Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Efeitos da modulação da dor na atividade cerebral em pacientes com dtm
1. Efeitos da Modulação da Dor na Atividade Cerebral em Pacientes com Dor Temporomandibular Aylla Vieira Mª Gerusa Brito Marília Brasileiro Isaac Fernandes Thaís Vieira
2.
3. INTRODUÇÃO A dor é multi-dimensional: Hipnose x Dor: Moldar a percepção do indivíduo; Influenciar componentes sensoriais e afetivos.
4. Hipoalgesia hipnótica ↓ desconforto e intensidade de dor; Alívio da dor clínica, durante e após os procedimentos cirúrgicos e em algumas doenças (dor crônica); Estudos com pacientes saudáveis: Associada a alterações nos limiares de dor; Relacionada a dor fisiológica (Atividade cerebral, Potenciais Relacionados a Eventos Somatossensoriais – PRES – e Reflexos espinhais). Indivíduos suscetíveis à hipnose x indivíduos com baixa susceptibilidade hipnótica: Quanto maior a susceptibilidade à hipnose, maior a redução na percepção da dor, nas respostas reflexas e nas amplitudes dos PRES a estímulos dolorosos.
5. Fontes da Dor Córtex somatossensorial primário (S1) e secundário (S2); Tronco cerebral; Tálamo; Ínsula; Cíngulo anterior. Hipoalgesia hipnótica pode produzir mudanças nas respostas de várias regiões do cérebro: Cíngulo médio; Ínsula; Córtex perigenual; Córtex pré-motor suplementar; Tronco cerebral; Tálamo.
6. Sugestões hipnóticas de maior desagrado: ↑das respostas do Cíngulo anterior, sem efeitos sobre a atividade do S1. Sugestões hipnóticas de intensidade de dor aumentada: Mudanças no S1, sem efeitos sobre a atividade do Cíngulo anterior.
7. No entanto... A maioria dos estudos têm sido realizados em indivíduos saudáveis; Relativamente poucos estudos têm sido conduzidos em pacientes com dor crônica; Não houve até agora nenhum estudo sobre a modulação hipnótica do processamento nociceptivo em pacientes crônicos de dor orofacial.
8. Objetivo Estudo de imagem por ressonância magnética funcional (fMRI) Investigar se pacientes com DTM são capazes de modular a sua experiência de dor e as respostas do cérebro associadas por hipoalgesia hipnoticamente induzida ou hiperalgesia. umaquestaodecerebro.blogs.sapo.pt
9. O que se esperava? ↓ atividade das fontes da dor durante a hipoalgesia induzida hipnoticamente; ↑ atividade da fonte da dor durante a hiperalgesia induzida hipnoticamente; Comparação com o controle. Variações individuais na susceptibilidade hipnótica; Mudanças de intensidade de dor e desconforto; = Respostas do cérebro durante hipoalgesia ou hiperalgesia hipnótica. georgemckee.com
10. Métodos Pacientes 19 pacientes: 1 homem e 18 mulheres; Idade média / desvio: 40,7 / 2,3 anos; Faculdade de Odontologia de Aarhus (DK). Critérios de inclusão: Dor miofascial - 6 meses ou mais. Somatização TOC Depressão Ansiedade Intensidade da dor O protocolo do estudo foi conduzido de acordo com a Declaração de Helsinque e foi aprovado pelo comitê de ética local. Todos os pacientes assinaram um termo de consentimento esclarecido. Semiologia Escala numérica (0-10)
11. Métodos Design do experimento Pacientes submetidos a Ressonância Magnética Funcional em três grupos: Hipoalgesia Hipnótica; Hiperalgesia hipnótica; Grupo Controle. Grupo Controle era seguido pelas dois outros grupos em ordem aleatória: Evitar a contaminação sobre efeitos da intervenção hipnótica, de acordo com estudos anteriores sobre hipnose. Estímulo doloroso – alfinetadas Intensidades idênticas. A intensidade da dor e irritabilidade dos estímulos dolorosos foram pontuados de 0-10, em cada condição.
12. Métodos Design do experimento Em cada grupo, um estímulo de alfinetadas foi aplicado à pele que cobre o nervo mentual esquerdo (um total de 65 estímulos) durante 30s, alternando com 30s de intervalo. 5 ciclos de estímulo seguidos por ausência de estímulos. O número de estímulos por ciclo foi determinado por um software e o início foi sincronizado com a execução das imagens da ressonância magnética. Frequência aproximada – Estímulo de 2Hz. A ponta do estimulador foi construída como um cabelo de Von Frey com 1mm de raio. A amplitude foi ajustada no início do experimento para dar um estímulo doloroso correspondente a 5 na escala.
13. Métodos Hipnose Uma versão dinamarquesa de uma escala de susceptibilidade hipnótica foi usada para determinar a susceptibilidade de 0 – 12. Pacientes foram treinados numa sessão de 1h antes do experimento. Indução do relaxamento; Visualização de imagens de um lugar agradável; “Anestesia em luva” Memórias autobiográficas Durante a ressonância, houve a indução do transe hipnótico, baseado na sessão de treinamento, bem como a hipoalgesia hipnótica na área do nervo mentual esquerdo. No grupo Controle, não houve relaxamento ou imagens.
14. Métodos Obtenção e análise das imagens As imagens funcionais foram obtidas em um Scanner 3.0 T GE Signa HDx(General Eletric, Milwaukee, USA). As imagens funcionais de cada paciente tiveram seu movimento corrigido e foram realinhadas, desempenadas, o intervalo de tempo foi corrigido, normalizadas espacialmente e suavizadas. Foi realizada uma análise estatística. Para cada paciente, um modelo de primeiro-nível foi construído , modelando ciclos de 30s de estímulo seguidos de 30s de intervalo, como em uma função box-car. Pt-br.wikipedia.org
15. Métodos Obtenção e análise das imagens Para observar mudanças entre o grupo Controle e hipoalgesia e entre grupo Controle e hiperalgesia, o padrão de ativação cerebral do grupo Controle foi usado como referência. Finalmente, para modelar os efeitos das diferenças individuas entre os indivíduos, um terceiro modelo foi criado, incluindo diferenças na susceptibilidade à hipnose, intensidade da percepção da dor e desconforto como co-variáveis. Foi aplicada uma análise estatística conservadora da ressonância magnética. Regiões anatômicas e áreas de Brodmann foram localizadas.
16. Métodos Estatísticas A dor na escala de intensidade de dor e as pontuações do estímulo durante os três grupos experimentais são apresentados como valores médios e comparados usando análise de variância. As mudanças relativas na dor na escala e pontuações do desconforto do grupo Controle foram calculadas para os grupos de analgesia e hiperalgesia hipnótica. Foram usados coeficientes para testar associações entre a dor na escala de intensidade de dor e o desconforto causado pelo estímulo, susceptibilidade hipnótica e intensidade da dor na escala. Um Valor de P < 0.05 foi considerado ser estatisticamente significativo.
17. Resultados Características clínicas Todos os pacientes tinham um longo histórico de dor miofascial (DTM) – 12,4 / 2.1 anos; Os pacientes apresentaram níveis moderados de dor clínica na região craniofacial incluindo o masseter (4.8 / 2.1); A maioria dos pacientes (14/19) também tinham outros problemas de saúde e dor; Pontuações para somatização (0.8/0.5), TOC (0.9/0.6), depressão (0.8/0.5) e ansiedade (0.6/0.6). A média de susceptibilidade hipnótica para os pacientes com DTM foi de 8.3/0.4. O efeito da hipnose na dor em DTM tinha sido reportado anteriormente.
18. Resultados Pontuação da dor O estímulo de alfinetadas na região do nervo mentual causou relatos de dor e desconforto em todos os pacientes; Não houve correlações significativas entre as pontuações de dor clínica e os estímulos de alfinetadas ou desconforto. Além disso, não houve correlação entre as pontuações de dor e as de desconforto dos estímulos no grupo Controle. Houve uma moderada correlação entre susceptibilidade hipnótica e mudanças na pontuação de desconforto dos estímulos do grupo Controle e hipoalgesia hipnótica. Valor Desvio
19. Resultados Atividade cerebral Hiperalgesia hipnótica: Ativação da Ínsula. Grupo Controle: Ativação da Ínsula e S1 Hipoalgesia hipnótica: Apenas um pequeno grupo ativado na Ínsula
20. Resultados Atividade cerebral Contraste entre os grupos Hiperalgesia hipnótica e Controle: Não revelou grupos de ativação relevantes; Hipoalgesia hipnótica e Controle: Não revelou grupos de ativação relevantes; Hiperalgesia e Hipoalgesia hipnótica: Revelou um grupo de ativação no lobo parietal inferior