O documento descreve o caso de um paciente de 11 anos diagnosticado com sífilis congênita tardia após apresentar alterações dentárias sugestivas. Exames confirmaram a infecção tanto na criança quanto em sua mãe, que não havia recebido tratamento adequado durante a gestação. O paciente recebeu orientações odontológicas e foi encaminhado para tratamento e acompanhamento médico.
3. Longas, finas, espiraladas
Gram-negativas
Cilindro protoplasmáticos:
filamentos axiais que formam as fibrilas
Compreende três gêneros patogênicos: Treponema
Borrelia e Leptospira
4. Erupção dos dentes e via contato oral
Predileção pela placa gengival, na placa não é sinal
favorável
Os espiroquetas orais compreendem pelo menos seis
espécies : Treponama denticola. T. vicentinii. T.
socranskii, T. pectinovorum, T. oralis e T. macrodentium
5. Difícil isolamento
Requerimento nutritivo exato, procedimentos de
dispersão rígidos, não anaerobiose são impecilios.
Cultiváveis : T. denticola, T. vicentii, T. pectinovorum e T
socranskii.
Patognomônicos : Específicos na doença periodontal.
Espiroquetas na placa é um fator que prediz a
subsequente perda de tecido.
6. Toxinas: Placa subgengival
Estudos IN VITRO supõem que grande liberação de
antígenos desses espiroquetas pode levar a um certo
grau de imunossupressão , de acordo com as respostas
apresentadas pelos linfócitos frente a vários antígenos e
misóginos. Indicando sua “fuga” das defesas
imunológicas do hospedeiro e da vigilância fagocítica.
7. A procura de organismos periodontopatogênicos com
vários testes enzimáticos tem mostrado que T. denticola,
Phorphyromonas gingivalis, dentre outras, possuem uma
que pode ser detectada por uma hidrolase : BANA.
Então, a hidrólise de BANA tem o potencial para ser
um indicador objetivo da atividade da doença
periodontal, sendo útil para diagnosticar e em seguida
inicio de tratamento.
10. T. pallidum patogênico: nunca foi cultivado em meios
artificiais.
T. pallidum não-patogênico: podem ser cultivadas em
condições anaeróbicas in vitro.
Microrganismos microaerófilo;
3 a 6 dias a 25º C: substâncias redutoras suspensas;
24 horas a 4º C: sangue total ou plasma.
11. Ressecamento;
Temperamento acima de 42º C;
Arsenicais trivalentes, mercúrio e bismuto;
Penicilina: inatividade metabólica e lenta
velocidade de multiplicação do T. pallidum.
Cromossomo circular;
Não possuem transposons;
Poucos genes para produção de energia e síntese
de nutrientes
12. Lipídios ancoram à proteínas membranares mantendo-as
inacessíveis aos anticorpos;
Hialuronidase: degrada Ácido Hialurônico
Cardiolipina;
Anticorpos que coram T. pallidum por imunofluorescência
indireta;
Reagina: produz reação positiva nos testes de FC e de floculação
com suspensões aquosas de cardiolipina e extraída de tecidos de
mamíferos normais.
13.
14. O terror do período do renascimento ao século
XIX e XX
Balas mágicas de Paul Ehrlich (Arsfenamina)
Penicilina
15. Agente etiológico: T. pallidum
Transmissão horizontal:
DST; lesões sifilíticas secundárias
Transmissão vertical:
Através da placenta
16. Sífilis Adquirida
Fase primária;
Fase secundária;
Fase terciária
Sífilis Experimental
17. Sífilis Congênita
Aborto
Sífilis congênita na infância:
- Ceratite intersticial
- Dentes de Huthinson
- Nariz em sela
- Periostite
- Outras anomalias
18. Amostras
Exame de Campo Escuro
Imunofluorescência
Provas sorológicas para a sífilis (STS)
19. Resistência a superinfecção por T. pallidum
Reinfecção
Penicilina em concentração 0,003 unidade/ml
Injeções de penicilina G benzantina
intramuscular
Tetraciclinas ou eritrocemina
Reação de Jarisch-Herxheim
20. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima 12
milhões de novos casos de sífilis no mundo a cada ano.
No Brasil, a taxa de incidência é de cerca de 4 casos por
1.000 nascidos vivos e, de acordo com o Ministério da
Saúde, do total de casos da forma congênita da doença
no Brasil, apenas 16,6% deles são tratados.
21. Tratamento imediato e adequado a todos os casos
diagnosticados
Acompanhamento das fontes de infecções e dos
contatos
Prática sexual segura com preservativos
22.
23. Paciente do sexo masculino, 11 anos de idade, compareceu à Clinica de
Especialização em Odontopediatria de uma Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, acompanhado de sua mãe, apresentando como queixa principal a presença
de “dentes tortos”.
Na anamnese, foi relatada anemia durante a gestação e utilização do medicamento
Combirom®, receitado pelo Obstetra. A história médica da criança não continha
outros dados relevantes. Ao exame clínico confirmou-se a queixa da mãe, além de
pontos de gengivite nos dentes 74, 31 e 32. Além disso, diagnosticaram-se
alterações de forma nos elementos 11, 21, 31, 32, 41, 42 e 43 (Figura 1), 16, 26 (estes
apresentando também pigmentação inativa na face oclusal - Figura 2), 36 e 46
(Figura 3). Com base nestes achados, o diagnóstico sugestivo era de sífilis congênita
tardia. Observou-se ainda mordida aberta combinada severa (Figura 1), palato
profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores (Figura 2), e
lingualização dos dentes inferiores posteriores (Figura 3). Ao exame radiográfico
panorâmico, nenhuma outra alteração foi observada (Figura 4). Foi realizada então
uma abordagem mais direta à mãe, uma vez que nenhum tipo de informação sobre
síflis foi relatada na anamnese. A mãe não somente repetiu as mesmas informações
da anamnese, como também informou não ter feito nenhum tratamento para a
doença ou qualquer tipo de exame para diagnóstico de sífilis durante a gestação.
24. Para confirmar o diagnóstico, foi feito um pedido de titulação de VDRL, para ambos. O resultado
foi positivo tanto para a mãe como para a criança. Frente à confirmação diagnóstica, a mãe foi
orientada a procurar atendimento médico para verificação da necessidade de tratamento para
ambos. Quanto ao tratamento odontológico, foram realizados profilaxia profissional, instrução
de higiene bucal e controle de biofilme para tratar os pontos de gengivite, bem como também
evitar a instalação de processo carioso nos molares, uma vez que estes apresentam a face oclusal
com alterações em sua morfologia, que favorecem o acúmulo de biofilme. Para os estigmas
sifilíticos nada foi proposto, pois a má-oclusão do paciente não permite qualquer tipo de
intervenção operatória nos molares, até que o tratamento ortodôntico seja concluído. Quanto às
anomalias de oclusão, o paciente foi encaminhado à Clínica de Ortodontia da Universidade, para
posteriormente ser realizada a reconstituição dentária protética estética, caso este seja o seu
desejo.
FIGURA 1: Aspecto intrabucal do paciente em oclusão, em que se observa alteração de forma nos dentes anteriores e mordida
aberta combinada severa.
FIGURA 2: Vista oclusal da arcada superior, mostrando alteração de forma nos primeiros molares permanentes, palato
profundo e atrésico e erupção ectópica dos incisivos laterais superiores.
25. FIGURA 3: Vista oclusal da arcada inferior, mostrando alteração de forma nos primeiros
molares permanentes e lingualização dos dentes inferiores posteriores.
FIGURA 4: Exame radiográfico panorâmico: nenhuma outra alteração foi observada.
26. JAWETZ, E. Microbiologia Médica. 18ª ed. Editora Manual
Moderno: Espanha.
NEWMAN; NINSENGARD. Microbiologia Oral e Imunológica.
Editora Guanabara; Brasil, 1998.
WATERLOO, M. R. O; RIBEIRO, A. L. Aspectos bucais da sífilis
congênita: relato de caso. Rev Ibero-am Odontopediatr Odontol
Bebê, 2004; 7(36):132-7.
Guia de Vigilância Epidemiológica. Ministério as Saúde.
Disponível em
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/sifilis_congenit
a_gve.pdf. Publicado em 2005, acesso em 26/01/2013.
Revista eletrônica Tribuna da Bahia. Disponível em
http://www.tribunadabahia.com.br/2012/10/18/12-milhoes-de-
novos-casos-de-sifilis-sao-registrados-por-ano-em-todo-mundo.
Publicação em 18/10/2012, acesso em 26/01/2013.