possa servir de matéria-prima a indústria, diminuindo assim o desperdício. Esses programas podem trazer benefícios econômicos para as construtoras como na forma de redução de custos, ambientais como construções que minimizam a geração desses resíduos que tem grande interferência nos impactos ambientais: poluição da agua, do ar e da agua, e social como na redução de proliferação de vetores e da poluição visual, oriundos da má disposição desses resíduos.
  • 44. FIM