SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Baixar para ler offline
DADOS DE
ATENDIMENTOS
    2008
   Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e
                                          1
          ao Adolescente - NACA
Mapeamento da Violência contra crianças e Adolescentes em Pelotas/2008
            O gráfico ao lado aponta
 seis macro regiões do Município, a
 saber:

 1.   Fragata – Gotuzo, Guabiroba,
      Simões Lopes e Passo do Salso.
 2.   Areal – Bom Jesus, Dunas,
      Obelisco e Humuarama.
 3.   Três Vendas – Arco Iris, Sanga
      Funda,     Py     Crespo,    Santa
      Terezinha,    Lindóia,    Pestano,
      Getúlio Vargas, Sítio Floresta e
      Vila Princesa
 4.   Centro
 5.   Porto – Balsa e Navegantes.
 6.   Zona Rural - Balneários, Colônia
      Z3, Posto Branco, Rincão da Cruz,
      Monte Bonito, Cerrito Alegre,
      Ponte Cordeiro de Farias, Colônia
      Santo Antônio, Colônia São
      Francisco, Corrientes



                                       Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e
                                              ao Adolescente - NACA
De janeiro à dezembro de 2008
                                          foram realizados 1339 atendimentos de
                                          vítimas     de     violência,   conforme
                                          especificado no gráfico.
                                                   Em razão do aumento da
                                          demanda em outubro de 2008, foi
                                          priorizado os casos de abuso sexual.




        Contudo o gráfico ao lado mostra que
há uma tendência de que o maior número de
encaminhamentos sejam referentes a Abuso
Sexual – 82%.


                          Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                               3
                                   Adolescente - NACA
COMPARATIVO 2001 à 2008
                                                                 O comparativo ao
                                                      lado demonstra que no
                                                      primeiro ano de execução
                                                      da ação as modalidade de
                                                      abuso      correspondiam a
                                                      valores              bastante
                                                      semelhantes.
                                                                 A     partir    do
                                                      segundo ano é possível
                                                      observar uma tendência
                                                      crescente                 dos
                                                      encaminhamentos recebidos
                                                      referirem      a      ABUSO
                                                      SEXUAL.
                                                                 As demais formas
                                                      revelaram a partir de 2004
                                                      relativo    decréscimo nas
                                                      notificações,             mas
                                                      mantiveram-se         estáveis
                                                      desde então.


            Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                 4
                     Adolescente - NACA
Dos 1339 atendimentos realizados, 933 vítimas são
do sexo feminino e 406 do sexo masculino.


                    Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                             Adolescente - NACA               5
GÊNERO – Comparativo 2003 à 2008

                                                  Há estudos que indicam
                                         que as vítimas de violência são em
                                         sua maioria do sexo feminino. Esta é
                                         uma tendência mundial e confirmada
                                         no município de Pelotas.

                                                  Exceto no ano de 2004 em
                                         que os percentuais apontaram
                                         apenas 5 pontos a mais para vítimas
                                         femininas, nos demais a tendência é
                                         sempre a mesma, quer seja 7 por 1.




         Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                        6
                  Adolescente - NACA
GÊNERO/FAIXA ETÁRIA

                                       A faixa 0 à 6 anos é uma
                                referência estabelecida pelo MDS mas
                                ao NACA abrange, em verdade, dos 3
                                aos 6 anos.
                                       Quanto a faixa etária das vítimas
                                masculinas e femininas, percebe-se
                                uma maior concentração na faixa entre
                                7 e 14 anos.
                                       Dado relativamente novo no que
                                se refere aos meninos que, via de regra
                                eram colocados como vítima na faixa
                                abaixo de seis anos .
                                       A vitimização de meninas
                                costumava ser mais pulverizada entre
                                todas as faixas.


     Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                       7
              Adolescente - NACA
GÊNERO /ETNIA
                                                           Quanto a etnia/raça
                                                   das vítimas segue a tendência
                                                   dos anos anteriores as vítimas
                                                   mais freqüentes, tanto entre
                                                   meninos como entre meninas
                                                   referem-se a brancos, seguido
                                                   de negros, em percentuais
                                                   bem inferior.




OBS: Difícil categorizar por raça, tem se optado pela auto definição.
                    Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                              8
                             Adolescente - NACA
Para    fins     metodológicos
                                                        considera-se        violência do tipo
                                                        intrafamiliar    todos aqueles cujo
                                                        vitimizador tem vínculo consangüíneo
                                                        ou afetivo com a vítima, como padrasto
                                                        e madrasta.
                                                                  Estão incluídos ainda neste
                                                        grupo pai, mãe, avós, primos, irmãos e
                                                        tios.



          Considera-se extrafamiliar quando
o vitimizador é vizinho, amigo, professor,
padrinho, colega de escola ou desconhecido.
          Embora amigos, colegas, vizinhos...
sejam categorizados como extrafamiliar,
cumpre dizer que mantêm uma relação de
confiança com a vítima e sua família, não
sendo “não familiar”         à criança ou
adolescente.
          Somente 14% dos vitimizadores
são desconhecidos da vítima e sua família
                                  Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                            9
                                           Adolescente - NACA
O percentual de 14% de
vitimizadores desconhecidos é um
dado a ser analisado: a vitimização
de     crianças    e    adolescentes
historicamente refere-se a pessoas
da família ou muito próximas das
vítimas. De modo que o percentual
alcançado por desconhecidos em
2008 revelam um outro lado da
denúncia:
           As escolas, as UBS, os
projetos sociais e a sociedade em
geral, está mais atenta para as
situações de violência, sendo
capazes de identificar sinais e
sintomas da vitimização, desta                                 Por outro lado o uso do abuso por
forma cresce a denuncia que se                  familiares em litígio e por filhos inconformados
                                                com o regramento familiar tem se mostrado uma
confirma      num      quadro     de
                                                prática recorrente, sobretudo no que se refere
vitimização, sem que se possa                   ao Abuso Sexual.
identificar possíveis abusadores. As                           Esta realidade exige que o Serviço
crianças de abrigo, são um exemplo              seja altamente qualificado para as questões da
desta situação.                                 vitimização, sob pena de incorrer em maus
                                 Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e e
                                                diagnóstico           ao conseqüentes  erros   de
                                                                                              10
                                          Adolescente - NACA
                                                intervenção.
NOTIFICAÇÃO                             A problemática da violência que
                            vitima crianças e adolescentes é, em geral, do
                            tipo intrafamiliar e por esta razão ganha
                            contornos de privado o que torna a intervenção
                            bastante difícil.
                                        Estima-se que as notificações sejam
                            muito maiores do que os dados apresentados
                            por este serviço que, demonstra apenas os
                            casos atendidos. A falta de um sistema que
                            unifique todas as notificações feitas em
                            Conselho Tutelar, DECA e Ministério Público é
                            uma necessidade antiga, pois o mesmo caso é
                            muitas vezes atendido em mais de um destes
                            órgãos
                                        È bastante provável que um número
                            considerável dos encaminhamentos feitos pelos
                            órgãos notificadores sequer cheguem ao NACA,
                                        Como já dito, não como mensurar ou
                            quantificar quanto dos encaminhamentos feitos
                            ao NACA, não chegam ao serviço.
                                        Entretanto há uma incidência de
                            pessoas que são encaminhadas, agendam o
                            atendimento, contudo não comparecem para
                            efetivamente dar início ao tratamento.
                                         Em 2008 foram 63 famílias que
                            agendaram, mas não deram início aos
                            atendimentos.
        Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                         11
                 Adolescente - NACA
ÓRGÃO NOTIFICADOR
                                                                                     As diretrizes da Ação de Combate ao Abuso
                                                                      e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, prevêem
                                                                      que o trabalho seja desenvolvido enfatizando alguns eixos
                                                                      principais:
                                                                      1. Eixo Atendimento e Responsabilização – o serviço
                                                                            deve garantir o atendimento às vítimas da violência
                                                                            (medidas de proteção) e ao mesmo tempo a
                                                                            responsabilização dos agressores, razão pela qual o
                                                                            critério de ingresso obrigatoriamente envolve os
                                                                            órgãos apontados no gráfico ao lado. Somente a
                                                                            partir da articulação com estes órgão é possível que
                                                                            se estabeleçam medidas protetivas à criança e de
                                                                      responsabilização dos agressores.

                                                                      OBS: Outros referem-se a encaminhamentos feitos pelas
                                                                           varas criminais ,de família e ainda Ministério Público


            Na análise comparativa percebe-se que até
2003 o órgão que mais encaminhava famílias par a
atendimento era o Juizado Regional da Infância e da
Juventude. A alteração nos índices evidenciada a partir de
2004 tem duas razões:
            a. Garantir o atendimento logo no início do
processo de vitimização;
            b. atender às orientações do Sentinela que
prevê que a prioridade dos atendimentos deve ser dada a
demanda do Conselho Tutelar
                                          Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                                                          12
                                                   Adolescente - NACA
ESCOLARIDADE DAS VÍTIMAS

                                                                      Quanto a escolaridade das vítimas é dado
                                                       observar:

                                                       1. Que das crianças incluídas na faixa 0 à
                                                       6 anos que, compreende , na verdade dos
                                                       3 aos 6 anos neste serviço, durante o ano
                                                       de 2008, somente 26,3% estão matriculadas
                                                       em Escolas de Educação Infantil, ou
                                                       freqüentando creches. Fator que aumenta o
                                                       risco de submetimento a situações de maus
                                                       tratos e negligência;




2.   Que embora a maior parte das crianças e adolescentes estejam na faixa 7 à 14 anos, observa - se uma
     alta defasagem entre a idade cronológica e a idade escolar;

3. A defasagem aumenta quando se trata de Ensino Médio . Dos 156 adolescentes entre 15 e 18 anos que,
    em tese deveriam estar no Ensino Médio, somente 27 encontram-se nesta faixa de escolaridade.


                                     Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                                         13
                                              Adolescente - NACA
Ao longo de 2008 foram procedidos
                                                    a 191 desligamentos e 73% destes referem-se
                                                    a abandonos, embora o percentual médio do
                                                    ano não tenha ultrapassado 10%.
                                                                A     maior      incidência    de
                                                    desligamentos decorrentes de abandono,
                                                    revela o componente típico de famílias
                                                    violentas, quer seja: a violência tem por
                                                    característica principal      ser negada e
                                                    escondida, razão pela qual as famílias
                                                    resistem muito ao atendimento.
                                                                O      item     encaminhamento
                                                    observado no gráfico, diz respeito àqueles
                                                    casos que não se trata de situação de
                                                    violência e/ou ainda aqueles que revelam
                                                    outras     morbidades     associadas,   como
                                                    deficiência mental ou transtorno psiquiátrico
                                                    que exigem uma intervenção primeira
                                                    especifica para estas problemáticas. Não
                                                    havendo prejuízo de atendimento para a
OBS: Todos os abandonos, altas, re-                 vitimização, após o tratamento especializado
encaminhamentos e ou não comparecimentos            para as questões apontadas acima.
são informados, por escritos aos órgãos
notificadores.



                             Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                             14
                                      Adolescente - NACA
Atendimentos e
Desligamentos                              Evidencia-se que em 2008 os abandonos em 10
                                    meses não chegaram a 10%. Nos meses de maio e
                                    agosto onde se verificou um maior número de
                                    abandonos os índice são de 17 e 15% respectivamente.
                                           Este é um fato que deve ser comemorado, uma
                                    vez que em anos anteriores costumava-se contabilizar
                                    um abandono superior a 30%.
                                           Tal redução no índice de abandono, acredita-se,
                                    esteja relacionado a definição de critérios claros quanto
                                    ao ingresso e permanência no serviço, a qualificação
                                    dos encaminhamentos pelos órgão notificadores e
                                    sobretudo pelo trabalho focado na família, revelando a
                                    importância de que as ações priorizem a família,
                                    responsável por 60% dos casos de violência contra
                                    crianças e adolescentes no ano de 2008.
                                           O tempo médio de duração das famílias no
                                    serviço varia de caso a caso, contudo verifica-se que as
                                    famílias que mantém regularidade nos atendimentos e
                                    não interrompem antes que lhes seja dada alta,
                                    permanecem em média 2 anos. Verifica-se que as
                                    famílias que interrompem o tratamento antes do fim da
                                    proposta terapêutica tendem mais a retornarem ao
                                    serviço.
                                           No ano de 2008, 22 famílias foram reinseridas no
                                    programa de atendimento, destas 100% haviam
                                    abandonado o serviço antes da conclusão da
                                    intervenção.

             Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                         15
                      Adolescente - NACA
RENDA FAMILIAR                                     RENDA FAMILIAR
           2008                                        Comparativo 2005 à 2008




          Da análise comparativa, chama atenção o aumento de 9 pontos percentuais das
famílias sem renda, estes dados decorrem, sobretudo do elevado número de crianças e
adolescentes atendidos em situação de abrigamento, cujas informações da família, na maioria
dos casos, não está disponível
                               Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                     16
                                        Adolescente - NACA
Crianças e Adolescentes de Abrigos e Casas Lares
                                            Em 2008 foram atendidos 34
                                  crianças e adolescentes em situação de
                                  abrigamento, o ano com maior número de
                                  crianças nesta condição.
                                            O acompanhamento sistemático
                                  desta população revelou que crianças e
                                  adolescentes abrigados sem vínculos
                                  familiares apresentam menor evolução
                                  no tratamento. Entende-se que esta
                                  realidade decorra das suas prioridades
                                  refletirem esta condição.
                                            Para adolescentes a prioridade é
                                  construir um projeto de vida para pós
                                  abrigo e para as crianças menores o foco
                                  está na busca de uma família substituta,
                                  razão pela qual o tratamento focalizado
                                  na violência - proposta do serviço – não
                                  atende a realidade desta população,
                                  resultando um processo pouco efetivo.
              Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                      17
                       Adolescente - NACA
Modalidades de Atendimento à Vítimas
           1. Grupos de Manejo – ação destinada a crianças de ambos os sexos, vitimadas
por todas as formas de violência, entre 3 e 7 anos . SEMANAL
           A personalidade do ser humano se estrutura até por volta dos 7 anos de idade,
antes disso a criança está se construindo, razão pela qual a psicoterapia não faz sentido,
haja vistas que não há como “mudar” o que ainda não está “pronto’.
           Contudo um número considerável de crianças é vitimado por violência, antes dos
7 anos e acabam por revelar um quadro sintomatológico condizente com a situação de
vitimização, sendo assim o serviço criou há alguns anos uma abordagem que prevê ações
de cunho psico e pedagógico, visando auxiliar estas crianças a “aprender” uma forma de
viver e vincular sem violência, utilizando-se de recursos lúdicos.

           2. Grupos de psicoterapia de crianças - – ação destinada a crianças de ambos os
sexos, vitimadas por todas as formas de violência, entre 7-8 e 10 anos e 10-11 à 12 anos
de idade. SEMANAL

         3. Grupos de psicoterapia de adolescentes - ação destinada a adolescentes de
ambos os sexos, vitimados por todas as formas de violência, entre 12-13 e 14 anos e 15 à
18 anos de idade. SEMANAL


                                  Fonte: Núcleo de Atenção à
                                                                                     18
                               Criança e ao Adolescente - NACA
ATENDIMENTOS ÀS FAMÍLIAS

                                          Familiares atendidos referem-se a
                                os pais e/ou cuidadores que são ou estão
                                responsáveis pelas crianças e
                                adolescentes em atendimento, incluídos nas
                                seguintes modalidades de atendimentos:

                                1. Grupos de orientação – semanal
                                2. Grupo de psicoterapia para mães de
                                   vítimas de abuso sexual que tenham elas
                                   próprias sofrido abuso - semanal;
                                3. Grupo de psicoterapia para mães com
                                   dificuldades pessoais que comprometem
                                   o desempenho da maternagem –
                                   semanal;
                                4. Oficinas Terapêuticas de tricô, crochê,
                                   bordado e costura - semanal;
                                5. Grupo de psicoterapia para abusadores
                                   sexuais – semanal;



         Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                      19
                  Adolescente - NACA
Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                          20
         Adolescente - NACA
OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS REFERENTES
                  AOS ATENDIMENTOS

Visitas Domiciliares                                Reuniões Equipe Técnica




                  Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                              21
                           Adolescente - NACA
2.        EIXO PREVENÇÃO
          No ano de 2008, seguindo as orientações da ação sob o eixo prevenção foram
realizadas as seguintes atividades:

          a. Escola de Cuidadores – destinada a cuidadores (pais e/ou responsáveis) em
situação de conflito familiar, dificuldade de manejo com a prole, configuradas como situações
de risco para a instalação da violência.

          b. Realização de palestras, capacitações , seminários e outros:
          b.1. Palestra no Seminário Inclusão sob um novo olhar – Tema “Como quebrar o
Pacto do Silêncio” – Santana do Livramento/RS;
          b.2. Palestra na Semana de Enfermagem – Tema Apresentação do Serviço – Instituto
Educacional Dimensão –Pelotas/RS;
          b.3. Palestra no XXIV Encontro Regional de Conselheiros Tutelares – Tema
“Consequências da Violência” – Candiota/RS;
          b.4. Palestra Escola Alfredo Dub – Tema: “Identificação de situações de violência” –
Pelotas/RS;
          b.5. Palestra Escola Saldanha da Gama – Tema: “Abuso sexual de crianças e
adolescentes” – Pelotas/RS;
          b.6. Palestra Escola Arco Iris – Tema: “Sintomas, manejo e tipos de violência” –
Pelotas/RS;
                                 Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                        22
                                          Adolescente - NACA
b.7. Palestra Faculdade de Odontologia da UFPEL Tema: “ A questão de Gênero:
conceito e movimentos e a violência doméstica” – Pelotas/RS;
          b.8. Palestra Instituto Educacional Dimensão – Tema: “Violência: identificação e
procedimentos” – Pelotas/RS
          b.9. Minicurso: “Violência Intrafamiliar”, no II Fórum Internacional de Orientadores
Educacionais – SME/UCPEL - Pelotas/RS
          b.10. Capacitação do Serviço Sentinela de Camaquã/RS
          b.11. Capacitação da rede de saúde, educação e assistência social do Município de
Canguçu ;
          b.12. Capacitação do CREAS Rio Grande/RS;




                                 Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                        23
                                          Adolescente - NACA
3. Articulação e Mobilização
          Dentro do Eixo Mobilização e articulação previsto nas diretrizes da ação, foram
realizadas as seguintes atividades:

         1. Foram realizadas 12 reuniões técnicos Juizado Regional da Infância e da
Juventude;
         2. Foram realizadas 12 reuniões com Conselheiros Tutelares;
         3. Foram realizadas 08 reuniões com a Promotoria da Infância e da Juventude;
         4. Foram realizadas 07 reuniões com técnicos de abrigos e casas lares;
         5.Participação em 22 Plenárias do Conselho Municipal de Assistência Social;
         6. Participação em 29 plenárias do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente;
         7. Participação em reunião da REDE PARCERIA SOCIAL;




                                Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                      24
                                         Adolescente - NACA
Qualificação da Equipe Técnica do Serviço

          As diretrizes da ação prevêem a qualificação permanente da equipe que atua no
atendimento das vítimas da violência.
          Esta orientação obviamente demonstra a complexidade do atendimento,
exigindo um serviço altamente qualificado, por esta perspectiva, durante o ano de 2008 a
equipe técnica participou das seguintes atividades:

1.  Reuniões de discussão do Programa de Atenção a usuários de drogas;
2.  Encontro sobre o uso de álcool e outras drogas;
3.  Seminário: “ a elaboração de documentos decorrentes da avaliação psicológica”;
4.  Seminário “Efeito Colateral: as drogas podem alterar os seus sentidos, mas não os
    seus direitos às políticas públicas”;
5. Seminário: “instrumentos para a avaliação”;
6. Seminários: “Rede de assistência social”;
7. Seminário: “ Laudo social”;
8. Evento do Programa de Prevenção a Violência;
9. III Simpósio de Políticas Públicas: Violência e drogas;
10. Seminário: “Mulheres em situação de violência doméstica x capacidade produtiva”;
11. Seminário: “ O Mito do Amor Materno”;


                                Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao
                                                                                     25
                                         Adolescente - NACA

Mais conteúdo relacionado

Destaque

2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by Hubspot2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by HubspotMarius Sescu
 
Everything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPTEverything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPTExpeed Software
 
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsProduct Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsPixeldarts
 
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthHow Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthThinkNow
 
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfAI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfmarketingartwork
 
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024Neil Kimberley
 
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)contently
 
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024Albert Qian
 
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsSocial Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsKurio // The Social Media Age(ncy)
 
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Search Engine Journal
 
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summarySpeakerHub
 
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd Clark Boyd
 
Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Tessa Mero
 
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentGoogle's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentLily Ray
 
Time Management & Productivity - Best Practices
Time Management & Productivity -  Best PracticesTime Management & Productivity -  Best Practices
Time Management & Productivity - Best PracticesVit Horky
 
The six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementThe six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementMindGenius
 
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...RachelPearson36
 

Destaque (20)

2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by Hubspot2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by Hubspot
 
Everything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPTEverything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPT
 
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsProduct Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
 
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthHow Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
 
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfAI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
 
Skeleton Culture Code
Skeleton Culture CodeSkeleton Culture Code
Skeleton Culture Code
 
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
 
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
 
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
 
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsSocial Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
 
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
 
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
 
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
 
Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next
 
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentGoogle's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
 
How to have difficult conversations
How to have difficult conversations How to have difficult conversations
How to have difficult conversations
 
Introduction to Data Science
Introduction to Data ScienceIntroduction to Data Science
Introduction to Data Science
 
Time Management & Productivity - Best Practices
Time Management & Productivity -  Best PracticesTime Management & Productivity -  Best Practices
Time Management & Productivity - Best Practices
 
The six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementThe six step guide to practical project management
The six step guide to practical project management
 
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
 

Relatório anual 2008 março 2009

  • 1. DADOS DE ATENDIMENTOS 2008 Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e 1 ao Adolescente - NACA
  • 2. Mapeamento da Violência contra crianças e Adolescentes em Pelotas/2008 O gráfico ao lado aponta seis macro regiões do Município, a saber: 1. Fragata – Gotuzo, Guabiroba, Simões Lopes e Passo do Salso. 2. Areal – Bom Jesus, Dunas, Obelisco e Humuarama. 3. Três Vendas – Arco Iris, Sanga Funda, Py Crespo, Santa Terezinha, Lindóia, Pestano, Getúlio Vargas, Sítio Floresta e Vila Princesa 4. Centro 5. Porto – Balsa e Navegantes. 6. Zona Rural - Balneários, Colônia Z3, Posto Branco, Rincão da Cruz, Monte Bonito, Cerrito Alegre, Ponte Cordeiro de Farias, Colônia Santo Antônio, Colônia São Francisco, Corrientes Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao Adolescente - NACA
  • 3. De janeiro à dezembro de 2008 foram realizados 1339 atendimentos de vítimas de violência, conforme especificado no gráfico. Em razão do aumento da demanda em outubro de 2008, foi priorizado os casos de abuso sexual. Contudo o gráfico ao lado mostra que há uma tendência de que o maior número de encaminhamentos sejam referentes a Abuso Sexual – 82%. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 3 Adolescente - NACA
  • 4. COMPARATIVO 2001 à 2008 O comparativo ao lado demonstra que no primeiro ano de execução da ação as modalidade de abuso correspondiam a valores bastante semelhantes. A partir do segundo ano é possível observar uma tendência crescente dos encaminhamentos recebidos referirem a ABUSO SEXUAL. As demais formas revelaram a partir de 2004 relativo decréscimo nas notificações, mas mantiveram-se estáveis desde então. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 4 Adolescente - NACA
  • 5. Dos 1339 atendimentos realizados, 933 vítimas são do sexo feminino e 406 do sexo masculino. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao Adolescente - NACA 5
  • 6. GÊNERO – Comparativo 2003 à 2008 Há estudos que indicam que as vítimas de violência são em sua maioria do sexo feminino. Esta é uma tendência mundial e confirmada no município de Pelotas. Exceto no ano de 2004 em que os percentuais apontaram apenas 5 pontos a mais para vítimas femininas, nos demais a tendência é sempre a mesma, quer seja 7 por 1. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 6 Adolescente - NACA
  • 7. GÊNERO/FAIXA ETÁRIA A faixa 0 à 6 anos é uma referência estabelecida pelo MDS mas ao NACA abrange, em verdade, dos 3 aos 6 anos. Quanto a faixa etária das vítimas masculinas e femininas, percebe-se uma maior concentração na faixa entre 7 e 14 anos. Dado relativamente novo no que se refere aos meninos que, via de regra eram colocados como vítima na faixa abaixo de seis anos . A vitimização de meninas costumava ser mais pulverizada entre todas as faixas. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 7 Adolescente - NACA
  • 8. GÊNERO /ETNIA Quanto a etnia/raça das vítimas segue a tendência dos anos anteriores as vítimas mais freqüentes, tanto entre meninos como entre meninas referem-se a brancos, seguido de negros, em percentuais bem inferior. OBS: Difícil categorizar por raça, tem se optado pela auto definição. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 8 Adolescente - NACA
  • 9. Para fins metodológicos considera-se violência do tipo intrafamiliar todos aqueles cujo vitimizador tem vínculo consangüíneo ou afetivo com a vítima, como padrasto e madrasta. Estão incluídos ainda neste grupo pai, mãe, avós, primos, irmãos e tios. Considera-se extrafamiliar quando o vitimizador é vizinho, amigo, professor, padrinho, colega de escola ou desconhecido. Embora amigos, colegas, vizinhos... sejam categorizados como extrafamiliar, cumpre dizer que mantêm uma relação de confiança com a vítima e sua família, não sendo “não familiar” à criança ou adolescente. Somente 14% dos vitimizadores são desconhecidos da vítima e sua família Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 9 Adolescente - NACA
  • 10. O percentual de 14% de vitimizadores desconhecidos é um dado a ser analisado: a vitimização de crianças e adolescentes historicamente refere-se a pessoas da família ou muito próximas das vítimas. De modo que o percentual alcançado por desconhecidos em 2008 revelam um outro lado da denúncia: As escolas, as UBS, os projetos sociais e a sociedade em geral, está mais atenta para as situações de violência, sendo capazes de identificar sinais e sintomas da vitimização, desta Por outro lado o uso do abuso por forma cresce a denuncia que se familiares em litígio e por filhos inconformados com o regramento familiar tem se mostrado uma confirma num quadro de prática recorrente, sobretudo no que se refere vitimização, sem que se possa ao Abuso Sexual. identificar possíveis abusadores. As Esta realidade exige que o Serviço crianças de abrigo, são um exemplo seja altamente qualificado para as questões da desta situação. vitimização, sob pena de incorrer em maus Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e e diagnóstico ao conseqüentes erros de 10 Adolescente - NACA intervenção.
  • 11. NOTIFICAÇÃO A problemática da violência que vitima crianças e adolescentes é, em geral, do tipo intrafamiliar e por esta razão ganha contornos de privado o que torna a intervenção bastante difícil. Estima-se que as notificações sejam muito maiores do que os dados apresentados por este serviço que, demonstra apenas os casos atendidos. A falta de um sistema que unifique todas as notificações feitas em Conselho Tutelar, DECA e Ministério Público é uma necessidade antiga, pois o mesmo caso é muitas vezes atendido em mais de um destes órgãos È bastante provável que um número considerável dos encaminhamentos feitos pelos órgãos notificadores sequer cheguem ao NACA, Como já dito, não como mensurar ou quantificar quanto dos encaminhamentos feitos ao NACA, não chegam ao serviço. Entretanto há uma incidência de pessoas que são encaminhadas, agendam o atendimento, contudo não comparecem para efetivamente dar início ao tratamento. Em 2008 foram 63 famílias que agendaram, mas não deram início aos atendimentos. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 11 Adolescente - NACA
  • 12. ÓRGÃO NOTIFICADOR As diretrizes da Ação de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, prevêem que o trabalho seja desenvolvido enfatizando alguns eixos principais: 1. Eixo Atendimento e Responsabilização – o serviço deve garantir o atendimento às vítimas da violência (medidas de proteção) e ao mesmo tempo a responsabilização dos agressores, razão pela qual o critério de ingresso obrigatoriamente envolve os órgãos apontados no gráfico ao lado. Somente a partir da articulação com estes órgão é possível que se estabeleçam medidas protetivas à criança e de responsabilização dos agressores. OBS: Outros referem-se a encaminhamentos feitos pelas varas criminais ,de família e ainda Ministério Público Na análise comparativa percebe-se que até 2003 o órgão que mais encaminhava famílias par a atendimento era o Juizado Regional da Infância e da Juventude. A alteração nos índices evidenciada a partir de 2004 tem duas razões: a. Garantir o atendimento logo no início do processo de vitimização; b. atender às orientações do Sentinela que prevê que a prioridade dos atendimentos deve ser dada a demanda do Conselho Tutelar Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 12 Adolescente - NACA
  • 13. ESCOLARIDADE DAS VÍTIMAS Quanto a escolaridade das vítimas é dado observar: 1. Que das crianças incluídas na faixa 0 à 6 anos que, compreende , na verdade dos 3 aos 6 anos neste serviço, durante o ano de 2008, somente 26,3% estão matriculadas em Escolas de Educação Infantil, ou freqüentando creches. Fator que aumenta o risco de submetimento a situações de maus tratos e negligência; 2. Que embora a maior parte das crianças e adolescentes estejam na faixa 7 à 14 anos, observa - se uma alta defasagem entre a idade cronológica e a idade escolar; 3. A defasagem aumenta quando se trata de Ensino Médio . Dos 156 adolescentes entre 15 e 18 anos que, em tese deveriam estar no Ensino Médio, somente 27 encontram-se nesta faixa de escolaridade. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 13 Adolescente - NACA
  • 14. Ao longo de 2008 foram procedidos a 191 desligamentos e 73% destes referem-se a abandonos, embora o percentual médio do ano não tenha ultrapassado 10%. A maior incidência de desligamentos decorrentes de abandono, revela o componente típico de famílias violentas, quer seja: a violência tem por característica principal ser negada e escondida, razão pela qual as famílias resistem muito ao atendimento. O item encaminhamento observado no gráfico, diz respeito àqueles casos que não se trata de situação de violência e/ou ainda aqueles que revelam outras morbidades associadas, como deficiência mental ou transtorno psiquiátrico que exigem uma intervenção primeira especifica para estas problemáticas. Não havendo prejuízo de atendimento para a OBS: Todos os abandonos, altas, re- vitimização, após o tratamento especializado encaminhamentos e ou não comparecimentos para as questões apontadas acima. são informados, por escritos aos órgãos notificadores. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 14 Adolescente - NACA
  • 15. Atendimentos e Desligamentos Evidencia-se que em 2008 os abandonos em 10 meses não chegaram a 10%. Nos meses de maio e agosto onde se verificou um maior número de abandonos os índice são de 17 e 15% respectivamente. Este é um fato que deve ser comemorado, uma vez que em anos anteriores costumava-se contabilizar um abandono superior a 30%. Tal redução no índice de abandono, acredita-se, esteja relacionado a definição de critérios claros quanto ao ingresso e permanência no serviço, a qualificação dos encaminhamentos pelos órgão notificadores e sobretudo pelo trabalho focado na família, revelando a importância de que as ações priorizem a família, responsável por 60% dos casos de violência contra crianças e adolescentes no ano de 2008. O tempo médio de duração das famílias no serviço varia de caso a caso, contudo verifica-se que as famílias que mantém regularidade nos atendimentos e não interrompem antes que lhes seja dada alta, permanecem em média 2 anos. Verifica-se que as famílias que interrompem o tratamento antes do fim da proposta terapêutica tendem mais a retornarem ao serviço. No ano de 2008, 22 famílias foram reinseridas no programa de atendimento, destas 100% haviam abandonado o serviço antes da conclusão da intervenção. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 15 Adolescente - NACA
  • 16. RENDA FAMILIAR RENDA FAMILIAR 2008 Comparativo 2005 à 2008 Da análise comparativa, chama atenção o aumento de 9 pontos percentuais das famílias sem renda, estes dados decorrem, sobretudo do elevado número de crianças e adolescentes atendidos em situação de abrigamento, cujas informações da família, na maioria dos casos, não está disponível Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 16 Adolescente - NACA
  • 17. Crianças e Adolescentes de Abrigos e Casas Lares Em 2008 foram atendidos 34 crianças e adolescentes em situação de abrigamento, o ano com maior número de crianças nesta condição. O acompanhamento sistemático desta população revelou que crianças e adolescentes abrigados sem vínculos familiares apresentam menor evolução no tratamento. Entende-se que esta realidade decorra das suas prioridades refletirem esta condição. Para adolescentes a prioridade é construir um projeto de vida para pós abrigo e para as crianças menores o foco está na busca de uma família substituta, razão pela qual o tratamento focalizado na violência - proposta do serviço – não atende a realidade desta população, resultando um processo pouco efetivo. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 17 Adolescente - NACA
  • 18. Modalidades de Atendimento à Vítimas 1. Grupos de Manejo – ação destinada a crianças de ambos os sexos, vitimadas por todas as formas de violência, entre 3 e 7 anos . SEMANAL A personalidade do ser humano se estrutura até por volta dos 7 anos de idade, antes disso a criança está se construindo, razão pela qual a psicoterapia não faz sentido, haja vistas que não há como “mudar” o que ainda não está “pronto’. Contudo um número considerável de crianças é vitimado por violência, antes dos 7 anos e acabam por revelar um quadro sintomatológico condizente com a situação de vitimização, sendo assim o serviço criou há alguns anos uma abordagem que prevê ações de cunho psico e pedagógico, visando auxiliar estas crianças a “aprender” uma forma de viver e vincular sem violência, utilizando-se de recursos lúdicos. 2. Grupos de psicoterapia de crianças - – ação destinada a crianças de ambos os sexos, vitimadas por todas as formas de violência, entre 7-8 e 10 anos e 10-11 à 12 anos de idade. SEMANAL 3. Grupos de psicoterapia de adolescentes - ação destinada a adolescentes de ambos os sexos, vitimados por todas as formas de violência, entre 12-13 e 14 anos e 15 à 18 anos de idade. SEMANAL Fonte: Núcleo de Atenção à 18 Criança e ao Adolescente - NACA
  • 19. ATENDIMENTOS ÀS FAMÍLIAS Familiares atendidos referem-se a os pais e/ou cuidadores que são ou estão responsáveis pelas crianças e adolescentes em atendimento, incluídos nas seguintes modalidades de atendimentos: 1. Grupos de orientação – semanal 2. Grupo de psicoterapia para mães de vítimas de abuso sexual que tenham elas próprias sofrido abuso - semanal; 3. Grupo de psicoterapia para mães com dificuldades pessoais que comprometem o desempenho da maternagem – semanal; 4. Oficinas Terapêuticas de tricô, crochê, bordado e costura - semanal; 5. Grupo de psicoterapia para abusadores sexuais – semanal; Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 19 Adolescente - NACA
  • 20. Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 20 Adolescente - NACA
  • 21. OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS REFERENTES AOS ATENDIMENTOS Visitas Domiciliares Reuniões Equipe Técnica Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 21 Adolescente - NACA
  • 22. 2. EIXO PREVENÇÃO No ano de 2008, seguindo as orientações da ação sob o eixo prevenção foram realizadas as seguintes atividades: a. Escola de Cuidadores – destinada a cuidadores (pais e/ou responsáveis) em situação de conflito familiar, dificuldade de manejo com a prole, configuradas como situações de risco para a instalação da violência. b. Realização de palestras, capacitações , seminários e outros: b.1. Palestra no Seminário Inclusão sob um novo olhar – Tema “Como quebrar o Pacto do Silêncio” – Santana do Livramento/RS; b.2. Palestra na Semana de Enfermagem – Tema Apresentação do Serviço – Instituto Educacional Dimensão –Pelotas/RS; b.3. Palestra no XXIV Encontro Regional de Conselheiros Tutelares – Tema “Consequências da Violência” – Candiota/RS; b.4. Palestra Escola Alfredo Dub – Tema: “Identificação de situações de violência” – Pelotas/RS; b.5. Palestra Escola Saldanha da Gama – Tema: “Abuso sexual de crianças e adolescentes” – Pelotas/RS; b.6. Palestra Escola Arco Iris – Tema: “Sintomas, manejo e tipos de violência” – Pelotas/RS; Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 22 Adolescente - NACA
  • 23. b.7. Palestra Faculdade de Odontologia da UFPEL Tema: “ A questão de Gênero: conceito e movimentos e a violência doméstica” – Pelotas/RS; b.8. Palestra Instituto Educacional Dimensão – Tema: “Violência: identificação e procedimentos” – Pelotas/RS b.9. Minicurso: “Violência Intrafamiliar”, no II Fórum Internacional de Orientadores Educacionais – SME/UCPEL - Pelotas/RS b.10. Capacitação do Serviço Sentinela de Camaquã/RS b.11. Capacitação da rede de saúde, educação e assistência social do Município de Canguçu ; b.12. Capacitação do CREAS Rio Grande/RS; Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 23 Adolescente - NACA
  • 24. 3. Articulação e Mobilização Dentro do Eixo Mobilização e articulação previsto nas diretrizes da ação, foram realizadas as seguintes atividades: 1. Foram realizadas 12 reuniões técnicos Juizado Regional da Infância e da Juventude; 2. Foram realizadas 12 reuniões com Conselheiros Tutelares; 3. Foram realizadas 08 reuniões com a Promotoria da Infância e da Juventude; 4. Foram realizadas 07 reuniões com técnicos de abrigos e casas lares; 5.Participação em 22 Plenárias do Conselho Municipal de Assistência Social; 6. Participação em 29 plenárias do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; 7. Participação em reunião da REDE PARCERIA SOCIAL; Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 24 Adolescente - NACA
  • 25. Qualificação da Equipe Técnica do Serviço As diretrizes da ação prevêem a qualificação permanente da equipe que atua no atendimento das vítimas da violência. Esta orientação obviamente demonstra a complexidade do atendimento, exigindo um serviço altamente qualificado, por esta perspectiva, durante o ano de 2008 a equipe técnica participou das seguintes atividades: 1. Reuniões de discussão do Programa de Atenção a usuários de drogas; 2. Encontro sobre o uso de álcool e outras drogas; 3. Seminário: “ a elaboração de documentos decorrentes da avaliação psicológica”; 4. Seminário “Efeito Colateral: as drogas podem alterar os seus sentidos, mas não os seus direitos às políticas públicas”; 5. Seminário: “instrumentos para a avaliação”; 6. Seminários: “Rede de assistência social”; 7. Seminário: “ Laudo social”; 8. Evento do Programa de Prevenção a Violência; 9. III Simpósio de Políticas Públicas: Violência e drogas; 10. Seminário: “Mulheres em situação de violência doméstica x capacidade produtiva”; 11. Seminário: “ O Mito do Amor Materno”; Fonte: Núcleo de Atenção à Criança e ao 25 Adolescente - NACA