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XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005




APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle na Empresa
                            de Açúcar


                       Rogério Augusto Profeta (FASC) rogerio.profeta@uniso.br


                      Simone Fermino da Silva (FASC) fafil.oapec@argon.com.br


Resumo
A expressão central deste artigo é identificar e avaliar os perigos de contaminação de um
alimento desde sua fabricação até o seu consumo final, com o objetivo de exercer o controle
preventivo destes, e até mesmo eliminando-os, reduzindo-os.
A sua importância vem decorrente das grandes perdas com vidas humanas e perdas
econômicas ocasionadas por doenças veiculadas por alimento. Este artigo busca reunir, a
partir de uma revisão de literatura, os principais fatores críticos para implementação da
APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle. A APPCC é um sistema dinâmico, e
quando aplicado corretamente, o alimento produzido já tem a garantia de não ter os perigos
considerados, já que foram controlados no processo.
Palavras chave: Agronegócios; Produção; Qualidade.


1. Introdução
A grande mudança observada nos últimos anos na oferta de alimentos processados é o fato da
mesma ser realizada através de um sistema cada vez mais interconectado e caracterizado por
novas formas de relacionamento entre as empresas fornecedoras de insumos genéricos e seus
clientes da indústria de alimentos, segundo Alves (2002). Para Davenport & Prusak (1999), as
empresas do novo século estão se transformando em organizações de aprendizagem
comprometidas com a educação e o desenvolvimento de seus funcionários, com a finalidade
de desenvolver meios de alavancar o conhecimento e conduzir a novas oportunidades de
negócios, criar relacionamentos mais profundos com os clientes e impulsionar a empresa para
um novo futuro. Esta mudança reflete nova dinâmica no relacionamento entre as empresas e
seus consumidores, buscando oferecer melhores produtos a cada dia. APPCC – Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle – orienta sobre como levantar os perigos (biológicos,
químicos e físicos) significativos que podem ocorrer na produção de um determinado
alimento em uma linha de processamento, e controlá-los, nos Pontos Críticos de Controle
(PCC), durante a produção. Assim, é um sistema dinâmico, e quando aplicado corretamente, o
alimento produzido já tem a garantia de não ter os perigos considerados, já que foram
controlados no processo, segundo Wurlitzer (1998).
A implantação do APPCC tem como desdobramento um maior controle do processo e maior
“auto controle”, ou seja, controle feito pelos próprios operadores responsáveis pela produção. É
um processo contínuo, que permite a detecção de problemas antes ou logo após sua ocorrência,
permitindo ação corretiva imediata.
Para conseguir tais objetivos, é necessário identificar as etapas críticas, controlando-as e
monitorando-as. Etapas críticas são aquelas em que a falta de controle resulta em risco
inaceitável à saúde e/ou integridade do consumidor. As investigações a serem feitas têm o


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propósito de identificar, através do exame de matérias-primas e de todas as etapas pertinentes
da cadeia de produção, incluindo até a utilização pelo cliente ou consumidor final, a presença
ou a possibilidade de ocorrência de perigos a saúde e integridade do consumidor, tais como:
- Alimentos microbiologicamente sensíveis, propiciam ao desenvolvimento microbiano ou à
produção de toxinas;
- Organismos patogênicos ou substâncias tóxicas;
- Tratamento térmico insuficiente, ou seja, combinações de tempo e temperaturas inadequadas;
- Procedimentos inadequados usados após tratamento térmico;
- Condições ambientais que permitem a transferência de microorganismos patogênicos ou
substâncias tóxicas para o alimento pelo ar, pela água ou outros vetores.
No Brasil a adoção de APPCC/HACCP começou a ser regulamentada em 1993. O ministério
da Agricultura e do Abastecimento (M.A.A.) regulamentou sua exigência para pescados,
enquanto o ministério da saúde (M.S.) editou a portaria em 1428 que estabelece GMP e
APPCC/HACCP como base para a fiscalização sanitária. Em 1998 o Ministério da Agricultura
e Abastecimento publicou as portarias 40 e 46 estendendo sua obrigatoriedade para bebidas,
vinagres; produtos; cárneos, lácteos, avícolas e apícolas, editando o manual de procedimento
para implantação do sistema APPCC/HACCP às indústrias de produtos de origem animal.


2. Metodologia
A metodologia utilizada no presente trabalho é cientifica, que se “caracteriza pela presença do
acolhimento metódico e sistemático dos fatos da realidade sensível, por meio da classificação,
da comparação, da aplicação do método, da análise e síntese”, procurando alcançar a verdade
dos fatos, segundo Fachin (2001). “Metodologia Cientifica é a exploração, inquisição, o
procedimento sistemático e intensivo que tem por objetivo descobrir e interpretar os fatos que
estão inseridos em uma determinada realidade” segundo Barros & Lettfeldd (2001).
Baseia-se também na metodologia indireta, fundamentada em literatura de terceiros. “Fazem
parte da documentação indireta a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental”, segundo
Andrade (2001).


3. Objetivo
O sistema de APPCC tem como objetivo identificar, monitorar e controlar os perigos
relacionados com a contaminação do açúcar em diversas etapas do processo, ele usa conceitos
preventivos, identificando os pontos e etapas do processo nos quais os perigos de contaminação
podem ser controlados.


4. Definições
APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle.
Alimento Seguro: Alimento livre de contaminação que possa causar problemas à saúde do
consumidor ou causar danos ao processo industrial. Alimento inócuo que possa assegurar a sua
qualidade e a imagem da empresa.
Ponto Crítico de Controle (PCC): Qualquer etapa, atuação, equipamento do processo ou
procedimento de fabricação ou preparação do produto, onde se aplicam medidas preventivas de


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controle sobre um ou fatores que possam contaminar o produto, com o objetivo de prevenir,
reduzir limites aceitáveis ou eliminar os perigos de contaminação identificados nos processos.
Perigo: Causas potenciais de danos de natureza química, física, microbiológica, que possam
comprometer a saúde do consumidor e outros que possam ocasionar a perda da qualidade e da
integridade econômica do produto.
Os tipos de perigos estão contemplados no registro de Identificação e Monitoramento dos PCC.
Riscos: É a avaliação do grau de severidade dos perigos identificados, levando em
consideração a probabilidade dos mesmos acontecerem causando assim danos à saúde pública,
à qualidade e à integridade do produto.
Os riscos encontrados foram classificados, quanto à sua severidade, em três níveis; Alto, Médio
e Baixo e à probabilidade de ocorrência, improvável, provável e esperado.
Monitoramento: Deve ser realizado um monitoramento nos pontos críticos de controle
identificados no processo para que se possa evidenciar a conformidade do produto quanto aos
limites determinados. O monitoramento deve ser devidamente planejado e registrado,
permitindo assim avaliar se um Ponto Crítico de Controle está sob controle e se os desvios
estão sendo corrigidos.
Limite Crítico: Valores ou atributos máximos e/ou mínimos estabelecidos para cada PCC e
que, quando não atendidos, podem colocar em risco a segurança do produto.
Desvio: Não atendimento aos limites críticos estabelecidos para cada ponto crítico de controle
identificado.
Não Conformidade: A não conformidade será constatada quando forem evidenciadas as
seguintes situações: Desvios sistemáticos de parâmetro de processo; quebra de equipamentos
que comprometam o processo e a segurança do produto; produtos (insumos) recebidos fora de
especificações; falhas no sistema de APPCC identificadas em auditorias internas; não
atendimento aos requisitos de boas práticas de fabricação, 5S, controle de pragas e aos
requisitos desta norma.
Verificação: Métodos ou testes utilizados para verificação do sistema de APPCC, com a
finalidade de garantir que os controles estão sendo cumpridos adequadamente e sendo eficaz no
combate aos perigos relacionados com o produto. Quando ocorrer modificações no processo,
produto, embalagem, o sistema de APPCC deve ser reavaliado e adequado.
Validação: Procedimentos utilizados para determinar a conformidade do produto ou processo
garantido assim que os controles realizados em cada PCC forem eficazes na eliminação ou
redução de um perigo específico;
Medida Preventiva: Qualquer ação, atividade ou equipamento, que pode ser usada como
medida preventiva em determinadas etapas do processo para eliminar ou reduzir um perigo que
possa causar contaminação no processo ou no produto final. Exemplos: dispositivos de
segurança (Imã, Detector de Metais, Filtros, Peneiras, etc.); limpeza (Sistema de Housekeeping
/ 5S); práticas de higiene (Boas Práticas de Fabricação) e programa de controle de pragas.
Ação Corretiva: Procedimento ou ação a ser tomada quando se verificar que uma variável
encontra-se fora dos limites críticos estabelecidos e quando as situações definidas como não
conformidade forem identificadas.
Árvore decisória para identificação lógica do PCC: seqüência lógica de questões que auxilia
na identificação de um PCC no processo de recebimento de matéria-prima e insumos e nas
etapas de fabricação.



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Garantia da Qualidade: todas as ações planejadas e sistemáticas necessária para prover a
confiabilidade adequada, de que um produto atenda aos padrões de qualidade específicas aos
requisitos estabelecidos no sistema de APPCC e no sistema de gestão ISO 9001:2000.
Ponto de Observação: são considerados como ponto de observação os perigos identificados
em etapas de processos, que não representam efetivamente um PCC e que podem ser
eliminados ou reduzidos pelos Pré-requisitos (BPF, BPL, 5S, PCPI).


5. Os Sete Princípios do Sistema Appcc
O Codex Alimentarius estabelece que o sistema APPCC/HACCP deve seguir sete princípios
básicos que são: realizar a análise de Perigos, determinar os pontos críticos de controle – PCC,
estabelecer os limites críticos, estabelecer o sistema de monitoramento dos PCC, estabelecer
ações corretivas para quando o PCC não estiver sob controle, estabelecer procedimentos de
verificação e estabelecer documentação, procedimentos e registros apropriados.


6. Etapas para o Desenvovimento do APPCC
As etapas para o desenvolvimento do APPCC são comprometimento da direção; definição dos
objetivos e escopo; formação da equipe de APPCC para gerenciamento e controle do Sistema;
descrição do produto e a identificação do uso pretendido do mesmo, elaboração e confirmação
do fluxograma e diagrama do processo (matéria-prima, produção, água, vapor e produto final)
com os pontos críticos de controle definidos; identificação e avaliação dos perigos de
contaminação, análise dos riscos, identificação dos pontos críticos de controle com suas
respectivas medidas preventivas, limites críticos e ações corretivas; elaboração de instruções
necessárias para monitoramento e verificação do Sistema de APPCC; programação de
auditorias no Sistema de APPCC com o mesmo padrão das auditorias internas da qualidade,
onde o auditor líder deverá selecionar auditores técnicos com conhecimento e treinamento de
APPCC.
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGO
Os perigos potenciais de todas as operações dos processos foram avaliados pela equipe de
APPCC, sendo considerado nesta análise os aspectos legais do produto e os aspectos de
operação dos processos, que poderiam ter um efeito adverso sobre a segurança do produto por
perigos microbiológicos, químicos e físicos, além dos perigos considerados de conformidade
com as especificações que causariam a perda da qualidade e ou da integridade econômica ao
produto.
DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE PERIGOS
Foram analisados três grandes grupos de perigo:


Perigo À Saúde Pública
CONTAMINAÇÃO FÍSICA
As contaminações físicas são causadas por materiais estranhos presentes no produto (metais,
resíduos de limpeza, parafusos ou peças que se soltam de equipamentos, etc.). O levantamento
demonstra quais os materiais que podem causar a contaminação física ao produto e/ou processo
e as medidas preventivas para evitar ou diminuir esses riscos de contaminação.
CONTAMINAÇÃO QUÍMICA


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As contaminações químicas podem ser causadas por produtos químicos utilizados no processo,
por produtos utilizados na limpeza dos equipamentos, etc. Para evitar uma contaminação
química através dos insumos usados na fabricação do produto, deverá ser realizado pela Usina
um controle quanto à dosagem dos insumos utilizados. Os mesmos devem ser de grau
alimentício comprovado pelo fornecedor e deverá ser enviado à Usina um certificado de análise
referente aos parâmetros do insumo a cada lote entregue. Os agentes de limpeza devem seguir
os padrões estabelecidos (Boas Práticas de Fabricação).
CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA
Deverá ser realizado um controle do processo nas fases líquidas, onde pode ocorrer a
contaminação do produto pelo desenvolvimento de microorganismo causado por paradas
prolongadas, manutenção inadequada, falta de higienização e saúde dos funcionários, para
evitar tais contaminações devem ser seguidos os critérios e procedimentos Boas Práticas de
Fabricação, prevenindo desta forma as possibilidades de contaminação microbiológica.


Perigo À Qualidade Do Produto
Relaciona-se aos perigos que possam representar o não atendimento às especificações e
requisitos do cliente ou relativo a uma legislação vigente.


Perigo À Integridade Econômica Do Produto
Relaciona-se aos perigos que possam representar variação de peso nas embalagens do produto
ou relativo ao não atendimento às especificações e requisitos do cliente, que possam gerar
reclamações e devolução de produto.


7. Análise de Riscos
A equipe de APPCC analisou os riscos para cada perigo identificado conforme os conceitos e
princípios determinados nesta norma. Os resultados desta análise foram documentados na
Análise de Riscos. Os critérios e princípios adotados na análise de riscos baseiam-se nas
barreiras operacionais disponíveis para eliminar ou reduzir o perigo a níveis aceitáveis de
forma que a incidência do perigo presente no produto final não ultrapasse os padrões
estabelecidos em requerimentos legais e as especificações do cliente. Para a análise dos riscos,
a equipe considerou suas experiências práticas, informações técnicas aplicáveis, dados
experimentais da Usina, recomendações do cliente, informações de fornecedores e outras
diversas.
Para a análise da severidade do risco foi consideradas a somatória da severidade do perigo e a
probabilidade de ocorrência do perigo:


7.1 Severidade do Perigo
Severidade Alta (3) – perigo à saúde do consumidor: microbiológico, matérias estranhas,
resíduos orgânicos e inorgânicos.
Severidade Média (2) – perigo à perda da qualidade: não atendimento às especificações do
produto.
Severidade Baixa (1) – perigo à integridade econômica do produto: variações de peso,
problemas de embalagens e transporte do produto.


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7.2 Probabilidade de Ocorrência do Perigo
Improvável (1) – A ocorrência depende de falhas múltiplas nos sistemas de redução ou
eliminação.
Provável (2) – Há possibilidade de ocorrência, embora haja barreira para a redução ou
eliminação.
Esperado (3) – É possível a ocorrência, não há barreira para redução ou eliminação.


8. Critério para a Determinação do Grau de Severidade dos Riscos
A severidade dos riscos é estabelecida pela função do grau de severidade do perigo e da
probabilidade de ocorrência do perigo em análise.
As empresas normalmente adotam como critério o diagrama de significância dos riscos, pela
soma dos índices de severidade e probabilidade de ocorrência, abaixo estabelecida onde a linha
verde delimita a severidade baixa, a linha amarela a severidade média e a vermelha a
severidade alta.


9. Controle / Medidas
Para os perigos identificados foram definidas medidas preventivas para a eliminação ou
redução dos perigos e foram implementados sistemas de garantia da segurança do alimento tais
como controle de pragas, boas práticas de fabricação, boas práticas de laboratório, programa 5S
de controle de organização e limpeza, especificações técnicas de insumos e procedimentos
padronizados para garantir as ações sistemáticas e planejados de controle. Estas medidas estão
documentadas na Identificação e Monitoramento dos PCC.


10. Pontos Críticos de Controle
A equipe de APPCC utilizou para a determinação dos Pontos Críticos de Controle a árvore
decisória. Foi realizada uma série de perguntas para cada etapa do processo onde o perigo possa
ser controlado, reduzido ou eliminado, para isto utilizou-se a capacitação, a experiência e o
conhecimento das particularidades da Usina pelos membros da equipe.
São mantidos registros deste estudo no Estudo de Perigos, as considerações sobre a avaliação e
as justificativas de classificação como um Ponto Crítico de Controle, bem como a identificação
dos locais e processos onde se caracteriza o controle do ponto crítico.
Caracterizou-se como Ponto Crítico de Controle aqueles pontos do processo que requerem
atenção especial e que sem o devido controle podem causar um risco de contaminação do
produto e com isso danos à saúde do consumidor, as especificações que causariam a perda da
qualidade e ou afetar a integridade econômica ao produto.
Foram considerados pontos de observação de controles gerais que se relacionam às condições
de manipulação dos alimentos, considerando as situações higiênicas sanitárias da empresa e de
seus funcionários, controle definidos no sistema de boas práticas de fabricação.


11. Limites Críticos de Controle



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Após a identificação dos PCC foram estabelecidos os limites críticos de controle (tolerâncias),
os quais consistem de valores que ultrapassados podem produzir produto fora das
especificações, podendo ser qualitativos ou quantitativos. Para o estabelecimento desses limites
foram considerados os conhecimentos disponíveis na equipe, parâmetros de processos,
especificações de cliente e outras fontes consultadas (especialistas, benchmarking, etc.).


12. Monitoramento dos Limites Críticos do Processo
O sistema de APPCC é monitorado de forma a demonstrar que os controles estabelecidos são
efetivos e eficientes para garantir a segurança do produto. As metodologias para a realização
das medições seguem planos predefinidos, procedimentos e métodos adequados de medição,
sendo utilizados equipamentos apropriados para os ensaios realizados e calibrados de acordo
com planos estabelecidos. Relatórios e registros com os resultados do monitoramento dos PCC
são avaliados criticamente pelo coordenador da equipe de APPCC. Desvios ocorridos nos
limites críticos estabelecidos são relatados, sendo tomadas ações corretivas apropriadas.


13. Ações Corretivas
Ações corretivas são iniciadas para cada ponto crítico de controle caso um limite crítico seja
excedido. A equipe de APPCC juntamente com os responsáveis pelos processos onde o desvio
foi identificado deve analisar as causas do desvio e decidir as ações corretivas a serem tomadas.
A equipe de emergência deve ser acionada e atuar imediatamente em caso de risco eminente a
segurança do produto, e propor ações imediatas de disposição para as causas dos problemas e
decidir, se necessário, a notificação ao cliente e o recolhimento do produto, conforme a
avaliação da severidade e magnitude do risco. As ações corretivas tomadas, bem como suas
análises devem ser documentadas.


14. Procedimento de Verificação
A equipe de APPCC deve realizar a verificação e manutenção do sistema de APPCC, avaliando
se os princípios do Sistema APPCC estão sendo cumpridos conforme estabelecido ou se
necessita de modificação e reavaliação, bem como comprovar o funcionamento do Sistema
APPCC e o atendimento da legislação vigente e as especificações do cliente.
O sistema de APPCC deverá ser reavaliado e documentado pela equipe de APPCC a cada ano,
antes do inicio de cada safra, ou quando houver modificações nos processos ou produtos, a
verificação do sistema deve considerar, quando aplicável os seguintes aspectos: revisão do
plano – Manual de APPCC (pré-requisitos, normas regulamentares, obediência aos princípios
de APPCC, etc.); registros referentes ao Sistema APPCC; adequação das ações corretivas;
controle dos PCC; revisão dos limites críticos; procedimentos de controle do sistema de
APPCC, amostragem e análises físicas, químicas, e microbiológicas para confirmar se os PCC
estão sob efetivo controle; avaliação da execução do plano, sempre que ocorra uma alteração na
técnica de elaboração do produto, reclamações de clientes; modificações em requisitos da
legislação aplicável e regulamentos; revisão dos requisitos do cliente; outros que possam surgir
no momento (dados estatísticos, desvios ocorridos); resultados de Auditorias internas ou
externas. Adicionalmente, à verificação deve ser considerada a necessidade de treinamento de
pessoal que controla o processo e a segurança de produtos.
A verificação e a avaliação do sistema de APPCC podem possibilitar a realização de mudanças,
modificação do processo de produção e obtenção de melhorias contínuas. Quando mudanças


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forem realizadas devem ser verificadas sua eficácia e a devida atualização da documentação
pertinente.


15. Conclusão
Como podemos notar, o mundo vem se evoluindo cada vez mais rápido, devido à globalização,
à disputa acirrada no mercado, que obrigam as empresas a se atualizarem e se especializarem
naquilo que produzem. Buscando com isto ferramentas adicionais e implementando-as no
processo. A APPCC/ HACCP é um sistema que as empresas estão adquirindo para oferecer
produtos de alta qualidade, eliminando os riscos a saúde e se tornando confiáveis e
competitivas.
São várias as vantagens da implantação do sistema APPCC. É fundamental garantir a segurança
da saúde do consumidor e conseqüentemente diminuir os custos operacionais, gastos com
controle de qualidade do produto acabado; aumentar a credibilidade junto ao cliente ou
consumidor; atender às leis; conseguir vantagens competitivas no mercado internacional e no
mercado nacional; comprovar a eficácia da implementação do sistema, através de evidências
objetivas, sempre que necessário, seja no caso de uma auditoria por parte de um cliente, seja no
caso de processos gerados por reclamações de consumidores e garantir aos profissionais
envolvidos de que as tarefas estejam sendo cumpridas.
Concluímos através desta pesquisa, que o sistema APPCC/HACCP oferece riquíssimas
vantagens para a empresa e seus clientes. Pois é um sistema confiável e indispensável para as
empresas do ramo alimentício que desejam manter-se no mercado.



Referências
ALVES, Maria R. P. A. Inovações no Suprimentos de Usina Açucareira para o Mercado, Anais V SIMPOI
Congresso. Janeiro de 2002, São Paulo/SP, CD Rom.
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo: 2001.
BARROS, Aidil J. P. & LETTFELDD, Neide A. S. Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2001.
COPERSUCAR, Treinamento em APPCC/AACCCP FOOD/DESIGN. São Paulo, ed. 40, março/2003.
DAVENPORT, T.H. & BRUSAK, L. Conhecimento Empresarial. São Paulo: Ed. Campus, 1998.
FACHIN, Odilic. Fundamentos da Metodologia. São Paulo: Atlas, 2001.
ICMSF e IAMS – APPCC na Qualidade e Segurança microbiológica de Alimentos, Comissão Internacional
para especificação Microbiológicas dos Alimentos da União internacional das Sociedade de Microbiologia, 1997.
MENEGON, N.L. & ANDRADE, R.S. Projeto de Alimentos: Produtos, Tecnologias e Conhecimentos de
Base, Anais do II Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produtos, Agosto de 2000, São
Carlos/SP, CD Rom.
Portaria nº 40, de 20 de janeiro de 1997, publicada em 21 de janeiro de 1998. Ministério da Agricultura e do
Abastecimento.
SEBRAE, CNI, SENAI – Guia para elaboração de plano APPCC Geral. Série Qualidade e Segurança dos
alimentos, 1999.
SLACK, Nigel Etal. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 1997.
STEVENSON, K.E. – Implementing APPCC/HACCP in the food industry. Food technol. 44, 179 – 180, 1990.
WURLITZER, Nédio Jair. Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas. Senai – Rio de Janeiro, 1998.




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  • 1. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle na Empresa de Açúcar Rogério Augusto Profeta (FASC) rogerio.profeta@uniso.br Simone Fermino da Silva (FASC) fafil.oapec@argon.com.br Resumo A expressão central deste artigo é identificar e avaliar os perigos de contaminação de um alimento desde sua fabricação até o seu consumo final, com o objetivo de exercer o controle preventivo destes, e até mesmo eliminando-os, reduzindo-os. A sua importância vem decorrente das grandes perdas com vidas humanas e perdas econômicas ocasionadas por doenças veiculadas por alimento. Este artigo busca reunir, a partir de uma revisão de literatura, os principais fatores críticos para implementação da APPCC – Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle. A APPCC é um sistema dinâmico, e quando aplicado corretamente, o alimento produzido já tem a garantia de não ter os perigos considerados, já que foram controlados no processo. Palavras chave: Agronegócios; Produção; Qualidade. 1. Introdução A grande mudança observada nos últimos anos na oferta de alimentos processados é o fato da mesma ser realizada através de um sistema cada vez mais interconectado e caracterizado por novas formas de relacionamento entre as empresas fornecedoras de insumos genéricos e seus clientes da indústria de alimentos, segundo Alves (2002). Para Davenport & Prusak (1999), as empresas do novo século estão se transformando em organizações de aprendizagem comprometidas com a educação e o desenvolvimento de seus funcionários, com a finalidade de desenvolver meios de alavancar o conhecimento e conduzir a novas oportunidades de negócios, criar relacionamentos mais profundos com os clientes e impulsionar a empresa para um novo futuro. Esta mudança reflete nova dinâmica no relacionamento entre as empresas e seus consumidores, buscando oferecer melhores produtos a cada dia. APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – orienta sobre como levantar os perigos (biológicos, químicos e físicos) significativos que podem ocorrer na produção de um determinado alimento em uma linha de processamento, e controlá-los, nos Pontos Críticos de Controle (PCC), durante a produção. Assim, é um sistema dinâmico, e quando aplicado corretamente, o alimento produzido já tem a garantia de não ter os perigos considerados, já que foram controlados no processo, segundo Wurlitzer (1998). A implantação do APPCC tem como desdobramento um maior controle do processo e maior “auto controle”, ou seja, controle feito pelos próprios operadores responsáveis pela produção. É um processo contínuo, que permite a detecção de problemas antes ou logo após sua ocorrência, permitindo ação corretiva imediata. Para conseguir tais objetivos, é necessário identificar as etapas críticas, controlando-as e monitorando-as. Etapas críticas são aquelas em que a falta de controle resulta em risco inaceitável à saúde e/ou integridade do consumidor. As investigações a serem feitas têm o ENEGEP 2005 ABEPRO 1865
  • 2. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 propósito de identificar, através do exame de matérias-primas e de todas as etapas pertinentes da cadeia de produção, incluindo até a utilização pelo cliente ou consumidor final, a presença ou a possibilidade de ocorrência de perigos a saúde e integridade do consumidor, tais como: - Alimentos microbiologicamente sensíveis, propiciam ao desenvolvimento microbiano ou à produção de toxinas; - Organismos patogênicos ou substâncias tóxicas; - Tratamento térmico insuficiente, ou seja, combinações de tempo e temperaturas inadequadas; - Procedimentos inadequados usados após tratamento térmico; - Condições ambientais que permitem a transferência de microorganismos patogênicos ou substâncias tóxicas para o alimento pelo ar, pela água ou outros vetores. No Brasil a adoção de APPCC/HACCP começou a ser regulamentada em 1993. O ministério da Agricultura e do Abastecimento (M.A.A.) regulamentou sua exigência para pescados, enquanto o ministério da saúde (M.S.) editou a portaria em 1428 que estabelece GMP e APPCC/HACCP como base para a fiscalização sanitária. Em 1998 o Ministério da Agricultura e Abastecimento publicou as portarias 40 e 46 estendendo sua obrigatoriedade para bebidas, vinagres; produtos; cárneos, lácteos, avícolas e apícolas, editando o manual de procedimento para implantação do sistema APPCC/HACCP às indústrias de produtos de origem animal. 2. Metodologia A metodologia utilizada no presente trabalho é cientifica, que se “caracteriza pela presença do acolhimento metódico e sistemático dos fatos da realidade sensível, por meio da classificação, da comparação, da aplicação do método, da análise e síntese”, procurando alcançar a verdade dos fatos, segundo Fachin (2001). “Metodologia Cientifica é a exploração, inquisição, o procedimento sistemático e intensivo que tem por objetivo descobrir e interpretar os fatos que estão inseridos em uma determinada realidade” segundo Barros & Lettfeldd (2001). Baseia-se também na metodologia indireta, fundamentada em literatura de terceiros. “Fazem parte da documentação indireta a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental”, segundo Andrade (2001). 3. Objetivo O sistema de APPCC tem como objetivo identificar, monitorar e controlar os perigos relacionados com a contaminação do açúcar em diversas etapas do processo, ele usa conceitos preventivos, identificando os pontos e etapas do processo nos quais os perigos de contaminação podem ser controlados. 4. Definições APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Alimento Seguro: Alimento livre de contaminação que possa causar problemas à saúde do consumidor ou causar danos ao processo industrial. Alimento inócuo que possa assegurar a sua qualidade e a imagem da empresa. Ponto Crítico de Controle (PCC): Qualquer etapa, atuação, equipamento do processo ou procedimento de fabricação ou preparação do produto, onde se aplicam medidas preventivas de ENEGEP 2005 ABEPRO 1866
  • 3. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 controle sobre um ou fatores que possam contaminar o produto, com o objetivo de prevenir, reduzir limites aceitáveis ou eliminar os perigos de contaminação identificados nos processos. Perigo: Causas potenciais de danos de natureza química, física, microbiológica, que possam comprometer a saúde do consumidor e outros que possam ocasionar a perda da qualidade e da integridade econômica do produto. Os tipos de perigos estão contemplados no registro de Identificação e Monitoramento dos PCC. Riscos: É a avaliação do grau de severidade dos perigos identificados, levando em consideração a probabilidade dos mesmos acontecerem causando assim danos à saúde pública, à qualidade e à integridade do produto. Os riscos encontrados foram classificados, quanto à sua severidade, em três níveis; Alto, Médio e Baixo e à probabilidade de ocorrência, improvável, provável e esperado. Monitoramento: Deve ser realizado um monitoramento nos pontos críticos de controle identificados no processo para que se possa evidenciar a conformidade do produto quanto aos limites determinados. O monitoramento deve ser devidamente planejado e registrado, permitindo assim avaliar se um Ponto Crítico de Controle está sob controle e se os desvios estão sendo corrigidos. Limite Crítico: Valores ou atributos máximos e/ou mínimos estabelecidos para cada PCC e que, quando não atendidos, podem colocar em risco a segurança do produto. Desvio: Não atendimento aos limites críticos estabelecidos para cada ponto crítico de controle identificado. Não Conformidade: A não conformidade será constatada quando forem evidenciadas as seguintes situações: Desvios sistemáticos de parâmetro de processo; quebra de equipamentos que comprometam o processo e a segurança do produto; produtos (insumos) recebidos fora de especificações; falhas no sistema de APPCC identificadas em auditorias internas; não atendimento aos requisitos de boas práticas de fabricação, 5S, controle de pragas e aos requisitos desta norma. Verificação: Métodos ou testes utilizados para verificação do sistema de APPCC, com a finalidade de garantir que os controles estão sendo cumpridos adequadamente e sendo eficaz no combate aos perigos relacionados com o produto. Quando ocorrer modificações no processo, produto, embalagem, o sistema de APPCC deve ser reavaliado e adequado. Validação: Procedimentos utilizados para determinar a conformidade do produto ou processo garantido assim que os controles realizados em cada PCC forem eficazes na eliminação ou redução de um perigo específico; Medida Preventiva: Qualquer ação, atividade ou equipamento, que pode ser usada como medida preventiva em determinadas etapas do processo para eliminar ou reduzir um perigo que possa causar contaminação no processo ou no produto final. Exemplos: dispositivos de segurança (Imã, Detector de Metais, Filtros, Peneiras, etc.); limpeza (Sistema de Housekeeping / 5S); práticas de higiene (Boas Práticas de Fabricação) e programa de controle de pragas. Ação Corretiva: Procedimento ou ação a ser tomada quando se verificar que uma variável encontra-se fora dos limites críticos estabelecidos e quando as situações definidas como não conformidade forem identificadas. Árvore decisória para identificação lógica do PCC: seqüência lógica de questões que auxilia na identificação de um PCC no processo de recebimento de matéria-prima e insumos e nas etapas de fabricação. ENEGEP 2005 ABEPRO 1867
  • 4. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 Garantia da Qualidade: todas as ações planejadas e sistemáticas necessária para prover a confiabilidade adequada, de que um produto atenda aos padrões de qualidade específicas aos requisitos estabelecidos no sistema de APPCC e no sistema de gestão ISO 9001:2000. Ponto de Observação: são considerados como ponto de observação os perigos identificados em etapas de processos, que não representam efetivamente um PCC e que podem ser eliminados ou reduzidos pelos Pré-requisitos (BPF, BPL, 5S, PCPI). 5. Os Sete Princípios do Sistema Appcc O Codex Alimentarius estabelece que o sistema APPCC/HACCP deve seguir sete princípios básicos que são: realizar a análise de Perigos, determinar os pontos críticos de controle – PCC, estabelecer os limites críticos, estabelecer o sistema de monitoramento dos PCC, estabelecer ações corretivas para quando o PCC não estiver sob controle, estabelecer procedimentos de verificação e estabelecer documentação, procedimentos e registros apropriados. 6. Etapas para o Desenvovimento do APPCC As etapas para o desenvolvimento do APPCC são comprometimento da direção; definição dos objetivos e escopo; formação da equipe de APPCC para gerenciamento e controle do Sistema; descrição do produto e a identificação do uso pretendido do mesmo, elaboração e confirmação do fluxograma e diagrama do processo (matéria-prima, produção, água, vapor e produto final) com os pontos críticos de controle definidos; identificação e avaliação dos perigos de contaminação, análise dos riscos, identificação dos pontos críticos de controle com suas respectivas medidas preventivas, limites críticos e ações corretivas; elaboração de instruções necessárias para monitoramento e verificação do Sistema de APPCC; programação de auditorias no Sistema de APPCC com o mesmo padrão das auditorias internas da qualidade, onde o auditor líder deverá selecionar auditores técnicos com conhecimento e treinamento de APPCC. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGO Os perigos potenciais de todas as operações dos processos foram avaliados pela equipe de APPCC, sendo considerado nesta análise os aspectos legais do produto e os aspectos de operação dos processos, que poderiam ter um efeito adverso sobre a segurança do produto por perigos microbiológicos, químicos e físicos, além dos perigos considerados de conformidade com as especificações que causariam a perda da qualidade e ou da integridade econômica ao produto. DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE PERIGOS Foram analisados três grandes grupos de perigo: Perigo À Saúde Pública CONTAMINAÇÃO FÍSICA As contaminações físicas são causadas por materiais estranhos presentes no produto (metais, resíduos de limpeza, parafusos ou peças que se soltam de equipamentos, etc.). O levantamento demonstra quais os materiais que podem causar a contaminação física ao produto e/ou processo e as medidas preventivas para evitar ou diminuir esses riscos de contaminação. CONTAMINAÇÃO QUÍMICA ENEGEP 2005 ABEPRO 1868
  • 5. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 As contaminações químicas podem ser causadas por produtos químicos utilizados no processo, por produtos utilizados na limpeza dos equipamentos, etc. Para evitar uma contaminação química através dos insumos usados na fabricação do produto, deverá ser realizado pela Usina um controle quanto à dosagem dos insumos utilizados. Os mesmos devem ser de grau alimentício comprovado pelo fornecedor e deverá ser enviado à Usina um certificado de análise referente aos parâmetros do insumo a cada lote entregue. Os agentes de limpeza devem seguir os padrões estabelecidos (Boas Práticas de Fabricação). CONTAMINAÇÃO MICROBIOLÓGICA Deverá ser realizado um controle do processo nas fases líquidas, onde pode ocorrer a contaminação do produto pelo desenvolvimento de microorganismo causado por paradas prolongadas, manutenção inadequada, falta de higienização e saúde dos funcionários, para evitar tais contaminações devem ser seguidos os critérios e procedimentos Boas Práticas de Fabricação, prevenindo desta forma as possibilidades de contaminação microbiológica. Perigo À Qualidade Do Produto Relaciona-se aos perigos que possam representar o não atendimento às especificações e requisitos do cliente ou relativo a uma legislação vigente. Perigo À Integridade Econômica Do Produto Relaciona-se aos perigos que possam representar variação de peso nas embalagens do produto ou relativo ao não atendimento às especificações e requisitos do cliente, que possam gerar reclamações e devolução de produto. 7. Análise de Riscos A equipe de APPCC analisou os riscos para cada perigo identificado conforme os conceitos e princípios determinados nesta norma. Os resultados desta análise foram documentados na Análise de Riscos. Os critérios e princípios adotados na análise de riscos baseiam-se nas barreiras operacionais disponíveis para eliminar ou reduzir o perigo a níveis aceitáveis de forma que a incidência do perigo presente no produto final não ultrapasse os padrões estabelecidos em requerimentos legais e as especificações do cliente. Para a análise dos riscos, a equipe considerou suas experiências práticas, informações técnicas aplicáveis, dados experimentais da Usina, recomendações do cliente, informações de fornecedores e outras diversas. Para a análise da severidade do risco foi consideradas a somatória da severidade do perigo e a probabilidade de ocorrência do perigo: 7.1 Severidade do Perigo Severidade Alta (3) – perigo à saúde do consumidor: microbiológico, matérias estranhas, resíduos orgânicos e inorgânicos. Severidade Média (2) – perigo à perda da qualidade: não atendimento às especificações do produto. Severidade Baixa (1) – perigo à integridade econômica do produto: variações de peso, problemas de embalagens e transporte do produto. ENEGEP 2005 ABEPRO 1869
  • 6. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 7.2 Probabilidade de Ocorrência do Perigo Improvável (1) – A ocorrência depende de falhas múltiplas nos sistemas de redução ou eliminação. Provável (2) – Há possibilidade de ocorrência, embora haja barreira para a redução ou eliminação. Esperado (3) – É possível a ocorrência, não há barreira para redução ou eliminação. 8. Critério para a Determinação do Grau de Severidade dos Riscos A severidade dos riscos é estabelecida pela função do grau de severidade do perigo e da probabilidade de ocorrência do perigo em análise. As empresas normalmente adotam como critério o diagrama de significância dos riscos, pela soma dos índices de severidade e probabilidade de ocorrência, abaixo estabelecida onde a linha verde delimita a severidade baixa, a linha amarela a severidade média e a vermelha a severidade alta. 9. Controle / Medidas Para os perigos identificados foram definidas medidas preventivas para a eliminação ou redução dos perigos e foram implementados sistemas de garantia da segurança do alimento tais como controle de pragas, boas práticas de fabricação, boas práticas de laboratório, programa 5S de controle de organização e limpeza, especificações técnicas de insumos e procedimentos padronizados para garantir as ações sistemáticas e planejados de controle. Estas medidas estão documentadas na Identificação e Monitoramento dos PCC. 10. Pontos Críticos de Controle A equipe de APPCC utilizou para a determinação dos Pontos Críticos de Controle a árvore decisória. Foi realizada uma série de perguntas para cada etapa do processo onde o perigo possa ser controlado, reduzido ou eliminado, para isto utilizou-se a capacitação, a experiência e o conhecimento das particularidades da Usina pelos membros da equipe. São mantidos registros deste estudo no Estudo de Perigos, as considerações sobre a avaliação e as justificativas de classificação como um Ponto Crítico de Controle, bem como a identificação dos locais e processos onde se caracteriza o controle do ponto crítico. Caracterizou-se como Ponto Crítico de Controle aqueles pontos do processo que requerem atenção especial e que sem o devido controle podem causar um risco de contaminação do produto e com isso danos à saúde do consumidor, as especificações que causariam a perda da qualidade e ou afetar a integridade econômica ao produto. Foram considerados pontos de observação de controles gerais que se relacionam às condições de manipulação dos alimentos, considerando as situações higiênicas sanitárias da empresa e de seus funcionários, controle definidos no sistema de boas práticas de fabricação. 11. Limites Críticos de Controle ENEGEP 2005 ABEPRO 1870
  • 7. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 Após a identificação dos PCC foram estabelecidos os limites críticos de controle (tolerâncias), os quais consistem de valores que ultrapassados podem produzir produto fora das especificações, podendo ser qualitativos ou quantitativos. Para o estabelecimento desses limites foram considerados os conhecimentos disponíveis na equipe, parâmetros de processos, especificações de cliente e outras fontes consultadas (especialistas, benchmarking, etc.). 12. Monitoramento dos Limites Críticos do Processo O sistema de APPCC é monitorado de forma a demonstrar que os controles estabelecidos são efetivos e eficientes para garantir a segurança do produto. As metodologias para a realização das medições seguem planos predefinidos, procedimentos e métodos adequados de medição, sendo utilizados equipamentos apropriados para os ensaios realizados e calibrados de acordo com planos estabelecidos. Relatórios e registros com os resultados do monitoramento dos PCC são avaliados criticamente pelo coordenador da equipe de APPCC. Desvios ocorridos nos limites críticos estabelecidos são relatados, sendo tomadas ações corretivas apropriadas. 13. Ações Corretivas Ações corretivas são iniciadas para cada ponto crítico de controle caso um limite crítico seja excedido. A equipe de APPCC juntamente com os responsáveis pelos processos onde o desvio foi identificado deve analisar as causas do desvio e decidir as ações corretivas a serem tomadas. A equipe de emergência deve ser acionada e atuar imediatamente em caso de risco eminente a segurança do produto, e propor ações imediatas de disposição para as causas dos problemas e decidir, se necessário, a notificação ao cliente e o recolhimento do produto, conforme a avaliação da severidade e magnitude do risco. As ações corretivas tomadas, bem como suas análises devem ser documentadas. 14. Procedimento de Verificação A equipe de APPCC deve realizar a verificação e manutenção do sistema de APPCC, avaliando se os princípios do Sistema APPCC estão sendo cumpridos conforme estabelecido ou se necessita de modificação e reavaliação, bem como comprovar o funcionamento do Sistema APPCC e o atendimento da legislação vigente e as especificações do cliente. O sistema de APPCC deverá ser reavaliado e documentado pela equipe de APPCC a cada ano, antes do inicio de cada safra, ou quando houver modificações nos processos ou produtos, a verificação do sistema deve considerar, quando aplicável os seguintes aspectos: revisão do plano – Manual de APPCC (pré-requisitos, normas regulamentares, obediência aos princípios de APPCC, etc.); registros referentes ao Sistema APPCC; adequação das ações corretivas; controle dos PCC; revisão dos limites críticos; procedimentos de controle do sistema de APPCC, amostragem e análises físicas, químicas, e microbiológicas para confirmar se os PCC estão sob efetivo controle; avaliação da execução do plano, sempre que ocorra uma alteração na técnica de elaboração do produto, reclamações de clientes; modificações em requisitos da legislação aplicável e regulamentos; revisão dos requisitos do cliente; outros que possam surgir no momento (dados estatísticos, desvios ocorridos); resultados de Auditorias internas ou externas. Adicionalmente, à verificação deve ser considerada a necessidade de treinamento de pessoal que controla o processo e a segurança de produtos. A verificação e a avaliação do sistema de APPCC podem possibilitar a realização de mudanças, modificação do processo de produção e obtenção de melhorias contínuas. Quando mudanças ENEGEP 2005 ABEPRO 1871
  • 8. XXV Encontro Nac. de Eng. de Produção – Porto Alegre, RS, Brasil, 29 out a 01 de nov de 2005 forem realizadas devem ser verificadas sua eficácia e a devida atualização da documentação pertinente. 15. Conclusão Como podemos notar, o mundo vem se evoluindo cada vez mais rápido, devido à globalização, à disputa acirrada no mercado, que obrigam as empresas a se atualizarem e se especializarem naquilo que produzem. Buscando com isto ferramentas adicionais e implementando-as no processo. A APPCC/ HACCP é um sistema que as empresas estão adquirindo para oferecer produtos de alta qualidade, eliminando os riscos a saúde e se tornando confiáveis e competitivas. São várias as vantagens da implantação do sistema APPCC. É fundamental garantir a segurança da saúde do consumidor e conseqüentemente diminuir os custos operacionais, gastos com controle de qualidade do produto acabado; aumentar a credibilidade junto ao cliente ou consumidor; atender às leis; conseguir vantagens competitivas no mercado internacional e no mercado nacional; comprovar a eficácia da implementação do sistema, através de evidências objetivas, sempre que necessário, seja no caso de uma auditoria por parte de um cliente, seja no caso de processos gerados por reclamações de consumidores e garantir aos profissionais envolvidos de que as tarefas estejam sendo cumpridas. Concluímos através desta pesquisa, que o sistema APPCC/HACCP oferece riquíssimas vantagens para a empresa e seus clientes. Pois é um sistema confiável e indispensável para as empresas do ramo alimentício que desejam manter-se no mercado. Referências ALVES, Maria R. P. A. Inovações no Suprimentos de Usina Açucareira para o Mercado, Anais V SIMPOI Congresso. Janeiro de 2002, São Paulo/SP, CD Rom. ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo: 2001. BARROS, Aidil J. P. & LETTFELDD, Neide A. S. Projeto de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 2001. COPERSUCAR, Treinamento em APPCC/AACCCP FOOD/DESIGN. São Paulo, ed. 40, março/2003. DAVENPORT, T.H. & BRUSAK, L. Conhecimento Empresarial. São Paulo: Ed. Campus, 1998. FACHIN, Odilic. Fundamentos da Metodologia. São Paulo: Atlas, 2001. ICMSF e IAMS – APPCC na Qualidade e Segurança microbiológica de Alimentos, Comissão Internacional para especificação Microbiológicas dos Alimentos da União internacional das Sociedade de Microbiologia, 1997. MENEGON, N.L. & ANDRADE, R.S. Projeto de Alimentos: Produtos, Tecnologias e Conhecimentos de Base, Anais do II Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produtos, Agosto de 2000, São Carlos/SP, CD Rom. Portaria nº 40, de 20 de janeiro de 1997, publicada em 21 de janeiro de 1998. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. SEBRAE, CNI, SENAI – Guia para elaboração de plano APPCC Geral. Série Qualidade e Segurança dos alimentos, 1999. SLACK, Nigel Etal. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 1997. STEVENSON, K.E. – Implementing APPCC/HACCP in the food industry. Food technol. 44, 179 – 180, 1990. WURLITZER, Nédio Jair. Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas. Senai – Rio de Janeiro, 1998. ENEGEP 2005 ABEPRO 1872