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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
     Instituto de Ciências e Saúde – ICS
Discentes: Andréa Paula, Arivelton Jr., Naara
      Lima, Thaís Rocha e Thaline Eveli
Espiroquetas
Longas, finas, espiraladas


 Gram-negativas


Cilindro protoplasmáticos:
filamentos axiais que formam as fibrilas

Compreende três gêneros patogênicos: Treponema
Borrelia e Leptospira
Erupção dos dentes e via contato oral


Predileção pela placa gengival,    na placa não é sinal
favorável


Os espiroquetas orais compreendem pelo menos seis
espécies : Treponama denticola. T. vicentinii. T.
socranskii, T. pectinovorum, T. oralis e T. macrodentium
   Difícil isolamento

   Requerimento nutritivo exato, procedimentos de
    dispersão rígidos, não anaerobiose são impecilios.

   Cultiváveis : T. denticola, T. vicentii, T. pectinovorum e T
    socranskii.

   Patognomônicos : Específicos na doença periodontal.
    Espiroquetas na placa é um fator que prediz a
    subsequente perda de tecido.
Toxinas: Placa subgengival



Estudos IN VITRO supõem que grande liberação de
antígenos desses espiroquetas pode levar a um certo
grau de imunossupressão , de acordo com as respostas
apresentadas pelos linfócitos frente a vários antígenos e
misóginos. Indicando sua “fuga” das defesas
imunológicas do hospedeiro e da vigilância fagocítica.
   A procura de organismos periodontopatogênicos com
    vários testes enzimáticos tem mostrado que T. denticola,
    Phorphyromonas gingivalis, dentre outras, possuem uma
    que pode ser detectada por uma hidrolase : BANA.

   Então, a hidrólise de BANA tem o potencial para ser
    um indicador objetivo da atividade da doença
    periodontal, sendo útil para diagnosticar e em seguida
    inicio de tratamento.
   Treponema pallidum

    pallidum (sífilis)
   pertenue (framboesia)
   endemicum ( bejel)



   Treponema carateum
      - Pinta
   Morfologia

   Bainha externa;
   Membrana externa;
   Endoflagelos (filamentos axiais);
   Membrana interna (membrana citoplasmática);
   Túbulos citoplasmáticos

   Obs: Treponemas se reproduzem por divisão
    transversa.
   T. pallidum patogênico: nunca foi cultivado em meios
    artificiais.
   T. pallidum não-patogênico: podem ser cultivadas em
    condições anaeróbicas in vitro.




   Microrganismos microaerófilo;
   3 a 6 dias a 25º C: substâncias redutoras suspensas;
   24 horas a 4º C: sangue total ou plasma.
   Ressecamento;
   Temperamento acima de 42º C;
   Arsenicais trivalentes, mercúrio e bismuto;
   Penicilina: inatividade metabólica e lenta
    velocidade de multiplicação do T. pallidum.




 Cromossomo circular;
 Não possuem transposons;
 Poucos genes para produção de energia e síntese
  de nutrientes
   Lipídios ancoram à proteínas membranares mantendo-as
    inacessíveis aos anticorpos;

   Hialuronidase: degrada Ácido Hialurônico

   Cardiolipina;

   Anticorpos que coram T. pallidum por imunofluorescência
    indireta;

   Reagina: produz reação positiva nos testes de FC e de floculação
    com suspensões aquosas de cardiolipina e extraída de tecidos de
    mamíferos normais.
   O terror do período do renascimento ao século
    XIX e XX

   Balas mágicas de Paul Ehrlich (Arsfenamina)

   Penicilina
   Agente etiológico: T. pallidum

   Transmissão horizontal:
   DST; lesões sifilíticas secundárias

   Transmissão vertical:
   Através da placenta
   Sífilis Adquirida
   Fase primária;
   Fase secundária;
   Fase terciária

   Sífilis Experimental
   Sífilis Congênita
   Aborto

  Sífilis congênita na infância:
- Ceratite intersticial
- Dentes de Huthinson
- Nariz em sela
- Periostite
- Outras anomalias
   Amostras

   Exame de Campo Escuro

   Imunofluorescência

   Provas sorológicas para a sífilis (STS)
   Resistência a superinfecção por T. pallidum
   Reinfecção




   Penicilina em concentração 0,003 unidade/ml
   Injeções de penicilina G benzantina
    intramuscular
   Tetraciclinas ou eritrocemina
   Reação de Jarisch-Herxheim
   A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 12
    milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano.

   No Brasil, a taxa de incidência é de cerca de 4 casos por
    1.000 nascidos vivos e, de acordo com o Ministério da
    Saúde, do total de casos da forma congênita da doença
    no Brasil, apenas 16,6% deles são tratados.
   Tratamento imediato e adequado a todos os casos
    diagnosticados

   Acompanhamento das fontes de infecções e dos
    contatos

   Prática sexual segura com preservativos
Paciente do sexo masculino, 11 anos de idade, compareceu à Clinica de
Especialização em Odontopediatria de uma Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, acompanhado de sua mãe, apresentando como queixa principal a presença
de “dentes tortos”.
Na anamnese, foi relatada anemia durante a gestação e utilização do medicamento
Combirom®, receitado pelo Obstetra. A história médica da criança não continha
outros dados relevantes. Ao exame clínico confirmou-se a queixa da mãe, além de
pontos de gengivite nos dentes 74, 31 e 32. Além disso, diagnosticaram-se
alterações de forma nos elementos 11, 21, 31, 32, 41, 42 e 43 (Figura 1), 16, 26 (estes
apresentando também pigmentação inativa na face oclusal - Figura 2), 36 e 46
(Figura 3). Com base nestes achados, o diagnóstico sugestivo era de sífilis congênita
tardia. Observou-se ainda mordida aberta combinada severa (Figura 1), palato
profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores (Figura 2), e
lingualização dos dentes inferiores posteriores (Figura 3). Ao exame radiográfico
panorâmico, nenhuma outra alteração foi observada (Figura 4). Foi realizada então
uma abordagem mais direta à mãe, uma vez que nenhum tipo de informação sobre
síflis foi relatada na anamnese. A mãe não somente repetiu as mesmas informações
da anamnese, como também informou não ter feito nenhum tratamento para a
doença ou qualquer tipo de exame para diagnóstico de sífilis durante a gestação.
Para confirmar o diagnóstico, foi feito um pedido de titulação de VDRL, para ambos. O resultado
foi positivo tanto para a mãe como para a criança. Frente à confirmação diagnóstica, a mãe foi
orientada a procurar atendimento médico para verificação da necessidade de tratamento para
ambos. Quanto ao tratamento odontológico, foram realizados profilaxia profissional, instrução
de higiene bucal e controle de biofilme para tratar os pontos de gengivite, bem como também
evitar a instalação de processo carioso nos molares, uma vez que estes apresentam a face oclusal
com alterações em sua morfologia, que favorecem o acúmulo de biofilme. Para os estigmas
sifilíticos nada foi proposto, pois a má-oclusão do paciente não permite qualquer tipo de
intervenção operatória nos molares, até que o tratamento ortodôntico seja concluído. Quanto às
anomalias de oclusão, o paciente foi encaminhado à Clínica de Ortodontia da Universidade, para
posteriormente ser realizada a reconstituição dentária protética estética, caso este seja o seu
desejo.




FIGURA 1: Aspecto intrabucal do paciente em oclusão, em que se observa alteração de forma nos dentes anteriores e mordida
aberta combinada severa.
FIGURA 2: Vista oclusal da arcada superior, mostrando alteração de forma nos primeiros molares permanentes, palato
profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores.
FIGURA 3: Vista oclusal da arcada inferior, mostrando alteração de forma nos primeiros
molares permanentes e lingualização dos dentes inferiores posteriores.
FIGURA 4: Exame radiográfico panorâmico: nenhuma outra alteração foi observada.
   JAWETZ, E. Microbiologia Médica. 18ª ed. Editora Manual
    Moderno: Espanha.
   NEWMAN; NINSENGARD. Microbiologia Oral e Imunológica.
    Editora Guanabara; Brasil, 1998.
   WATERLOO, M. R. O; RIBEIRO, A. L. Aspectos bucais da sífilis
    congênita: relato de caso. Rev Ibero-am Odontopediatr Odontol
    Bebê, 2004; 7(36):132-7.
   Guia de Vigilância Epidemiológica. Ministério as Saúde.
    Disponível em
    http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/sifilis_congenit
    a_gve.pdf. Publicado em 2005, acesso em 26/01/2013.
   Revista eletrônica Tribuna da Bahia. Disponível em
    http://www.tribunadabahia.com.br/2012/10/18/12-milhoes-de-
    novos-casos-de-sifilis-sao-registrados-por-ano-em-todo-mundo.
    Publicação em 18/10/2012, acesso em 26/01/2013.

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Sífilis congênita tardia revelada por estigmas dentários

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Instituto de Ciências e Saúde – ICS Discentes: Andréa Paula, Arivelton Jr., Naara Lima, Thaís Rocha e Thaline Eveli
  • 3. Longas, finas, espiraladas Gram-negativas Cilindro protoplasmáticos: filamentos axiais que formam as fibrilas Compreende três gêneros patogênicos: Treponema Borrelia e Leptospira
  • 4. Erupção dos dentes e via contato oral Predileção pela placa gengival, na placa não é sinal favorável Os espiroquetas orais compreendem pelo menos seis espécies : Treponama denticola. T. vicentinii. T. socranskii, T. pectinovorum, T. oralis e T. macrodentium
  • 5. Difícil isolamento  Requerimento nutritivo exato, procedimentos de dispersão rígidos, não anaerobiose são impecilios.  Cultiváveis : T. denticola, T. vicentii, T. pectinovorum e T socranskii.  Patognomônicos : Específicos na doença periodontal. Espiroquetas na placa é um fator que prediz a subsequente perda de tecido.
  • 6. Toxinas: Placa subgengival Estudos IN VITRO supõem que grande liberação de antígenos desses espiroquetas pode levar a um certo grau de imunossupressão , de acordo com as respostas apresentadas pelos linfócitos frente a vários antígenos e misóginos. Indicando sua “fuga” das defesas imunológicas do hospedeiro e da vigilância fagocítica.
  • 7. A procura de organismos periodontopatogênicos com vários testes enzimáticos tem mostrado que T. denticola, Phorphyromonas gingivalis, dentre outras, possuem uma que pode ser detectada por uma hidrolase : BANA.  Então, a hidrólise de BANA tem o potencial para ser um indicador objetivo da atividade da doença periodontal, sendo útil para diagnosticar e em seguida inicio de tratamento.
  • 8. Treponema pallidum  pallidum (sífilis)  pertenue (framboesia)  endemicum ( bejel)  Treponema carateum - Pinta
  • 9. Morfologia  Bainha externa;  Membrana externa;  Endoflagelos (filamentos axiais);  Membrana interna (membrana citoplasmática);  Túbulos citoplasmáticos  Obs: Treponemas se reproduzem por divisão transversa.
  • 10. T. pallidum patogênico: nunca foi cultivado em meios artificiais.  T. pallidum não-patogênico: podem ser cultivadas em condições anaeróbicas in vitro.  Microrganismos microaerófilo;  3 a 6 dias a 25º C: substâncias redutoras suspensas;  24 horas a 4º C: sangue total ou plasma.
  • 11. Ressecamento;  Temperamento acima de 42º C;  Arsenicais trivalentes, mercúrio e bismuto;  Penicilina: inatividade metabólica e lenta velocidade de multiplicação do T. pallidum.  Cromossomo circular;  Não possuem transposons;  Poucos genes para produção de energia e síntese de nutrientes
  • 12. Lipídios ancoram à proteínas membranares mantendo-as inacessíveis aos anticorpos;  Hialuronidase: degrada Ácido Hialurônico  Cardiolipina;  Anticorpos que coram T. pallidum por imunofluorescência indireta;  Reagina: produz reação positiva nos testes de FC e de floculação com suspensões aquosas de cardiolipina e extraída de tecidos de mamíferos normais.
  • 13.
  • 14. O terror do período do renascimento ao século XIX e XX  Balas mágicas de Paul Ehrlich (Arsfenamina)  Penicilina
  • 15. Agente etiológico: T. pallidum  Transmissão horizontal:  DST; lesões sifilíticas secundárias  Transmissão vertical:  Através da placenta
  • 16. Sífilis Adquirida  Fase primária;  Fase secundária;  Fase terciária  Sífilis Experimental
  • 17. Sífilis Congênita  Aborto  Sífilis congênita na infância: - Ceratite intersticial - Dentes de Huthinson - Nariz em sela - Periostite - Outras anomalias
  • 18. Amostras  Exame de Campo Escuro  Imunofluorescência  Provas sorológicas para a sífilis (STS)
  • 19. Resistência a superinfecção por T. pallidum  Reinfecção  Penicilina em concentração 0,003 unidade/ml  Injeções de penicilina G benzantina intramuscular  Tetraciclinas ou eritrocemina  Reação de Jarisch-Herxheim
  • 20. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 12 milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano.  No Brasil, a taxa de incidência é de cerca de 4 casos por 1.000 nascidos vivos e, de acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos da forma congênita da doença no Brasil, apenas 16,6% deles são tratados.
  • 21. Tratamento imediato e adequado a todos os casos diagnosticados  Acompanhamento das fontes de infecções e dos contatos  Prática sexual segura com preservativos
  • 22.
  • 23. Paciente do sexo masculino, 11 anos de idade, compareceu à Clinica de Especialização em Odontopediatria de uma Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acompanhado de sua mãe, apresentando como queixa principal a presença de “dentes tortos”. Na anamnese, foi relatada anemia durante a gestação e utilização do medicamento Combirom®, receitado pelo Obstetra. A história médica da criança não continha outros dados relevantes. Ao exame clínico confirmou-se a queixa da mãe, além de pontos de gengivite nos dentes 74, 31 e 32. Além disso, diagnosticaram-se alterações de forma nos elementos 11, 21, 31, 32, 41, 42 e 43 (Figura 1), 16, 26 (estes apresentando também pigmentação inativa na face oclusal - Figura 2), 36 e 46 (Figura 3). Com base nestes achados, o diagnóstico sugestivo era de sífilis congênita tardia. Observou-se ainda mordida aberta combinada severa (Figura 1), palato profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores (Figura 2), e lingualização dos dentes inferiores posteriores (Figura 3). Ao exame radiográfico panorâmico, nenhuma outra alteração foi observada (Figura 4). Foi realizada então uma abordagem mais direta à mãe, uma vez que nenhum tipo de informação sobre síflis foi relatada na anamnese. A mãe não somente repetiu as mesmas informações da anamnese, como também informou não ter feito nenhum tratamento para a doença ou qualquer tipo de exame para diagnóstico de sífilis durante a gestação.
  • 24. Para confirmar o diagnóstico, foi feito um pedido de titulação de VDRL, para ambos. O resultado foi positivo tanto para a mãe como para a criança. Frente à confirmação diagnóstica, a mãe foi orientada a procurar atendimento médico para verificação da necessidade de tratamento para ambos. Quanto ao tratamento odontológico, foram realizados profilaxia profissional, instrução de higiene bucal e controle de biofilme para tratar os pontos de gengivite, bem como também evitar a instalação de processo carioso nos molares, uma vez que estes apresentam a face oclusal com alterações em sua morfologia, que favorecem o acúmulo de biofilme. Para os estigmas sifilíticos nada foi proposto, pois a má-oclusão do paciente não permite qualquer tipo de intervenção operatória nos molares, até que o tratamento ortodôntico seja concluído. Quanto às anomalias de oclusão, o paciente foi encaminhado à Clínica de Ortodontia da Universidade, para posteriormente ser realizada a reconstituição dentária protética estética, caso este seja o seu desejo. FIGURA 1: Aspecto intrabucal do paciente em oclusão, em que se observa alteração de forma nos dentes anteriores e mordida aberta combinada severa. FIGURA 2: Vista oclusal da arcada superior, mostrando alteração de forma nos primeiros molares permanentes, palato profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores.
  • 25. FIGURA 3: Vista oclusal da arcada inferior, mostrando alteração de forma nos primeiros molares permanentes e lingualização dos dentes inferiores posteriores. FIGURA 4: Exame radiográfico panorâmico: nenhuma outra alteração foi observada.
  • 26. JAWETZ, E. Microbiologia Médica. 18ª ed. Editora Manual Moderno: Espanha.  NEWMAN; NINSENGARD. Microbiologia Oral e Imunológica. Editora Guanabara; Brasil, 1998.  WATERLOO, M. R. O; RIBEIRO, A. L. Aspectos bucais da sífilis congênita: relato de caso. Rev Ibero-am Odontopediatr Odontol Bebê, 2004; 7(36):132-7.  Guia de Vigilância Epidemiológica. Ministério as Saúde. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/sifilis_congenit a_gve.pdf. Publicado em 2005, acesso em 26/01/2013.  Revista eletrônica Tribuna da Bahia. Disponível em http://www.tribunadabahia.com.br/2012/10/18/12-milhoes-de- novos-casos-de-sifilis-sao-registrados-por-ano-em-todo-mundo. Publicação em 18/10/2012, acesso em 26/01/2013.